BRPI0822568B1 - Processo para produção de um meio portador similar a correia para um sistema de elevador, dispositivo para produção de um meio portador, meio portaor para um sistema de elevador e sistema de elevador. - Google Patents

Abstract

processo para produção de um meio portador similar a correia para um sistema de elevador e meio portador para um sistema de elevador a presente invenção refere-se a um processo para produção de um meio portador (20) para um sistema de elevador contém os passos da colocação de pelo menos um suporte de tração (42) similar a cabo; o embutimento do pelo menos um suporte de tração (42) similar a cabo em uma primeira camada de correia (46) de um primeiro material plastificável, de tal modo que é formada uma correia parcial (66), com uma primeira superfície externa (50) e uma superfície que forma um plano de conexão (52), na qual o pelo menos um suporte de tração (42) salienta-se parcialmente do plano de conexão (52) da correia parcial e a seção saliente do pelo menos um suporte de tração (42) está coberta, pelo menos parcialmente, com o primeiro material plastificável, e a moldagem de uma segunda camada de correia (48) de um segundo material plastificável na superfície de conexão (52) da correia parcial (66) e das seções salientes do pelo menos um suporte de tração (42), de tal modo que é formado um meio portador (20), com a primeira superfície externa (50) no lado da primeira camada de correia (46) e uma segunda superfície externa (54) no lado da segunda camada de correia (48).

Description

Relatório Descritivo da Patente de Invenção para "PROCESSO PARA PRODUÇÃO DE UM MEIO PORTADOR SIMILAR A CORREIA PARA UM SISTEMA DE ELEVADOR, DISPOSITIVO PARA PRODUÇÃO DE UM MEIO PORTADOR, MEIO PORTADOR PARA UM SISTEMA DE ELEVADOR E SISTEMA DE ELEVADOR". ANTECEDENTES DA INVENÇÃO

1. ÁREA DA INVENÇÃO

[001] A presente invenção refere-se a um processo para produção de um meio portador similar a correia para um sistema de elevador, a um dispositivo correspondente para produção de um meio portador similar a correia, a um meio portador similar a correia, bem como a um sistema de elevador com esse meio portador similar a correia.

2. ANTECEDENTES TÉCNICOS

[002] Um sistema de elevador normalmente contém pelo menos uma cabine de elevador ou plataforma para transporte de pessoas e/ou mercadorias, um sistema de acionamento, com pelo menos uma máquina de acionamento para mover a pelo menos uma cabine de elevador ou plataforma ao longo de uma via de deslocamento e pelo menos um meio portador para transportar a pelo menos uma cabine de elevador ou plataforma e transmitir as forças da pelo menos uma máquina de acionamento à pelo menos uma cabine de elevador ou plataforma. Como meio portador para acionamentos mecânicos, atualmente, são de interesse meios portadores similares a cabos (cabos de arame), meios portadores similares a corrente e, crescentemente, nos últimos tempos, também meios portadores similares a correia (correias portadoras).

[003] Nos meios portadores similares da correia também são conhecidas, entre outras, correias portadoras, que apresentam uma primeira camada de correia e uma segunda camada de correia conectada com a mesma. Normalmente, estão embutidos, nesse caso, supor- tes de tração no corpo moldado do meio portador, particularmente, suportes de tração similares a cabos.

[004] Um processo para produção de um meio portador de duas camadas desse tipo está descrito, por exemplo, no documento DE 102 22 015 A1. Nesse processo conhecido, são produzidos em duas estações de produção, ligadas em série em uma peça, primeiramente, uma correia parcial que forma a primeira camada de correia e, depois, um meio portador acabado, com segunda camada de correia moldada em anexo. Na primeira estação de produção são alimentados, simultaneamente, vários suportes de tração similares a cabo, que são embutidos até a metade na primeira camada de correia. A primeira e a segunda camada do meio portador são formadas, em cada caso, por meio de um processo de extrusão.

[005] Além disso, o documento WO 2007/032763 A1 descreve um processo de produção para um meio portador de duas camadas, no qual em uma estação de produção é formada a primeira camada de correia e a segunda camada de correia e, simultaneamente, os suportes de tração são embutidos na segunda camada de correia.

[006] Finalmente, o documento WO 2007/033721 A1 mostra um processo de produção em duas etapas para um meio portador de uma camada. Na primeira estação de produção, o corpo moldado do meio portador é formada por um processo de extrusão e, simultaneamente, vários suportes de tração são embutidos no mesmo. Na segunda estação de produção, imediatamente adjacente à mesma, um lado externo do corpo do meio portador é depois dotado de um perfil na forma de nervuras cônicas, que se estendem em direção longitudinal.

SUMÁRIO DA INVENÇÃO

[007] Uma primeira tarefa da invenção é criar um processo de produção aperfeiçoado para um meio portador similar a correia para um sistema de elevador.

[008] Uma segunda tarefa da presente invenção é criar um dispositivo de produção aperfeiçoado para um meio portador similar a correia para um sistema de elevador.

[009] Uma outra tarefa da presente invenção é criar um meio portador similar a correia aperfeiçoada para um sistema de elevador.

[0010] O processo para produção de um meio portador similar a correia para um sistema de elevador contém os passos da colocação de pelo menos um suporte de tração similar a cabo; o embutimento do pelo menos um suporte de tração similar a cabo em uma primeira camada de correia de um primeiro material plastificável, de tal modo que é formada uma correia parcial com uma primeira superfície externa e uma superfície que forma um plano de conexão, no qual o pelo menos um suporte de tração salienta-se parcialmente do plano de conexão da correia parcial e a seção saliente do pelo menos um suporte de tração está coberta, pelo menos parcialmente com o primeiro material plastificável; e a moldagem de uma segunda camada de correia de um segundo material plastificável no plano de conexão da correia parcial e das seções salientes do pelo menos um suporte de tração, de tal modo que é formado um meio portador, com a primeira superfície externa no lado da primeira camada de correia e uma segunda superfície externa no lado da segunda camada de correia.

[0011] Os suportes de tração são embutidos nesse processo o mais completamente possível no primeiro material plastificável da primeira camada de correia, de modo que o segundo material plastificável para a segunda camada de correia não entra em contato com os suportes de tração. Como os suportes de tração salientam-se do plano de conexão entre as duas camadas de correia, a superfície de conexão formada no passo de embutimento do primeiro material plastificável da primeira camada de correia tem uma superfície maior, de modo que pode ser obtida uma boa conexão entre a primeira e a segunda camada de correia.

[0012] Em uma configuração da invenção, a superfície do pelo menos um suporte de tração é coberta no passo de embutimento em pelo menos 80%, de preferência, em pelo menos 90%, de modo particularmente preferido, em pelo menos 95%, com o primeiro material plastificável. De preferência, nesse caso, também os espaços livres dentro do pelo menos um suporte de tração são preenchidos no passo de embutimento, pelo menos parcialmente, com o primeiro material plastificável.

[0013] Para a primeira camada de correia e a segunda camada de correia podem ser usados, opcionalmente, materiais iguais, materiais iguais com propriedades diferentes ou materiais diferentes.

[0014] Pelo termo "materiais iguais" devem ser entendidos materiais do mesmo tipo de material plástico (por exemplo, PUR, EPDM). "Materiais iguais com propriedades diferentes" são, portanto, materiais do mesmo tipo de material plástico que, em consequência de diferentes parâmetros de produção ou de diferentes aditivos (por exemplo, grafite, cera), apresentam propriedades diferentes.

[0015] Em uma outra configuração da invenção, a superfície da correia parcial, que forma o plano de conexão, é dotada, pelo menos parcialmente, de uma estrutura de superfície, antes do passo de mol-dagem da segunda camada de correia com o que a superfície do plano de conexão é ampliada e, com isso, é produzida uma conexão melhor com a segunda camada de correia, a ser moldada posteriormente. A estrutura de superfície na superfície de conexão é formada nesse caso, de preferência, durante o passo de embutimento.

[0016] Em uma outra configuração da invenção, a primeira superfície externa e/ou a segunda superfície externa são formadas com pelo menos uma nervura, que se estende na direção longitudinal do meio portador. Também a formação das nervuras se dá, de preferência, du- rante o passo de embutimento ou durante o processo de moldagem anexa.

[0017] Em ainda uma outra configuração da invenção, o processo de embutimento é realizado como um processo de extrusão, com ex-trusão do primeiro material plastificável e o passo de moldagem anexa, como um processo de extrusão do segundo material plastificável.

[0018] Em uma outra configuração da invenção, a primeira camada de correia e a segunda camada de correia são formadas com parâmetros de processo iguais ou diferentes (por exemplo, temperatura, pressão, velocidade de rotação da roda de moldar etc.), que, em cada caso, estão adaptados de modo ótimo ao primeiro ou ao segundo material plastificável.

[0019] Em uma outra configuração da invenção, o pelo menos um suporte de tração é colocado sob tensão prévia durante o passo de embutimento.

[0020] Para melhor conexão dos suportes de tração com a primeira camada de correia, de preferência, o primeiro suporte de tração é aquecido durante o passo de embutimento, e para melhor conexão da primeira camada de correia com a segunda camada de correia, de preferência, a superfície de conexão da correia parcial é aquecida durante o passo de moldagem anexa.

[0021] De acordo com um segundo aspecto da invenção, está previsto um dispositivo de produção para um meio portador similar a correia para um sistema de elevador com as características da reivindicação 18. Aprimoramentos e configurações vantajosas desta invenção são objetivos das reivindicações dependentes 19 a 27.

[0022] O dispositivo para produção de um meio portador similar a correia para um sistema de elevador apresenta uma primeira estação de produção para formação de uma correia parcial com uma primeira superfície externa e uma superfície que forma um plano de conexão, e uma segunda estação de produção para formação do elemento portador com a primeira superfície externa e uma segunda superfície externa. A primeira estação de produção apresenta uma primeira roda de moldar, uma primeira guia que enlaça um perímetro parcial da primeira roda de moldar, um dispositivo para alimentação de pelo menos um suporte de tração similar a cabo à primeira roda de moldar e um primeiro extrusor para alimentação de um primeiro material plastificável a um espaço oco de moldar formado entre a primeira roda de moldar e uma primeira guia. A segunda estação de produção apresenta uma segunda roda de moldar, uma primeira guia, que enlaça um perímetro parcial da segunda roda de moldar, um dispositivo para alimentação da correia parcial produzida na primeira estação de produção à segunda roda de moldar e um segundo extrusor, para alimentação de um segundo material plastificável a um espaço oco de moldar formado entre a segunda roda de moldar e uma segunda guia. De acordo com a invenção, a superfície periférica da primeira roda de moldar da primeira estação de produção está formada com pelo menos uma ranhura longitudinal, que se estende na direção periférica da primeira roda de moldar, na qual é guiado a pelo menos um suporte de tração alimentado e que está dimensionada de tal modo que na correia parcial produzida na primeira estação de produção a pelo menos um suporte de tração salienta-se, pelo menos parcialmente do plano de conexão e a seção saliente de pelo menos um suporte de tração está coberta, pelo menos parcialmente, com o primeiro material plastificável.

[0023] Com esse dispositivo podem ser obtidos os mesmos efeitos e vantagens como com o processo de produção descrito acima.

[0024] Em uma configuração da invenção, uma largura das ranhuras longitudinal da superfície periférica da primeira roda de moldar é escolhida de modo menor do que um diâmetro dos suportes de tração, sendo que a largura das ranhuras longitudinais está situada, de prefe- rência, em um âmbito de cerca de 70% a 95%, de modo particularmente preferido, em um âmbito de cerca de 75% a 90% do diâmetro dos suportes de tração. Além disso, uma profundidade das ranhuras longitudinais da superfície periférica da primeira roda de moldar situa-se, de preferência, em um âmbito de cerca de 25% a 50%, de modo particularmente preferido, em um âmbito de cerca de 30% a 40% do diâmetro dos suportes de tração.

[0025] Em uma outra configuração da invenção, a primeira estação de produção apresenta, ainda, um dispositivo para alimentação do pelo menos um suporte de tração, sob tensão prévia, à primeira roda de moldar e um dispositivo de aquecimento para aquecimento de pelo menos um suporte de tração, antes de sua alimentação à primeira roda de moldar.

[0026] Em ainda outra configuração da invenção, a primeira guia da primeira estação de produção está formada de tal modo em seu lado voltado para a roda de moldar que ela dá à primeira superfície externa da correia parcial ou do meio portador um perfil que tem, por exemplo, a forma de nervuras cônicas.

[0027] Em ainda outra configuração da invenção, a primeira roda de moldar está dotada de uma estrutura em sua superfície periférica, na região entre as ranhuras longitudinais, para dar uma estrutura de superfície à superfície da correia parcial, que forma o plano de conexão. Essa estrutura de superfície causa uma ampliação da superfície do plano de conexão, com o que é obtida uma conexão melhor entre a primeira e a segunda camada de correia do meio portador.

[0028] Em uma outra configuração da invenção, a segunda estação de produção apresenta, ainda, um segundo dispositivo de aquecimento, para aquecimento da correia parcial, antes de sua alimentação à segunda roda de moldar, e a segunda guia da segunda estação de produção está configurada em seu lado voltado para a segunda ro- da de moldar de tal modo que ela dá à superfície externa da correia parcial ou do meio portador um perfil, que tem, por exemplo, a forma de nervuras cônicas.

[0029] De acordo com um outro aspecto da invenção, está previsto um meio portador similar a correia para um sistema de elevador com as características da reivindicação 28. Aprimoramentos e configurações vantajosas desta invenção são objetivos das reivindicações dependentes 29 a 42.

[0030] Pelo termo "meio portador similar a correia" devem ser entendidos todos os tipos de meios de tração flexíveis, que não apresentam uma secção transversal circular, são suficientemente flexíveis para poder ser guiados sobre polias de acionamento ou de inversão e, nesse caso, podem transmitir forças entre componentes de um sistema de elevador.

[0031] O meio portador similar a correia para um sistema de elevador (doravante, frequentemente designado simplesmente como "meio portador") compreende uma primeira camada de correia de um primeiro material plastificável, com uma primeira superfície externa e uma superfície que forma um plano de conexão, pelo menos um suporte de tração similar a cabo, que está embutido na primeira camada de correia de tal modo que ele se salienta do plano de conexão da primeira camada de correia e a seção saliente do pelo menos um suporte de tração está coberta, pelo menos parcialmente, com o primeiro material plastificável, e uma segunda camada de correia de um segundo material plastificável, que está moldada no plano de conexão da primeira camada de correia e nas seções salientes do pelo menos um suporte de tração e forma uma segunda superfície externa do meio portador.

[0032] Com o meio portador formado desse modo podem ser obtidos os mesmos efeitos e vantagens como os que foram citados em conexão com o processo de produção.

[0033] Em uma configuração da invenção, a superfície de pelo menos um suporte de tração está coberta em pelo menos 80%, de preferência, pelo menos 90%, de modo particularmente preferido, pelo menos 95%, com o primeiro material plastificável e os espaços livres dentro de pelo menos um suporte de tração estão preenchidos parcialmente, com o primeiro material plastificável.

[0034] A primeira camada de correia e a segunda camada de correia do meio portador podem ser formadas, opcionalmente, do mesmo material, um mesmo material com propriedades diferentes ou de materiais diferentes.

[0035] Em uma configuração da invenção, a primeira superfície externa da primeira camada de correia está formada com pelo menos uma nervura, que se estende na direção longitudinal do meio portador, que está formada, de preferência, na forma de uma nervura cônica, apresenta um ângulo dos flancos entre 60° e 120°, de preferência, entre 80° e 100°, e/ou está formada com uma ponta achatada.

[0036] Em uma outra configuração da invenção, a segunda superfície externa da segunda camada de correia está formada com uma nervura, que se estende na direção longitudinal do meio portador, que está formada, de preferência, na forma de uma nervura cônica, apresenta um ângulo dos flancos entre 60° e 100°, de preferência, entre 80° e 100°, e/ou está formada com uma ponta achatada.

[0037] Em ainda outra configuração da invenção, a relação da altura total do meio portador para a largura total do meio portador é maior que 1. Alternativamente, porém, essa relação também pode perfazer aproximadamente 1 ou ser menor do que 1.

[0038] O sistema de elevador da invenção tem pelo menos uma cabine de elevador ou plataforma para transporte de pessoas e/ou mercadorias, um sistema de acionamento, com pelo menos uma má- quina de acionamento para mover pelo menos uma cabine de elevador ou plataforma ao longo de uma via de deslocamento e pelo menos um meio portador para sustentar cabine de elevador ou plataforma e para transmissão das forças de pelo menos uma máquina de acionamento sobre a pelo menos uma cabine de elevador ou plataforma.

[0039] Um meio portador é, de preferência, um meio portador similar a correia de acordo com a invenção ou um meio portador similar a correia produzida de acordo com o processo de produção da invenção.

[0040] O sistema de elevador compreende um sistema de acionamento, de preferência, na forma de um acionamento de polia motriz ou de um acionamento por tambor.

DESCRIÇÃO DOS DESENHOS

[0041] As características e vantagens acima e outras são mais bem entendidas pela descrição subsequente de exemplos de modalidade preferidos, não restritivos, sob referência aos desenhos anexos.

[0042] Mostram: [0043] figura 1 uma representação esquemática da estrutura de um sistema de elevador de acordo com a invenção, com um acionamento por tambor;

[0044] figuras 2A e 2B representações esquemáticas da estrutura de um sistema de elevador de acordo com a invenção com um acionamento de polia motriz, sendo que uma cabine de elevador se encontra em uma posição final inferior ou em uma posição final superior em um poço de elevador;

[0045] figura 3 uma vista em perspectiva esquemática de uma estrutura básica de um meio portador similar a correia de acordo com a presente invenção;

[0046] figuras 4A e 4B representações esquemáticas da estrutura e do modo de funcionamento de uma primeira estação para produção do meio portador ilustrado na figura 3;

[0047] figura 5 uma representação esquemática para explicação do modo de funcionamento da primeira estação ilustrada nas figuras 4A e 4B;

[0048] figura 6 uma representação esquemática de uma coréia parcial produzida na primeira estação das figuras 4A e 4B, de acordo com uma modalidade especial;

[0049] figuras 7A e 7B representações esquemáticas da estrutura e do modo de funcionamento de uma primeira estação para produção do meio portador ilustrado na figura 3;

[0050] figura 8 uma vista em corte esquemática de um meio portador similar a correia de acordo com um primeiro exemplo de modalidade da invenção, que é produzido de acordo com o processo da invenção;

[0051] figura 9 uma vista em corte esquemática de um meio portador similar a correia de acordo com um segundo exemplo de modalidade da invenção, que é produzido de acordo com o processo da invenção;

[0052] figura 10 uma vista em corte esquemática de um meio portador similar a correia de acordo com um terceiro exemplo de modalidade da invenção, que é produzido de acordo com o processo da invenção;

[0053] figuras 11A e 11B vistas em corte esquemáticas de duas variantes de um meio portador similar a correia, que é produzido de acordo com o processo de acordo com a invenção.

DESCRIÇÃO DOS EXEMPLOS DE MODALIDADE ATUALMENTE

PREFERIDOS

1. SISTEMA DE ELEVADOR

[0054] Um sistema de elevador de acordo com a presente invenção pode estar realizado como elevador de passageiros, para transporte de pessoas e, opcionalmente, também mercadorias ou como elevador de carga para transporte exclusivo de mercadorias. A descrição abaixo dos componentes de elevador individuais dá-se, em cada caso, por meio de uma configuração como elevador de passageiros; mas a concepção de acordo com a invenção, em princípio, também pode ser aplicada a elevadores de carga.

[0055] O sistema de elevador de acordo com a invenção apresenta pelo menos uma cabine de elevador ou, alternativamente, uma ou mais plataformas móveis, que podem ser movidas entre pontos de acesso fixos (particularmente, entre andares de um edifício) em direção vertical e são guiadas, pelo menos em seções, ao longo de suas vias de deslocamento. A cabine de elevador pode ser movida com ajuda de um sistema de acionamento, sendo que o sistema de acionamento apresenta uma ou mais máquinas de acionamento, que, opcionalmente, podem ser operadas independentemente uma da outra. Com ajuda do sistema de acionamento, a cabine de elevador está opcionalmente realizada de modo móvel também em direção horizontal ou ao longo de uma via curvilínea curvada.

[0056] Nos sistemas de acionamento pode-se distinguir, em princípio, entre um sistema de acionamento mecânico, sob uso de uma polia motriz ou um tambor, um sistema de acionamento hidráulico e um chamado acionamento por cremalheira. A presente invenção refere-se, particularmente, a sistemas de elevador com um acionamento por polia motriz ou acionamentos por tambor como sistema de acionamento.

[0057] A estrutura concreta do sistema de acionamento de acordo com a invenção é descrita detalhadamente mais abaixo.

1.1. CABINE DE ELEVADOR

[0058] A cabine de elevador representa um dos grupos de componentes principais do sistema de elevador de acordo com a invenção e serve para a recepção de pessoas e mercadorias. Cabines de eleva- dor são produzidas com uma superfície de base, em geral, retangular ou quadrada, mas também são possíveis outras formas de cabine, por exemplo, com superfície de base redonda ou similar. Está previsto pelo menos um acesso à cabine de elevador. Na maioria dos casos, o acesso à cabine de elevador pode ser fechado com uma porta de cabine, sem que a presente invenção deva estar limitada a essa configuração de uma cabine de elevador.

[0059] Para sustentar e acionar a cabine de elevador serve pelo menos um meio portador, que em um exemplo de modalidade está fixado diretamente ou indiretamente na cabine de elevador. Em exemplos de modalidade modificados, o meio portador é guiado através de polias de inversão instaladas abaixo ou acima da cabine de elevador.

1.2 CONTRAPESO

[0060] Particularmente em sistemas de elevador com um acionamento por polia motriz, para redução da energia de acionamento necessária é usado um contrapeso, guiado, de preferência, em trilhos de guia de contrapeso. Nesse caso, o contrapeso também serve para esticar o meio portador, para possibilitar a transmissão de uma fora de tração entre uma polia motriz e o meio portador.

[0061] O peso do contrapeso, normalmente, é, no máximo, igual à soma do peso da cabine de elevador e a metade da carga útil máxima da unidade de elevador. O equilíbrio total, no qual a energia de acionamento é produzida, principalmente, para superar as resistências de fricção no sistema, existe, portanto, na utilização da cabine de elevador com metade da carga útil.

1.3 POCO DO ELEVADOR

[0062] De acordo com a invenção, a cabine está disposta em um poço de elevador de um edifício, sendo que é evidente que o sistema de elevador descrito no presente também pode ser usado em unidades móveis maiores, tais como navios ou em minas.

[0063] O poço de elevador é um espaço limitado em vários lados por paredes verticais, no qual se encontra a via de deslocamento da cabine de elevador. De modo preferido, além da via de deslocamento da cabine de elevador também a via de deslocamento do contrapeso encontra-se no poço de elevador.

[0064] Também pertencem ao poço de elevador uma cabeça de poço na região terminal superior e um fosso de poço na região terminal inferior do poço de elevador. No fosso de poço podem estar dispostos, por exemplo, amortecedores para a cabine de elevador e o contrapeso.

1.3 TRILHOS DE GUIA

[0065] De acordo com a invenção, nas paredes laterais do poço de elevador estão dispostos trilhos de guia para a cabine de elevador e para o contrapeso, que guiam a cabine de elevador ou o contrapeso ao longo de suas vias de deslocamento no poço de elevador de modo seguro e preciso. Simultaneamente, os trilhos de guia servem como elementos, nos quais atuam dispositivos de retenção da cabine de elevador e/ou do contrapeso no processo de retenção.

[0066] De preferência, a cabine de elevador está equipada com uma guia em dois lados opostos, em cada caso, em cima e embaixo, por exemplo, na forma de patins de deslizamento de guia e/ou patins de guia de rolos, com os quais a mesma é guiada nos trilhos de guia no poço de elevador.

1.5 DISPOSITIVO DE RETENÇÃO

[0067] Uma das mais importantes e antigas exigências para a operação de sistemas de elevador (particularmente de elevadores de passageiros nos quais se pode entrar) é a segurança da cabine de elevador contra queda.

[0068] Em geral, são usados, atualmente, dois tipos de dispositivos de retenção: o dispositivo de retenção de bloqueio e o dispositivo de retenção de frenagem. O dispositivo de retenção de bloqueio só é admitido até uma determinada velocidade de funcionamento, enquanto o dispositivo de retenção de frenagem é apropriado para sistemas de elevador com velocidades de funcionamento mais altas.

[0069] Os dois tipos de dispositivo de retenção estão conectados fixamente com a cabine de elevador ou o contrapeso. Eles consistem, na maioria das vezes, em duas carcaças de retenção com os órgãos de retenção (mais precisamente, em cada caso, uma carcaça de retenção para cada um dos dois trilhos de guia opostos), nos órgãos de transmissão e nos órgãos de ligação para a ativação do dispositivo de retenção. Os dois tipos de dispositivo de retenção são ativados por um limitador/regulador de velocidade, quando uma velocidade de ativação predeterminada é excedida. Como limitador de velocidade, faz-se a distinção entre dois tipos de construção: os reguladores de oscilação e os reguladores de força centrífuga.

[0070] A função elementar dos dois tipos frequentemente é a mesma: no processo de retenção, cunhas, rolos ou similares são movidas para acima nas câmaras cônicas, que se estreitam para cima, das carcaças de retenção. Desse modo, a cabine de elevador é apertada nos trilhos de guia do poço de elevador ou freada até a imobiliza-ção. Simultaneamente, a chave de retenção é aberta, para interrupção do controle e, com isso, a paralisação do sistema de acionamento.

1.6 PORTAS DO POCO DE ELEVADOR E DISPOSITIVOS DE SEGURANÇA DAS MESMAS

[0071] As portas do poço de elevador podem estar realizadas, em cada caso, de acordo com o tipo e a destinação de um sistema de elevador. Os diversos tipos de modalidade de portas do poço de elevador podem ser divididos em portas de batentes (ou portas giratórias de um e dois batentes), portas de batentes dobráveis, portas de correr movidas horizontalmente, portas de correr movidas verticalmente e cons- truções especiais.

[0072] Os fechos de porta como dispositivos de segurança importantes de sistemas de elevador podem ser divididos, por um lado, de acordo com o tipo, as portas a serem travadas e, por outro lado de acordo com o meio de travamento utilizado. Para portas giratórias, são conhecidos, por exemplo, fechos de porta com ferrolhos de correr ou com ferrolhos de portas dobradiças, para portas de correr movidas horizontalmente e para portas de correr movidas verticalmente, existem, por exemplo, fechos de porta com ferrolhos de correr ou ferrolhos de gancho.

[0073] As portas do poço de elevador e seus fechos de porta são, nesse caso, na maioria das vezes, acoplados com a cabine de elevador ou com suas portas de cabine. Por exemplo, uma partida da cabine de elevador só pode ser possível depois do fechamento das duas portas e depois do travamento completo da respectiva porta do poço de elevador.

1.7 AMORTECEDORES

[0074] Particularmente, em sistemas de elevador com velocidades de funcionamento mais altas, estão previstos na região do fosso do poço diversos amortecedores, para, por exemplo, no caso de uma falha do freio do sistema de acionamento ou no caso de ser passadas as posições terminais de funcionamento da cabine de elevador, impedir um assentamento forte demais da cabine de elevador ou, opcionalmente, do contrapeso, sobre o fundo do fosso do poço.

[0075] Os amortecedores podem estar realizados ou como molas (amortecedores acumuladores de energia) ou de ação hidráulica (amortecedores absorvedores de energia).

2. SISTEMA DE ACIONAMENTO

[0076] É explicada, agora, mais detalhadamente, a estrutura do sistema de acionamento acima mencionado.

2.1 ACIONAMENTO POR TAMBOR

[0077] Com referência à figura 1, primeiramente é descrita mais detalhadamente a estrutura de um sistema de elevador com um acionamento por tambor.

[0078] O sistema de elevador compreende uma cabine de elevador 10, que pode ser movida para cima e para baixo em um poço de elevador 12. Nesse caso, a cabine de elevador 10 é guiada ao longo de trilhos de guia verticais (não representados), por exemplo, nas paredes do poço de elevador 12. Para mover a cabine de elevador 10 está prevista uma máquina de acionamento 14, que compreende um tambor 18, acionado, particularmente, por um motor 16, sendo que o motor e o tambor estão construídos, de preferência, como unidade em uma peça. Um controle de acionamento (não representado), que forma uma parte do controle do elevador, controla as ações do acionamento por tambor e, com isso, o movimento da cabine de elevador.

[0079] Para sustentar a cabine de elevador 10 e para transmissão das forças do tambor 18 da máquina de acionamento 14 à cabine de elevador 10, existe pelo menos um meio portador 20. Em geral, estão presentes vários meios portadores 20, estendidos paralelamente, tal como indicado na figura 1. Uma extremidade do/dos meio(s) portadores) 20 está fixada na cabine de elevador 10, e a outra extremidade do/dos meio(s) portador(es) 20 está fixada sobre o tambor 18 da máquina de acionamento 14. O movimento da cabine de elevador 10 dá-se por enrolamento do/dos meio(s) portador(es) sobre o tambor 18 da máquina de acionamento 14 ou por desenrolamento do/dos meio(s) portador(es) do tambor, o que é causado por rotação desse tambor 18.

[0080] Enquanto na modalidade de acordo com a figura 1 não está previsto um contrapeso, o mesmo também pode existir em um acionamento por tambor. Um contrapeso é então acoplado através de um segundo meio portador com o tambor 18 da máquina de acionamento 14, para reduzir as forças de acionamento necessárias do motor 16.

[0081] A máquina de acionamento 14 na figura 1 está disposta em uma casa de máquinas 22 acima do poço de elevador 12, sendo que a casa de máquinas 22 está separada do poço de elevador 12 por um teto de poço 24, uma travessa, uma ponte ou similar. Mas, também são possíveis sistemas de elevador sem casa de máquinas e a máquina de acionamento 14, alternativamente, também pode ser disposta ao lado do poço de elevador 12. Por exemplo, a máquina de acionamento 14 também pode estar fixada sobre os trilhos de guia para a cabine de elevador 10 e/ou o contrapeso.

2.2 ACIONAMENTO POR POLIA MOTRIZ

[0082] A estrutura de um sistema de elevador com um acionamento por polia motriz é explicada, a seguir, mais detalhadamente, com referência às figuras 2A e 2B. Nesse caso, componentes, que estão presentes no acionamento por polia motriz com a mesma função como no acionamento por tambor, estão designados com os mesmos números de referência.

[0083] O sistema de elevador compreende uma cabine de elevador 10, que pode ser movida para cima e para baixo em um poço de elevador 12. Nesse caso, a cabine de elevador 10 é guiada ao longo de trilhos de guia verticais (não representados), por exemplo, nas paredes do poço de elevador 12. Para mover a cabine de elevador 10 está prevista uma máquina de acionamento 14, que apresenta uma polia motriz 26, acionada, particularmente, por um motor 16. Para sustentar a cabine de elevador 10 e para transmissão das forças da máquina de acionamento 14 à cabine de elevador 10, está previsto pelo menos um meio portador 20, cujas duas extremidades livres estão fixadas no ou junto ao poço de elevador 12 em pontos de fixação 28a e 28b. Um controle de acionamento (não representado), que forma uma parte do controle do elevador, controla as ações do acionamento por polia motriz e, com isso, o movimento da cabine de elevador.

[0084] Do primeiro ponto de fixação 28a (à esquerda nas figuras 2A e 2B), o meio portador 20 estende-se inicial mente ao longo do poço de elevador 12 para baixo, enlaça uma polia portadora de contrapeso 30, na qual está suspenso um contrapeso 32, e estende-se novamente para cima, em direção à polia motriz 26 da máquina de acionamento 14. Depois de enlaçar a polia motriz 26, o meio portador 20 estende-se novamente para baixo e enlaça por baixo a cabine de elevador 10, que para esse fim apresenta em seu lado inferior duas polias portadoras de cabine 34a e 34b, que são enlaçadas pelo meio portador 20, em cada caso, em aproximadamente 90°. Subsequentemente, o meio portador 20 estende-se ao longo do poço de elevador 12 novamente para cima, para o segundo ponto de fixação 28b.

[0085] A polia motriz 26 transmite as forças geradas pelo motor 16 ao meio portador 20, que está acoplado tanto com a cabine de elevador 10 como também com o contrapeso 32. Nesse caso, a uma rotação da polia motriz 26, a cabine de elevador 10e o contrapeso 32 movem-se para cima e para baixo pelo meio portador 20, em sentidos contrários no poço de elevador 12. A figura 2A mostra a cabine de elevador 10 em sua posição terminal de funcionamento inferior (isto é, o contrapeso 32 em sua posição superior), e a figura 2B mostra a cabine de elevador 10 em sua posição terminal de funcionamento superior (isto é, o contrapeso 32 em sua posição inferior).

[0086] Uma vantagem substancial do acionamento por polia motriz é a possibilidade de, devido ao contrapeso 32 previsto, são necessários apenas torques de motor comparativamente baixos da máquina de acionamento 14. Embora não representado, também o contrapeso 32 é normalmente guiado ao longo de trilhos de guia verticais, por exemplo, nas paredes do poço de elevador 12.

[0087] No fosso do poço 36 do poço de elevador 12 estão dispôs- tos, normalmente, amortecedores 38 para a cabine de elevador 10 e amortecedores 40 para o contrapeso 32.

[0088] A estrutura de um sistema de elevador com acionamento por polia motriz foi explicada exemplificadamente acima por meio das figuras 2A e 2B; mas são concebíveis numerosas variantes.

[0089] Por exemplo, também é possível montar as duas polias portadoras de cabine 34a, 34b no lado superior da cabine de elevador (10) (analogamente à polia portadora de contrapeso 30 nas figuras 2A e 2B). De modo análogo, a polia portadora 30 de contrapeso, em vez de ser montada no lado superior do contrapeso 32, também pode ser montada abaixo do mesmo, de modo que o meio portador 20 enlaça o contrapeso 32 por baixo. Além disso, os números das polias portadoras, naturalmente, não estão limitados a apenas uma polia portadora de contrapeso 30 e às duas polias portadoras de cabine 34a, 34b.

[0090] Enquanto nas figuras 2A e 2B está representado, em cada caso, apenas um meio portador 20, é usual, particularmente por razões de segurança prever vários meios portadores 20 do mesmo tipo que se estendem paralelamente um ao outro no sentido descrito acima.

[0091] Nas figuras 2A e 2B está ilustrada uma suspensão de 1:2 da cabine de elevador 10 pelo meio portador 20. Também são possíveis outras disposições de meio portador, tais como, por exemplo, uma suspensão de 1:4, uma suspensão de 1:8 etc., nas quais a região do meio portador 20, acionado pela máquina de acionamento 14, move-se quatro, oito vezes mais rápido do que a cabine de elevador 10. Um sistema de elevador com uma suspensão de 1:4 está descrito detalhadamente, por exemplo, no documento WO 2006/005215 A2 do deposi-tante, ao qual, por esse motivo, é feita referência em teor completo, no que se refere à estrutura e modo de funcionamento de uma suspensão de 1:4.

[0092] A máquina de acionamento 14 está disposta nas figuras 2A e 2B em uma casa de máquinas 22 acima do poço de elevador 12, sendo que a casa de máquina 22 está separada do poço de elevador por um teto de poço 24, uma travessa, uma ponte ou similar. Mas, também são conhecidos sistemas de elevador sem casa de máquinas, e a máquina de acionamento 14, alternativamente, também pode ser disposta abaixo do poço de elevador 12 ou ao lado do mesmo. Por exemplo, a máquina de acionamento 14 também pode estar fixada sobre os trilhos de guia para a cabine de elevador 10 e/ou o contrapeso 32.

[0093] Em sistemas de elevador com velocidades de funcionamento mais altas, são usados, em geral, além dos meios portadores 20 descritos acima, também os chamados cabos inferiores. Eles são estendidos sobre uma polia de inversão, que se encontra no fosso do poço 36, entre fundo de cabine e lado inferior do contrapeso 32. Dessa maneira, eles devem compensar os pesos dos meios portadores 20 superiores e impedir um "salto" da cabine de elevador 10 ou do contrapeso 32, quando o contrapeso 32 ou a cabine de elevador 10 se assenta ou é retido.

3. MÁQUINA DE ACIONAMENTO

[0094] Nas máquinas de acionamento 14 dos acionamentos mecânicos, os técnicos diferenciam entre máquinas de acionamento sem engrenagem e máquinas de acionamento com engrenagem. Os componentes essenciais das máquinas de acionamento são, nesse caso, um motor 16, um freio, uma polia motriz 26 ou um tambor 18 e, opcionalmente, uma engrenagem. O motor, o freio e, opcionalmente, a engrenagem, para fins de alinhamento exato e funcionamento de baixo ruído, estão formados como componente em uma peça, por exemplo, sobre uma placa de base em comum.

3.1 MOTOR

[0095] O motor 16 da máquina de acionamento 14 para o sistema de elevador é, normalmente, um motor elétrico que está adaptado aos parâmetros desejados, tais como valores de aceleração, velocidades de marcha, tamanho das cargas úteis, condições de ruído, frequências de ligação e duração da colocação em circuito. Além disso, os motores precisam ser muito robustos e capazes de sobrecarga em sua parte elétrica e mecânica.

[0096] Os motores usados em sistemas de elevador são, mais frequentemente, motores de corrente trifásica, que podem ser operados com um ou com vários números de rotações fixos. As velocidades de marcha mais altas ou exigências especiais à precisão de parada são utilizados, de preferência, dispositivos de ajuste de frequência de motores de corrente trifásica com números de rotações regulados ou motores de imã permanente.

3.2 FREIO

[0097] O freio de uma máquina de acionamento 14 para um sistema de elevador está realizado, de preferência, como freio de fricção de ação mecânica e pode servir como freio de parada e/ou como freio de retardamento. Como freio de parada, ele precisa reter a cabine de elevador 10 na posição de parada desejada; como freio de retardamento, ele tem a tarefa de levar a cabine de elevador a parar de modo seguro e exato na posição de parada desejada. Retardamentos também podem ser causados por inversão polar, em motores de corrente trifásica correspondentes ou por redução da frequência da corrente do motor em motores de corrente trifásica ou motores de imãs permanentes.

3.3 POLIA MOTRIZ

[0098] A polia motriz 26 é um componente essencial da máquina de acionamento 14 com acionamento por polia motriz. Nesse caso, a polia matriz 26 precisa estar adaptada, em cada caso, de modo ótimo ao tipo do meio portador 20 utilizado para o sistema de elevador. Des- se modo, as forças geradas pelo motor 16 da máquina de acionamento 14, por exemplo, em um meio portador 20 similar a cabo ou a correia são transmitidas, por exemplo, por meio de efeito de tração pela polia motriz 26 sobre o meio portador 20, em um meio portador 20 similar a corrente, por outro lado, a polia motriz 26 está formada com uma coroa dentada.

[0099] O efeito de tração obtido depende fortemente da construção exata do meio portador 20 similar a cabo ou a correia e da respectiva polia motriz 26. Por exemplo, a polia motriz e o meio portador similar a correia pode apresentar nervuras periféricas e ranhuras periféricas com superfícies de tração dispostas em forma de cunha, através das quais os mesmos estão em contato um com o outro. Analogamente ao efeito de uma correia cônica, nessa modalidade, a força de tração transmissível pela polia motriz sobre ao meio portador pode ser influenciada pela escolha do ângulo entre os flancos das nervuras e ranhuras. Além disso, essas nervuras e ranhuras cooperantes da polia motriz e do meio portador servem para a guia lateral do meio portador sobre a polia motriz ou sobre polias de inversão realizadas de modo correspondente.

[00100] A máquina de acionamento 14 apresenta, em geral, várias polias motrizes 26 paralelas ou uma polia motriz 26 com várias seções de transmissão de força paralelas, cujo número corresponde ao dos meios portadores 20 estendidos paralelamente do sistema de elevador.

[00101] A estrutura e o modo de funcionamento da polia motriz 26 de acordo com a invenção são descritos detalhadamente mais abaixo em conexão com o meio portador 20 de acordo com a invenção.

3.4 TAMBOR

[00102] Enquanto em um acionamento por polia motriz, o meio portador 20 corre sobre a polia motriz 26 e dependendo do tipo do meio portador, é arrastado, por exemplo, por tração, em um acionamento por tambor os meios portadores 20 são enrolados sobre um tambor 18, cujo comprimento precisa estar adaptado à altura de transporte do sistema de elevador. Na maioria dos sistemas de elevador com um acionamento por tambor, conhecidos atualmente, a máquina de acionamento 14 com o tambor 18 está disposta embaixo, contrariamente à representação simplificada da figura 1.

4. MEIO PORTADOR

4.1 ESTRUTURA DO MEIO PORTADOR

[00103] Como meio portador para os acionamentos mecânicos são de interesse em sistemas de elevador, atualmente, meios portadores similares a cabos (cabos de arame), meios portadores similares a correntes e, nos últimos tempos, crescentemente, também meios portadores similares a correias. A presente invenção refere-se, nesse caso, ao aperfeiçoamento de meios portadores similares a correias, sendo que, por esse motivo, não são descritos mais detalhadamente nesse ponto os meios portadores similares a cabos e similares a correntes.

[00104] A estrutura, o modo de funcionamento e processos de produção para um meio portador similar a correia para um sistema de elevador de acordo com a presente invenção são descritos mais detalhadamente a seguir, sob referência às figuras 3 a 11.

[00105] Afigura 3 mostra, inicialmente, esquematicamente, a estrutura básica de um meio portador 20 similar a correia para um sistema de elevador.

[00106] No meio portador representado com a figura 3 estão embutidos vários suportes de tração, particularmente, vários suportes a tração 42 similares a cabo, em um corpo moldado similar a correia (corpo de correia) 44. Como suportes de tração 42 similares a cabo, podem ser utilizados no âmbito da presente invenção, particularmente, cabos, cordões, fios ou tecidos de arames metálicos, aço, fibras de material plástico, fibras minerais, fibras de vidro, fibra de carbono e/ou fibras de cerâmica. Os suportes de tração 42 similares a cabo podem estar formados, em cada caso, de um ou vários elementos simples ou de elementos de cabo torcidos um ou mais vezes.

[00107] Em uma modalidade da invenção, cada suporte de tração 42 compreende um cordão de núcleo de duas camadas, com um arame de núcleo (por exemplo, com diâmetro de 0,19 mm) e duas camadas de arame (por exemplo, com diâmetro de 0,17 mm) torcidos em torno do mesmo, bem como cordões externos de uma camada, dispostos em torno do cordão de núcleo, com um arame de núcleo (por exemplo, com diâmetro de 0,17 mm) e uma camada de arame (por exemplo, com diâmetro de 0,155 mm) torcido em torno do mesmo. Uma estrutura de suporte de tração desse tipo, que pode apresentar, por exemplo, um cordão de núcleo com 1+6+12 arames de aço e oito cordões externos com 1+6 arames de aço mostrou-se vantajosa em testes, no que se refere a resistência, aptidão para fabricação e flexibilidade. Vantajosamente, nesse caso, as duas camadas de arame do cordão de núcleo apresentam o mesmo ângulo de torção, enquanto uma camada de arame dos cordões externos está torcida contrariamente à direção de torção do cordão de núcleo e os cordões externos estão torcidos contrariamente à direção de torção de sua própria camada de arame em torno do cordão de núcleo. Mas, a presente invenção naturalmente não está limitada a suportes de tração 42 com essa estrutura de suporte de tração especial.

[00108] A utilização de suportes de tração 42 similares a cabos (também designados como cordas), com diâmetros ou larguras pequenos transversalmente à extensão longitudinal do meio portador 20 possibilita usar polias motrizes 26 e polias portadora 30, 34a, 34b com diâmetros pequenos. O diâmetro dos suportes de tração 42 situa-se, de preferência, no âmbito de 1,5 a 4 mm. Meios portadores similares a correia, com esses suportes de tração podem cooperar com polias motrizes ou polias de inversão, cujo diâmetro externo ou diâmetro efetivo menor que 100, de preferência, até mesmo menor que 80 mm.

[00109] Tal como ilustrado na figura 3, o corpo de correia 44 do meio portador 20 está formado de uma primeira camada de correia 46 de um primeiro material plastificável e uma segunda camada de correia 48, de um segundo material plastificável e possui uma primeira superfície externa 50 da primeira camada de correia 46, um plano de conexão 52 entre a primeira e a segunda camada de correia 46, 48, bem como uma segunda superfície externa 54 da segunda camada de correia 48. Os vários suportes de tração 42 estão embutidos no corpo de correia 44 de duas camadas na região do plano de conexão 52.

[00110] A primeira superfície externa 50 da primeira camada de correia 46 do corpo de correia 44 está em contato, por exemplo, com a superfície de tração da polia motriz 26, enquanto da segunda superfície externa 54 da segunda camada de correia 48 está em contato com as superfícies de deslocamento da polia portadora de contrapeso 30 e as duas polias portadoras de cabine 34a, 34b. Naturalmente, porém, o meio portador 20 da invenção também pode ser usado de modo inverso em um sistema de elevador com acionamento por polia motriz, tal como está representado nas figuras 2A e 2B. Isto é, a primeira superfície externa 50 da primeira camada de correia 46 do corpo de correia 44 também pode estar em contato com a superfície de tração da polia motriz 26, enquanto a segunda superfície externa 54 da segunda camada de correia 48 está em contato com as superfícies de deslocamento da polia portadora de contrapeso 30 e das polias portadoras de cabine 34a, 34b.

[00111] O primeiro material para a primeira camada de correia 46 e o segundo material para a segunda camada de correia 48 são produzidos, de preferência, de um elastômero, por exemplo, de poliuretano (PUR), borracha de etileno-propileno (EPDM), borracha de acrilnitrila-butadieno (NBR), policloropreno (CR) ou borracha natural. Mas, também podem ser usados outros plásticos, tais como poliamida (PA), po-lietileno (PE), polietersulfona (PES), polifenilsulfeto (PPS), politetrafluo-retileno (PTFE), cloreto de polivinila (PVC) e similares para as camadas de correia 46, 48, para formação do corpo moldado 44 do meio portador. Mas, a invenção não deve ficar limitada aos materiais citados. Adicionalmente, para a primeira e a segunda camada de correia 46, 48 também podem ser adicionados promotores de aderência especiais, para aumentar a resistência da conexão entre as camadas de correia 46, 48 e entre a primeira camada de correia 46 e os suportes de tração 42. Também é possível a incorporação de outros tecidos, fibras de tecido ou outros materiais de enchimento.

[00112] Tal como explicado em maiores detalhes abaixo, a primeira e a segunda camada de correia são formadas, em cada caso, em um processo de extrusão. De preferência, são usados para esse fim elas-tômeros termoplásticos como materiais. Em princípio, também é possível usar elastômeros ou material de borracha vulcanizáveis, sendo que a vulcanização definitiva pode, então, só ocorrer depois do processo de extrusão, para ter um material fluido para o processo de extrusão.

[00113] De acordo com a invenção é possível usar para a primeira camada de correia 46 e a segunda camada de correia 48, em cada caso, o mesmo material com propriedades iguais, em cada caso, o mesmo material com propriedades diferentes ou materiais diferentes. Propriedades importantes do/dos material(ais) para o corpo moldado 44 são, particularmente, a elasticidade, o valor de fricção, a resistência ao desgaste, a fluidez na extrusão, a capacidade de conectar-se com os suportes de tração 42 similares a cabo, a cor, a resistência à luz e similares.

[00114] A incorporação dos suportes de tração 42 similares a cabo na primeira camada de correia 42 provoca uma lubrificação de seus arames individuais no movimento recíproco dos mesmos, quando em uso em um sistema de elevador. Além disso, os suportes de tração 42 são, desse modo, adicionalmente protegidos contra corrosão e mantidos exatamente em suas posições desejadas.

[00115] Para aumento da pressão de compressão do meio portador 20 em uma polia motriz 26, é vantajoso, com vista a um aumento da capacidade de tração ou de propulsão, formar as superfícies de contato do corpo de correia 44, que cooperam com a polia motriz 26, isto é, a primeira ou a segunda superfície externa 50, 54, com as chamadas nervuras (cônicas) (não representadas na figura 3). As nervuras citadas estendem-se como elevações alongadas na direção da extensão longitudinal do meio portador 20 e chegam ao engate, de preferência, com ranhuras formadas de modo correspondente sobre a superfície de rolamento da polia motriz 26. Simultaneamente, as nervuras cônicas garantem com seu engate nas ranhuras, por parte da polia motriz 26, uma guia lateral do meio portador 20 sobre a polia motriz 26.

[00116] Além disso, as duas superfícies externas 50, 54 do meio portador 20 da invenção podem estar dotadas sobre todo seu comprimento ou só em seções parciais correspondentes, nas quais elas entram em contato com a polia motriz 26 e as diversas polias portadoras e de inversão do sistema de elevador de uma propriedade de superfície especial que influencia aproximadamente, as propriedades de deslizamento do meio portador 20. Por exemplo, a superfície externa 50, 54 do meio portador, que está em engate com a superfície de tração da polia motriz 26, com um revestimento redutor de tração. A estrutura de superfície ou similar. Alternativamente, a meio portador 20 também pode ser revestida em uma ou nas duas superfícies externas 50, 54 com um tecido ou similar, para influenciar as propriedades da superfí- cie do meio portador.

[00117] Em princípio, é possível prever várias correias portadoras 20 do tipo descrito formadas de modo diferente em um sistema de elevador.

4.2 PRODUÇÃO DO MEIO PORTADOR

[00118] Por meio das figuras 4 a 7 é explicado agora, em detalhe, o processo de produção do meio portador 20 da invenção e o dispositivo correspondente para produção do meio portador.

[00119] No processo para produção do elemento portador 20 com uma primeira camada de correia 46 e uma segunda camada de correia 48 e os suportes de tração 42 similares a cabo embutidos na mesma trata-se de um processo de duas etapas. A primeira estação de produção desse processo de produção de duas etapas está ilustrado na figura 4A, e a segunda estação de produção está representada na figura 4B. Deve ser observado que a primeira e a segunda estação de produção podem ser uma estação de produção separada ou ligadas diretamente em série dentro de um processo de produção como um todo.

[00120] Tal como representado na figura 4A, a primeira estação de produção para o meio portador 20 similar a correia da invenção compreende uma primeira roda de moldar 56 rotativa e uma primeira guia 58, que enlaça uma seção do perímetro dessa primeira roda de moldar 56. Essa primeira guia 58 pode estar formada, por exemplo por uma fita de moldar contínua, que é guiada sobre vários rolos e, junto com a superfície periférica da primeira roda de moldar 56 e duas nervuras de guia 61 que se salientam da mesma, forma um espaço oco de moldar, tal como está descrito, por exemplo, no documento DE 102 22 015 A1 citado inicialmente. Alternativamente, a primeira guia 58 pode ser uma parede externa estacionária do espaço oco de moldar formado pela mesma junto com superfície periférica da primeira roda de moldar 56 e as duas nervuras de guia 61, que se salientam da mesma. Nesse caso, o lado da primeira guia 58 voltado para a roda de moldar está vantajosamente dotada de um elemento corrediço, por exemplo, um revestimento corrediço de PTFE, para facilitar um movimento relativo entre a primeira guia 58, que forma a parede externa estacionária do espaço oco de moldar, e o corpo moldado extrudado, que gira com a roda de moldar 56, da correia parcial em formação.

[00121] A superfície periférica da primeira roda de moldar 58 está formada com várias ranhuras longitudinais 60, que se estendem ao longo da direção periférica da roda de moldar, tal como estás representado na figura 4B. A largura da superfície periférica da roda de moldar 56, que é limitada, de preferência, por elementos de guia 61 laterais apropriados (vide figura 5), corresponde à largura desejada da meio portador 20, e o número das ranhuras longitudinais 60 na superfície periférica da primeira roda de moldar 56 corresponde ao número desejado dos suportes de tração 42 similares a cabo na meio portador 20.

[00122] Tal como ilustrado na figura 4B, a largura b das ranhuras longitudinais 60 é selecionada de modo menor do que o diâmetro d dos suportes de tração 42. Por exemplo, a largura b das ranhuras situa-se em um âmbito de aproximadamente 70% a 95% do diâmetro d dos suportes de tração 42, de modo particularmente preferido, em um âmbito de aproximadamente 75% a 90%. Além disso, a profundidade t das ranhuras longitudinais 60 situa-se em um âmbito de aproximadamente 25% a 50%, de preferência, em um âmbito de aproximadamente 30% a 40% do diâmetro d dos suportes de tração 42.

[00123] Na primeira estação de produção da figura 4A são agora alimentados os suportes de tração 42 similares a cabo de um rolo de reserva 62 à primeira roda de moldar 56, sendo que eles são guiados nas ranhuras longitudinais 60 da superfície periférica da primeira roda de moldar 56 e, de preferência, mantidos sob tensão prévia. Devido às dimensões descritas acima da largura b e da profundidade t das ranhuras longitudinais 60 em relação ao diâmetro d dos suportes de tração 42, os suportes de tração 42 só são recebidos parcial mente nas ranhuras longitudinais 60. Os suportes de tração 42 encostam-se na primeira roda de moldar 56 apenas nas bordas marginais das ranhuras longitudinais 60, de modo que entre os suportes de tração e a primeira roda de moldar existem espaços livres ou espaços ocos nas regiões das ranhuras longitudinais 60.

[00124] De um primeiro extrusor 64, uma corrente fluida do primeiro material é carregada, substancial mente sem pressão no espaço oco de moldar formado entre a primeira roda de moldar 56 e a primeira guia 58, sendo que o pelo menos um suporte de tração 42 encosta-se sobre a superfície periférica da primeira roda de moldar 56, antes que a corrente do primeiro material entre no espaço oco de moldar. A corrente de material do primeiro extrusor 64 é comprimida pela primeira guia 58 contra os suportes de tração 42 e a primeira roda de moldar 56 e, desse modo, obtém sua forma definitiva para finalmente, formar a correia parcial 66 com a primeira camada de correia 46 e os suportes de tração 42 embutidos. A primeira superfície externa 50 da correia parcial 66 ou do meio portador 20 está, nesse caso, voltada para a guia 58 e a superfície da correia parcial 66, que forma o plano de conexão 52 está voltada para a primeira roda de moldar 56.

[00125] Tal como ilustrado na figura 5, nesse processo de embuti-mento o primeiro material fluido também corre para dentro dos espaços ocos dentro dos suportes de tração 42 similares a cabo e através desses espaços ocos, bem como os espaços livres entre a superfície 42 e a roda de moldar 56, formados devido à torcedura dos suprotes de tração 42 (vide as linhas de corrente 67 indicadas por setas na figura 5), também nos espaços livres ou espaços ocos do espaço oco de moldar, formado entre os suportes de tração 42 e as ranhuras correspondentes 60. A penetração do primeiro material nesses espaços livres ou espaços ocos é facilitada pelo fato de que os suportes de tração 42 só se encostam na primeira roda de moldar 56 ao longo das bordas marginais das ranhuras longitudinais 60, de modo que os suportes de tração 42 com seus arames de cordões externos torcidos praticamente não impedem a afluência do material nos espaços ocos entre os suportes de tração e a primeira roda de moldar 56. Dessa maneira, por um lado, os espaços ocos dentro dos suportes de tração 42 similares a cabo são preenchidos, pelo menos parcialmente, com o primeiro material, com o que resulta uma conexão muito boa entre os suportes de tração 42 e a primeira camada de correia 46 do primeiro material. Por outro lado, os suportes de tração 42 são embutidos o mais completamente possível na primeira camada de correia 46, de modo que entre os suportes de tração 42 embutidos e a segunda camada de correia, moldada subsequentemente na superfície de conexão 52, não existe nenhum contato direto.

[00126] As propriedades do primeiro material plastificável (particularmente, sua fluidez) e os parâmetros de processo da primeira estação de produção (particularmente, temperatura e pressão) devem, nesse caso, ser selecionados de tal modo que durante o passo de embutimento, o primeiro material possa penetrar nos espaços ocos entre os suportes de tração 42 e a primeira roda de moldar 56, tal como explicado acima por meio da figura 5.

[00127] No exemplo de modalidade representado nas figuras 4 a 5, o pelo menos um suporte de tração 42 do meio portador 20, depois do primeiro passo de produção na primeira estação de produção, salienta-se por aproximadamente, 5% a 20% de seu diâmetro em relação à superfície de conexão 52 da correia parcial 66. Nesse caso, mais de 80%, de preferência, mais de 90%, de modo particularmente preferido, mais de 95% da superfície do pelo menos um suporte de tração 42 estão cobertos com o primeiro material plastificável da primeira camada de correia 46.

[00128] Para aperfeiçoar adicionalmente a conexão entre o primeiro material plastificável para a primeira cama de correia 46 e os suportes de tração 42 a ser embutidos, é vantajoso quando os suportes de tração 42 são aquecidos durante o processo de embutimento. Para esse fim, está disposto, por exemplo, um primeiro dispositivo de aquecimento 68, para aquecimento dos suportes de tração 42 a ser alimentados à primeira roda de moldar 56, de tal modo que esses últimos são aquecidos, antes de subirem na roda de moldar 56.

[00129] Embora não esteja representado nas figuras 4 e 5, a primeira guia 58 pode estar perfilada em seu lado interno voltado para a primeira roda de moldar 56, para conferir à primeira superfície externa 50 da correia parcial 66 ou do meio portador 20 acabada em um perfil. Particularmente, é possível dotar a primeira superfície externa 50 do meio portador 20 de nervuras ou nervuras cônicas, que se estendem em direção longitudinal, tal como é descrito posteriormente, em conexão com modalidades especiais do meio portador 10, por meio das figuras 8 a 10. Alternativamente ou adicionalmente, também podem ser inseridas outras estruturas de superfície nessa primeira superfície externa 50. A perfilação ou estruturação da primeira superfície externa 50 do meio portador 20 dá-se, nesse caso, vantajosamente, durante o passo de embutimento do pelo menos um suporte de tração 42 na primeira camada de correia 46.

[00130] De acordo com um processo alternativo preferido, no passo de embutimento citado, a correia parcial é extrudada com um plano não perfilado, que forma a primeira superfície externa 50 do meio portador 20. Depois do segundo passo de produção descrito abaixo, a meio portador 20 é trabalhada adicionalmente, em um outro passo de produção separado, de tal modo que ele apresenta as nervuras citadas acima, que se estendem na direção longitudinal do meio portador. Vantajosamente, esse trabalho adicional do meio portador dá-se por esmerilhamento com rebolos perfilados, que são especialmente apropriados para o esmerilhamento de materiais elastoméricos. O material removido, nesse caso, é aspirado e reciclado.

[00131] Em um aprimoramento vantajoso da invenção, a primeira roda de moldar 56 ou sua superfície periférica está formada de tal modo que a superfície de conexão 52 da correia parcial 66 é dotada de uma estrutura de superfície durante o passo de embutimento. Tal como indicado na figura 6, pelo menos as seções da superfície de conexão 52 entre os suportes de tração 42 são, de preferência, formadas com uma estrutura de superfície 70, por exemplo, na forma de uma asperização, serrilhamento ou caneluras, em forma de retícula ou irregular. Mas, adicionalmente, também as regiões dos suportes de tração 42 na superfície de conexão 52 podem ser formadas com uma estrutura de superfície 70. Uma estrutura de superfície 70 desse tipo amplia a superfície de conexão 52 e, desse modo, aperfeiçoa a conexão posterior com a segunda camada de correia 48.

[00132] Depois da produção da correia parcial 66 na primeira estação de produção de acordo com as figuras 4A e 4B, dá-se a produção do meio portador 20 em uma segunda estação de produção que está mostrada como exemplo nas figuras 7A e 7B.

[00133] Tal como representado na figura 7A, a segunda estação de produção, compreende, de modo similar à primeira estação de produção para o meio portador 20 similar a correia, uma segunda roda de moldar 72 rotativa no sentido contrário aos ponteiros do relógio e uma segunda guia 74, que enlaça uma seção da periferia dessa segunda roda de moldar 72. Essa segunda guia 74 pode estar formada, por exemplo, tal como a primeira guia 58 da primeira roda de moldar 56, de uma fita de moldar contínua que é guiada sobre vários rolos e junto com a superfície periférica da segunda roda de moldar 72 e duas nervuras de guia que se salientam dessa superfície periférica, não representadas aqui, forma um espaço oco de moldar. Alternativamente, a segunda guia 74 pode ser uma parede externa do espaço oco de moldar citado, que a mesma forma, junto com a superfície periférica da segunda roda de moldar 72 e duas nervuras de guia, que se salientam da mesma. Nesse caso, o lado da segunda guia 74, voltado para a roda de moldar 72, está dotada, vantajosamente de um elemento corre-diço para facilitar um movimento relativo entre a segunda guia 74, que forma a parede externa estacionária do espaço oco de moldar e o corpo moldado extrudado, que gira com a roda de moldar da segunda camada de correia 48 em formação.

[00134] Contrariamente à primeira estação de produção das figuras 4A e 4B, a segunda roda de moldar 72 da segunda estação de produção está formada com uma superfície periférica, que corresponde ao perfil da primeira superfície externa 50 da primeira camada de correia 46 ou da correia parcial 66. No exemplo de modalidade mostrado na figura 7B está prevista uma superfície periférica plana para a segunda roda de moldar 72, para o caso de a primeira superfície externa 50 do meio portador 20 não ter de apresentar um perfil, isto é, ter de apresentar uma superfície de superfície plana, ou para o caso de a superfície externa 50 citada só ser perfilada por trabalho adicional. A largura da superfície periférica da segunda roda de moldar 72, que é limitada, de preferência, por elementos de guia laterais (não representados), corresponde à largura desejada do meio portador 20.

[00135] Na segunda estação de produção de acordo com a figura 7A, a correia parcial 66, produzida na primeira estação de produção descrita acima, é agora alimentada à segunda roda de moldar 72, de tal modo que a primeira superfície externa 50 da correia parcial 66 es- tá em contato com a superfície periférica da segunda roda de moldar 72. Do segundo extrusor 76 uma corrente fluida do segundo material plastificável é carregada, substancialmente sem pressão no espaço oco de moldar formado entre a segunda roda de moldar 72 e a segunda guia 74. A corrente de material do segundo extrusor 76 é comprimida pela segunda guia 74 contra a superfície de conexão da correia parcial 66 e moldada na mesma como segunda camada de correia 48. Nesse caso, a segunda camada de correia 48 obtém sua forma definitiva e, finalmente, forma com a primeira camada de correia 46 e os suportes de tração 42 embutidos entre as duas camadas de correia a meio portador 20. A segunda superfície externa 54 do meio portador 20, formada pela segunda camada de correia 48, nesse caso, está voltada para a guia 74.

[00136] Tal como ilustrado na figura 7B, nesse processo de molda-gem o segundo material fluido corre contra toda a superfície da correia parcial 66, que forma o plano e conexão 52. No caso de uma estruturação de superfície 70 dessa superfície de conexão 52, tal como explicado acima, a conexão entre a primeira e a segunda camada de correia 46, 48 é particularmente boa. Como os suportes de tração 42 foram embutidos o mais completamente possível na primeira camada de correia 46, na primeira estação de produção, a segunda camada de correia 48 praticamente não entra e não entra de modo algum em contato com os suportes de tração 42.

[00137] Para aperfeiçoar adicionalmente a conexão entre o segundo material plastificável para a segunda gama de correia 48 e a correia parcial 66 produzida previamente, é vantajoso quando a correia parcial 66 é aquecida durante o processo de moldagem descrito. Para esse fim, está disposto, por exemplo, um dispositivo de aquecimento 78 para aquecimento da correia parcial 66 a ser alimentada à segunda roda de moldar 72, de tal modo que a referida correia parcial é aquecida antes de subir na segunda roda de moldar 72.

[00138] Embora não esteja representada nas figuras 7A e 7B, também a segunda guia 74 pode estar perfilada em seu lado interno, voltado para a segunda roda de moldar 72, para conferir um perfil à segunda superfície externa 54 do meio portador 20 acabada. Particularmente, também é possível dotar a segunda superfície externa 54 do meio portador 20 de nervuras ou nervuras cônicas que se estendem em direção longitudinal, tal como é descrito posteriormente, em conexão com modalidades especiais do meio portador 20 por meio das figuras 8 a 10. Alternativamente ou adicionalmente, também podem ser inseridas outras estruturas de superfície nessa segunda superfície externa 54. Essa perfilação ou estruturação da segunda superfície externa 54 do meio portador 20 dá-se, nesse caso, de modo vantajoso, durante o processo de moldagem na segunda estação de produção.

[00139] De acordo com um processo alternativo preferido, no decorrer do referido processo de moldagem, a segunda camada de correia 48 é extrudada, com um plano não perfilado, que forma a segunda superfície externa 54 do meio portador 20. Depois do segundo passo de produção descrito a seguir, a meio portador 20 é trabalhada adicionalmente, em um outro passo de produção separado, de tal modo que ele apresenta as nervuras citadas acima, que se estendem na direção longitudinal do meio portador. Vantajosamente, esse trabalho adicional do meio portador dá-se por esmerilhamento com rebolos perfilados que são especialmente apropriados para o esmerilhamento de materiais elastoméricos. O material removido é, nesse caso, aspirado e reciclado.

[00140] Tal como já mencionado acima, para a primeira e a segunda camada de correia 46, 48 podem ser usados, opcionalmente, materiais iguais ou diferentes, com propriedades iguais ou diferentes. Devido ao processo de produção de duas etapas, é vantajoso quando o segundo material possui uma temperatura de fluência ou fusão menor do que o primeiro material, de modo que a corrente de material alimentada do extrusor 76 na segunda estação de produção eventualmente amolece a superfície da primeira camada de correia 46 na superfície de conexão 50, para obter uma conexão melhor entre os dois materiais, mas não toda a correia parcial 66. Com isso, pode ser garantido que a forma de toda a correia parcial 66, com os suportes de tração 42 encerrados pelo primeiro material, é mantida praticamente inalterada.

[00141] Em um exemplo de modalidade preferido, para a segunda camada de correia 48 do meio portador 20 é selecionado um material mais macio do que para a primeira camada de correia 46 do meio portador 20. Por exemplo, o primeiro material para a primeira camada de correia 46 possui uma dureza "shore" de aproximadamente 85 à temperatura ambiente, enquanto para a segunda camada de correia 48 é usado um segundo material, com uma dureza "shore" de aproximadamente 80 à temperatura ambiente.

[00142] No exemplo de modalidade acima do processo de produção, foi descrito que a primeira e a segunda superfície externa 50, 54 podem ser opcionalmente formadas com superfícies planas ou com um perfil, na primeira ou na segunda estação de produção. É possível, ainda, dotar uma ou as duas das superfícies externas 50, 54 de um revestimento, metalização, floculação ou similar (não representado), para modificar de modo selecionado as propriedades de superfície, particularmente as propriedades de fricção das superfícies do meio portador 20. Esse trabalho de superfície pode ser aplicado, opcionalmente, sobre as superfícies externas 50, 54 completas ou apenas sobre uma parte das superfícies externas, tais como, por exemplo, os flancos das nervuras cônicas, que formam essas superfícies eternas. Para a segunda camada de correia 48, que entra em contato com as polias de inversão, é preferido, por exemplo, um valor de fricção de μ< 0,3.

4.3 MODALIDADES ESPECIAIS DO MEIO PORTADOR

[00143] Com referência às figuras 8 a 10, são agora descritas diversas modalidades preferidas de um meio portador 20 similar a correia, que podem ser produzidas com o processo de produção de acordo com a invenção descrito acima.

[00144] No primeiro exemplo de modalidade de acordo com a figura 8, a aparelho de perfuração 20 apresenta um corpo moldado 44, formado por uma primeira camada de correia 46 e uma segunda camada de correia 48, no qual está disposta uma disposição de suportes de tração com, no total, quatro suportes de tração 42 similares a cabos. A primeira superfície externa 50 da primeira camada de correia 46 está prevista para o contato com a polia motriz 26. Para esse fim, ela apresenta duas nervuras de propulsão na forma de nervuras cônicas 80, que se engatam em ranhuras associadas da polia motriz 26 e são guiadas lateralmente pela mesma, sendo que, devido ao efeito cônico, as forças de compressão e, com isso, a capacidade de tração do acionamento, aumentam.

[00145] A segunda superfície externa 54 da segunda camada de correia 48 está prevista para contato com as polias portadoras da cabine 34a, 34b e, para esse fim, apresenta uma nervura de guia na forma de uma nervura cônica 82, que se engata em um rolo associado da polia de inversão 34a, 34b e é guiada lateralmente pela mesma.

[00146] No exemplo de modalidade da figura 8 a altura total do meio portador (20) está dimensionada de modo maior do que sua largura total. Com isso, é ampliada a resistência à flexão do meio portador 20 em torno de seu eixo transversal e, desse modo, evita um em-perramento nas ranhuras da polia motriz 26 e das polias portadoras 30, 34a, 34b. No exemplo mostrado, a relação de largura total para altura total perfaz aproximadamente 0,90.

[00147] O ângulo dos flancos a das nervuras de propulsão 80 da primeira camada de correia 46 está definido como ângulo interno entre os dois flancos de uma nervura de propulsão 80 e perfaz no exemplo de modalidade, aproximadamente, 90° (em geral, entre 60° e 120°). O ângulo dos flancos β da nervura de guia 82 da segunda camada de correia 48, definido de modo correspondente, perfaz nesse exemplo, aproximadamente, 80° (em geral, entre 60° e 100°).

[00148] Tal como pode ser visto na figura 8, a altura de flanco a nervura de guia 82 é maior do que a altura de flanco das duas nervuras de propulsão 80. Com isso, a nervura de guia 82 pode imergir mais profundamente em uma ranhura correspondente das polias de inversão 30, 34a, 34b, do que é o caso nas nervuras de propulsão 80 e das ranhuras associadas da polia motriz 26. Também pode ser visto na figura 8 que também a largura de flanco da nervura de guia 82 é maior do que a das duas nervuras de propulsão 80. Pela largura de flanco maior da nervura de guia 82, a meio portador 20 é guiada em seu segundo lado externo 54 sobre uma região maior em direção transversal, com o que é reduzido o risco do escape do meio portador de sua ranhura de guia na polia de inversão.

[00149] Tal como indicado na figura 8, as nervuras cônicas 80, 82 têm, em cada caso, uma ponta achatada, com uma largura que tem pelo menos o mesmo tamanho como a distância mínima dos contra-flancos correspondentes das ranhuras das polias 26, 30, 34a, 34b. Com isso, é evitado que as pontas das nervuras cônicas entrem em contrato com a base das ranhuras cônicas correspondentes nas polias citadas e, desse modo, estão protegidas contra uma concentração de tensão correspondente.

[00150] Um meio portador 20, tal como foi descrita acima por meio da figura 8, está explicada, detalhadamente, por exemplo, no documento EP 06127168.0, ainda não publicado, do depositante ao qual é feita, por esse motivo, referência ao seu teor total no que se refere à estrutura e a forma do meio portador 20.

[00151] O segundo exemplo de modalidade de um meio portador 20, ilustrada na figura 9, diferencia-se do exemplo descrito acima pelo fato de que, em vez das duas nervuras cônicas 80 no lado da primeira camada de correia 46, está formada apenas uma nervura cônica 80. Também essa nervura cônica 80 possui um ângulo de flanco a de aproximadamente 90° (em geral, entre 60° e 120°) e uma ponta achatada. No total, resulta nesse meio portador 20, tanto na primeira como também na segunda superfície externa 50, 54, um perfil em V. No total, a meio portador descrita com a figura 9 apresenta uma secção transversal, que geometricamente corresponde a um deltoide. Quando os ângulos de flanco α e β são do mesmo tamanho, então a secção transversal total da meio portador corresponde a um losango (rombo). Um meio portador desse tipo tem a vantagem de que ela pode ser guiada com seus dois lados em tono de polias motrizes e de inversão, que estão dotadas de ranhuras cônicas formadas de modo idêntico.

[00152] A figura 10 mostra um terceiro exemplo de modalidade do meio portador 20. A mesma diferencia-se do meio portador 20 representada na figura 9 pelo fato de que a nervura cônica 80 da primeira camada de correia 46 está formada, no total, de modo arredondado.

[00153] É óbvio que os exemplos de modalidade das figuras 8 a 10 só são exemplificados e não devem restringir a invenção a essas formas especiais do meio portador 20. O técnico facilmente pode identificar outras variantes do meio portador que podem ser produzidas com o processo de produção descrito acima da invenção.

[00154] Embora nos exemplos de modalidade das figuras 8 a 10 a altura total do meio portador 20 estava, em cada caso, dimensionada de modo maior do que sua largura total, a invenção naturalmente não está limitada a isso. Tal como indicado nas figuras 11A e 11B, a pre- sente invenção compreende tanto correias portadoras 20, nas quais a altura é maior do que a largura (figura 11 A), como também correias portadoras 20, nas quais a largura é maior do que a altura (figura 11B). Além disso, são concebíveis formas de seção transversal, tanto retangulares como também quadradas para a meio portador 20. De preferência, a relação da largura total para a altura total da meio portador 20 situa-se no âmbito entre 0,8 e 1,2, de modo particularmente preferido, no âmbito entre 0,9 e 1,1.

[00155] No exemplo de modalidade acima, foi descrita a produção de um meio portador 20 com uma determinada largura e um determinado número de suportes de tração 42 embutidos e nervuras cônicas 80, 82. Particularmente, no caso de correias portadoras 20 estreitas (isto é, altura/largura >1), tal como é mostrado exemplificadamente nas figuras 8 a 10, também é possível, no entanto, no âmbito da invenção deixar várias dessas correias portadoras 20 passar simultaneamente, uma ao lado da outra, em cada caso, uma primeira e segunda estação de produção concebida de modo correspondente.

[00156] De acordo com uma variante dessa produção em paralelo, primeiramente é produzida uma correia larga, com a largura de várias correias portadoras 20, com um grande número de suportes de tração 42, que subsequentemente, é separada em várias coréias portadoras 20 individuais. Para esse fim, são concebíveis diversos processos mecânicos, tais como cortar, serrar etc. Para simplificação do processo de separação, podem ser previstos na correia larga pontos de ruptura teórica, que também se estendem em sua direção longitudinal. Para separação dessa correia larga com pontos de ruptura teórica em correias portadoras 20 individuais pode ser prevista uma polia motriz 26, na qual, na região de pontos de separação desejados, existem distâncias maiores entre duas ranhuras adjacentes, com o que, na entrada em funcionamento do sistema de elevador, a correia larga é afastada nesses pontos e, com isso, é separada, de modo que, várias correias portadoras 20 individuais estão em uso no sistema de elevador.

[00157] Para um manuseio mais simples no transporte e na montagem, várias correias portadoras 20 podem estar conectadas uma com a outra com uma fita de suporte ou fita de montagem, por exemplo, de material plástico ou similar. A fita de suporte ou fita de montagem é removida das correias portadoras, de preferência, depois da montagem das correias portadoras 20 em um sistema de elevador. Esse processo está explicado detalhadamente, por exemplo, no documento EP 06118824.9, ainda não publicado, do depositante, ao qual é feita, por esse motivo, referência ao seu teor total, no que se refere ao mesmo. 4.4 MEIO DE FIXAÇÃO TERMINAL (PARA FIXAÇÃO DAS EXTREMIDADES LIVRES DO MEIO PORTADOR) [00158] Para a fixação segura das extremidades livres 28a, 28b dos meios portadores 20 similares a cabo ou similares a correia, podem ser previstos diferentes meios de fixação terminal. As extremidades livres de cabos de arame podem ser fixadas, por exemplo, por fechaduras de cunha, enchimento, entrançamento ou outros processos; as de correias portadoras normalmente são fixadas por fechaduras de cunha, sendo que os componentes das fechaduras de cunha, que cooperam com os lados nervurados das correias portadoras estão dotados, de preferência, de nervuras correspondentes.

REIVINDICAÇÕES

Claims (41)

1. Processo para produção de um meio portador (20) similar a correia para um sistema de elevador, com os passos de: - colocação de pelo menos um suporte de tração (42) similar a cabo; - embutimento do pelo menos um suporte de tração (42) similar a cabo em uma primeira camada de correia (46) de um material plastificável, de tal modo que é formada uma correia parcial (66), com uma primeira superfície externa (50) e uma superfície que forma um plano de conexão (52), na qual o pelo menos um suporte de tração (42) salienta-se parcialmente do plano de conexão (52) da correia parcial; e - moldagem de uma segunda camada de correia (48) de um segundo material plastificável no plano de conexão (52) da correia parcial (66) e nas seções salientes do pelo menos um suporte de tração (42), de tal modo que é formado um meio portador (20), com uma primeira superfície externa (50) no lado da primeira camada de correia (46) e uma segunda superfície externa (54) no lado da segunda camada de correia (48) caracterizado pelo fato de que na etapa de embutimento a seção saliente do pelo menos um suporte de tração (42) está coberta, pelo menos parcialmente, com o primeiro material plastificável.

2. Processo, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que a superfície do pelo menos um suporte de tração (42) é coberta no passo de embutimento em pelo menos 80%, de preferência, pelo menos 90%, de modo particularmente preferido, pelo menos 95%, com o primeiro material plastificável.

3. Processo, de acordo com a reivindicação 1 ou 2, caracterizado pelo fato de que os espaços livres dentro do pelo menos um suporte de tração (42) são preenchidos no passo de embutimento, pe- Io menos parcialmente, com o primeiro material plastificável.

4. Processo, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 3, caracterizado pelo fato de que para a primeira camada de correia (46) e a segunda camada de correia (48) é usado um material igual.

5. Processo, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 3, caracterizado pelo fato de que para a primeira camada de correia (46) e a segunda camada de correia (48) são usados materiais diferentes.

6. Processo, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 5, caracterizado pelo fato de que a superfície da correia parcial, que forma o plano de conexão (52), é dotada, pelo menos parcialmente de uma estrutura de superfície (70), antes do passo de mol-dagem da segunda camada de correia (48).

7. Processo, de acordo com a reivindicação 6, caracterizado pelo fato de que a superfície (52) da correia parcial (66), que forma o plano de conexão (52), é dotada, pelo menos em parte de uma estrutura de superfície (70), durante o passo de embutimento.

8. Processo, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 7, caracterizado pelo fato de que a primeira superfície externa (50) e a segunda superfície externa (54) são formadas com pelo menos uma nervura (80, 82), que se estende na direção longitudinal do meio portador.

9. Processo, de acordo com a reivindicação 8, caracterizado pelo fato de que a primeira superfície externa (50) é formada com a pelo menos uma nervura (80), durante o passo de embutimento.

10. Processo, de acordo com a reivindicação 8 ou 9, caracterizado pelo fato de que a segunda superfície externa (54) é formada depelo menos uma nervura (82), durante o passo de moldagem.

11. Processo, de acordo com qualquer uma das reivindica- ções 1 a 10, caracterizado pelo fato de que o passo de embutimento é realizado como um processo de extrusão do primeiro material plastifi-cável.

12. Processo, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 11, caracterizado pelo fato de que o passo de moldagem é realizado como um processo de extrusão do segundo material plastifi-cável.

13. Processo, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 12, no qual a primeira camada de correia (46) e a segunda camada de correia (48) são formadas com parâmetros de processo iguais ou diferentes.

14. Processo, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 13, caracterizado pelo fato de que o pelo menos um suporte de tração (42) é colocado sob tensão prévia durante o passo de embutimento.

15. Processo, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 14, caracterizado pelo fato de que o pelo menos um suporte de tração (42) é aquecido, durante o passo de embutimento.

16. Processo, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 15, caracterizado pelo fato de que a superfície de conexão da correia parcial é aquecida durante o passo de moldagem.

17. Dispositivo para a realização do processo para produção de um meio portador (20) similar a correia para um sistema de elevador, como definido na reivindicação 1, compreendendo, uma primeira estação de produção, para formação de uma correia parcial (66), com uma primeira superfície externa (50) e uma superfície, que forma um plano de conexão (52), sendo que a primeira estação de produção apresenta uma primeira roda de moldar (56), uma primeira guia (58), que enlaça um perímetro parcial da primeira roda de moldar (56), um dispositivo (62) para alimentação de pelo me- nos um suporte de tração (42) similar a cabo à primeira roda de moldar (56) e um primeiro extrusor (64) para alimentação de um primeiro material plastificável em um espaço oco de moldar, formado entre a primeira roda de moldar (56) e a primeira guia (58); e uma segunda estação de produção, para formação do meio portador (20) com a primeira superfície externa (50) e uma segunda superfície externa (54), sendo que a segunda estação de produção apresenta uma segunda roda de moldar (72), uma segunda guia (74), que enlaça um perímetro parcial da segunda roda de moldar (72), um dispositivo para alimentação da correia parcial (66), produzida na primeira estação de produção, à segunda roda de moldar (72) e um segundo extrusor (76) para alimentação de um segundo material plastificável em um espaço oco de moldar, formado entre a segunda roda de moldar (72) e a segunda guia (74), caracterizado pelo fato de que a superfície periférica da primeira roda de moldar (56) da primeira estação de produção está formada com pelo menos uma ranhura longitudinal (60), que se estende na direção periférica da primeira roda de moldar (56), na qual em um estado de uso é guiável o pelo menos um suporte de tração (42), sendo que a largura (b) da ranhura longitudinal (60) é escolhida menor que um diâmetro (d) deste suporte de tração (42), sendo que a primeira guia (58) da primeira estação de produção está perfilada em seu lado voltado para a primeira roda de moldar (56), para dar um perfil à superfície externa (50) da correia parcial (66) ou do meio portador (20).

18. Dispositivo, de acordo com a reivindicação 17, caracterizado pelo fato de que a largura (b) das ranhuras longitudinais (60) da superfície periférica da primeira roda de moldar (56) situa-se em um âmbito de 70% a 95%, de modo particularmente preferido, em um âmbito de 75% a 90% do diâmetro (d) dos suportes de tração (42).

19. Dispositivo, de acordo com a reivindicação 17 ou 18, caracterizado pelo fato de que uma profundidade (t) das ranhuras longitudinais (60) da superfície periférica da primeira roda de moldar (56) situa-se em um âmbito de 25% a 50%, de modo particularmente preferido, em um âmbito de 30% a 40% de um diâmetro (d) dos suportes de tração (42).

20. Dispositivo, de acordo com qualquer uma das reivindicações 17 a 19, caracterizado pelo fato de que a primeira estação de produção apresenta, ainda, um dispositivo para alimentação sob tensão prévia do pelo menos um suporte de tração (42) à primeira roda de moldar (56).

21. Dispositivo, de acordo com qualquer uma das reivindicações 17 a 20, caracterizado pelo fato de que a primeira estação de produção apresenta, ainda, um primeiro dispositivo de aquecimento (68), para aquecimento do pelo menos um suporte de tração (42), antes de sua alimentação à primeira roda de moldar (56).

22. Dispositivo, de acordo com qualquer uma das reivindicações 17 a 21, caracterizado pelo fato de que a primeira roda de moldar (56) está dotada de uma estrutura em sua superfície periférica na região entre as ranhuras longitudinais (60), para dar uma estrutura de superfície (70) à superfície da correia parcial (66), que forma o plano de conexão (52).

23. Dispositivo, de acordo com qualquer uma das reivindicações 17 a 22, caracterizado pelo fato de que a segunda estação de produção apresenta, ainda, um segundo dispositivo de aquecimento (78), para aquecimento da correia parcial (66), antes de sua alimentação à segunda roda de moldar (72).

24. Dispositivo, de acordo com qualquer uma das reivindicações 17 a 23, caracterizado pelo fato de que a segunda guia (74) da segunda estação de produção está perfilada em seu lado voltado para a segunda roda de moldar (72), para dar um perfil à segunda superfí- cie externa (54) do meio portador (20).

25. Meio portador (20) para um sistema de elevador, produzido por um processo como definido na reivindicação 1, compreendendo, uma primeira camada de correia (46) de um primeiro material plastificável com uma primeira superfície externa (50) e uma superfície que forma um plano de conexão (52); pelo menos um suporte de tração (42) similar a cabo, que está embutido de tal modo na primeira camada de correia (46) que ele se salienta parcialmente do plano de conexão (52) da primeira camada de correia (46); e uma segunda camada de correia (48) de um segundo material plastificável, o segundo material plastificável estando moldado no plano de conexão (52) da primeira camada de correia (46) e forma uma segunda superfície externa (54) do meio portador (20); caracterizado pelo fato de que uma seção saliente do pelo menos um suporte de tração (42) está coberta, pelo menos parcialmente, com o primeiro material plastificável e o segundo material plastificável está também moldado à dita seção saliente.

26. Meio portador, de acordo com a reivindicação 25, caracterizado pelo fato de que a superfície do pelo menos um suporte de tração (42) está coberta em pelo menos 80%, de preferência, pelo menos 90%, de modo particularmente preferido, em pelo menos 95%, com o primeiro material plastificável.

27. Meio portador, de acordo com a reivindicação 25 ou 26, caracterizado pelo fato de que os espaços livres dentro do pelo menos um suporte de tração (42) estão preenchidos, pelo menos parcialmente, com o primeiro material plastificável.

28. Meio portador, de acordo com qualquer uma das reivindicações 25 a 27, caracterizado pelo fato de que a primeira camada de correia (46) e a segunda camada de correia (48) estão formadas de um mesmo material.

29. Meio portador, de acordo com qualquer uma das reivindicações 25 a 28, caracterizado pelo fato de que a primeira camada de correia (46) e a segunda camada de correia (48) estão formadas de materiais diferentes.

30. Meio portador, de acordo com qualquer uma das reivindicações 25 a 29, caracterizado pelo fato de que a primeira superfície externa (50) da primeira camada de correia (46) está formada com pelo menos uma nervura (80), que se estende na direção longitudinal do meio portador (20).

31. Meio portador, de acordo com a reivindicação 30, caracterizado pelo fato de que pelo menos uma nervura (80) está formada na forma de uma ranhura cônica.

32. Meio portador, de acordo com a reivindicação 31, caracterizado pelo fato de que pelo menos uma nervura cônica (80) apresenta um ângulo de flanco entre 60° e 120°, de preferência, entre 80° e 100°.

33. Meio portador, de acordo com a reivindicação 31 ou 32, caracterizado pelo fato de que a pelo menos uma nervura cônica (80) está formada com uma ponta achatada.

34. Meio portador, de acordo com qualquer uma das reivindicações 25 a 33, caracterizado pelo fato de que a segunda superfície externa (54) da segunda camada de correia (48) está formada com pelo menos uma nervura (82), que se estende na direção longitudinal do meio portador (20).

35. Meio portador, de acordo com a reivindicação 34, caracterizado pelo fato de que pelo menos uma nervura (82) está formada na forma de uma nervura cônica.

36. Meio portador, de acordo com a reivindicação 35, carac- terizado pelo fato de que pelo menos uma nervura cônica (82) apresenta um ângulo de flanco entre 60° e 100°.

37. Meio portador, de acordo com a reivindicação 35 ou 36, caracterizado pelo fato de que pelo menos uma nervura cônica (82) está formada com uma ponta achatada.

38. Meio portador, de acordo com qualquer uma das reivindicações 26 a 37, caracterizado pelo fato de que a relação da altura total do elemento portador para a largura total do meio portador (20) é maior que 1.

39. Sistema de elevador, com pelo menos uma cabine de elevador (10) ou plataforma para transporte de pessoas e/ou mercadorias; um sistema de acionamento, com pelo menos uma máquina de acionamento (14) para mover a pelo menos uma cabine de elevador (10) ou plataforma ao longo de uma via de deslocamento; e pelo menos um meio portador (20), para sustentar a pelo menos uma cabine de elevador (10) ou plataforma e transmissão das forças de pelo menos uma máquina de acionamento (14) à pelo menos uma cabine de elevador (10) ou plataforma, caracterizado pelo fato de que o pelo menos um meio portador (20) é um meio portador em forma de correia, de acordo com qualquer uma das reivindicações 25 a 38, ou é fabricado pelo processo, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 16.

40. Sistema de elevador, de acordo com a reivindicação 39, caracterizado pelo fato de que o sistema de acionamento está formado com um acionamento por polia motriz (16, 26).

41. Sistema de elevador, de acordo com a reivindicação 39, caracterizado pelo fato de que o sistema de acionamento está formado com um acionamento por tambor (16,18).