PT102180B - Fechdura de trinco - Google Patents

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PT102180B
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Luis Angel Ruano Aramburu
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Talleres Escoriaza Sa
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    • EFIXED CONSTRUCTIONS
    • E05LOCKS; KEYS; WINDOW OR DOOR FITTINGS; SAFES
    • E05BLOCKS; ACCESSORIES THEREFOR; HANDCUFFS
    • E05B55/00Locks in which a sliding latch is used also as a locking bolt
    • EFIXED CONSTRUCTIONS
    • E05LOCKS; KEYS; WINDOW OR DOOR FITTINGS; SAFES
    • E05BLOCKS; ACCESSORIES THEREFOR; HANDCUFFS
    • E05B13/00Devices preventing the key or the handle or both from being used
    • E05B13/002Devices preventing the key or the handle or both from being used locking the handle
    • E05B13/004Devices preventing the key or the handle or both from being used locking the handle by locking the spindle, follower, or the like
    • EFIXED CONSTRUCTIONS
    • E05LOCKS; KEYS; WINDOW OR DOOR FITTINGS; SAFES
    • E05BLOCKS; ACCESSORIES THEREFOR; HANDCUFFS
    • E05B65/00Locks or fastenings for special use
    • E05B65/0035Locks or fastenings for special use for privacy rooms, e.g. bathrooms

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  • Lock And Its Accessories (AREA)
  • Body Structure For Vehicles (AREA)

Description

FECHADURA DE TRINCO
ÂMBITO DO INVENTO
A fechadura objecto deste invento é do tipo das que possuem uma lingueta cuja retracção é accionada por um arrastador giratório que por sua vez é movido pela rotação de uma noz dotada de um eixo de secção quadrada em que estão montados uns manípulos interior e exterior; o arrastador giratório ao ser rodado impulsiona a retracção de uma haste que está ligada ao dorso da lingueta. Esta fechadura é também do tipo das que possuem um mecanismo denominado de privacidade (isolamento, intimidade), mediante o qual é possível bloquear a abertura da fechadura por accionamento do manipulo exterior, mediante o accionamento de um actuador de sujeição colocado pelo lado de dentro desta fechadura, de tal maneira que o utilizador possa isolar-se voluntariamente no interior da sua habitação ou escritório evitando ser interrompido pela irrupção de outras pessoas.
ESTADO DA TÉCNICA ANTERIOR
Na constituição mais clássica de fechaduras de trinco, a retracção da haste da lingueta é produzida directamente por um braço aproximadamente radial que pertence a uma noz de secção quadrada situada por debaixo da referida haste.
Quando se pretendeu incorporar neste tipo de constituição a função de privacidade atendeu-se, por um lado, a instalar uma tranqueta independente
-2que bloqueia a posição da porta no aro sem qualquer vínculo mecânico com o mecanismo próprio da fechadura.
Esta solução pressupõe um encarecimento excessivo do produto em fábrica, para um amplo sector de mercado que procura fechaduras de trinco o mais simples e baratas possíveis para equipar as portas de novos edifícios de instalações fabris, escritórios, etc. cumprindo estritamente com um mínimo de qualidade exigível. Além disso, esta solução complica a instalação, ao ter de instalar dois elementos separados e ao ter que mecanizar portas com um ou dois cadeados consoante se disponha só da fechadura ou se disponha também da tranqueta independente.
Por outro lado, para incorporar a referida função de privacidade tentou-se sem êxito incoiporar dentro da caixa da fechadura um mecanismo que interactue com o mecanismo próprio da abertura. A dificuldade em obter isto, está no facto do desenho original da fechadura ter sido motivado por um fim concreto a que estão submetidas as formas das peças, os seus movimentos e as suas necessidades de espaço, sendo muito difícil e dispendioso fazer com que o novo mecanismo de sujeição seja compatível com o referido desenho original da fechadura de trinco.
Esta situação tem sido superada por um conceito diferente de
- desenho que já-é conhecido de sobra na sua constituição geral e que consiste basicamente em situar entre a noz dos manípulos por cima do trajecto da lingueta (na zona do ângulo superior traseiro da caixa), e em dispor, entre a noz e a haste da lingueta, uma peça adicional constituída por um arrrastador o qual impulsiona a retracção da referida haste, ao ser ele mesmo impulsionado na rotação por acção rotativa da noz; desta maneira, a parte da caixa situada por baixo da haste fica totalmente livre e serve para instalar o mecanismo de sujeição que toma
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- 3 possível dispor da referida função de privacidade.
A nova fechadura responde, precisamente, a esta última constituição geral e propõe um mecanismo peculiar de sujeição que é diferente daqueles até agora conhecidos nas fechaduras deste último conceito de desenho.
Um destes mecanismos de sujeição conhecidos consiste num excêntrico que é rodado do lado de dentro da porta (na qual está instalada a fechadura) até uma posição de trabalho em que, o excêntrico com a sua extremidade livre entra em contacto com a extremidade livre do arrastador da haste, posição esta em que se produziu também o basculamento de uma peça que, nesta posição basculada, situa uma parte dela justamente por trás do invés da lingueta, impedindo assim que este possa retrair-se, ao mesmo tempo que o próprio excêntrico impede o deslocamento de trabalho do arrastador. Uma particularidade funcional deste mecanismo é que, com a sujeição fechada, a lingueta não pode ser retraída autonomamente pressionando directamente sobre o mesmo; pelo que, se a sujeição está fechada inadvertidamente estando a porta separada do aro, as pancadas continuadas da porta fazem com que a lingueta bata na sua chapa-testa provocando danos nas peças.
Outro destes mecanismos de sujeição conhecidos consiste numa única peça giratória dotada de dois braços que, na posição rodada de sujeição, ficam situados, um em contacto com a extremidade traseira livre da haste da lingueta, e o outro, em contacto com a extremidade livre do arrastador da haste. Quando se acciona o manipulo, gera-se uma pressão simultânea sobre ambos os braços e estes ficam bloqueados nesta posição impedindo a abertura. Pelo contrário, se se pressiona só sobre a lingueta, a acção é transmitida unicamente ao braço situado por detrás do mesmo e, ao não haver pressão no outro braço (o braço do arrastador), a peça de sujeição roda, separando-se da posição de
-4sujeição e permitindo o accionamento de abertura com o manipulo, de tal modo que, se a sujeição está fechada estando a porta aberta, na primeira pancada da lingueta contra a sua chapa-testa, esta lingueta retrair-se-á e provocará assim a libertação da sujeição; este modo de funcionamento permite, ao mesmo tempo, assegurar que o estado de porta fechada e sujeitada só tenha podido ser estabelecido por alguém que se encontrava dentro da habitação ou escritório.
EXPLICAÇÃO DO INVENTO E SUAS VANTAGENS
A nova fechadura de trinco responde ao desenho mais moderno em que a noz de accionamento portadora dos manípulos está por cima da haste da lingueta e, na própria caixa, incorpora um mecanismo de sujeição situado por baixo da referida haste.
O objectivo essencial da mesma consiste num novo e característico mecanismo de sujeição constituído por um jogo de excêntrico de sujeição e balancé de sujeição que rodam no mesmo sentido para deslocar, o excêntrico, entre umas posições de não-sujeição e de sujeição da abertura mediante os manípulos e o balancé, entre umas posições não-basculada e basculada, indo a referida posição de sujeição do excêntrico realizar-se com apoio lateral sobre a referida posição não-basculada do balancé e, em particular, sobre um braço traseiro impelidor de um referido balancé que tem também um braço dianteiro que está em contacto com o dorso da lingueta situada na sua posição estendida e que, em todo o percurso de retracção desta lingueta, o referido braço dianteiro proporciona apoio constante para o referido dorso da lingueta em pontos de raios progressivamente menores, ao mesmo tempo que, com a sua extremidade livre, o referido excêntrico está interferindo com a trajectória da extremidade livre do referido arrastador num ponto muito próximo da posição de repouso deste último, sendo a referida posição basculada do balancé provocada exclusivamente em
qualquer caso pelo impulso de retracção da lingueta sobre o referido braço dianteiro que, em nenhum caso, constitui um freio a tal retracção, e indo a referida posição basculada do balancé realizar-se com uma amplitude de rotação equivalente à necessária para que o excêntrico situado na sua posição de sujeição consiga recuperar a sua posição de não-sujeição.
Nesta constituição particular resulta que, estando o referido excêntrico na referida posição de sujeição, o accionamento dos manípulos para a abertura faz com que a extremidade livre do arrastador esbarre de imediato contra a extremidade livre do excêntrico ao mesmo tempo que impulsiona o início da retracção da lingueta provocando um basculamento inicial do balancé que, mediante o referido braço traseiro, empurra o referido excêntrico incrementando a pressão entre as referidas extremidades livres deste excêntrico e o referido arrastador. Isto significa que o novo mecanismo tem um funcionamento do tipo rectroalimentado, visto que o impulso do arrastador sobre o excêntrico (ao accionar a abertura com o manipulo), para além do esforço de reacção correspondente, gera uma acção própria do excêntrico sobre o arrastador ao ser este excêntrico impulsionado pelo basculamento do balancé que é provocado pela lingueta ao ser retraída pelo próprio arrastador; assim, quanto maior seja o esforço de abertura sobre o manipulo, maior será a tensão de encravamento provocada no circuito fechado que é constituído pelo arrastador, pelo excêntrico, pela lingueta e pelo balancé.
No entanto, estando também o excêntrico na sua referida posição de sujeição, a aplicação de uma pressão externa sobre a lingueta suficiente para retraí-la totalmente, impulsiona o basculamento do balancé até à sua referida posição basculada arrastando o excêntrico até que este esteja em situação de recuperar a sua posição de não-sujeição. Isto significa que, se a sujeição está fechada quando a porta está aberta, a primeira vez que esta porta seja levada à
- 6 suo aro, verificar-se á a retracção da lingueta e, portanto, o retirar da sujeição, sem que resultem danos sobre a lingueta e/ou sobre a sua chapa-testa; também é certo que, se a porta está fechada e com a sujeição fechada, existirá alguém no interior da habitação ou do escritório.
DESENHOS E REFERÊNCIAS
Para compreender melhor a natureza do presente invento, nos desenhos anexos representamos uma forma preferencial de realização industrial, a qual tem carácter de exemplo meramente ilustrativo e não limitativo.
A figura 1 mostra uma fechadura de acordo com o invento, vista por trás, correspondendo ao lado interior da porta da habitação ou escritório, uma vez que foi retirada a tampa (20) da caixa (19); a posição do mecanismo que está representada é a da fechadura fechada e não-sujeita.
A figura 2 é semelhante à figura 1, mas mostrando agora a posição da fechadura fechada e sujeita.
A figura 3 é semelhante à figura 2, mas mostrando agora a retirada da sujeição ao ser retraída a lingueta (1).
-............................ A figura 4 é semelhante à figura 3, mas-mostrando a posição do mecanismo estabelecida no final da manobra de abertura realizada com o manipulo.
A figura 5 mostra o balancé (6) conforme aparece na figura 1.
A figura 6 é uma vista por baixo do balancé (6) da figura 5,
mostrando porém a sua montagem no que diz respeito à tampa (20) e à caixa (19) da fechadura.
Nestas figuras estão indicadas as seguintes referências:
1, - Lingueta
2, - Haste
3, - Arrastador rotativo
4, - Noz de accionamento
5, - Excêntrico
6, - Balancé
7, - Braço traseiro impelidor
8, - Braço dianteiro
9, - Frente sectorial
10, - Orla lateral dianteira
11, - Noz de sujeição
12, - Bico
13, -Encosto em forma de rampa
14, - Primeiro ressalto
15, - Segundo ressalto
16, - Caixa
17, - Parede lateral inferior
18, - Parede frontal
19, -Parede de fundo
20, - Tampa
21, - Orifício-chumaceira
22, - Casquilho-eixo
23, - Patas
24, - Mola de contacto-recuperação
25, - Face plana
26, - Face curvo convexa
27, - Topo traseiro ou topo de rotação da noz de sujeição (11) (posição de não-sujeição)
28, - Topo dianteiro ou topo de rotação de noz de sujeição (11) (posição de sujeição).
EXPOSIÇÃO DE UMA REALIZAÇÃO PREFERENCIAL
Com relação às figuras e referências anteriormente mencionadas, ilustra-se nos desenhos anexos um modo de realização preferencial de uma nova fechadura de trinco, do tipo das fechaduras dotadas de uma lingueta (1) que é retraída porque sobre uma haste (2) do mesmo actua um arrastador rotativo (3) que é, por sua vez, actuado pela rotação de uma noz de accionamento (4) que tem um eixo de secção quadrada dotado dos correspondentes manípulos interior e exterior, e as fechaduras incorporam um mecanismo de sujeição capaz de evitar a retracção da lingueta (1) por actuação sobre os referidos manípulos.
A essência do invento consiste em que o referido mecanismo de sujeição consta de um jogo de excêntrico de sujeição (5) e balance de sujeição-libertação (6) que rodam no mesmo sentido para deslocar, o excêntrico (5) , entre umas posições de não sujeição e de sujeição da abertura mediante os manípulos, e o balancé (6), entre umas posições não-basculada e basculada, a referida posição do excêntrico realizando-se contra o topo dianteiro (28) estabelecido na tampa da fechadura (ao faltar esta peça o topo dianteiro (28) é representado a tracejado) e próximo à referida posição não-basculada do balancé (6) e em particular sobre um braço traseiro impelidor (7) de um referido balancé (6) que tem também um braço dianteiro (8) que está em contacto como dorso da lingueta (1) situado na sua posição estendida e que, em todo o percurso de retracção desta lingueta (1) em pontos de raios progressivamente menores, ao mesmo tempo que, com a sua extremidade livre, o referido excêntrico (5) está interferindo com a trajectória curva da extremidade livre do referido arrastador (3) num ponto muito próximo da posição de repouso deste último, sendo a referida posição basculada do balance provocada exclusivamente e em qualquer caso pelo impulso rectroactivo da lingueta (1) sobre um referido braço dianteiro (8) que nenhum caso constitui um freio a tal retracção, e indo a referida posição basculada do balancé realizar-se com uma amplitude de rotação equivalente a necessária para que o excêntrico (5) situado na sua posição de sujeição consiga recuperar a sua posição de não-sujeição.
Esta concepção do mecanismo de sujeição funciona de tal maneira que, quando a sujeição está fechada, quanto maior for o esforço sobre o manipulo para abrir a fechadura, maior é o encravamento que se produz no mecanismo. Isto é assim, porque, estando o referido excêntrico (5) na sua referida posição de sujeição, o accionamento dos manípulos para a abertura faz com que a extremidade livre do arrastador (3) esbarre de imediato contra a extremidade livre do excêntrico (5) ao mesmo tempo que a impulsiona contra o topo dianteiro (28) de rotação aumentando a pressão entre as referidas extremidades livres deste excêntrico (5) e do referido arrrastador (3).
Por outro lado, este novo mecanismo permite a todo o momento a retracção da lingueta quando se aplica uma pressão sobre o mesmo, de tal maneira que, se isto se realiza com a sujeição fechada, o resultado é a retirada desta sujeição; nunca poderá estar a porta fechada e sujeita sem que haja alguém dentro da habitação ou do escritório pois, sempre que pela primeira vez se leva a porta à suo aro, a fechadura estará sem fechar a sujeição, ou seja por que não o estava quando a porta estava aberta ou porque, estando a sujeição fechada com a porta aberta, ao fechar a porta sobre o aro produz-se automaticamente a retirada
desta sujeição. Isto é assim porque, estando o referido excêntrico (5) na sua referida posição de sujeição, a aplicação de uma pressão sobre a lingueta (1) suficiente para o retrair totalmente, impulsiona o basculamento do balancé (6) até à sua referida posição basculada arrastando o excêntrico (5) até que este esteja em posição de recuperar a sua posição de não-sujeição.
Na execução preferencial deste invento, o referido excêntrico (5) tem na sua extremidade livre uma frente sectorial (9) que é a que interfere com a extremidade livre do arrastador (3), e, em relação ao sentido de rotação entre as referidas posições de sujeição e não-sujeição, este excêntrico (5) tem uma orla lateral dianteira (10) que está perfilada em forma progressivamente saliente à medida que se vai afastando do centro de rotação da mesma e cuja orla lateral dianteira (10) é a que se apoia sobre o braço impelidor (7) do balancé (6) quando o excêntrico (5) está sendo deslocado para a posição de não-sujeição.
No que respeita ao referido balancé (6), o seu referido braço traseiro impelidor (7) termina no seu extremo por um bico (12) sobre o qual se apoia a referida orla lateral dianteira (10) do excêntrico (5) quando este está na sua referida posição de sujeição. Por seu lado, o braço dianteiro (8) tem um costado superior em forma de rampa (13) que, em progressão linear ou não linear, sobe para trás numa extensão longitudinal tal que a sua projecção horizontal é convenientemente maior que o percurso de retracção da lingueta (1), de modo que,-a lingueta (1) está em contacto com o referido costado em forma de rampa (13) em pontos respectivamente próximos dos extremos inferior e superior deste último.
A combinação do percurso rectilíneo horizontal da lingueta (1) retraindo-se contra uma rampa ascendente (costado em forma de rampa -13-), faz com que o balancé (6) bascule para trás cada vez que esta lingueta (1) seja
- 11 retraída por actuação externa sobre ela ou por actuação sobre o manipulo; se a sujeição não está fechada, este basculamento realizar-se-á em vazio; se a sujeição está fechada, o basculamento fará com que o bico (12) empurre o excêntrico (5) até à sua posição de não-sujeição.
Para marcar as posições de não-sujeição e de sujeição do excêntrico (5), existe uma mola de contacto (24) que pressiona radialmente sobre a periferia do referido excêntrico (5) numa zona sensivelmente oposta à referida frente sectorial (9), de modo que, nas referidas posições de sujeição e de não-sujeição deste excêntrico (5), a referida mola (24) fica aplicada, respectivamente, sobre umas faces plana (25) e curvo convexa (26) que formam um ângulo apreciavelmente maior que o ângulo recto e que determinam, uma aresta comum a qual, na rotação do excêntrico (5) faz com que o estado de máxima tensão relativa da referida mola (24) coincida para uma posição do excêntrico (5) aproximadamente central entre as suas referidas posições de não-sujeição e de sujeição, posição central esta na qual a orla lateral dianteira (10) deste excêntrico (5) interfere com o percurso basculante do balancé (6) numa posição aproximadamente central do mesmo e que é realizada pela lingueta (1) quando esta lingueta (1) está aproximadamente a meio do seu percurso de retracção. Deste modo, não é necessário que o balancé (6) leve o excêntrico (5) até à sua posição inicial de não-sujeição na qual este excêntrico (5) repousa com a pressão da mola (24) aplicada sobre a sua face plana (25); basta que o excêntrico (5) seja levado a uma posição intermédia em que a aresta separadora das faces plana (25) e curvo convexa (26) ultrapasse uma certa posição angular na qual já a acção da referida mola (24) provoca o culminar da rotação restante do excêntrico (5) até à sua posição de não-sujeição.
O balancé (6) tem um corpo laminar plano dotado de um orifício-rolete (21) no qual se encaixa com ajuste rotativo um casquilho-eixo (22) por estampagem da parede de fundo (19) da caixa (16) da fechadura, ao mesmo tempo que o referido corpo laminar deste balancé (6) projecta ortogonalmente duas patas (23), pelo menos, que se estendem até contactar com a tampa (20) da referida caixa (16) da fechadura. Esta constituição é extremamente simples e económica, tanto na configuração da peça como na sua montagem rotativa e na sua estabilização posicionai com respeito á caixa (16) e à tampa (20) da fechadura.
A posição não-basculada do balancé (6) fica perfeitamente determinada porque o referido balancé (6) tem um primeiro calço (14) e um segundo calço (15), que, na posição não-basculada do mesmo, ficam encostados respectivamente, às paredes lateral inferior (17) e frontal (18) da caixa (16) da fechadura, os quais primeiro calço (14) e segundo calço (15) estão à frente dos respectivos raios perpendiculares ás referidas paredes (17, 18), em relação ao sentido de rotação do balancé em direcção à sua posição não-basculada.
Suficientemente descrita a natureza do presente invento, assim com a sua realização industrial, só é cabal adicionar mudanças de forma, matéria e disposição dentro do conteúdo do invento, conquanto tais alterações não desvirtuem o seu fundamento.
Lisboa, 17 de Julho de 1998
JOÃO PEREIRA DA CRUZ
ENGENHEIRO
Agente Oficial da Propriedade Industrial RUA VICTOR CORDON, 14-3° 1200 LISBOA

Claims (10)

1. Fechadura de trinco, do tipo das fechaduras dotadas de uma lingueta (1) que é retraída porque sobre uma haste (2) do mesmo actua um arrastador rotativo (3) que é, por sua vez, actuado pela rotação de uma noz de accionamento (4) que tem um eixo de secção quadrada dotado dos correspondentes manípulos interior e exterior, e das fechaduras que incorporam um mecanismo de sujeição capaz de impossibilitar a retracção da lingueta (1) por actuação sobre os referidos manípulos, caracterizada por o referido mecanismo de sujeição constar de um jogo de excêntrico de sujeição (5) e balancé de libertação de sujeição (6) que rodam no mesmo sentido para deslocar, o excêntrico (5), entre umas posições de não-sujeição e de sujeição da abertura por intermédio dos manípulos, e o balancé (6), entre umas posições não-basculada e basculada, realizando-se a referida posição de sujeição do excêntrico com apoio lateral sobre a referida posição não-basculada do balancé (6) e, em particular, sobre um braço traseiro impelidor (7) de um referido balancé (6) que tem também um braço dianteiro (8) que está em contacto com o dorso da lingueta (1) situada na sua posição estendida e que, em todo, o percurso de retracção desta lingueta (1), o referido braço dianteiro (8) proporciona um apoio constante para o referido dorso da lingueta (1) em pontos de raios progressivamente menores, ao mesmo tempo que, com a sua extremidade livre, o referido excêntrico está interferindo com a trajectória curva da extremidade livre do referido arrastador (3) num ponto muito próximo da posição de repouso deste último, sendo a referida posição basculada do balancé (6) provocada exclusivamente e em qualquer caso pelo impulso rectroactivo da lingueta (1) sobre o referido braço dianteiro (8) que em nenhum caso constitui um freio a tal retracção, e realizando-se a referida posição basculada do balancé com uma amplitude de rotação equivalente à necessária para que o excêntrico (5), situado na sua posição de sujeição, consiga recuperar a sua posição de não-sujeição.
2. Fechadura de trinco, de acordo com a reivindicação anterior, caracterizada por, estando o referido excêntrico (5) na sua referida posição de sujeição, o accionamento dos manípulos para a abertura fazer com que a extremidade livre do arrastador (3) choque de imediato com a extremidade livre do excêntrico (5) contra o topo (9) e se imobilize.
3. Fechadura de trinco, de acordo com as reivindicações anteriores, caracterizada por, estando o referido excêntrico (5) na sua referida posição de sujeição, a aplicação sobre a lingueta (1) de uma pressão externa suficiente para retraí-lo totalmente, impulsionar o basculamento do balancé (6) em direcção à sua referida posição basculada arrastando o excêntrico (5) até que este esteja em situação de recuperar a sua posição de não-sujeição.
4. Fechadura de trinco, de acordo com as reivindicações anteriores, caracterizada por o referido excêntrico (5) ter na sua extremidade livre uma frente sectorial (9) que é a que interfere com a extremidade livre do arrastador (3), e, em relação ao sentido de rotação entre as referidas posições de não-sujeição e sujeição, este excêntrico (5) tem uma orla lateral dianteira (10) que está perfilada de forma progressivamente saliente à medida que se vai afastando do centro de rotação da mesma e cuja orla lateral dianteira (10) é a que se apoia sobre o braço impelidor (7) do balancé (6) quando o excêntrico (5) está na sua posição de não-sujeição.
5. Fechadura de trinco, de acordo com as reivindicações anteriores, caracterizada por o referido excêntrico (5) estar colocado numa noz de sujeição (11) que tem instalado um correspondente eixo de secção quadrada dotado de um manipulo rotativo só do lado da fechadura em direcção ao qual está
- J orientado ο bisel da lingueta (1) e um botão de emergência no lado oposto, nalguns casos.
6. Fechadura de trinco, de acordo com as reivindicações anteriores, caracterizada por estar previsto que o referido excêntrico (5) consista num cilindro de fechadura de combinação accionado por chave.
7. Fechadura de trinco, de acordo com as reivindicações anteriores, caracterizada por no referido balancé (6), o braço traseiro impelidor (7) acabar no seu extremo por um bico (12) sobre o qual que se apoia a referida orla lateral dianteira (10) do excêntrico (5) quando este está na sua referida posição de sujeição.
8. Fechadura de trinco, de acordo com as reivindicações anteriores, caracterizada por o referido balancé (6), o braço dianteiro (10) ter um costado superior em forma de rampa (13) que, em progressão linear ou não linear, sobe para trás numa extensão longitudinal tal que a sua projecção horizontal é convenientemente maior que o percurso de retracção da lingueta (1), de modo que, nas posições extremas deste percurso de retracção, a lingueta (1) está em contacto com o referido costado em forma de rampa (13) em pontos respectivamente próximos dos extremos inferior e superior deste último.
9. Fechadura de trinco, de acordo com as reivindicações anteriores, caracterizada por existir uma mola de contacto (24) que pressiona radialmente sobre a periferia do referido excêntrico (5) numa zona sensivelmente oposta à referida frente sectorial (9), de maneira que, nas referidas posições de não-sujeição e de sujeição deste excêntrico (5), a referida mola (24) fica aplicada, respectivamente, sobre umas faces plana (25) e curvo convexa (26) que formam um ângulo apreciavelmente maior que o ângulo recto e que determinam uma
-4aresta comum a qual, na rotação do excêntrico faz com que o estado de máxima tensão relativa da referida mola (24) coincida para uma posição do excêntrico (5) aproximadamente central entre as suas referidas posições de não-sujeição e de sujeição, posição central esta em que a orla lateral dianteira (10) deste excêntrico (5) interfere com o percurso basculante do balancé (6) numa posição aproximadamente central do mesmo e que é realizada pela lingueta (1) quando esta lingueta (1) está aproximadamente a metade do seu percurso de retracção.
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10. Fechadura de trinco, de acordo com as reivindicações anteriores, caracterizada por o referido balancé (6) ter uns tacões, primeiro (14) e segundo (15), que, na posição não-basculada do mesmo, ficam situados, respectivamente, nas paredes lateral inferior (17) e frontal (18) da caixa (16) da fechadura, cujos tacões, primeiro (14) e segundo (15), estão à frente dos respectivos raios perpendiculares às referidas paredes (17, 18), em relação ao sentido de rotação do balancé (6) em direcção à sua posição basculada.
PT10218098A 1997-08-04 1998-07-17 Fechdura de trinco PT102180B (pt)

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