PT1871180E

PT1871180E - Processo para secar oligossacarídeos de ácido urónico

Info

Publication number: PT1871180E
Application number: PT06733073T
Authority: PT
Inventors: Baalen Antonie Van; Bernd Stahl; Eert Martin Van
Original assignee: Nutricia Nv
Priority date: 2005-04-22
Filing date: 2006-04-21
Publication date: 2010-06-07
Also published as: CN101163410B; EP1714562A1; AU2006237740B2; US8048997B2; WO2006112718A3; RU2007143307A; CN101163410A; ATE459254T1; CA2605014C; US20080193627A1; US20120027915A1; PL1871180T3; AU2006237740A1; CA2605014A1; DK1871180T3; DE602006012642D1; EP2223613A2; EP1871180A2; RU2422045C2; WO2006112718A2

Description

DESCRIÇÃO

PROCESSO PARA SECAR OLIGOSSACARÍDEOS DE ÁCIDO URÓNICO

CAMPO DA INVENÇÃO A presente invenção refere-se a um processo de secagem por pulverização de oligossacarideos de ácido urónico.

ANTECEDENTES DA INVENÇÃO

Os produtos de hidrólise de fibras viscosas solúveis foram descritos como tendo efeitos benéficos, por exemplo na prevenção da diarreia e na prevenção da aderência de microrganismos patogénicos às células epiteliais do tracto gastrointestinal, ver por exemplo o Pedido de Patente europeia EP1267891.

No entanto, apesar destes usos vantajosos dos produtos da hidrólise de fibras viscosas, particularmente da pectina, eles geralmente não se encontram nos produtos comerciais destinados à ingestão oral pelos humanos. 0 Pedido Internacional de Patente WO 02/42484 descreve um método para a produção de produtos de hidrólise de pectina e o seu uso.

Antes de usar produtos de hidrólise de polímeros de ácido urónico, várias dificuldades (potenciais) têm de ser ultrapassadas. Por exemplo, os oligossacarideos de ácido urónico são de difícil manipulação, isto é, eles são produzidos em soluções aquosas com baixo teor de matéria seca, e portanto tendem a ser contaminados por bactérias e portanto difíceis de armazenar. Adicionalmente, os oligossacarideos têm tendência à reacção de Maillard, particularmente quando entram em contacto com outros hidratos de carbono e proteínas, que potencialmente poderão resultar em produtos de reacção de Maillard indesejáveis, com efeitos indesejados concomitantes na cor, cheiro e sabor do produto. 1/21

Devido às supostas dificuldades que formam parte do seu uso, os oligossacarideos não são usados ou só o são de forma muito limitada nas aplicações alimentares. Se usados, a fase de processamento de alimentos será desenhada de forma a que o contacto entre os oligossacarideos de ácido urónico e os outros componentes seja evitado num meio ambiente reactivo, por exemplo ao misturar em seco os oligossacarideos do ácido urónico. A mistura em seco tem desvantagens adicionais, porque é cara e na maioria dos casos resulta na separação por tamanho ou densidade das partículas durante o transporte, produzindo produtos inaceitáveis. 0 Pedido de Patente europeia EP 0 824 872 descreve a hidrólise enzimática das fibras da polpa da fruta (pectina cítrica) que é seguidamente seca por pulverização para obter hidrolisados em pó. Só depois da secagem por pulverização estes hidrolisados em pó contendo oligossacarideos de ácido urónico são misturados com outros ingredientes. 0 Pedido de Patente europeia EP 1 206 909 refere-se à pectina de baixo peso molecular obtida depois da hidrólise enzimática ter sido pulverizada por precipitação com álcool ou seca por pulverização. Estes hidrolisados em pó são seguidamente usados para produzir alimentos de proteínas acídicas. O Pedido de Patente europeia EP 0 868 854 descreve uma pectina de baixo peso molecular. Depois da degradação, a pectina degradada é purificada para eliminar o ácido galacturónico e os seus oligossacarideos. Só depois de que a pectina purificada degradada esteja libertada de qualquer oligossacarídeo, ela pode ser submetida à secagem por pulverização. O Pedido de Patente norte-americana US 5,738,805 ensina o uso de ácidos poliurónicos tais como pectina, algina ou goma arábica para a dissolução do glúten. Nenhum meio é tomado para 2/21

Claims

REIVINDICAÇÕES 1. Processo para a produção de um produto em pó a partir de uma solução aquosa que compreende: a. uma fase de mistura que compreende um oligossacarideo de ácido urónico que contém pó, água, proteínas e hidratos de carbono para formar uma solução aquosa que contém entre 0.1 e 5% em peso de oligossacarídeos tendo como base o peso em seco da solução aquosa; b. uma fase que compreende o aquecimento da solução aquosa obtida na fase da mistura a uma temperatura entre 50 e 90 °C-; c. uma segunda fase de mistura em que as gorduras são misturadas com a solução aquosa que tinha sido submetida ao calor na fase do aquecimento, para produzir uma solução aquosa contendo gorduras; e d. uma fase de secagem por pulverização em que a solução aquosa que contém gorduras foi seca por pulverização para formar uma composição em pó com um teor do oligossacarideo entre 0.1 e 5% em peso de oligossacarideo de ácido urónico tendo como base o peso em seco total da composição, em que o dito oligossacarideo do ácido urónico tinha um DP entre 2 e 250.
2. Processo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por a solução aquosa provida na fase a) compreender entre 2 e 25 g de proteínas por 100 gramas de peso em seco, entre 20 e 80 g de hidratos de carbono digeríveis por 100 gramas de peso em seco e entre 0.1 e 2% em peso de oligossacarideo de ácido urónico, tendo como base o peso em seco da solução aquosa.
3. Processo de acordo coma a reivindicação 1 ou 2, caracterizado por a dita solução aquosa que contém as gorduras providas na fase d) compreender entre 2 e 25 gramas de proteínas por 100 1/3 gramas de peso em seco, entre 20 e 80 gramas de hidratos de carbono digeríveis por 100 gramas de peso em seco, e entre 5 e 40 gramas de gordura por 100 gramas de peso em seco.
4. Processo de acordo com qualquer uma das reivindicações de 1 a 3, caracterizado por o dito oligossacarídeo do ácido urónico ter um DP entre 2 e 50.
5. Pó obtenível por um processo de acordo com qualquer uma das reivindicações de 1 a 4.
6. Pó de acordo com a reivindicação 5, com um tamanho médio de partícula entre 20 e 100 μιη.
7. Pó de acordo com a reivindicação 5 ou 6, caracterizado por este pelo menos conter 50% em peso de lactose, tendo como base o peso total dos hidratos de carbono digeríveis.
8. Produto alimentar que compreende o pó de acordo com qualquer uma das reivindicações de 5 a 7.
9. Processo para a produção de um pó de uma solução aquosa que compreende uma fase de secagem por pulverização em que a dita composição aquosa foi seca por pulverização para formar um pó, caracterizado por a solução aquosa compreender: a) entre 25 e 100% em peso de oligossacarídeo de ácido urónico com um DP de 2 a 250 tendo como base o peso total de ácido urónico, e que pelo menos 50% em peso de oligossacarídeos de ácido urónico com um DP entre 2 e 50 tendo como base o peso em seco total de dita solução aquosa; b) pelo menos 0.1 gramas de ácido urónico por litro; e 2/3 c) um teor de matéria seca entre 10 e 80% em peso tendo como base o peso total da solução aquosa.
10. Processo de acordo com a reivindicação 9, caracterizado por a dita solução aquosa conter entre 2 e 25 gramas de proteínas por 100 gramas de peso em seco, entre 20 e 80 gramas de hidratos de carbono digeríveis por 100 gramas de peso em seco e entre 0.05 e 5% em peso de oligossacarídeo de ácido urónico tendo como base o peso em seco da solução aquosa.
11. Composição em pó obtenível por um processo de acordo com a reivindicação 9 ou 10.
12. Composição em pó de acordo com a reivindicação 11, caracterizada por esta conter entre 25 e 100% em peso de oligossacarídeo de ácido urónico com um DP entre 2 e 50 tendo como base o peso total de ácido urónico, com um tamanho médio de partícula entre 20 μιη e 100 μιη. Lisboa, 28 de Maio de 2010 3/3

Pó alimentar Fig 1 1/1