PT1083929E - Utilização de agentes anabólicos, agentes anti-catabólicos, agentes antioxidantese e analgésicos para protecção, tratamento e reparação de tecidos conjuntivos em seres humanos e animais. - Google Patents
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Description
ΕΡ 1 083 929 /PT
DESCRIÇÃO "Utilização de agentes anabólicos, agentes anti-catabólicos, agentes antioxidantes e analgésicos para protecção, tratamento e reparação de tecidos conjuntivos em seres humanos e animais"
Campo do Invento 0 presente invento refere-se a composições para a protecção, o tratamento e a reparação de tecidos conjuntivos em seres humanos e outros animais.
Antecedentes do Invento
Os tecidos de mamíferos, incluindo seres humanos, estão em constante estado de fluxo entre os processos anabólicos que constroem os tecidos e os processos catabólicos que degradam os tecidos. O estado de saúde existe quando há um equilíbrio entre estes dois processos e perturbações no equilíbrio produzem doença. Isto é verdade para todos os tecidos do corpo. Os tecidos conjuntivos são de particular importância por várias razões. Primeiro, suportam as "células funcionais" do corpo, i.e., as células epiteliais, musculares e nervosas. Segundo, têm papéis críticos na comunicação intercelular, que é essencial para a vida multicelular. O processo inflamatório ocupa uma posição chave neste equilíbrio. Quando ocorrem lesões nos tecidos, a inflamação inicia os processos bioquímicos que resultam na reparação dos tecidos. Como a inflamação resulta nos sintomas de dor, inflamação e tumefacção dos tecidos envolvidos, é frequentemente vista tanto pelos pacientes como pelos médicos como um estado anormal e indesejável, que deve ser tratado e aliviado tão brevemente e tão completamente quanto possível. Como resultado, as farmácias estão cheias de "fármacos anti-inflamatórios" (tais como fármacos costicosteróides e anti-inflamatórios não esteróides, tais como aspirina). Sob certas circunstâncias, a inflamação pode de facto ser destrutiva; no entanto, é importante lembrar que a inflamação está intimamente ligada à cicatrização dos tecidos. De facto, a inflamação não é facilmente categorizada como estritamente anabólica ou catabólica - pode ter ambos os efeitos. O seu 2
ΕΡ 1 083 929 /PT objectivo no corpo é remover, diluir ou isolar o agente ou agentes prejudiciais. Inicia também os processos bioquímicos que reparam e reconstroem o tecido lesado. Como é essencial para a cicatrização, e como pode também causar a destruição dos tecidos, a inflamação e os seus mediadores são factores importantes no equilíbrio anabólico e catabólico.
Uma classe muito importante de mediadores inflamatórios é o grupo dos eicosanóides. Os eicosanóides são sintetizados no corpo a partir de ácidos gordos essenciais ("AG"). Através de uma série de reacções bioquímicas, os ácidos gordos precursores são modificados para produzirem metabolitos intermédios, ácido araquidónico ("AA"), um AG ómega-6; e ácido eicosapentanóico ("EPA"), um AG ómega-3. Os eicosanóides produzidos a partir de ácido araquidónico incluem as 2 séries de prostaglandinas e as 4 séries de leucotrienos, que são geralmente pró-inflamatórios. Os eicosanóides derivados de EPA, tais como as 3 séries de prostaglandinas e o ácido hidroxi-eicosapentanóico ("HEPE"), são menos inflamatórios que os derivados de AA. Adicionalmente, tais eicosanóides podem mesmo ter efeitos anti-inflamatórios.
Como classe, os eicosanóides têm uma vida curta e são activos localmente. São responsáveis pelos acontecimentos iniciais da inflamação, incluindo vasodilatação, maior permeabilidade vascular e quimiotaxia. Para além disso, os eicosanóides são instrumentais nos passos iniciais do processo de cicatrização. Por exemplo, os eicosanóides desencadeiam a libertação de citocinas tais como as TGF-β, que por sua vez estimulam a migração e proliferação de células do tecido conjuntivo, e o depósito de matriz extracelular. Os eicosanóides constitutivos específicos possuem também efeitos protectores na mucosa gastrointestinal e no rim, porque mantêm a síntese de glicosaminoglicanos e a perfusão normal destes órgãos.
Devido a processos anabólicos como estes e devido à influência de agentes naturais anti-catabólicos e antioxidantes no corpo, o resultado da maioria dos casos de inflamação é a resolução da lesão e a cicatrização dos tecidos danificados. Apenas em situações patológicas a própria inflamação se torna um contribuinte para a doença. 3
ΕΡ 1 083 929 /PT A investigação sobre a utilização terapêutica de AG precursores de eicosanóides (incluindo os ácidos cis-linoleico e alfa-linoleico, os designados ácidos gordos ómega-3 e ómega-β) foi primeiramente dirigida à sua utilização como inibidores competitivos da síntese de eicosanóides e, portanto, aos seus efeitos anti-inflamatórios. Excepto em casos de deficiência dietética grave ou absoluta, foi dada pouca ou nenhuma atenção aos efeitos benéficos, anabólicos que os eicosanóides têm nos tecidos conjuntivos. No entanto, deficiências "subclínicas" de ocorrência natural de eicosanóides contribuem provavelmente significativamente para doença e estão subdiagnosticadas. Por exemplo, a enzima delta-6-dessaturase é responsável pelo passo comprometido na síntese de AA. A actividade desta enzima (delta-6-dessaturase) diminui com a idade. É provável que isto prove ser um factor significativo na incidência crescente da disfunção do tecido conjuntivo em segmentos de população mais velha uma vez que uma deficiência em AA diminuiria os processos anabólicos e permitiria que os acontecimentos catabólicos fossem dominantes.
Dada a importância da inflamação na cicatrização dos tecidos e o papel protector que alguns eicosanóides têm, não é surpreendente que produtos farmacêuticos que diminuem a inflamação através do bloqueio da produção de eicosanóides devam também ter efeitos negativos na cicatrização e nos processos anabólicos. É já há muito conhecido que os fármacos corticosteróides, que são fortemente anti-inflamatórios, também atrasam a cicatrização e diminuem a produção de componentes da matriz extracelular. Isto é porque o cortisol e compostos relacionados estabilizam as membranas celulares e portanto inibem a libertação de fosfolipase A2, o precursor do AA. Recentemente a atenções voltaram-se para os fármacos anti-inf lamatórios não esteróides ("NSAID"). Numerosos estudos mostraram que os NSAID, tal como os corticosteróides, podem diminuir a síntese de componentes da matriz extracelular pelas células do tecido conjuntivo, porque inibem a prostaglandina-endoperóxido-sintase e bloqueiam assim a via da ciclo-oxigenase.
Uma vez que o processo anti-inflamatório é condição sine qua non para a cicatrização de tecidos e uma vez que os 4 ΕΡ 1 083 929 /PT eicosanóides são os mediadores do processo inflamatório, a utilização de AA (e de outros compostos eicosanóides) é uma nova abordagem à terapia de tecidos lesados. Kirkpatrick et al. investigaram a utilização de precursores prostanóides em cartilagem embrionária de galinha em cultura de órgãos e não verificaram efeitos significativos [Kirkpatrick, C.J., "Effects of Prostanoid Precursors and Indomethacin on Chick Embryonic Cartilage Growth in Organ Culture", Expl. Cell Biol. 51: 192-200, 1993]. O modelo experimental neste trabalho pode ter contribuído para a ausência de efeitos significativos, porque a cartilagem das aves e a cartilagem embrionária diferem significativamente da cartilagem pós-natal de mamífero. Por exemplo, a cartilagem embrionária de qualquer espécie é hipermetabólica e anabólica para começar porque está num período de crescimento exponencial. Kent et al. examinaram os efeitos de AA em cartilagem de coelho e verificaram um efeito positivo, embora investigação prévia e subsequente não o tivesse confirmado [Kent, L. et al., "Differential Response of Articular Chondrocyte Populations to Thromboxane B2 and Analogs of Prostaglandin Cyclic Endoperoxidases", Prostaglandins 19: 391-406, 1980]. Kirkpatrick e Gardner verificaram que AA e vários metabolitos de AA tinham efeitos insignificantes ou inibidores na biossíntese [Kirkpatrick, C.J. e Gardner, D.L., "Influence of PGA1 on Cartilage Growth", Experientia 33(4): 504, 1976]. Lippiello, et al. verificaram, no entanto, que AA e outros ácidos gordos ómega-6 tinham efeitos benéficos no metabolismo dos condrócitos em cultura celular [Lippiello, L., Ward, M., "Modification of articular cartilage chondrocyte metabolism by in vitro enrichment with fatty acids" (resumo), Trans. Orthop. Res. Soc. 13: 162, 1988); Lippiello, L., "Prostaglandins and articular cartilage; does Prostaglandin perturbation perpetuate cartilage destruction?" Semin. Arthrltls Rheum. 11: 87, 1981]. Estes resultados variáveis não são inesperados, uma vez que o equilíbrio entre os processos anabólicos e catabólicos no corpo é delicado e facilmente perturbado. Phan et al. sugerem que os produtos de AA através da via da ciclo-oxigenase são anti-fibrogénicos enquanto que os produtos de AA através da via da lipoxigenase são pró-fibrogénicos. Este fenómeno demonstra a complexidade das interacções dos eicosanóides. 5
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Os acontecimentos catabólicos são tipicamente mediados no corpo por enzimas que quebram constituintes do corpo. O catabolismo é essencial para a saúde e a deficiência de enzimas necessárias resulta em doença, tais como as designadas doenças de armazenamento como a mucopolissacaridose. O catabolismo excessivo pode também resultar na ruptura de tecidos e conduzir a doença, tal como em doenças degenerativas como a osteoartrite ou doenças auto-imunes tais como a esclerose múltipla, várias substâncias anti-catabólicas no corpo ajudam a conter e equilibrar o catabolismo. Por exemplo, o sulfato de condroitina contraria as metaloproteinases que catabolizam o colagénio e os proteoglicanos na matriz da cartilagem. De modo semelhante, a anti-tripsina alfa-um inibe os efeitos da elastase, que contribui para ruptura alveolar em enfisema.
Os danos oxidativos possuem também um impacto no equilíbrio do anabolismo e catabolismo no corpo. Estes danos são o resultado dos efeitos de radicais livres, substâncias que possuem um electrão desemparelhado. Os radicais livres formam-se constantemente no corpo em resultado de reacções normais tais como a produção de ATP. Formam-se também durante o processo inflamatório. Os radicais livres causam danos celulares porque são altamente quimicamente reactivos. Como possuem apenas um único electrão (condição que a natureza detesta como o vácuo), estas substâncias "roubam" electrões de moléculas na sua vizinhança. As moléculas que constroem as estruturas celulares, tais como a membrana celular ou o ADN são deste modo tornadas deficientes em electrões. A deficiência de electrões torna por sua vez a estrutura celular instável e ocorre disfunção celular, incluindo produção de proteínas anormais, ruptura celular e morte celular. O dano oxidativo está implicado em muitos acontecimentos catabólicos no corpo, incluindo o processo de envelhecimento. Antioxidantes, tais como a vitamina C, a vitamina E, a superóxido-dismutase (SOD), o selénio e a glutationa são substâncias que eliminam os radicais livres antes de ocorrerem danos oxidativos. No sentido de que previnem danos celulares, os antioxidantes são um tipo específico de agentes anti-catabólicos. 6
ΕΡ 1 083 929 /PT Ο corpo contém também compostos anabólicos que estimulam o crescimento de tecidos. A glucosamina é uma osamina que se forma naturalmente no corpo a partir da glucose. Quando fornecido exogenamente, a glucosamina estimula a sintese em células do tecido conjuntivo e aumenta deste modo as quantidades de matriz extracelular normal. A glucosamina é também a unidade de construção dos glicosaminoglicanos na cartilagem e noutros tecidos conjuntivos. 0 fornecimento de glucosamina adicional fornece assim o corpo com matérias-primas extra para a sintese da matriz em tecidos conjuntivos. Outros exemplos de compostos anabólicos no corpo incluem a somatotrofina, que estimula a sintese proteica e as somatomedinas ou factores de crescimento semelhantes à insulina, que estimulam a proliferação de condrócitos e fibroblastos e aumentam a sintese de matriz.
As acções e interacções destes compostos são complexas. Um dado composto pode ter efeitos diferentes em diferentes tecidos. Por exemplo, a somatotrofina aumenta a síntese proteica (anabolismo), mas também aumenta a degradação das gorduras (catabolismo). Os efeitos que um determinado composto ou combinação de compostos terá dependerão de muitos factores, incluindo a via de administração, a dosagem e a duração da terapia.
Investigadores anteriores investigaram a utilização de compostos individuais quanto aos seus efeitos anabólicos, antioxidantes ou anti-catabólicos. Verificou-se que a glucosamina em cultura celular estimula as células do tecido conjuntivo a produzirem os componentes da matriz: colagénio e glicosaminoglicanos (GAG) [Jimenez, S., "The Effects of Glucosamine sulfate on Chondrocyte Gene Expression", Eular Symposium, Madrid, Outubro de 1996, Actas, páginas 8-10]. Sabe-se que a S-adenosilmetionina participa em várias reacções de sintese, incluindo a sulfatação de GAG [Champe, P., "Biochemistry", 2a edição, J.B. Lippincott Co, Philadelphia, 1994, págs. 248, 250: 265]. Verificou-se que o ácido araquidónico estimula a cicatrização da córnea [Nakamura, M., "Arachidonic Acid Stimulates Corneai Epithelial Migration", J. Ocul. Pharmacol., Summer: 10(2): 453-9, 1994]. Estes compostos possuem portanto efeitos anabólicos. 7
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Mostrou-se que o sulfato de condroitina inibe enzimas degradativas, incluindo as metaloproteinases que destroem a matriz da cartilagem [Bartolucci, C., "Chondroprotective action of chondroitin sulfate", Int. J. Tiss. Reac. XIII(6): 311-317, 1991]. Estudos com sulfato de pentosano mostraram que este previne lesões mediadas pelo complemento em células do miocárdio de coelho [Kilgore, K., "The Semisynthetic Polysaccharide Pentosan Polysulfate Prevents Complement-Mediated Myocardial injury in the Rabbit Perfused Heart", J. Pharmacol. Exp. Ther. 285(3): 987-94, 1998]. Mostrou-se que a administração oral de colagénio de tipo II diminui a resposta imunitária deletéria que destrói o tecido articular em artrite reumatóide. Os análogos das tetraciclinas são potentes inibidores das metaloproteinases da matriz [Ryan, M., "Potential of Tetracyclines to Modify Cartilage Breakdown in Osteoarthritis", Curr. Opin. Rheumatol. 8(3): 238-47, 1996]. A diacereína modifica o processo inflamatório através da inibição da actividade da interleucina-1 e também através de efeitos directos nos linfócitos e neutrófilos [Beccerica, E., "Diacetylrhein and rhein: in vivo and in vitro effect on lymphocyte membrane fluidity", Pharmacol. Res. 22(3): 277-85, 1990; Mian, M., "Experimental Studies on Diacerhein: Effects on the Phagocytosis of Neutrophil Cells from Subcutaneous Carregeenan-lnduced Exudate", Drugs Exp. Clin. Res. 13(11): 695-8, 1987; Spencer, C., "Diacerein", Drugs 53(1): 98-106, 1997] . Estes compostos podem ser classificados como agentes anti-catabólicos. A L-ergotionina elimina os radicais hidroxilo e pode inibir a formação de singuletos de oxigénio [Han, J.S., "Effects of Various Chemical Compounds on Spontaneous and Hydrogen Peroxide Induced Reversion in Strain TA104 of Salmonella typhimurium", Mutant. Res. 266(2): 77-84, 1992], enquanto que a superóxido-dismutase elimina os radicais de superóxido [Mathews, C., "Biochemistry", 2a ed., Benjamin/Cummings Pub., Co., Menlo Park, CA, 1996, página 551]. Estes compostos podem ser classificados como antioxidantes.
Embora estes compostos tenham sido investigados individualmente, que saibamos ninguém para além dos presentes inventores examinou os efeitos de certas combinações de algum 8
ΕΡ 1 083 929 /PT ou de todos os agentes anabólicos, anti-catabólicos e antioxidantes para manter a saúde e promover a cicatrização. De acordo com o presente invento, podem ser utilizadas combinações destes agentes para maximizar efeitos anabólicos apropriados (cicatrização) e diminuir efeitos catabólicos indesejados (degradação) e danos oxidativos, não causando ao mesmo tempo reacções adversas ou causando reacções mínimas. Portanto, pode-se observar que existe a necessidade de proporcionar composições que utilizarão os efeitos benéficos de combinações de agentes anabólicos, agentes anti-catabólicos, agentes antioxidantes e/ou analgésicos para a manutenção e reparação de tecidos conjuntivos em seres humanos e animais.
Sumário do Invento O presente invento proporciona novas composições para a prevenção, o tratamento e a reparação de tecidos conjuntivos em seres humanos e animais.
Portanto, num primeiro aspecto do presente invento é proporcionada uma composição compreendendo um insaponificável de abacate/soja, (daqui em diante "ASU") juntamente com uma osamina ou um seu sal.
Opcionalmente, as combinações do presente invento incluem também um ou mais ingredientes adicionais escolhidos a partir de S-adenosilmetionina (SAMe), ácido araquidónico (AA), GAG, sulfato de pentosano, colagénio de tipo II, tetraciclinas, diacereína, superóxido-dismutase (SOD), L-ergotionina, hidroxiprolina e analgésicos tais como acetaminofeno. Adicionalmente, o presente invento cobre métodos de administração destas novas composições a seres humanos e animais a necessitar delas.
Breve Descrição dos Desenhos A Figura 1 proporciona uma descrição detalhada da via biossintética para a criação de GAG tais como sulfato de condroitina. 9
ΕΡ 1 083 929 /PT A Figura 2 é a estrutura molecular de SAMe e do seu precursor intermédio. A Figura 3 proporciona um diagrama simplificado da função de SOD. A Figura 4 proporciona alguns exemplos de lipidos insaponifiçáveis. A Figura 5 é a estrutura molecular de acetaminofeno. Descrição Detalhada do Invento
As composições do presente invento podem ser utilizadas para tratar, reparar e prevenir danos em tecido conjuntivo e compreendem um ou mais ASU juntamente com uma osamina ou um seu sal. A glucosamina - um exemplo de uma osamina - forma-se naturalmente no corpo a partir da glucose. Quando fornecida exogenamente, a glucosamina estimula a síntese de células dos tecido conjuntivo, aumentando as quantidades de matriz extracelular normal. A glucosamina é também a unidade de construção para os glicosaminoglicanos ("GAG") na cartilagem e noutros tecidos conjuntivos, assim o fornecimento de glucosamina adicional fornece o corpo com matérias-primas extra para a síntese de matriz em tecidos conjuntivos. O componente osamina das composições do presente invento pode compreender osaminas naturais, sintéticas ou semi-sintéticas incluindo mas não se limitando a sais de glucosamina incluindo cloridrato de glucosamina e sulfato de glucosamina, fosfato de glucosamina e N-acetilglucosamina, e seus sais e/ou misturas. Adicionalmente, o termo osamina é também aqui utilizado para englobar osaminas que podem ter sido quimicamente modificadas mantendo contudo a sua função. Tais modificações químicas incluem mas não se limitam à esterificação, sulfatação, poli-sulfatação, acetilação e metilação. Para além disso, está contemplado que o termo osamina se pode estender a qualquer composição de matéria que seja substancialmente diferente da osamina tal como descrita acima. 10
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Certos extractos lipídicos, designados "não saponifiçáveis" ou insaponifiçáveis, que foram extraídos de abacate (género Persea, especialmente P. americana) e da soja (Glycine max) e que podem ser também extraídos de outras plantas, tais como bananas, e de organismos tais como algas, foram também estudados quanto aos seus efeitos benéficos em tecidos conjuntivos. Estes compostos não saponifiçáveis ou insaponifiçáveis são a parte dos lípidos vegetais que não sofre saponificação, i.e., não reagem com alcali para formar um sabão. Existem muitos desses compostos e qualquer extracto de abacate particular pode conter um qualquer número. Exemplos incluem vitaminas solúveis em gordura (A, D, E e K), esteróides tais como fitoestrogénios, esteróis (bioflavonóides) e óleos essenciais voláteis (terpenos tais como mentol, cânfora, licopeno, ácido giberélico, limoneno, cinamaldeído, carotenóides e ubiquinona, também conhecida como coenzima Q) [Mathews, C.K. e van Holde, K.E. "Biochemistry", 2a ed., The Benjamin/Cummings Pub. Co., Inc., 1996, pág. 691].
Os insaponifiçáveis de abacate/soja (ASU) foram utilizados na Europa sob o nome comercial Piascledine e foram utilizados para tratar osteoartrite e outras formas de artrite [Thiers, M.H., "Unsaponifiable constituents of avocado and soya oils. Treatment of certain forms of artralgia", J. Med. Lyon 53(222): 195-8, (Fev. 1972) (artigo em Francês)], bem como condições inflamatórias dos tecidos moles [Trevoux, R., "Unsaponifiable fractions of the avocado and soybean in gynecology", J. Gynecol. Obstet. Biol. Reprod. 6(1): 99-105 (Jan. 1977) (artigo em Francês); Lamaud, M.E. et al., "Biochemical modifications of connective tissue induced by the non-saponifiables of avocado and soy-bean oils administered percutaneously in the "hairless" rat", Pathol. Biol. 26(5): 269-74 (Maio-Junho de 1978) (artigo em Francês)]. O mecanismo de acção deste composto é estimular a expressão por condrócitos de TGF (factor de crescimento transformante) beta 1, de TGF beta 2 e do inibidor do activador de plasminogénio 1 ("PAI-1"). Através do aumento de PAI-1, os ASU bloqueiam a cascata que conduz à activação da metaloproteinase [Boumediene, K., et al., "Avocato/soybean unsaponifiables enhance the expression of transforming growth factor beta 1 and beta 2 in cultured articular chondrocytes", Arthritis Rheum. 42(1): 148-56 (Jan. 1999)]. Misturas de ASU reduzem 11
ΕΡ 1 083 929 /PT também a produção espontânea de estromelisinas, IL-6, IL-8 e prostaglandina E2 pelos condrócitos. Adicionalmente, os ASU diminuem os efeitos de IL-1 e deste modo a produção pelos condrócitos e sinoviócitos de colagenase [Henrotin, y.e. et al., "Effects of three avocato/soybean unsaponifiable mixtures on metalloproteinases, cytokines and prostaglandin E2 production by human articular chondrocytes", Clin. Rheumatol. 17(1): 31-9, 1998] .
Os TGF beta 1 e 2 são membros de uma família de citocinas polipeptidicas homólogas. Estas hormonas de acção local podem ter efeitos parácrinos ou autócrinos e são produzidas por uma variedade de tipos celulares, incluindo linfócitos, células endoteliais e macrófagos. O TGF beta possui efeitos variados em diferentes tecidos; geralmente inibe o metabolismo das células epiteliais. Em tecidos conjuntivos, no entanto, mostrou-se ser um mitogénio indirecto para fibroblastos e outras células de origem mesenquimatosa. Pode também estimular a produção celular de fibronectina e colagénio e diminuir a actividade de protease, resultando num aumento líquido na produção de matriz [Cotran, R.F., Kumar, V. e Robbins, S.L., Eds. "Pathologic Basis of Disease", 5a ed., Saunders, 1994, págs. 40-42].
As estromelisinas são um subtipo de proteinases que actuam numa variedade de componentes da matriz extracelular, incluindo proteoglicanos, laminina, fibronectina e colagénio. As estromelisinas são produzidas por fibroblastos, sinoviócitos e macrófagos entre outros tipos celulares, sob a influência de citocinas tais como a interleucina-1 e o factor de necrose tumoral alfa. As interleucinas e as prostaglandinas estão entre os muitos mediadores de inflamação. Reduções nos níveis de todos estes compostos resultam numa diminuição da dor e da tumefacção, que são características marcantes da inflamação.
As vitaminas solúveis em gordura presentes em mistura de ASU são necessárias para o crescimento e aumento dos efeitos anabólicos de TGF-beta. Como estimulam TGF beta e diminuem também as enzimas degradativas, tal como explicado acima, pode-se dizer que as misturas de ASU têm efeitos anabólicos e anti-catabólicos. Embora alguns dos efeitos dos ASU se 12
ΕΡ 1 083 929 /PT sobreponham aos efeitos de outros compostos no presente invento, os ASU contribuem com propriedades únicas para o grupo de compostos e proporcionam efeitos muito benéficos quando utilizados em combinação com esses outros compostos. Por exemplo, enquanto que a glucosamina e os ASU estimulam ambos processos anabólicos nas células dos tecidos conjuntivos, estes compostos possuem diferentes mecanismos de acção celulares. A glucosamina actua em parte através da proteina-cinase C, enquanto que o efeito dos ASU, tal como afirmado acima, é através do factor de crescimento transformante. De modo semelhante, a condroitina e os ASU possuem efeitos inibidores de IL-1. Os ASU, no entanto, inibem a cascata da plasmina, enquanto que a condroitina diminui a activação da cascata do complemento. A osteoartrite é uma doença complexa envolvendo a interacção de muitas citocinas ao nivel celular. Como os diferentes compostos do presente invento actuam em diferentes citocinas, estes terão efeitos sinergéticos quando utilizados nas combinações apropriadas.
Em ensaios duplamente cegos controlados por placebo, os ASU mostraram-se eficazes na redução dos sintomas da osteoartrite [Maheu, E. et al.r "Symptomatic efficacy of avocato/soybean unsaponifiables in the treatment of osteoarthritis", Arthritis Rheum. 41(1): 81-91 (Jan. 1998);
Blotman, F., et al., "Efficacy and safety of avocato/soybean unsaponifiables in the treatment of symptomatic osteoarthritis", Rev. Rheum. Engl. Ed. 64(12): 825-34 (Dez. 1997)]. Nestes estudos, os efeitos secundários nos grupos de intervenção foram semelhantes aos observados nos grupos de placebo, indicando que os ASU são substâncias seguras e bem toleradas. Como os componentes insaponifiçáveis activos verificados em abacates e sojas podem também estar presentes noutras plantas e de facto noutros organismos, os ASU tal como utilizados neste invento podem incluir qualquer um ou todos os lipidos insaponifiçáveis e/ou combinações destes, independentemente da origem, sejam vegetais ou de outros organismos, ou sejam derivados de forma semi-sintética ou sintética. Exemplos de componentes de ASU incluem mas não se limitam a: limoneno, beta-caroteno, filoquinona e ácido giberélico. Tal como explicado acima, os ASU podem incluir qualquer uma de várias classes de compostos incluindo mas não se limitando a vitaminas solúveis em gordura, esteróides, 13
ΕΡ 1 083 929 /PT esteróis e óleos essenciais voláteis, ou quaisquer combinações destes. O presente invento inclui, para além disso, composições que contêm um extracto de abacate/soja (ASU) ou misturas ou combinações de tais extractos (mais de um ASU) . Existem muitas combinações destas e pretende-se que estejam todas incluídas dentro do presente invento.
As composições do presente invento podem ainda compreender GAG naturais, sintéticos ou semi-sintéticos, compostos semelhantes a GAG ou precursores de GAG, incluindo mas não se limitando a condroitina, ácido hialurónico, ácido glucurónico, ácido idurónico, sulfato de ceratano, sulfato de heparano, sulfato de dermatina, e fragmentos, sais e misturas destes. Adicionalmente, o termo GAG tal como aqui se utiliza engloba ainda GAG que foram quimicamente alterados mantendo contudo a sua função. Tais modificações incluem mas não se limitam a esterificação, sulfatação, poli-sulfatação e metilação. De facto, os GAG sulfatados são um componente preferido das composições do presente invento. Deste modo, os GAG mono-sulfatados e poli-sulfatados (ou sobre-sulfatados) são os componentes GAG preferidos das composições do presente invento. Pretende-se que o termo GAG englobe também uma nomenclatura alternativa para o mesmo grupo de compostos acima descritos, p. ex., mucopolissacáridos, proteoglicanos e heparanóides. Adicionalmente, o componente GAG ou semelhante a GAG das composições do presente invento pode ser derivado de fontes vegetais ou animais, incluindo mas não se limitando a faia, a formas de cartilagem animal incluindo cartilagem de tubarão, traqueia bovina, septo de baleia e narinas suínas, e invertebrados tais como Perna canaliculus e pepino do mar. O sulfato de condroitina é um GAG preferido. O sulfato de condroitina é o glicosaminoglicano mais abundante na cartilagem articular e está também presente em muitos outros tecidos conjuntivos no corpo. Adicionalmente, o sulfato de condroitina inibe competitivamente enzimas degradativas que degradam tecidos conjuntivos sob condições de inflamação anormal e excessiva. 0 sulfato de condroitina é um polímero composto por unidades de repetição de ácido glucurónico e galactosamina sulfatada [Lester M. Morrison, M.D. e O. Arne Schjeide, Ph.D., "Coronary Heart Disease and the
Mucopolysaccharides (Glycosaminoglycans)" 12, 1974; Philip, C. 14
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Champe e Richard, A. Harvey, Lippincott's Illustrated Reviews: Biochemistry 148-50 (2a ed., 1994)]. Um vulgar perito na arte compreende que o sulfato de condroitina deve ter pelo menos duas, e potencialmente muitas, destas unidades de repetição de ácido glucurónico e galactosamina sulfatada. A Figura 1 proporciona uma descrição detalhada da via biossintética para a criação de GAG, tais como sulfato de condroitina. Adicionalmente, o presente invento pode incluir fragmentos de GAG, tais como fragmentos de sulfato de condroitina. Um vulgar perito na arte na altura do presente invento compreende que "fragmentos de glicosaminoglicanos" são grupos de sacáridos que constituem menos de duas unidades de repetição do glicosaminoglicano. Deste modo, entende-se que fragmentos destas substâncias seriam compostos por grupos de sacáridos que constituem menos de duas das unidades de repetição do respectivo polímero.
Por exemplo, um perito na arte compreende que fragmentos de sulfato de condroitina são moléculas compostas pelos sacáridos que compreendem as unidades de repetição de sulfato de condroitina, mas que estão presentes em grupos de menos das duas unidades de repetição descritas acima. Assim, uma molécula composta por um ácido glucurónico e galactosamina sulfatada constituiria um fragmento de sulfato de condroitina. De facto, existem oito estruturas diferentes de dissacárido que podem constituir fragmentos de sulfato de condroitina [Timothy E. Hardingham e Amanda J. Fosang, "Proteoglycans: Many Forms and Many Functions", FASEB J. 6: 861-862, 1992].
Neste invento podem ser utilizados outros glicosaminoglicanos de ocorrência natural, por exemplo, ácido hialurónico. Podem também ser utilizados fragmentos de glicosaminoglicanos. Um perito na arte compreende os termos "fragmentos de condroitina", "fragmentos de sulfato de condroitina", "fragmentos de sais de condroitina", "fragmentos de glicosaminoglicano" e "fragmentos de sulfato de condroitina", e compreende ainda que significam grupos de sacáridos (ou sais destes) que constituem menos de duas unidades de repetição do glicosaminoglicano. 15
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Um perito na arte esperaria que os fragmentos de sulfato de condroitina teriam, por exemplo, a mesma utilidade que o próprio sulfato de condroitina. O sulfato de condroitina é quebrado em unidades menores no corpo e essas são reformuladas na produção de cartilagem e outros tecidos conjuntivos. Portanto, compreende-se que o corpo utilize os fragmentos de sulfato de condroitina do mesmo modo que utiliza o próprio sulfato de condroitina. O mesmo é verdade em relação a "fragmentos de condroitina", "fragmentos de sais de condroitina" e "fragmentos de glicosaminoglicano". Cada um de condroitina, sais de condroitina e outros glicosaminoglicanos, se ingerido, é quebrado no corpo e reformulado na produção de cartilagem e outros tecidos conjuntivos. Portanto, o corpo utiliza fragmentos de condroitina do mesmo modo que utiliza a própria condroitina, utiliza fragmentos de sais de condroitina do mesmo modo que utiliza sais de condroitina e utiliza fragmentos de glicosaminoglicanos do mesmo modo que utiliza glicosaminoglicanos.
Para além disso, pretende-se que o termo GAG se possa estender a qualquer composição de matéria que não seja substancialmente diferente dos GAG tal como acima descritos. Um exemplo de um tal composto semelhante a GAG que está dentro do âmbito do presente invento é o polissulfato de pentosano (PPS) bem como sais deste tais como PPS derivado de cálcio e PPS de sódio. Assim, um composto semelhante a GAG preferido que pode ser utilizado nas composições do presente invento é PPS. PPS é um xilano polissulfatado semi-sintético que é uma forma sulfatada de um composto extraido de hemicelulose de faia que consiste em unidades repetidas de β-D-xilano-piranoses ligadas em (1-4). Mais especificamente, PPS é produzido através da extracção destes compostos de hemicelulose através de uma série de reacções químicas da madeira e depois da adição de numerosos grupos sulfato às cadeias polissacaridicas purificadas. Este processo resulta em cadeias de polissacáridos lineares de baixo peso molecular que transportam numerosos grupos sulfato de carga negativa. O PPS é um heparinóide semi-sintético que é considerado uma forma sobre-sulfatada de um GAG. 16
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Existem várias formas de PPS que apresentam as actividades acima descritas. O PPS de sódio e um PPS derivado de cálcio (designado CAPPS) podem ambos ser utilizados para alcançar as funções de PPS. Cada uma destas formas de PPS exibe uma actividade semelhante a GAG e serão daqui em diante referidas como compostos semelhantes a GAG. O mecanismo de acção do pentosano pode ser resumido como segue: 1. Actividades anti-inflamatórias através da estabilização e melhoria da microcirculação nos tecidos inflamados e através de efeitos anti-Complemento (diminui a libertação dos mediadores humorais da inflamação designada cascata do Complemento). 2. Inibição da quimiotaxia dos granulócitos, que são glóbulos brancos que contribuem para a inflamação. 3. Efeito estimulador da síntese de proteoglicanos. 4. Efeitos estimuladores da síntese do ácido hialurónico por fibroblastos sinoviais. 5. Potente inibição de enzimas catabólicas incluindo elastase de granulócitos humanos (inibição não competitiva), hialuronidase (inibição competitiva), condroitina-4- sulfatase e N-acetil-glicosaminidase em concentrações muito mais baixas que os NSAID.
Outros glicosaminoglicanos sintéticos ou semi-sintéticos ou compostos semelhantes a glicosaminoglicanos, tais como glicosaminoglicanos polissulfatados, podem ser utilizados neste invento. A diacereína também conhecida como diacetilreina é um composto orgânico recentemente reconhecido verificado em plantas do género Cassia. O metabolito activo da diacereína, conhecido como reina, possui efeitos anti-inflamatórios através da inibição da interleucina-lB; consequentemente a produção de colagenase na cartilagem articular é reduzida. Reduz também a actividade fibrinolítica dos fibroblastos sinoviais. Inibe também de forma dependente da dose a quimiotaxia (atracção dos glóbulos brancos) e a produção de aniões superóxido (esta é uma das "espécies tóxicas de oxigénio" ou de "radicais livres"). Estes compostos 17
ΕΡ 1 083 929 /PT prejudiciais ocorrem espontaneamente no corpo, especialmente durante inflamação destrutiva. A diacereina (reina) possui actividades analgésicas e antipiréticas. Reduz a quebra da condroitina-4-sulfato resultando num aumento da razão de condroitina-4-sulfato para condroitina-6-sulfato (esta razão é patologicamente diminuída em cartilagem em degenerescência). A diacereina (reina) aumenta suavemente a síntese de prostaglandinas, o que lhe permite ter efeitos protectores na mucosa gástrica. Tal como se utiliza neste pedido e nas reivindicações, o termo "diacereina" inclui reina. A S-adenosilmetionina (SAMe) é um composto endógeno importante, presente ao longo do corpo e que participa num grande número de reacções biológicas tais como reacções de trans-sulfatação. Neste papel é um importante reagente na síntese de muitos componentes estruturais de tecidos conjuntivos, incluindo proteínas e proteoglicanos. Assim, SAMe possui efeitos anabólicos significativos que aumentariam as acções de outros agentes anabólicos. SAMe possui também efeitos anti-inflamatórios em virtude da sua acção antioxidante. SAMe é um composto sintetizado no corpo a partir de adenosina-trifosfato ("ATP") e metionina (Fig. 2) . Está presente em muitos tecidos, incluindo no sistema nervoso central. A função primária de SAMe no SNC é doar grupos metilo nas reacções de síntese de vários compostos cruciais, incluindo neurotransmissores e fosfolípidos. Por exemplo, SAMe facilita a conversão de fosfatidiletanolamina em fosfatidilcolina, que faz parte da camada lipídica interna da membrana plasmática. Ao fazê-lo, SAMe aumenta a fluidez da membrana e aumenta a eficácia da ligação receptor/ligando [Champe e Harvey, "Biochemistry", 1994; Stramentinoli, G., "Pharmacologic Aspects of S-Adenosylmethionine", American j. Med. 83(5A): 35, 1987; Baldessarini, F., "Neuropharmacology of S-Adenosyl Methionine", American J. Med. 83(5A): 95, 1987;
Carney, M., "Neuropharmacology of S-Adenosyl Methionine", Clin. Neuropharmacol. 9(3): 235, 1986; Janicak, P., "S-Adenosylmethionine in Depression", Alabama J. Med. Sei. 25(3): 306, 1988]. Estas funções podem também pertencer a outros dadores de metilo tais como betaína (trimetilglicina), 5-metiltetra-hidrofolato, ácido fólico e dimetilglicina 18
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[Champe e Harvey, "Biochemistry", 1994] . Como SAMe participa em muitas reacções, a necessidade de SAMe no corpo é sempre elevada e os estados de doença aumentam a procura. As deficiências de SAMe estão documentadas como existindo em, e contribuindo para, vários processos patológicos. SAMe é essencial para a síntese de glicosaminoglicanos sulfatados. A suplementação de SAMe maximizaria a síntese de glicosaminoglicanos e preveniria o efeito limitante da taxa que seria provocado por uma deficiência deste composto vital. A SAMe é também activa em reacções que conservam e suportam as membranas celulares. Este efeito é mais importante no fígado que em qualquer outro lugar. Cada célula do fígado é essencialmente um sistema de membranas. A função do fígado depende da manutenção destas membranas. Por exemplo, o etanol exerce os seus efeitos hepatotóxicos, em parte através da danificação das membranas das células do fígado. Estudos mostraram repetidamente que a suplementação de SAMe tem efeitos protectores perante a toxicidade do etanol [Lieber, C.S., "Biochemical Factors in Alcoholic Liver Disease", Seminars in Liver Disease 13: 2, 1993, Theime Medicai
Publishers, Inc., New York, NY]. A superóxido-dismutase é uma enzima naturalmente presente nos tecidos de animais e plantas, que foi recentemente investigada como agente na gestão da inflamação. Actua através da intercepção de radicais tóxicos de oxigénio no espaço intracelular durante processos inflamatórios destrutivos. Não inibe a biossíntese das prostaglandinas, mas pára a sobre-produção de prostaglandinas resultante de inflamação destrutiva. Alguns dos seus efeitos incluem a inibição da formação de edema e a inibição de sinais agudos de inflamação e as alterações articulares secundárias (rigidez e calcificação) em artrite induzida por adjuvantes. Não tendo efeitos analgésicos, não contribui para a sobre-utilização das articulações afectadas que eventualmente conduz a mais danos na cartilagem articular, como podem os NSAID. Também, não tem efeitos adversos nos sistemas cardiovascular, nervoso central ou endócrino. A Figura 3 proporciona um diagrama simplificado da função de SOD. 19
ΕΡ 1 083 929 /PT A L-ergotionina é um antioxidante intracelular de ocorrência natural em plantas e animais, mas não sintetizado no corpo humano: provém apenas de fontes dietéticas. As propriedades antioxidantes da L-ergotioneína parecem estar relacionadas com a sua capacidade para eliminar espécies reactivas de oxigénio (radicais livres), quelar vários catiões metálicos, activar enzimas antioxidantes tais como a glutationa-peroxidase (SeGPx) e a manganês-superóxido- dismutase (Mn SOD) e inibir enzimas geradoras de superóxido tais como NADPH-Citocromo C-redutase, e afectar a oxidação de várias hemoproteinas tais como hemoglobina e mioglobina. Como todos os tecidos corporais dependem destas duas moléculas transportadoras de oxigénio, esta caracteristica é extremamente benéfica [Brummel, M.C., "In Search of a Physiological Function for L-ergothioneine" Med. Hypotheses 18(4): 351-70 (Dez. 1985); Brummel, M.C., "In Search of a
Physiological Function for L-ergothioneine II" Med. Hypotheses 30(1): 39-48 (Set. 1989); Han, J.S., "Effects of Various
Chemical Compounds on Spontaneous and Hydrogen Peroxide-Induced Reversion in Strain TA104 of Salmonella typhimurium", Mutat. Res. 266(2): 77-84 (Abril 1992); Arduini, A., "Possible Mechanism of Inhibition of Nitrite-Induced Oxidation of Oxyhemoglobin by Ergothioneine and Uric Acid", Arch. Biochem. Biophys. 294(2): 384-402 (Maio 1992)]. O colagénio de tipo II tem também efeitos benéficos que ajudam a manter o equilíbrio normal entre o anabolismo e o catabolismo. Especificamente, as doenças do tecido conjuntivo podem resultar de processos auto-imunes, nos quais o sistema imunitário ataca e cataboliza os tecidos conjuntivos do próprio indivíduo como se fossem um "invasor estranho". A administração oral de colagénio de tipo II pode dessensibilizar o sistema imunitário, prevenindo mais ataques e normalizando as respostas imunitárias nestes indivíduos. Isto diminui os processos catabólicos em tecidos conjuntivos e maximiza o anabolismo. A ingestão de colagénio de tipo II apresenta esta molécula às células imunitárias nos tecidos linfóides associados aos intestinos (GALT, a.k.a., placas de Peyer). As interacções entre a molécula de colagénio e as células específicas em GALT activam células imunitárias móveis designadas células T supressoras. Estas células, por sua vez, 20
ΕΡ 1 083 929 /PT moderam a reacção imunitária destrutiva contra o colagénio de tipo II do próprio indivíduo (nos tecidos conjuntivos).
Os compostos da família das tetraciclinas incluem tetraciclina, doxiciclina, análogos de tetraciclina e compostos "semelhantes a tetraciclina" e foram utilizados terapeuticamente pelos seus efeitos antimicrobianos. A actual investigação centrou-se nos compostos "semelhantes a tetraciclina" que possuem efeitos antimicrobianos insignificantes mas com efeitos anti-catabólicos. Especificamente, os compostos "semelhantes a tetraciclina" são compostos policíclicos que inibem as metaloproteinases de tecidos que degradam componentes da matriz extracelular incluindo colagénio e proteoglicanos possuindo contudo efeitos antimicrobianos não substanciais. Esta função destes compostos, bem como de outros compostos da família das tetraciclinas, pode estar relacionada com a capacidade destes compostos para quelar iões de cálcio e zinco. Por exemplo, mostrou-se que a doxiciclina inibe a actividade da colagenase na cartilagem articular. A hidroxiprolina é um composto que ocorre normalmente no corpo dos vertebrados como um composto necessário para a formação do colagénio. Tal como todas as proteínas, a estrutura primária do colagénio (designada a cadeia pró-alfa) contém uma sequência de aminoácidos específica e característica. Específica para o colagénio é a presença de prolina e lisina em certas posições na cadeia. Durante a formação do colagénio, estes resíduos são hidroxilados através de enzimas (prolil-hidroxilase e lisil-hidroxilase) para formar hidroxiprolina e hidroxilisina. O agente redutor ácido ascórbico (Vitamina C) é também necessário para que ocorra esta hidroxilação. A menos que ocorra a hidroxilação, as moléculas de colagénio não se podem montar e ligar de forma cruzada, limitando assim gravemente a força dos tecidos conjuntivos. Doenças reconhecidas da formação de colagénio que são causadas pela falha da hidroxilação incluem a síndroma de Ehlers-Danlos, escorbuto e osteogénese imperfeita. Para além das muitas condições conhecidas causadas por anomalias do colagénio, é provável que as anomalias do colagénio contribuam para outras doenças de modos ainda não conhecidos. 21
ΕΡ 1 083 929 /PT A prolina é um precursor da hidroxiprolina. As duas moléculas são estruturalmente semelhantes, diferindo apenas na adição de um grupo hidroxilo. Esta pequena diferença estrutural entre as duas moléculas tem, no entanto, importância funcional, do mesmo modo que pequenas diferenças estruturais na forma de uma chave podem ter importância funcional. A prolina é um aminoácido cíclico sintetizado no corpo a partir de glutamato através de vários passos intermédios. Como é normalmente sintetizada no corpo, a prolina é considerada um aminoácido não essencial. As deficiências de colagénio devidas à incapacidade para sintetizar prolina e à resultante falta de prolina no corpo estão fracamente documentadas e são provavelmente raras ou inexistentes, porque uma falta completa de prolina seria incompatível com a vida. Tal como observado acima, no entanto, as deficiências de hidroxiprolina são bem conhecidas e são habitualmente devidas a incapacidade do corpo para hidroxilar a prolina [Cotran, Kumar e Robbins, eds., "Pathologic Basis of Disease", página 423, 1994] . Em casos de deficiência de hidroxiprolina é, portanto, provável que a suplementação de prolina não traga qualquer benefício. Em vez disso, deve ser suplementada ou administrada hidroxiprolina. Foi documentado que muitos derivados N-substituídos da prolina, incluindo hidroxiprolina, possuem efeitos anti-reumáticos e analgésicos e também aceleram a cicatrização [Patente dos Estados Unidos N.° 5827874]. O mecanismo de acção não está completamente determinado mas parece que a inibição das prostaglandinas não está envolvida [Ionac, M., Parnham, M.J., Plauchithiu, M., Brune, K., Pharmacol. Res. 33: 6 367-73, Jun. 1996]. Num estudo de autorradiografia, Kalbhen verificou que a hidroxiprolina (Oxaceprol®) aumentou a tomada intracelular de glucosamina em cartilagem de galinha [Kalbhen, D.A., Kalkert, B., "Autoradiography studies of the effect of oxaceprol on the metabolism of joint cartilage and in vitro", Z. Rheumatolo. 46: 3 136-42, Mai-Jun 1987]. Este estudo indica que existiria um efeito sinergético se fossem administradas em combinação hidroxiprolina e glucosamina. De facto, resultariam efeitos sinergéticos da combinação de hidroxiprolina com outros ingredientes no presente invento; por exemplo, a combinação de hidroxiprolina com um agente anti-catabólico tal como sulfato de condroitina. A hidroxiprolina é classificada no presente invento como um agente anabólico. Como a suplementação de 22
ΕΡ 1 083 929 /PT hidroxiprolina se dirige a anomalias e deficiências de colagénio a que os outros ingredientes do presente invento não se dirigem, e como a hidroxiprolina contribui deste modo para a estrutura e função do tecido conjuntivo de modo diferente do dos outros ingredientes, a inclusão de hidroxiprolina nas composições do presente invento é benéfica. Outras formas e derivados da hidroxiprolina, incluindo oligopéptidos, formas aciladas, nitratos, sais e outros derivados vulgares, podem ser utilizados no presente invento. A hidroxiprolina acetilada é uma forma preferida de hidroxiprolina para inclusão no presente invento.
Os compostos do presente invento possuem várias vantagens em relação às terapias existentes para distúrbios do tecido conjuntivo, tais como excelentes perfis de segurança. Isto está em parte relacionado com o facto de estes compostos ocorrerem normalmente no corpo e em vários alimentos. Outra caracteristica partilhada pelos compostos é a tendência para um surgimento lento da acção. Os produtos farmacêuticos, tais como NSAID, tendem a causar alterações rápidas nos sintomas da doença. Os compostos endógenos do presente invento funcionam mais lentamente, através da normalização das estruturas e funções dentro do corpo. Embora esta acção seja benéfica, significa que os sintomas não serão tipicamente aliviados imediatamente. Por esta razão, é incluído um analgésico como componente opcional das composições do presente invento. O analgésico deve ser escolhido de entre o grupo de compostos analgésicos que se mostrou terem efeitos secundários mínimos como doses terapêuticas e terem também efeitos negativos mínimos na síntese de tecido conjuntivo, tal como fármacos corticosteróides e muitos NSAID mostraram ter. O analgésico que pode ser incluído na composição do presente invento é portanto um analgésico não esteróide que não tenha efeitos anti-inflamatórios. Por outras palavras, o analgésico é um fármaco não esteróide que não seja um NSAID. Exemplos de analgésicos do presente invento incluem acetaminofeno e tramadol. Excepto como discutido abaixo, o analgésico preferido do presente invento é acetaminofeno. O acetaminofeno é um composto analgésico e antipirético derivado da anilina que funciona centralmente através da inibição reversível da enzima ciclo-oxigenase no sistema 23
ΕΡ 1 083 929 /PT nervoso central. O acetaminofeno bloqueia também a criação do impulso de dor periférica nas terminações nervosas ao longo do corpo. Foi utilizado extensivamente para alívio sintomático da dor. O alívio da dor é benéfico por mais do que as razões humanas óbvias. Uma vez que existem também ligações importantes entre os centros emocionais do cérebro e o sistema imunitário, o alívio da dor, e a resultante elevação do humor, possui efeitos benéficos na inflamação e em muitos outros processos que são modulados pelo sistema imunitário. Por exemplo, a diminuição da dor associada ao acetaminofeno pode conduzir a menor quimiotaxia de neutrófilos e menor libertação de citocinas no tecido anormal. A dor diminuída aumenta a vontade de se mover de modo normal e este movimento é ele próprio geralmente benéfico para a cicatrização do tecido conjuntivo. Embora bloqueie a actividade da ciclo-oxigenase, o acetaminofeno tem muito pouca actividade anti-inflamatória. Portanto, o acetaminofeno não inibe o anabolismo do tecido conjuntivo como o fazem os NSAID e os corticosteróides e como possui efeitos secundários mínimos a doses terapêuticas, é um agente analgésico ideal no presente invento. Outra vantagem de incluir um analgésico seguro no presente invento é que aumentará a probabilidade da adesão do paciente ser elevada, i.e., dos pacientes continuarem a tomar as preparações o tempo suficiente para que ocorram efeitos modificadores da doença. Os estudos de agentes condroprotectores isolados têm frequentemente uma elevada taxa de desistências nas semanas iniciais de terapia devido à percepção do paciente de que o agente não está a funcionar. Com a adição de um analgésico, os pacientes ficariam mais inclinados a continuar a terapia.
Como o acetaminofeno e outros componentes deste invento possuem diferentes mecanismos de acção, os seus efeitos são sinergéticos e isto permite a utilização de uma menor dose de acetaminofeno. O acetaminofeno actua centralmente e também perifericamente através de efeitos na substância P, bloqueando a percepção de dor. Outros ingredientes no presente invento actuam reduzindo a causa da dor através do aumento da estrutura dos tecidos conjuntivos. A utilização de uma dose baixa de acetaminofeno é desejável, porque enquanto que o fármaco é útil para analgesia e não tem efeitos anti-inflamatórios significativos, pode ter efeitos prejudiciais no fígado e noutros tecidos quando são utilizadas doses grandes 24 ΕΡ 1 083 929 /PT ou quando o fígado está de outro modo comprometido ou doente, tal como por abuso de álcool de longo prazo. Foi mostrado que com níveis terapêuticos de acetaminofeno oral (menos de 4 g/dia), existe um maior metabolismo de acetaminofeno em pacientes alcoólicos crónicos, o que aumentaria o potencial para toxicidade hepática [Girre, C., Hispard, E., Palombo, S. et ai., "Increased metabolism of acetaminophen in chronically alcoholic patients", Alcohol Clin. Exp. Res. 17(1): 170-3 Fev. 1993] . O acetaminofeno é o medicamento analgésico e antipirético não sujeito a receita médica mais amplamente utilizado e recomendado nos Estados Unidos [Rose, S.R., "Subtleties of managing acetaminophen poisoning" Am. J. Hosp. Pharm. 51(24): 3065-8, 15 de Dez. de 1994]. Como o acetaminofeno é amplamente publicitado e está facilmente disponível pelo país, os consumidores bem como os profissionais de cuidados de saúde consideram este medicamento como sendo não tóxico. Tanto a ingestão aguda como crónica de acetaminofeno excessivo para alívio da dor pode conduzir a hepatotoxicidade (tanto de um modo dependente como independente da dose) de modo mais vulgar que o anteriormente reconhecido, especialmente nos pacientes com condições hepáticas de predisposição [Barker, J.D. Jr. et ai., "Chronic excessive acetaminophen use and liver damage", Ann. Intern. Med. 87(3): 299-301, Set. 1977; Fry, S.W., Seef, L.B., "Hepatotoxicity of analgesics and anti-inflammatory agents", Gastroenterol. Clin. North Am. 24(4): 875-905, Dez. 1995, Lindgren, A. et al., "Paracetamol-inducted cholestatic and granulomatous liver injuries", J. Intern. Med. 241(5): 435-9, Maio 1997]. Portanto, não é óbvio para um vulgar perito na arte relevante utilizar uma "dose baixa" de acetaminofeno em combinação com os outros ingredientes do presente invento. No presente invento, a terapia de dose baixa de acetaminofeno compreenderia a administração de menos de 2 gramas de fármaco por dia. Para além disso, alguns dos componentes do presente invento, principalmente SAMe, antagonizam directamente os efeitos prejudiciais do acetaminofeno através da protecção da função hepática. É também vantajoso combinar glucosamina e sulfato de condroitina com acetaminofeno porque estudos mostraram que o acetaminofeno sozinho pode baixar os níveis sanguíneos de sulfatos e portanto diminuir a síntese de glicosaminoglicanos sulfatados nos tecidos conjuntivos [Van der Kraan, P.M., Vitters, E.L., de Vries, B.J. et ai., "The 25
ΕΡ 1 083 929 /PT effect of chronic paracetamol administration to rats on the glycosaminoglycan content of patellar cartilage", Agent Actions 29(3-4): 218-223, Março de 1990]. A administração de acetaminofeno sozinho para controlo da dor do tecido conjuntivo pode não ser do melhor interesse do paciente, mas é vulgarmente recomendada actualmente. A utilização de acetaminofeno nas combinações do presente invento representa uma melhoria não óbvia na terapia para pacientes com anomalias do tecido conjuntivo.
Os gatos são sensiveis ao acetaminofeno porque não o metabolizam eficazmente (ocorre uma fraca conjugação hepática com o ácido glucurónico e um subsequente esgotamento da glutationa) [Goodman, A. e Goodman, L., "The Pharmacological Basis of Therapeutics", 7a ed., MacMillan Publishing Co., 1985, págs. 692-95; Ahrens, F., "Pharmacology", Williams &
Wilkins, 1996, págs. 175-75]. Assim, o acetaminofeno não é recomendado para utilização em gatos. O presente invento proporciona novas combinações compreendendo ASU e osaminas, ou seus sais, para a protecção, o tratamento e a reparação de tecidos conjuntivos em seres humanos e animais. Os compostos incluídos nas composições do presente invento não estão limitados quanto à origem e podem ser derivados naturalmente, de modo semi-sintético ou sintético.
Estes compostos e os ingredientes opcionais discutidos acima têm uma variedade de efeitos benéficos nos tecidos conjuntivos dos animais e dos seres humanos e, como funcionam através de uma variedade de mecanismos, funcionam bem em combinação uns com os outros. Embora cada composto tenha várias funções, podem ser grosseiramente agrupados como: (1) agentes anabólicos, incluindo glucosamina, SAMe, AA, ASU e hidroxiprolina, que promovem processos de crescimento no corpo; (2) agentes anti-catabólicos, tais como sulfato de condroitina, sulfato de pentosano, colagénio de tipo li, tetraciclinas, diacereina e ASU, que inibem processos destrutivos ou catabólicos; e (3) antioxidantes, tais como SOD e L-ergotionina que previnem lesões dos tecidos através da eliminação de espécies tóxicas de oxigénio (radicais livres). Naturalmente, alguns compostos, tais como ASU, podem ser 26
ΕΡ 1 083 929 /PT colocados em mais de um grupo em virtude das suas funções sobreponíveis. O presente invento estabelece que combinações destes compostos funcionariam bem. Adicionalmente, um analgésico pode ser opcionalmente adicionado a qualquer um dos compostos individuais citados acima ou a uma combinação destes para proporcionar alivio de dor. O acetaminofeno é o analgésico de escolha porque não possui efeitos anti-inflamatórios poderosos e portanto não interfere com a cicatrização do tecido conjuntivo. Possui também efeitos secundários mínimos em doses terapêuticas ao contrário dos NSAID que podem causar ulceração gastrointestinal ou fraca perfusão renal mesmo em doses terapêuticas.
Exemplos de compostos específicos que podem estar presentes em extractos de ASU incluem mas não se limitam a: limoneno, beta-caroteno, ubiquinona e fosfato de undecaprenol.
As composições do presente invento podem ser administradas através de qualquer via, incluindo mas não se limitando a via intramuscular, intravenosa, oral, subcutânea, rectal, tópica, transcutânea, intranasal e intra-articular, sublingual e intraperitoneal. Também, qualquer sal de qualquer um dos presentes compostos pode ser utilizado para ajudar na absorção de, p. ex., glucosamina-HCl, sulfato de glucosamina, fosfato de glucosamina, sulfato sódico de condroitina, sulfato de cálcio de condroitina, sulfato de potássio de condroitina, etc. Adicionalmente, a composição pode ser dada em todas as formas de dosagem vulgares incluindo formas de libertação prolongada, pílulas, comprimidos, cápsulas, cremes, líquidos, aerossóis, formas de libertação prolongada, injectáveis, etc.
As gamas de dosagem das composições do presente invento variarão dependendo das necessidades do ser humano ou do animal ao qual as composições são administradas. As gamas de dosagem para os vários componentes das composições presentemente reivindicadas são como se segue: ΕΡ 1 083 929 /PT 27 Composto Dose Diária Glucosamina Intervalo total da dose: 25 mg a 12 g Animal pequeno: 25 mg - 3 g Ser humano: 100 mg - 4 g Animal grande: 300 mg - 12 g Sulfato de condroitina Intervalo total da dose: 15 mg - 12 g Animal pequeno: 15 mg - 2 g Ser humano: 75 mg - 4 g Animal grande: 300 mg - 12 g SAMe Intervalo total da dose: 10 mg - 8 g Animal pequeno: 10 mg - 1 g Ser humano: 75 mg - 3 g Animal grande: 400 mg - 8 g Pentosano Intervalo total da dose: 3 mg a 3 g Animal pequeno: 3 mg - 1 g Ser humano: 50 mg - 2 g Animal grande: 100 mg - 3 g Superóxido-dismutase Intervalo total da dose: 3 mg a 6 g (cada mg contendo >3000 unidades de McCord-Fridovich) Animal pequeno: 3 mg - 2 g Ser humano: 5 mg - 3 g Animal grande: 50 mg - 6 g L-ergotioneína Intervalo total da dose: 50 mg a 25 g Animal pequeno: 50 mg - 10 g Ser humano: 50 mg - 15 g Animal grande: 100 mg - 25 g Colagénio de tipo II Intervalo total da dose: 0,1 mg a 10 g Animal pequeno: 0,1 mg - 10 g Ser humano: 0,1 mg - 7,5 g Animal grande: 1,0 mg - 10 g Diacereína Intervalo total da dose: 5 mg a 5 g Animal pequeno: 5 mg - 1 g Ser humano: 20 mg - 3 g Animal grande: 50 mg - 5 g Ácido araquidónico Intervalo total da dose: 10 mg a 12 g Animal pequeno: 10 mg - 3 g Ser humano: 10 mg - 5 g Animal grande: 50 mg - 12 g 28
ΕΡ 1 083 929 /PT
Composto Dose Diária Tetraciclinas Intervalo total da dose: 1,0 mg a 2 g Animal pequeno: 1,0 mg - 1 g Ser humano: 2 mg - 1,5 g Animal grande: 50 mg - 2 g Insaponifiçáveis de abacate/soja Intervalo total da dose: 5 mg a 5 gramas Animal pequeno: 5 mg a 1000 mg Ser humano: 50 mg a 1500 mg Animal grande: 100 mg a 5 gramas Ou: 1 mg/kg a 25 mg/kg Hidroxiprolina intervalo total da dose: 5 mg a 6 gramas Animal pequeno: 5 mg a 1500 g Ser humano: 50 mg a 3500 mg Animal grande: 50 mg a 6 gramas Analgésico, p.ex., acetaminofeno Intervalo total da dose: 4 mg a 10 gramas Animal pequeno (excluindo gatos): 4 mg a 1000 mg Ser humano: 100 mg a 4 gramas Animal grande: 100 mg a 10 gramas
As doses são concebidas para cobrir o espectro de pesos corporais dos animais pequenos aos animais grandes, com os seres humanos no meio. O seguinte exemplo é ilustrativo e não limita de nenhum modo o presente invento.
EXEMPLO
Uma vaca leiteira Jersey com 5 anos de idade foi diagnosticada com osteoartrite grave após um episódio de febre e sinovite atribuídas a doença de Lyme. Este animal é a fonte do fornecimento de leite da família do proprietário e o dono deseja tratar a deficiência com compostos que sejam "naturais", i.e., compostos que ocorram normalmente em plantas e no corpo de animais, em vez de seguir soluções mais tradicionais tais como (1) o abate do animal, (2) a utilização de fármacos anti-inflamatórios não esteróides ou (3) a utilização de esteróides. O animal é tratado com 900 mg de ASU, 600 mg de SAMe e 500 mg de glucosamina por dia. Esta abordagem é uma melhoria em relação às opções existentes por várias razões. Como os compostos são componentes naturais de plantas e do corpo dos animais com amplas margens de segurança 29 ΕΡ 1 083 929 /PT documentadas, existe menos preocupação em relação a metabolitos excretados no leite. Como os compostos estão oralmente disponíveis e são activos em pequenas quantidades, são fáceis de administrar ao animal na ração. O efeito combinado dos três compostos é o de reduzir a inflamação e a dor, para suportar a função normal e estimular a cicatrização dos tecidos conjuntivos.
Lisboa,
Claims (8)
- ΕΡ 1 083 929 /PT 1/1 REIVINDICAÇÕES 1. Composição compreendendo um insaponificável de abacate/soja (daqui em diante "ASU") juntamente com uma osamina ou um sal deste.
- 2. Composição tal como reivindicada na reivindicação 1 em que a osamina é uma osamina natural ou uma osamina sintética ou semi-sintética.
- 3. Composição tal como reivindicada na reivindicação 1 ou na reivindicação 2, em que a osamina é glucosamina, cloridrato de glucosamina, galactosamina, sulfato de glucosamina, fosfato de glucosamina ou N-acetil-glucosamina.
- 4. Composição tal como reivindicada em qualquer uma das reivindicações antecedentes que é formulada para administração intramuscular, intravenosa, oral, subcutânea, rectal, tópica, transcutânea, intranasal, intra-articular, sublingual ou intraperitoneal.
- 5. Composição tal como reivindicada em qualquer uma das reivindicações antecedentes que é formulada como forma de dosagem de libertação prolongada, pílulas, comprimidos, cápsulas, creme, líquido, aerossol ou uma composição injectável.
- 6. Utilização de um insaponificável de abacate/soja (daqui em diante "ASU") juntamente com uma osamina ou um seu sal, na preparação de um agente para o tratamento, a reparação ou a prevenção de danos no tecido conjuntivo em seres humanos ou animais.
- 7. Utilização tal como reivindicada na reivindicação 6 em que a osamina é uma osamina natural ou uma osamina sintética ou semi-sintética.
- 8. Utilização tal como reivindicada na reivindicação 7, em que a osamina é glucosamina, cloridrato de glucosamina, galactosamina, sulfato de glucosamina, fosfato de glucosamina ou N-acetil-glucosamina. Lisboa,
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