PT1443683E - Método e equipamento para associar canais de frequências de ida e retorno a transreceptores sem fios - Google Patents

Método e equipamento para associar canais de frequências de ida e retorno a transreceptores sem fios Download PDF

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PT1443683E
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Paul Febvre
David Denis Mudge
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Inmarsat Global Ltd
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Description

DESCRIÇÃO "MÉTODO E EQUIPAMENTO PARA ASSOCIAR CANAIS DE FREQUÊNCIAS DE IDA E RETORNO A TRANSRECEPTORES SEM FIOS" A presente invenção refere-se a equipamentos e métodos de comunicações, em particular mas não exclusivamente de comunicações sem fios, em particular mas não exclusivamente via satélite.
Foi já proposta uma série de sistemas de comunicações sem fios para suportar acesso partilhado por muitas sessões simultâneas de comunicações de tipos diferentes. Por exemplo, a publicação da patente WO 98/25358 divulga um sistema de comunicações móveis por satélite que suporta as exigências em largura de banda variável de múltiplas sessões simultâneas de comunicações.
Com este tipo de sistema, é dificil atribuir uma largura de banda que satisfaça as exigências variáveis de múltiplos terminais ou sessões, enquanto se utiliza a largura de banda total eficientemente. Os próprios protocolos de atribuição de largura de banda incorrem numa informação complementar de sinalização significativa, mas quanto mais informação for trocada nestes protocolos, melhor a rede é capaz de se adaptar aos pedidos constantemente em mudança de largura de banda. Pode-se disponibilizar alguma largura de banda para acesso baseado em contenção, o que permite que dados e sinalização sejam transmitidos por terminais móveis sem uma atribuição especifica de largura de banda àquele móvel, mas o acesso baseado em 1 contenção é muito ineficiente em largura de banda; se se quiser manter baixa a probabilidade de colisão, é necessário atribuir muito mais largura de banda do que a que está realmente a ser utilizada. 0 documento WO 98/21834 divulga um método de saltos de frequência e sistema de rádio em que uma parte de rede transmite uma indicação de qual a frequência a utilizar para a transmissão seguinte.
De acordo com uma vertente da presente invenção, é proporcionado um método de acordo com a reivindicação 1. De acordo com outra vertente, é proporcionado um equipamento de acordo com a reivindicação 2, e uma estação base sem fios de acordo com a reivindicação 3.
Numa forma de realização da presente invenção, é proporcionado um esquema de atribuição de canais de frequências em que uma rede sem fios memoriza associações entre canais de frequências de ida e retorno para que, quando um terminal móvel recebendo um canal de frequência de ida solicita capacidade de retorno, a rede, de um modo preferido, atribui largura de banda de retorno ao terminal móvel num ou mais dos canais de retorno associados. Consequentemente, a capacidade atribuída aos terminais móveis num conjunto particular de canais de retorno pode ser sintonizada para um pequeno número de diferentes canais de ida, para que as programações de atribuição de largura de banda para os canais de retorno só precisem de ser transmitidas num pequeno número de canais de ida associados. 2
As vertentes da presente invenção abrangem o equipamento adaptado para implementar os métodos e protocolos supracitados, bem como os sinais gerados por estes métodos e protocolos.
Formas de realização específicas da presente invenção serão agora descritas fazendo-se referência aos desenhos anexos, nos quais: A Figura 1 é um diagrama de componentes de um sistema de comunicação por satélite que incorpora formas de realização da presente invenção; A Figura 2 mostra os canais utilizados para comunicação entre o SAN e o MAN num serviço de dados em pacote implementado no sistema da Figura 1; A Figura 3 é um diagrama de unidades do canal transmissor e receptor, num nó de acesso satélite (SAN) do sistema da
Figura 1; A Figura 4 é um diagrama de unidades do canal transmissor e receptor num Nó de Acesso Móvel (MAN) do sistema da
Figura 1;
As Figuras 5a a 5d mostram a estrutura de um dos canais LESP da Figura 4; A Figura 6a mostra a estrutura de rajada de uma rajada de 5 ms num dos canais MESP da Figura 4; A Figura 6b mostra a estrutura de rajada de uma rajada de 20 ms num dos canais MESP da Figura 4; 3 A Figura 7 é um diagrama temporal que ilustra o funcionamento de um protocolo de correcção de sincronismo inicial para corrigir o sincronismo das transmissões nos canais MESP; A Figura 8a é um diagrama temporal que ilustra o sincronismo de uma transmissão num dos canais MESP imediatamente depois de uma correcção de sincronismo; A Figura 8b é um diagrama temporal que ilustra o sincronismo de uma transmissão num dos canais MESP num intervalo após uma correcção de sincronismo, onde exista uma incerteza de sincronismo; A Figura 9 é um diagrama de um nível MAC num dos MAN; e A Figura 10 é um diagrama de um nível MAC num dos SAN.
Vista Geral do Sistema A Figura 1 mostra os elementos principais de um sistema de comunicações por satélite numa forma de realização da presente invenção. Múltiplos Nós 2 de Acesso Móvel (MAN) comunicam através de um satélite 4 com uma estação satélite terrestre, designada a partir daqui como um Nó 6 de Acesso Satélite (SAN). O satélite 4 pode, por exemplo, ser um satélite Inmarsat-3™, como descrito por exemplo no artigo "Launch of a New Generation" por J R Asker, TRANSAT, Edição 36, Janeiro 1996, páginas 15 a 18, publicado pela Inmarsat, cujo conteúdo é aqui incluído a título de referência. O satélite 4 é geostacionário e projecta uma multiplicidade de 4 feixes estreitos SB (cinco feixes estreitos no caso de um satélite Inmarsat-3™) e um feixe de cobertura global GB, que abrange as áreas de cobertura dos feixes estreitos SB, na superfície da terra. Os MAN 2 podem ser terminais satélite portáteis que têm antenas manualmente dirigíveis, do tipo actualmente disponível para utilização com o serviço Inmarsat mini-M™ mas com modificações como descrito à frente. Podem existir múltiplos SAN 6 na área de cobertura de cada satélite 4 e aptos a suportar comunicações com os MAN 2 e podem também existir mais satélites 4 geostacionários com áreas de cobertura que podem ou não sobrepor-se à do satélite 4 exemplificativo. Cada SAN 6 pode fazer parte de uma Estação Terrestre Inmarsat (LES) e partilhar antenas de RF e equipamento de modulação/desmodulação com partes convencionais da LES. Cada SAN 6 proporciona uma interface entre a ligação de comunicações através do satélite 4 e uma ou mais redes 8 terrestres, para conectar os MAN 2 aos nós 10 de acesso terrestre (TAN), que são conectáveis, directamente ou indirectamente através de mais redes, a qualquer serviço, de entre uma série de serviços de comunicações, tais como a Internet, serviços PSTN ou baseados em ISDN.
Tipos de Canal A Figura 2 mostra os canais utilizados para comunicação entre uma amostra de um dos MAN 2 e do SAN 6. Todas as comunicações abrangidas por este serviço de dados em pacote do MAN 2 ao SAN 6 são transportadas num ou mais intervalos de tempo de um ou mais canais TDMA, designados por canais MESP (estação terrestre móvel - canais de pacote). Cada canal MESP é dividido em blocos de 40 ms, divisíveis em blocos de 20 ms. Cada bloco de 5 20 ms carrega ou uma rajada de 20 ms ou quatro rajadas de 5 ms, num formato que será descrito abaixo.
Todas as comunicações abrangidas por este serviço de dados em pacote do SAN 6 ao MAN 2 são transportadas num ou mais intervalos de tempo de um ou mais canais TDM, designados por canais LESP (estação terrestre móvel - canais de pacote). Cada um dos intervalos tem 80 ms de duração, e compreende duas subtramas de igual duração.
Com o objectivo de preparar o canal e outra sinalização de rede, o MAN 2 também comunica com uma estação 5 de coordenação de rede (NCS), como é conhecido no serviço Inmarsat Mini-M™. O SAN 6 comunica através da rede 8 com uma estação 9 terrestre regional (RLES) que comunica com a NCS 5, de modo a executar a preparação do canal e de outra sinalização de rede.
Interface da Ligação Satélite A interface da ligação satélite entre os MAN 2 e o SAN 6 ao qual os MAN 2 estão ligados será descrita em seguida. Esta interface pode ser considerada como uma série de niveis de comunicações: um nivel fisico, um nivel de controlo (MAC) de acesso ao meio e um nivel de ligação de serviço.
Unidade de Canal SAN A Figura 3 mostra as funções dentro do SAN 6 de uma unidade ST de canal transmissor, que execute a transmissão de pacotes de dados num único canal de frequência da ligação satélite, e uma 6 unidade SR de canal receptor, que executa a recepção de pacotes de dados num único canal de frequência da ligação satélite. De um modo preferido, o SAN 6 inclui múltiplas unidades ST de canal transmissor e unidades SR de canal receptor de modo a estar apto a proporcionar serviços de comunicações a um número suficiente de MAN 2.
Um nivel 10 de adaptação de hardware (HAL) proporciona uma interface entre as unidades de canal e um software de nivel superior, e controla os parâmetros das unidades do canal. Na unidade ST de canal transmissor, o HAL 10 emite rajadas Td de dados que são misturadas por um misturador 12, cujo sincronismo de saida é controlado por uma função 14 de sincronismo de tramas que também proporciona sinais de controlo de sincronismo de tramas às outras unidades ST de canal transmissor. As rajadas de dados misturadas são, em seguida, codificadas com redundância por um codificador 16, por meio de, por exemplo, um algoritmo de codificação turbo como descrito no documento PCT/GB97/03551.
Os dados e os bits de paridade são emitidos pelo codificador 16 para uma função 18 de sincronização de transmissão que emite os dados e os bits de paridade como conjuntos de quatro bits, para serem modulados por um modulador 16QAM 20. Os símbolos de palavra única (UW) são também introduzidos no modulador 20 de acordo com um formato de intervalo que é descrito posteriormente. O sincronismo de saída do codificador 16, o sincronizador 18 de transmissão e o modulador 20 são controlados pelo HAL 10, que selecciona também a frequência do canal de transmissão, controlando um sintetizador 22 de frequência de transmissão para emitir um sinal de frequência de conversão ascendente. Este sinal de frequência é combinado com a saída do modulador 20 num 7 conversor 24 ascendente, cuja saída é transmitida por uma antena RF (não mostrada) para o satélite 4.
Na unidade SR de canal receptor, um canal de frequência é recebido por uma antena RF (não mostrada) e convertido de modo descendente misturando-o com um sinal de frequência de conversão descendente num conversor 26 descendente. 0 sinal de frequência de conversão descendente é gerado por um sintetizador 28 de sinal de frequência de recepção, cuja frequência de saída é controlada pelo HAL 10. A fim de desmodular correctamente as rajadas recebidas, o sincronismo da recepção das rajadas é previsto por um controlador 29 de sincronismo de recepção, que recebe a informação de controlo de sincronismo de tramas a partir da função 14 de sincronismo de tramas e recebe os parâmetros do satélite 4 a partir do HAL 10. Estes parâmetros definem a posição do satélite 4 e dos seus feixes e permitem a previsão do sincronismo da chegada de rajadas de dados dos MAN 2 ao SAN 6. O atraso de propagação do SAN 6 até ao satélite 4 varia ciclicamente em períodos de 24 horas em consequência da inclinação da órbita do satélite. Esta variação do atraso é semelhante para todos os MAN 2 e é, por isso, utilizada para modificar o sincronismo de referência dos canais MESP, de modo a que o sincronismo individual dos MAN 2 não necessite de ser modificado para compensar as variações na posição do satélite. A informação de sincronismo prevista é emitida para cada uma das unidades SR de canal receptor. As rajadas recebidas têm, ou 5 ms ou 20 ms de duração, de acordo com um esquema controlado pelo SAN 6. O HAL 10 fornece informação sobre os tipos de intervalo esperados a um controlador 32 de intervalos, que também recebe informação do controlador 29 de sincronismo de recepção. A Figura 3 mostra os trajectos de recepção separados para rajadas de 5 ms e 20 ms; as referências a funções em cada um destes trajectos serão indicadas pelos sufixos a e b respectivamente. O controlador 32 de intervalos selecciona qual o trajecto de recepção a utilizar para cada rajada recebida de acordo com uma duração prevista da rajada. A rajada é desmodulada por um desmodulador 16QAM 34a/34b e o sincronismo da rajada é adquirido por um estágio 36a/36b de aquisição de UW. Depois de determinar o inicio e o fim da rajada, a rajada é turbo-descodificada por um descodificador 38a/38b e desembaralhada por um desbaralhador 40a/40b. A rajada de dados recuperada de 5 ou 20 ms é, depois, recebida pelo HAL 10.
Unidade de Canal MAN A Figura 4 mostra as funções dentro de um dos MAN 2 de uma unidade MR de canal receptor e de uma unidade MT de canal transmissor. O MAN 2 pode ter somente uma unidade de cada uma das unidades de canal receptor e transmissor, por razões de compactação e custo, mas se for necessário o aumento da capacidade da largura de banda, podem ser incorporadas múltiplas unidades de canal receptor e transmissor no MAN 2.
Na unidade MR de canal receptor um sinal é recebido por uma antena (não mostrada) e convertido de modo descendente por um conversor 42 descendente que recebe um sinal de frequência de conversão descendente a partir de um sintetizador 44 de sinal de frequência de recepção, sendo a frequência deste controlada por 9 um nível 46 de adaptação de hardware MAN. 0 sinal convertido de modo descendente é desmodulado por um desmodulador 16QAM 48 que emite os valores de bit paralelos de cada símbolo para um andar 50 de detecção UW, onde o sincronismo do sinal recebido é detectado identificando uma palavra única (UW) no sinal recebido. A informação de sincronismo é enviada a uma unidade 52 de sincronismo de símbolos e tramas que memoriza a informação de sincronismo e controla o sincronismo dos últimos andares de processamento do sinal, como mostrado na Figura 4. Uma vez determinados os limites de bloco dos dados recebidos, os blocos recebidos são turbo descodificados por um descodificador 54, desembaralhados por um desbaralhador 56 e emitidos na forma de rajadas recebidas para o HAL 46.
Na unidade MT de canal transmissor, os dados para rajadas de duração de 5 ou 20 ms são emitidos pelo HAL 46. Os trajectos separados identificados pelos sufixos a e b são mostrados na Figura 4 para as rajadas de 5 e 20 ms, respectivamente. Os dados são misturados por um misturador 48a/48b e codificados por um turbo codificador 50a/50b. As palavras únicas (UW) são adicionadas consoante ditadas pelo formato da rajada na etapa 52a/52b e o fluxo de dados resultante é mapeado no conjunto do sinal de transmissão na etapa 54a/54b e filtrado na etapa 56a/56b. O sincronismo de transmissão é controlado numa etapa 58a/58b de controlo de sincronismo de transmissão. Nesta etapa, a posição do intervalo TDMA é controlada por uma etapa 60 de controlo de intervalo, de acordo com uma posição designada de intervalo indicada pelo HAL 46. Um desvio de sincronismo é emitido pelo HAL 46 e é fornecido a uma etapa 62 de regulação de sincronismo que regula o sincronismo da etapa 60 de controlo de intervalo. Este desvio de sincronismo é utilizado para compensar variações no atraso de propagação causadas pela posição relativa 10 do MAN 2, do satélite 4 e do SAN 6 e é controlado por um protocolo de sinalização, como será descrito posteriormente de modo mais pormenorizado. Os conjuntos de bits de dados são emitidos num momento determinado de acordo com o sincronismo de intervalo e a regulação do sincronismo para um modulador 16QAM 64. Os símbolos modulados são convertidos de modo ascendente por um conversor 66 ascendente para uma frequência de canal de transmissão determinada por uma frequência emitida por um sintetizador 68 de frequência de transmissão controlado pelo HAL 46. 0 sinal convertido de modo ascendente é transmitido para o satélite 4 por uma antena (não mostrada).
Formato do Canal de LESP A Figura 5a mostra a estrutura de trama de um dos canais LESP. Cada trama LPF tem uma duração de 80 ms e tem um cabeçalho que consiste numa palavra única UW constante que é igual para todas as tramas. A palavra única UW é utilizada para a aquisição de tramas, para resolver a ambiguidade de fase da saída do desmodulador 48 e para sincronizar o desbaralhador 56 e o descodificador 54. A Figura 5b mostra a estrutura de cada trama, que consiste na palavra única UW de 40 símbolos, seguida por 88 blocos de 29 símbolos, sendo cada uma seguida por um único símbolo piloto PS, terminando em 8 símbolos para fazer com que o comprimento total de trama perfaça 2688 símbolos, dos quais 2560 são símbolos de dados. Estes símbolos de dados são divididos, como mostrado na Figura 5c, em duas subtramas SF1, SF2 cada uma codificada separadamente pelo codificador 16, cada uma de 5120 bits, perfazendo 1280 símbolos. O codificador 16 tem uma taxa de 11 codificação de 0,509375, de modo a que cada subtrama seja codificada a partir de um bloco de entrada IB1, IB2 de 2608 bits, como mostrado na Figura 5d. Esta estrutura é resumida a seguir na Tabela 1:
Tabela 1: Formato de Trama LESP
Modulação 16QAM Velocidade de transmissão de Dados (kbit/s) 65,2 Duração da trama da interface (ms) 80 Tamanho da Trama da Interface (bits) 5120 Duração de Subtrama (ms) 40 Bits de Entrada por Subtrama 2608 Taxa de Codificação 0,509375 Bit de Saida por Subtrama 5120 Símbolo de Saída por Subtrama 1280 Duração de Trama (ms) 80 Símbolo de Dados por Trama 2560 Taxa de Inserção de Símbolos Piloto 1/ (29+1) Símbolos Piloto por Trama 88 Símbolos UW 40 Tamanho de Trama 2688 Velocidade de Transmissão de Símbolos (ksym/s) 33,6
Formato do Canal MESP A estrutura do canal MESP é baseada em blocos de 40 ms com um sincronismo de canal referenciado ao sincronismo do canal LESP associado, como recebido pelos MAN 2. Cada bloco de 40 ms pode 12 ser dividido em dois intervalos de 20 ms, podendo ainda, cada um deles, ser dividido em quatro intervalos de 5 ms, e a divisão de cada bloco em intervalos é determinada de modo flexível por protocolos de um nivel superior. A Figura 6a mostra o formato de uma rajada de 5 ms, que consiste num tempo de guarda G1 de pré-rajada de 6 símbolos, um preâmbulo CW de 4 símbolos, uma palavra única inicial UWl de 20 símbolos, uma subtrama de dados de 112 símbolos, uma palavra única final UW2 de 20 símbolos e um tempo de guarda G2 pós-rajada de 6 símbolos. O preâmbulo CW não tem uma finalidade de sincronização pelos receptores (por exemplo, os desmoduladores 30a, 30b) mas fornece, convenientemente, um sinal de nível de potência constante para ajudar a controlar o nível automático de um amplificador de alta potência (HPA, não mostrado) no MAN 2 transmissor. Num exemplo, cada um dos símbolos do preâmbulo CW tem o valor (0,1,0,0). Num formato alternativo, o preâmbulo pode consistir em menos de 4 símbolos e os tempos de símbolo não utilizados pelo preâmbulo CW são adicionados aos tempos de guarda Gl, G2 de pré-rajada e pós-rajada. Por exemplo, o preâmbulo CW pode ser omitido completamente e cada um dos tempos de guarda de pré e pós-rajada aumentados para 8 símbolos.
As palavras únicas incluem apenas os símbolos (1,1,1,1), que são mapeados numa fase de 45° na amplitude máxima, e (0,1,0,1), que são mapeados numa fase de 225° na amplitude máxima. Assim sendo, as palavras únicas são efectivamente moduladas em BPSK, apesar dos símbolos serem modulados pelo modulador 16QAM 64. Indicando o símbolo (1,1,1,1) como (1) e o símbolo (0,1,0,1) como (0), a palavra única inicial UWl compreende a sequência 10101110011111100100, enquanto a palavra única final UW2 compreende a sequência de símbolos 10111011010110000111. 13 A rajada de 5 ms é concebida para transportar mensagens de sinalização curtas ou mensagens de dados; a estrutura é resumida em seguida na Tabela 2:
Tabela 2 - Estrutura de Rajada de 5 ms
Modulação 16QAM Bits de Entrada por Rajada 192 Taxa de Codificação 3/7 Bits de Saída por Rajada 448 Símbolos de saída por Subtrama 112 Preâmbulo 4 UW Inicial (símbolos) 20 UW Final (símbolos) 20 Total de Símbolos 152 Tempo de Guarda Total (símbolos) 12 Velocidade de Transmissão de Símbolos (ksym/s) 33,6 Duração de Intervalo (ms) 5 A Figura 6b mostra a estrutura de uma rajada de 20 ms do canal MESP. Serão utilizados os mesmos algarismos de referência para denotar as partes da estrutura que correspondem às da rajada de 5 ms. A estrutura consiste num tempo de guarda G1 de pré-rajada de 6 símbolos, um preâmbulo CW de 4 símbolos, uma palavra única inicial UWl de 40 símbolos, uma subtrama de dados de 596 símbolos, uma palavra única final de 20 símbolos e um tempo de guarda G2 de pós-rajada de 6 símbolos. A estrutura é resumida em seguida na Tabela 3: 14
Tabela 3 - Estrutura de Rajada de 20 ms
Modulação 16QAM Bits de Entrada por Rajada 1192 Taxa de Codificação 1/2 Bits de Saída por Rajada 2384 Símbolos de saída por Subtrama 596 Preâmbulo 4 UW Inicial (símbolos) 40 UW Final (símbolos) 20 Total de Símbolos 660 Tempo de Guarda Total (símbolos) 12 Velocidade de Transmissão de Símbolos (ksym/s) 33,6 Duração de Intervalo (ms) 20 O preâmbulo CW tem a mesma forma e finalidade que a rajada de 5 ms. A palavra única inicial UW1 compreende a sequência: 0000010011010100111000010001111100101101 enquanto a palavra única final UW2 compreende a sequência 11101110000011010010, utilizando a mesma convenção que a rajada de 5 ms.
Correcção do sincronismo de MESP
Como mostrado acima, a estrutura de intervalo MESP incorpora um tempo de guarda muito curto de, aproximadamente, 0,24 ms em cada extremidade. No entanto, a diferença no atraso de propagação do SAN 6 para o MAN 2, estando o MAN 2 no ponto sub-satélite e no 15 limite de cobertura, é de, aproximadamente, 40 ms para um satélite geostacionário, e, logo, a posição de cada MAN 2 irá afectar o sincronismo de recepção de rajadas transmitidas no canal MESP, e pode causar interferência entre rajadas do MAN 2, a distâncias diferentes do ponto sub-satélite. Além disso, o satélite, embora nominalmente geostacionário, é sujeito a perturbações que introduzem uma pequena inclinação na órbita e fazem com que a distância entre o satélite 4 e o SAN 6, e entre o satélite 4 e o MAN 2, oscile. Embora a posição do SAN 6 seja fixa e a do satélite 4 possa ser prevista, os MAN são móveis e, consequentemente, as suas posições alteram-se imprevisivelmente, e os seus relógios são sujeitos a distorção e desvio.
Um protocolo de correcção de sincronismo é utilizado pelo SAN 6 para medir o atraso de propagação do MAN 2 e enviar um valor de correcção de sincronismo ao MAN 2 para compensar as diferenças no atraso de propagação entre os diferentes MAN 2, de modo a evitar a interferência entre rajadas de diferentes MAN causada pelo desalinhamento com os intervalos. O protocolo será agora ilustrado relativamente ao diagrama temporal da Figura 7. A Figura 7 mostra tramas LPF do LESP que incluem subtramas SF1, SF2 e palavras únicas iniciais UW. Quando o MAN 2 está activo, ou está em condições de adquirir um dos canais LESP após um intervalo no qual não o conseguiu, o MAN 2 recebe (etapa 70) uma subtrama SF LESP de 4 0 ms que inclui a informação de programação de retorno que dita a utilização do intervalo de um canal MESP correspondente. A informação de programação de retorno é transmitida periodicamente com uma periodicidade controlada pelo SAN 6. A subtrama SF inclui a designação de um bloco de, pelo menos, nove intervalos contíguos de 5 ms na forma de um grupo de aquisição de sincronismo que consiste em intervalos de 16 acesso aleatório não atribuídos a nenhum MAN 2 em particular. A programação de retorno MESP com a qual a subtrama SF se relaciona começa 120 ms após o início da recepção da subtrama SF. Este período de 120 ms reserva 90 ms para o MAN 2 desmodular a subtrama SF LESP (etapa 72) e 30 ms para o MAN 2 se inicializar para a transmissão (etapa 74).
No início da programação de retorno MESP é atribuído um grupo de atribuição de sincronismo de intervalos 5 de ms. Inicialmente, assume-se que o MAN 2 tem uma incerteza máxima de sincronismo de 40 ms, correspondendo a oito intervalos de 5 ms. Consequentemente, o MAN 2 pode apenas transmitir após os primeiros oito intervalos do grupo de aquisição de sincronismo, e não pode transmitir de todo nos grupos de aquisição que contêm menos de nove intervalos, de modo a evitar interferir com as transmissões nos intervalos que precedem o grupo de aquisição de sincronismo. O MAN 2 selecciona aleatoriamente (etapa 78) um dos intervalos do grupo de aquisição de sincronismo que se segue aos primeiros oito intervalos e transmite (etapa 79) uma rajada no intervalo seleccionado, incluindo a rajada uma indicação do intervalo seleccionado. No exemplo mostrado na Figura 7, os intervalos do grupo de aquisição de sincronismo são numerados de 0 a M-l, em que M é o número de intervalos no grupo de aquisição de sincronismo, e o número R, seleccionado ao acaso de 8 a M-l, é transmitido na rajada na etapa 79. A rajada pode também indicar o tipo de terminal móvel, tal como terrestre, marítimo ou aeronáutico. O SAN 6 recebe e grava o tempo de chegada da rajada transmitida pelo MAN 2. A partir do número R de intervalo 17 indicado na rajada, o SAN 6 calcula o atraso de propagação diferencial para esse MAN 2. Dado que o sincronismo de transmissão da rajada era (120 + R x 5) ms após o tempo de recepção da subtrama SF LESP, o sincronismo de recepção TR da rajada é, aproximadamente, (2 x DP + C + 120 + 5 x R) ms após o tempo de transmissão da subtrama LPSF LESP, em que DP é o atraso de propagação diferencial para esse MAN 2 e C é um atraso, que é o mesmo para todos os MAN num grupo, e inclui vários factores, tais como o atraso de propagação para e do satélite 4 e o atraso de retransmissão do satélite 4. Assim, neste exemplo, o atraso de propagação diferencial é calculado como: DP = TR - C - 120 - 5 x R (1) 0 SAN 6, em seguida, transmite para o MAN 2 um pacote de dados que indica uma correcção do desvio X do sincronismo na escala 0 a 40 ms. 0 desvio substitui o desvio de sincronismo inicial de 40 ms na etapa 76, para transmissões subsequentes. O MAN 2 recebe o desvio de correcção de sincronismo e regula o seu sincronismo de transmissão em conformidade.
Se a rajada transmitida pelo MAN 2 interferir com uma rajada transmitida por um outro MAN 2 que tenta também receber uma correcção de sincronismo, o SAN 6 pode não ser capaz de ler os conteúdos de ambas as rajadas e, nesse caso, não transmitirá uma correcção de desvio de sincronismo a ambos os MAN 2. Se o MAN 2 não receber uma correcção de desvio de sincronismo do SAN 6 dentro de um tempo predeterminado, o MAN 2 espera, durante um intervalo aleatório dentro de uma gama predeterminada, antes de tentar transmitir, subsequentemente, uma rajada no grupo disponível seguinte da aquisição de sincronismo. A gama predeterminada de intervalos é determinada por um pacote de 18 sinalização transmitido pelo SAN 6 que indica os intervalos máximo e mínimo a serem observados pelos MAN 2 após uma primeira transmissão mal sucedida, antes de tentar a retransmissão, em conjunto com um intervalo de espera adicional a ser adicionado ao intervalo de espera total, cada vez que uma retransmissão adicional é feita após uma transmissão mal sucedida. A Figura 8a ilustra o sincronismo de transmissão de um dos MAN 2 que recebeu previamente um valor X de desvio de correcção de sincronismo. Como na Figura 7, o MAN 2 recebe (etapa 80) a subtrama SF LESP que inclui informação de programação de retorno. O MAN 2 desmodula (etapa 82) a subtrama LPSF LESP e inicializa (etapa 84) a sua unidade de canal transmissor, durante um tempo atribuído total de 120 ms após o início da recepção da subtrama LPSF LESP. O MAN 2 calcula o início da programação de retorno MESP como sendo (120 + X) ms desde o início da recepção da subtrama SF que transporta a informação de programação de retorno. Assim sendo, o MAN 2 espera durante o período X de desvio de sincronismo (etapa 86) após o fim do período de 120 ms antes de poder transmitir.
Neste exemplo, a programação de retorno ditada pela subtrama LPSF do LESP inclui quatro intervalos de 5 ms, seguidos por um intervalo de 20 ms. Se ao MAN 2 tiver sido atribuído um intervalo de 20 ms, então este transmitirá (etapa 88) no intervalo designado de 20 ms; se ao MAN 2 tiver sido atribuído um intervalo de 5 ms, então este transmitirá no intervalo designado de 5 ms. Em alternativa, se os intervalos de 5 ms forem designados como sendo intervalos de acesso aleatório e o MAN 2 tiver um pacote curto a enviar ao SAN β, o MAN 2 selecciona um dos quatro intervalos aleatoriamente e transmite nesse intervalo (etapa 89). 19
Se o SAN 6 detectar, a partir da transmissão do MAN 2, que é necessária uma correcção no desvio de sincronismo, por exemplo se o tempo entre o inicio da rajada e o limite do intervalo, conforme medido pelo SAN 6, for menor do que um número predeterminado de símbolos, o SAN 6 indica uma nova correcção de sincronismo ao MAN 2 num pacote de dados subsequente. Isto pode ser indicado como um desvio X absoluto de sincronismo ou como um desvio relativo de sincronismo a ser adicionado ou subtraído ao valor actual de X.
Incerteza de Sincronismo
Na rajada de desvio de correcção de sincronismo, o SAN 6 transmite ao MAN 2, em conjunto com o desvio de sincronismo, uma taxa Ru de incerteza de sincronismo que indica a taxa de probabilidade de alteração do sincronismo do MAN 2. Por exemplo, a taxa de incerteza de sincronismo pode representar um número de símbolos por segundo em relação aos quais o MAN 2 altera provavelmente o seu sincronismo. 0 SAN 6 determina a taxa de incerteza de sincronismo a partir da classe do MAN 2 (e. g. móvel terrestre, aeronáutico) e outros factores, tais como a inclinação da órbita do satélite 6. 0 MAN 2 cronometra o intervalo decorrido desde que a última correcção de sincronismo foi recebida e multiplica isto pela taxa Ru de incerteza de sincronismo para dar uma incerteza de sincronismo tu, em que tu = MIN (T - Tc x Ru, 40 ms) (2) 20 em que T é o tempo actual e Tc é o tempo no qual a última correcção foi recebida. A função MIN significa que a incerteza de sincronismo não pode exceder a incerteza máxima de 40 ms. O desvio X de sincronismo é reduzido pela incerteza de sincronismo tu de modo a que: X = MIN (Xc - to, 0) (3) em que Xc é o valor inicial de X indicado na última correcção de sincronismo, assegurando a função MIN que X não pode ser inferior a zero. A Figura 8b ilustra o sincronismo de transmissão de um dos MAN 2 com incerteza de sincronismo. As etapas 80 a 84 correspondem às mostradas na Figura 8a e a sua descrição não será repetida. Na etapa 86, o MAN 2 calcula a programação de retorno MESP como começando (120 + X) ms após o inicio da recepção da subtrama SF, utilizando o valor de X como reduzido pela incerteza de sincronismo tu. Em resultado da incerteza de sincronismo tu, o MAN 2 deve ignorar os primeiros I intervalos de um grupo de acesso aleatório, em que I = INT [ (ts - te + t0)/ts] (4) ts é a duração do intervalo de 5 ms e tG é o tempo de guarda Gl, que, neste caso, consiste em períodos de 6 símbolos.
No exemplo mostrado na Figura 8b, existem quatro intervalos de 5 ms no início da programação de retorno MESP, mas a tu é de 7 ms, para que os primeiros dois intervalos devam ser ignorados. O 21 MAN 2 só pode, então, transmitir nos terceiros e quartos intervalos.
Se a incerteza de sincronismo tD for maior do que um valor predeterminado, tal como o valor do tempo de guarda, o MAN 2 passa ao processo de pedido de correcção de sincronismo de acesso aleatório mostrado na Figura 7 e inibe a transmissão em intervalos de tempo atribuídos exclusivamente a si próprio, excepto onde exista um número suficiente destes concatenado de modo a que o seu comprimento total possa acomodar tanto a incerteza de sincronismo como a própria rajada, até que um novo desvio de correcção de sincronismo seja recebido do SAN 6. No entanto, o protocolo difere do da Figura 7 dado que o MAN 2 utiliza o seu desvio X actual de sincronismo em vez de regressar para o valor por defeito de 40 ms na etapa 76. Este protocolo reduz a possibilidade de interferência entre rajadas em intervalos atribuídos.
Na forma de realização anterior, o desvio X de sincronismo é reduzido pela incerteza de sincronismo tu para todas as transmissões do MAN 2. Numa forma de realização alternativa, o desvio X de sincronismo é reduzido pela incerteza de sincronismo tu apenas para transmissões do MAN 2 em intervalos de acesso aleatório, enquanto o desvio Xc de sincronismo original recebido na última mensagem de correcção de sincronismo do SAN 6 é aplicado quando se transmite em intervalos atribuídos. Nesta forma de realização alternativa, é importante distinguir entre mensagens de correcção de sincronismo iniciadas pelo SAN 6, após a detecção de uma transmissão pelo MAN 2 num intervalo atribuído demasiado perto do limite do intervalo, e mensagens de correcção de sincronismo enviadas pelo SAN 6 em resposta a um pedido de correcção de sincronismo do MAN 2, que terá um desvio de 22 sincronismo diferente das transmissões em intervalos atribuídos. Assim sendo, o SAN 6 indica na mensagem de correcção de sincronismo se esta está a ser enviada em resposta a um pedido do MAN 2, ou foi iniciada pelo SAN 6. 0 MAN 2, então, determina o novo desvio de sincronismo Xc a partir do desvio de sincronismo indicado na mensagem de correcção de sincronismo, de acordo com o modo como a mensagem de correcção de sincronismo foi iniciada.
Nível MAC
Como descrito acima, a interface de ligação satélite em cada um dos MAN 2 e no SAN 6 inclui um nível de controlo de acesso ao meio (MAC) que proporciona uma interface entre o nível físico, cujas vertentes foram descritas anteriormente, e o nível de ligação de serviço, que proporciona acesso à ligação satélite para uma ou mais ligações de serviço. 0 nível MAC pode ter uma estrutura como descrita substancialmente no pedido de patente UK no. 9822145.0. A Figura 9 ilustra a estrutura de níveis no MAN 2, com um nível físico MPL que gere a transmissão de pacotes num dos canais MESP e a recepção de pacotes num dos canais LESP, e o nível MAC MMAC que mapeia dinamicamente ligações de serviço no nível MSCL de ligação de serviço em intervalos nos canais MESP e LESP. A Figura 10 ilustra a estrutura de níveis no SAN 6, com um nível físico LPL que gere a transmissão de pacotes em múltiplos canais LESP e a recepção dos pacotes em múltiplos canais MESP, e o nível MAC LMAC que mapeia dinamicamente ligações de serviço no nível LSCL de ligação de serviço em intervalos nos canais MESP e LESP.
O nível MAC LMAC do SAN é responsável por atribuir recursos de canal, tanto nos canais LESP como nos canais MESP. O nível MAC 23 MMAC do MAN gera pacotes de sinalização que indicam as suas actuais exigências de canal para suportar as exigências de qualidade de serviço (QoS) de todas as ligações de serviço do nivel MSCL de ligação de serviço. 0 termo 'qualidade de serviço' (QoS) inclui um ou mais de entre velocidades de transmissão de bits mínima e máxima, velocidade de transmissão média de bits, e exigências de atraso máximo e pode também incluir outras exigências peculiares a determinados tipos de comunicação. Por exemplo, quando a encriptação é tratada no nível físico e os dados encriptados são transmitidos num canal dedicado, a qualidade de serviço pode incluir uma exigência de encriptação. As ligações de serviço podem especificar, tanto ao serem preparadas como durante o tempo de vida de uma ligação de serviço, parâmetros de QoS sem a necessidade de especificar como deve ser conseguida esta QoS, e é a tarefa do nível MAC satisfazer as exigências de QoS de todas as suas ligações de serviço no mapeamento das ligações de serviço para o nível físico. 0 nível MAC MMAC do MAN solicita a capacidade de canal necessária para esta tarefa enviando pacotes de sinalização ao nível MAC LMAC do SAN. 0 nível MAC do SAN determina como os intervalos de canal LESP devem ser atribuídos às suas próprias ligações de serviço de transmissão, determina a sequência de intervalos de 5 ms e 20 ms em cada canal MESP e a atribuição destes intervalos aos MAN 2 ou ao acesso aleatório, e transmite pacotes de sinalização, indicando as sequências de intervalo e atribuições, nos canais LESP. Cada subtrama LESP contém um ou mais pacotes de comprimento variável com todos os bits não utilizados a serem preenchidos com bits de preenchimento. O nível MAC MMAC do MAN recebe o pacote que indica a sua atribuição actual e decide como é que esta atribuição deve ser dividida entre as suas ligações de serviço. 24
Cada nível MAC MAC recebe dados das ligações de serviço, formata os dados em pacotes, e mapeia os pacotes de dados em canais físicos, de acordo com o esquema de atribuição actual. Cada pacote de dados inclui um campo identificador que identifica a que ligação de serviço o pacote pertence. 0 nível MAC de recepção recebe pacotes de dados lidos pelo nível físico e atribui os conteúdos de dados às ligações de serviço identificadas pelos pacotes. Os pacotes têm um comprimento variável dependendo do seu tipo e conteúdo, e cada subtrama LESP ou rajada MESP de 5 ou 20 ms pode conter um número inteiro de pacotes, com preenchimento se nem todos os bits de dados forem utilizados.
Gestão de Recursos
Os algoritmos da gestão de recursos são executados pelo nivel MAC LMAC do SAN a fim de satisfazer as exigências de QoS de cada nível MAC MMAC do MAN, tão próximo quanto possível, como será descrito agora.
Periodicamente, o SAN 6 transmite um pacote de sinalização de programação de retorno num ou mais dos canais LESP, indicando a atribuição dos intervalos num dos canais MESP. O nível MAC LMAC do SAN selecciona, no canal LESP a transmitir, um pacote de sinalização de programação de retorno, de acordo com a atribuição actual dos MAN 2 para os canais LESP e para os MAN para os quais é atribuída capacidade na programação de retorno. Assim, um pacote de sinalização de programação de retorno, que atribui capacidade MESP a um dos MAN 2, é transmitido no canal LESP, para o qual esse MAN 2 está sintonizado. Para minimizar o número de 25 programações de retorno diferentes que necessitam ser transmitidas, o nível MAC LMAC do SAN memoriza uma tabela de associação que liga um conjunto de um ou mais canais de frequência MESP a cada um dos canais de frequência LESP. Quando um MAN 2 é sintonizado para um canal LESP especificado, o nível MAC LMAC do SAN atribui, de um modo preferido, capacidade a esse MAN 2 no canal MESP ou nos canais ligados àquele canal LESP. A tabela de associação não é fixa, mas pode ser modificada pelo nível MAC LMAC do SAN. Cada canal MESP pode ser associado com mais do que um canal LESP. A programação de retorno também atribui intervalos de acesso aleatório nos canais MESP ligados ao canal LESP no qual a programação de retorno é transmitida. Mesmo que todo um canal MESP seja atribuído como acesso aleatório, a programação de retorno indica que isto será transmitido em cada um dos portadores de ida ligados àquele canal MESP.
Cada nível MAC MMAC do MAN envia pacotes de sinalização para o nível MAC LMAC do SAN, incluindo um relatório de estado da fila de espera indicando que quantidade de dados necessitam de ser transmitidos e o instante em que os dados necessitam de ser enviados. 0 relatório de estado da fila de espera tem três campos: o último instante de entrega do pacote de dados no topo da fila de espera e, consequentemente, com a prioridade mais elevada, o último instante de entrega do pacote de dados no fim da fila de espera e, consequentemente, com a prioridade mais baixa, e o comprimento total dos dados na fila de espera, como mostrado na Tabela 4 que se segue: 26
Tabela 4 - Formato do Pacote de Estado
Bits Ô 7 6 5 4 3 2 1 Octecto 1 X 0 0 0 1 1 0 0 Octecto 2 <SeqNum> U Octecto 3 Queue Length> Octecto 4 <Time Head Octecto 5 > < Octecto 6 Time Tail> em que os campos são definidos como se segue:
SeqNum: Identifica o número de sequência do pacote de estado, de modo a que o SAN 6 possa identificar a ordem de sequência de pacotes de estado diferentes do mesmo MAN 2; U: Bandeira de pequenas unidades, que identifica se o comprimento da fila de espera subsequente se expressa em unidades grandes ou pequenas de dados; as unidades grandes podem ser iguais à capacidade de um intervalo de 20 ms;
Queue Length: o comprimento da fila de espera de dados no MAN 2, expresso em unidades grandes ou pequenas, de acordo com a bandeira de pequenas unidades;
Time-Head: o instante de entrega, na forma de um desvio relativamente ao instante de transmissão do relatório de estado da fila de espera, do primeiro pacote na fila de espera de dados; e
Time-Tail: o instante de entrega, na forma de um desvio relativamente ao tempo de transmissão do relatório de estado da fila de espera, do último pacote na fila de espera de dados; 27
Este formato é particularmente eficiente porque evita transmitir as exigências dos instantes de transmissão de cada um dos pacotes de dados, o que requereria demasiada informação adicional de sinalização, enquanto fornece ao nivel MAC LMAC do SAN informação suficiente para decidir que capacidade, e quando, se deve atribuir ao MAN 2 que efectua o pedido.
No entanto, os relatórios de estado da fila de espera ainda ocupam uma largura de banda significativa nos canais MESP, que pode ser requerida para transmitir pacotes de dados em alturas de muita carga. Além disso, o nivel MAC MMAC do MAN pode transmitir informação de estado da fila de espera num intervalo baseado em contenção se nenhuma capacidade reservada estiver disponível, aumentando a probabilidade de colisão nos intervalos baseados em contenção. Para reduzir a carga do intervalo de contenção e, consequentemente, permitir que alguma desta largura de banda seja reclamada para atribuição de pacotes de dados, o SAN 6 pode transmitir pacotes de sinalização de controlo de nível de relatório dirigidos a todos os MAN 2. Os pacotes de sinalização de controlo podem indicar o atraso mínimo necessário antes que o estado da fila de espera seja reportado num intervalo de contenção, e também um parâmetro de controlo de relatório, o qual determina se os MAN 2 irão transmitir a informação de estado da fila de espera, assim que possível (sujeita ao atraso mínimo), tão tarde quanto possível, ou num ponto especificado entre estes dois extremos. 0 último atraso possível é determinado a partir das exigências de atraso da QoS e do atraso de ida e volta (MAN-SAN-MAN) e permite que o SAN 6 atribua a capacidade de retorno, somente durante um tempo mínimo, após recepção da informação de estado da fila de espera. Cada nível MAC MMAC do MAN, ao receber um pacote de sinalização de controlo de nível de relatório, 28 aplica os parâmetros que lhe são indicados. Nos casos em que os pedidos de QoS das ligações de serviço a um MAN 2 aumentem muito rapidamente, um longo intervalo de relatório mínimo e/ou um parâmetro elevado de controlo de relatório podem atrasar os pedidos de capacidade do nível MAC do MAN, de modo que o SAN 6 deixa de poder satisfazer os tempos de atraso requeridos indicados para todos os MAN dentro das exigências de atraso da QoS. Um curto intervalo de relatório mínimo e/ou um baixo parâmetro de controlo de relatório aumentarão a probabilidade dos pedidos do nível MAC do MAN alcançarem o SAN 6 a tempo da capacidade requerida ser atribuída, mas aumentarão o número de intervalos de contenção requeridos. 0 SAN 6 pode determinar os parâmetros apropriados para que a mistura de tráfego seja efectuada. 0 nível MAC LMAC do SAN atribui periodicamente um bloco contíguo de, pelo menos, nove intervalos de 5 ms como um grupo de aquisição de sincronismo e transmite um pacote de sinalização que indica esta atribuição. 0 comprimento e a frequência dos grupos de aquisição de sincronismo são atribuídos pelo nível MAC LMAC do SAN, de acordo com um pedido antecipado (que pode ser determinado pela carga detectada do grupo de aquisição de sincronismo), sujeito a um intervalo máximo predeterminado entre grupos de aquisição de sincronismo, para permitir um funcionamento eficiente do protocolo de aquisição de sincronismo. 0 nível MAC LMAC do SAN também determina os intervalos de aleatoriedade, mínimo e máximo, e um intervalo adicional de espera do MAN 2, como descrito acima, antes de retransmitir uma rajada de aquisição de sincronismo após uma aquisição de sincronismo mal sucedida. Estes intervalos determinam a dispersão de sincronismo de retransmissões de rajadas de aquisição de 29 sincronismo e são seleccionados para manter baixa a probabilidade de colisão entre retransmissões, sem causar excessivo atraso aos MAN 2 que executam a aquisição de sincronismo. 0 nivel MAC LMAC do SAN também monitoriza o tráfego transmitido nos canais LESP de modo a prever as necessidades futuras de capacidade de transmissão de cada um dos MAN 2. Por exemplo, para cada ligação de serviço que esteja a operar no modo ARQ, atribuem-se recursos ao MAN 2, através do qual a ligação se está a estabelecer quando um tempo limite ARQ estiver quase a expirar. A previsão de recursos específicos ao serviço pode também ser executada. Por exemplo, se o nivel MAC LMAC do SAN detectar que um pacote transmitido a um MAN 2 contém um pedido para transmissão de um bloco de dados, a capacidade necessária para transmitir esse bloco de dados é atribuída ao MAN 2 sem esperar que o MAN 2 faça o pedido de capacidade adicional. No entanto, pode não ser possível interpretar os conteúdos dos dados dos pacotes, por exemplo se os conteúdos já estiverem encriptados ou o tipo de aplicação for desconhecido para o nível MAC LMAC do SAN. Além disso, a interpretação dos dados do utilizador pelas interfaces de comunicações pode não ser aceitável para os utilizadores. Assim sendo, além disso ou em alternativa, um modelo estatístico pode ser memorizado no SAN 6 e ser utilizado para prever os pedidos dos MAN 2; opcionalmente, o modelo estatístico pode ser modificado monitorizando o fluxo de tráfego em ligações bidireccionais individuais sobre os canais LESP e MESP e deduzindo padrões estatísticos. Por exemplo, pode detectar-se que uma sequência de pacotes curtos de dados com um comprimento e um intervalo constantes transmitidos a uma ligação de serviço no MAN 2, é geralmente seguida por um fluxo elevado de dados transmitidos pelo MAN 2 a partir dessa ligação de serviço. 0 modelo estatístico é, então, actualizado de modo a que, cada 30 vez que a mesma sequência de pacotes de dados seja, subsequentemente, detectada, seja atribuída capacidade adicional ao MAN 2 na direcção proveniente do terminal móvel, se disponível. Esta previsão de fluxo de dados inverso reduz a quantidade de sinalização de estado de fila de espera que é necessário transmitir pelo MAN 2.
As formas de realização anteriores foram descritas com referencia a determinados sistemas de Inmarsat apenas a titulo de exemplo e as vertentes da presente invenção não estão limitadas aos mesmos. Em vez disso, as vertentes da presente invenção podem ser aplicadas às redes sem fios terrestres, em particular às que suportam acesso baseado em contenção. As formas de realização anteriores são ilustradas com referência a uma arquitectura em que múltiplos terminais móveis acedem a uma rede através de um único ponto de acesso (o SAN) através de um satélite que age somente como um repetidor. No entanto, as vertentes da presente invenção são também aplicáveis às redes satélite em que um ou mais satélites executam funções de gestão e/ou de formatação de recursos. Além disso, não é essencial que os terminais móveis recebam sinais de atribuição de recursos do mesmo nó, com o qual os recursos atribuídos são utilizados para comunicar.
Embora o dispositivo das formas de realização específicas tenha sido descrito em termos de blocos funcionais, estes blocos não correspondem necessariamente a objectos discretos de hardware ou software. Como é do conhecimento comum, a maioria das funções de banda de base, podem na prática, ser executadas por DSP apropriadamente programados ou por processadores de finalidade geral e o software pode ser optimizado para velocidade em vez de estrutura. 8 de Junho de 2007 31

Claims (3)

  1. REIVINDICAÇÕES 1. Método de atribuição de canais de frequências a múltiplos transreceptores (2) sem fios, compreendendo: transmitir, para cada um dos referidos transreceptores (2) , um sinal de atribuição de canal de frequência de ida indicando uma atribuição de um ou mais canais de frequência de ida que esse transreceptor (2) deve receber; caracterizado por transmitir, para cada um dos referidos transreceptores (2) em, pelo menos, um dos referidos canais de frequência de ida atribuídos a esse transreceptor, um sinal de atribuição de canal de retorno respectivo indicando uma atribuição de um ou mais canais de frequência de retorno no(s) qual (is) esse transreceptor pode transmitir; em que, para cada canal de frequência de ida, se memoriza um conjunto de canais de frequências de retorno preferidos, para que, para cada um dos referidos transreceptores (2) para o qual se atribuiu um canal especificado de entre os referidos canais de frequências de ida, o ou os canais de frequências de retorno atribuídos sejam, de um modo preferido, seleccionados a partir do referido conjunto correspondente de canais de frequências de retorno preferidos. 1
  2. 2. Equipamento para atribuir canais de frequências a múltiplos transreceptores (2) sem fios, compreendendo: um meio para transmitir, para cada um dos referidos transreceptores (2), um sinal de atribuição de canal de frequência de ida indicando uma atribuição de um ou mais canais de frequência de ida que esse transreceptor (2) deve receber; caracterizado por possuir um meio para transmitir, para cada um dos referidos transreceptores (2) em, pelo menos, um dos referidos canais de frequência de ida atribuídos a esse transreceptor (2) , um sinal de atribuição de canal de retorno respectivo indicando uma atribuição de um ou mais canais de frequência de retorno no(s) qual (is) esse transreceptor pode transmitir; em que, para cada canal de frequência de ida, se memoriza um conjunto de canais de frequências de retorno preferidos, para que, para cada um dos referidos transreceptores (2) para o qual se atribuiu um canal especificado de entre os referidos canais de frequências de ida, o ou os canais de frequências de retorno atribuídos sejam, de um modo preferido, seleccionados a partir do referido conjunto correspondente de canais de frequências de retorno preferidos. 2
  3. 3. Estação base sem fios incluindo um equipamento para atribuir canais de frequências a múltiplos transreceptores (2) sem fios, compreendendo: um meio para transmitir, para cada um dos referidos transreceptores (2), um sinal de atribuição de canal de frequência de ida indicando uma atribuição de um ou mais canais de frequência de ida que esse transreceptor (2) deve receber; caracterizado por possuir um meio para transmitir, para cada um dos referidos transreceptores (2) em, pelo menos, um dos referidos canais de frequência de ida atribuídos a esse transreceptor (2) , um sinal de atribuição de canal de retorno respectivo indicando uma atribuição de um ou mais canais de frequência de retorno no(s) qual (is) esse transreceptor pode transmitir; em que, para cada canal de frequência de ida, se memoriza um conjunto de canais de frequências de retorno preferidos, para que, para cada um dos referidos transreceptores (2) para o qual se atribuiu um canal especificado de entre os referidos canais de frequências de ida, o ou os canais de frequências de retorno atribuídos sejam, de um modo preferido, seleccionados a partir do referido conjunto correspondente de canais de frequências de retorno preferidos. Lisboa, 8 de Junho de 2007 3
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