PT1265665E - ''dispositivo accionado por inalação'' - Google Patents
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Description
DESCRIÇÃO "DISPOSITIVO ACCIONADO POR INALAÇÃO"
ANTECEDENTES DA INVENÇÃO 1. Campo da Invenção
Esta invenção refere-se a um dispositivo accionado por respiração. Em particular, o dispositivo refere-se ao que é tipicamente designado por inalador tendo um recipiente contendo medicação em aerossol, que, após accionamento, liberta uma dose controlada de medicação para um doente. 2. Descrição da Técnica Anterior
Existem vários dispositivos de inalação que libertam medicação em aerossol, com uma pulverização continua ou numa dose controlada ou quantidade predeterminada de medicação, directamente para a boca de um doente, área nasal ou vias aéreas respiratórias. Estes dispositivos são, tipicamente, accionados pela acção de compressão dos dedos de um utilizador, pelo accionamento de um botão ou outras técnicas manuais relacionadas. Embora alguns sejam activados pela acção de inalação dos utilizadores, até hoje, têm sido desenvolvidos poucos dispositivos accionados por respiração, simples e pouco dispendiosos. 1
Os recipientes de aerossol de doses controladas do medicamento a ser inalado para dentro da boca, áreas nasais ou vias aéreas respiratórias são fabricados por diversas companhias farmacêuticas. Os aerossóis de doses controladas são praticamente iguais aos aerossóis sem doses controladas excepto por, quando a válvula é premida, não darem origem a uma pulverização continua mas, em vez disso, a uma libertação de pulverização controlada predeterminada fornecendo uma quantidade fixa de medicação. Exemplos destes inaladores doseadores são apresentados nas Patentes U.S. N° 5594647, publicada em 13 de Agosto de 1996, intitulada "Metered Dose Inhaler"; e 5622163, publicada em 22 de Abril de 1997, intitulada "Counter for Fluid Dispensers"; e Pedido de Patente U.S. com o Número de Série 09/241010 apresentado em 1 de Fevereiro de 1999, intitulado "Metered Dose Inhaler Agitator" (atribuído ao autor do presente documento). Demonstrou-se que os dispositivos deste tipo eram muito satisfatórios, no entanto, como tudo o mais, é desejável melhorar o seu funcionamento.
Os aerossóis utilizados com dispositivos inaladores accionados manualmente incorporam, frequentemente, ar ambiente no volume de medicação permitindo uma respiração completa de ar pelo doente enquanto inala a medicação. Em alternativa, os medicamentos em aerossol também se encontram disponíveis em pulverização contínua, que continuam a pulverizar desde que a válvula ou pino do bico de injecção estejam sob pressão. A utilização correcta destes dispositivos accionados à mão requer que a pulverização seja activada no início do ciclo inspiratório para que a medicação seja transportada para os pulmões em vez de ser depositada na boca ou garganta. Se este accionamento não for correctamente coordenado com a fase 2 inspiratória, a dose controlada pode ser depositada de um modo diferente com cada accionamento e, potencialmente, comprometer a terapêutica e segurança do produto. Um dispositivo accionado por respiração ajuda a eliminar este problema fazendo com que o produto seja mais fácil de coordenar e mais fácil de utilizar pelo doente, com uma administração e dispersão previsíveis nas vias aéreas respiratórias. 0 documento WO 99/06091 refere-se a dispositivos activados por inalação ou respiração a utilizar com MDI, que têm uma natureza mecânica em termos do seu funcionamento e incorporam um mecanismo de retorno automático para assegurar a recuperação do recipiente de aerossol a partir da posição activada sem a necessidade de uma intervenção pelo utilizador.
Existem inúmeros factores que levam a uma fraca coordenação, variando desde a habilidade inerente ao utilizador, associada com a geriatria ou pediatria, aos doentes com características de deficiência física. Reconhecendo a necessidade de corrigir e administrar correctamente doses aos asmáticos e doentes COPD, assim como a outros doentes com outras doenças respiratórias, um dispositivo accionado por respiração fiável iria melhorar a qualidade de vida para estes doentes com problemas respiratórios.
Sumário da Invenção A presente invenção compreende um distribuidor de doses controladas para medicação em aerossol contida num invólucro tendo um bocal para inserção na boca de um doente. Proporciona-se um mecanismo de accionamento mecânico em 3 cooperação com o recipiente, na sua posição de bloqueio inicial, que, após inalação por um doente, faz com que o recipiente administre uma dose controlada de medicação, na forma de uma pulverização, desde o bocal para o doente. A dose é estabelecida por uma válvula doseadora associada com o recipiente. Proporciona-se um meio de retenção que assegura a descarga completa da dose controlada e, subsequentemente, o enchimento total da válvula doseadora com a dose seguinte, depois da administração de medicação.
Descrição Resumida dos Desenhos A Figura IA é uma vista em corte lateral e parcial do inalador doseador no seu estado de bloqueio ou armado antes da inalação; A Figura 1B é uma vista em corte lateral e parcial de uma forma de realização alternativa do inalador mostrado na
Figura IA; A Figura 1C é uma vista em corte parcial, de certa forma ampliada, do recipiente de medicação e câmara de retenção da forma de realização 1B na sua posição alta (não retida); A Figura 1D é uma vista em corte parcial, de certa forma ampliada, do recipiente de medicação e câmara de retenção da forma de realização 1B na sua posição baixa (retida); A Figura 2 é a vista em corte parcial do mecanismo de accionamento do distribuidor das Figuras 1A-1D; 4 A Figura 3 é uma vista em corte parcial do mecanismo da Figura 2 após activação causada por inalação; e A Figura 4 é uma vista em corte parcial do mecanismo de accionamento da Figura 2.
Descrição Pormenorizada da Forma de Realização Preferida
No que se refere, agora, mais particularmente às Figuras, é mostrado um dispositivo accionado por respiração ou inalador doseador, designado, por vezes, como o distribuidor, indicado, genericamente, pelo número 70 de referência. O distribuidor 70 inclui um invólucro 72 para alojar um recipiente ou receptáculo 73 de aerossol contendo uma medicação, e. g.f dipropionato de beclometasona, cortisona, epinefrina, eritromicina, etc., ou um placebo e propulsor liquido, e. g., 1,1,1,2-tetrafluoroetano (HFC-134a), 1,1,1,2,3,3,3-heptafluoro- propano (HFC-227) ou outro propulsor adequado para o fim em causa. O invólucro 72 pode ser fabricado em metal, e. g., aluminio, etc., ou em plástico, e. g., ABS, polipropileno, polietileno, etc., ou noutro material adequado para o fim em causa. Quando se prevê um dispositivo 70 de inalação descartável, o invólucro 72 é, de um modo preferido, moldado a partir de um material plástico. O recipiente 73 é um receptáculo pressurizado convencional e também pode ser fabricado em metal, tal como aluminio, etc., ou plástico, e. g., ABS, polipropileno, etc., ou noutro material. Se se quiser que o distribuidor 70 seja descartável, é preferido o material plástico. 5 0 recipiente 73 possui, numa extremidade, uma válvula 74 distribuidora doseadora para administrar uma dose de medicação a partir do recipiente 73 através de uma haste 76 de válvula oca, até um bico 77 de injecção que tem uma abertura 78 de saída na sua extremidade mais afastada que comunica (opcionalmente) com um separador convencional (não mostrado). A haste 76 de válvula está, normalmente, "em carga" na sua posição estendida (Figura IA), mas quando premida (Figura 1D) irá descarregar-se para administrar uma corrente de medicação em aerossol a partir do recipiente 73 por meio da válvula 76. Neste aspecto, a válvula 74 possui uma mola interna (não mostrada) que impulsiona a haste 76 para esta ficar estendida antes da descarga do dispositivo 70 e que retorna para a sua posição original depois da descarga. O bico 77 de injecção, fabricado, tipicamente, em polietileno, polipropileno, etc., está localizado centralmente e alinhado com a abertura ou orifício 75 da haste 76 de válvula, pelo que, após compressão da haste 76, uma quantidade ou dose controlada da medicação é administrada a partir do recipiente 73 através da válvula 74.
Em funcionamento, a medicação é administrada a partir do recipiente 73 através da válvula 74, através da haste 76 para o bico 77 de injecção e através da sua saída 78 para um bocal 79. O bocal pode ser solidário com a extremidade do invólucro 72 ou ser fixo separadamente à mesma. O bocal 79 tem uma abertura 81 que é colocada na boca de um doente (não mostrada) para tratamento com a medicação. A dose de medicação administrada atravessa o bico 77 de injecção, opcionalmente para um separador (não mostrado), dirigindo-se para o bocal 79 e saindo da abertura 81 para a boca e pulmões do doente. 6
Pode empregar-se qualquer bico 77 de injecção convencional dependendo da pulverização de aerossol desejada. 0 especialista na técnica pode seleccionar um bico de injecção especifico para obter uma forma ou aspecto de nebulização específicos, incluindo a aceleração da pulverização da medicação em aerossol.
De um modo preferido, pode empregar-se, o bico de vórtice descrito no Pedido U.S. com o Número de Série 60/135056 apresentado em 20 de Maio de 1999. Do mesmo modo, as caracteristicas de contagem das doses controladas, como apresentadas nas patentes e pedidos supracitados, também podem ser incluidas na presente invenção como os especialistas na técnica poderiam facilmente depreender. O invólucro 72 compreende uma câmara 84 na qual se insere o recipiente 73 com a sua haste 76 em baixo. O invólucro 72 inclui um corpo 82 de câmara de retenção que pode ser fabricado em LDPE, polipropileno ou outro material adequado para o fim em causa. O corpo 82 de câmara de retenção recebe o receptáculo 73 com a válvula 74 e a haste 76 em comunicação com um orifício 83 de abertura. O orifício 83 serve para dirigir a medicação que vem da haste 76 através do bico 77 de injecção e da sua saída 78, opcionalmente através do separador (não mostrado), e para a abertura 81 do bocal.
No que se refere à Figura IA, o corpo 82 de câmara de retenção tem um perfil curvo para se poder encaixar de modo deslizante na válvula 74 e haste 76 e prendê-las, e inclui um rebordo 86 circunferencial superior. O distribuidor 70 é activado ou armado por um manipulo (não mostrado). Este activa o mecanismo ou meio 90 de accionamento (ver Figura 3), sendo a haste 76, por este meio, premida, pelo que a dose controlada 7 proveniente da válvula é administrada ou libertada. 0 corpo 82 de câmara de retenção, em associação com o mecanismo 90 de accionamento, serve para manter o receptáculo 73, válvula 74 e haste 76 numa posição premida durante um período de tempo desejado, e. g., cerca de 10 milissegundos a cerca de 4 segundos, isto assegura um tempo adequado para que a válvula doseadora liberte a medicação. Quando a haste 76 de válvula retorna para a sua posição estendida, a válvula doseadora é carregada com outra dose e fica, desse modo, pronta para a utilização seguinte.
Na sua posição de retenção (Figura 1D), o corpo 82 de câmara de retenção engata-se na superfície 80 do recipiente 73 separada da superfície 88 anelar do corpo 82 de câmara de retenção de modo a formar uma câmara 91 de retenção superior, tendo uma primeira dimensão, e uma câmara 94 de retenção inferior tendo também uma segunda dimensão mais pequena. 0 mecanismo 90 de accionamento (Figura 2) faz com que o recipiente 73 se desloque desde uma primeira, ou não retida, posição, como mostrado nas Figuras 1A-1C, até uma segunda, ou retida, posição mostrada na Figura 1D. Na posição retida, o recipiente 73 atinge o ponto mais baixo na câmara 94 de retenção inferior fazendo com que a medicação seja descarregada durante a inalação pelo doente. Para impedir qualquer fuga da medicação no sentido ascendente para fora do corpo 82 de câmara de retenção, e para acomodar uma variação no tamanho das hastes 76, o distribuidor 70 pode incluir uma junta de vedação macia (não mostrada) situada no corpo 82 de câmara de retenção. A câmara 91 de retenção superior e a câmara 94 de retenção inferior na posição não retida contêm ar que se pode escapar 8 quando se prime o recipiente 73, por meio do orifício 95 de ventilação em forma de T. Devido ao engate das superfícies 74 de válvula com as câmaras 91 e 94 de retenção, forma-se uma relação de deslizamento que, no entanto, atrasa o retorno do recipiente 73 para a posição não retida devido ao engate existente, quando o recipiente 73 é premido. Isto resulta de um vácuo formado nas câmaras quando o ar é expulso. 0 orifício 95 de ventilação entre a primeira câmara 91 de retenção e a segunda câmara 94 de retenção prolonga-se até ao exterior do corpo 82 de câmara de retenção para evacuar o ar, após activação do distribuidor 70. Além disso, as paredes 92 da câmara 91 superior têm uma secção transversal delgada que se pode expandir e permitir que uma determinada quantidade de ar se escape através do espaço 126 anelar. Uma aba elastomérica ou válvula 97 anti-retorno, fabricada, tipicamente, em silicone, etc., permite que o ar atravesse os orifícios 95 de ventilação saindo do corpo 82 de câmara de retenção.
Além disso, a primeira câmara 91 de retenção funciona como uma espécie de amortecedor para amortecer ou moderar o movimento do recipiente 73 e dos seus elementos para evitar choques entre eles devido à activação pelo meio 90.
No que se refere, agora e resumidamente, à forma de realização mostrada nas Figuras 1B-1D, esta é a mesma que a mostrada na Figura IA, com a excepção do corpo 82' de câmara de retenção (em que as peças correspondentes mas construídas de modo diferente são indicadas com uma plica). Nesta forma de realização, proporciona-se um mecanismo 95' de ventilação compreendendo uma série de tubos 130 radiais de ventilação para ventilar a câmara 91 de retenção e um orifício 132 tubular de ventilação para ventilar a câmara 94 de retenção. Uma válvula 93 9 tubular elastomérica está posicionada perto do exterior do corpo 82' de câmara de retenção. Esta válvula 93 tubular funciona como uma válvula anti-retorno e é suficientemente flexível pelo que se pode expandir para o exterior proporcionando um percurso para que o ar se escape das câmaras 91 e 94 quando o recipiente 73 está a ser premido para a posição retida. Subsequentemente a isto, a válvula 93 tubular retorna à sua posição original vedando os orifícios de ventilação e dando origem, desse modo, a uma resistência de vácuo que impede que o recipiente 73 retorne para a sua posição de descanso, mantendo, desse modo, o período de retenção.
No que se refere, agora e mais particularmente, ao mecanismo 90 de accionamento, existe um tubo 98 de sucção formado no interior do invólucro 72 que permite que o bocal 79 comunique com uma câmara 99 de diafragma do mecanismo 90 de accionamento (Figura 2). O tubo 98 fornece ar ao utilizador do distribuidor 70 quando o distribuidor 70 está na posição que permite ser activado pelo mecanismo 90 de accionamento. , 0 mecanismo 90 de accionamento compreende um invólucro 101 do mecanismo de accionamento que é fixo, de modo articulado, ao topo do invólucro 72 por meio de um pino 102 de articulação.
Existe uma câmara 98 de diafragma, formada no interior do invólucro 101 do mecanismo de accionamento, tendo o tubo 98 de sucção que comunica com a mesma a partir do bocal 79. A superfície superior da câmara 99 é definida por meio de um diafragma 103 elastomérico, enquanto a superfície inferior da câmara 99 é definida por um mecanismo 104 de accionamento do recipiente que serve para deslocar o recipiente 73 para a posição de retenção após a inalação da pessoa que está a utilizar o distribuidor 70. O diafragma 103 é fixo, de modo 10 amovível, no interior do invólucro 101, de modo adjacente a um segundo meio 106 de trinco. O mecanismo 104 de accionamento pode deslocar-se verticalmente no interior do invólucro 101 no interior de um elemento 105 guia em forma de fenda. O mecanismo de accionamento, após activação, desloca-se verticalmente no sentido descendente no invólucro 72 guiado por meio do elemento 105 guia em forma de fenda para, sequencialmente, (a) entrar em contacto com e deslocar o recipiente 73 para a posição retida; (b) distribuir a medicação a partir da válvula 74; (c) tornar a carregar a válvula 74 com a dose seguinte de medicação; e (d) fazer retornar o distribuidor 70 para a sua posição não retida esperando uma activação por outra inalação. O segundo meio 106 de trinco, após armação do distribuidor 70 pelo manipulo (não mostrado), tranca o invólucro 101 do mecanismo de accionamento até que o dispositivo 70 seja activado por inalação do doente a tratar. O mecanismo 104 de accionamento do recipiente, além disso, sobrepõe-se à superfície 107 de fundo do recipiente 73 invertido. O diafragma 103 é um elemento elástico com uma configuração tipicamente circular. O diafragma 103 tem, de um modo preferido, uma elasticidade que lhe permite deformar-se na presença de uma inalação através do tubo 98 de sucção. O diafragma 103 é, tipicamente, fabricado em borracha de silicone, neopreno, borracha nitrílica, etc., e tem uma área transversal delgada. O diafragma 103 é moldado com uma característica interna concebida para se engatar num rebordo no invólucro 101 do mecanismo de accionamento como mostrado na Figura 4.
Como indicado, no que se refere às Figuras IA e 2, quando um doente emprega o distribuidor 70 e inala através do bocal 79 11 e, deste modo, através do tubo 98 de sucção, cria-se uma pressão negativa por baixo do diafragma 103 na câmara 99. Como resultado, o diafragma 103 é, então, deslocado na direcção da superfície 107 do recipiente 73 devido a esta pressão negativa o que dá origem ao movimento do meio 104 de accionamento no sentido descendente de encontro ao recipiente 73 e, por fim, à administração da medicação. O invólucro 101 do mecanismo de accionamento, diafragma 103 e câmara 99 podem ser fabricados em qualquer material adequado para o fim em causa. Deve salientar-se que as dimensões e caracteristicas do diafragma 103 podem ser ajustadas ou modificadas (e. g., espessura, flexibilidade ou tipo de material) para permitir mais ou menos sucção para activar o dispositivo. O manipulo (não mostrado), que tem uma orientação vertical, está fixo ao invólucro 101 por um qualquer meio convencional. Após premir o manipulo (não mostrado), o invólucro 101 é bloqueado nessa posição pelo segundo meio 106 de trinco e o mecanismo 90 de accionamento fica na posição armada, na qual uma configuração de interligação de accionamento ou activação do mecanismo 80 de accionamento fica pronta a ser utilizada. No que se refere à Figura 2, a configuração de interligação de accionamento compreende um braço 108 de comando e um primeiro meio 109 de trinco. O braço 108 de comando e o trinco 109 formam um sistema de interligação de ligação dupla que se destina a ser accionado por uma mola 111 por meio do braço 108 de comando. O fundo do braço 18 de comando é fixo, de modo articulado, ao invólucro 101 do mecanismo de accionamento por meio de um pino 112 de articulação. O topo do braço 108 de comando está ligado ou fixo, de modo articulado, ao topo do meio 109 de trinco por meio de um pino 113 de articulação. O fundo do meio 109 de trinco está ligado, de modo articulado, ao invólucro 101 por 12 meio de um pino 115 de articulação e está apto a deslocar-se horizontalmente no interior de uma fenda 116 do invólucro 101 após accionamento do distribuidor 70.
Um elemento 114 de comando é fixo, de modo articulado e na sua parte de topo, ao braço 108 de comando por meio do pino 113 de articulação, e a sua parte de fundo é fixa, de modo articulado, ao mecanismo 104 de accionamento do recipiente por meio de um pino 121 de articulação. Quando o distribuidor 70 é descarregado pelo meio 90 de accionamento, o braço 108 de comando exerce uma força rotacional em torno do pino 112 que lhe é aplicada pela mola 111, onde uma força de translação é aplicada pelo elemento 114 de comando ao mecanismo 104 de accionamento do recipiente fazendo com que este se desloque no interior da fenda do elemento 105 guia em forma de fenda de encontro ao recipiente 73.
Como ilustrado na Figura 3, após accionamento do distribuidor 70, o mecanismo 104 de accionamento do recipiente afasta-se, de modo deslizante, do resto da câmara 99 de diafragma para permitir a entrada de ar no dispositivo 70. Relacionado com isso, também como ilustrado na Figura 3, o invólucro 101, que é fixo, de modo articulado, ao invólucro 72 pelo pino 102, após activação do distribuidor 70, é libertado do segundo meio 106 de trinco e gira no sentido ascendente afastando-se do mecanismo 104 de accionamento do recipiente móvel para, desse modo, também permitir a entrada de ar no dispositivo 70 activado, depois do recipiente 73 e válvula 74 atingirem o ponto mais baixo. Como indicado anteriormente, existe uma relação adjacente ou contigua do mecanismo 104 de accionamento com a superfície 107 do recipiente 73 e com a superfície de fundo da câmara 99 antes da activação do 13 distribuidor 70.
No que se refere à Figura IA, o mecanismo 104 de accionamento do recipiente, após activação do distribuidor 70 pelo mecanismo 90, destina-se a entrar em contacto com a superfície 107 de fundo do recipiente 73 e deslocar o recipiente 73 e a válvula 74 para dentro e através da câmara 91 de retenção e para dentro da câmara 94, onde a haste 76 é totalmente inserida no bico 77 de injecção. A haste 76 atinge o ponto mais baixo para administrar a dose de medicação através da válvula.
Quando o dispositivo 70 é activado ou armado por meio do manipulo (não mostrado), uma parte 122 do primeiro meio 109 de trinco é impedido de se deslocar por um retentor 119 que é fixo, de modo articulado, por meio de um pino 121 de articulação, a uma interligação 123 de diafragma que é fixa, tipicamente no centro ao diafragma 103, e é utilizada para libertar o primeiro meio 109 de trinco após deslocamento do diafragma 103, que ocorre após inalação pelo doente a tratar. O conjunto do retentor 119, interligação 123 de diafragma e diafragma 103 fixo impede que a parte 122 do primeiro meio 109 de trinco se desloque quando o distribuidor 70 é armado ou activado; sendo essa activação conseguida pela compressão do manipulo móvel (não mostrado).
Quando o manipulo é premido, engata-se no elemento 117 de activação que empurra, por meio do pino 115, a parte 122 do primeiro meio 109 de trinco na direcção do ponto de articulação de comando no pino 115. Em seguida, o sistema de ligação dupla (braço 108 de comando ligado ao primeiro meio 109 de trinco) dobra-se em torno do ponto de articulação comum, no segundo pino 113 de articulação, até que a parte 122 do trinco 109 e o 14 retentor 119 se bloqueiem entre si. 0 segundo meio 106 de trinco é engatado após activação com o manipulo. O manipulo móvel (não mostrado) fica, então, livre para retornar para uma posição estendida na qual a continuação da manipulação do manipulo não dará origem a qualquer acção.
No que se refere às Figuras IA e 3, em utilização, o distribuidor 70 é activado pelo movimento do manipulo (não mostrado) e mantido numa posição vertical, e um doente inala através da abertura 81 do bocal 79. A inalação cria uma pressão negativa ao longo de uma via de escoamento desde a abertura 81, através do tubo 98 de sucção, e para dentro da câmara 99 de diafragma. O diafragma 103 é accionado pela pressão negativa, pelo que é deflectido na direcção do recipiente 73 exercendo uma tracção sobre o retentor 119 por meio da interligação 123 de diafragma, deslocando, desse modo, a parte 122 de fundo do primeiro meio 109 de trinco ao longo da fenda 116 do elemento 117 guia para libertar, do retentor 119, a parte 122 do meio 109 de trinco. Esta acção de tracção, que é vertical relativamente ao primeiro meio 109 de trinco, permite um movimento horizontal da interligação de trinco que efectua um movimento de translação perpendicular ao movimento do diafragma 103. Esta translação é provocada pela acção da mola 111 sobre o braço 108 de comando. A mola 111 impele o braço 108 de comando fazendo-o rodar em torno do seu ponto de articulação no pino 112 de articulação no do invólucro 101 do mecanismo de accionamento, pelo que a parte 122 do primeiro meio 109 de trinco desliza ao longo da fenda 116. A rotação do braço 108 de comando transforma-se numa força de deslocamento linear no sentido descendente aplicada ao elemento 114 de comando que faz com que o elemento 114 se 15 desloque na direcção do recipiente 73 por meio do pino 121 ao longo da fenda do elemento 105 guia em forma de fenda aí contido, deslocando o mecanismo 104 de accionamento do recipiente de modo a entrar em contacto com a superfície 107 do recipiente 73 e fazer com que o recipiente 73 e os seus elementos 74 e 76 se desloquem para dentro das câmaras 91 e 94 para administrar uma dose controlada ao doente.
Quando o recipiente 73 atinge o fundo da câmara 94 de retenção inferior, a haste 76 atinge o ponto mais baixo e fica completamente comprimida. Neste ponto, o recipiente 73 é mantido no lugar, quer por vácuo, quer por atrito, durante um período de tempo desejado que dita que a dose de aerossol da medicação é totalmente administrada ao doente e que a válvula 74 é totalmente reabastecida ou tornada a encher com a dose requerida de medicação, e. q., tipicamente, cerca de 10 milissegundos a cerca de 4 segundos. A mola de válvula interna (não mostrada) na válvula 74 do recipiente 73 irá, lentamente, vencer as forças de vácuo e atrito depois do tempo de retenção requerido, e. g., 100 milissegundos, e fazer retornar a haste 76 de válvula, a válvula 74 e o recipiente 70 para a sua posição original.
Deve salientar-se que se preveem variações ao meio 90 de accionamento. Por exemplo, a mola 111 pode ser posicionada por baixo do diafragma 103 para proporcionar a aplicação de uma força de translação axial no sentido descendente sobre o mecanismo 104 de accionamento do recipiente após a activação do dispositivo. Uma regulação apropriada da configuração de interligação pode ser efectuada para acomodar a posição da mola relativamente à mesma. Os especialistas na técnica poderão prever outras variações. 16
Deste modo, os objectivos e vantagens da presente invenção são conseguidos e, embora se tenham aqui divulgado e descrito em pormenor formas de realização preferidas, o seu âmbito não deverá ser limitado pelas mesmas mas, em vez disso, o seu âmbito deverá ser determinado pelo das reivindicações anexas.
Lisboa, 9 de Novembro de 2007 17
Claims (5)
- REIVINDICAÇÕES 1. Distribuidor (70) activado por inalação que compreende: (a) um meio (72) de invólucro para conter um recipiente (73) contendo medicação em aerossol e tendo um meio de inalação para um doente para inalar uma dose controlada da referida medicação contida no referido recipiente (73); (b) estando o referido recipiente (73) contido, de modo amovível, no interior do referido meio (72) de invólucro tendo um meio para administrar, por pulverização, a referida dose controlada; (c) um meio (90) em cooperação com o referido recipiente (73) que, após inalação pelo referido doente através do referido meio de inalação, desloca o referido recipiente (73) para activar o distribuidor (70) para libertar uma pulverização de dose controlada a partir do mesmo; caracterizado por o referido distribuidor (70) compreender ainda: (d) um meio (82, 82') de retenção no interior do referido meio (72) de invólucro para manter o referido recipiente (73) durante um período de tempo suficiente para reabastecer o referido meio de distribuição com uma dose controlada da referida medicação. 1
- 2. Distribuidor (70) da reivindicação 1, que compreende ainda um meio para remover ar do referido meio de retenção antes da referida libertação de pulverização.
- 3. Distribuidor (70) da reivindicação 1, em que o referido meio (82, 82') de retenção inclui uma primeira câmara (91) de retenção passivel de ser engatada no recipiente (73) para reter o recipiente (73) durante o referido periodo de tempo suficiente.
- 4. Distribuidor (70) da reivindicação 3, em que o referido meio (82, 82') de retenção compreende ainda uma segunda câmara (94) de retenção.
- 5. Distribuidor (70) da reivindicação 4, que inclui meios (95, 95') para ventilar as referidas câmaras (91, 94). Distribuidor (70) da reivindicação 5, em que os referidos meios (95, 95' ) de ventilação incluem uma válvula (97) anti-retorno • Distribuidor (70) da reivindicação 5, em que os referidos meios (95, 95' ) de ventilação incluem uma válvula (93) elastomérica Lisboa, 9 de Novembro de 2007 2
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