PT101699B - Vidro de cal sodada cinzento - Google Patents

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Description

DESCRIÇÃO
O presente invento diz respeito a um vidro de cal sodada de cor cinzenta que compreende uma composição base de constituintes principais de formação de vidro em conjunto com agentes de coloração.
A expressão vidro de cal sodada é aqui usada num sentido lato e indica qualquer vidro que contém os seguintes constituintes (percentagens numa base ponderai):
SiO2 60 a 75%
Na2O 10 a 20%
CaO 0 a 16%
K2O 0 a 10%
MgO 0 a 10%
A12O3 0 a 5%
BaO 0 a 2%
BaO + CaO + MgO 10 a 20%
K2O + Na2O 10 a 20%.
Este tipo de vidro é utilizado muito largamente no campo do envidraçamento em edifícios ou veículos a motor, por exemplo. E geralmente fabricado na forma de uma fita por um processo de estiramento ou de flutuação. Uma fita deste tipo pode ser cortada na forma de placas ou folhas que podem em seguida ser curvadas or sujeitas a um tratamento para reforçar as propriedades mecânicas, por exemplo, têmpera a quente.
-2Quando se discutem as propriedades ópticas de uma placa de vidro, é geralmente necessário referir estas propriedades a um iluminador padrão. Na presente descrição, são utilizados dois iluminadores padrões; o Iluminador C e o Iluminador A, conforme definidos pela Comissão Internacional da Iluminação (C.I.E.). O Iluminador C representa a luz do dia média que tem uma temperatura de cor de 6700 K. Este iluminador é especialmente útil para a avaliação das propriedades ópticas de painéis de envidraçamento para edifícios. O Iluminador A representa a radiação de um radiador de Planck a uma temperatura cerca de 2856 K. Este iluminador representa a luz emitida por faróis de veículos automóveis e é essencialmente utilizado para avaliar as propriedades ópticas de painéis de envidraçamento para veículos a motor. A Comissão Internacional da Iluminação tem também publicado um documento intitulado Colorimetry, Official Recommendations of the C.I.E. (Maio de 1970) que estabelece uma teoria de acordo com a qual as coordenadas colorimétricas para a luz de cada comprimento de onda do espectro visível são definidas de maneira tal que podem ser representadas num diagrama que tem eixos ortogonais x e y chamado diagrama tricromático-C.I.E.. Este diagrama tricromático mostra o lugar geométrico (locus) para a luz de cada comprimento de onda (expresso em nanometros) dentro do espectro visível. Isto é conhecido como spectrum locus, e da luz cujas coordenadas estão situadas neste lugar geométrico do espectro diz-se que possui uma pureza de excitação de 100% para o comprimento de onda apropriado. O lugar geométrico do espectro é fechado por uma linha conhecida por linha púrpura que liga os pontos do lugar geométrico do espectro, cujas coordenadas correspondem a comprimentos de onda de 380 nm (violeta) e 780 nm (vermelho). A área encerrada pelo lugar geométrico do espectro e a linha púrpura é o campo disponível para as coordenadas tricromáticas de qualquer luz
visível. As coordenadas da luz emitida pelo Iluminador C, por exemplo, correspondem a x = 0,3101 e y = 0,3163. Este ponto C é considerado representar luz branca e, de acordo com isso, tem uma pureza de excitação igual a zero para qualquer comprimento de onda. Podem ser desenhadas linhas a partir do ponto C para o lugar geométrico do espectro em qualquer comprimento de onda desejado e qualquer ponto situado sobre estas linhas pode ser definido não apenas pelas suas coordenadas x e y, mas também em termos do comprimento de onda correspondente à linha na qual está situado e da sua distância do ponto C relativa ao comprimento total da linha de comprimento de onda. A partir daqui, a luz transmitida por uma placa de vidro colorido pode ser descrita em termos do seu comprimento de onda dominante e da sua pureza de excitação expressa em percentagem.
De facto, as coordenadas C.I.E. de luz transmitida por uma placa de vidro colorido dependerá não só da composição do vidro mas também da sua espessura. Através desta descrição, e incluindo as reivindicações, quaisquer valores das coordenadas tricromáticas (x, y), da pureza de excitação P, do comprimento de onda dominante λ[> da luz transmitida e do factor de transmissão de luz do vidro (TL) são calculados a partir da transmissão interna específica (SIT) de uma placa de vidro com espessura de 5 mm. A transmissão interna específica de uma placa de vidro é somente governada pela absorção do vidro e pode ser expressa de acordo com a lei de Beer-Lambert; SIT = eE‘A onde A representa o coeficiente de absorção do vidro (em cm'l) e E representa a espessura do vidro (em cm). Como uma primeira aproximação, a SIT pode também ser representada pela fórmula (I3 + R2) / (h - R,)
-4em que I, representa a intensidade da luz visível incidente na primeira face da placa de vidro, R1 representa a intensidade da luz visível reflectida por esta face, I3 representa a intensidade da luz visível transmitida pela segunda face da placa de vidro e R2 representa a intensidade da luz visível reflectida intemamente por esta segunda face.
Na descrição e nas reivindicações que se seguem usa-se o seguinte:
• a transmissão de luz total para 0 Iluminador A, medida para uma espessura de mm (TLA4); esta transmissão total é o resultado da integração da expressão: ΣΤλΕλδλ/ΣΕλ·δλ entre os comprimentos de onda 380 e 780 nm, na qual Τχ representa a transmissão no comprimento de onda λ, Εχ representa a distribuição espectral do Iluminador A e Ξχ representa a sensibilidade do olho humano normal como função do comprimento de onda λ.
• a transmissão de energia total, medida para uma espessura de 4 mm (TE4); esta transmissão total é 0 resultado da integração da expressão:
ΣΤχ-Εχ/ΣΕχ entre os comprimentos de onda 300 e 2150 nm, na qual Εχ representa a distribuição de energia espectral do Sol a 30° acima do horizonte.
• a transmissão total no ultravioleta, medida para uma espessura de 4 mm (TUVT4); esta transmissão total é 0 resultado da integração da expressão:
Σ Τχ-ϋχ / Σ ϋχ
entre os comprimentos de onda 280 e 380 nm, na qual υχ representa a distribuição espectral da radiação ultravioleta que passou através da atmosfera, conforme determinado no padrão DIN 67 507.
O presente invento diz respeito em particular a vidros cinzentos escuros com uma tonalidade azulada. Quando a curva de transmissão de uma substância transparente varia de qualquer modo fortemente em função do comprimento de onda visível, esta substância é descrita como cinzento neutro. No sistema C.I.E., não possui um comprimento de onda dominante e a sua pureza de excitação é zero. Por extensão, um corpo para o qual a curva espectral é relativamente direita na região visível, mas contudo exibe bandas de absorção fracas, pode ser considerado como cinzento, possibilitando ser definido um comprimento de onda dominante e uma pureza que é baixa mas não igual a zero. A pureza de excitação do vidro cinzento de acordo com o presente invento é menor que 12%, preferivelmente menor que 5%. O vidro cinzento de acordo com o presente invento tem preferivelmente um comprimento de onda dominante entre 460 e 500 nm, correspondente a uma tonalidade azulada. O vidro tem um matiz cinzento escuro correspondente a um factor de transmissão de luz menor que 30%.
Os vidros cinzentos são geralmente escolhidos pelas suas propriedades protectoras contra a radiação solar e é conhecida a sua utilização em edifícios, especialmente em regiões com muito sol. Os vidros cinzentos são também utilizados em balaustradas de galeria, varanda ou escadaria, bem como para envidraçamento parcial em certos veículos a motor ou compartimentos de carruagens de comboio para protecção do seu interior das vistas. De maneira a ilustrar estes conhecidos vidros, a Patente Francesa 2 082 459 em nome de
-6Compagnie de Saint-Gobain pode ser citada. De acordo com esta patente, é recomendado que um vidro seja feito tendo uma transmissão de energia solar total menor que 50%, no qual o factor de luminância Y se situe entre 35 e 55% para uma espessura de vidro desde 2 até 12 mm (o factor de luminância Y corresponde ao factor TL usado na presente descrição). Em particular, para vidro cinzento, o factor de luminância Y situa-se entre 35 e 45% de modo a assegurar um compromisso entre uma protecção solar eficiente e uma luminosidade suficiente em tempo nublado. Um tal vidro é adequado para fins arquitectónicos em regiões temperadas, mas é insuficiente quando há uma necessidade de vidros mais absorventes, por exemplo quando o interior de uma viatura que tem um tejadilho necessita de ser protegida contra a radiação solar ou contra ofuscamento provocado por faróis à noite.
O presente invento diz respeito a um vidro cinzento escuro especialmente apropriado para instalação em tejadilhos de veículos motorizados.
O presente invento proporciona um vidro de cal sodada cinzento composto de constituintes principais de formação de vidro em conjunto com agentes de coloração, caracterizado por ferro, selénio, cobalto e crómio estarem presentes no vidro como agentes de coloração, em quantidades correspondentes às seguintes proporções percentuais numa base ponderai do vidro:
Fe2O3 0,5 a 0,9%
Co 0,012 a 0,025%
Se 0,0025 a 0,010%
Cr2O3 0,005 a 0,020%.
sendo as proporções de agentes de coloração tais que o vidro tem as seguintes propriedades de transmissão de luz:
— factor de transmissão de luz (TL) menor que 30% — pureza de excitação (P) menor que 12%.
Fomos surpreendidos pela observação de que um vidro cinzento escuro deste tipo podia ser obtido com agentes de coloração cuja natureza e concentração são semelhantes aos reivindicados pela Patente Francesa 2 082 459. De facto, esta última ensina que, num vidro de cal sodada, a presença de agentes de coloração de ferro, cobalto, selénio e crómio nas seguintes proporções
Fe2O3 0,2 a 1%
CoO 0,003 a 0,03%
Se 0 a 0,010%
Cr2O3 0,003 a 0,020%
conduz a um vidro cinzento, cujo factor de luminância se situa entre 35 e 45% (maior que 40% de acordo com os exemplos) e por isso a um factor de transmissão TL claramente acima dos 30%.
De facto, um vidro que tenha propriedades de cor largamente semelhantes pode ser produzido utilizando níquel como o agente de coloração principal. A presença de níquel apresenta contudo certas desvantagens, especialmente quando o vidro tem de ser produzido pelo processo de flutuação. No processo de flutuação a fita de vidro quente é conduzida ao longo da superfície de um banho de estanho fundido de maneira a que as suas faces se tomem planas e paralelas. De modo a prevenir a oxidação do estanho à superfície do banho, o que levaria ao arrastamento de óxido de estanho pela fita, é mantida uma atmosfera redutora acima do banho. Quando o vidro contém níquel, este é parcialmente reduzido pela atmosfera acima do banho de estanho originando uma névoa no vidro produzido. Para além disso, o níquel presente no vidro pode formar sulfureto de níquel NiS. Este sulfureto tem várias formas cristalinas, as quais são estáveis dentro de gamas de temperaturas diferentes. A transformação de uma destas formas em outra cria problemas quando o vidro tem de ser reforçado por um tratamento de têmpera a quente, como é o caso no campo do automóvel e também para certos painéis envidraçados usados em edifícios (galerias, varandas, tímpanos de arcos, etc.). O vidro de acordo com o invento, que não contém níquel, é por conseguinte particularmente bem adaptado para ser formado pelo processo de flutuação e também para utilização arquitectónica ou no campo dos veículos a motor ou outros.
A presença combinada de agentes de coloração de ferro, cobalto, selénio e crómio permite que as propriedades ópticas e de energia do vidro cinzento de acordo com o invento sejam controladas. Os efeitos dos vários agentes de coloração considerados individualmente para a preparação de um vidro são as seguintes (de acordo com Glass por H. Scholtze - traduzido por J. Le Du - Instituto do Vidro - Paris):
- Ferro: O ferro está de facto presente em quase todos os vidros produzidos comercialmente, quer como impureza, quer introduzido deliberadamente como agente de coloração. A presença de iões Fe2+ ocasiona uma ligeira absorção da luz visível que tem um comprimento de onda curto (410 e 440 nm) e uma banda de absorção forte no ultravioleta (banda de absorção centrada nos 380 nm), enquanto a presença de iões Fe2+ origina uma absorção forte no infravermelho (banda de absorção centrada nos 1050 nm). Os iões férricos conferem ao vidro uma cor amarela suave, enquanto os iões ferrosos dão uma coloração azul-verde mais forte.
- Selénio: O catião Se44- não tem praticamente nenhum efeito de coloração, enquanto o elemento sem carga Se° confere uma coloração cor-de-rosa. O anião Se2- forma um cromóforo com os iões férricos presentes e, à conta disto, dão uma cor vermelha acastanhada ao vidro.
- Cobalto: O grupo Co^O4 produz uma coloração azul intensa com um comprimento de onda dominante quase oposto ao conferido pelo cromóforo de ferro-selénio.
- Crómio: A presença do grupo Crl^Og origina bandas de absorção a 650 nm e dá uma cor verde clara. A oxidação forte origina o grupo Cr^O4 que dá uma banda de absorção muito intensa nos 365 nm e dá uma coloração amarela.
As propriedades de energia e ópticas do vidro que contém estes agentes de coloração diferentes resulta por conseguinte de uma interacção complexa entre eles, tendo cada um destes agentes de coloração um comportamento que depende fortemente do seu estado redox e assim da presença de outros elementos que provavelmente influenciam este estado.
Nós verificámos que quando as proporções dos agentes de coloração de cobalto, selénio e crómio se situa entre os limites anteriormente definidos, eles permitem a transmissão de luz total mais baixa possível de atingir, avaliada para o Iluminador A (TLA4) tomando em linha de conta o conteúdo máximo de ferro de 0,9% (avaliado na forma de Fe2O3). O vidro de acordo com o invento possui preferivelmente uma transmissão de luz total TLA4 entre 10 e 35% o que o toma particularmente útil para a superação do encandeamento pela luz dos faróis de viaturas quando é usado para janelas laterais e traseiras ou no
- 10tejadilho de veículos motorizados. Quando a proporção de cobalto cai para baixo dos limites definidos anteriormente, por exemplo para 100 ppm, e a proporção de crómio cai abaixo dos limites definidos anteriormente, por exemplo para 35 ppm, nós verificámos que o factor de transmissão de luz (TL) aumenta, por exemplo até 33% ou mais.
A presença dos agentes de coloração de ferro e selénio dentro dos limites anteriormente definidos permite uma absorção forte na região do ultravioleta. O vidro de acordo com o invento possui preferivelmente uma transmissão de luz total na região ultravioleta (TUVT4) menor que 14%. Esta propriedade é particularmente vantajosa no campo da indústria automóvel. A transmissão mais baixa da radiação ultravioleta evita ou reduz o envelhecimento e descoloração da decoração interior nos veículos a motor.
O baixo conteúdo de crómio do vidro de acordo com o invento limita favoravelmente o fenómeno de oxidação do ferro no vidro. Este baixo conteúdo permite manter um máximo de ferro na forma bivalente, o que confere ao vidro uma absorção alta da radiação infravermelha. A transmissão de energia total do vidro (TE4) situa-se preferivelmente entre 20 e 40%.
A tonalidade azulada do vidro está essencialmente associada com a combinação dos agentes de cobalto e selénio.
Numa encorporação particularmente preferida do invento, o vidro cinzento é caracterizado pela presença de agentes de coloração em quantidades que correspondem às seguintes proporções percentuais numa base ponderai de vidro:
Fe2O3 0,57 a 0,70%
Co 0,017 a 0,020%
Se 0,005 a 0,008%
Cr2O3 0,016 a 0,020%.
sendo as proporções de agentes de coloração tais que o vidro tem as seguintes propriedades de transmissão de luz:
- factor de transmissão de luz (TL) entre 16 e 22%;
- pureza de excitação (P) menor que 6%.
Dentro destes limites preferidos, é possível obter um vidro no qual a transmissão de luz total para o Iluminador A (TLA4) se encontra entre 20 e 25% e a transmissão de energia total (TE4) se encontra entre 30 e 35%.
O vidro correspondente à gama de concentração mais restrita de agentes de coloração anteriormente definida é particularmente eficaz visto que combina as propriedades de baixa transmissão de energia e baixa transmissão de luz, o que o toma perfeitamente adequado para ser utilizado como tejadilho em veículos a motor ou para uso em edifícios situados em regiões muito soalheiras. Na sua utilização arquitectónica, as suas propriedades estéticas associam-se com a alta economia de energia ligada com as últimas exigências dos sistemas de ar condicionado.
Um tal vidro é preferivelmente usado na forma de placa ou folha, por exemplo de uma espessura de 4 ou 5 mm para o fabrico de tejadilhos, 3 mm para janelas laterais e traseiras em veículos motorizados e mais de 4 mm em edifícios.
- 12Os vidros de acordo com o presente invento podem ser feitos por métodos convencionais. Como materiais de carga, podem ser usados quer materiais naturais, vidro reciclado e escórias, quer algumas das suas combinações. Os corantes não são necessariamente adicionados na forma mostrada, mas é convencional dar as quantidades dos agentes de coloração adicionados em equivalentes nas formas mostradas. Na prática, o ferro pode ser adicionado na forma de colcotar, o cobalto na forma de um sulfato hidratado tal como CoSO4-7H2O ou CoSO4-6H2O, o selénio pode ser adicionado na forma elementar ou como uma selenite tal como Na2SeO3 ou ZnSeO3 e o crómio pode ser adicionado na forma de um bicarbonato tal como K2Cr2O7. Outros elementos estão por vezes presentes como impurezas nos materiais de partida usados para a formação dos vidros de acordo com o invento (tais como, por exemplo, óxido de manganês a um nível da ordem das 50 ppm) ou nos materiais naturais ou no vidro reciclado ou na escória, mas onde a presença de tais impurezas não leva as propriedades do vidro para fora dos limites definidos anteriormente; tais vidros são considerados como estando dentro do âmbito e alcance do presente invento.
Numa outra encorporação vantajosa do invento, o vidro cinzento está associado com um revestimento de pelo menos um óxido de metal, por exemplo, um revestimento composto por óxido de titânio, óxido de estanho, óxido de ferro, óxido de cobalto, óxido de crómio ou uma mistura destes óxidos.
Um vidro que carrega um tal revestimento tem preferivelmente, para uma espessura de 4 mm, um factor de transmissão de luz (Iluminador C) menor que 15%, um factor de transmissão de energia menor que 25% e uma transmissão total para o ultravioleta menor que 5%.
- 13 Um tal vidro tem propriedades ópticas e de energia que são difíceis de obter apenas com um vidro colorido por enchimento; estas transmissões baixas normalmente só podem ser obtidas com quantidades muito grandes de ferro, o que toma a massa vitrificável difícil de fundir.
O presente invento será ilustrado pelos seguintes exemplos de composições específicas de acordo com o invento.
Exemplos 1 a 8
O Quadro I dá a composição base do vidro, bem como os constituintes da massa vitrificável a ser fundido de maneira a produzir vidros de acordo com o invento (sendo as quantidades expressas em quilogramas por tonelada de massa vitrificável). O Quadro II dá os corantes a serem adicionados à massa (sendo as quantidades expressas em quilogramas para 1 tonelada de materiais de carga vitrificável). Os Quadros Illa e Illb dão as proporções, numa base ponderai, dos agentes de coloração no vidro produzido. Estas proporções são determinadas por fluorescência de raios X do vidro e convertidas nas espécies moleculares mostradas. Os Quadros Illa e Illb também dão as propriedades ópticas e de energia correspondentes às definições dadas na presente descrição. Nestes quadros, TL x mm tem a mesma definição que TL mas com a espessura indicada e não com 5 mm.
O Exemplo 7 diz respeito a um vidro de acordo com o Exemplo 5 sobre o qual foi depositada uma camada de óxidos de ferro, de cobalto e de crómio. Uma tal camada tem uma espessura entre 35 e 45 nm. Ela contém, em proporções numa base ponderai, 62% de óxido de cobalto, 26% de óxido de ferro
- 14e 12% de óxido de crómio. Uma tal camada é facilmente obtida por pirólise de reagentes organometálicos tais como acetilacetonatos, sobre a fita de vidro enquanto está ainda quente, à saída do tanque de flutuação.
O Exemplo 8 diz respeito a um vidro de acordo com o Exemplo 5 sobre o qual foi depositada uma camada de óxido de titânio até uma espessura entre 45 e 50 nm. Esta camada é depositada por pirólise de um composto de titânio orgânico sobre o vidro quente.
Ouadro I - VIDRO BASE
Análise do vidro base
SiO2 72,0%
A12O3 0,8%
CaO 8,8%
MgO 4,2%
Na2O 4,1%
K2O 0,1%
Constituintes do vidro base
Areia 571,3
Feldspato 29,6
Calcário 35,7
Dolomite 162,1
Na2CO3 181,1
Sulfato 10,1
Nitrato 10,1
- 15Quadro II
Agentes de coloração (kg) calculados na forma de
Exemplo N° 1 2 3 4 5 6
Fe2O3 4,77 4,94 5,19 4,66 4,85 4,81
CoO 0,18 0,18 0,19 0,18 0,19 0,19
Se 0,07 0,07 0,11 0,12 0,17 0,15
K2Cr2O7 0,29 0,28 0,27 0,31 0,29 0,31
Agentes de coloração (quantidade, numa base ponderai, no vidro) calculados na forma de
Fe2O3(%) 0,581 0,602 0,632 0,567 0,59 0,58í
Co (ppm) 175 174 182 170 184 182
Se (ppm) 34 32 54 59 86 76
Cr2O3 (ppm) 181 174 170 194 183 193
Quadro Illa
Propriedades do vidro
Exemplo N° 1 2 3 4
TL (%) 24,1 24,4 20,9 21,7
P (%) 11,6 10,8 5,6 4,9
λο (nm) 480,6 481,1 481,6 481,0
TLA4 (%) 28,6 28,7 25,7 26,3
TE4 (%) 35,9 35,1 32,8 33,9
TUVT4 (%) 11,8 10,6 7,3 10,9
TL 4 mm 31,7 32,0 28,3 29,0
TL 6 mm 18,6 18,9 15,7 16,3
TL 12 mm 3,8 3,9 2,7 2,9
- 16Quadro Illb
Propriedades do vidro
Exemplo N° 5 6 7 8
TL (%) 19,8 17,8 7,8 13,3
P (%) 0,13 0,8 12,4 5,5
λο (nm) 494,7 478,2 580,4 578,9
TLA4 (%) 25,0 22,9 - -
TE4 (%) 36,9 33,0 24,0 31,5
TUVT4 (%) 6,0 6,2 1,9 3,9
TL 4 mm 27,6 24,9 10,7 18,4
TL 6 mm 15,1 13,0 5,7 9,7
TL 12 mm 2,5 1,8 0,9 1,5
Exemplos 9 e 10
Seguindo o processo descrito para os Exemplos 1 a 8 anteriores, foram formados e testados às suas propriedades os seguintes vidros, que estão conforme o Quadro IV. O Exemplo 10 diz respeito a um vidro de acordo com o Exemplo 9 sobre o qual uma camada de óxidos de ferro, cobalto e crómio foi depositada, conforme descrito no Exemplo 7 anterior.
Quadro IV
Constituintes do vidro base
Areia
587
Dolomite 201
Na2CO3 172
A1(OH)3 20
Sulfato 10
Nitrato 10
- 17Agentes de coloração
Fe2O3 5,50
CoO 0,20
Se 0,11
K2Cr2O7 0,30
Agentes de coloração
Exemplo N°
Fe2O3 (%) 0,655 0,655
Co (ppm) 187 187
Se (ppm) 58 58
Cr2O3 (ppm)
190
190
Propriedades do vidro
Exemplo N° 9 10
TL (%) 17,2 6,3
P (%) 3,2 9,1
ÀQ (nm) 479,0 579,7
TLA4 (%) 22,3 -
TE4 (%) 30,9 17,9
TUVT4 (%) 7,1 1,5
TL 4 mm - 8,9
Lisboa, 8 de Maio de 1995

Claims (12)

  1. REIVINDICAÇÕES
    1. Vidro de cal sodada cinzento composto de constituintes principais de formação de vidro em conjunto com agentes de coloração, caracterizado por feno, selénio, cobalto e crómio estarem presentes no vidro como agentes de coloração em quantidades correspondentes às seguintes proporções percentuais numa base ponderai do vidro: í
    í Fe2O3 0,5 a 0,9% Co 0,012 a 0,025% Se 0,0025 a 0,010% Cr2O3 0,005 a 0,020%.
    sendo as proporções de agentes de coloração tais que o vidro tem as seguintes propriedades de transmissão de luz:
    factor de transmissão de luz (TL) menor que 30% pureza de excitação (P) menor que 12%.
  2. 2. Vidro de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por a transmissão de luz total, medida para um vidro com espessura de 4 mm, com Iluminador A (TLA4), se situar entre 10 e 35%.
  3. 3. Vidro de acordo com as reivindicações 1 ou 2, caracterizado por a transmissão de energia total, medida para uma espessura de 4 mm (TE4), se situar entre 20 e 40%.
  4. 4. Vidro de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 até
    3, caracterizado por ter um comprimento de onda dominante entre 460 e 500 nm.
  5. 5. Vidro de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 até
    4, caracterizado por a transmissão total na região ultravioleta, medida para uma espessura de 4 mm (TUVT4), ser menor que 14%.
  6. 6. Vidro de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 até
    5, caracterizado por os agentes de coloração estarem presentes em quantidades correspondentes às seguintes proporções percentuais numa base ponderai do vidro:
    Fe2O3 0,57 a . 0,70% Co 0,017 a 0,020% Se 0,005 a 0,008% Cr2O3 0,016 a 0,020%
    sendo as proporções de agentes de coloração tais que o vidro tem as seguintes propriedades de transmissão de luz:
    factor de transmissão de luz (TL) entre 16 e 22%;
    pureza de excitação (P) menor que 6%.
  7. 7. Vidro de acordo com a reivindicação 6, caracterizado por a transmissão de luz total, medida para um vidro com espessura de 4 mm, com Iluminador A (TLA4), se situar entre 20 e 25%.
  8. 8. Vidro de acordo com as reivindicações 6 ou 7, caracterizado por a transmissão de energia total, medida para uma espessura de 4 mm (TE4), se situar entre 30 e 35%.
  9. 9.
    - 3 Vidro de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 até
    8, caracterizado por estar na forma de uma placa.
  10. 10. Vidro de acordo com a reivindicação 9, caracterizado por carregar um revestimento constituído por pelo menos um óxido metálico.
  11. 11. Vidro de acordo com a reivindicação 10, caracterizado por a placa de vidro revestido ter, para uma espessura de 4 mm, um factor de
    ') transmissão de luz (Iluminador C) menor que 15%, um factor de transmissão de energia menor que 25% e uma transmissão total para ultravioleta menor que 5%.
  12. 12. Vidro de acordo com qualquer uma das reivindicações 9 até 11, caracterizado por ser colocado num tejadilho de um veículo a motor.
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