BRPI0918744B1 - Metodo para produção de açúcar - Google Patents
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Description
(54) Título: MÉTODO PARA PRODUÇÃO DE AÇÚCAR (51) Int.CI.: C12P 19/00; C12P 7/06; C12R 1/85 (30) Prioridade Unionista: 16/09/2008 JP 2008-236727 (73) Titular(es): INCORPORATED ADMINISTRATIVE AGENCY NATIONAL AGRICULTURE AND FOOD RESEARCH ORGANIZATION. ASAHI GROUP HOLDINGS, LTD.
(72) Inventor(es): SATOSHI OHARA; AKIRA SUGIMOTO; YOSHIFUMI TERAJIMA “MÉTODO PARA PRODUÇÃO DE AÇÚCAR”
CAMPO TÉCNICO
A presente invenção se refere a um método para a produção de açúcar, e mais especificamente se refere a um método para produzir eficientemente açúcar e etanol.
FUNDAMENTO DA ARTE
O combustível etanol derivado de plantas é esperado como sendo um combustível líquido alternativo a gasolina para evitar o aumento do gás de dióxido de carbono. Quando ambos, açúcar e etanol são produzidos a partir de um caldo de açúcar derivado de uma planta, o seguinte método tem sido empregado. Especificamente, em primeiro lugar, o açúcar é produzido a partir de um caldo de açúcar. O caldo de açúcar depois da produção de açúcar é fermentado usando um microorganismo para produzir etanol (ver, por exemplo, JP-A 2004-321174).
SUMÁRIO DA INVENÇÃO
PROBLEMAS A SEREM RESOLVIDOS PELA INVENÇÃO
No método descrito acima, um processo de cristalização é necessário para produzir açúcar a partir de um caldo de açúcar. Para o processo de cristalização a concentração de açúcar precisa ser alta. Por esta razão, o que tem sido praticado é que o caldo de açúcar é aquecido para evaporar o teor de água e desse modo é concentrado. Enquanto isso, a concentração alta de açúcar e a salinidade no caldo de açúcar assim aumentada por aquecimento e concentração atuam como o fator inibitório para a fermentação. Consequentemente, um tratamento tal como diluição precisa ser realizado para produzir etanol a partir de melaço depois da produção de açúcar. Além disso, o método acima é muito ineficiente em termos de energia, porque o líquido fermentado é aquecido novamente para extrair o etanol por destilação. Além do mais, o processo de cristalização de açúcar tem um problema tal como redução em uma produção de cristais de açúcar, a menos que ele use um caldo de açúcar com uma relação elevada de sacarose, em outras palavras, um caldo de açúcar em que o teor de uma sacarose como uma matéria prima de açúcar é relativamente elevado para a quantidade total de açúcar incluindo açúcares que são outros que não a sacarose, e não são matérias primas do açúcar. Consequentemente, existe um problema que o açúcar não pode ser produzido, por exemplo, em um período ou a partir de um cultivo tendo uma relação baixa de sacarose.
Um objetivo da presente invenção é prover um método para produzir eficientemente açúcar e produzir eficientemente etanol simultaneamente.
MEIOS PARA RESOLVER OS PROBLEMAS
A presente invenção provê um método para a produção de açúcar caracterizado pelo fato de que inclui: uma etapa de pré-tratamento de fermentação de um caldo de açúcar derivado de uma planta usando um microorganismo não tendo sacarase; e uma etapa para a produção de açúcar a partir do caldo de açúcar fermentado. Além disso, apresente invenção provê um método para a produção de açúcar caracterizado pelo fato de que inclui: uma etapa de pré-tratamento de fermentação de um caldo de açúcar derivado de uma planta usando um microorganismo na presença de um inibidor de sacarase; e uma etapa para a produção de açúcar a partir do caldo de açúcar fermentado.
EFEITOS DA INVENÇÃO
Nos métodos da presente invenção, um caldo de açúcar que tem ambos, baixa concentração de açúcar e salinidade é fermentado. Desse modo, é possível produzir eficientemente etanol.
DESCRIÇÃO RESUMIDA DOS DESENHOS [Fig. 1] A fig. 1 é um gráfico do fluxo de um processo usado no Exemplo 1.
[Fig. 2] A fig. 2 é um gráfico ilustrando o equilíbrio da massa no processo do Exemplo 1.
[Fig. 3] A fig. 3 é um gráfico ilustrando o equilíbrio da massa no processo do Exemplo 2.
[Fig. 4] A fig. 4 é um gráfico ilustrando o equilíbrio da massa em um processo do Exemplo 3.
[Fig. 5] A fig. 5 mostra gráficos para um resultado de um teste de fermentação em caldos prensados de cana de açúcar usando leveduras não tendo sacarase e uma levedura tendo um gene de sacarase rompido.
[Fig. 6] A fig. 6 mostra gráficos para um resultado de um teste de fermentação em caldos prensados de cana de açúcar usando um inibidor de sacarase.
MODOS PARA REALIZAR A INVENÇÃO
Um método para a produção de açúcar da presente invenção inclui uma etapa de pré-tratamento de fermentação de um caldo de açúcar de uma planta usando um microorganismo que não tem sacarase, ou uma etapa de pré-tratamento de fermentação de um caldo de açúcar derivado de uma planta usando um microorganismo na presença de um inibidor de sacarase. Já que o caldo de açúcar é fermentado sob tal condição, a sacarose não é decomposta, mas etanol e assim por diante são produzidos somente a partir de açúcares invertidos tais como glicose e frutose. Como um resultado, a proporção de sacarose no caldo de açúcar é aumentada, e desse modo a eficiência da cristalização do açúcar pode ser melhorada. Enquanto isso, o método convencional tem um problema de dificuldade para a cristalização das matérias primas que tem teores elevados de açúcares outros que não sacarose e que tem relações baixas de sacarose (devido ao cultivo e ao período de colheita). Entretanto, no método de produção de açúcar da presente invenção, os açúcares outros que não sacarose são consumidos pela fermentação, aumentando desse modo a relação de sacarose. Consequentemente, mesmo matérias primas tendo relações baixas de sacarose podem ser cristalizadas.
Isto leva a um aumento na faixa utilizável de cultivares de cana de açúcar e na extensão do período de cultivo. Adicionalmente, no método convencional, nitrogênio e os açúcares se combinam um com o outro durante a produção de açúcar, colorindo o melaço. Isto causa um problema de colorir a água de exaustão. Entretanto, no método de produção de açúcar da presente invenção, nitrogênio é consumido pela fermentação, desse modo reduzindo a coloração do melaço. Além disso, no método convencional, o período de produção é longo (aproximadamente de 48 a 72 horas) porque todo açúcar de alta concentração depois da produção de açúcar tem que ser convertido em etanol. A fermentação é inibida também pela concentração de sal. Entretanto, no método de produção de açúcar da presente invenção, o açúcar de baixa concentração é fermentado. Consequentemente, a fermentação é completada em um curto período de tempo com menos concentração de sal. Desse modo, o período de produção pode ser encurtado grandemente.
Exemplos de plantas incluem plantas que acumulam açúcares tais como cana de açúcar e beterraba. Cana de açúcar é preferível.
Uma etapa de preparação do caldo de açúcar derivado da planta pode ser realizada por métodos conhecidos pelos versados na arte, por exemplo, uma etapa de compressão. Espeeificamente, porções de talo de cana de cana de açúcar colhida são cortadas em pedaços de 15 a 30 centímetros de comprimento com um cortador, e são finamente retalhadas com um retalhador. O caldo de açúcar é espremido com um moinho de rolo. Para melhorar a eficiência da extração dos açúcares, água é despejada em uma extremidade do rolo, e de 95 a 97 % de açúcares são extraídos. Em seguida, em um banho de mistura de cal, cal é adicionada ao caldo. Depois que as impurezas se agregam e se precipitam, o precipitado e o líquido clarificado são separados um do outro com um filtro Oliver. O líquido clarificado é concentrado por evaporação. O caldo de açúcar obtido contém principalmente sacarose, glicose, frutose, e assim por diante.
Exemplos de microorganismo não tendo sacarase incluem Saccharomyces dairenensis NBRC 0211, Saccharomyces transvaalensis NBRC 1625, Saccharomyces rosinii NBRC 10008, Zygosaccharomyces bisporus NBRC 1131, e similares. Enquanto isso, entre os microorganismos tendo sacarase, é possível usar uma cepa de fungo de microorganismos dos quais seis genes de sacarase (SUC1, SUC2, SUC3, SUC4, SUC6, SUC7) são todos completamente ou parcialmente rompidos por engenharia genética.
Exemplos de inibidor de sacarase incluem um íon prata, íon cobre, íon mercúrio, íon chumbo, metil-a-D-glucopiranosida, PCMB (pcloromercuribenzoato), glucosil-D-psicose, e similares.
A fermentação pode ser realizada por métodos conhecidos pelos versados na arte. Exemplos dos mesmos incluem um método de batelada no qual um microorganismo fermentável e um caldo de açúcar são misturados a uma relação pré-determinada para fermentação, um método contínuo no qual um microorganismo fermentável é imobilizado e em seguida fornecido com um caldo de açúcar continuamente para a fermentação, e similares.
O método para a produção de açúcar da presente invenção subsequentemente inclui uma etapa de produção de açúcar a partir do caldo de açúcar fermentado. O açúcar pode ser produzido a partir do caldo de açúcar fermentado por métodos conhecidos pelos versados na arte. Exemplos dos mesmos incluem cristalização de açúcar, e similares. Especificamente, o caldo de açúcar fermentado é repetidamente aquecido e concentrado pouco a pouco (de 0,5 a 1 kl) sob pressão reduzida por sucção. Cristais de açúcar de um determinado tamanho ou maiores são retirados. Em seguida, os cristais de açúcar e o caldo de açúcar são separados um do outro com uma centrífuga.
O método de produção de açúcar da presente invenção pode incluir a etapa de coletar etanol do caldo de açúcar fermentado antes que o açúcar seja produzido a partir do caldo de açúcar fermentado. O etanol pode ser coletado do caldo de açúcar fermentado por métodos conhecidos pelos versados na arte. Um exemplo inclui a separação de etanol através de destilação. Se o etanol é separado através de destilação, o caldo de açúcar é concentrado simultaneamente. Desse modo, não é mais necessário realizar o aquecimento e concentração novamente na produção do açúcar. Consequentemente, ambos, tempo e energia podem ser poupados.
Exemplos (Exemplo 1: Processo de Verificação para o caso de Uso de Cana de Açúcar como Matéria Prima e Levedura Não Tendo Sacarase) (1) Etapa de compressão
Porções de talo da cana, pesando 3200 g, de uma cana de açúcar (NiF8) depois da colheita foram retalhadas com um retalhador, e em seguida prensadas com um moinho de quatro rolos. Desse modo, 3114 mL de um caldo prensado foram obtidos (peso do caldo prensado = 3348 g, teor de sacarose = 563 g, teor de açúcar invertido = 65 g, relação de sacarose = 79,4 %).
(2) Etapas de clarificação/fermentação
O caldo prensado foi transferido para uma jarra de fermentação de 5 litros, e cal hidratada Ca (OHh de 0,05 % em peso relativo ao peso total de caldo prensado foi adicionado a mesma para o ajuste de pH e agregação de impurezas. Em seguida, 0,3 g em peso seco de levedura Saccharomyces dairenensis (NBRC 0211) não tendo sacarase foi plantada na mesma para fermentação de etanol sob condições anaeróbicas a 30° C por 3 horas. A levedura pré-cultivada anteriormente em um meio YM foi usada. Depois que a fermentação foi completada, a levedura e as impurezas agregadas foram filtradas através de um filtro. Desse modo, foi separado um líquido fermentado de 3080 mL (peso do caldo prensado = 3288 g, concentração de etanol de 1,17 % em volume, teor de sacarose = 558 g, teor de açúcar invertido = 0 g).
(3) Etapas de destilação de etanol/concentração de caldo de açúcar
O líquido fermentado foi aquecido sob pressão reduzida, e
28,6 g de etanol desse modo evaporado foram resfriados e coletados. Em seguida, 2193 mL de água foram sucessivamente evaporados. Desse modo, 837 mL de um caldo de açúcar concentrado foram obtidos (peso do caldo de açúcar = 1066 g, teor de sacarose = 558 g, teor de açúcar invertido = 0 g, relação de sacarose = 93,8 %).
(4) Etapa de cristalização
Metade do caldo de açúcar foi extraído, o qual foi ainda aquecido sob pressão reduzida e concentrado até que a supersaturação para a sacarose alcançou 1,2. Em seguida, 50 g de um cristal semente (tamanho de partícula de 250 pm) foram adicionados para o açúcar, e um cristal foi formado em aproximadamente 3 horas enquanto o resto do caldo de açúcar concentrado foi adicionado pouco a pouco.
(5) Etapa de separação de açúcar bruto/melaço
A mistura de açúcar cristalizado e de melaço foi centrifugada em uma centrífuga tipo parede perfurada usando um pano de filtro com uma malha de 50- a 100-pm a 3000 rpm por 20 minutos. Desse modo, 371 g de açúcar (taxa de coleta de sacarose = 65,9 %: excluindo o cristal semente adicionado) e 234 g de melaço (teor de sacarose = 151 g, teor de açúcar invertido = 0 g, relação de sacarose = 87,4 %) foram separados um do outro.
A fig. 1 mostra um gráfico de fluxo do processo de produção, e a fig. 2 mostra o resultado do equilíbrio da massa.
(Exemplo 2: Processo de Verificação para o caso do Uso de Cana de Açúcar como Matéria Prima e Cepa Rompida do Gene Sacarase) (1) Etapa de compressão
Porções de talo da cana, pesando 3200 g, de uma cana de açúcar (NiF8) depois da colheita foram retalhadas com um retalhador, e em seguida prensadas com um moinho de quatro rolos. Desse modo, 3000 mL de um caldo prensado foram obtidos (peso do caldo prensado = 3264 g, teor de sacarose = 546 g, teor de açúcar invertido = 60 g, relação de sacarose = 78,9 %).
(2) Etapas de clarificação/fermentação
O caldo prensado foi transferido para uma jarra de fermentação de 5 litros, e cal hidratada Ca (OH)2 de 0,05 % em peso relativo ao peso de caldo prensado foi adicionado a mesma para o ajuste de pH e agregação de impurezas. Em seguida, 0,3 g em peso seco de cepa da levedura Saccharomyces cervisiae (BY4742) da qual o gene da sacarase SUC2 foi rompido foi plantada na mesma para fermentação de etanol sob condições anaeróbicas a 30° C por 3 horas. A cepa rompida pré-cultivada anteriormente em um meio YM foi usada. Depois que a fermentação foi completada, a levedura e as impurezas agregadas foram filtradas através de um filtro. Desse modo, foi separado um líquido fermentado de 2986 mL (peso do caldo prensado = 3180 g, concentração de etanol de 1,38 % em volume, teor de sacarose = 546 g, teor de açúcar invertido = 0 g).
(3) Etapas de destilação de etanol/concentração de caldo de açúcar
O líquido fermentado foi aquecido sob pressão reduzida, e 32,8 g de etanol desse modo evaporado foram resfriados e coletados. Em seguida, 2083 mL de água foram sucessivamente evaporados. Desse modo, 860 mL de um caldo de açúcar foram obtidos (peso do caldo de açúcar = 1065 g, teor de sacarose = 546 g, teor de açúcar invertido = 0 g, relação de sacarose - 87,1 %).
(4) Etapa de cristalização
Metade do caldo de açúcar foi extraído, o qual foi ainda aquecido sob pressão reduzida e concentrado até que a supersaturação para a sacarose alcançou 1,2. Em seguida, 50 g de um cristal semente (tamanho de partícula de 250 pm) foram adicionados para o açúcar, e um cristal foi formado em aproximadamente 3 horas enquanto o resto do caldo de açúcar concentrado foi adicionado pouco a pouco.
(5) Etapa de separação de açúcar bruto/melaço
A mistura de açúcar cristalizado e de melaço foi centrifugada em uma centrífuga tipo parede perfurada usando um pano de filtro com uma malha de 50- a 100-pm a 3000 rpm por 20 minutos. Desse modo, 351 g de açúcar (taxa de coleta de sacarose = 64,3 %: excluindo o cristal semente adicionado) e 239 g de melaço (teor de sacarose = 123 g, teor de açúcar invertido = 23 g, relação de sacarose = 65,8 %) foram separados um do outro.
A Fig. 3 mostra o resultado do equilíbrio da massa.
(Exemplo 3: Processo de Verificação para o caso do Uso de Cana de Açúcar como Matéria Prima e Inibidor de Sacarase) (1) Etapa de compressão
Porções de talo da cana, pesando 3000 g, de uma cana de açúcar (NiF8) depois da colheita foram retalhadas com um retalhador, e em seguida prensadas com um moinho de quatro rolos. Desse modo, 2868 mL de um caldo prensado foram obtidos (peso do caldo prensado = 3120 g, teor de sacarose = 524 g, teor de açúcar invertido = 61 g, relação de sacarose = 78,3 %).
(2) Etapas de clarificação/fermentação
O caldo prensado foi transferido para uma jarra de fermentação de 5 litros, e cal hidratada Ca (ΟΕΓ)2 de 0,05 % em peso relativo ao peso de caldo prensado foi adicionado a mesma para o ajuste de pEl e agregação de impurezas. Depois que metil-a-D-glucopiranosida servindo como um inibidor de sacarase foi adicionado a mesma a uma concentração de 60 mM, 0,6 g em peso seco de levedura Saccharomyces cervisiae (cepa Taiken 396) tendo sacarase na mesma foram plantadas na mesma para fermentação de etanol sob condições anaeróbicas a 30° C por 6 horas. A cepa pré-cultivada anteriormente em um meio YM foi usada. Depois que a fermentação foi completada, a levedura e as impurezas agregadas foram filtradas através de um filtro. Desse modo, foi separado um líquido fermentado de 2870 mL (peso do caldo prensado = 3064 g, concentração de etanol de 6,20 % em volume, teor de sacarose = 252 g, teor de açúcar invertido = 0 g).
(3) Etapas de destilação de etanol/concentração de caldo de açúcar
O líquido fermentado foi aquecido sob pressão reduzida, e 150 g de etanol desse modo evaporado foram resfriados e coletados. Em seguida, 2494 mL de água foram sucessivamente evaporados. Desse modo, 330 mL de um caldo de açúcar concentrado foram obtidos (peso do caldo de açúcar = 420 g, teor de sacarose = 252 g, teor de açúcar invertido = 0 g, relação de sacarose = 94,0 %).
(4) Etapa de cristalização
Metade do caldo de açúcar foi extraído, o qual foi ainda aquecido sob pressão reduzida e concentrado até que a supersaturação para a sacarose alcançou 1,2. Em seguida, 50 g de um cristal semente (tamanho de partícula de 250 pm) foram adicionados para o açúcar, e um cristal foi formado em aproximadamente 3 horas enquanto o resto do caldo de açúcar concentrado foi adicionado pouco a pouco.
(5) Etapa de separação de açúcar bruto/melaço
A mistura de açúcar cristalizado e de melaço foi centrifugada em uma centrífuga tipo parede perfurada usando um pano de filtro com uma malha de 50- a 100-pm a 3000 rpm por 20 minutos. Desse modo, 203 g de açúcar (taxa de coleta de sacarose = 29,2 %: excluindo o cristal semente adicionado) e 151 g de melaço (teor de sacarose = 88 g, teor de açúcar invertido = 0 g, relação de sacarose = 81,0 %) foram separados um do outro.
A Fig. 4 mostra o resultado do equilíbrio da massa (Exemplo 4: Teste de Fermentação no Caldo de Cana de Açúcar Prensado para o caso do Uso de Levedura não tendo Sacarose)
S. dairenensis (NBRC 0211), S. transvaalensis (NBRC 1625),
S. rosinii (NBRC 10008), Z. bisporus (NBRC 1131), que são leveduras não tendo sacarose e uma cepa (BY4742 SUC2-) de uma levedura S. cervisiae BY4742 tendo o gene da sacarase rompido foram plantadas em um caldo de cana de açúcar prensado. Um teste de fermentação foi conduzido para confirmar se a sacarose não foi decomposta e somente os açúcares invertidos foram convertidos para etanol. Como referência para a comparação, um teste similar de fermentação foi conduzido usando uma levedura S. cervisiae (cepa Taiken 396) tendo sacarase.
Cada das cepas de fungos usadas para a fermentação tinham sido pré-cultivadas agitando as mesmas em 5 mL de um meio YM a 30° C por 24 horas, e em seguida foram ainda pré-cultivadas agitando as mesmas em
300 mL de um meio YPD a 30° C por 12 horas. A levedura foi coletada do meio pré-cultivado por centrifugação. A levedura foi colocada em suspensão para fermentação em 100 mL do caldo prensado (no caldo prensado, a concentração de sacarose era 12 %, e a concentração de açúcar invertido era 3.0 %) e colocado em um frasco Erlenmeyer de 300 mL com uma trava de fermentação. A fermentação foi realizada por agitação a 30° C a 120 rpm. A fig. 5 mostra o resultado examinado das mudanças na concentração de açúcar e na concentração de etanol devido à fermentação no decorrer o tempo.
Para S. cervisiae (cepa Taiken 396) que é uma levedura comum, devido à ação da sacarase, quase toda da sacarose foi decomposta em açúcares invertidos em 3 horas depois que a fermentação foi iniciada. Em 24 horas, todos os açúcares foram convertidos em etanol.
Enquanto isso, para as quatro leveduras não tendo sacarase e a cepa tendo o gene da sacarase rompido, embora a velocidade da síntese para etanol tenha variado entre um e outro, a decomposição de sacarose não foi observada em nenhum dos casos, e foi confirmado que somente os açúcares invertidos foram convertidos para etanol.
(Exemplo 5: Teste de Fermentação no Caldo de Cana de Açúcar prensado para o caso do Uso de Inibidor de Sacarase)
S. cervisiae (cepa Taiken 396) que é uma levedura comum tendo sacarase foi plantada em um caldo de cana de açúcar prensado. Metil-aD-glucopiranosida servindo como um inibidor de sacarase foi adicionado ao mesmo a uma concentração de 60 mM. Um teste de fermentação foi conduzido para examinar as mudanças nas concentrações de sacarose, açúcares invertidos, e etanol no decorrer do tempo.
A cepa de fungo usada para fermentação tinha sido précultivada por agitação em 10 mL de um meio YM a 30° C por 24 horas, e em seguida foram ainda pré-cultivadas por agitação em 500 mL de um meio YPD a 30° C por 12 horas. A levedura foi coletada do meio pré-cultivado por centrifugação. 100 mL do caldo prensado (no caldo prensado, a concentração de sacarose era 10,0 %, e a concentração de açúcar invertido era 3,0 %) e 60 mM de metil-a-D-glucopiranosida foram colocados em um frasco Erlenmeyer de 300 mL com uma trava de fermentação. A levedura coletada do meio précultivado por centrifugação foi adicionado ao frasco para fermentação. A fermentação foi realizada por agitação a 30° C a 120 rpm. A fig. 6 mostra o resultado examinado das mudanças na concentração de açúcar e na concentração de etanol devido à fermentação no decorrer o tempo.
Para S. cervisiae (cepa Taiken 396) que é uma levedura comum, em uma condição onde nenhum inibidor de sacarase existe, devido à ação da sacarase, quase toda da sacarose foi decomposta em açúcares invertidos em 6 horas depois que a fermentação foi iniciada, e em seguida foi convertida em etanol. Já que a velocidade de decomposição da sacarose foi mais rápida do que a velocidade de consumo do açúcar invertido da levedura, a sacarose foi completamente consumida durante o tempo em que os açúcares invertidos foram consumidos para desse modo aumentar a relação de sacarose. Foi consequentemente confirmado que a produção de açúcar a partir do líquido fermentado foi impossível.
Enquanto isso, sob a condição onde o inibidor existia, a 5 velocidade de decomposição da sacarose foi tomada lenta, e aproximadamente metade da sacarose permaneceu nas 6 horas depois que a fermentação tinha iniciado, enquanto todos os açúcares invertidos foram convertidos em etanol. A relação de sacarose do líquido fermentado foi tão alta quanto 94,0 % em 8 horas depois que a fermentação tinha iniciado. A relação de sacarose do liquido fermentado permitiría a cristalização do açúcar rapidamente.
Claims (5)
- REIVINDICAÇÕES1. Método para produção de açúcar caracterizado pelo fato de que compreende:uma etapa de pré-tratamento de fermentação de um caldo de5 açúcar derivado de uma planta usando um microorganismo não tendo sacarase; e uma etapa para produzir açúcar a partir do caldo de açúcar fermentado.
- 2. Método para produção de açúcar caracterizado pelo fato de10 que compreende:uma etapa de pré-tratamento de fermentação de um caldo de açúcar derivado de uma planta usando um microorganismo na presença de um inibidor de sacarase; e uma etapa para produzir açúcar a partir do caldo de açúcar15 fermentado.
- 3. Método para produção de açúcar de acordo com a reivindicação 1 ou 2, caracterizado pelo fato de que compreende ainda a etapa de coletar etanol do caldo de açúcar fermentado antes que o açúcar seja produzido a partir do caldo de açúcar fermentado.20
- 4. Método para produção de açúcar de acordo com qualquer uma das reivindicações de 1 a 3, caracterizado pelo fato de que a etapa de coleta de etanol do caldo de açúcar fermentado inclui a separação do etanol através de destilação.
- 5. Método para produção de açúcar de acordo com qualquer25 uma das reivindicações de 1 a 4, caracterizado pelo fato de que a planta é cana de açúcar.Petição 870170090907, de 24/11/2017, pág. 9/91/6
Applications Claiming Priority (3)
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