PT1467819E - Aplicação electrostática de material em pó a formas de dosagem sólidas - Google Patents
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Description
DESCRIÇÃO
"APLICAÇÃO ELECTROSTÁTICA DE MATERIAL EM PÓ A FORMAS DE DOSAGEM SÓLIDAS" método e equipamento material em pó sobre sólidas e, mais a formas de dosagem A presente invenção refere-se a um destinados à aplicação electrostática de superfícies de formas de dosagem particularmente, mas não exclusivamente, farmacêuticas sólidas.
Uma "forma de dosagem sólida" pode ser formada a partir de qualquer material sólido que possa ser partilhado em unidades individuais; pode ser, sem que isso seja obrigatório, uma forma de dosagem oral. Exemplos de formas de dosagem farmacêuticas sólidas incluem pastilhas farmacêuticas, pessários farmacêuticos, supositórios uretrais farmacêuticos e supositórios farmacêuticos. O termo "pastilha farmacêutica" deve ser interpretado enquanto termo que abrange todos os produtos farmacêuticos a tomar oralmente, incluindo comprimidos, pílulas, cápsulas e esférulas. Exemplos de formas de dosagem sólidas não farmacêuticas incluem artigos de confeitaria e pastilhas de detergentes de lavagem. A aplicação electrostática de material em pó a formas de dosagem sólidas é conhecida. Numa técnica, descrita no documento WO 96/35516, o material em pó é aplicado sobre pastilhas farmacêuticas enquanto as pastilhas se deslocam num tambor através de uma fonte do material em pó. As pastilhas são suportadas em receptáculos em forma de taças num primeiro tambor 1 e todas as áreas expostas das pastilhas são revestidas quando atravessam a fonte de material em pó. Subsequentemente, as pastilhas são transferidas para um segundo tambor onde são suportadas, de novo, por receptáculos em forma de taças mas com uma orientação oposta à do primeiro tambor para que as áreas das pastilhas não expostas no primeiro tambor sejam agora expostas e vice-versa. Desse modo, reveste-se a totalidade de cada pastilha depois da sua passagem pelos dois tambores.
Quando se utiliza o equipamento do documento WO 96/35516, verifica-se que algum do pó é aplicado à superfície do tambor bem como à pastilha. Isso dá origem a desperdícios de pó e também faz com que a limpeza do equipamento seja demorada, especialmente se o pó a aplicar pelo equipamento tiver que ser sujeito a uma carga. 0 revestimento dos lados das pastilhas utilizando o equipamento do documento WO 96/35516 também pode ser, de algum modo, arbitrário: partes dos lados são, possivelmente, expostas, durante o revestimento, em cada um dos tambores e podem, por conseguinte, capturar mais pó do que as extremidades das pastilhas; por outro lado, a quantidade de pó que chega aos lados das pastilhas pode ser limitada para que, mesmo depois de ambas as fases de revestimento, se aplique uma quantidade de pó relativamente pequena aos lados das pastilhas. Do mesmo modo, também é desejado, algumas vezes, revestir apenas metade da pastilha (uma extremidade e parte da parede lateral), e, nesse caso, é desejável ter uma orla bem definida no que se refere ao revestimento. É difícil proporcionar um revestimento desse tipo com uma orla bem definida utilizando o equipamento do documento WO 96/35516. 2
De acordo com a invenção, proporciona-se um equipamento para aplicar, de um modo electrostático, um material em pó a uma forma de dosagem sólida, incluindo o equipamento uma fonte de material em pó carregado, uma unidade de suporte destinada a suportar a forma de dosagem sólida com uma face frontal na vizinhança da fonte de material em pó e virada para a fonte de material em pó, incluindo a unidade de suporte um elemento electricamente condutor na vizinhança da face posterior da forma de dosagem sólida e uma blindagem electricamente condutora colocada, de um modo estreito, em torno da forma de dosagem sólida entre a face frontal e a face posterior da forma de dosagem sólida, e um meio destinado a criar uma diferença de potencial entre a fonte de material em pó e o elemento electricamente condutor e a manter a blindagem electricamente condutora com um potencial mais idêntico ao da fonte de material em pó do que ao do elemento electricamente condutor.
Verificou-se que, ao proporcionar uma blindagem electricamente condutora, de modo estreito, em torno da forma de dosagem sólida e mantendo a blindagem com um potencial mais idêntico ao da fonte de material em pó do que ao do elemento electricamente condutor, se podia criar uma barreira fisica e electrostática e que se tornava possivel quer confinar a aplicação de pó à forma de dosagem sólida quer revestir, uniformemente, uma parte dianteira da forma de dosagem sólida tão extensamente quanto um limite definido pela blindagem, sem que ocorresse, substancialmente, qualquer revestimento na parte posterior da blindagem. Deste modo, pode obter-se um limite bem definido relativamente ao revestimento. 3
Podem existir um ou mais intervalos na blindagem que se estendem em torno da forma de dosagem sólida, mas é preferido que a blindagem se estenda continuamente em torno de toda a forma de dosagem sólida. A forma da abertura definida pela blindagem, em cuja abertura se recebe a forma de dosagem sólida, é, de um modo preferido, seleccionada de acordo com o formato da forma de dosagem sólida, conformando-se a blindagem ao formato do contorno da forma de dosagem sólida, como visto quando se observa a partir da fonte de material em pó. Frequentemente, esse formato do contorno irá ser circular e, nesse caso, a blindagem, de um modo preferido, define uma abertura circular, mas deve compreender-se que outros formatos de contorno também são possíveis, incluindo, por exemplo, um formato oval, caso em que a blindagem, de um modo preferido, define uma abertura oval. A blindagem pode estender-se para o exterior afastando-se da vizinhança da forma de dosagem sólida. A blindagem tem, de um modo preferido, uma parte cilíndrica definindo uma abertura cilíndrica destinada a acomodar a forma de dosagem sólida. A abertura cilíndrica pode ter uma secção transversal circular mas, como explicado anteriormente, também pode ter secções transversais com outras formas, por exemplo uma forma oval. A blindagem pode ser constituída, substancial e totalmente, pela parte cilíndrica. Uma vantagem relacionada com o facto de se limitar a blindagem a uma parte cilíndrica que envolve, de modo estreito, a forma de dosagem sólida consiste no facto de se reduzir o efeito da blindagem no campo eléctrico entre a fonte de pó e a forma de dosagem sólida. Idealmente, conforme alguns pontos de vista, a blindagem não teria qualquer efeito discernível nesse campo, embora, na prática, se possa, provavelmente, distinguir algum efeito. O comprimento da parte 4 cilíndrica da blindagem pode ser relativamente comprido, mas é preferido que o comprimento seja menor do que a profundidade da forma de dosagem sólida, medida enquanto a separação máxima entre a face frontal e a posterior da forma de dosagem sólida; para além disso, é preferido que o comprimento seja, substancialmente, menor do que a referida profundidade da forma de dosagem sólida; de um modo preferido, o comprimento é menor do que um terço da referida profundidade. É possível que a existência de um elemento electricamente condutor envolvendo, de um modo estreito, a forma de dosagem sólida ao longo de uma área significativa proporcione um grau de acoplamento capacitivo entre a blindagem e a forma de dosagem sólida que, por sua vez, não é desejável. A redução do comprimento da blindagem reduz esse acoplamento. Outra característica que serve para reduzir esse efeito está relacionada com o facto da parte da blindagem imediatamente adjacente à forma de dosagem sólida ter uma espessura inferior a 2 mm e de um modo preferido inferior a 1 mm. Uma espessura tão pequena pode ser proporcionada afunilando um elemento que pode ser, assim, muito mais espesso quando afastado da forma de dosagem sólida, mas, de um modo preferido, a blindagem é feita em metal laminado. Também é preferido que a parte de extremidade da blindagem adjacente à forma de dosagem sólida e mais perto da fonte de material em pó esteja paralela às superfícies laterais da forma de dosagem sólida, proporcionando um espaçamento constante entre a parte de extremidade da blindagem e a forma de dosagem sólida. Também é preferido que a orla da parte de extremidade da blindagem esteja afastada da fonte de material em pó com um espaçamento constante. 5
No caso em que a blindagem se estende para o exterior afastando-se da vizinhança da forma de dosagem sólida, esta pode estender—se radialmente mas, em alternativa, pode estender-se para o exterior numa direcção inclinada relativamente a uma direcção radial. 0 ângulo de inclinação varia, de um modo preferido, de 30 graus a 60 graus e pode ser da ordem dos 45 graus. A inclinação pode ser numa direcção dianteira (na direcção da fonte de pó) aumentando a distância radial relativamente à forma de dosagem sólida, ou pode ser numa direcção traseira (afastando-se da fonte de pó) aumentando a distância radial relativamente à forma de dosagem sólida. No caso em que a inclinação se faz numa direcção dianteira, é preferido que as partes situadas mais à frente da blindagem não se projectem para diante tanto quanto a parte situada mais à frente da forma de dosagem sólida.
De modo a melhorar a eficiência da blindagem, quer como barreira física quer como eléctrica, é preferido que, quando em utilização a forma de dosagem sólida é suportada pela unidade de suporte, exista um intervalo não superior a cerca de 1 mm, e, de um modo preferido, inferior a 1 mm, entre a forma de dosagem sólida e a blindagem. O intervalo é, de um modo preferido, uniforme em torno de toda a circunferência da forma de dosagem sólida.
De um modo preferido, a blindagem electricamente condutora compreende um elemento electricamente condutor coberto por uma camada de material isolante. A existência de uma camada de material isolante, que é, de um modo preferido, fina, impede que haja um contacto eléctrico acidental entre a forma de dosagem sólida e a blindagem. 6
De um modo preferido, o elemento electricamente condutor está situado de modo adjacente à face posterior da forma de dosagem sólida. Não é essencial que o elemento electricamente condutor esteja em contacto com a forma de dosagem sólida, mas é preferido que esteja em contacto com a face posterior da forma de dosagem sólida. De um modo preferido, o elemento electricamente condutor inclui uma parte de recepção formatada destinada a receber a face posterior da forma de dosagem sólida, conformando—se a face posterior, de um modo estreito, com a parte de recepção ao longo de uma grande parte da área da face posterior. Por exemplo, no caso em que a face posterior da forma de dosagem sólida é convexa, a parte de recepção tem, de um modo preferido, uma forma correspondentemente côncava.
Normalmente, o equipamento irá ser configurado para aplicar material em pó a múltiplas formas de dosagem sólidas. Deste modo, a unidade de suporte está, de um modo preferido, preparada para suportar múltiplas formas de dosagem sólidas e, de um modo preferido, inclui múltiplos elementos electricamente condutores, em que cada um está situado na vizinhança de uma face posterior de uma respectiva forma de dosagem sólida de entre as formas de dosagem sólidas, e múltiplas blindagens electricamente condutoras, em que cada uma está colocada, de modo estreito, em torno de uma respectiva forma de dosagem sólida de entre as formas de dosagem sólidas, entre a face frontal e a face posterior das respectivas formas de dosagem sólidas. Num caso destes, as múltiplas blindagens podem ser formadas por um único elemento e, de facto, pode não haver demarcação entre blindagens adj acentes.
De um modo preferido, a unidade de suporte está montada de modo a permitir um movimento relativamente à fonte de material 7 em pó carregado. Isso permite que cada uma das formas de dosagem sólidas atravesse a fonte de material em pó carregado. A unidade de suporte pode compreender um tambor rotativo em torno de um eixo horizontal, como ilustrado no documento WO 96/35516. Uma configuração alternativa consiste em proporcionar um corpo que é móvel, efectuando um movimento de translação e/ou rotacional ao longo de um percurso que está, de um modo preferido, confinado a um único plano, que pode estar na horizontal ou pode ser inclinado formando um ângulo de até 65 graus com a horizontal. 0 corpo pode, por exemplo, deslocar-se através de um percurso horizontal continuo. A fonte de material em pó carregado pode ser colocada por cima ou por baixo do percurso horizontal.
De um modo preferido, o meio destinado a criar uma diferença de potencial entre a fonte de material em pó e o elemento electricamente condutor compreende uma fonte de tensão destinada a aplicar uma tensão de polarização entre a fonte de material em pó e o elemento electricamente condutor. A invenção também pode ser aplicada, no entanto, a um caso em que a diferença de potencial entre a fonte de material em pó e o elemento electricamente condutor só é criada pela carga existente no pó, o que pode, mesmo, ser aplicada ao pó num local afastado do elemento electricamente condutor. Convenientemente, o meio destinado a criar uma diferença de potencial entre a fonte de material em pó e o elemento electricamente condutor, e o meio destinado a manter a blindagem electricamente condutora com um potencial mais idêntico ao da fonte de material em pó do que ao do elemento electricamente condutor, são proporcionados por uma única fonte de tensão.
De acordo com a invenção, também se proporciona um método destinado a aplicar, de modo electrostático, um material em pó a uma forma de dosagem sólida, incluindo o método as etapas que consistem em proporcionar uma fonte de material em pó carregado, suportar uma forma de dosagem sólida numa unidade de suporte com uma face frontal na vizinhança da fonte de material em pó e virada para a fonte de material em pó, incluindo a unidade de suporte um elemento electricamente condutor na vizinhança da face posterior da forma de dosagem sólida e uma blindagem electricamente condutora colocada, de modo estreito, em torno da forma de dosagem sólida entre a face frontal e a face posterior da forma de dosagem sólida, criar uma diferença de potencial entre a fonte de material em pó e o elemento electricamente condutor e manter a blindagem com um potencial mais idêntico ao da fonte de material em pó do que ao do elemento electricamente condutor, devido ao que se aplica um material em pó à forma de dosagem sólida em frente da blindagem mas, substancialmente, não atrás da blindagem. 0 material em pó pode ser carregado de modo electrostático utilizando uma qualquer forma. Por exemplo, pode ser carregado através do efeito triboeléctrico. A forma de dosagem sólida pode ser uma pastilha abobadada tendo um par de faces de extremidade abobadadas opostas unidas por intermédio de uma parede lateral cilíndrica. Num caso destes, o material em pó carregado de modo electrostático pode ser aplicado, uniformemente, sobre a totalidade de uma face de extremidade abobadada da pastilha e uma parte dianteira da parede lateral cilíndrica, mantendo-se a parte posterior restante da parede lateral cilíndrica blindada no que se refere à aplicação de pó pela blindagem. A forma de dosagem sólida pode, mais particularmente, ser uma forma de dosagem oral e/ou 9 uma forma de dosagem farmacêutica, por exemplo uma pastilha farmacêutica. A etapa que consiste em criar uma diferença de potencial entre a fonte de material em pó e o elemento electricamente condutor da unidade de suporte pode compreender a etapa que consiste em proporcionar um rolo electricamente condutor na fonte de pó e aplicar uma diferença de potencial entre o elemento electricamente condutor da unidade de suporte e o rolo electricamente condutor na fonte de pó.
Os potenciais da blindagem electricamente condutora e da fonte de material em pó (de um modo preferido o rolo electricamente condutor) têm, de um modo preferido, o mesmo sinal e podem ser, substancialmente, os mesmos. O elemento electricamente condutor pode ser electricamente carregado (até atingir um potencial substancialmente diferente e, de um modo preferido, com sinal oposto ao da fonte de pó) , mas é, de um modo preferido, mantido no potencial de terra. A diferença de potencial criada entre a fonte de material em pó e o elemento electricamente condutor inclui, de um modo preferido, uma tensão de polarização que é uma tensão CC estável. A polaridade da tensão de polarização é escolhida de acordo com o facto do pó estar carregado positivamente ou negativamente, o que, por sua vez, está dependente do pó e/ou do processo de carregamento empregue: para pós carregados negativamente, a tensão de polarização é negativa e para pós carregados positivamente é positiva, sendo a tensão de polarização definida como positiva quando o potencial na fonte de material em pó é maior do que o potencial na forma de dosagem 10 sólida e vice-versa. De um modo preferido, uma tensão alterna, que é, de um modo preferido, substancialmente maior do que a tensão CC, é sobreposta à tensão de polarização inicial. A presença desta tensão alterna serve para mobilizar o pó carregado reduzindo qualquer tendência das particulas de pó aderirem a uma superfície na qual são transportadas; numa forma de realização descrita, essa superfície é a periferia de um rolo. A tensão alterna tem, de um modo preferido, um valor de pico a pico maior do que o valor de pico da tensão CC de polarização, e de um modo preferido, mais do dobro desta. Por exemplo, a tensão alterna pode ter um valor de pico a pico da ordem dos 5 kV. A soma da tensão CC de polarização com metade da tensão alterna pico a pico não deve ser tão grande que faça com que a diferença de potencial provoque a ruptura do ar. A frequência da tensão alterna situa-se, de um modo preferido, entre 1 a 15 kHz.
De um modo preferido, múltiplas formas de dosagem sólidas são suportadas pela unidade de suporte, incluindo a unidade de suporte múltiplos elementos electricamente condutores, em que cada um está situado na vizinhança de uma face posterior de uma respectiva forma de dosagem sólida de entre as formas de dosagem sólidas, e múltiplas blindagens electricamente condutoras, em que cada uma está colocada, de modo estreito, em torno de uma respectiva forma de dosagem sólida de entre as formas de dosagem sólidas, entre a face frontal e a face posterior da respectiva forma de dosagem sólida, e a unidade de suporte é movimentada em relação à fonte de material em pó para fazer com que, por sua vez, as faces frontais das formas de dosagem sólidas fiquem na vizinhança da fonte e viradas para a fonte. 11
De um modo preferido, o método compreende ainda a etapa que consiste em tratar o material em pó de modo a fixá-lo à forma de dosagem sólida. 0 tratamento do material em pó de modo a fixá-lo à forma de dosagem sólida implica, de um modo preferido, uma etapa de aquecimento utilizando, de um modo preferido, radiação infravermelha, embora se possam utilizar outras formas de aquecimento, tal como convecção, condução ou indução. 0 material em pó deve ser aquecido até atingir uma temperatura acima do seu ponto de amolecimento, permitindo-se, em seguida, o seu arrefecimento até solidificar. É importante controlar a quantidade de calor aplicado para evitar a degradação do material em pó e/ou da forma de dosagem sólida. A quantidade de calor requerida pode ser reduzida aplicando pressão ao material em pó. Em alternativa, o material em pó pode incluir um polimero que é curado durante o tratamento, por exemplo por irradiação com energia nas bandas de raios gama, ultravioleta ou radiofrequência. 0 método pode compreender a etapa que consiste em aplicar material em pó a uma primeira superfície da forma de dosagem sólida, e a subsequente etapa que consiste em aplicar material em pó a uma segunda superfície da forma de dosagem sólida. Quando o método está a ser utilizado para aplicar um revestimento contínuo a uma forma de dosagem sólida, esta etapa irá ser, normalmente, necessária se se quiser revestir toda a superfície da forma de dosagem. 0 equipamento e método empregues para aplicar material em pó à segunda superfície pode ser idêntico ao equipamento e método empregues para aplicar material em pó à primeira superfície. De facto, o material em pó pode ser aplicado à segunda superfície fazendo com que a forma de dosagem sólida atravesse pela segunda vez o mesmo equipamento. Pode ser preferido, no entanto, que o equipamento difira do que foi 12 empregue para aplicar material em pó à primeira superfície. Por exemplo, no caso de uma pastilha farmacêutica abobadada, a aplicação de material em pó a uma face de extremidade da pastilha pode alterar as propriedades eléctricas da pastilha. Por exemplo, a camada aplicada de material em pó pode ser mais isolante, electricamente, do que o material do núcleo da pastilha, o que pode fazer com que seja, então, desejável aumentar o acoplamento capacitivo entre a pastilha e o elemento electricamente condutor da unidade de suporte.
De um modo preferido, o método é implementado na forma de um processo contínuo. 0 método da presente invenção não está restringido à utilização de qualquer tipo particular de material em pó. Os materiais em pó descritos no documento WO 96/35413 são exemplos de materiais em pó adequados. 0 material em pó pode incluir um material biologicamente activo, ou seja, um material que aumenta ou diminui a velocidade de um processo num ambiente biológico. 0 material biologicamente activo pode ser um que seja fisiologicamente activo.
Convencionalmente, quando se quer administrar um material activo em forma de dosagem sólida, o material activo é misturado com um grande volume de material de "enchimento" não activo de modo a produzir uma forma de dosagem com uma dimensão exequível. Verificou-se, no entanto, que é difícil controlar, com precisão, a quantidade de material activo contido em cada forma de dosagem, o que conduz a uma fraca uniformidade da dose. Este é, especialmente, o caso em que a quantidade requerida de material activo em cada forma de dosagem é muito baixa. 13
Ao aplicar, de modo electrostático, material activo numa forma de dosagem, verificou-se que era possivel aplicar, com precisão, quantidades muito pequenas de material activo à forma de dosagem, o que conduz a uma reprodutibilidade de dose melhorada. 0 material em pó compreendendo material activo pode ser aplicado a uma forma de dosagem sólida contendo o mesmo material activo ou um material activo diferente, ou pode ser aplicado a uma forma de dosagem sólida não contendo material activo. Deve compreender-se que quando se faz referência à forma de dosagem sólida no formato de pastilha farmacêutica, deve entender-se que o termo "pastilha farmacêutica" inclui um núcleo de pastilha que não contém material activo mas destina-se a possuir material activo aplicado no material em pó. Deve compreender-se que as caracteristicas descritas anteriormente relativamente ao método da invenção também podem, quando apropriado, estar presentes no equipamento da invenção e vice-versa. Deste modo, por exemplo, o equipamento pode incluir uma ou mais formas de dosagem sólidas, e as formas de dosagem podem ser pastilhas abobadadas como descrito anteriormente. A titulo de exemplo, ir-se-ão agora descrever determinadas formas de realização da invenção relacionadas com os desenhos em anexo, nos quais:
Fig. 1 é uma vista em corte esquemática de um equipamento destinado a aplicar, de modo electrostático, um material em pó a uma forma de dosagem sólida;
Fig. 2 é uma vista em corte ampliada de uma parte do equipamento; 14
Fig. 2a Fig. 3 Fig. 4a Fig. 4b é uma vista em planta esquemática da parte do equipamento mostrada na Fig. 2; é uma vista em corte ampliada de uma forma modificada da parte do equipamento mostrada na Fig. 2/ é uma vista em corte esquemática de outro equipamento destinado a aplicar, de modo electrostático, um material em pó a uma forma de dosagem sólida; e é uma vista em corte esquemática de ainda outro equipamento destinado a aplicar, de modo electrostático, um material em pó a uma forma de dosagem sólida.
No que se refere, em primeiro lugar, às Figs. 1, 2 e 2a, o equipamento mostrado, compreende, de um modo geral, uma fonte 1 de material em pó carregado de modo electrostático, uma unidade 2 de suporte para suportar pastilhas 3 e uma fonte 4 de tensão. A unidade 2 de suporte comporta múltiplas pastilhas e na Fig. 1 mostram-se três das pastilhas 3a, 3b e 3c. A fonte 1 de material em pó carregado inclui um rolo la que é electricamente condutor e está conectado à fonte 4 de tensão. 0 material em pó na fonte 1 é introduzido no rolo la e é carregado por efeito triboeléctrico durante a sua passagem pelo rolo la. A unidade 2 de suporte define múltiplas estações de recepção de pastilhas, em cada uma das quais se recebe uma pastilha 3a, 3b, 3c respectiva. Em cada estação existe um elemento 5 electricamente condutor que inclui uma parte 6 de recepção em forma de taça, na qual assenta a pastilha, e uma parte 7 de haste. A unidade 2 de suporte inclui uma blindagem 8 electricamente condutora montada (por intermédio de apoios 15 adequados não mostrados) logo acima de um corpo 9 electricamente isolante da unidade 2. A blindagem é revestida com uma camada de material electricamente isolante. A blindagem 8 possui aberturas 19 no interior das quais se recebe uma respectiva pastilha 3, envolvendo a blindagem, de modo estreito mas espaçado, a pastilha 3 a uma pequena distância (por exemplo 0,5 mm) como mostrado na Fig. 2a. A blindagem 8 possui partes 10 cilíndricas com uma secção transversal circular que definem as aberturas 19.
Cada pastilha 3 possui um par de faces de extremidade abobadadas e opostas, nomeadamente uma face 12F frontal e uma face 12R posterior, e também uma parede 12S lateral cilíndrica, como mostrado na Fig. 2. A parte 6 de recepção em forma de taça do elemento 5 electricamente condutor é formatada de modo a que a sua face inferior côncava coincida com a face 12R posterior convexa da pastilha 3.
Deve salientar-se que na Fig. 1 se mostra a pastilha 3 numa face de fundo da unidade 2 de suporte. Deve compreender-se que a pastilha está presa à face de fundo em oposição à força de gravidade por meios adequados, por exemplo por sucção (por exemplo, proporcionando vias de passagem de ar através das partes 6 de recepção em forma de taça e em torno das partes 7 de haste dos elementos 5 condutores e ligando essas vias de passagem ao lado de admissão de ar de uma bomba de vácuo). A fonte 4 de tensão aplica uma tensão de polarização ao rolo la da fonte 1 de material em pó carregado e também aplica a mesma tensão à blindagem 8. O elemento 5 electricamente condutor está ligado à terra. A tensão de polarização aplicada pela fonte 4 é uma tensão CC de polarização estável com uma tensão CA sobreposta à mesma. 16
Quando o equipamento está em funcionamento, faz-se com que as pastilhas 3 se desloquem através da fonte 1 de material em pó carregado de modo electrostático. Na Fig. 1 mostra-se o instante em que a pastilha 3b passa pelo rolo la, (deslocando-se o rolo la e a pastilha nos sentidos mostrados pelas setas na Fig. 1). A tensão de polarização gera um campo eléctrico entre o rolo la e a parte 6 de recepção do elemento 5 electricamente condutor. Esse campo eléctrico faz com que o pó carregado de modo electrostático no rolo la seja transferido para a pastilha e revista a parte da pastilha que se projecta para diante (para baixo nas Figs. 1 e 2) e ultrapassa a parte 10 cilíndrica da blindagem 8. A blindagem 8, no entanto, proporciona uma barreira relativamente ao material em pó, impedindo o revestimento das partes da pastilha situadas mais atrás. Mais particularmente, a blindagem 8 proporciona uma barreira fisica, devido à sua proximidade à parede lateral da pastilha, e também uma barreira electrostática, pelo facto de ter o mesmo potencial que o rolo la. Deste modo, o campo eléctrico, que proporciona o impulso do pó carregado, irá ser cancelado num qualquer ponto entre a fonte de pó e a blindagem e irá ser invertido na vizinhança imediata da blindagem. O pó irá ser repelido quando se aproxima da blindagem devido ao potencial da blindagem e da carga do pó. A descrição anterior refere-se à parte do processo de revestimento com pó na qual o pó é, na realidade, aplicado à pastilha, sendo essa a parte distinta do processo. Deve compreender-se, no entanto, que irão existir, normalmente, outras etapas no processo incluindo, em particular, a etapa que consiste no aquecimento do pó para o fundir e prendê-lo à pastilha. Num caso em que se quer revestir faces opostas de uma pastilha, o pó pode ser aplicado à primeira face, o pó é fundido, a pastilha é virada e, em seguida, o pó é aplicado à 17 segunda face e fundido. Outros pormenores de outras etapas no processo que podem ser empregues são dados no documento WO 96/35516. Embora este documento mostre uma forma particular de unidade de suporte destinada a suportar e transportar as pastilhas, deve compreender-se que se poderiam utilizar outros sistemas. Exemplos de outras configurações de transporte são mostrados nos documentos WO 98/20861 e WO 98/20863, cujos conteúdos são aqui incorporados a titulo de referência. Outra configuração possível de transporte é uma em que as pastilhas são transportadas ao longo de um percurso efectuado num único plano (que pode ser horizontal ou inclinado), efectuando um deslocamento através de várias estações de tratamento dispostas ao longo do percurso. Por exemplo, pode aplicar-se pó a uma face da pastilha numa primeira estação, o pó é fundido numa segunda estação, a pastilha é arrefecida numa terceira estação, a pastilha é virada numa quarta estação, o pó é aplicado à face oposta da pastilha numa quinta estação, esse pó é fundido numa sexta estação e a pastilha arrefecida numa sétima estação. Os materiais de revestimento em pó adequados para revestir as pastilhas estão descritos no documento WO 96/34513.
Embora as Figs. 1, 2 e 2a descrevam uma configuração particular de blindagem destinada à aplicação de pó a uma pastilha, deve compreender-se que a blindagem pode adoptar uma qualquer forma de entre uma vasta variedade de formas. Por exemplo, a Fig. 3 mostra uma configuração que é a mesma que mostrada nas Figs. 1, 2 e 2a mas na qual a blindagem 8 tem a forma de uma chapa metálica plana com aberturas 19 circulares no interior das quais se recebem as pastilhas 3. A blindagem da Fig. 3 tem a vantagem de criar uma capacidade relativamente pequena entre a blindagem e cada pastilha 3 porque apenas a orla da chapa está perto da pastilha. A Fig. 4a mostra uma 18 configuração similar à da Fig. 3 mas, neste caso, a blindagem 8 está inclinada no sentido ascendente e para o exterior, radialmente, a partir de cada pastilha. A Fig. 4b mostra uma configuração similar à da Fig. 4a, mas, neste caso, a blindagem 8 está inclinada no sentido descendente e para o exterior, radialmente, a partir de cada pastilha. Deve compreender-se que também se podem adoptar outras formas de blindagem.
Nas formas de realização ilustradas, o corpo 9 é descrito como sendo electricamente isolante, mas também é possível que o corpo 9 seja electricamente condutor, desde que seja isolado da blindagem 8. Se o corpo 9 for electricamente condutor, então, deixa de ser necessário proporcionar elementos 5 electricamente condutores separados.
Embora na forma de realização descrita, a blindagem 8 e o rolo la sejam mantidos com o mesmo potencial e conectados à mesma fonte de tensão, esse podia não ser o caso. Por exemplo, a blindagem 8 podia ser mantida com um potencial com a mesma polaridade do potencial do rolo la, mas com uma magnitude diferente (tipicamente mais pequena) deste. 0 potencial com o qual se mantém a blindagem 8 também pode ser regulável para permitir a alteração do efeito de blindagem sobre o revestimento da pastilha.
Lisboa, 10 de Janeiro de 2007 19
Claims (42)
- REIVINDICAÇÕES 1. Equipamento para aplicar, de um modo electrostático, um material em pó a uma forma de dosagem sólida, incluindo o equipamento uma fonte (1) de material em pó carregado, uma unidade (2) de suporte destinada a suportar a forma (3) de dosagem sólida com uma face frontal na vizinhança da fonte (1) de material em pó e virada para a fonte de material em pó, incluindo a unidade (2) de suporte um elemento (5) electricamente condutor na vizinhança da face posterior da forma de dosagem sólida e uma blindagem (8) electricamente condutora colocada, de um modo estreito, em torno da forma (3) de dosagem sólida entre a face frontal e a face posterior da forma (3) de dosagem sólida, e um meio (4) destinado a criar uma diferença de potencial entre a fonte (1) de material em pó e o elemento electricamente condutor e a manter a blindagem (8) electricamente condutora com um potencial mais idêntico ao da fonte (1) de material em pó do que ao do elemento (5) electricamente condutor.
- 2. Equipamento de acordo com a reivindicação 1, em que a blindagem (8) se estende continuamente em torno de toda a forma (3) de dosagem sólida. 1
- 3. Equipamento de acordo com a reivindicação 1 ou 2, em que a blindagem (8) define uma abertura (19) substancialmente circular destinada a acomodar a forma (3) de dosagem sólida.
- 4. Equipamento de acordo com qualquer reivindicação anterior, em que a blindagem (8) se estende para o exterior afastando-se da vizinhança da forma (3) de dosagem sólida.
- 5. Equipamento de acordo com qualquer reivindicação anterior, em que a blindagem (8) possui uma parte (10) cilíndrica definindo uma abertura (19) cilíndrica destinada a acomodar a forma (3) de dosagem sólida.
- 6. Equipamento de acordo com a reivindicação 5, em que o comprimento da parte (10) cilíndrica da blindagem (8) é menor do que a profundidade da forma (3) de dosagem sólida, medida enquanto a separação máxima entre a face frontal e a posterior da forma (3) de dosagem sólida.
- 7. Equipamento de acordo com qualquer reivindicação anterior, em que a parte da blindagem (8) imediatamente adjacente à forma (3) de dosagem sólida tem uma espessura inferior a 2 mm.
- 8. Equipamento de acordo com a reivindicação 7, em que a parte da blindagem (8) imediatamente adjacente à forma (3) de dosagem sólida tem uma espessura inferior a 1 mm.
- 9. Equipamento de acordo com qualquer reivindicação anterior, em que a blindagem (8) é feita em metal laminado. 2
- 10. Equipamento de acordo com qualquer reivindicação anterior, em que a blindagem (8) se estende para o exterior afastando-se da vizinhança da forma (3) de dosagem sólida numa direcção inclinada relativamente a uma direcção radial.
- 11. Equipamento de acordo com a reivindicação 10, em que o ângulo de inclinação varia de 30 a 60 graus.
- 12. Equipamento de acordo com qualquer reivindicação anterior, em que, quando em utilização a forma (3) de dosagem sólida é suportada pela unidade (2) de suporte, existe um intervalo não superior a cerca de 1 mm entre a forma (3) de dosagem sólida e a blindagem (8).
- 13. Equipamento de acordo com qualquer reivindicação anterior, em que a blindagem (8) electricamente condutora compreende um elemento electricamente condutor coberto por uma camada de material isolante.
- 14. Equipamento de acordo com qualquer reivindicação anterior, em que o elemento electricamente condutor está situado de modo adjacente à face posterior da forma (3) de dosagem sólida.
- 15. Equipamento de acordo com a reivindicação 14, em que o elemento electricamente condutor está em contacto com a face posterior da forma (3) de dosagem sólida.
- Equipamento de acordo com a reivindicação 14 ou 15, em que o elemento electricamente condutor inclui uma parte de recepção formatada destinada a receber a face posterior da 3 16. forma (3) de dosagem sólida, conformando—se a face posterior, de um modo estreito, com a parte de recepção ao longo de uma grande parte da área da face posterior.
- 17. Equipamento de acordo com qualquer reivindicação anterior, em que os potenciais com os quais a blindagem (8) electricamente condutora e a fonte (1) de material em pó são configuradas de modo a serem mantidos têm o mesmo sinal.
- 18. Equipamento de acordo com a reivindicação 17, em que os potenciais com os quais a blindagem (8) electricamente condutora e a fonte (1) de material em pó são configuradas de modo a serem mantidos são, substancialmente, idênticos.
- 19. Equipamento de acordo com qualquer reivindicação anterior, em que se configura o elemento electricamente condutor de modo a ser mantido com o potencial de terra.
- 20. Equipamento de acordo com qualquer reivindicação anterior, em que a unidade (2) de suporte está preparada para suportar múltiplas formas (3) de dosagem sólidas e inclui múltiplos elementos (5) electricamente condutores, em que cada um está situado na vizinhança de uma face posterior de uma respectiva forma de dosagem sólida de entre as formas (3) de dosagem sólidas, e múltiplas blindagens (8) electricamente condutoras, em que cada uma está colocada, de modo estreito, em torno de uma respectiva forma de dosagem sólida de entre as formas (3) de dosagem sólidas, entre a face frontal e a face posterior da respectiva forma (3) de dosagem sólida. 4
- 21. Equipamento de acordo com a reivindicação 20, em que a unidade (2) de suporte está montada de modo a permitir um movimento relativamente à fonte (1) de material em pó carregado.
- 22. Equipamento de acordo com qualquer reivindicação anterior, em que o meio (4) destinado a criar uma diferença de potencial entre a fonte (1) de material em pó e o elemento (5) electricamente condutor compreende uma fonte de tensão destinada a aplicar uma tensão de polarização entre a fonte (1) de material em pó e o elemento (5) electricamente condutor.
- 23. Equipamento de acordo com a reivindicação 22, em que o meio (4) destinado a criar uma diferença de potencial entre a fonte (1) de material em pó e o elemento (5) electricamente condutor, e o meio destinado a manter a blindagem electricamente condutora com um potencial mais idêntico ao da fonte (1) de material em pó do que ao do elemento electricamente condutor, são proporcionados por uma única fonte de tensão.
- 24. Método destinado a aplicar, de modo electrostático, um material em pó a uma forma (3) de dosagem sólida, incluindo o método as etapas que consistem em proporcionar uma fonte (1) de material em pó carregado, suportar uma forma (3) de dosagem sólida numa unidade (2) de suporte com uma face frontal na vizinhança da fonte (1) de material em pó e virada para a fonte de material em pó, incluindo a unidade (2) de suporte um elemento (5) electricamente condutor na vizinhança da face posterior da forma (3) de dosagem sólida e uma blindagem (8) 5 electricamente condutora colocada, de modo estreito, em torno da forma (3) de dosagem sólida entre a face frontal e a face posterior da forma (3) de dosagem sólida, criar uma diferença de potencial entre a fonte (1) de material em pó e o elemento (5) electricamente condutor e manter a blindagem (8) com um potencial mais idêntico ao da fonte (1) de material em pó do que ao do elemento (5) electricamente condutor, devido ao que se aplica um material em pó à forma de dosagem sólida em frente da blindagem (8) mas, substancialmente, não atrás da blindagem (8) .
- 25. Método de acordo com a reivindicação 24, em que a forma (3) de dosagem sólida é uma pastilha abobadada tendo um par de faces de extremidade abobadadas opostas unidas por intermédio de uma parede lateral cilíndrica.
- 26. Método de acordo com a reivindicação 25, em que a blindagem (8) electricamente condutora é colocada, de modo estreito, em torno da parede lateral cilíndrica, sendo aplicado material em pó à parte da parede lateral em frente da blindagem (8), mas não à parte da parede lateral atrás da blindagem (8).
- 27. Método de acordo com qualquer das reivindicações 24 a 26, em que a forma (3) de dosagem sólida é uma forma de dosagem oral.
- 28. Método de acordo com qualquer das reivindicações 24 a 27, em que a forma (3) de dosagem sólida é uma forma de dosagem farmacêutica. 6
- 29. Método de acordo com a reivindicação 28, em que a forma (3) de dosagem farmacêutica é uma pastilha farmacêutica.
- 30. Método de acordo com qualquer das reivindicações 24 a 29, em que os potenciais com os quais a blindagem (8) electricamente condutora e a fonte (1) de material em pó são mantidos têm o mesmo sinal.
- 31. Método de acordo com a reivindicação 30, em que os potenciais com os quais a blindagem (8) electricamente condutora e a fonte (1) de material em pó são mantidos são, substancialmente, idênticos.
- 32. Método de acordo com qualquer das reivindicações 24 a 31, em que o elemento (5) electricamente condutor é mantido com o potencial de terra.
- 33. Método de acordo com qualquer das reivindicações 24 a 32, em que a diferença de potencial criada entre a fonte (1) de material em pó e o elemento (5) electricamente condutor inclui uma tensão de polarização que é uma tensão CC estável.
- 34. Método de acordo com a reivindicação 33, em que uma tensão alterna é sobreposta à tensão CC.
- 35. Método de acordo com a reivindicação 34, em que a tensão alterna tem um valor de pico a pico que é maior do que o dobro da tensão CC.
- 36. Método de acordo com qualquer das reivindicações 24 a 35, em que múltiplas formas (3) de dosagem sólidas são 7 suportadas pela unidade (2) de suporte, incluindo a unidade (2) de suporte múltiplos elementos (5) electricamente condutores, em que cada um está situado na vizinhança de uma face posterior de uma respectiva forma de dosagem sólida de entre as formas (3) de dosagem sólidas, e múltiplas blindagens (8) electricamente condutoras, em que cada uma está colocada, de modo estreito, em torno de uma respectiva forma de dosagem sólida de entre as formas (3) de dosagem sólidas, entre a face frontal e a face posterior da respectiva forma (3) de dosagem sólida, e a unidade (2) de suporte é movimentada em relação à fonte (1) de material em pó carregado para fazer com que, por sua vez, as faces frontais das formas (3) de dosagem sólidas fiquem na vizinhança da fonte (1) e viradas para a fonte (1).
- 37. Método de acordo com qualquer das reivindicações 24 a 36, compreendendo ainda a etapa que consiste em tratar o material em pó de modo a fixá-lo à forma (3) de dosagem sólida.
- 38. Método de acordo com a reivindicação 37, em que o tratamento do material em pó de modo a fixá-lo à forma (3) de dosagem sólida inclui uma etapa de aquecimento.
- 39. Método de acordo com qualquer das reivindicações 24 a 38, compreendendo a etapa que consiste em aplicar material em pó a uma primeira superfície da forma (3) de dosagem sólida, e a subsequente etapa que consiste em aplicar material em pó a uma segunda superfície da forma (3) de dosagem sólida. 8
- 40. Método de acordo com qualquer das reivindicações 24 a 39, em que o material em pó inclui um material biologicamente activo.
- 41. Equipamento para aplicar, de um modo electrostático, um material em pó a uma forma (3) de dosagem sólida, incluindo o equipamento uma fonte (1) de material em pó carregado, uma unidade (2) de suporte destinada a suportar a forma (3) de dosagem sólida com uma face frontal na vizinhança da fonte (1) de material em pó e virada para a fonte (1) de material em pó, incluindo a unidade (2) de suporte um elemento (5) electricamente condutor na vizinhança da face posterior da forma de dosagem sólida e uma blindagem (8) electricamente condutora colocada, de um modo estreito, em torno da forma (3) de dosagem sólida entre a face frontal e a face posterior da forma (3) de dosagem sólida, e uma fonte (4) de tensão destinada a criar uma diferença de potencial entre a fonte (1) de material em pó e o elemento electricamente condutor e a manter a blindagem (8) electricamente condutora com um potencial mais idêntico ao da fonte (1) de material em pó do que ao do elemento (5) electricamente condutor.
- 42. Equipamento para aplicar, de um modo electrostático, um material em pó a formas (3) de dosagem sólidas, incluindo o equipamento uma fonte (1) de material em pó carregado, uma unidade (2) de suporte destinada a suportar as formas (3) de dosagem sólidas com faces frontais das formas (3) de 9 dosagem sólidas na vizinhança da fonte (1) de material em pó e viradas para a fonte de material em pó, incluindo a unidade (2) de suporte um elemento (5) electricamente condutor na vizinhança das faces posteriores das formas (3) de dosagem sólidas e uma blindagem (8) electricamente condutora colocada, de um modo estreito, em torno das formas (3) de dosagem sólidas entre as faces frontais e as faces posteriores das formas (3) de dosagem sólidas, incluindo a blindagem (8) múltiplas aberturas destinadas a receber respectivas formas (3) de dosagem sólidas, e um meio (4) destinado a criar uma diferença de potencial entre a fonte (1) de material em pó e o elemento electricamente condutor e a manter a blindagem (8) electricamente condutora com um potencial mais idêntico ao da fonte (1) de material em pó do que ao do elemento (5) electricamente condutor. Lisboa, 10 de Janeiro de 2007 10
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