PT102340B

PT102340B - Distribuidor anti-espuma de sangue

Info

Publication number: PT102340B
Application number: PT102340A
Authority: PT
Inventors: Jose Antonio Colaco Gome Covas
Original assignee: Pronefro Produtos Nefrologicos
Priority date: 1999-07-26
Filing date: 1999-07-26
Publication date: 2007-04-30
Also published as: EP1114649A2; EP1114649A3; PT102340A

Abstract

A INVENÇÃO REFERE-SE A UMA PEÇA DESTINADA A SER MONTADA NUMA CÂMARA DE UMA LINHA DE DIÁLISE, E TEM POR OBJECTIVO REDUZIR O EFEITO DE ESPUMA QUE OCORRE QUANDO O SANGUE QUE ENTRA NA CÂMARA CHOCA COM O VOLUME JÁ ACUMULADO. ESTA DIMINUIÇÃO É FEITA ATRAVÉS DA REDUÇÃO DA VELOCIDADE MÉDIA DO SANGUE (CONSEGUIDA ATRAVÉS DE UM AUMENTO GRADUAL DA ÁREA ONDE O SANGUE É CONDUZIDO), DA DIMINUIÇÃO DO IMPACTO DO SANGUE NA PAREDE DA CÂMARA (ATRAVÉS DO DESENHO DA SAÍDA TANGENTE À PAREDE DA CÂMARA, A UMA ALTURA H), E DE TRANSIÇÕES DE DIRECÇÃO SUAVES GARANTIDAS PELAS CURVATURAS DEFINIDAS PELOS RAIOS B, C, E E F. CRIA-SE UMA CORTINA DE SANGUE QUE ESCORRE DE UMA FORMA LENTA AO LONGO DE CERCA DE METADE DA PAREDE DA CÂMARA, O QUE PERMITE AINDA A INSPECÇÃO VISUAL POR PARTE DO RESPONSÁVEL PELA TERAPIA.

Description

Distribuidor de sangue anti-espuma

A presente invenção refere-se a uma peça destinada a ser montada numa câmara de uma linha de hemodiálise, e que se destina a evitar a formação de espuma durante o tratamento de hemodiálise.

Mais precisamente, refere-se a uma peça cuja geometria provoca uma redução suave, mas significativa, da velocidade de entrada do sangue na câmara da linha de diálise, e ainda a formação de uma cortina de sangue que desce suavemente pela parede interna da câmara.

É objectivo de um tratamento de hemodiálise compensara insuficiência renal do paciente, e para tanto faz-se passar o sangue por um circuito composto por diversos componentes, que desempenham tarefas específicas, e tubos condutores. Este circuito é denominado por linha de hemodiálise.

Um dos componentes é a câmara, que tem por função garantir a acumulação temporária de um volume mínimo de sangue, de modo a reter possíveis bolhas de ar que circulem nesta linha de hemodiálise.

Um dos problemas associados ao funcionamento desta câmara é a formação de espuma, que ocorre quando o sangue que entra na câmara choca com o nível de sangue já acumulado. Este problema é agravado quando os caudais de sangue são elevados o que limita, em alguns casos, o tempo de tratamento. Para evitar este problema actualmente projecta-se o sangue contra a parede da câmara, não havendo redução de velocidade. No entanto, a solução não é muito eficaz.

Esta invenção tem por objectivo solucionar este problema.

As características e vantagens da invenção salientam-se, através da descrição que se segue, usando como referência os desenhos em anexo.

A figura 1 representa, um corte vertical do plano médio do distribuidor (linha de simetria L-M na figura 2).

A figura 2 é uma vista em planta do distribuidor.

A figura 3 é um corte vertical do esquema de montagem do distribuidor na câmara.

Segundo esta invenção, o distribuidor conduz o sangue desde a entrada da câmara (P na figura 3) até a parede interna do corpo da mesma (N na figura 3), através de um caminho suave e cuja área transversal e progressivamente maior, o que provoca uma redução suave da velocidade do sangue. A primeira curvatura da peça (definida pelos raios de curvatura B e C na figura 1) é tangente a entrada, e diminui a possibilidade de ocorrência de perturbações no fluxo devido a uma mudança de direcção súbita. A segunda curvatura (definida pelos raios de curvatura E e F) é tangente a 1^a curvatura e esta a parede da câmara, o que suaviza a transição de direcções. Como a geometria semicircular da saída do distribuidor (definida pelo raios K e o arco J na figura 2) deixa um espaçamento até a parede interna da câmara (H na figura 1), da-se a formação de uma cortina de sangue que desce a uma velocidade reduzida pela parede interna da câmara, até ao nível sangue já acumulado (O na figura 3). Desta forma, o choque entre o sangue que entra na câmara e sangue já acumulado ocorre a baixa velocidade, o que reduz a possibilidade de formação de espuma. O facto da secção ser semicircular permite uma inspecção visual por parte do responsável do tratamento, já que a cortina é só criada em metade da parede da câmara (angulo J na figura 2).

Para melhoria do desempenho a baixas velocidades de fluxo de sangue, a presente invenção dispõe de uma serrilha na aba inferior de dente triangular, ao longo da saída.

Claims

Peça destinada a ser montada numa câmara de uma linha de hemodiálise, conduzindo o fluxo de sangue desde a entrada (P) com a forma do tubo condutor, até a parede da câmara (N), cujo perfil semicircular (definido pelos raios K e o arco J) se adapta a secção interna do corpo da câmara, e que dispõe de uma curvatura de entrada (definida pelos raios B e C) tangente a entrada de sangue e uma curvatura de saída (definida pelos raios E e F) tangente a parede da câmara.
2*

Peça de acordo com a reivindicação 1, caracterizada por um diâmetro de entrada A da ordem dos 4 mm e por uma secção de saída caracterizada por uma curvatura K da ordem dos 10 mm, por um arco J da ordem dos 180°, e por uma distância H da ordem de 1 mm.

Peça de acordo com qualquer das reivindicações anteriores, caracterizada por um raio de curvatura B e C da ordem dos 9 e dos 5 mm, respectivamente.

Peça de acordo com qualquer das reivindicações anteriores, caracterizada por dois raio de curvatura E e F da ordem dos 11 e dos 9 mm, respectivamente.

Peça de acordo com qualquer das reivindicações anteriores, caracterizada por uma distância D da ordem dos 7 mm, por uma distância G da ordem dos 32 mm, e por uma distância I da ordem dos 6 r

Peça de acordo com qualquer das reivindicações anteriores, caracterizada por uma serrilha na aba inferior com um dente triangular, e com uma altura da ordem de 1 mm.