BRPI0910880B1

BRPI0910880B1 - mangueira compósita, e, método para produzir uma mangueira compósita

Info

Publication number: BRPI0910880B1
Application number: BRPI0910880A
Authority: BR
Inventors: Pollack Jack; Queau Jean-Pierre; Albert Christian Menardo Philippe
Original assignee: Single Buoy Moorings; Trelleborg Ind Sas
Priority date: 2008-04-15
Filing date: 2009-04-15
Publication date: 2019-08-13
Also published as: BRPI0910880A2; EP2265849A1; US8881436B2; US20110048567A1; EP2265849B1; JP5628146B2; CN102027281A; AU2009237716A1; WO2009127650A1; JP2011516806A; AU2009237716B2

Abstract

mangueira compósita, e, método para produzir uma mangueira compósita uma mangueira compósita compreendendo um corpo tubular de material flexível para transferência de fluido criogênico através da mangueira e para impedir vazamento de fluido através do corpo, o corpo tubular compreendendo uma hélice de fio metálico interno em espiral (5) enrolado ao longo do comprimento da mangueira, uma hélice de fio metálico externo (8) enrolada em espiral ao longo do comprimento da mangueira, pelo menos duas camadas de reforço colocadas entre o fio metálico interno e oexterno, pelo menos uma camada de vedação (14) colocada entre duas camadas de reforço (22), um conector de extremidade em ambas as extremidades do corpo tubular, cada conector de extremidade provida com uma parte para conexão a um outro flange de mangueira e uma parte cilíndrica alongada, a parte cilíndrica dividida em uma área de ancoragem ( 4) para ancorar o corpo tubular e uma área de vedação estática ( 6) para vedação estanque a fluido da mangueira, em que uma vedação impermeável a gás é criada pela ligar a pelo menos uma camada de vedação à parte cilíndrica sobre uma área de ligação em forma de anel.

Description

[0001] Esta invenção se refere a um conector de extremidade estanque a fluido para uma mangueira compósita para transferência de fluidos criogênicos. (Neste pedido deve ser entendido que fluidos criogênicos significam quaisquer tipos de gás liquefeito incluindo GNL, GLP, CO2 liquefeito). O projeto do conector de extremidade permite uma ancoragem segura e vedação estanque a fluido das extremidades de mangueira compósita sobre o conector de extremidade. A invenção também se refere a um método de montagem de uma mangueira compósita sobre uma tal conector de extremidade.

[0002] A invenção diz respeito a uma mangueira de transferência criogênica, que pode ser uma mangueira aérea, uma mangueira flutuante ou mangueira submersa. Nestes dois últimos casos, o sistema de mangueira de transferência criogênica compreende uma mangueira interna compósita e uma mangueira externa situada a alguma distância a partir da parede de mangueira interna. A invenção se refere a uma mangueira compósita compreendendo um corpo tubular de material flexível que serve para transportar fluido criogênico através da mangueira e para impedir vazamento de fluido através do corpo, o corpo tubular compreendendo:

- uma hélice de fio metálico interno enrolada em espiral ao longo do comprimento da mangueira,

- uma hélice de fio metálico externo enrolada em espiral ao longo do comprimento da mangueira,

- camadas de reforço múltiplas colocadas entre o fio metálico interno e o externo,

- pelo menos duas camadas de vedação colocada entre duas camadas de reforço,

- um conector de extremidade em ambas as extremidades do

Petição 870190034492, de 10/04/2019, pág. 5/57 / 12 corpo tubular, cada conector de extremidade provida com um flange ou dispositivo de conexão para conexão a um outro dispositivo de conexão de mangueira compósita e uma parte cilíndrica alongada. A parte cilíndrica do conector de extremidade é dividida em uma área de ancoragem para ancorar o fio metálico interno e uma área de vedação estática para vedação estanque a fluido da mangueira.

[0003] É bem conhecido usar uma mangueira compreendendo um corpo tubular de material flexível arranjado entre fios metálicos de retenção interno e externo enrolados em espiral. É convencional que os dois fios metálicos sejam enrolados com o mesmo passo, mas tenham os enrolamentos deslocados uns dos outros pela metade de uma largura de passo. O corpo tubular tipicamente compreende camadas de reforço internas e externas com pelo menos duas camadas de vedação intermediárias. As camadas e fios metálicos internos e externos provêm a estrutura com a resistência mecânica para transportar o fluido na mesma e fornecem proteção para as camadas de vedação.

[0004] Convencionalmente, as camadas internas e externas do corpo tubular compreendem camadas de tecido formadas de poliéster, tal como tereftalato de polietileno.

[0005] Quando uma camada de reforço compreende uma poliolefina, então ela pode ser um polietileno, polipropileno ou homopolímero de polibutileno, ou um copolímero ou terpolímero do mesmo, e é preferível monoaxialmente ou biaxialmente orientado. Preferivelmente, o polietileno é um polietileno de peso molecular ultra alto (UHMWPE), tal como aquele disponível sob o nome de marca DYNEEMA fabricado por DSM High Performance Fibres BV nos Países Baixos.

[0006] A camada de vedação intermediária, provendo uma vedação para impedir que o fluido penetre na mangueira, é tipicamente uma película polimérica.

Petição 870190034492, de 10/04/2019, pág. 6/57 / 12 [0007] Os fios metálicos interno e externo de retenção são tipicamente aplicados sob tensão e colocados dentro e sobre as superfícies exteriores do corpo tubular. Os fios metálicos de retenção atuam primariamente para preservar a geometria do corpo tubular. Além disso, o fio metálico externo pode atuar para restringir a excessiva deformação de arco da mangueira sob alta pressão. Os fios metálicos interno e externo podem também atuar para resistir ao esmagamento da mangueira.

[0008] Quando da montagem de um conector de extremidade e uma mangueira compósita conjuntamente, é necessário ancorar a mangueira compósita ao conector de extremidade e formar uma vedação estanque a fluido entre elas. Por causa da construção de mangueira, dificuldades ocorrem na obtenção destes objetivos e particularmente na obtenção de uma vedação permanente e confiável entre o conector de extremidade e um corpo principal de mangueira.

[0009] A patente GB 2104992 no nome de TI Flexible Tubes LTD., mostra um dispositivo de aperto radial para um conector de extremidade de mangueira compósita, em que uma virola adelgaçada ou luva de redução de diâmetro comprime uma luva interna. Para formar uma vedação estanque a fluido entre um corpo principal de mangueira e o conector de extremidade, a publicação menciona aplicar uma carga resiliente à luva de borracha comprimida de modo que a camada exposta de material de película polimérica é deformada plasticamente contra uma projeção radial. Todavia, a desvantagem de uma tal construção é que, se uma carga compressiva radial for aplicada via uma luva de redução de diâmetro, a carga aplicada durante a redução de diâmetro terá que estar em excesso à carga requerida para finalidades de vedação, por causa do efeito de mola inverso da luva quando a carga de redução de diâmetro é removida. Por conseguinte, esta operação requer máquinas muito grandes e o efeito de efeito de mola inverso é difícil de evitar e difícil de controlar.

Petição 870190034492, de 10/04/2019, pág. 7/57 / 12 [00010] A publicação de Patente WO2004079248 em nome de BHP BILLITON PETROLEUM PTY LTD mostra um projeto alternativo para um conector de extremidade para uma mangueira compósita. Um projeto similar de flange de extremidade é mostrado na US7243686 no nome da mesma companhia.

[00011] O projeto de conector de extremidade mostrado é focado sobre o uso de retentores aparafusados adaptados para comprimir um membro de retenção externo contra um elemento de retenção interno a fim de reter cada camada da mangueira entre os dois elementos de retenção. O conector de extremidade mostra uma área de ancoragem e uma área de vedação, ambas providas com prendedores aparafusados. Na área de vedação, força compressiva radial é criada pelos prendedores aparafusados travando um anel de vedação feito de um material diferente. As cargas axiais de aperto ou de redução de diâmetro são transferidas sobre os prendedores via grandes parafusos externos ao flange de conector, novamente via parafusos. Isto é requerido, pois neste projeto de mangueira compósita, a extensão de mangueira é limitada por dispositivos de reforço adicionais, como uma trança, e as grandes forças de retenção precisam ser transferidas a partir da trança para os flanes de conector de junção via esses parafusos externos. A desvantagem de um tal projeto que tem múltiplas conexões aparafusadas é que os parafusos tendem a se afrouxar por eles próprios devido às grandes variações de temperatura entre o ambiente e as temperaturas criogênicas. O uso de tensão de parafuso e/ou redução de diâmetro durante a montagem e uso da mangueira é difícil de ser controlado e a tensão de parafuso precisa ser verificada em uma base regular. Além disso, este projeto de flange de extremidade resulta em um flange de extremidade pesado e relativamente grande que é desvantajoso para mangueiras aéreas de múltiplos segmentos bem como para um projeto de mangueira-dentro de-mangueira, pois a mangueira externa precisa ter também um diâmetro interno relativamente

Petição 870190034492, de 10/04/2019, pág. 8/57 / 12 grande.

[00012] A presente invenção diz respeito a um projeto de conector de extremidade para uma mangueira compósita que provê uma conexão estanque a fluido entre o conector de extremidade e uma mangueira compósita, e que é capaz de acolher forças axiais que atuam sobre a mangueira compósita. O conector de extremidade de acordo com a invenção é ainda de um projeto compacto, tem um diâmetro externo radial total reduzido e é de um peso relativamente leve. Isto é vantajoso, pois o peso reduzido e dimensões reduzidas do conector de extremidade completa é importante para mangueiras aéreas bem como para mangueiras compósitas que são usadas como uma mangueira interna para um sistema de transferência de fluido criogênico mangueira-dentro de-mangueira.

[00013] Modalidades preferidas da invenção serão agora descritas com referência aos desenhos anexos, nos quais:

a figura 1 mostra uma vista de seção transversal esquemática de um projeto de conector de extremidade para uma mangueira compósita de acordo com a presente invenção, a figura 2 mostra uma vista de seção transversal detalhada da área de vedação estanque a fluido do conector de extremidade de uma outra modalidade de acordo com a presente invenção.

[00014] A figura 1 mostra um projeto de um conector de extremidade para uma mangueira de acordo com a presente invenção. O conector de extremidade 1 é provida com uma parte de flange 2 ou dispositivo de conexão que poderia ser uma conexão de luva cilíndrica deslizante macho-fêmea, uma conexão aparafusada ou qualquer dispositivo de conexão como aqueles descritos no pedido de patente WO2006/132532 depositado pela depositante, para conexão a um outro dispositivo de conexão de mangueira e uma parte cilíndrica alongada 3 para conexão a uma mangueira compósita. Esta parte cilíndrica é adelgaçada na área 3 ' em seguida à parte de mangueira tubular. A

Petição 870190034492, de 10/04/2019, pág. 9/57 / 12 parte cilíndrica é dividida em uma área de ancoragem 4 para ancorar o fio metálico de mangueira interno 5 da mangueira compósita e, portanto, o corpo tubular, e uma área de vedação estática 6 para vedação estanque a fluido da mangueira.

[00015] A figura 1 mostra que a parte cilíndrica 3 do conector de extremidade 1 é provida com um degrau 10 entre a área de vedação 6 e a área de ancoragem 4. Portanto, a parte cilíndrica 3 na área de vedação 6 tem um diâmetro maior que na área de ancoragem 4. A diferença de diâmetro entre a área de vedação 6 e a área de ancoragem 4 corresponde ao diâmetro do fio metálico interno 5. A figura 1 mostra que o fio metálico interno 5 é conectado à parte cilíndrica 3 somente na área de ancoragem 4, mas não está presente na área de vedação 6. O degrau10 pode ser usado como um encosto para evitar que o fio metálico interno 5 deslize. O fio metálico interno 5 pode ser soldado diretamente sobre a superfície da parte cilíndrica 3 ou, alternativamente, a parte cilíndrica pode ser provida com uma pequena ranhura helicoidal para receber as espiras de fio metálico interno. Na área de ancoragem 4, entre o fio metálico interno 5 e o fio metálico externo 8, está presente um feixe de camadas 11 consistindo de camadas de reforço múltiplas 22 feitas de material de poliéster ou polietileno (UHMWPE) que poderia ser mono-, bi ou triaxialmente orientado e com pelo menos uma camada de vedação 14 feita de películas poliméricas colocadas entre as camadas de reforço (ver também a figura 2).

[00016] A figura 1 mostra entre o degrau 10 e a parte de flange de conexão 2, uma área de vedação 6. A área de vedação 6 pode consistir de uma ou mais zonas de vedação.

[00017] A figura 1 mostra, como um exemplo, uma zona de vedação

16. Esta zona de vedação 16 é a área de instalação e vedação para uma guarnição 14 consistindo de uma ou mais camadas de vedação. No caso de existirem mais guarnições de camadas de vedação, podem existir mais zonas

Petição 870190034492, de 10/04/2019, pág. 10/57 / 12 de vedação, cada uma provida para ter uma zona de instalação e vedação para uma guarnição de uma ou mais camadas de vedação. Em uma outra modalidade, cada zona de vedação subsequente poderia também ser escalonada uma para a outra da mesma maneira como a parte cilíndrica 3 tendo um degrau 10. Uma configuração da zona de vedação é mostrada em maiores detalhes na figura 2.

[00018] Um fio metálico externo de mangueira 8, que continua sobre a mangueira compósita inteira, continua também sobre a área de ancoragem 4 e a área de vedação 6 da parte cilíndrica 3; desta maneira, o fio metálico externo 8 provê uma força de compressão radial para o interior sobre as camadas de vedação na área de vedação 6 e trava, com a ajuda do fio metálico de mangueira interno 5, todas as camadas de mangueira na área de ancoragem

4.

[00019] Todas as cargas e forças estáticas e dinâmicas que atuam sobre a mangueira compósita são transferidas para a área de ancoragem 4 da parte cilíndrica 3 do conector de extremidade (e vice-versa) de modo que a área de vedação 6 da parte cilíndrica é mantida isenta destas cargas e forças. Em cada área 4, 6, uma guarnição de fio metálico externo adicional 9, 17 é acrescentada, consistindo de uma ou mais camadas de fio metálico de aço enrolado em espiral e compacto, que pode ter um diâmetro similar àquele do fio metálico interno ou externo de mangueira 5, 8. A guarnição de fio metálico externo poderia ser contínua sobre as duas áreas ou poderia ser uma guarnição de fio metálico externo 9 para a área de ancoragem e uma outra guarnição de fio metálico externo 17 para a área de vedação. A guarnição de fio metálico externo 9 é usada para acrescentar uma força de compressão radial sobre o fio metálico externo 8 da mangueira compósita na área de ancoragem 4 e a guarnição de fio metálico externo adicional 17 é usada para acrescentar uma força de compressão radial sobre o fio metálico externo 8 da mangueira compósita na área de vedação 6.

Petição 870190034492, de 10/04/2019, pág. 11/57 / 12 [00020] Uma folha de metal deformável ou virola 7 está perto da parte de dispositivo de conexão 2 afixada à parte cilíndrica 3, e é colocada entre o fio metálico externo 8 e as guarnições de fio metálico externo 9, 17.

[00021] As guarnições de fio metálico externo 9, 17 acrescentam uma força radial adicional para o interior e apertam e deformam a virola a fim de reter o conector de extremidade e travar todos os elementos conjuntamente na área de vedação e ancoragem da parte cilíndrica 3. O aperto da virola ou folha de metal deformável 7 com uma guarnição de fio metálico externo substitui a necessidade de redução de diâmetro do conector de extremidade sobre a mangueira compósita, como é feito nas soluções conhecidas. Consequentemente, o uso de máquinas de redução de diâmetro caras e muito grandes é evitado bem como o perigo de criação de trajetos de fuga devidos a uma relaxação dos elementos de redução de diâmetro.

[00022] A figura 2 mostra uma vista de seção transversal detalhada das áreas de vedação impermeáveis a fluido do conector de extremidade de uma outra modalidade de acordo com a presente invenção.

[00023] A figura 2 mostra a parte cilíndrica 3 entre a parte de flange de conexão 2 e o degrau 10. Nesta modalidade, existe somente uma zona de vedação dentro da área de vedação 4, a zona de vedação 16. Uma guarnição 14 de camadas de vedação é colocada em contato direto com a parte cilíndrica

3.

[00024] Uma vedação impermeável a gás é criada pela ligação de uma ou mais camadas de vedação sobre uma área de ligação em forma de anel contínua 20, perpendicular ao eixo de parte cilíndrica 23 (mostrada em figura 1). Portanto, a guarnição 14 de camadas de vedação será ligada continuamente ao longo da circunferência da parte cilíndrica 3. A figura 2 mostra também que acima da guarnição 14 de camadas de vedação (e opcionalmente um ou mais camadas de proteção para proteger as camadas de vedação), uma guarnição de fio metálico de pequeno diâmetro 21 é colocada,

Petição 870190034492, de 10/04/2019, pág. 12/57 / 12 que é usada para acrescentar uma força de compressão radial sobre a guarnição 14 de camadas de vedação na zona de vedação 16 da parte cilíndrica 3, comprimindo também a área ligada. Nesta modalidade, uma guarnição de fio metálico de pequeno diâmetro é escolhida, todavia, ela poderia também ter sido uma guarnição de fio metálico do mesmo diâmetro que o fio metálico interno 5 ou até mesmo uma guarnição de fio metálico de diâmetro maior.

[00025] Em modalidades onde existem várias zonas de vedação, as zonas de vedação suplementares podem ser considere das como barreiras de vedação suplementares ou barreiras de vedação redundantes para a primeira zona de vedação 16. As outras zonas de vedação teriam a mesma configuração que aquela descrita, com a guarnição interna de camadas de vedação sendo separada a partir de uma guarnição externa de camadas de vedação por camadas de proteção 22.

[00026] Nesta modalidade particular, as camadas de vedação da guarnição 14 podem, por exemplo, ser películas enroladas, películas tubulares ou combinações das mesmas. Cada guarnição pode consistir de até 30 camadas ou mais de películas enroladas. Preferivelmente, pelo menos uma camada de vedação em cada guarnição de vedação é de um formato tubular.

[00027] A camada de vedação a mais interna da vedação, tal como pela guarnição 14, pode ser ligada à parte cilíndrica 3 quimicamente, por colagem ou por adição de calor, como soldagem ultra-sônica, para criar uma barreira de vedação fechada circunferencialmente estanque a fluido sobre a parte cilíndrica 3. Como as camadas de vedação na guarnição 14 são feitas do mesmo material, elas podem ser ligadas conjuntamente, como anteriormente descrito, por colagem, ligação química, soldagem ultra-sônica, etc. também para criar uma barreira de vedação fechada circunferencialmente estanque a fluido.

[00028] Quando a parte cilíndrica 3 é feita do mesmo material que as

Petição 870190034492, de 10/04/2019, pág. 13/57 / 12 camadas de vedação, todas das camadas de vedação e da parte cilíndrica podem ser facilmente soldadas conjuntamente, por exemplo, por soldagem ultra-sônica.

[00029] Se a parte cilíndrica for feita de um material diferente que o material das camadas de vedação, um revestimento do mesmo material que as camadas de vedação pode ser acrescentado à área de vedação do anel cilíndrico de metal, de modo a assegurar uma boa soldagem e ligação entre as camadas de vedação e a parte cilíndrica.

[00030] Alternativamente, se as camadas de vedação e a parte cilíndrica 3 forem feitas de materiais diferentes, então a camada de vedação a mais interna (ou todas as camadas de vedação) pode ser ligada à parte cilíndrica 3, por exemplo, com uma cola ou um adesivo. A cola ou adesivo usado poderia, por exemplo, ser à base de epóxido ou à base de uma borracha de cloropreno sintética ou de um elastômero de poliuretano, por exemplo conhecido sob o nome de marca Zebron de French company A.T.R. ou Adripene da US company Du Pont de Nemours. Alternativamente, o adesivo poderia ser em forma de fita adesiva de dois lados que é acrescentada em torno da circunferência da parte cilíndrica 3 em um enlace fechado, sendo adesiva tanto sob temperaturas criogênicas quanto ambientes. A camada a mais interna, ligada à parte cilíndrica via um adesivo ou cola, poderia também ser ligada no mesmo momento ou em uma fase posterior às outras camadas de vedação na mesma guarnição de vedação. Esta ligação conjunta das camadas de vedação pode ser feita pela adição de um adesivo ou cola entre cada camada de vedação ou por soldagem das camadas de vedação conjuntamente em uma ou mais etapas por adição de calor, por exemplo, via soldagem ultrasônica, de modo a criar uma barreira de vedação circunferencialmente fechada estanque a fluido.

[00031] A presente invenção é também relacionada a um método de montagem de uma mangueira compósita sobre um conector de extremidade.

Petição 870190034492, de 10/04/2019, pág. 14/57 / 12 [00032] Este método compreende as etapas de:

- aplicar um fio metálico helicoidal interno sobre uma parte cilíndrica de um conector de extremidade de mangueira,

- aplicar camadas de reforço internas enroladas,

- aplicar pelo menos uma camada de vedação de modo que ela esteja em contato direto com a parte cilíndrica do conector de extremidade de mangueira,

- ligar a pelo menos uma camada de vedação à parte cilíndrica sobre uma área de ligação contínua em forma de anel.

- aplicar uma guarnição de fio metálico de pequeno diâmetro para compressão radial da camada de vedação na área ligada,

- aplicar camadas de reforço externas enroladas,

- aplicar um fio metálico helicoidal externo da mangueira que cobre também a área ligada.

[00033] Como mencionado anteriormente, uma guarnição de fio metálico de pequeno diâmetro foi escolhida, todavia, ela poderia também ter sido uma guarnição de fio metálico do mesmo diâmetro ou até mesmo uma guarnição de fio metálico de maior diâmetro.

[00034] Este método poderia ainda incluir a etapa de acrescentar uma folha de metal deformável ou virola sobre o fio metálico externo sobre o conector de extremidade e deformá-la pela aplicação de uma força de compressão radial com uma guarnição de fio metálico externo apertada que é colocada no topo da folha ou virola.

[00035] Por razões de redundância, o método poderia também compreender a etapa de criar uma segunda zona de vedação para uma segunda guarnição de camadas de vedação, colocada a seguir à primeira zona de vedação e repetir as etapas do método, antes de o fio metálico helicoidal externo 8 ser acrescentado. Portanto, a primeira e a segunda zonas de vedação poderiam ser consideradas como uma barreira de vedação primária e uma

Petição 870190034492, de 10/04/2019, pág. 15/57 / 12 secundária, prevenindo trajetos de fuga para o fluido transferido pela mangueira. Esta configuração permite ter uma mangueira compósita isenta de fuga ou vazamento com uma espessura relativamente limitada na área do conector de extremidade, que poderia ser usada como uma mangueira aérea ou combinada com um segmento de mangueira externo elastomérico para formar uma mangueira flutuante ou submersa para transferência de fluidos criogênicos.

[00036] Embora modalidades particulares da invenção tenham sido descritas e ilustradas aqui, é reconhecido que modificações e variações podem facilmente ocorrer àqueles especializados na arte, e conseqüentemente, é pretendido que as reivindicações sejam interpretadas para cobrir tais modificações e equivalentes.

Claims

REIVINDICAÇÕES

1. Mangueira compósita compreendendo um corpo tubular de material flexível para transferência de fluido criogênico através da mangueira e para impedir vazamento de fluido através do corpo, o corpo tubular compreendendo:

- uma hélice de fio metálico interno (5) enrolada em espiral ao longo do comprimento da mangueira,

- uma hélice de fio metálico externo (8) enrolada em espiral ao longo do comprimento da mangueira,

- pelo menos duas camadas de reforço (11, 12, 22) colocadas entre o fio metálico interno e o externo (5, 8),

- pelo menos uma camada de vedação (14) colocada entre duas camadas de reforço (11, 12, 22),

- um conector de extremidade (1) em ambas as extremidades do corpo tubular, em que cada conector de extremidade (1) é provido com uma parte de flange (2) para conexão a um outro flange de mangueira e uma parte cilíndrica alongada (3), em que a parte cilíndrica (3) é dividida em uma área de ancoragem (4) para ancorar o corpo tubular e uma área de vedação estática (6) para vedação estanque a fluido da mangueira, caracterizada pelo fato de em que

- uma vedação impermeável a gás é criada pela ligação da pelo menos uma camada de vedação (14) à parte cilíndrica (3) sobre uma área de ligação em forma de anel (20);

- uma guarnição de fio metálico externo adicional (17) é colocada sobre o fio metálico externo (8) para aplicar uma força de compressão radial no fio metálico externo (8) na área de vedação da parte cilíndrica (3), e

- uma folha de metal deformável ou virola (7) é colocada entre o

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2 / 6 fio metálico externo (8) e a guarnição de fio metálico externo (9, 17).

2. Mangueira compósita, de acordo com a reivindicação 1, caracterizada pelo fato de que a pelo menos uma camada de vedação (14) está em contato direto com a parte cilíndrica (3).
3. Mangueira compósita, de acordo com a reivindicação 1 ou 2, caracterizada pelo fato de que a ligação é feita por adição de calor.
4. Mangueira compósita, de acordo com a reivindicação 3, caracterizada pelo fato de que a ligação é feita por soldagem ultra-sônica.
5. Mangueira compósita, de acordo com a reivindicação 1 ou

2, caracterizada pelo fato de que a ligação é feita por uma cola ou adesivo.
6. Mangueira compósita, de acordo com a reivindicação 1 ou

2, caracterizada pelo fato de que a ligação é feita pela combinação de cola e adição de calor.
7. Mangueira compósita, de acordo com a reivindicação 6, caracterizada pelo fato de que a ligação entre a camada de vedação interna (14) e a parte cilíndrica (3) é feita por colagem e a ligação de camadas de vedação adjacentes é feita por soldagem ultra-sônica.
8. Mangueira compósita, de acordo com a reivindicação 7, caracterizada pelo fato de que a ligação entre a camada de vedação interna (14) e a parte cilíndrica (3) é feita por fita adesiva de dois lados.
9. Mangueira compósita, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 8, caracterizada pelo fato de que no topo da área de vedação ligada (21) uma guarnição de fio metálico é colocada para aplicar uma força de compressão radial perpendicular ao eixo de corpo tubular.
10. Mangueira compósita compreendendo um corpo tubular de material flexível para transferência de fluido criogênico através da mangueira e para impedir vazamento de fluido através do corpo, o corpo tubular compreende:

- uma hélice de fio metálico interno (5) enrolada em espiral ao

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3 / 6 longo do comprimento da mangueira,

- uma hélice de fio metálico externo (8) enrolada em espiral ao longo do comprimento da mangueira,

- pelo menos duas camadas de reforço (11, 12, 22) colocadas entre o fio metálico interno e o externo (5, 8),

- pelo menos uma camada de vedação (14) colocada entre duas camadas de reforço (11, 12, 22),

- um conector de extremidade (1) em ambas as extremidades do corpo tubular, em que cada conector de extremidade (1) provido com uma parte de flange (2) para conexão a uma outra mangueira e uma parte cilíndrica alongada (3), em que a parte cilíndrica alongada (3) é dividida em uma área de ancoragem (4) para ancorar o corpo tubular e uma área de vedação estática (6) para vedação estanque a fluido da mangueira, caracterizada pelo fato de em que

- no topo da pelo menos uma camada de vedação (14), uma guarnição de fio metálico (21) é colocada para aplicar uma força de compressão radial perpendicular ao eixo de corpo tubular sobre a pelo menos uma camada de vedação (14);

- uma guarnição de fio metálico externo adicional (17) é colocada sobre o fio metálico externo (8) para aplicar uma força de compressão radial no fio metálico externo (8) na área de vedação da parte cilíndrica (3), e

- uma folha de metal deformável ou virola (7) é colocada entre o fio metálico externo (8) e a guarnição de fio metálico externo (9, 17).
11. Mangueira compósita, de acordo com a reivindicação 10, caracterizada pelo fato de que as camadas de vedação (14) e a parte cilíndrica (3) são ligadas conjuntamente.

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12. Mangueira compósita, de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, caracterizada pelo fato de que o fio metálico externo (8) provê uma força de compressão radial sobre as camadas de vedação (14) na área de vedação (6) da parte cilíndrica (3).
13. Mangueira compósita, de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, caracterizada pelo fato de que uma guarnição de fio metálico externo adicional (9) aplica uma força de compressão radial sobre o fio metálico externo na área de ancoragem (4) da parte cilíndrica (3).
14. Mangueira compósita, de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, caracterizada pelo fato de que a área de vedação (6) tem uma primeira zona de vedação (16) para uma guarnição interna de camadas de vedação (14) e uma segunda zona de vedação para uma guarnição externa de camadas de vedação, dita segunda zona de vedação estando mais perto do flange (2).
15. Mangueira compósita, de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, caracterizada pelo fato de que a parte cilíndrica (3) tem um diâmetro variável, com a área de vedação (6) tendo um diâmetro maior que a área de ancoragem (4).
16. Mangueira compósita, de acordo com a reivindicação 16, caracterizada pelo fato de que a diferença de diâmetro entre a área de vedação (6) e a área de ancoragem (4) corresponde ao diâmetro do fio metálico interno (5).
17. Mangueira compósita, de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, caracterizada pelo fato de que a mangueira tubular é provida com pelo menos uma camada de vedação (14) que é uma película enrolada.
18. Mangueira compósita, de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, caracterizada pelo fato de que a mangueira tubular é provida com pelo menos uma camada de vedação (14) que é uma

Petição 870190034492, de 10/04/2019, pág. 20/57

5 / 6 película em forma de tubo.
19. Mangueira compósita, de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, caracterizada pelo fato de que a mangueira tubular é provida com camadas de vedação (14) que são uma combinação de películas enroladas e películas em forma de tubo.
20. Mangueira compósita, de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, caracterizada pelo fato de que o fio metálico interno (5) é fixado sobre a área de ancoragem (14) da parte cilíndrica (3).
21. Método para produzir uma mangueira compósita, caracterizado pelo fato de que consiste das etapas de:

- aplicar um fio metálico helicoidal interno (5) sobre uma parte cilíndrica (3) de um conector de extremidade de mangueira (1),

- aplicar camadas de reforço internas enroladas (11, 12, 22),

- aplicar pelo menos uma camada de vedação (14) de modo que ela esteja em contato direto com a parte cilíndrica (3) do conector de extremidade de mangueira (1),

- ligar a pelo menos uma camada de vedação (14) à parte cilíndrica (3) sobre uma área de ligação em forma de anel contínua (20),

- aplicar uma guarnição de fio metálico (21) para compressão radial da camada de vedação (14) na área ligada (20),

- aplicar camadas de reforço externas enroladas (22),

- aplicar um fio metálico helicoidal externo (8) da mangueira cobrindo também a área ligada (20);

- acrescentar uma folha de metal deformável ou virola (7) sobre o fio metálico externo (8) sobre o conector de extremidade (1) e deformando-a pela aplicação de uma força de compressão radial com uma guarnição de fio metálico externo apertada (9, 17) colocada no topo dela.
22. Método, de acordo com a reivindicação 21, caracterizado pelo fato de que inclui a etapa de fixar o fio metálico helicoidal externo (8) ao conector

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6 / 6 de extremidade de mangueira (1) mais perto do flange de extremidade de conexão (2) da mangueira do que a guarnição de fio metálico de camada de vedação externa (9, 17).