PT104107B - Dispositivo formador de bolhas e respectivo método de utilização - Google Patents
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Abstract
A PRESENTE INVENÇÃO DIZ RESPEITO A UM DISPOSITIVO QUE FORMA UMA PAREDE DE BOLHAS UTILIZADA NA CAPTURA DE PEIXE. O MÉTODO DE UTILIZAÇÃO DESTE DISPOSITIVO FORMADOR DE BOLHAS COMPREENDE UM SISTEMA CONSTITUÍDO POR, PELO MENOS, DUAS EMBARCAÇÕES (15) (16), UMA BOMBA SUGADORA (17), UM COMPRESSOR (8) E PELO DISPOSITIVO FORMADOR DA PAREDE DE BOLHAS (7), CONSTITUÍDO POR UMA OU MAIS CÂMARAS FORMADORAS DE BOLHAS, UMA OU MAIS CÂMARAS CONDUTORAS, CANAIS CONDUTORES, CANAIS FLUTUADORES E LASTRO, QUE AO FORMAREM UMA REDE DE BOLHAS (14) PERMITEM O APRISIONAMENTO DO PEIXE E A SUA POSTERIOR CAPTURA. DESTA FORMA, A PRESENTE INVENÇÃO É ÚTIL PARA CAPTURAR PEIXE DE FORMA MAIS ECONÓMICA E ECOLÓGICA, EXCLUINDO REDES CONVENCIONAIS E REDUZINDO A CAPTURA DE ESPÉCIES NÃO ALVO. UMA OUTRA VANTAGEM É A MELHORIA DA QUALIDADE DO PESCADO, PODENDO SER APLICADA NA INDÚSTRIA DA PESCA E EM AQUACULTURA.
Description
DESCRIÇÃO
SISTEMA PARA CAPTURA DE PEIXE E RESPECTIVO MÉTODO DE
UTILIZAÇÃO
Domínio técnico da invenção
A presente invenção diz respeito a um sistema utilizado para a captura de peixe que, através da formação de uma parede de bolhas, permite cercar os cardumes que depois são capturados por intermédio de uma bomba sugadora. Desta forma, a presente invenção é aplicável ao sector pesqueiro, nomeadamente como substituição da pesca de cerco.
Antecedentes da invenção
No documento JP2000236778 (Method of gathering fish, NANBA KUNIO) divulga-se a utilização de um conjunto de robôs submarinos que, dispostos em círculo no fundo do mar, emitem bolhas que formam uma «rede» cilíndrica rodeando os peixes, possibilitando assim que se possa apanha-los com uma rede convencional. No caso da presente invenção a captura do peixe realiza-se através de uma bomba sugadora e não de uma rede convencional. Para além disso, na presente invenção não se prevê a utilização de robôs, mas sim um dispositivo com uma câmara de modo a formar uma «rede» de bolhas e uma outra de modo a controlar a flutuabilidade, tornando assim a «rede» de bolhas dinâmica (a sua profundidade é controlável) enquanto no documento referido é estática (os robôs permanecem no fundo do mar).
No caso do documento US4788928 (Pneumatic plunger system, TAUBER DAVID, PHILIPPSON WILLIAM), divulga-se um conjunto de bocais ao longo da quilha do barco, de forma a
DESCRIÇÃO
Dispositivo formador de bolhas e respectivo método de utilização
Domínio técnico da invenção
A presente invenção diz respeito a um dispositivo formador de bolhas utilizado para a captura de peixe que, através da formação de uma parede de bolhas, permite cercar os cardumes que depois são capturados por intermédio de uma bomba sugadora. Desta forma, a presente invenção é aplicável ao sector pesqueiro, nomeadamente como substituição das redes de pesca de cerco.
Antecedentes da invenção
No documento JP2000236778 (Method of gathering fish,
NANBA KUNIO) divulga-se a utilização de um conjunto de robôs submarinos que, dispostos em círculo no fundo do mar, emitem bolhas que formam uma «rede» cilíndrica rodeando os peixes, possibilitando assim que se possa apanha-los com uma rede convencional. No caso da presente invenção a captura do peixe realiza-se através de uma bomba sugadora e nao de uma rede convencional. Para além disso, na presente invenção nao se prevê a utilização de robôs, mas sim um dispositivo com uma camara de modo a formar uma «rede» de bolhas e uma outra de modo a controlar a flutuabilidade, tornando assim a «rede» de bolhas dinâmica (a sua profundidade é controlável) enquanto no documento referido é estática (os robôs permanecem no fundo do
No caso do documento US4788928 (Pneumatic plunger system, TAUBER DAVID, PHILIPPSON WILLIAM), divulga-se um esses bocais expelirem uma mistura de bolhas de ar e água, para baixo, que criam uma parede vertical de bolhas, repelindo assim o peixe na direcção da rede que é estendida no mar a partir de um dos lados do barco. A presente invenção difere do divulgado neste documento na medida em que utiliza uma «rede» de bolhas fechada e não aberta na captura do peixe, e uma bomba sugadora e não uma rede convencional, dispensando assim a rede convencional no cerco ao peixe.
No caso do documento US2006174839 (Fish herding or guidance tool, ELY RICHARD D) , divulga-se um aparelho para atrair e conduzir peixe através da água, usando um conjunto de tubos que largam bolhas de ar, produzindo uma parede de bolhas de ar que atraem os peixes devido aos seus padrões visuais. A presente invenção, para além de divulgar um sistema distinto, composto por vários elementos, tem ainda um objectivo distinto da matéria do referido documento, uma vez que não se destina a atrair peixe através de padrões visuais, mas sim capturá-lo. O presente invento, ao contrário da matéria divulgada neste documento, constitui uma «rede» de pesca, e inclui uma bomba sugadora para apanhar peixe.
O primeiro documento diz respeito a um mecanismo estático, que não permite acompanhar o deslocamento do cardume na coluna de água. Apresenta uma tecnologia mais complexa e dispendiosa, tanto na sua aquisição como no caso de avaria ou perda do mecanismo. O facto de apresentar redes convencionais para a captura do peixe, apresenta uma desvantagem a nivel da qualidade do pescado.
sistema do segundo documento previne apenas a fuga do peixe por baixo do navio durante a manobra das redes no cerco. Implica alterações profundas no casco do navio ou conjunto de bocais ao longo da quilha do barco, de forma a esses bocais expelirem uma mistura de bolhas de ar e água, para baixo, que criam uma parede vertical de bolhas, repelindo assim o peixe na direcção da rede que é estendida no mar a partir de um dos lados do barco. A presente invenção difere do divulgado neste documento na medida em que utiliza uma «rede» de bolhas fechada e nao aberta na captura do peixe, e uma bomba sugadora e nao uma rede convencional, dispensando assim a rede convencional no cerco ao peixe.
No caso do documento US2006174839 (Fish herding or guidance tool, ELY RICHARD D) , divulga-se um aparelho para atrair e conduzir peixe através da água, usando um conjunto de tubos que largam bolhas de ar, produzindo uma parede de bolhas de ar que atraem os peixes devido aos seus padrões visuais. A presente invenção, para além de divulgar um sistema distinto, composto por vários elementos, tem ainda um objectivo distinto da matéria do referido documento, uma vez que não se destina a atrair peixe através de padrões visuais, mas sim capturá-lo. 0 presente invento, ao contrário da matéria divulgada neste documento, constitui uma «rede» de pesca, e inclui uma bomba sugadora para apanhar peixe.
primeiro documento diz respeito a um mecanismo estático, que não permite acompanhar o deslocamento do cardume na coluna de água. Apresenta uma tecnologia mais complexa e dispendiosa, tanto na sua aquisição como no caso de avaria ou perda do mecanismo. 0 facto de apresentar redes convencionais para a captura do peixe, apresenta uma desvantagem a nível da qualidade do pescado.
sistema do segundo documento previne apenas a fuga do peixe por baixo do navio durante a manobra das redes no mesmo a construção de um novo navio, totalmente modificado. A projecção das bolhas é efectuada no sentido contrário ao da gravidade implicando uma maior pressão e consequente gasto de energia na formação da parede de bolhas. A captura do pescado continua a ser efectuada recorrendo às tradicionais redes de pesca, não resolvendo por isso os problemas a nível ecológico, de qualidade do pescado e de rentabilização da captura.
No terceiro documento é apresentada somente uma tecnologia capaz de atrair o peixe, sem controlo da profundidade, não sendo capaz de capturar o pescado.
As principais vantagens decorrentes da utilização do sistema da presente invenção, relativamente às várias metodologias existentes para a captura do peixe são, o facto de utilizar bomba sugadora, um dispositivo com a câmara que forma a «rede» de bolhas e um que controla a flutuabilidade, dinamizando todo o processo. Estes factos permitem controlar a profundidade e a velocidade de subida/descida do dispositivo. O facto da «rede» de bolhas ser fechada e não aberta, permite maximizar a captura e evitar a fuga de peixe.
Descrição geral da invenção
A presente invenção diz respeito a um sistema que permite aprisionar e capturar cardumes, constituído por, pelo menos, duas embarcações, duas ou mais câmaras, uma bomba sugadora, um compressor e por um dispositivo formador da parede de bolhas, constituído por uma câmara formadora de bolhas, canais condutores, canais flutuadores e lastro, que ao formarem uma rede de bolhas permitem o aprisionamento do peixe.
cerco. Implica alterações profundas no casco do navio ou mesmo a construção de um novo navio, totalmente modificado. A projeção das bolhas é efectuada no sentido contrário ao da gravidade implicando uma maior pressão e consequente gasto de energia na formação da parede de bolhas. A captura do pescado continua a ser efectuada recorrendo às tradicionais redes de pesca, não resolvendo por isso os problemas a nível ecológico, de qualidade do pescado e de rentabilização da captura.
No terceiro documento é apresentada somente uma tecnologia capaz de atrair o peixe, sem controlo da profundidade, não sendo capaz de capturar o pescado.
As principais vantagens decorrentes da utilização do sistema da presente invenção, relativamente às várias metodologias existentes para a captura do peixe são, o facto de utilizar bomba sugadora, um dispositivo com a câmara que forma a «rede» de bolhas e um que controla a flutuabilidade, dinamizando todo o processo. Estes factos permitem controlar a profundidade e a velocidade de subida/descida do dispositivo. 0 facto da «rede» de bolhas ser fechada e não aberta, permite maximizar a captura e evitar a fuga de peixe.
Descrição geral da invenção
A presente invenção diz respeito a um dispositivo que permite aprisionar e capturar cardumes, constituído por, duas ou mais câmaras, sendo uma formadora de bolhas, canais condutores, canais flutuadores e lastro, que utiliza pelo menos, duas embarcações, uma bomba sugadora e um compressor, que ao formarem uma rede/parede de bolhas permitem o aprisionamento e captura do peixe.
1. Sistema para a captura de peixe sistema da presente duas embarcações. Uma das invenção compreende pelo menos embarcações terá de ser, pelo menos, de médio porte (15) , podendo ser outra(s) de dimensão(ões)(16), de modo a ser transportada embarcação de maior dimensão responsável(eis) pela manobra de largada do dispositivo em redor do cardume.
A embarcação maior deve ser do tipo motora de pesca costeira, com cabina, ou de pesca ao largo. Com um comprimento fora a fora superior a 9 metros. O tipo de pesca é idêntico à do cerco (de maré diária e relativamente perto da costa). Esta embarcação deve ter no mínimo a capacidade de comportar o compressor (8), com pressão superior a 5 bar, eléctrico ou a gasóleo, ou seja, deve ter pelo menos 10m2 de espaço disponível, e uma bomba sugadora (17) com ligação ao porão da embarcação, com separação de tamanhos mínimos legais na saída de água proveniente da sucção. O porão está adaptado a acondicionar e separar o pescado. O convés da embarcação tem também capacidade de suportar uma bobina para arrumar o dispositivo formador de bolhas (7) e espaço para transportar a (s) embarcação(ões) menor(es) (16).
As embarcações de menores dimensões, em cooperação com a embarcação maior, têm a função de colocar o dispositivo em torno do cardume cercando-o. Estas devem ser motorizadas e ter capacidade mínima para conseguirem transportar, pelo menos, uma pessoa. Numa das extremidades da (s) embarcação (ões) estará um cabo que liga o dispositivo (7) à embarcação. Este é o guia do sistema fica perpendicular à superfície e tem um comprimento superior a 10 metros.
1. Sistema para a captura de peixe que tem como foco o dispositivo da presente invenção sistema que utiliza a presente invenção compreende pelo menos duas embarcações. Uma das embarcações terá de ser, pelo menos, de médio porte (15), podendo ser a(s) outra(s) de pequena(s) dimensão(ões)(16), de modo a ser (em) transportada (s) pela embarcação de maior dimensão e por ser(em) responsável(eis) pela manobra de largada do dispositivo em redor do cardume.
A embarcação maior deve ser do tipo motora de pesca costeira, com cabina, ou de pesca ao largo. Com um comprimento fora a fora superior a 9 metros. 0 tipo de pesca é idêntico à do cerco (de maré diária e relativamente perto da costa). Esta embarcação deve ter no mínimo a capacidade de comportar o compressor (8), com pressão superior a 5xlO5Pa, eléctrico ou a gasóleo, ou seja, deve ter pelo menos 10m2 de espaço disponível, e uma bomba sugadora (17) com ligação ao porão da embarcação, com separação de tamanhos mínimos legais na saída de água proveniente da sucção. 0 porão está adaptado a acondicionar e separar o pescado. 0 convés da embarcação tem também capacidade de suportar uma bobina para arrumar o dispositivo formador de bolhas (7) e espaço para transportar a (s) embarcação(ões) menor(es) (16).
As embarcações de menores dimensões, em cooperação com a embarcação maior, têm a função de colocar o dispositivo em torno do cardume cercando-o. Estas devem ser motorizadas e ter capacidade mínima para conseguirem transportar, pelo menos, uma pessoa. Numa das extremidades da (s) embarcação
A bomba sugadora (17) é constituída por, pelo menos, um reservatório, de preferência dois, a funcionar a vácuo, para que um dos reservatórios possa capturar o pescado enquanto o outro cria vácuo, e vice-versa, rentabilizando a captura. Esta sucção permite a aspiração do peixe em conjunto com a água, alternado entre tanques, de modo a guiar o peixe para o porão da embarcação. Neste local procede-se à separação do peixe com valor comercial do de menores dimensões e da água, estes últimos são devolvidos ao mar. Esta separação é feita através de uma passadeira com crivos que permitem a selecção por tamanhos. A bomba sugadora apresenta capacidade variável consoante a quantidade e tamanho do peixe que se pretende capturar, ou seja, terá de ser capaz de sugar, pelo menos, a quantidade de peixe habitualmente capturada por lance no cerco tradicional. Por exemplo entre 20kg e lton de peixe por lançamento da arte.
Uma das funções da bomba sugadora (17) é a de exercer selectividade relativamente aos tamanhos mínimos legais. Para cada espécie alvo existe um tamanho mínimo permitido por lei, passível de ser capturado. Este tamanho mínimo é estipulado pelas entidades responsáveis pela zona pesqueira em que as embarcações se encontram em actividade piscatória. Desta forma, a bomba sugadora tem de ter a capacidade de capturar o peixe nas melhores condições possíveis, e que faça a separação dos tamanhos por uma rede ou passadeira. Os peixes com tamanhos inferiores ao tamanho pretendido serão colocados novamente no mar juntamente com a água sugada.
A título de exemplo refere-se algumas espécies e correspondentes dimensões mínimas permitidas pela legislação portuguesa para a sua captura (Tabela 1).
(ões) estará um cabo que liga o dispositivo (7) à embarcação. Este cabo é o guia do dispositivo e tem um comprimento superior a 10 metros.
A bomba sugadora (17) é constituída por, pelo menos, um reservatório, de preferência dois, a funcionar a vácuo, para que um dos reservatórios possa capturar o pescado enquanto o outro cria vácuo, e vice-versa, rentabilizando a captura. Esta sucção permite a aspiração do peixe em conjunto com a água, alternado entre tanques, de modo a guiar o peixe para o porão da embarcação. Neste local procede-se à separação do peixe com valor comercial do de menores dimensões e da água, estes últimos são devolvidos ao mar. Esta separação é feita através de uma passadeira com crivos que permitem a seleção por tamanhos. A bomba sugadora apresenta capacidade variável consoante a quantidade e tamanho do peixe que se pretende capturar, ou seja, terá de ser capaz de sugar, pelo menos, a quantidade de peixe habitualmente capturada por lance no cerco tradicional. Por exemplo entre 20kg e lton de peixe por lançamento da arte.
Uma das funções da bomba sugadora (17) é a de exercer seletividade relativamente aos tamanhos mínimos legais. Para cada espécie alvo existe um tamanho mínimo permitido por lei, passível de ser capturado. Este tamanho mínimo é estipulado pelas entidades responsáveis pela zona pesqueira em que as embarcações se encontram em atividade piscatória. Desta forma, a bomba sugadora tem de ter a capacidade de capturar o peixe nas melhores condições possíveis, e que faça a separação dos tamanhos por uma rede ou passadeira. Os peixes com tamanhos inferiores ao tamanho pretendido serão colocados novamente no mar juntamente com a água sugada.
Tabela I - Espécies Alvo na Arte do Cerco em Portugal [adaptado de: www.dgpescas.pt].
Denominação Comercial | Nome Científico | Tamanho Mínimo (cm) |
Sardinha | Sardina pílchardus | 11 |
Carapau/Carapau Negrão | Trachurus trachurus/Trachurus picturatus | 15/14 |
Sarda | Scomber scombrus | 15 |
Cavala | Scomber j aponícus | 15 |
Faneca | Trísopterus luscus | 17 |
Biqueirão | Engraulius encrasícolus | 12 |
Besugo | Pagellus acarne | 18 |
Por exemplo, para a sardinha, em que o tamanho mínimo legal para a sua captura é de llcm, a passadeira de selecção de tamanho tem de ter a capacidade de recolocar no mar a sardinha de tamanho igual ou inferior a 11 centímetros (cm), juntamente com a água, retendo o peixe de maior tamanho.
O compressor (8), de acordo com a presente invenção, apresenta a capacidade de manter o fornecimento de ar para a formação de bolhas sem que o ar expelido seja tóxico para o ambiente. Assim, para esse efeito, a sua pressão terá de ser superior a 5 bares, sendo o ideal superior a 10 bares, podendo ser eléctrico ou a gasóleo. A escolha do compressor vai variar consoante o tamanho e distanciamento dos orifícios, de modo a que, o trabalho de todos estes mecanismos em conjunto mantenha a sustentabilidade e a espessura da parede de bolhas. Quanto maior o comprimento do dispositivo e quanto maiores os orifícios, maior capacidade terá de ter o compressor. A admissão simples (4.1) ou dupla (4.1 e 4.2) de ar da câmara superior também influencia na escolha do compressor, sendo que uma admissão dupla é menos exigente para o compressor.
A título de exemplo refere-se algumas espécies e correspondentes dimensões mínimas permitidas pela legislação portuguesa para a sua captura (Tabela 1).
Tabela I - Espécies Alvo na Arte do Cerco em Portugal [adaptado de: www.dgpescas.pt].
Denominação Comercial | Nome Científico | Tamanho Mínimo (cm) |
Sardinha | Sardina pilchardus | 11 |
Carapau/Carapau Negrão | Trachurus trachurus/Trachurus picturatus | 15/14 |
Sarda | Scomber scombrus | 15 |
Cavala | Scomber japonicus | 15 |
Faneca | Trisopterus luscus | 17 |
Biqueirão | Engraulius encrasicolus | 12 |
Besugo | Pagellus acarne | 18 |
Por exemplo, para a sardinha, em que o tamanho mínimo legal para a sua captura é de liem, a passadeira de seleção de tamanho tem de ter a capacidade de recolocar no mar a sardinha de tamanho igual ou inferior a 11 centímetros (cm), juntamente com a água, retendo o peixe de maior tamanho.
compressor (8), de acordo com a presente invenção, apresenta a capacidade de manter o fornecimento de ar para a formação de bolhas sem que o ar expelido seja tóxico para o ambiente. Assim, para esse efeito, a sua pressão terá de ser superior a 5 xlO5Pa, sendo o ideal superior a 10 xlO5Pa, podendo ser eléctrico ou a gasóleo. A escolha do compressor vai variar consoante o tamanho e distanciamento dos orifícios, de modo a que, o trabalho de todos estes mecanismos em conjunto mantenha a sustentabilidade e a espessura da parede de bolhas. Quanto maior o comprimento do dispositivo e quanto maiores os orifícios, maior capacidade
O sistema da presente invenção compreende ainda um conjunto de elementos, para a formação das bolhas dispositivo formador de bolhas (7) - constituído por uma ou mais câmaras formadoras de bolhas (2), canais condutores (4), entre 1 e 2000, canais flutuadores (5), entre 1 e 10 e pelo menos um lastro (6). Este conjunto de elementos define zonas segmentadas, sendo cada um destes segmentos, composto por duas ou mais câmaras, as câmaras superiores e as câmaras inferiores. O tamanho de cada segmento varia consoante o tamanho de cerco pretendido e consoante as espécies alvo, podendo ir desde lm até lOOOm.
As câmaras acopladas (2 e 3) servem para formar a parede (rede) de bolhas e para controlar a posição do sistema na coluna de água. Assim, uma das câmaras deve encontrar-se posicionada num nível superior (2) de modo a projectar as bolhas verticalmente sendo que o deslocamento do sistema será para baixo, outra câmara deverá estar num nível inferior (3) para que o sistema de lastro e de controlo de flutuabilidade, não interfiram com a câmara formadora de bolhas.
As câmaras superiores são responsáveis pela condução do ar através dos orifícios de cada segmento. A entrada do ar nas câmaras superiores (2) pode ser efectuada tanto por um (4.1), ou por ambos os lados (4.1 e 4.2), consoante a espécie alvo e a necessidade de uma maior espessura da parede de bolhas (14). A ligação simples (4.1), só por um lado, obriga o ar a percorrer toda a câmara, de modo a que o ar chegue a todos os orifícios, obtendo-se assim uma parede menos espessa comparada com a entrada dupla (4.1 e 4.2). Quando o ar entra por ambos os lados da câmara, tem tendência a chocar no meio da câmara provocando uma parede com maior espessura e com maior consistência, sendo ideal para espécies alvo mais terá de ter o compressor. A admissão simples (4.1) ou dupla (4.1 e 4.2) de ar da câmara superior também influencia na escolha do compressor, sendo que uma admissão dupla é menos exigente para o compressor.
sistema compreende a presente invenção - dispositivo formador de bolhas (7) - constituído por uma ou mais câmaras formadoras de bolhas (2), canais condutores (4), entre 1 e 2000, canais flutuadores (5), entre 1 e 10 e pelo menos um lastro (6) . Este conjunto de elementos define zonas segmentadas, sendo cada um destes segmentos, composto por duas ou mais câmaras, as câmaras superiores e as câmaras inferiores. O tamanho de cada segmento varia consoante o tamanho de cerco pretendido e consoante as espécies alvo, podendo ir desde lm até lOOOm.
As câmaras acopladas (2 e 3) servem para formar a parede (rede) de bolhas e para controlar a posição do dispositivo na coluna de água. Assim, uma das câmaras deve encontrar-se posicionada num nível superior (2) de modo a projetar as bolhas verticalmente sendo que o deslocamento do dispositivo será para baixo, outra câmara deverá estar num nível inferior (3) para que o mecanismo de lastro e de controlo de flutuabilidade, não interfiram com a câmara formadora de bolhas.
As câmaras superiores são responsáveis pela condução do ar através dos orifícios de cada segmento. A entrada do ar nas câmaras superiores (2) pode ser efectuada tanto por um (4.1), ou por ambos os lados (4.1 e 4.2), consoante a espécie alvo e a necessidade de uma maior espessura da parede de bolhas (14). A ligação simples (4.1), só por um lado, obriga o ar a percorrer toda a câmara, de modo a que o ar chegue a agressivas ou para piores condições de mar (por exemplo correntes de profundidade)
A câmara superior (2) possui orifícios (1) por onde sairá o ar que forma a parede de bolhas. Estes orifícios possuem uma dimensão que confere sustentabilidade e densidade à parede de bolhas de modo a impedir a fuga do peixe. Para este efeito, os orifícios têm uma espessura que vai de 1 micrómetro entre lmm micrómetro
50cm. Todos (pm) a 20 centímetros (cm), mas preferencialmente e 2 cm, com um espaçamento que pode ir de 1 a 50 metros, mas preferencialmente entre 5mm e estes parâmetros variam consoante a profundidade, as correntes de profundidade, as espécies alvo, o tipo de compressor usado e o número de embarcações envolvidas.
As câmaras inferiores (3) agregam dispositivos essenciais ao funcionamento do sistema, como por exemplo, os canais flutuadores (5), pelo menos dois; os canais condutores (4), em igual número que câmaras superiores, no caso de entrada simples (4.1) ou duas vezes mais no caso de dupla entrada (4.1 e 4.2); e o lastro (6), pelo menos um. As câmaras inferiores agregam todos os dispositivos ao longo do sistema de modo a que este funcione, isto é, agregam os canais flutuadores e o lastro que permite o controlo da flutuabilidade, e os canais condutores que são responsáveis pela condução do ar a cada câmara superior (pelo menos um canal condutor por câmara superior).
Os canais condutores (4) são formados por mangueiras com ar comprimido e são os responsáveis pelo transporte do ar a todas as câmaras superiores dos vários segmentos do conjunto formador de bolhas. O número de canais condutores varia consoante os segmentos necessários e consoante a admissão de todos os orifícios, obtendo-se assim uma parede menos espessa comparada com a entrada dupla (4.1 e 4.2). Quando o ar entra por ambos os lados da câmara, tem tendência a chocar no meio da câmara provocando uma parede com maior espessura e com maior consistência, sendo ideal para espécies alvo mais agressivas ou para piores condições de mar (por exemplo correntes de profundidade).
A câmara superior (2) possui orifícios (1) por onde sairá o ar que forma a parede de bolhas. Estes orifícios possuem uma dimensão que confere sustentabilidade e densidade à parede de bolhas de modo a impedir a fuga do peixe. Para este efeito, os orifícios têm uma espessura que vai de 1 micrómetro entre lmm micrómetro
50cm. Todos (pm) a 20 centímetros (cm), mas preferencialmente e 2cm, com um espaçamento que pode ir de 1 a 50 metros, mas preferencialmente entre 5mm e estes parâmetros variam consoante a profundidade, as correntes de profundidade, as espécies alvo, o tipo de compressor usado e o número de embarcações envolvidas.
As câmaras inferiores (3) agregam dispositivos essenciais ao funcionamento do sistema, como por exemplo, os canais flutuadores (5), pelo menos dois; os canais condutores (4), em igual número que câmaras superiores, no caso de entrada simples (4.1) ou duas vezes mais no caso de dupla entrada (4.1 e 4.2); e o lastro (6), pelo menos um. As câmaras inferiores agregam todos os canais ao longo do dispositivo de modo a que este funcione, isto é, agregam os canais flutuadores e o lastro que permite o controlo da flutuabilidade, e os canais condutores que são responsáveis pela condução do ar a cada câmara superior (pelo menos um canal condutor por câmara superior).
ar necessária para cada um, de maneira a formar uma espessura mais elevada, seja a admissão simples (4.1) ou dupla (4.1 e 4.2), isto é, para uma espessura menos consistente utiliza-se admissão simples, e para uma espessura mais consistente utiliza-se uma admissão dupla. Ou seja, a entrada de ar pode ser feita apenas num sentido ou em ambos os sentidos. O material utilizado tem de ser resistente a grandes pressões e de alguma flexibilidade, como por exemplo, mangueiras de pressão de ar em PVC ou outros materiais similares.
Os canais flutuadores são formados por um material com capacidade de expansão e muito flexível, por exemplo mangueira de lona. É contínuo por todo o dispositivo, encontrando-se a (s) respectivas abertura (s) sempre numa das embarcações maiores, de modo a permitir o controlo da entrada/saída de água e a entrada/saída de ar, e que todo o dispositivo possa afundar ou flutuar, em função da etapa e das necessidades dos procedimentos da captura do peixe. Este aspecto permitirá controlar a subida/descida do engenho na coluna de água. Este mecanismo baseia-se no funcionamento dos tanques de lastro dos submarinos e dos navios, de modo a controlar a flutuabilidade consoante a carga que transportam.
O lastro (6) e o canal flutuador (5) servem para controlar a flutuabilidade na coluna de água. O lastro, de material mais denso que a água, confere peso ao conjunto formador de bolhas, com o objectivo de conferir estabilidade a todo o mecanismo. Como exemplo não limitativo de materiais para o lastro pode-se referir o chumbo e o cimento.
Cada secção do dispositivo formador de bolhas (7) possui uma alimentação de ar independente através dos canais condutores (4), sendo esta segmentação importante para
Os canais condutores (4) são formados por mangueiras com ar comprimido e são os responsáveis pelo transporte do ar a todas as câmaras superiores dos vários segmentos do dispositivo formador de bolhas. 0 número de canais condutores varia consoante os segmentos necessários e consoante a admissão de ar necessária para cada um, de maneira a formar uma espessura mais elevada, seja a admissão simples (4.1) ou dupla (4.1 e 4.2), isto é, para uma espessura menos consistente utiliza-se admissão simples, e para uma espessura mais consistente utiliza-se uma admissão dupla. Ou seja, a entrada de ar pode ser feita apenas num sentido ou em ambos os sentidos. 0 material utilizado tem de grandes pressões e de alguma flexibilidade, ser resistente a como por exemplo, mangueiras de pressão de ar em PVC ou outros materiais similares.
Os canais flutuadores são formados por um material com capacidade de expansão e muito flexível, por exemplo mangueira de lona. E contínuo por todo o dispositivo, encontrando-se a (s) respectivas abertura (s) sempre numa das embarcações maiores, de modo a permitir o controlo da entrada/saída de água e a entrada/saída de ar, e que todo o dispositivo possa afundar ou flutuar, em função da etapa e das necessidades dos procedimentos da captura do peixe. Este aspecto permitirá controlar a subida/descida do dispositivo na coluna de água. Este mecanismo baseia-se no funcionamento dos tanques de lastro dos submarinos e dos navios, de modo a controlar a flutuabilidade consoante a carga que transportam.
lastro (6) e o canal flutuador (5) servem para controlar a flutuabilidade na coluna de água. 0 lastro confere peso ao dispositivo formador de bolhas, com o objectivo de conferir estabilidade a todo o mecanismo. Como assegurar que o ar que sai pelos orifícios (1) tem pressão suficiente para conferir sustentabilidade à parede de bolhas. Este factor é também importante na manobra do dispositivo, após a formação da parede de bolhas, pois permite que, ao aprisionar o peixe no interior da parede de bolhas e ao diminuir o diâmetro do cerco efectuado pelo dispositivo, se possa desligar os segmentos que deixam de estar efectivamente a aprisionar o cardume, o que leva a uma maior disponibilidade do ar do compressor para os segmentos que estão em funcionamento.
2. Método para a captura de peixe
O dispositivo formador de bolhas (7) é largado pela (s) embarcação (ões) mais pequena (s) (16) de modo a cercar o cardume. De modo a que o peixe não fuja durante a descida do dispositivo, este cerco deverá ser por excesso.
Em seguida o canal flutuador (5) é cheio com água para permitir que o dispositivo ganhe maior profundidade em relação ao cardume. Após o dispositivo estar entre 5 e 20 metros abaixo do cardume, é estabilizado com o equilíbrio ar/água dentro do canal flutuador (flutuabilidade neutra). Nesta altura é ligado o ar da câmara difusora (2), para a formação das bolhas (14) que permitem o aprisionamento do peixe. À medida que o cerco com a parede de bolhas vai reduzindo o seu diâmetro, levando o peixe a subir na coluna de água, o canal flutuador (5) é cheio com ar, para que o dispositivo (7) esteja de preferência entre 5 e 20 metros abaixo do cardume. Assim que o peixe se encontre à profundidade pretendida é capturado recorrendo ao auxílio de, pelo menos, uma bomba sugadora (17).
exemplo não limitativo de materiais para o lastro pode-se referir o chumbo e o cimento.
Cada secção do dispositivo formador de bolhas (7) possui uma alimentação de ar independente através dos canais condutores (4), sendo esta segmentação importante para assegurar gue o ar gue sai pelos orifícios (1) tem pressão suficiente para conferir sustentabilidade à parede de bolhas. Este factor é também importante na manobra do dispositivo, após a formação da parede de bolhas, pois permite gue, ao aprisionar o peixe no interior da parede de bolhas e ao diminuir o diâmetro do cerco efectuado pelo dispositivo, se possa desligar os segmentos gue deixam de estar efetivamente a aprisionar o cardume, o gue leva a uma maior disponibilidade do ar do compressor para os segmentos gue estão em funcionamento.
2. Método para a captura de peixe dispositivo formador de bolhas (7) é largado pela (s) embarcação (ões) mais pequena (s) (16) de modo a cercar o cardume. De modo a que o peixe não fuja durante a descida do dispositivo, este cerco deverá ser por excesso.
Em seguida o canal flutuador (5) é cheio com água para permitir que o dispositivo ganhe maior profundidade em relação ao cardume. Após o dispositivo estar entre 5 e 20 metros abaixo do cardume, é estabilizado com o equilíbrio ar/água dentro do canal flutuador (flutuabilidade neutra). Nesta altura é ligado o ar da câmara superior ou difusora (2), para a formação das bolhas (14) que permitem o aprisionamento do peixe. A medida que o cerco com a parede de
O controlo da profundidade e da velocidade de subida/descida do dispositivo (7) é realizado em função da posição do cardume relativamente à superfície e é proporcionado pelo canal flutuador (5). Este factor permite um maior domínio de manobra de toda a arte de pesca. 0 peixe é monitorizado através dos equipamentos tradicionais das embarcações (sonar, radar, entre outros). Assim que se verifique um deslocamento do peixe em profundidade, o canal flutuador é cheio com água de modo a que o dispositivo mantenha uma profundidade entre 5 a 20 metros abaixo do cardume.
A flutuabilidade neutra é adquirida através do equilíbrio entre o lastro (6) e o canal flutuador (5), agregados à câmara condutora (ou câmara inferior) (3), e a pressão inerente à profundidade onde o dispositivo (7) se encontra, permitindo a descida do dispositivo, pela entrada de água saída de ar, e a sua subida, pela entrada de ar saída de água.
A ausência, na presente invenção, de redes de pesca convencionais representa uma grande vantagem a diversos níveis, tais como a resolução de um dos maiores problemas deste sector, i.e. a selectividade na captura da espécie alvo, reduzindo deste modo as capturas acessórias, ou seja, a captura de espécies não alvo, ameaçadas ou não.
Adicionalmente também em caso de perda do dispositivo ameaça para o ecossistema, pois caso aconteça, dispositivo afunda instantaneamente, não constituindo, deste modo, uma arte de pesca fantasma, ou seja, depois de perdido o dispositivo deixará de poder efectuar capturas ou de provocar grandes danos no meio. Ao bolhas vai reduzindo o seu diâmetro, levando o peixe a subir na coluna de água, o canal flutuador (5) é cheio com ar, para que o dispositivo (7) esteja de preferência entre 5 e 20 metros abaixo do cardume. Assim que o peixe se encontre à profundidade pretendida é capturado recorrendo ao auxilio de, pelo menos, uma bomba sugadora (17).
O controlo da profundidade e da velocidade de subida/descida do dispositivo (7) é realizado em função da posição do cardume relativamente à superfície e é proporcionado pelo canal flutuador (5) . Este factor permite um maior domínio de manobra de toda a arte de pesca. O peixe é monitorizado através dos equipamentos tradicionais das embarcações (sonar, radar, entre outros). Assim que se verifique um deslocamento do peixe em profundidade, o canal flutuador é cheio com água de modo a que o dispositivo mantenha uma profundidade entre 5 a 20 metros abaixo do cardume.
A flutuabilidade neutra é adquirida através do equilíbrio entre o lastro (6) e o canal flutuador (5), agregados à câmara condutora (ou câmara inferior) (3), e a pressão inerente à profundidade onde o dispositivo (7) se encontra, permitindo a descida do dispositivo, pela entrada de água saída de ar, e a sua subida, pela entrada de ar saída de água.
A ausência, na presente invenção, de redes de pesca convencionais representa uma grande vantagem a diversos níveis, tais como a resolução de um dos maiores problemas deste sector, i.e. a seletividade na captura da espécie alvo, reduzindo deste modo as capturas acessórias, ou seja, a captura de espécies não alvo, ameaçadas ou não.
contrário do que se verifica com as redes convencionais que, quando perdidas, capturam indefinidamente qualquer espécie até adquirirem peso suficiente para irem ao fundo (pode demorar vários meses, provocando morte a centenas de espécies).
No que diz respeito à qualidade do pescado, a presente invenção permite assegurar um aumento significativo da sua qualidade, na medida em que este não passa pela manobra de alagem das redes, processo muito abrasivo para o peixe e que o danifica substancialmente. Assim, com o sistema da presente invenção, o peixe é recolhido por uma bomba sugadora (17), eliminando-se assim os contactos agressivos das manobras com redes.
A ausência de manuseamento humano induz uma melhoria expressiva na qualidade e na frescura do peixe. Uma vez que este é capturado do mar directamente para o porão das embarcações de pesca (15), a perda de escamas é minimizada, a morte é mais rápida, provocando menos stress no peixe, o que também induz qualidade na carne do pescado.
O custo associado à implementação da presente invenção é inferior à aquisição de redes e à sua manutenção. Paralelamente, o facto de se encontrar segmentada também constitui uma vantagem económica, uma vez que as embarcações não necessitam de efectuar pausas durante a pesca, para reparação, como se verifica com as soluções existentes, quando necessitam de remendar a rede, manualmente, bastará proceder-se à substituição do segmento danificado. O sistema pode portanto, ser reparado por secções, procedendo-se somente à troca do segmento danificado ou perdido.
Adicionalmente também em caso de perda do dispositivo (7) nao constitui ameaça para o ecossistema, pois caso aconteça, dispositivo afunda instantaneamente, nao constituindo, deste modo, uma arte de pesca fantasma, ou seja, depois de perdido o dispositivo deixará de poder efectuar capturas ou de provocar danos significativos no meio. Ao contrário do que se verifica com as redes convencionais que, quando perdidas, capturam indefinidamente qualquer espécie até adquirirem peso suficiente para irem ao fundo (pode demorar vários meses, provocando morte a centenas
No que diz respeito à qualidade do pescado, a presente invenção permite assegurar um aumento significativo da sua qualidade, na medida em que este não passa pela manobra de alagem das redes, processo muito abrasivo para o peixe e que o danifica substancialmente. Assim, com o sistema da presente invenção, o peixe é recolhido por uma bomba sugadora (17), eliminando-se assim os contactos agressivos das manobras com redes.
A ausência de manuseamento humano induz uma melhoria expressiva na qualidade e na frescura do peixe. Uma vez que este é capturado do mar diretamente para o porão das embarcações de pesca (15), a perda de escamas é minimizada, a morte é mais rápida, provocando menos stress no peixe, o que também induz qualidade na carne do pescado.
custo associado à implementação da presente invenção é inferior à aquisição de redes e à sua manutenção. Paralelamente, o facto de se encontrar segmentada também constitui uma vantagem económica, uma vez que as embarcações
O espaço a bordo ocupado pelo sistema da presente invenção é bastante menor, quando comparando com as outras artes diversas existentes, dado o volume ocupado pela rede. O presente dispositivo será enrolado num tambor, presente no convés da embarcação (15), que no cerco tradicional somente enrola a linha mestre da rede, que tem capacidade para enrolar até 1500 metros de dispositivo.
Todos estes aspectos representam vantagens, tanto a nivel ecológico como a nivel económico, apresentando assim uma economia ecológica muito proeminente.
A presente invenção resolve ainda o problema que o uso de redes convencionais constitui para a ecologia marinha e para a qualidade do pescado, para além de terem elevados custos de aquisição e manutenção. Pode portanto substituir com vantagem a pesca de cerco.
Descrição das figuras
Figura 1: Representação esquemática do sistema da presente invenção, formando a parede de bolhas, numa vista de topo de uma secção. São indicados os orifícios (1) responsáveis pela formação da parede de bolhas, a câmara superior (2), a câmara inferior (3), os canais condutores (4), os canais flutuadores (5), o lastro (6) e o dispositivo formador de bolhas (7).
Figura 2: Representação esquemática da ligação do compressor ao sistema da invenção. São indicados os orifícios (1), a câmara superior (2), a câmara inferior (3), os canais condutores (4), os canais flutuadores (5), o lastro (6), o dispositivo formador de bolhas (7), o compressor (8), as torneiras para regulação do ar para cada secção e para o canal flutuador (9), a bomba de água para o canal flutuador não necessitam de efetuar pausas durante a pesca, para reparaçao, como se verifica com as soluçoes existentes, quando necessitam de remendar a rede, manualmente, bastará proceder-se à substituição do segmento danificado.
dispositivo pode portanto, ser reparado por secções, procedendo-se somente à troca do segmento danificado ou perdido.
espaço a bordo ocupado pelo dispositivo da presente invenção é bastante menor, quando comparando com as outras artes diversas existentes, dado o volume ocupado pela rede. 0 dispositivo será enrolado num tambor, presente no convés da embarcação (15), que no cerco tradicional somente enrola a linha mestre da rede, que tem capacidade para enrolar até 1500 metros de dispositivo.
Todos estes aspectos representam vantagens, tanto a nível ecológico como a nível económico, apresentando assim uma economia ecológica muito proeminente.
A presente invenção resolve ainda o problema que o uso de redes convencionais constitui para a ecologia marinha e para a qualidade do pescado, para além de terem elevados custos de aquisição e manutenção. Pode portanto substituir com vantagem as redes de pesca de cerco.
Descrição das figuras
Figura 1: Representação esquemática do dispositivo da presente invenção, formando a parede de bolhas, numa vista de topo de uma secção. São indicados os orifícios (1) responsáveis pela formação da parede de bolhas, a câmara superior (2), a câmara inferior (3), os canais condutores (10), torneira para regulação da entrada de água (11) e torneira para regulação da saida de água (12).
Figura 3: Representação esquemática da ligação entre duas secções do sistema da invenção. São indicados os orifícios (1), a câmara superior (2), a câmara inferior (3), os canais condutores (4), com entrada simples (4.1) ou entrada dupla (4.1 e 4.2), para cada secção, os canais flutuadores (5), o lastro (6), o dispositivo formador de bolhas (7), o canal condutor da secção (4.1 ou 18) e uma junção (13) entre duas secções.
Figura 4: Representação esquemática do sistema da invenção em funcionamento, em dois momentos: início da formação da parede de bolhas (4a) e a captura através da bomba sugadora (4b) . São indicados, o dispositivo formador de bolhas (7), o compressor (8), a parede de bolhas (14), a embarcação principal (15), a embarcação secundária (16) (geralmente uma chata) e a bomba sugadora (17).
Descrição detalhada da invenção
1. Sistema para captura de peixe
O sistema da presente invenção é constituído por:
a) Pelo menos, duas embarcações (15) (16);
b) Uma bomba sugadora (17) com câmaras / recipientes para sucção do peixe capturado;
c) Um compressor (8); e
d) Um dispositivo formador da parede de bolhas (7), constituído por:
d.l) uma ou mais câmaras formadoras de bolhas, câmara superior ou difusora (2), uma câmara inferior ou condutora (3);
(4), os canais flutuadores (5), o lastro (6) e o dispositivo formador de bolhas (7).
esquemática da ligação
São indicados os câmara inferior flutuadores (5),
Figura 2: Representação ao dispositivo da invenção, câmara superior (2), a condutores (4), os canais dispositivo formador de bolhas torneiras para regulação do ar canal flutuador (9), a bomba de (10), torneira para regulação torneira para regulação da saída do compressor orifícios (1), a (3), os canais o lastro (6) , o (7), o compressor (8), as para cada secção e para o água para o canal flutuador da entrada de água (11) e de água (12).
Figura 3: Representação esquemática da ligação entre duas secções do dispositivo da invenção. São indicados os orifícios (1), a câmara superior (2), a câmara inferior (3), os canais condutores (4), com entrada simples (4.1) ou entrada dupla (4.1 e 4.2), para cada secção, os canais flutuadores (5), o lastro (6), o dispositivo formador de bolhas (7), o canal condutor da secção (4.1 ou 18) e uma junção (13) entre duas secções.
Figura 4: Representação esquemática do sistema que utiliza a invenção em funcionamento, em dois momentos: início da formação da parede de bolhas (4a) e a captura através da bomba sugadora (4b). São indicados, o dispositivo formador de bolhas (7), o compressor (8), a parede de bolhas (14), a embarcação principal (15), a embarcação secundária (16) (geralmente uma chata) e a bomba sugadora (17) .
d.2) canais condutores (4);
d.3) canais flutuadores (5); e
d.4) lastro (6) sistema da presente invenção pode ser dividido por segmentos, cada um dos quais compreende:
- Uma câmara superior ou difusora (2);
- Uma câmara inferior ou condutora (3):
- Canais condutores (4);
- Canais flutuadores (5);
- Lastro (6).
2. Método para a captura de peixe
Todo o equipamento se encontra na embarcação de maiores dimensões (15).
A (s) embarcação (ões) de menores dimensão (ões) (16) é (são) responsável (eis) por, ao possuir (em) uma das extremidades do dispositivo, conseguir (em) dispô-lo em redor do cardume cercando-o, conjuntamente com a embarcação de maiores dimensões. O dispositivo é largado na água e colocado preferencialmente em espiral, podendo ser em forma circular. A forma como o equipamento é disposto deve-se ao modo como se
reduz o diâmetro facilita a captura | do do | cerco em relação peixe. | ao cardume, o que | |
Em seguida o | canal flutuador | (5) é | cheio com água até | |
alcançar cerca de | 5 | a 20 metros | abaixo | do cardume. Nessa |
altura estabiliza- | se | o dispositivo, | com o | equilíbrio ar/água |
dentro do canal flutuador (flutuabilidade neutra).
Descrição detalhada da invenção
1. Sistema para a captura de peixe que tem como foco o dispositivo da presente invenção sistema da presente invenção é constituído por:
a) Pelo menos, duas embarcações (15) (16);
b) Uma bomba sugadora (17) com câmaras / recipientes para sucção do peixe capturado;
c) Um compressor (8); e
d) 0 dispositivo formador da parede de bolhas (7), constituído por:
d.l) uma ou mais câmaras formadoras de bolhas, câmara superior ou difusora (2), uma câmara inferior ou condutora (3);
d.2) canais condutores (4);
d.3) canais flutuadores (5); e
d.4) lastro (6) dispositivo da presente invenção pode ser dividido por segmentos, cada um dos quais compreende:
- Uma câmara superior ou difusora (2);
- Uma câmara inferior ou condutora (3):
- Canais condutores (4);
- Canais flutuadores (5);
- Lastro (6) .
2. Método para a captura de peixe
Todo o equipamento se encontra na embarcação de maiores dimensões (15).
A (s) embarcação (ões) de menores dimensão (ões) (16) é (são) responsável (eis) por, ao possuir (em) uma das
Em seguida liga-se o ar da câmara superior ou difusora (2), para a formação das bolhas (14) que permitem o aprisionamento do peixe.
À medida que o cerco com a parede de bolhas (14) vai reduzindo o seu diâmetro, levando o peixe a subir na coluna de água, o canal flutuador (5) é cheio com ar permitindo que o dispositivo formador de bolhas suba na coluna de água, obrigando o peixe a subir de igual forma, facilitando a sua captura.
Depois de cercado com o dispositivo formador de bolhas (7), o peixe é então capturado recorrendo à utilização de uma bomba sugadora (17) que conduz o peixe de interesse comercial até ao porão, sendo o peixe de menores dimensões rejeitado directamente para o mar juntamente com a água sugada.
Exemplos
A presente invenção destina-se, preferencialmente, à indústria das pescas, o seu funcionamento ideal será para uma embarcação de médio porte, auxiliada por uma embarcação de pequenas dimensões, como por exemplo uma chata. A embarcação de médio porte tem instalada uma bomba sugadora de duas câmaras e um compressor com uma saída de ar na ordem dos 25m3 / 12 bar.
O conjunto formador de bolhas é formado por 8 secções, com 100 metros cada.
Os orifícios de espaçados entre si em | saída de ar cerca de 2cm. | têm uma | espessura de lmm | |
Para um cardume | colocado a | cerca de | 10/15 | metros, o |
dispositivo é largado | de forma a | atingir | os 25 | metros de |
extremidades do dispositivo, conseguir (em) dispô-lo em redor do cardume cercando-o, conjuntamente com a embarcação de maiores dimensões. 0 dispositivo é largado na água e colocado preferencialmente em espiral, podendo ser em forma circular. A forma como o equipamento é disposto deve-se ao modo como se
reduz o | diâmetro | do | cerco em relaçao | ao cardume, o | que |
facilita | a captura | do | peixe. | ||
Em | seguida o | canal flutuador (5) é | cheio com água | até | |
alcançar | cerca de | 5 | a 20 metros abaixo | do cardume. Nessa |
altura estabiliza-se o dispositivo, com o equilíbrio ar/água dentro do canal flutuador (flutuabilidade neutra).
Em seguida liga-se o ar da câmara superior ou difusora (2), para a formação das bolhas (14) que permitem o aprisionamento do peixe.
À medida que o cerco com a parede de bolhas (14) vai reduzindo o seu diâmetro, levando o peixe a subir na coluna de água, o canal flutuador (5) é cheio com ar permitindo que o dispositivo formador de bolhas suba na coluna de água, obrigando o peixe a subir de igual forma, facilitando a sua captura.
Depois de cercado com o dispositivo formador de bolhas (7), o peixe é então capturado recorrendo à utilização de uma bomba sugadora (17) que conduz o peixe de interesse comercial até ao porão, sendo o peixe de menores dimensões rejeitado directamente para o mar juntamente com a água sugada.
profundidade com um diâmetro de cerca 160/180 metros, e largado em forma de espiral, procedendo-se à sua estabilização com o auxilio do canal flutuador.
Após a estabilização do dispositivo formador de bolhas, liga-se o ar para todas as secções ao mesmo tempo. Assim que o ar é ligado prepara-se a bomba sugadora para entrar em funcionamento.
Com o auxílio de ambas as embarcações inicia-se a redução do diâmetro da espiral formada pelo conjunto de modo a confinar os peixes a uma área menor, ajustando-se a sua profundidade consoante a profundidade do cardume. O conjunto formador de bolhas nunca se pode encontrar superior ao cardume.
Assim que o cardume se encontrar confinado à menor área possível, inicia-se a extracção do peixe com a bomba sugadora. Este processo é efectuado o mais rapidamente possível de modo a evitar a fuga dos peixes.
Lisboa, 23 de Junho de 2008
Exemplos
A presente invenção destina-se, preferencialmente, à indústria das pescas, o seu funcionamento ideal será para uma embarcação de médio porte, auxiliada por uma embarcação de pequenas dimensões, como por exemplo uma chata. A embarcação de médio porte tem instalada uma bomba sugadora de duas câmaras e um compressor com uma salda de ar na ordem dos 12 xlO5Pa.
conjunto formador de bolhas é formado por 8 secções, com 100 metros cada.
Os orifícios de | saída de | ar | têm uma espessura de | lmm | |
espaçados entre si em | cerca de | 2 cm. | |||
Para um cardume | colocado | a | cerca de 10/15 | metros, | o |
dispositivo é largado | de forma a | atingir os 25 | metros | de | |
profundidade com um | diâmetro | de | cerca 160/180 | metros, | e |
largado em forma | de espiral | , procedendo-se | - à | sua |
estabilizaçao com o auxilio do canal flutuador.
Após a estabilização do dispositivo formador de bolhas, liga-se o ar para todas as secções ao mesmo tempo. Assim que o ar é ligado prepara-se a bomba sugadora para entrar em funcionamento.
Com o auxilio de ambas as embarcações inicia-se a redução do diâmetro da espiral formada pelo conjunto de modo a confinar os peixes a uma área menor, ajustando-se a sua profundidade consoante a profundidade do cardume. 0 conjunto formador de bolhas nunca se pode encontrar superior ao cardume.
Assim que o cardume se encontrar confinado à menor área possível, inicia-se a extração do peixe com a bomba sugadora. Este processo é efectuado o mais rapidamente possível de modo a evitar a fuga dos peixes.
Claims (5)
1. Dispositivo formador da parede de bolhas, o qual tem um compressor associado (18), caracterizado por:
a) Ser segmentado;
b) Possuir câmaras superiores ou difusoras (2) as quais possuem orifícios (1) por onde sairá o ar que forma a parede de bolhas;
c) Possuir câmaras inferiores ou condutoras (3) as quais apresentam:
i) canais condutores (4) formados por mangueiras alimentadas a ar comprimido que conduzem o ar a cada uma das câmaras superiores (2);
ii) canais flutuadores (5) contínuos por todo o dispositivo (7) em circuito fechado, controlando a profundidade do dispositivo iii) pelo menos um lastro (6).
2. Dispositivo formador da parede de bolhas, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelos segmentos terem um tamanho entre 1 metro (m) e 1000 metros (m).
3. Dispositivo formador da parede de bolhas, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelos orifícios (1) terem uma espessura entre 1 micrómetro (pm) e 20 centímetros (cm), mas preferencialmente entre lmm e 2cm, com um espaçamento entre 5mm e 50cm.
4. Dispositivo formador da parede de bolhas, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelos canais condutores (4) serem em igual número que câmaras superiores, no caso de entrada simples (4.1) ou duas vezes mais no caso de dupla entrada (4.1 e 4.2).
5. Método para captura de peixe que utiliza o dispositivo formador da parede de bolhas (7), caracterizado por:
a) Pelo menos duas embarcações, uma de maiores dimensões (15), com capacidade para comportar pelo menos um compressor (8) e uma bomba sugadora (17), e uma embarcação de menores dimensões;
b) As embarcações auxiliarem-se colocando o dispositivo (7) em forma circular ou preferencialmente espiralada, rodeando o cardume, cercando-o;
c) Em seguida o canal flutuador (5) é cheio com água para permitir que o dispositivo ganhe maior profundidade em relação ao cardume, cerca de 5m a 20m;
d) Nesta altura é ligado o ar da câmara superior ou difusora (2), para a formação da parede de bolhas permitindo o aprisionamento do peixe;
e) A medida que o cerco com a parede de bolhas vai reduzindo o seu diâmetro, o canal flutuador (5) é cheio com ar levando o dispositivo (7) e o peixe a subir na coluna de água;
f) Em seguida a captura do peixe é efectuada através da bomba sugadora (17), com ligação ao porão da embarcação principal (15).
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