PT1875918E - Nova utilização de cloreto de amónio para a terapia de insuficiência e necrose hepática total ou parcial - Google Patents

Description

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DESCRIÇÃO "NOVA UTILIZAÇÃO DE CLORETO DE AMÓNIO PARA A TERAPIA DE INSUFICIÊNCIA E NECROSE HEPÁTICA TOTAL OU PARCIAL" A presente invenção consiste na utilização de cloreto de amónio num método para o tratamento farmacêutico de insuficiência e necrose hepática, que é causada por vários agentes tóxicos e infeções virais.

Existem inúmeras condições patológicas e tóxicas que levam a uma disfunção degenerativa do fígado. Entre elas estão a hepatite C (1/3 da cirrose hepática infetada presente), hepatite crónica B & D, hepatite autoimune, esteatohepatite não-alcoólica, colangite esclerosante, doença de Wilson e Carcinoma no fígado.

No que diz respeito às condições tóxicas, a mais comum e relevante é aquela que ocorre devido ao abuso de álcool. Outras condições tóxicas são devidas a fármacos e agentes hepatotóxicos químicos que podem levar à necrose hepática, tal como o veneno de certos cogumelos (AMANITA FALLOIDES).

Quando uma grande parte do parênquima hepático fica necrosada, a função hepática diminui e pode levar rapidamente à morte do paciente.

Hoje em dia, não existem tratamentos especiais capazes de resolver o problema da necrose hepática, e os pacientes que sofrem destas doenças degenerativas têm um prognóstico limitado em relação à média de sobrevivência. 2 0 NH4C1 é um sal inorgânico solúvel em água, que é utilizado para o tratamento da alcalose metabólica hipoclorémica. É também utilizado para efeitos de diagnóstico. É administrado até um ponto de concentração de 15N, e por meio de análises isotópicas de amónia e ureia da urina do paciente, é possível avaliar a função hepática.

Na patente grega n° 1003980, o investigador descreve a maneira, em que o NH4C1 diminui os níveis de bilirrubina em pacientes com disfunções hepáticas graves e encefalopatia hepática, que é causada pelo aumento dos níveis de bilirrubina. Estes níveis podem ser diminuídos com a utilização de NH4C1.

Ao trabalhar num estudo experimental em ratos Winstar, que sofriam de hepatite aguda causada pelo método conhecido de administração TAA, o investigador descobriu que as amostras histológicas do fígado dos ratos que tinham sido administrados com NH4C1 estavam muito melhores do que as do tratamento com placebo. Ele notou uma regeneração parcial ou total do parênquima hepático. Além disso, notou uma diminuição dos níveis de TNF-a (fator de necrose tumoral), enquanto que os níveis de IL-6 foram aumentados.

Os níveis de ácido hialurónico em pacientes com alto dano hepático são elevados, mas aparentaram ter diminuído no que diz respeito aos ratos Winstar. Além disso, fatores bioquímicos adicionais aparentaram melhoria. O efeito secundário mais comum da administração de NH4C1 é a oxidação metabólica, que é devida ao aumento de cloretos e irritação da mucosa gástrica. O primeiro efeito secundário pode ser confrontado com a administração da 3 medicação durante 3 dias e um intervalo de 4 dias. Este ciclo pode ser repetido várias vezes até à conclusão do tratamento (21 ciclos, o que está de acordo com o tempo natural de regeneração do fígado após uma hepatectomia parcial nos pacientes). A irritação da mucosa gástrica pode ser confrontada com o invólucro das cápsulas de NH4C1 ou envoltórios resistentes ao ácido solúvel em água. A dosagem varia entre 2-5 g sob a forma de grânulos ou microcápsulas com compostos poliméricos para a proteção do estômago.

De modo a se obter uma concentração no sangue mais constante de NH4C1 após a administração, os comprimidos, cápsulas ou grânulos podem ser preenchidos com um polímero, ou a matriz de uma forma farmacêutica pode ser concebida num excipiente que retarde a libertação do ingrediente ativo no lúmen gastrointestinal.

Lisboa,

Claims (3)

1. 4 REIVINDICAÇÕES 1. Cloreto de amónio para utilização como medicamento que melhora ou elimina a insuficiência hepática devido a necrose de células hepáticas, com vários graus, provocada por vários motivos, num regime de tratamento em que o cloreto de amónio é administrado numa dose de entre 2 g a 5 g por dia durante 3 dias, com um intervalo de 4 dias, por um período de tempo de 1-6 meses e 3-4 meses para os pacientes com necrose parcial.
2. 2. Cloreto de amónio para uso de acordo com a reivindicação 1, em que o referido medicamento de NH4C1 está numa forma farmacêutica que retarda a libertação do ingrediente ativo no lúmen gastrointestinal, ou na forma de comprimidos ou cápsulas revestidos com compostos poliméricos para a proteção do estômago, ou na forma de grânulos ou microcápsulas com compostos poliméricos para a proteção do estômago, ou numa suspensão pronta a usar.
3. 3. Cloreto de amónio para utilização de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 ou 2, em que o referido cloreto de amónio está associado com interferões e antivirais para o tratamento melhorado de hepatites virais. Lisboa