PT1285198E - Dispositivo de iluminação montado lateralmente - Google Patents

Description

DESCRIÇÃO "DISPOSITIVO DE ILUMINAÇÃO MONTADO LATERALMENTE" A presente invenção refere-se a dispositivos de iluminação montados lateralmente e, em particular, a dispositivos de iluminação montados lateralmente com superfícies rugosas. Conhecem-se várias aplicações de dispositivos de iluminação montados lateralmente. Os dispositivos de iluminação montados lateralmente incluem unidades ou simbolos de exposição iluminados, ecrãs de computadores portáteis, retroiluminação de ecrãs LCD, sinais rodoviários, mobiliário urbano, unidades publicitárias, iluminação de prateleiras, luz interna de electrodomésticos, tal como a iluminação lateral, traseira, ou de topo de unidades frigoríficas incluindo arcas frigoríficas de exposição e sistemas de arrefecimento/refrigeração de vinho. Os dispositivos de iluminação montados lateralmente também incluem frentes e letreiros de electrodomésticos, tais como mostradores e painéis com manípulos de controlo.

Os dispositivos de iluminação montados lateralmente utilizam várias fontes luminosas incluindo fontes luminosas planares e fontes luminosas curvas.

Em geral, o dispositivo de iluminação inclui uma fonte luminosa posicionada de modo adjacente a um elemento transmissor de luz. 0 elemento transmissor de luz inclui uma superfície de saída de luz e, pelo menos, um friso de ingresso de luz adjacente à fonte luminosa para que a luz proveniente da fonte 1 luminosa entre no elemento transmissor através do referido friso de modo a propagar-se através do elemento.

Foram feitas muitas tentativas para modificar a rugosidade na superfície do elemento transmissor de luz para que a luz que se propaga através do elemento transmissor se escape pela superfície. 0 elemento transmissor de luz age, tipicamente, como uma janela de exposição, sendo o material a apresentar posicionado por trás, em frente da superfície actual propriamente dita ou sobre esta.

Por exemplo, o documento DE 2356947 discute a possibilidade de proporcionar o que se afirmam ser partes finamente rugosas ou foscas da superfície. No entanto, a rugosidade fina é empregue para que não haja a possibilidade de uma rugosidade grosseira prejudicar a transparência da unidade. A emissão de luz deste material é discutida no documento DE 3223706 e afirma-se que esta é insuficientemente uniforme em toda a folha pelo que é necessário um aumento de densidade de rugosidade à medida que a distância à fonte luminosa aumenta. O documento DE3223706 divulga o benefício de aumentar a densidade de rugosidade à medida que a distância à fonte luminosa aumenta, de modo a aumentar a emissão que, naturalmente, decresce ao longo da placa. O documento US 4385343 divulga um produto de iluminado lateralmente, incluindo material acrílico como o corpo transmissor de luz, que tem ambas as superfícies do corpo transmissor de luz rugosas. A distribuição da luz na superfície de face de egresso da luz pode ser conseguida, seleccionando uma relação angular apropriada entre a superfície reflectora do 2 material de apoio e a superfície da folha quando estão afastadas, ou afunilando o corpo transmissor de luz que é convergente na direcção de afastamento da superfície lateral de ingresso de luz. Também se mostram faces paralelas planas. 0 documento indica que a configuração das faces paralelas planas da figura 7 só é adequada se o símbolo com iluminação lateral for relativamente pequeno. 0 método de aplicação da rugosidade é por abrasão utilizando uma lixadora rotativa dotada com tiras de lixa ou cortando a superfície da placa transparente. Afirma-se que o dispositivo de corte efectua um corte na superfície do material transparente entre 5/1000 de polegada e 100/1000 de polegada. O documento indica que existe um decréscimo de luz com a distância à fonte luminosa e que a solução deste problema consiste em variar a espessura ou em fazer convergir a placa à medida que a distância aumenta. Também discute a possibilidade de inclinar a placa se estiver afastada da fonte luminosa. O documento US 3497981 resolve o problema do egresso da luz de um modo semelhante ao documento US 4385343. O modo pelo qual a rugosidade é aplicada à haste inclui gravação química, bem como tratamento a jacto de areia. O documento divulga que é necessário utilizar uma gravação diferencial de modo a conseguir um fluxo luminoso suficiente em qualquer coisa para além de letras pequenas. O documento US 5625968 não se refere à rugosidade de superfície mas à aplicação de um padrão matricial de pontos para permitir o egresso de luz a partir do interior da folha. O padrão matricial de pontos aumenta, de um modo preferido, de densidade na direcção do centro da folha e quando se afasta da fonte luminosa. 3 0 documento GB 2161309A resolve, novamente, o problema do egresso de luz aumentando o aspecto grosseiro da rugosidade à medida que há um afastamento da fonte luminosa. 0 documento GB 2211012 divulga um auxiliar de visualização iluminado lateralmente que inclui o elemento 63 de visualização de material transparente para produzir uma difusão, sendo esse tratamento intencionalmente aumentado em rigor ou densidade óptica à medida que a distância à fonte 62 luminosa aumenta. O documento GB 2164138 refere-se a um dispositivo difusor de luz e a um aparelho de iluminação que emprega o dispositivo difusor de luz. As camadas de difusão estão dotadas com espessuras diferentes umas das outras ou, então, dispostas de modo a terem uma densidade que varia ao longo do dispositivo, iluminando, desse modo, um objecto desejado uniformemente como um todo. O documento GB 2196100 divulga um dispositivo difusor de luz que inclui uma camada 3 difusora de luz, mas também uma pelicula 7 reflectora de luz que diminui a reflectividade à medida que a distância à fonte b, c luminosa aumenta e, desse modo, proporciona uma distribuição uniforme de luz desde a camada 3 difusora de luz até à placa 6 difusora de luz. O documento discute o problema relacionado com placas de vidro foscas ou placas de vidro opalino iluminadas lateralmente pelo facto de não ser possível iluminar uniformemente toda a superfície da placa difusora de luz. O documento US 4059916 refere-se a produtos iluminados lateralmente com uma superfície traseira rugosa e uma camada reflectora colocada, de um modo geral, de encontro à superfície 4 traseira. 0 efeito da superfície rugosa consiste em aumentar a luz reflectida através da superfície frontal. A rugosidade é descrita como sendo constituída por ranhuras e cristãs em toda a superfície. 0 documento discute as vantagens de adelgaçar a folha à medida que a distância à fonte luminosa aumenta. 0 pedido PCT WO84/04838 divulga um dispositivo de exposição no qual se pode criar uma rugosidade nas superfícies superior e inferior por pregagem, tratamento a jacto de areia ou estampagem. 0 documento também se refere ao problema do decréscimo de luz à medida que a distância à fonte luminosa aumenta e este problema é resolvido utilizando uma superfície traseira convexa para que a placa fique, progressivamente, mais fina à medida que a distância à fonte luminosa aumenta. 0 documento EP 0561329 divulga um dispositivo de exposição com luz iluminado lateralmente tendo fontes luminosas em todos os quatro frisos laterais. O documento também prevê a possibilidade da densidade de rugosidade dos pontos aplicados à superfície poder ser uniforme numa direcção. O documento explica que é necessário que haja uma variação na densidade na outra direcção de modo a que o brilho seja uniforme. O documento US 5649754 divulga uma combinação de dois tipos de rugosidade. Também apresenta a possibilidade da existência de uma rugosidade uniforme subjacente. Para resolver o problema da obtenção de um brilho uniforme em toda a superfície, aplica-se uma camada adicional à camada uniforme. O documento divulga que a rugosidade pode ser aplicada por tratamento a jacto de areia, sendo, deste modo, relativamente grosseira. 5 0 documento US 4373282 divulga um dispositivo difusor de luz consistindo numa placa com uma superfície rugosa tendo depressões profundas que são, em seguida, parcialmente preenchidas com um liquido opticamente transparente de modo a formar depressões pouco profundas.

Os documentos supracitados mostram uma clara tendência para o facto de se variarem as caracteristicas de densidade de superfície de modo a proporcionar um brilho uniforme em toda a superfície de saida de luz ou de se variar a espessura da placa de transmissão para manter a emissão de luz. Estas técnicas são dificeis e dispendiosas no que se refere à aplicação à superfície ou à folha. Para além disso, cada aplicação exige as suas próprias caracteristicas ópticas e, por conseguinte, no caso de variações de densidade, é necessário variar, especificamente, a densidade de rugosidade relativamente a produtos específicos. Consequentemente, cada produto é, tipicamente, personalizado o que aumenta ainda mais os custos.

De acordo com um primeiro aspecto da presente invenção, proporciona-se um dispositivo de iluminação montado lateralmente tal como reivindicado na reivindicação 1. A expressão rugosidade uniforme quer dizer que o nivel de rugosidade não aumenta ou diminui, em geral, à medida que a distância à fonte luminosa aumenta. No entanto, pode haver uma pequena variância localizada na rugosidade devido à variância inerente ao processo ou aos meios de aplicação da rugosidade. No entanto, esta variância seria aleatória e existiria em toda a superfície e não iria criar uma qualquer tendência particular em toda a superfície de saida. 6 0 elemento transmissor mantém, substancialmente, uma espessura uniforme à medida que a distância à fonte luminosa aumenta.

Tipicamente, o valor Ra médio em toda a superfície de saida do elemento transmissor é inferior a 0,75 pm/mm de espessura, de um modo mais preferido inferior a 0,40 pm/mm de espessura e de um modo muito preferido inferior a 0,30 pm/mm de espessura. Os valores Ra médios especialmente preferidos para superfícies rugosas em elementos transmissores são inferiores a 0,15 pm/mm.

De um modo preferido, o valor Ra médio em toda a superfície do elemento transmissor encontra-se no intervalo 0,01-1,0 pm/mm de espessuras do elemento, de um modo mais preferido 0,02-0,75 pm/mm de espessuras do elemento e de um modo muito preferido 0,02-0,40 pm/mm de espessuras do elemento. O valor Ra médio especialmente preferido situa-se no intervalo 0,05-0,30 pm/mm.

Por exemplo, numa folha de 10 mm espessura, o valor Ra médio pode ser 1,8 pm, enquanto que uma uniformidade equivalente de emissão com uma folha de 5 mm de espessura pode ser obtida com um valor Ra médio de 0,9 pm. Em ambos os casos, o valor Ra médio seria 0,18 pm/mm de espessura de folha. Do mesmo modo, se mais do que uma superfície for rugosa, os valores de Ra podem ser aditivos para que uma rugosidade de 0,9 pm na superfície superior e inferior de uma folha de 10 mm também desse um valor Ra médio de 0,18 pm/mm de espessura de folha.

De um modo preferido, a rugosidade é aplicada numa ou mais superfície (s) de emissão de luz. No entanto, além da rugosidade de uma superfície frontal, também se prevê uma rugosidade de uma 7 superfície traseira, com ou sem um reflector para redireccionar luz para uma superfície de saída. A flutuação localizada no valor Ra de superfície pode situar-se entre 0,01 μιη-1,0 pm, de um modo preferido entre 0,05 μιη-1,0 pm, de um modo mais preferido entre 0,1 pm-0,8 pm e de um modo muito preferido 0,2 pm-0,6 pm.

Por exemplo, a rugosidade de superfície pode situar-se entre 0,9-1,3 pm para uma superfície Tipo A tendo 5-10 mm de espessura. No entanto, se a rugosidade média de superfície for de 1,1 pm, isto será o valor em toda a superfície e qualquer flutuação irá ser, substancialmente, aleatória e não irá criar uma variação definida na densidade ao longo da superfície. É possível criar rugosidade, quer numa primeira superfície de saída de luz, quer numa segunda superfície de saída de luz, que pode estar afastada da primeira e oposta a esta no lado oposto do elemento transmissor e, nesses casos, assumir-se-ia que o valor Ra/mm seria resultado da soma dos dois valores Ra médios dividida pela espessura global da folha.

Como mencionado anteriormente, a invenção pode ser implementada aplicando rugosidade numa superfície do elemento transmissor ou, quando o elemento é uma folha de material, em ambas as suas superfícies. Além disso, podem sobrepor-se múltiplas folhas e a rugosidade pode ser aplicada nas faces externas das folhas sobrepostas, nas faces internas correspondentes ou em qualquer combinação de faces internas e faces externas.

De um modo preferido, a diminuição do fluxo luminoso ao longo da superfície é inferior a 4000 lux, de um modo mais preferido inferior a 3000 lux, e de um modo muito preferido inferior a 2000 lux.

De um modo preferido, a medição inicial de diminuição é efectuada numa posição a, pelo menos, 50 mm do friso do elemento, de um modo mais preferido a, pelo menos, 100 mm do friso, e de um modo muito preferido a, pelo menos, 150 mm do friso do elemento. A leitura final pode ser efectuada em pontos equivalentes relativamente ao friso oposto do elemento.

No entanto, a diminuição é a queda da emissão de luz medida desde a medição inicial até ao ponto de menor emissão na folha.

Num produto iluminado lateralmente a partir de um único friso, este ponto de menor emissão irá situar-se no local onde se faz a medição final, no friso oposto do elemento, mas num produto iluminado lateralmente a partir de múltiplos frisos, o ponto de menor emissão irá ser, tipicamente, o ponto mais distante dos frisos nos quais as fontes luminosas se formam e este irá situar-se, tipicamente, no meio do elemento, assumindo que as luzes montadas lateralmente emitem de modo equivalente. Prevê-se que a diminuição possa ser negligenciável e que também possa ser negativa pelo que se verifica um aumento na emissão de luz ao longo da folha à medida que a distância à fonte luminosa aumenta.

De um modo preferido, o elemento transmissor é uma folha ou, de um modo preferido, um material transparente embora, opcionalmente, um material translúcido. 9

Tipicamente, o elemento transmissor é uma folha rectangular que pode ser quadrada. No entanto, a folha pode ter qualquer formato, por exemplo redonda, quadrada, rectangular, triangular, cilíndrica irregular. A folha pode ser fabricada a partir de qualquer material plástico adequado, utilizando-se, de um modo preferido, material acrílico. Os materiais preferidos podem ser seleccionados de entre poli(metacrilato de metilo), poli(metacrilato de etilo), poli(metacrilato de propilo), poli(metacrilato de butilo), poli(metacrilato de glicidilo) , poli(metacrilato de isobornilo), poli(metacrilato de ciclo-hexilo), ou como homopolímeros ou como copolímeros de, pelo menos, um polímero precedente incluindo esses copolímeros contendo uma proporção mínima de outro monómero seleccionado de entre, pelo menos, um acrilato de alquilo C1-4. De um modo preferido, utiliza-se poli(metacrilato de metilo).

De um modo preferido, o elemento transmissor tem menos de 3000 mm na dimensão perpendicular ao friso da fonte luminosa, ou longe deste, de um modo mais preferido menos de 2000 mm nesta dimensão de largura, e de um modo muito preferido menos de 1500 mm nesta dimensão de largura.

De um modo preferido, o elemento transmissor tem menos de 100 mm em espessura, de um modo mais preferido menos de 50 mm em espessura, e de um modo muito preferido menos de 30 mm em espessura.

Tipicamente, o intervalo de espessuras do elemento transmissor situa-se entre 1-100 mm, de um modo mais preferido entre 1-50 mm, e de um modo muito preferido entre 3-25 mm. 10

Como reivindicado, os métodos de fabrico do elemento transmissor são seleccionados de entre polimerização por vazamento, moldagem, extrusão e gofragem e co-extrusão. A gofragem de uma folha de extrusão pode ocorrer durante ou após o fabrico. A formação de rugosidades na camada de superfície do material co-extrudido pode ser efectuada por agentes de acabamento mate ou de controlo de brilho adequados. Os agentes de acabamento mate ou de controlo de brilho adequados para formar uma rugosidade suficientemente fina na camada de superfície do material co-extrudido são conhecidos na técnica dos materiais co-extrudidos. De um modo adequado, a foscagem fina de um vidro para produzir o nível de rugosidade exigido durante o vazamento está disponível e é conhecida na técnica do fabrico de vidro. Um exemplo deste tipo de vidro vazado está disponível na Pilkington UK plc.

De um modo preferido, o elemento transmissor corresponde ao comprimento da fonte luminosa na dimensão paralela à fonte luminosa ou ao longo do friso da fonte luminosa do elemento. 0 elemento transmissor também pode ser, marginalmente, mais comprido do que a fonte luminosa nesta dimensão. De um modo preferido, a fonte luminosa é alongada.

Tipicamente, o elemento transmissor tem entre 100 mm e 3000 mm de comprimento na dimensão perpendicular ao friso da fonte luminosa, ou longe deste, de um modo mais preferido entre 200 mm e 2000 mm de comprimento nesta dimensão, e de um modo muito preferido entre 300 mm e 1500 mm de comprimento nesta dimensão. Especialmente preferida é uma largura, nesta dimensão, de entre 400 a 1200 mm. 11 A utilização da invenção inclui unidades ou símbolos de exposição iluminados incluindo ecrãs de computadores portáteis e retroiluminação de ecrãs LCD, sinais rodoviários, mobiliário urbano, unidades publicitárias, frentes e letreiros de electrodomésticos, tais como mostradores e painéis com manípulos de controlo, luz interna de electrodomésticos, tal como a iluminação lateral, traseira, ou de topo de unidades frigoríficas, arcas frigoríficas de exposição e sistemas de arrefecimento e refrigeração de vinho.

As fontes luminosas podem ser direitas ou curvas tal como os frisos do elemento transmissor. De um modo preferido, as fontes luminosas são planares. Pode utilizar-se qualquer fonte luminosa adequada mas as fontes luminosas adequadas incluem lâmpadas fluorescentes, lâmpadas de cátodo frio, lâmpadas de néon, LED's convencionais e orgânicos, fibras ópticas e lâmpadas.

De um modo preferido, utilizam-se lâmpadas fluorescentes. 0 diâmetro da lâmpada fluorescente pode variar de, tipicamente, 6 mm, designada normalmente por T2, até 25 mm. A distância do friso do painel transmissor de luz à cristã da lâmpada varia, de um modo preferido, entre 1 e 2 mm. Numa forma de realização alternativa, a lâmpada fluorescente é uma lâmpada de fenda. A parede interior do vidro deste tipo de lâmpada possui um revestimento reflector com um revestimento fluorescente por cima. A fenda é uma parte da lâmpada, por exemplo 30° dos 3 60° em torno do interior da lâmpada, sem revestimento. Esta abertura estende-se pelo comprimento da lâmpada e está configurada de modo a dirigir luz proveniente da fonte luminosa no friso da folha transmissora de luz. Um reflector está, tipicamente, posicionado por trás de cada lâmpada fluorescente e pode ser um 12 qualquer material apto a reflectir luz, por exemplo alumínio espelhado. De um modo preferido, a folha transmissora de luz mantém uma relação fixa com a fonte luminosa.

Apenas a título ilustrativo, a invenção irá agora ser descrita com referência aos exemplos em anexo, não limitativos, e com referência às figuras 1-5, nas quais: A Figura 1 mostra uma comparação de fluxo luminosos vs posição ao longo do símbolo para superfícies rugosas tipo B de face única e de dupla face e de tipo A de face única. A Figura 2 mostra uma comparação de fluxo luminosos vs posição ao longo do símbolo para tipo A de dupla face e Prismex. A Figura 3 mostra uma comparação de fluxo luminoso vs posição ao longo do símbolo para tipo A de face única e tipo B de face única. A Figura 4 mostra uma comparação de fluxo luminosos vs posição ao longo do símbolo para tipo A de dupla face e múltiplas tipo A de face única; A Figura 5 mostra uma comparação de fluxo luminoso vs posição ao longo do símbolo para tipo A co-extrudida e Prismex; e A Figura 6 mostra um ecrã iluminado lateralmente utilizando uma folha de acordo com a invenção. A textura de superfície das superfícies rugosas foi definida por meio de um parâmetro Ra. As normas ISO 4287 e 4288 descrevem os procedimentos recomendados para determinar Ra e outros parâmetros estatísticos. As medições foram feitas utilizando um medidor TALISURF. Por uma questão de conveniência, as superfícies com Ra entre 0,9-1,3 são designadas por Tipo A e 13 as superfícies com uma Ra entre 1,3-1,8 são designadas por Tipo B. As medições de brilho foram efectuadas utilizando um mini medidor de brilho 507-M(85e) da Erichson. Os valores de brilho equivalentes para superfícies de Tipo A são 24-30% e para superfícies de Tipo B 14-22%. A rugosidade pode ser considerada como um efeito de superfície de frequência mais elevada sobreposto por cima do perfil ondulado e forma. A rugosidade é, normalmente, descrita por Ra, ou parâmetros afins, abrangida por um intervalo vertical de 10 pm. As normas ISO supracitadas descrevem os encadeamentos de amostragem e valores de corte recomendados para efectuar medições. Por exemplo, para a um perfil periódico de 4 mm (limite superior do intervalo), o valor de corte é de 8 mm e o comprimento da amostragem é de 40 mm. Isto é quanto a um valor de Ra de cerca de 10 pm.

Pormenores experimentais

Os exemplos utilizam uma folha rectangular de espessura entre 3 mm - 25 mm fabricada a partir de poli (metacrilato de metilo) vazado transparente que possui uma ou duas superfícies foscas ou mate. A superfície fosca foi fabricada por meio de polimerização por vazamento de encontro a uma placa de vidro gravada. A superfície fosca é caracterizada por medições de brilho e por medições de rugosidade de superfície.

As medições de brilho foram efectuadas utilizando um Mini Medidor de Brilho 507-M da Erichsen que mede a percentagem de luz reflectida com um ângulo de 85 graus. As medições de brilho de Tipo B situaram-se entre 14-22% e nas de Tipo A estes valores subiram para 24-30%. 14

As medições de rugosidade (Ra, micrones) foram efectuadas utilizando um medidor Talisurf Surtronic 3P fornecido pela Rank-Taylor-Hobson. Este é calibrado por comparação com uma placa de referência antes de ser utilizado. A referência utilizada é uma placa de metal rugosa (240 micropolegadas), estando o medidor no modo de calibração. Ra da amostra é medida directamente. No que se refere às amostras utilizadas nos exemplos, a Tipo B tem um valor de Ra entre 1,3-1,8 μ, enquanto a Tipo A tem Ra entre 0,9-1,3 μ. (A gama de valores deve-se à variabilidade na rugosidade do vidro utilizado para vazamento e também devido ao desgaste dos vidros durante uma utilização repetida ao longo do seu tempo de vida).

Todos os painéis de superfície rugosa foram fabricados a partir de acrílico vazado contra vidro fosco, sendo utilizados dois graus diferentes de foscagem para se obter acabamentos de Tipo A e Tipo B. O painel escolhido é colocado numa armação que forma o símbolo e colocam-se fontes luminosas de modo adjacente ao friso de entrada do painel. Nos exemplos, utilizaram-se duas fontes luminosas em frisos opostos do painel.

As medições de emissão de luz são efectuadas colocando um Medidor de luz Digital RS (RS 180-7133) na superfície do símbolo: Mede-se um conjunto de pontos na superfície, e faz-se a média em pontos equidistantes de uma lâmpada. Estes valores médios são apresentados graficamente nas figuras 1-5. Tipicamente, regista-se o fluxo luminoso com a distância a um ou a ambos os frisos de entrada de luz.

As amostras foram comparadas com a Prismex da Ineos Acrylics UK Ltd, que é um produto bem sucedido com uma 15 superfície impressa com uma matriz de pontos para obter uma emissão de luz melhorada.

Exemplos

1. Tipo B de face única e de dupla face v Tipo A de face única, Símbolo A2, fendas de 2 pés, folha de 5 mm (Figura D

Dimensões do Painel Acrílico: 635 x 455mm x 5mm de espessura

Fonte luminosa: Lâmpada de fenda fluorescente TLD da Philips, 18 watts, valor de rendimento de cor de 85, temperatura de cor de 6500K, diâmetro da lâmpada de 25 mm. 2. Tipo A v Prismex, com, aproximadamente, uma dimensão Al, 10 mm (Figura 2)

Dimensões do Painel Acrílico: 885 x 635 mm x 10 mm espessura

Fonte luminosa: 2 x lâmpadas de fenda fluorescente TLD da Philips, 30 watts, rendimento de cor de 85, temperatura de cor de 6500K.

As amostras de Tipo A foram produzidas a partir de uma folha Tipo A vazada. As amostras Prismex foram fabricadas através de serigrafia utilizando um conjunto de pontos brancos sobre superfícies opostas de uma folha de acrílico transparente vazada. 16 3. Símbolo com uma área maior: Tipo B única v Tipo A dupla v Tipo A única (Figura 3)

Dimensões do Painel Acrílico: 945 mm x 865 mm x 10 mm de espessura

Fonte luminosa: 2 x lâmpadas de fenda TLD da Philips, 30 Watts, etc.

Este exemplo mostra que é importante escolher a rugosidade de superfície correcta para a espessura do painel a utilizar, mas também a rugosidade correcta para a dimensão do painel (neste caso, o comprimento do painel entre as duas lâmpadas). Em comparação com o exemplo 2 anterior, em que o painel óptimo era uma superfície de Tipo A em ambas as faces, aqui, uma superfície de Tipo A em apenas uma face é melhor quando se utiliza um maior comprimento a percorrer. No entanto, as tendências são as mesmas, nomeadamente o facto das características de emissão de luz melhorarem à medida que a rugosidade global do painel é reduzida. Símbolo de 3 pés utilizando vários painéis de superfície rugosos: pormenores experimentais como descritos anteriormente. 4. 1 x 10 mm Tipo A dupla v 2 x 5 mm Tipo A única (Figura 4)

As dimensões do painel e a fonte luminosa são as mesmas que, para o exemplo 2.

Este exemplo ilustra a situação em que se podem utilizar múltiplos painéis mais finos sobrepostos para criar o mesmo 17 resultado que se obtém com um único painel mais espesso desde que as rugosidades de superfície de cada um sejam escolhidas de forma apropriada. Aqui, um painel de 10 mm com duas superfícies tipo A é comparado com 2 painéis de 5 mm de espessura com uma única face de Tipo A em cada um. No exemplo, as superfícies rugosas situam-se nas faces localizadas na zona mais exterior da combinação, não havendo, no entanto, diferença medida quando as superfícies rugosas estão noutras orientações.

Foram descritos anteriormente vários dados para superfícies de Tipo A fabricadas por vazamento. Como reivindicado, existem outros métodos para criar uma superfície rugosa. Estes incluem co-extrusão e extrusão seguidas de gofragem. Aqui pormenoriza-se um exemplo de uma folha Tipo A co-extrudida utilizada para iluminação lateral, em que a folha Tipo A tem uma única superfície rugosa. 5. 1x5 mm Tipo A Co-Extrudida vs Prismex (Figura 5) Símbolo com dimensão A2 e dimensões de painel: 635 x 455 mm x 5 mm de espessura, Tipo A co-extrudida (Tipo A Co-Extrudida).

Fonte luminosa: 2 x lâmpadas de fenda fluorescentes TLD da Philips, 18W.

Adicionalmente serão agora descritas formas de realização específicas da invenção com referência ao desenho em anexo (Figura 6) que é uma vista em corte efectuada através de um sistema de exposição iluminado de acordo com a invenção e que é ilustrado de modo a mostrar uma forma de realização da invenção em funcionamento. 18

Na Figura 6, a folha 10 transmissora de luz é uma folha de poli(metacrilato de metilo)(PMMA) vazada e transparente com 945 x 865 x 10 mm, como exemplificado por uma superfície de face única de tipo A que não é tratada na superfície 11 traseira mas possui uma superfície rugosa formada na sua superfície 12 de sarda de luz. As fontes luminosas são lâmpadas 13, 14 fluorescentes FA30 TLD 30W/865 da Philips que têm, ambas, uma potência de saida de 30 Watts, um valor (Ra) de rendimento de cor de 86, uma temperatura de cor de 6500 Kelvin e um diâmetro de 25 mm. Estas estão colocadas de modo adjacente a um friso da folha transmissora de luz e envolvidas por um reflector 15, 16 de aluminio espelhado. Uma outra folha 18 de reflexão está situada de modo adjacente à superfície 11 traseira, e paralela a esta, de modo a reflectir a luz de volta para a superfície 12 de saída (a folha de reflexão é mostrada afastada por questões de ilustração apesar de, em utilização, estar, normalmente, encostada à superfície traseira da folha transmissora). A atenção do leitor é dirigida para todas as publicações e documentos apresentados concorrentemente com este fascículo, ou antes deste, em associação com este pedido e que estão disponíveis para o público juntamente com este fascículo.

Lisboa, 30 de Novembro de 2006 19

Claims (8)

1. REIVINDICAÇÕES 1. Dispositivo de iluminação montado lateralmente compreendendo, pelo menos, uma fonte (13, 14) luminosa; um elemento (10) transmissor de luz tendo, pelo menos, uma superfície (12) de saida de luz e, pelo menos, um friso de ingresso de luz substancialmente perpendicular à referida superfície (12), estando a fonte (13, 14) luminosa situada de modo adjacente ao referido friso de ingresso de luz para que a luz proveniente da fonte (13, 14) luminosa entre no elemento (10) transmissor através do referido friso e se propague através do elemento (10), sendo aplicada na referida, pelo menos uma, superfície (12) de saída de luz, de modo uniforme, uma rugosidade em toda a superfície (12) de saida, em que o elemento (10) transmissor mantém uma espessura substancialmente uniforme à medida que distância à fonte (13, 14) luminosa aumenta, em que a rugosidade é suficientemente fina de modo a proporcionar um valor Ra médio em toda a superfície (12) inferior a 1,0 pm/mm de espessura do elemento (10), caracterizado por o elemento (10) transmissor, em conjunto com a superfície (12) rugosa, ser criado por um método seleccionado de entre polimerização por vazamento, moldagem, extrusão e gofragem, e co-extrusão.
2. 2. Dispositivo de iluminação montado lateralmente de acordo com a reivindicação 1, em que o valor Ra médio em toda a superfície de saída do elemento transmissor é inferior a 0,75 pm/mm de espessura. 1
3. 3. Dispositivo de iluminação montado lateralmente de acordo com a reivindicação 1 ou 2, em que o valor Ra médio em toda a superfície do elemento transmissor se encontra no intervalo de 0,01-1,0 pm/mm de espessura do elemento.
4. 4. Dispositivo de iluminação montado lateralmente de acordo com qualquer das reivindicações 1-3, em que a rugosidade é aplicada quer numa primeira superfície de saída de luz quer numa segunda superfície de saída de luz que pode estar afastada da primeira, e oposta a esta, no lado oposto do elemento transmissor assumindo-se, em casos destes, que o valor Ra/mm é a soma de dois valores Ra médios dividida pela espessura global da folha.
5. 5. Dispositivo de iluminação montado lateralmente de acordo com qualquer das reivindicações 1-4, em que múltiplas folhas se encontram numa relação de sobreposição e a rugosidade pode ser aplicada nas faces externas das folhas sobrepostas, nas faces internas correspondentes ou em qualquer combinação de faces internas e faces externas.
6. 6. Dispositivo de iluminação montado lateralmente de acordo com qualquer das reivindicações 1-5, em que o elemento transmissor tem menos de 3000 mm na dimensão perpendicular ao friso da fonte luminosa, ou longe deste.
7. 7. Dispositivo de iluminação montado lateralmente de acordo com qualquer das reivindicações 1-6, em que o elemento transmissor tem uma espessura inferior a 100 mm.
8. 8. Dispositivo de iluminação montado lateralmente de acordo com qualquer das reivindicações 1-7, em que a aplicação de 2 rugosidade na camada de superfície do material co-extrudido é efectuada por agentes de acabamento mate ou de controlo de brilho adequados. Dispositivo de iluminação montado lateralmente de acordo com qualquer das reivindicações 1-8, em que o elemento transmissor tem um comprimento entre 100 mm e 3000 mm na dimensão perpendicular ao friso da fonte luminosa, ou longe deste. Dispositivo de iluminação montado lateralmente de acordo com qualquer das reivindicações 1-9, em que a flutuação localizada no valor Ra de superfície está entre Ο,ΟΙμιη-1,Opm. Lisboa, 30 de Novembro de 2006