PT1656780E - Estabelecimento de sessões de comunicação - Google Patents

Description

1

DESCRIÇÃO "ESTABELECIMENTO DE SESSÕES DE COMUNICAÇÃO" ANTECEDENTES DA INVENÇÃO:

Campo da invenção: A invenção refere-se a sistemas de comunicação, e em particular ao estabelecimento de sessões de comunicação associadas com serviços dependentes do tempo em sistemas de comunicação que facilitam sessões de comunicação de dados por pacotes para os utilizadores dos mesmos.

Descrição da técnica envolvida:

Um sistema de comunicação pode ver-se como uma facilidade que permite sessões de comunicação entre duas ou mais entidades, como um equipamento de utilizador e/ou outros nós associados com o sistema de comunicação. A comunicação pode compreender, por exemplo, comunicação de voz, dados, multimédia, e assim sucessivamente. Uma sessão pode ser, por exemplo, uma chamada de telefone entre utilizadores ou uma sessão de conferência multidirecional, ou uma sessão de comunicação entre um equipamento de utilizador e um servidor aplicacional (AS), por exemplo um servidor de fornecedor de serviços. 0 estabelecimento destas sessões permite que se proporcionem, em geral, vários serviços a um utilizador.

Um sistema de comunicação funciona habitualmente de acordo com uma norma ou especificação determinada, que expõe o que é permitido nas várias entidades associadas com o sistema de comunicação e como deveria conseguir-se isso. Por exemplo, a norma ou especificação pode definir se for proporcionado ao utilizador ou, de forma mais precisa, ao equipamento de utilizador, um serviço comutado por circuitos e/ou um serviço comutado por pacotes. Podem definir-se também os protocolos e/ou parâmetros de comunicação que serão utilizados para a ligação. Por outras 2 palavras, um conjunto específico de "regras" em que se pode basear a comunicação de acordo com as necessidades por definir para habilitar a comunicação através do sistema.

Conhecem-se sistemas de comunicação que proporcionam uma comunicação sem fios para o equipamento de utilizador. Um exemplo dos sistemas sem fios é a rede móvel pública terrestre (PLMN). As PLMN estão baseadas habitualmente em tecnologia celular. Nos sistemas celulares, uma estação de transceptor base (BTS) ou uma entidade de acesso semelhante serve a um equipamento de utilizador (UE) sem fios, que se conhece também como estação móvel (MS), através de uma interface sem fios entre estas entidades. A comunicação pela interface sem fios entre o equipamento de utilizador e os elementos da rede de comunicação pode basear-se num protocolo de comunicação apropriado. 0 funcionamento do aparelho de estação base e de outros aparelhos que se necessitam para a comunicação pode controlar-se por uma ou várias entidades de controlo. As várias entidades de controlo podem estar interligadas.

Podem proporcionar-se também um ou mais nós de passagem para ligar a rede celular a outras redes, por exemplo, a uma rede de telefonia comutada pública (PSTN) e/ou outras redes de comunicação, como uma de IP (Protocolo de Internet) e/ou outras redes de dados comutadas por pacotes. Nessa disposição, a rede de comunicações móveis proporciona uma rede de acesso que permite que um utilizador com um equipamento de utilizador sem fios aceda a redes, servidores ou serviços externos oferecidos por um fornecedor de serviços específico. 0 ponto de acesso ou nó de passagem da rede de comunicação móvel proporciona então um acesso adicional a uma rede externa ou um servidor externo. Por exemplo, se o serviço solicitado for proporcionado mediante um fornecedor de serviços localizado noutra rede, o pedido de serviço é encaminhado através da passagem para o fornecedor de serviços. 0 encaminhamento 3 pode basear-se em definições nos dados de assinante móvel armazenados por um operador de rede móvel.

Um exemplo dos serviços, que se podem oferecer para um utilizador como os assinantes a um sistema de comunicação são os assim denominados serviços multimédia. Alguns dos sistemas de comunicação habilitados para oferecer serviços multimédia se conhecem como redes de Multimédia de Protocolo de Internet (IP). As funcionalidades de Multimédia de IP (IM) podem proporcionar-se através de um Subsistema de Rede Base (CN) Multimédia de IP, ou brevemente subsistema Multimédia de IP (IMS). 0 IMS inclui várias entidades de rede para o provisionamento dos serviços multimédia. Pretende-se que os serviços de IMS ofereçam, entre outros serviços, ligações de IP entre equipamentos de utilizador móveis. 0 projecto de associação de terceira geração (3GPP) definiu a utilização do serviço de rádio por pacotes geral (GPRS) para o provisionamento dos serviços de IMS e, portanto, este será utilizado doravante como um exemplo de uma rede de comunicação principal possível que permite os serviços de IMS. 0 ambiente de funcionamento do serviço de rádio por pacotes geral (GPRS) a modo de exemplo compreende uma ou mais zonas de serviço de rede secundária, as quais estão interligadas mediante uma rede principal de GPRS. Uma rede secundária compreende um número de nós de serviço de dados por pacotes (SN). Nesta aplicação, refere-se os nós de serviço como nós de suporte de GPRS de serviço (SGSN) . Cada um dos SGSN está ligado a pelo menos uma rede de comunicação móvel, habitualmente a sistemas de estação base. A ligação é realizada habitualmente através de controladores de rede radioeléctrica (RNC) ou outros controladores de sistema de acesso como controladores de estações base (BSC), de uma forma tal que se pode proporcionar um serviço por pacotes para o equipamento de utilizador móvel através de várias estações base. A rede de 4 comunicação móvel intermediária proporciona uma transmissão de dados comutada por pacotes entre um nó de suporte e um equipamento de utilizador móvel. Diferentes redes secundárias ligam-se, por sua vez, a uma rede de dados externa, por exemplo a uma rede de dados comutada pública (PSPDN) , através de nós de suporte de GPRS de passagem (GGSN). Os serviços GPRS permitem, assim, proporcionar uma transmissão de dados por pacotes entre uns terminais de dados móveis e umas redes de dados externas.

Numa rede deste tipo, estabelece-se uma sessão de dados por pacotes para transportar fluxos de tráfego através da rede. Frequentemente, refere-se uma sessão de dados por pacotes deste tipo como um contexto de protocolo de dados por pacotes (PDP). Um contexto de PDP pode incluir uma porta de acesso radioeléctrica prevista entre o equipamento de utilizador, o controlador de rede radioeléctrica e o SGSN, e os canais de dados comutados por pacotes previstos entre o nó de suporte de GPRS de serviço e o nó de suporte de GPRS de passagem.

Uma sessão de comunicação de dados entre o equipamento de utilizador e um terceiro seria colocado assim no contexto de PDP estabelecido. Cada contexto de PDP pode transportar mais de um fluxo de tráfego, mas todos os fluxos de tráfego dentro de um contexto de PDP particular tratam-se da mesma forma relativamente à sua transmissão ao longo da rede. 0 requisito de tratamento de contexto de PDP baseia-se nos atributos de tratamento de contexto de PDP associados com os fluxos de tráfego, por exemplo a qualidade de serviço e/ou os atributos de carga. 0 projecto de associação de terceira geração (3GPP) definiu também uma arquitectura de referência para a rede base de terceira geração (3G), a qual dará aos utilizadores de equipamento de utilizador acesso aos serviços multimédia. Esta rede base está dividida em três domínios principais. Estes são o domínio Comutado por circuitos 5 (CS), o domínio Comutado por pacotes (PS) e o domínio Multimédia de Protocolo de Internet (IM). 0 último destes, o domínio IM, serve para assegurar que os serviços multimédia sejam geridos de forma adequada. 0 domínio IM suporta o Protocolo de Início de Sessão (SIP) segundo foi desenvolvido pelo grupo de tarefas sobre engenharia de Internet (IETF) . 0 Protocolo de Início de Sessão (SIP) é um protocolo de controlo de camada de aplicação para criar, modificar e finalizar sessões com um ou mais participantes (pontos de extremidade) . 0 SIP foi desenvolvido em geral para permitir iniciar uma sessão entre dois ou mais pontos de extremidade em Internet dando conhecimento da semântica da sessão a estes pontos de extremidade. Um utilizador ligado a um sistema de comunicação baseado em SIP pode comunicar-se com várias entidades do sistema de comunicação com base a umas mensagens de SIP normalizadas. 0 equipamento de utilizador ou os utilizadores que executam determinadas aplicações no equipamento de utilizador são registadas com a rede principal de SIP, de forma que um convite para uma sessão particular se pode entregar correctamente a estes pontos de extremidade. Para conseguir isto, o SIP proporciona um mecanismo de registo para dispositivos e utilizadores, e este aplica uns mecanismos como servidores de localização e registadores, para encaminhar os convites de sessão de forma apropriada. Os exemplos das sessões possíveis que se podem proporcionar através da sinalização de SIP incluem as conferências de multimédia de Internet, a chamada de telefone por Internet e a distribuição de multimédia.

Espera-se que se proporcionem vários tipos de serviços através de diferentes Servidores Aplicacionais (AS) através dos sistemas de IMS. Alguns destes serviços podem ser dependentes do tempo. Um exemplo dos serviços dependentes do tempo que se podem proporcionar através do IMS são os denominados serviços de comunicação por voz directa. Um 6 exemplo mais específico destes é o serviço de "Push To Talk over Cellular" (PoC), conhecido também como PTT, serviço de "Push To Talk" ("Pressionar para Falar"). Pretende-se que os serviços de comunicação por voz directa utilizem as capacidades do Subsistema Multimédia de IP (IMS) para permitir as ligações de IP para o equipamento de utilizador móvel e terceiros das comunicações, por exemplo outro equipamento de utilizador móvel ou entidades associadas com a rede. 0 serviço permite que um utilizador participe numa comunicação imediata com um ou mais utilizadores diferentes.

Nos serviços de PoC, a comunicação entre um equipamento de utilizador e um servidor aplicacional de PoC tem lugar num meio de comunicações unidireccionais. Um utilizador pode abrir os meios de comunicações pressionando simplesmente uma tecla de tangente, por exemplo um botão no teclado de um equipamento de utilizador. 0 botão de pressionar para falar pode ser um botão específico ou, então, qualquer tecla apropriada do teclado. Enquanto um utilizador fala, o outro utilizador ou os utilizadores podem ouvir. A comunicação bidireccional pode oferecer-se devido a que todas as partes da sessão de comunicações podem comunicar de forma semelhante dados de voz com o servidor aplicacional de PoC. Os turnos para falar são pedidos pressionando o botão de pressionar para falar. Os turnos podem conceder-se por exemplo de acordo com a ordem directa de chegada ou com base em prioridades. Daqui o nome "pressionar para falar". Os utilizadores podem unir-se à sessão de grupo com os que estes pretendem falar e então pressionar a tecla de tangente para começar a falar.

Nos procedimentos de estabelecimento de sessão convencionais, as capacidades dos meios de um equipamento de utilizador negociam-se durante o procedimento de estabelecimento de sessão. Por exemplo, a comunicação de PoC entre dois equipamentos de utilizador (comunicações um 7 a um) ou acoplamento a um grupo de PoC nas comunicações um a muitos requer uma sessão de SIP no plano de controlo. Este tempo só é bastante longo, especialmente quando se consideram as necessidades dos serviços dependentes do tempo. Os serviços instantâneos de tipo pressionar para falar, por outro lado, são uns serviços em tempo real pela sua natureza. Portanto, a ligação de plano de utilizador deveria estar pronta sem um atraso desnecessário após ocorrer a tangente especial ou outra indicação a um equipamento de que o utilizador da mesma pretende falar com um terceiro. No entanto, devido à natureza dos procedimentos de estabelecimento que se requerem para um contexto de PDP, pode decorrer um tempo até que se proporciona uma ligação de dados adequada desde o pedido para ter uma. Por exemplo, a activação de contexto de PDP juntamente com o tempo de estabelecimento de porta de acesso radioeléctrico numa rede de IMS conforme com a norma 3GPP, versão 5, significa habitualmente mais de três segundos.

Devido a isto, pode não haver tempo para umas negociações de capacidade dos meios de extremidade para extremidade apropriadas, devido a que as negociações de capacidade dos meios podem significar demasiado tempo para se fazer no inicio de uma sessão. Isto pode ter vários efeitos não vantajosos. Por exemplo, um problema é como proporcionar uma configuração de CODEC adequada desde o inicio de uma sessão. Senão está disponível uma informação de CODEC adequada, as rajadas podem utilizar um CODEC baixo desnecessário para o tipo de comunicações que se requerem. Outros exemplos de uma informação de capacidade possível que pode necessitar de negociação dão-se na descrição detalhada.

Assim, poderia ser vantajoso se as negociações de capacidade pudessem ser realizadas de forma adequada para o estabelecimento. Contudo, se se requer inclusive mais tempo para o estabelecimento, é possível que os utilizadores se frustrem e não esperem o tempo suficiente, de modo que o serviço que os mesmos solicitaram possa proporcionar-se a estes. Um tempo de espera demasiado longo poderia considerar-se também como pouco adequado desde o ponto de vista do nível de serviço. Se uma pessoa que chama tem de esperar durante demasiado tempo para a indicação de começar a falar, esta poderia supor que o pedido não foi bem-sucedido. A pessoa que chama pode inclusive voltar a pressionar então a tangente. A nova pressão dá lugar a um novo procedimento de estabelecimento de sessão de SIP, consumindo deste modo recursos de rede e atrasando adicionalmente o estabelecimento de sessão. 0 documento US 2003/0148779 dá a conhecer um sistema e procedimento de acelerar o estabelecimento de chamadas nas comunicações móveis.

Este dá a conhecer um procedimento em que o período latente para estabelecer as sessões de dados se reduz tendo um microtelefone para realizar uma negociação de porto de passagem de meios no momento do registo com o fornecedor de serviços. O registo e a negociação lançam-se com uma mensagem de início de registo de "registador de SIP". SUMÁRIO DA INVENÇÃO

De acordo com os aspectos da presente invenção, proporcionam-se uns procedimentos de acordo com as reivindicações 1 e 16, e um sistema de comunicação de acordo com a reivindicação 24.

As realizações da invenção podem proporcionar várias vantagens. O tempo que se requer para estabelecer uma conversação ou outra ligação com umas capacidades dos meios apropriados pode diminuir-se em determinadas aplicações. Em determinadas realizações, o tempo de espera que se requer para o provisionamento de sessões solicitadas para os serviços dependentes do tempo pode fazer-se mais curto. A repetição desnecessária dos pedidos de sessão pode evitar- 9 se. Isto pode poupar recursos de equipamento de utilizador e de rede. As realizações podem melhorar a facilidade de utilização dos serviços, especialmente dos serviços dependentes do tempo. BREVE DESCRIÇÃO DAS FIGURAS:

Para uma melhor compreensão da invenção será feita referência, a titulo de exemplo, às figuras anexas, em que: a figura 1 apresenta um sistema de comunicação em que se pode incorporar a invenção; a figura 2 é um diagrama de fluxo que ilustra o funcionamento de uma realização da invenção; a figura 3 apresenta um possível procedimento de negociação de capacidade dos meios; a figura 4 apresenta um possível procedimento de estabelecimento de sessão para um equipamento de utilizador que chama; e a figura 5 apresenta um possível estabelecimento de sessão para um equipamento de utilizador chamado. DESCRIÇÃO DETALHADA DAS REALIZAÇÕES PREFERIDAS:

Determinadas realizações da presente invenção serão descritas a modo de exemplo, com referência à arquitectura a modo de exemplo de um sistema de comunicações móveis da terceira geração (3G) . No entanto, entender-se-á que determinadas realizações podem aplicar-se a qualquer outra forma adequada de rede. Um sistema de comunicação móvel dispõe-se habitualmente para servir a uma pluralidade de equipamentos de utilizador móveis, habitualmente através de uma interface sem fios entre o equipamento de utilizador e a estação base do sistema de comunicação. 0 sistema de comunicação móvel pode dividir-se, logicamente, entre uma rede de acesso radioeléctrico (RAN) e uma rede base (CN).

Faz-se referência à figura 1, a qual apresenta um exemplo de uma arquitectura de rede em que se pode incorporar a invenção. A figura 1 apresenta uma rede Multimédia de IP 45 para oferecer serviços multimédia de IP 10 para os assinantes de rede Multimédia de IP. As funcionalidades de Multimédia de IP (IM) podem proporcionar-se através de um Subsistema de rede Base (CN) que inclui várias entidades para o provisionamento do serviço.

As estações 31 e 43 base dispõem-se para transmitir sinais a, e para receber sinais de, um equipamento 30 e 44 de utilizador móvel dos utilizadores móveis, isto é, os assinantes através de uma interface sem fios. De forma correspondente, cada uma dos equipamentos de utilizador móveis é capaz de transmitir sinais a, e de receber sinais de, a estação base através da interface sem fios. Na apresentação simplificada da figura 1, as estações 31 e 43 base pertencem às redes de acesso radioeléctrico (RAN) respectivas. Na disposição apresentada, cada um dos equipamentos 30, 44 de utilizador pode aceder à rede 45 de IMS através das duas redes de acesso associadas com as estações 31 e 43 base, respectivamente. Tem de se observar que, apesar de que, por clareza, a figura 1 apresentar as estações base de só duas redes de acesso radioeléctrico, uma rede de comunicação móvel típica inclui habitualmente um número de redes de acesso radioeléctrico. A rede de acesso radioeléctrico (RAN) de 3G é controlada habitualmente por um controlador de rede radioeléctrica (RNC) apropriado. Este controlador não se apresenta com a finalidade de melhorar a clareza. Pode atribuir-se um controlador para cada estação base ou um controlador pode controlar uma pluralidade de estações base. Conhecem-se também soluções em que se proporcionam controladores tanto nas estações base individuais como no nível de rede de acesso radioeléctrico, para controlar uma pluralidade de estações base. Tem de se observar, assim, que o nome, a localização e o número dos controladores de rede dependem do sistema. O utilizador móvel pode utilizar qualquer dispositivo 11 móvel apropriado adaptado para a comunicação de Protocolo de Internet (IP) para se ligar à rede. Por exemplo, o utilizador móvel pode aceder à rede celular através de um computador pessoal (PC), um assistente de dados pessoal (PDA), uma estação móvel (MS), e assim sucessivamente. Os seguintes exemplos descrevem-se no contexto das estações móveis.

Um especialista nesta técnica está familiarizado com as características e o funcionamento de uma estação móvel tipica. Portanto, uma explicação detalhada destas caracteristicas não é necessária. É suficiente indicar que o utilizador pode utilizar uma estação móvel para umas tarefas como para realizar e receber chamadas de telefone, para receber e enviar dados a e desde a rede e para experimentar, por exemplo, conteúdo multimédia. Uma estação móvel dota-se habitualmente de uns meios de memória e de processador para levar a cabo estas tarefas. Uma estação móvel pode incluir uns meios de antena para receber e transmitir de forma sem fios sinais desde e para as estações base da rede de comunicação móvel. Uma estação móvel também se pode dotar de um visualizador para visualizar imagens e outra informação gráfica para o utilizador do equipamento de utilizador móvel. Podem proporcionar-se também uns meios de altifalante. 0 funcionamento de uma estação móvel pode controlar-se através de uma interface de utilizador apropriada, como botões de controlo, instruções de voz, e assim sucessivamente.

As estações 30 e 44 móveis estão habilitadas para utilizar os serviços de tipo pressionar para falar. Uma função tangente que se pode requerer pelos serviços de pressionar para falar pode proporcionar-se mediante um dos botões no teclado normal das estações 30 e 44 móveis, ou mediante uma tecla de tangente especifica, por exemplo com uma tangente conhecida dos dispositivos "Walkie-Talkie". 12

Pode usar-se também activação por voz. No presente caso, pode usar-se um som detectado para desencadear o estabelecimento da sessão para a transmissão de fala ou outros dados. Em lugar de pressionar uma tecla, o utilizador pode activar também o serviço através de uma selecção de menu apropriada. A forma em que uma estação móvel pode activar o serviço é uma questão de implementação e, portanto, não se descreverá com mais detalhe.

Tem de se observar que, apesar de que na figura 1 só se apresentarem, por clareza, duas estações móveis, um número de estações móveis pode estar em comunicação simultânea com cada estação base do sistema de comunicação móvel. Uma estação móvel pode ter também várias sessões simultâneas, por exemplo um número de sessões de SIP e contextos de PDP activados. 0 utilizador pode ter também uma chamada de telefone e estar simultaneamente conectado a pelo menos outro serviço.

As entidades de rede base (CN) incluem habitualmente várias entidades de controlo e passagens para permitir a comunicação através de um número de redes de acesso radioeléctrico e também para ligar um único sistema de comunicação com um ou mais sistemas de comunicação, como com outros sistemas celulares e/ou sistemas de comunicação de linha fixa. Na figura 1, os nós 33, 42 de suporte de GPRS de serviço e os nós 34, 40 de suporte de GPRS de passagem servem para o provisionamento de suporte para os serviços 32, 41 GPRS, respectivamente, na rede. O controlador de rede de acesso radioeléctrico está habitualmente ligado a uma entidade ou umas entidades de rede base apropriadas, como, mas sem se limitar a, os nós de suporte de serviço de rádio por pacotes geral de serviço (SGSN) 33 e 42. Apesar de que não se apresenta, cada SGSN tem acesso habitualmente a uma base de dados de assinante designada, configurada para armazenar uma informação associada com a assinatura do equipamento de utilizador 13 respectivo.

Um equipamento de utilizador dentro da rede de acesso radioeléctrico pode comunicar-se com um controlador de rede radioeléctrica através de canais de rede radioeléctrica, aos que se faz referência habitualmente como portadoras radioeléctricas (RB) . Cada equipamento de utilizador pode ter um ou mais canais de rede radioeléctrica abertos em qualquer momento com o controlador de rede radioeléctrica. 0 controlador de rede de acesso radioeléctrico encontra-se em comunicação com o nó de suporte de GPRS de serviço através de uma interface apropriada, por exemplo numa interface Iu. 0 nó de suporte de GPRS de serviço, por sua vez, comunica-se habitualmente com um nó de suporte de GPRS de passagem através da rede 32, 41 principal de GPRS. Esta interface é normalmente uma interface de dados comutados por pacotes. 0 nó de suporte de GPRS de serviço e/ou o nó de suporte de GPRS de passagem servem para o provisionamento de suporte para os serviços GPRS na rede. A comunicação global entre o equipamento de utilizador numa entidade de acesso e um nó de suporte de GPRS de passagem proporciona-se em geral mediante um contexto de protocolo de dados por pacotes (PDP). Cada contexto de PDP proporciona habitualmente uma trajectória de comunicação entre um equipamento de utilizador particular e o nó de suporte de GPRS de passagem e, uma vez que foi estabelecido, pode portar habitualmente múltiplos fluxos. Cada fluxo representa normalmente, por exemplo, um serviço particular e/ou um componente de meios de um serviço particular. 0 contexto de PDP representa portanto, normalmente, uma trajectória de comunicação lógica para um ou mais fluxos ao longo da rede. Para implementar o contexto de PDP entre o equipamento de utilizador e o nó de suporte de GPRS de serviço, as portadoras de acesso radioeléctrico (RAB) necessitam estabelecer que permite 14 normalmente a transferência de dados para o equipamento de utilizador. A implementação destes canais lógicos e físicos conhece-se pelos especialistas na técnica e, portanto, não se analisa adicionalmente no presente documento. 0 equipamento 30, 44 de utilizador pode ligar-se, através da rede de GPRS, a uns servidores de aplicação que estão em geral ligados ao IMS. Na figura 1, um servidor aplicacional deste tipo é proporcionado mediante um servidor 50 de serviços de pressionar para "To Talk over Cellular" (PoC). O servidor 50 serve para proporcionar serviços de pressionar para falar "To Talk over Cellular" (PoC) através da rede 45 de IMS. O serviço de pressionar para falar é um exemplo dos assim denominados serviços de comunicação por voz directa. Os utilizadores que desejarem utilizar o serviço de PoC podem necessitar assinar-se a um servidor de PoC apropriado. O registo no serviço de PoC depois do registo no IMS pode fazer-se então pelo IMS através de um procedimento de registo de terceiros apropriado. Um servidor de PoC proporciona-se preferentemente com uns meios de memória apropriados para armazenar uma informação associada com as capacidades do equipamento de utilizador registado com este. Portanto, a figura 1 apresenta uns meios 52 de memória do servidor 50 de aplicação de PoC.

Pretende-se que os serviços de comunicação por voz directa utilizem as capacidades da rede principal de GPRS e as funções de controlo do Subsistema Multimédia (IMS) para permitir as ligações de IP para as estações 30 e 44 móveis. O servidor aplicacional de PoC pode acionar-se pelo operador do sistema IMS, ou por um fornecedor de serviços de terceiros. Uma explicação mais detalhada de como o serviço permite que o utilizador da estação 30 móvel (a parte A) participe numa comunicação imediata com o utilizador da estação 44 móvel (a parte B) dá-se posteriormente na presente descrição. 15

Um utilizador pode abrir a sessão de comunicação, por exemplo pressionando simplesmente um botão especifico na estação 30 móvel. Enquanto o utilizador da estação 30 móvel fala, o utilizador da estação 44 móvel escuta. O utilizador da estação 44 móvel pode replicar então de uma forma semelhante.

Os sistemas de comunicação desenvolveram-se de forma que podem proporcionar-se serviços ao equipamento de utilizador através de várias funções da rede que se utilizam mediante umas entidades de rede conhecidas como servidores. Por exemplo, nas arquitecturas de rede multimédia sem fios da terceira geração (3G) actuais supõe-se que se utilizam vários servidores diferentes para utilizar umas funções diferentes. Estas incluem funções como as funções de controlo de sessão de chamada (CSCF). As funções de controlo de sessão de chamada podem dividir-se em várias categorias, como uma função de controlo de sessão de chamada apoderada (P-CSCF) , uma função de controlo de sessão de chamada de interrogação (I-CSCF), e uma função de controlo de sessão de chamada de serviço (S-CSCF). Um utilizador que deseja utilizar os serviços que proporciona um servidor aplicacional através do sistema IMS pode necessitar registar-se com uma entidade de controlo de serviço. A função de controlo de sessão de chamada de serviço (SCSCF) pode formar nas disposições de IMS de 3G a entidade com a gue necessita estar registado um utilizador, com a finalidade de ser capaz de solicitar um serviço do sistema de comunicação.

Tem de se observar que, em diferentes sistemas, pode fazer-se referência a uma função semelhante com nomes diferentes. Por exemplo, em determinadas aplicações pode fazer-se referência às CSCF como as funções de controlo de estado de chamada.

Os sistemas de comunicação podem dispor-se de forma que um utilizador ao que se proporcionaram uns recursos de 16 comunicação requeridos pela rede principal tem de iniciar a utilização dos serviços enviando um pedido do serviço desejado através do sistema de comunicação. Por exemplo, um utilizador pode solicitar uma sessão, transacção ou outro tipo de comunicações a partir de uma entidade de rede apropriada. A sinalização entre o equipamento de utilizador e as funções de controlo de estado de chamada apropriadas é encaminhado através das redes de GPRS. A sinalização de estabelecimento de sessão de plano de utilizador para o equipamento de utilizador é encaminhado através de, e é controlado pelo servidor 50 de aplicação de PoC, isto é, o PoC controla tanto o plano de controlo como o plano de utilizador do utilizador de PoC. Tem de se observar que o tráfego de plano de controlo entre o servidor aplicacional de PoC e o equipamento de utilizador é encaminhado através do IMS 45, enquanto o tráfego de plano de utilizador entre o equipamento de utilizador e o servidor aplicacional de PoC é encaminhado a partir do sistema de GPRS até o servidor aplicacional de PoC sobre as interfaces 54 e 56.

As realizações baseiam-se na compreensão de que poderia ser vantajoso se pelo menos uma parte das negociações de capacidade dos meios pudesse realizar-se para os serviços dependentes do tempo antes de se activar a comunicação de dados reais. As negociações de capacidade dos meios podem necessitar-se para a comunicação de uma informação de capacidade variada entre um equipamento de utilizador particular e o servidor aplicacional. Exemplos não limitadores da informação especifica de equipamento de utilizador que pode necessitar proporcionar-se para o servidor aplicacional incluem informação de portos, isto é, para que porto tem de se enviar o servidor aplicacional os meios, uma informação relativamente ao tipo e a versão do equipamento de utilizador, uma informação de temporizador, uma informação acerca dos CODECs e modos suportados, uma 17 informação acerca das características opcionais suportadas, e assim sucessivamente. 0 equipamento de utilizador pode proporcionar ao servidor aplicacional também uma informação relativamente às capacidades da interface sem fios que este tem com a rede e radioeléctrica. Por exemplo, uma informação relativamente à capacidade e a qualidade da interface sem fios, qualquer restrição à qualidade de serviço, e assim sucessivamente, pode comunicar-se ao servidor aplicacional. 0 equipamento de utilizador pode necessitar dotar-se de uma informação especifica de servidor aplicacional como uma informação relativamente à versão do servidor, caracteristicas opcionais suportadas, temporizadores possíveis, serviços disponíveis para o assinante, contas pré-pagamento ou pós-pagamento, e assim sucessivamente. 0 seguinte descreverá uma realização em que as capacidades de um equipamento de utilizador se notificam a um servidor aplicacional antes do serviço oferecido pelo servidor aplicacional se puser em utilização. Na realização, o equipamento de utilizador realiza a negociação de capacidade dos meios com uma pluralidade de servidores ou o servidor aplicacional dependente do tempo directamente após o registo inicial no sistema IMS.

Fazendo referência de seguida à figura 2. Na etapa 100, um equipamento de utilizador regista-se no servidor aplicacional de fornecedor de serviços desejado. De acordo com uma realização, uma estação 44 móvel regista-se em primeiro lugar com o IMS, por exemplo, com a CSCF 38 de serviço. Após a estação 44 móvel ser registada com sucesso no IMS, um registo de terceiros da estação 44 móvel pode levar-se a cabo então com o servidor 50 de aplicação de PoC. Isto pode fazer-se de forma automática para cada utilizador que se tenha assinado aos serviços de PoC. Portanto, o utilizador pode não necessitar empreender acção alguma nesta fase. O registo de terceiros pode 18 proporcionar-se através de um procedimento de registo de terceiros de SIP entre o IMS e o servidor aplicacional de PoC. 0 equipamento de utilizador pode realizar então a negociação de meios na etapa 102 com o servidor aplicacional directamente após o registo de terceiros pela S-CSCF. A negociação pode realizar-se, por exemplo, através de mensagens de INVITAÇÃO DE SIP, MENSAGEM DE SIP ou OPÇÃO DE SIP que se comunicam entre o equipamento de utilizador e o servidor aplicacional, ver também a figura 3. Quando a informação de capacidade se recebe pelo servidor aplicacional, este armazena a mesma numa base de dados do mesmo na etapa 104. Em resposta a um equipamento de utilizador de parte A que solicita na etapa 106 uma sessão de comunicação com o equipamento de utilizador registado nas etapas 100 a 104, o servidor 50 de aplicação pode utilizar a informação de capacidade dos meios armazenada para estabelecer a sessão solicitada na etapa 108. Assim, podem evitar-se nesta fase umas negociações de capacidade dos meios adicionais.

As capacidades dos meios associadas com o equipamento de utilizador de parte A podem incluir-se no pedido da sessão. Alternativamente, o servidor aplicacional pode utilizar uma informação armazenada na base de dados do mesmo também para o equipamento de utilizador de parte A.

De seguida faz-se referência também à figura 3, que apresenta um mecanismo possível para as negociações de capacidade dos meios. O equipamento 44 de utilizador habilitado para PoC envia uma mensagem de SIP 1 apropriado directamente após ter feito o registo de PoC. A MENSAGEM DE SIP 1 pode portar a informação de capacidade requerida do equipamento de utilizador. O servidor de PoC 50 recebe a informação de capacidade na MENSAGEM DE SIP 3 e armazena a informação numa base de dados 52 do mesmo. Os parâmetros de plano de utilizador do 19 equipamento 44 de utilizador de parte B, por exemplo números de porto, que se requerem para a comunicação entre o servidor aplicacional de PoC e o equipamento de utilizador de parte B fazem-se portanto disponíveis para o servidor aplicacional de PoC. Um número de utilizadores poderia registar-se de forma semelhante com o servidor aplicacional de PoC. 0 outro equipamento de utilizador pode realizar umas negociações de capacidade semelhantes e, portanto, os parâmetros de uma pluralidade de equipamentos de utilizador podem armazenar-se no servidor aplicacional de PoC. Quando toda a informação necessária está disponível, o servidor aplicacional de PoC pode enviar a mensagem 4 de OK 200 de SIP de volta ao equipamento 44 de utilizador. Após a recepção da mensagem 6 de OK 200 de SIP, o equipamento de utilizador sabe que a informação de capacidade foi registada e que a utilização dos serviços pode iniciar-se sempre que o mesmo se requeira. A figura 4 ilustra uma sinalização possível entre o equipamento 30 de utilizador e um servidor 50 de aplicação de PoC após o equipamento 44 de utilizador de parte B registar as suas capacidades dos meios no servidor aplicacional. A figura 5 apresenta as mensagens entre o servidor 50 de aplicação de PoC e o equipamento 44 de utilizador de parte B. As letras A e B rodeadas por círculos nas figuras 4 e 5 apresentam quando cada um dos diagramas de fluxo de sinalização das figuras 4 e 5 podem fazer-se corresponder com o outro para conseguir uma figura mais completa da sinalização para o procedimento de activação para uma ligação entre o equipamento 30 e 44 de utilizador de parte A e B, respectivamente.

Na etapa 10, o utilizador da uma indicação de que este pretende estabelecer uma ligação de faça com a parte B. O equipamento 30 de utilizador pode enviar então uma mensagem 11 de CONVITE DE SIP pata IMS 45 para encaminhar-se para o servidor 50 de aplicação de PoC para solicitar a ligação de 20 fala com a parte B. O IMS pode enviar uma mensagem 12 de TENTATIVA 100 DE SIP de volta ao equipamento 30 de utilizador como confirmação de que este recebeu o pedido. O IMS 45 reenvia a INVITAÇÃO DE SIP como uma mensagem 13 para o servidor 50 de aplicação de PoC. Após a recepção desta mensagem, o servidor aplicacional pode enviar uma mensagem 14 de TENTATIVA 100 DE SIP de volta para IMS como confirmação de que este recebeu o pedido.

Após o servidor aplicacional receber uma confirmação a partir do IMS de que este recebeu o pedido (ver a mensagem 21 da figura 5) , o servidor aplicacional pode enviar a mensagem 15 de OK 200 de SIP para IMS. Esta mensagem pode enviar-se inclusive antes do equipamento 44 de utilizador de parte B ter recebido o pedido ou qualquer indicação de que se poderia esperar um pedido deste tipo. O OK 200 de SIP é reenviado então para o equipamento 30 de utilizador na mensagem 16. Em resposta à recepção da mensagem 16, o equipamento 30 de utilizador pode dar então uma indicação na etapa 17 ao utilizador do equipamento de utilizador de que este pode começar a falar. 0 equipamento 30 de utilizador pode também avisar da recepção da mensagem de OK enviando uma mensagem 18 de ACK de SIP para o IMS. Esta mensagem pode reenviar-se então para o servidor 50 de aplicação de PoC como uma mensagem 19.

Como se apresenta na figura 5, em resposta à recepção da mensagem 13 de CONVITE DE SIP na figura 4, o servidor 50 de aplicação de PoC pode enviar uma mensagem 20 de CONVITE DE SIP para o IMS para encaminhar-se para o equipamento 44 de utilizador de parte B. O IMS pode enviar uma mensagem 21 de TENTATIVA 100 DE SIP de volta para o servidor aplicacional para confirmar que este recebeu a mensagem. O IMS 45 reenvia o CONVITE DE SIP como uma mensagem 22 para o equipamento 44 de utilizador de parte B habilitado para PoC. Após a recepção desta mensagem, o equipamento 44 de utilizador de parte B pode enviar uma mensagem 23 de 21 TENTATIVA 100 DE SIP de volta para o IMS como confirmação de que este recebeu o pedido.

Após completado o processamento requerido no equipamento 44 de utilizador de parte B e o pedido pode cumprir-se, a mensagem 24 de OK 200 de SIP é comunicada ao IMS. 0 equipamento 44 de utilizador de parte B pode dar também uma indicação de começar a ouvir o utilizador do mesmo na etapa 25. O utilizador de parte B pode dotar-se de uma indicação de uma sessão de "conversa" de PoC entrante mesmo antes receber a rajada de conversa a partir da parte A. O OK 200 de SIP é reenviado a partir do IMS para o servidor 50 de aplicação de PoC na mensagem 26. O servidor 50 de aplicação de PoC pode avisar da recepção da mensagem de OK 26 enviando uma mensagem de ACK de SIP 27 para o IMS. Esta mensagem pode reenviar-se então para o equipamento 44 de utilizador de parte B como uma mensagem 28. A negociação de capacidade dos meios de equipamento de utilizador prematura pode acelerar o estabelecimento de sessão. A informação prevista para o servidor aplicacional pode ser especialmente útil se se necessitar de qualquer adaptação da ligação de plano de utilizador entre os dois equipamentos 30 e 44 de utilizador, por exemplo devido a diferentes caracteristicas de ligação de comunicação. Se os parâmetros de meios se põem em conhecimento do servidor aplicacional (ou uma pluralidade de servidores de aplicação) com antecedência, este pode negociar os parâmetros com o equipamento de utilizador antes das comunicações entre o equipamento de utilizador, por exemplo antes da primeira rajada de conversa ser comunicada a partir de um equipamento de utilizador até o outro numa aplicação de PoC. A negociação das capacidades, por exemplo as capacidades de CODEC, não significaria tempo no estabelecimento da sessão de comunicação real. Pode utilizar-se um modo de CODEC configurado de forma adequada 22 para garantir a qualidade da ligação de fala. 0 servidor aplicacional pode armazenar a informação de capacidade para todos os equipamentos de utilizador registado com o servidor aplicacional.

Numa realização adicional, um equipamento de utilizador pode dotar-se de uma "sessão sempre activa" com o servidor aplicacional. 0 presente procedimento pode denominar-se, por exemplo, como um estabelecimento de "sessão prévia", "sessão prematura" ou "sessão sempre activa". Nesse caso, a negociação de capacidade dos meios é realizada preferentemente durante o estabelecimento do estabelecimento de "sessão sempre activa". 0 equipamento de utilizador pode solicitar de forma automática um estabelecimento de "sessão sempre activa" após o registo num servidor aplicacional na etapa 100 da figura 2. Para a finalidade de facilitar um rápido estabelecimento de sessão, o contexto de PDP para o utilizador pode activar-se e as portadoras de acesso radioeléctrico (RAB) requeridas podem estabelecer-se também de forma automática em resposta ao registo com o servidor aplicacional. O estabelecimento prévio do contexto de PDP pode realizar-se através de uma sessão de SIP para activar o contexto de PDP antes do envio de um pedido de uma sessão de comunicação ou através de outro procedimento de activação de contexto de PDP apropriado. O estabelecimento da portadora de acesso radioeléctrico (RAB) pode fazer-se através de um procedimento de atribuição de RAB apropriado. Com a finalidade de proporcionar uns serviços instantâneos adequados para o assinante, a sessão "sempre activa" é proporcionada preferentemente entre o equipamento de utilizador e o servidor aplicacional antes de se fazer qualquer pedido real para fala ou outra sessão. A sessão de comunicação já estabelecida pode utilizar-se então para a comunicação entre o equipamento de utilizador e o servidor aplicacional. 23 A sessão "sempre activa" estabelecida previamente proporciona uma comunicação substancialmente instantânea entre o utilizador final e o seu servidor aplicacional de PoC de base. A comunicação pode transportar-se a partir de um equipamento de utilizador até um servidor aplicacional de PoC em resposta à pressão por parte do utilizador do equipamento de utilizador de uma tecla de tangente do equipamento de utilizador em que a pressão da tangente abre uma ligação de fala ao servidor de PoC. Devido a que o contexto de PDP já se tem estabelecido, o pedido de comunicação pode transportar-se para o servidor aplicacional de PoC através de qualquer protocolo de sinalização apropriado. Tem de se observar que esta é uma questão de nível de aplicação, e pode prever-se de várias formas. As normas de redes de comunicação, como as normas 3GPP, são habitualmente de um conjunto não restrito num protocolo particular para este tipo de fins. Para dar um exemplo, o protocolo de transporte em Tempo real (RTP) ou o protocolo de controlo RTP (RTCP) podem utilizar-se para o envio do pedido. Estes protocolos podem utilizar-se de forma conjunta ou em separado. 0 pedido pode enviar-se também através de SIP. Os pacotes podem transportar-se com base em, por exemplo, o protocolo de Datagrama de Utilizador (UDP) ou o protocolo de Controlo de Transporte (TCP) . A sessão "sempre activa" permite que a estação móvel conheça o porto e endereço de IP do servidor aplicacional de PoC têm de se dirigir os pacotes de RTP/RTCP. A carga útil de RTP/RTCP inclui a suficiente informação de direccionamento para o encaminhamento dos pacotes de RTP/RTCP para a estação 44 móvel de parte B. A parte B pode necessitar de se identificar para o servidor de PoC quando se realiza finalmente o pedido de ligação de fala. 0 utilizador pode seleccionar o grupo objetivo ou utilizador de parte B a partir do menu da estação móvel, e pressionar então a tecla de "pressionar para falar" na estação móvel. A informação de identidade requerida pode adicionar-se pela estação móvel à sinalização transportada na sessão "sempre activa" ao servidor aplicacional de PoC.

De acordo com outra realização, a informação associada com as capacidades do servidor aplicacional é proporcionada para o equipamento de utilizador e é armazenada no seu interior para a sua utilização adicional. E possível também que o equipamento do utilizador seja o servidor aplicacional e troquem a informação de capacidade requerida entre se na etapa 102 da figura 2 antes de se fazer um pedido para uma sessão de comunicação.

De acordo com uma realização, um equipamento de utilizador envia uma informação relativamente às capacidades que poderiam utilizar-se. O servidor aplicacional recebe a informação de capacidade e trata esta informação como uma proposta. Após terem sido analisadas as capacidades, o servidor aplicacional pode enviar então de volta a informação acerca das capacidades que têm de se utilizar para a seguinte sessão. A análise e a tomada de decisões a este respeito podem basear-se numa informação variada. Por exemplo, se tem de se estabelecer uma sessão de grupo, o servidor aplicacional pode analisar as capacidades de todos os equipamentos de utilizador envolvidos na sessão, e ajustar as capacidades para que todos os elementos do grupo possam participar a sessão. 0 anterior descreve uma solução baseada em servidor aplicacional geral para um serviço dependente do tempo como o PoC. No entanto, tem de se observar que a invenção pode aplicar-se a outros serviços sem se afastar do espírito e o âmbito da mesma. 0 conceito oferece aos fabricantes de terminais uma oportunidade para implementar a facilidade de pressionar para falar ao longo das categorias de equipamento de 25 utilizador, oferecendo deste modo aos utilizadores finais mais liberdade para escolher os produtos que melhor reunirem as suas necessidades de comunicação.

Tem de se observar que, apesar de terem sido descritas umas realizações da invenção em relação com um equipamento de utilizador como estações móveis, as realizações da invenção podem aplicar-se a qualquer outro tipo adequado de equipamento de utilizador.

Os exemplos da invenção foram descritos no contexto de um sistema de IMS e redes de GPRS. A presente invenção pode aplicar-se também a qualquer outra técnica de acesso. Além disso, os exemplos dados se descrevem no contexto das redes de SIP com umas entidades capazes de SIP. A presente invenção pode aplicar-se também a qualquer outro sistema de comunicação apropriado, sistemas de linha ou então sem fios ou então fixos e normas e protocolos.

Tem de se observar que, apesar de que a figura 1 apresenta e o anterior descreve só um servidor aplicacional de PoC, pode proporcionar-se um número desses servidores. Os equipamentos de utilizador de parte A e B podem registar-se com diferentes servidores de aplicação de PoC. Os servidores de aplicações que servem às partes A e B podem estar localizados inclusive em redes diferentes.

As realizações da invenção foram analisadas no contexto das funções de controlo de estado de chamada. As realizações da invenção podem aplicar-se a outros elementos de rede, quando aplicável.

Indica-se também no presente documento que, enquanto o anterior descreve umas realizações a modo de exemplo da invenção, existem várias variações e modificações que se podem fazer à solução que se dá a conhecer, sem se afastar do âmbito da invenção, como se define nas reivindicações anexas. 26

DOCUMENTOS REFERIDOS NA DESCRIÇÃO

Esta lista de documentos referidos pelo autor do presente pedido de patente foi elaborada apenas para informação do leitor. Não é parte integrante do documento de patente europeia. Não obstante o cuidado na sua elaboração, o IEP não assume qualquer responsabilidade por eventuais erros ou omissões.

Documentos de patente referidos na descrição • US 20030148779 A [0017]

Claims (24)

1 REIVINDICAÇÕES 1. Um procedimento para estabelecer sessões de dados, compreendendo o procedimento: registar pelo menos um equipamento (44) de utilizador num fornecedor (50) de serviços; receber, no fornecedor (50) de serviços a partir de pelo menos um equipamento (44) de utilizador, informação acerca das capacidades dos meios antes de se solicitar uma sessão de dados com pelo menos um equipamento (44) de utilizador armazenar a informação recebida acerca das capacidades dos meios; receber no fornecedor (50) de serviços um pedido de uma sessão de dados com pelo menos um equipamento (44) de utilizador; e utilizar a informação armazenada quando se estabelece a sessão de dados solicitada, em que a informação acerca das capacidades dos meios compreende uma informação associada com os portos de comunicação disponíveis e as capacidades do CODEC (codificador/descodificador), e caracterizado pelo fato de receber a informação acerca das capacidades dos meios compreender receber pelo menos uma mensagem de Convite de Protocolo de Início de Sessão a partir de pelo menos um equipamento (44) de utilizador.

2. Um procedimento como se reivindica na reivindicação 1, em que receber a informação acerca das capacidades dos meios compreende receber uma informação acerca das capacidades dos meios de pelo menos um equipamento (44) de utilizador e armazenar a informação compreende armazenar a informação relativa à capacidade dos meios de pelo menos um equipamento (44) de utilizador no fornecedor (50) de serviços. 2

3. Um procedimento como se reivindica na reivindicação 2, em que a informação acerca das capacidades dos meios compreende uma informação associada com pelo menos uma das seguintes caracteristicas: capacidades de modo; tipo e/ou versão do equipamento (44) de utilizador; um temporizador; caracteristicas opcionais suportadas; capacidades da portadora radioeléctrica prevista para o equipamento (44) de utilizador.

4. Um procedimento como se reivindica em qualquer reivindicação anterior, que compreende enviar uma informação acerca das capacidades dos meios a partir do fornecedor (50) de serviços a pelo menos um equipamento (44) de utilizador.

5. Um procedimento como se reivindica na reivindicação 4, em que a informação acerca das capacidades dos meios compreende uma informação associada com pelo menos uma das seguintes caracteristicas: versão de um servidor (50) aplicacional; caracteristicas opcionais suportadas; um temporizador; serviços disponíveis; uma conta.

6. Um procedimento como se reivindica em qualquer reivindicação anterior, em que registar o equipamento (44) de utilizador compreende registar o equipamento (44) de utilizador com um servidor (50) aplicacional de serviço de pressionar para falar.

7. Um procedimento como se reivindica em qualquer reivindicação anterior, que compreende registar o equipamento (44) de utilizador com um subsistema Multimédia de Protocolo de Internet, e posteriormente a esta operação registar o equipamento de utilizador de forma automática no fornecedor (50) de serviços. 3

8. Um procedimento como se reivindica em qualquer reivindicação anterior, em que receber a informação acerca das capacidades dos meios compreende receber de forma automática essa informação subsequentemente ao reqisto do equipamento (44) de utilizador no fornecedor (50) de serviços.

9. Um procedimento como se reivindica em qualquer reivindicação anterior, em que registar o equipamento (44) de utilizador no fornecedor (50) de serviços compreende um registo de terceiros do equipamento (44) de utilizador mediante um subsistema Multimédia de Protocolo de Internet.

10. Um procedimento como se reivindica em qualquer reivindicação anterior, que compreende uma comunicação numa rede de comunicação comutada por pacotes.

11. Um procedimento como se reivindica na reivindicação 10, em que a sessão de dados compreende um contexto de Protocolo de Dados por Pacotes.

12. Um procedimento como se reivindica em qualquer reivindicação anterior, que compreende abrir uma sessão sde comunicação substancialmente instantânea de plano de utilizador (user plane) entre o equipamento (44) de utilizador e o fornecedor (50) de serviços em resposta à recepção de um pedido de uma sessão a partir de outro equipamento (30) de utilizador.

13. Um procedimento como se reivindica em qualquer reivindicação anterior, que compreende armazenar uma informação relativamente às capacidades dos meios de pelo menos dois equipamentos (30, 44) de utilizador antes da recepção do pedido de uma sessão de dados. 4

14. Um procedimento como se reivindica na reivindicação 13, que compreende estabelecer uma sessão multiutilizador através da informação armazenada.

15. Um procedimento como se reivindica em qualquer reivindicação anterior, que compreende receber a partir do equipamento (44) de utilizador uma informação associada com as capacidades dos meios que o equipamento (44) de utilizador poderia proporcionar para que se estabeleça posteriormente uma sessão de comunicação no fornecedor (50) de serviços, analisar a informação associada com as capacidades disponíveis dos meios no fornecedor (50) de serviços, e enviar desde o fornecedor (50) de serviços ao equipamento (44) de utilizador uma informação acerca das capacidades dos meios para a sua utilização pelo equipamento (44) de utilizador para a sessão de comunicação posterior.

16. Um procedimento para estabelecer sessões de dados, compreendendo o procedimento: enviar um pedido de registo a partir de pelo menos um equipamento (44) de utilizador a um fornecedor (50) de serviços; enviar, a partir do equipamento (50) de utilizador, uma informação acerca das capacidades dos meios ao fornecedor (50) de serviços antes de que se solicite uma sessão de dados com pelo menos um equipamento (44) de utilizador no fornecedor (50) de serviços, e em que a informação acerca das capacidades dos meios compreende uma informação associada com as capacidades do CODEC e os portos de comunicação disponíveis, e caracterizado por o envio da informação acerca das capacidades dos meios compreende enviar pelo menos uma mensagem de Convite de Protocolo de Início de Sessão a partir do equipamento (44) de utilizador. 5

17. Um procedimento como se reivindica na reivindicação 16, em que a informação acerca das capacidades dos meios compreende uma informação associada com pelo menos uma das seguintes caracteristicas: capacidades de modo; tipo e/ou versão do pelo menos um equipamento (44) de utilizador; um temporizador; caracteristicas opcionais suportadas; capacidades da portadora radioeléctrica prevista para pelo menos um equipamento (44) de utilizador.

18. Um procedimento como se reivindica numa qualquer das reivindicações 16 ou 17, em que o envio do pedido de registo compreende enviar um pedido de registo a um servidor (50) aplicacional de serviço de pressionar para falar.

19. Um procedimento como se reivindica numa qualquer das reivindicações 16 a 18, que compreende enviar um pedido de registo a um subsistema Multimédia de Protocolo de Internet, para o posterior registo (44) de forma automática com o fornecedor (50) de serviços.

20. Um procedimento como se reivindica numa qualquer das reivindicações 16 a 19, que compreende uma comunicação numa rede de comunicação comutada por pacotes.

21. Um procedimento como se reivindica na reivindicação 20, em que a sessão de dados compreende um contexto de Protocolo de dados por Pacotes.

22. Um procedimento como se reivindica numa qualquer das reivindicações 16 a 21, que compreende abrir uma sessão de comunicação substancialmente instantânea de plano de utilizador entre pelo menos um equipamento (44) de utilizador e o fornecedor (50) de serviços em resposta à 6 recepção de um pedido de uma sessão a partir de outro equipamento (30) de utilizador.

23. Um procedimento como se reivindica nas reivindicações 16 a 22, que compreende enviar a partir do equipamento (44) de utilizador uma informação associada com as capacidades dos meios que o equipamento (44) de utilizador poderia proporcionar para que se estabeleça uma sessão de comunicação posteriormente, e receber a partir do fornecedor (50) de serviços uma informação acerca das capacidades dos meios para a sua utilização pelo equipamento (44) de utilizador para a sessão de comunicação posterior.

24. Um sistema de comunicação configurado para proporcionar serviços para os utilizadores dos mesmos, compreendendo o sistema de comunicação: uma rede (32, 41) de comunicação para dotar pelo menos um equipamento (44) de utilizador de acesso a pelo menos uma rede (45) de dados; uma rede (45) de dados ligada à rede (32, 41) de comunicação; e um servidor (50) aplicacional ligado à rede (45) de dados, estando o servidor (50) aplicacional configurado para comunicar uma informação acerca das capacidades dos meios com pelo menos um equipamento (44) de utilizador antes de se solicitar uma sessão de dados com pelo menos um equipamento (44) de utilizador, para armazenar uma informação acerca das capacidades dos meios num armazenamento e para utilizar uma informação a partir do armazenamento quando se estabelece uma sessão de dados solicitada, em que a informação acerca das capacidades dos meios compreende uma informação associada com as capacidades do 7 CODEC e os portos de comunicação disponíveis, e caracterizado por receber a informação acerca das capacidades dos meios compreende receber pelo menos uma mensagem de Convite de Protocolo de Início de Sessão a partir de pelo menos um equipamento (44) de utilizador.