BRPI1006894B1

BRPI1006894B1 - Roda dentada para ejeção de fragmentos e sistema de correia de acionamento compreendendo essa roda dentada

Info

Publication number: BRPI1006894B1
Application number: BRPI1006894-5A
Authority: BR
Inventors: Arthur Jack Clarke
Original assignee: The Gates Corporation
Priority date: 2009-01-20
Filing date: 2010-01-19
Publication date: 2020-02-11
Also published as: WO2010085325A1; CA2749293A1; AU2010207012A1; JP5306480B2; KR101323422B1; AU2010207012B2; US8057337B2; BRPI1006894A2; JP2012515881A; MX2011007721A; CA2749293C; CN102292570B; KR20110110285A; EP2379914B1; RU2477402C1; US20100184547A1; EP2379914A1; CN102292570A

Abstract

roda dentada para ejeção de fragmentos e sistema de correia de acionamento compreendendo essa roda dentada uma roda dentada para ejeção de fragmentos compreendendo: um corpo (100); uma pluralidade de dentes (101) projetando-se do corpo; uma pluralidade de ranhuras (102) em disposição alternada com os dentes, cada ranhura recebendo um dente de correia; e uma cavidade (103) disposta radialmente para dentro de cada ranhura e comunicando-se com a ranhura, a cavidade compreendendo ainda uma saliência (111) para suportar a correia, a saliência disposta entre a ranhura e a cavidade, e a cavidade compreendendo uma superfície (104) disposta a um ângulo (?) com relação a uma direção axial (a - a).

Description

RODA DENTADA PARA EJEÇÃO DE FRAGMENTOS E SISTEMA DE CORREIA DE ACIONAMENTO COMPREENDENDO ESSA RODA DENTADA

CAMPO DA INVENÇÃO

A invenção se refere a uma roda dentada e um sistema para ejeção de fragmentos, e, mais particularmente, a uma roda dentada para ejeção de fragmentos tendo uma cavidade, disposta radialmente para dentro de cada ranhura em comunicação com esta, a cavidade compreendendo uma superfície disposta a um ângulo (Θ) com relação a uma direção axial para ejeção de fragmentos.

ANTECEDENTES DA INVENÇÃO

Os sistemas de transmissão de energia por correia de acionamento são usados rotineiramente em uma ampla gama de aplicações, incluindo automotiva, agrícola, industrial, recreativa e assim por diante. O sistema típico compreende uma correia dentada, que acopla uma roda dentada. O sistema propicia uma alta energia de transmissão entre o acionador e o acionado, devido ao acoplamento mecânico positivo, entre os dentes da correia e as ranhuras da roda dentada. Tipicamente, as correias são submetidas a uma pré-carga, para garantir que os dentes não fiquem deteriorados. A necessidade para uma pré-carga e acoplamento adequado entre a correia e a roda dentada.

Bicicletas fora de estrada, também chamadas mountain bikes, são usadas em vários tipos de terreno, em qualquer tipo de tempo. Em tempo úmido, o terreno pode ser lamacento. A lama e outros fragmentos podem grudar no quadro da bicicleta, nos pneus e ficar retida no trem de acionamento. Os trens de acionamento compreendem, tipicamente, correntes e, mais recentemente, correias.

Os fragmentos podem apresentar um problema para as bicicletas acionadas por correia. A lama e os fragmentos retidos entre a correia e a roda dentada podem provocar mau funcionamento do sistema, deterioração da correia e falha prematura da correia.

É representativa da técnica a patente U.S. 4.805.388 (1989), que descreve uma cabeça de reunião de colheita 10, incluindo uma correia de reunião de colheita 11, 12, de material elastomérico reforçado, e a sua roda dentada de acionamento 30 e polia louca 50 associadas. O sistema de correia 11 ou 12, roda dentada 30 e polia 50 pode ser usado para transportar colheitas em uma máquina de ceifar e debulhar. A correia 11 ou 12 inclui uma pluralidade de travessões 20 de material elastomérico na sua superfície de topo 18, e uma pluralidade de ressaltos de acionamento espaçados igualmente 24 de material elastomérico, na sua superfície de fundo 19. A roda dentada 30 tem um primeiro e um segundo lados 31, 32, respectivamente, e compreende uma pluralidade de dentes projetando-se igualmente radialmente entre si 33, separados por uma primeira e uma segunda cavidades 34, 34', respectivamente. As cavidades primárias 34 são abertas apenas no primeiro lado 31 da roda dentada 30. As cavidades secundárias 34' são abertas apenas para o segundo lado 32 da

Petição 870190112790, de 04/11/2019, pág. 9/15 roda dentada 30. A profundidade D de cada cavidade excede a altura H de cada ressalto de acionamento 24 da correia 11 ou 12, e as cavidades 34, 34' são moldadas de modo que material estranho, por exemplo, grãos de milho, lama e gelo, não emperrem as rodas dentadas de acionamento 30 e as correias 11 ou 12 e incapacitem o sistema. Cada correia 11 ou 12 é também carreada em torno de uma polia louca 50, que inclui um cubo cilíndrico 51, tendo um par de flanges projetando-se radialmente espaçados radialmente 52, 53, respectivamente nele. As superfícies laterais internas 54 dos flanges 52, 53 convergem em uma direção no sentido do eixo de rotação 55 da polia 50. Cada flange 52 ou 53 é interrompido na direção circunferencial da polia 50, para proporcionar um efeito autolimpante, quando do acoplamento com a sua correia 11 ou 12 associada.

O que é necessário é uma roda dentada para ejeção de fragmentos, tendo uma cavidade disposta radialmente para dentro de cada ranhura e em comunicação com esta, a cavidade compreendendo uma superfície disposta a um ângulo (Θ) com relação a uma direção axial para ejeção de fragmentos. A presente invenção satisfaz essas necessidade.

RESUMO DA INVENÇÃO

O aspecto básico da invenção é proporcionar uma roda dentada para ejeção de fragmentos, tendo uma cavidade disposta radialmente para dentro de cada ranhura e em comunicação com esta, a cavidade compreendendo uma superfície disposta a um ângulo (Θ) com relação a uma direção axial para ejeção de fragmentos.

Outros aspectos da invenção vão ser indicados ou tornados óbvios pela descrição apresentada a seguir da invenção e desenhos em anexo.

A invenção compreende uma roda dentada para ejeção de fragmentos, que compreende um corpo, uma pluralidade de dentes se projetando do corpo, uma pluralidade de ranhuras em uma disposição alternada com os dentes, cada ranhura recebendo um dente de correia, uma cavidade disposta radialmente para dentro de cada ranhura e em comunicação com esta, a cavidade compreendendo ainda uma saliência para suportar a correia, a saliência disposta entre a ranhura e a cavidade, e a cavidade compreendendo uma superfície disposta a um ângulo (Θ) com relação a uma direção axial.

BREVE DESCRIÇÃO DOS DESENHOS

Os desenhos em anexo, que são incorporados no relatório descritivo e formam parte dele, ilustram as concretizações preferidas da presente invenção, e, conjuntamente com uma descrição, servem para explicar os princípios da invenção.

A Figura 1 é uma vista lateral de ranhuras de roda dentada.

A Figura 2 e uma vista em seção transversal da roda dentada.

A Figura 3 é uma vista em perspectiva pelo topo da roda dentada e da correia.

A Figura 4 é uma vista lateral da roda dentada e da correia.

A Figura 5 é uma vista em perspectiva pelo fundo da roda dentada e da correia.

Petição 870190112790, de 04/11/2019, pág. 10/15

DESCRIÇÃO DETALHADA DA CONCRETIZAÇÃO PREFERIDA

A Figura 1 é uma vista lateral das ranhuras de roda dentada. Uma corrente denteada 200 acopla a roda dentada 100. A corrente denteada 200 é também chamada uma correia denteada ou síncrona, e compreende uma pluralidade de dentes 203. Cada dente 203 se estende por uma largura da correia, isto é, normal à direção longitudinal. Uma carga de correia é gerada por um cordão de tração 201, que se estende por todo o comprimento da correia sem fim. Essas correias dentadas são bem conhecidas na técnica.

A roda dentada 100 compreende um corpo 105. O corpo 105 compreende uma pluralidade de dentes 101 estendendo-se radialmente dele. Cada dente 101 se estende por uma largura da roda dentada e acopla uma ranhura de correia. A roda dentada também compreende ranhuras 102, que são dispostas alternadamente entre os dentes 101.

Uma cavidade 103 é disposta radialmente para dentro de cada ranhura 102 e disposta abaixo de cada dente de correia 203. Cada cavidade 103 se comunica com a ranhura

102. Cada cavidade 103 compreende uma superfície troncocônica 104.

A superfície 104 tem um gradiente com relação a uma direção axial. A cavidade 103 e a superfície 104 são usadas para ejetar fragmentos alojados entre os dentes da correia 203 e a ranhura da roda dentada 102, durante a operação.

A superfície 104 é substancialmente contínua, significando que não há quaisquer vãos ou aberturas na superfície do que aquele para sua comunicação com a ranhura 102. Isso permite que carga admissível de torque da roda dentada seja mantida, que pode, de outro modo, ser comprometida se fendas, ou outras aberturas, forem feitas no corpo da roda dentada, radialmente sob a cavidade 103. A roda dentada 100 não compreende uma abertura projetando-se radialmente para a ejeção de fragmentos.

A Figura 2 é uma vista em seção transversal da roda dentada. A superfície 104 compreende um gradiente. O gradiente se estende com relação a uma direção axial, ao longo do eixo A - A. Dito de outro modo, o eixo da forma similar a um cone da superfície 104 é alinhado com o eixo A - A. O eixo A - A é o eixo de rotação da roda dentada. O gradiente da superfície 104 pode ser também descrito adicionalmente como um ângulo. O ângulo (Θ) é na faixa de mais de 0° a aproximadamente 20°, embora, qualquer gradiente, suficiente para ejetar fragmentos da roda dentada, seja adequado.

Os fragmentos são mostrados sendo ejetados na direção do eixo A - A da cavidade

103. Os fragmentos podem ficar retidos entre a correia e a roda dentada, durante operação normal, tal como quando o veículo está sendo operado em condições lamacentas em uma trilha.

A cavidade 103 se estende por toda a largura (W) da roda dentada, de modo que cada extremidade (115, 116) de cada cavidade 103 fique aberta em cada lado da roda dentada (120, 121), para permitir que os fragmentos saiam da cavidade de qualquer uma das

Petição 870190112790, de 04/11/2019, pág. 11/15 extremidades 115 ou 116. Em uma concretização alternativa, apenas uma extremidade (115, 116) fica aberta.

A Figura 3 é uma vista em perspectiva pelo topo da roda dentada e correia. Nessa figura, cada cavidade 103 é afunilada na mesma direção. Isso significa que os fragmentos 5 são tipicamente ejetados na mesma direção de cada cavidade, por exemplo, a um lado de uma bicicleta. Em uma concretização alternativa, a direção de afunilamento para cada cavidade 103 pode ser alternada, entre cada um dos lados da roda dentada.

A Figura 4 é uma vista lateral da roda dentada e da correia. Cada cavidade 103 tem uma restrição 110, na qual a cavidade se comunica com a ranhura 102. A restrição 110 pro10 porciona uma saliência 111, que suporta o dente 203, enquanto impede que este 203 entre na cavidade.

A Figura 5 é uma vista em perspectiva pelo fundo da roda dentada e da correia. A roda dentada 100 pode ser conectada a um eixo acionador (não mostrado) em orelhas 145, usando prendedores conhecidos na técnica. A correia de acionamento e a roda dentada 15 inventivos podem ser usados em bicicletas, motores ou em outras aplicações industriais nas quais há risco de que fragmentos fiquem alojados entre a correia e a roda dentada.

Claims

1. Roda dentada para ejeção de fragmentos, CARACTERIZADA pelo fato de que compreende:

um corpo (100);

uma pluralidade de dentes (101) projetando-se a partir do corpo;

uma pluralidade de ranhuras (102) em disposição alternada com os dentes, cada ranhura recebendo um dente de correia; e uma cavidade (103) disposta radialmente para dentro a partir de cada ranhura e comunicando-se com a ranhura, a cavidade possuindo uma abertura em cada lado da roda dentada;

a cavidade compreendendo ainda uma saliência (111) para suportar o dente de correia, a saliência disposta entre a ranhura e a cavidade, e a cavidade compreendendo uma superfície (104) disposta a um ângulo (Θ) com relação a uma direção axial (A - A), a superfície compreendendo adicionalmente uma forma troncocônica.

2. Roda dentada para ejeção de fragmentos, de acordo com a reivindicação 1, CARACTERIZADA pelo fato de que a cavidade compreende ainda uma extremidade aberta para ejeção de fragmentos da cavidade.

3. Roda dentada para ejeção de fragmentos, de acordo com a reivindicação 1, CARACTERIZADA pelo fato de que o ângulo (Θ) é na faixa de mais de 0° a 20°.

4. Correia de acionamento, CARACTERIZADA pelo fato de que compreende:

uma correia dentada;

uma roda dentada compreendendo um corpo;

uma pluralidade de dentes projetando-se a partir do corpo para acoplamento da correia dentada;

uma pluralidade de ranhuras, cada ranhura recebendo um dente de correia;

uma cavidade disposta radialmente para dentro de cada ranhura e em comunicação com esta, a cavidade tendo uma abertura em cada lado da roda dentada, a cavidade possuindo uma superfície com um gradiente com relação a uma direção axial para a ejeção de fragmentos, a superfície compreendendo uma forma troncocônica.

5. Correia de acionamento, de acordo com a reivindicação 4, CARACTERIZADA pelo fato de que a superfície é contínua entre cada um dos dentes.

6. Correia de acionamento, de acordo com a reivindicação 4, CARACTERIZADA pelo fato de que compreende ainda uma saliência, de modo que um dente de correia não possa entrar na cavidade.

7. Roda dentada, CARACTERIZADA pelo fato de que compreende:

um corpo;

Petição 870190112790, de 04/11/2019, pág. 13/15 uma pluralidade de dentes projetando-se radialmente a partir do corpo para acoplamento de uma correia;

uma pluralidade de ranhuras interposta entre os dentes, cada ranhura recebendo um dente de correia; e

5 uma cavidade disposta radialmente para dentro de cada ranhura e em comunicação com esta, a cavidade possuindo uma abertura em cada um dos lados da roda dentada;

a cavidade tendo uma superfície, a superfície tendo uma forma troncocônica alinhada com relação a uma direção axial para ejeção de fragmentos, a superfície com um gradiente com relação a uma direção axial;

10 a cavidade tendo uma extremidade aberta em cada um dos lados da roda dentada, e a cavidade compreendendo ainda uma saliência para suportar uma correia, a saliência disposta entre a ranhura e a cavidade.