BRPI0808154A2 - Implantes médicos revestidos e lentes - Google Patents

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David L Jinkerson
Mutlu Karakelle
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Alcon Inc
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Description

Relatório Descritivo da Patente de Invenção para "IMPLANTES MÉDICOS REVESTIDOS E LENTES".
Campo Técnico
As modalidades descritas aqui em geral se referem a lentes intraoculares e outros implantes médicos revestidos com uma composição que minimiza a aderência de crescimento celular e/ou proteínas às superfícies revestidas.
Antecedentes
O olho humano em seu modo mais simples funciona para proporcionar visão ao transmitir e refratar Iuz através de uma porção externa clara chamada a córnea, e adicionalmente focalizar a imagem por meio da lente sobre a retina na parte posterior do olho. A qualidade da imagem focalizada depende de diversos fatores incluindo o tamanho, formato e comprimento do olho, e o formato e transparência da córnea e da lente. Quando trauma, idade ou doença faz com que a lente se torne menos transparente, a visão deteriora em virtude da quantidade reduzida da mesma que pode ser transmitida à retina. A referida deficiência em uma lente do olho é medicamente conhecida como uma catarata. O tratamento para esta condição é a remoção cirúrgica da lente e implantação de uma lente artificial conhecida como uma lente intraocular ou "IOL."
Em geral, os procedimentos para a remoção de uma lente com catarata e implantação da IOL se tornaram lugar comum e na prática rotina. Entretanto, em alguns casos, após a implantação da IOL, proliferação celular ocorre na parte posterior da membrana capsular. A referida condição é co25 nhecida como formação de catarata secundária ou mais precisamente como opacificação capsular posterior pelo fato de que o crescimento celular tende a bloquear a transmissão de Iuz para a retina fazendo com que a visão deteriora. Tratamento típico envolve o uso periódico de Iuz laser Nd:YAG para abladir o crescimento celular a partir da superfície da cápsula posterior da 30 lente. Durante o processo o de ablação, uma porção da membrana capsular na parte posterior da lente é também afetada. A membrana pode ser perfurada e isto pode resultar, no mínimo, na exposição da parte posterior da Ien te ao vítreo do olho. O vítreo pode se infiltrar adiante da lente e para dentro do aquoso, o que é indesejável. Assim, o procedimento acarreta em conseqüências. Adicionalmente, a natureza periódica do referido tratamento impõe inconveniência para o paciente ao necessitar de visitas freqüentes ao consultório.
Opacificação capsular posterior parece ser dependente de uma série de fatores, alguns relacionados ao paciente e alguns relacionados a IOL. Algumas IOLs parecem ser menos propensas à opacificação posterior do que outras. Abordagens farmacológicas para evitar ou inibir a opacifica10 ção capsular posterior foram exploradas e algumas abordagens incluíram agentes citotóxicos em solução ou para liberação a partir das superfícies de uma IOL em um fluido e tecido circundante. Entretanto, o referido agente ciiotóxico iivre pode apresentar efeitos prejudiciais em outro tecido intraocular.
A proliferação celular e a adesão de proteína não são limitadas
a IOLs implantadas mas ocorrem com relativa frequência quando outros dispositivos são implantados em um paciente. Por exemplo, dispositivos médicos tais como catéteres (usados em tratamento de diálise, ou para, por exemplo, administração intravenosa de medicações e/ou nutrientes de rotina 20 a longo prazo), catéteres de glaucoma, marca passo, desfibriiadores, stents cardíacos, e semelhante, também com frequência experimentam proliferação celular e adesão de proteína nas superfícies. O referido crescimento celular e adesão de proteína podem ocasionar conseqüências significantes. Por exemplo, um catéter (shunt) de diálise tem que ser limpo periodicamente 25 para remover proteína aderente e/ou crescimento celular e deve de fato ter que ser removido e substituído. Quando se torna necessário se substituir o referido catéter em virtude de bloqueio de tecido, o novo catéter deve em geral ser instalado em um vaso sanguíneo diferente em um campo diferente. Um paciente é dotado de um número limitado de campos adequados para 30 catéteres. Assim, o bloqueio dos catéteres com tecido celular e/ou proteíco acarreta em sérias conseqüências em cuidados prolongados aos pacientes.
Uma das áreas principais de preocupação do uso de lentes de contato reutilizáveis (isto é, lentes descartáveis de uso não-único) é manter uma superfície de lente limpa. Em uso comum, as lentes de contato se tornarão gradualmente incrustadas com matéria proteica que a um mínimo afeta o conforto do usuário e que pode em alguns casos levar a conseqüências 5 mais sérias. Assim, os usuários são avisados para limpar as lentes em intervalos, tais como diariamente, de acordo com um protocolo que é configurado para remover os referidos depósitos proteicos. Falhas da parte de uma significante proporção de usuários em seguir os protocolos de limpeza precisamente ou de realizá-los regularmente conforme recomendado pode em al10 guns casos levar a complicações.
Assim, é desejável se desenvolver um revestimento para implantes médicos tais como IOLs, lentes de contato, catéteres, marca passo, desfibriladores, e semelhante que inibe ou evita a adesão de proteínas e proliferação celular no revestimento. Adicionalmente, é desejável no caso de 15 IOLs e lentes de contato que o revestimento seja dotado de boas propriedades óticas de transmissão de luz. Adicionalmente, outras características desejáveis das IOLs revestidas, lentes de contato e outros implantes médicos se tornarão aparentes a partir da descrição detalhada subsequente e das reivindicações anexas, tomadas em conjunto com os desenhos anexos e o 20 campo técnico a seguir e antecedentes.
Breve sumário
Um exemplo de uma modalidade da presente invenção proporciona um implante médico revestido. O implante médico é dotado de uma superfície de implante e um revestimento é formado em pelo menos uma 25 porção da superfície de implante. O revestimento inclui uma superfície de revestimento externa de um primeiro componente químico que é quimicamente ligado a uma funcionalidade carboxilato de um segundo componente químico. O segundo componente químico é imobilizado por uma ligação amida a um terceiro componente químico subjacente que é plasma revestido 30 diretamente nas superfícies do corpo do implante. O revestimento inibe ou evita a adesão de proteína e/ou proliferação celular na porção revestida da superfície de implante. Em outro exemplo, o segundo componente químico inclui ácidos orgânicos com funcionalidade carboxilato livres para reagir e se ligar quimicamente com o primeiro componente químico. Os ácidos orgânicos podem ser dotados de uma base ponderai molecular média em uma faixa a partir de 5 cerca de 2.000 a cerca de 10.000 para aplicações óticas, e maior para aplicações não-óticas.
Um exemplo adicional de uma modalidade da presente invenção, um corpo de lente oticamente transparente é dotado de um revestimento oticamente claro formado em pelo menos uma porção da superfície do 10 corpo da lente que inibe a adesão de proteína e adesão celular ao corpo da lente. O revestimento inclui uma superfície de revestimento externa de um primeiro componente químico que é quimicamente ligado a uma funcionalidade carboxilato de um ácido orgânico. O ácido orgânico é dotado de uma base ponderai molecular média em uma faixa a partir de cerca de 2,000 a 15 cerca de 10,000 e é imobilizado pela ligação amida a um segundo componente químico subjacente. O segundo componente químico é plasma revestido diretamente sobre a superfície do corpo da lente.
Breve Descrição dos Desenhos
Diversas modalidades serão descritas daqui adiante em conjunto com o esquema a seguir, figuras de desenhos não em escala, nas quais os números similares denotam elementos similares, e
A figura 1 é um exemplo de uma modalidade de um implante médico revestido da presente invenção;
A figura 2 é uma vista em seção transversal de uma porção do implante médico da figura 1 ilustrando de modo esquemático um exemplo de uma modalidade de um revestimento; e
A figura 3 é um diagrama de fluxo de uma modalidade exemplificativa de um método da presente invenção para produzir implantes médicos revestidos.
Descrição Detalhada
A descrição detalhada a seguir é meramente de natureza exemplificativa e não pretende limitar as modalidades descritas ou a aplicação e os usos das modalidades descritas. Adicionalmente, não há intenção de se estar ligado por qualquer teoria expressa ou implícita apresentada no campo técnica precedente, antecedentes, breve sumário ou na descrição detalhada a seguir.
Na descrição a seguir e nas reivindicações, o termo "amina" de
ve ser amplamente entendido de modo a incluir todos os referidos compostos químicos que incluem um grupo (-C-NH2), um grupo (-C-NHR) ou um grupo (-C-NR2) onde R = um grupo alquila ou arila.
Na descrição a seguir e nas reivindicações, o termo "componen10 te químico" significa um composto químico que pode ser quimicamente ligado a outros compostos químicos para formar um revestimento. Assim, cada composto químico pode ser um "componente químico" do revestimento. A numeração de componentes químicos como "primeiro," "segundo," ou "terceiro" não apresenta significância além de distinguir um do outro.
Na descrição a seguir e nas reivindicações, o termo "implante
médico" inclui lentes intraoculares ("lOLs") e lentes de contato. Embora as últimas não possam ser permanentemente implantadas, durante o uso as mesmas são em contato direto com tecido corporal (a córnea) e fluidos (lágrimas).
Na descrição a seguir e nas reivindicações, o termo "ácido poli
acrílico" deve ser amplamente lido de modo a incluir polímeros que são dotados pelo menos de dois grupos carboxilato.
Embora a discussão que se segue seja focalizada principalmente em IOLs por conveniência e brevidade, deve ser entendido que a tecnologia se aplica também a outros implantes médicos.
Um exemplo de uma modalidade de uma IOL revestida 100 da presente invenção é mostrado na figura 1. Neste exemplo, a IOLIOO é dotada de um corpo de lente 110 a partir do qual um par de estruturas de retenção de lente 112 se estende, mostradas como hápticos 112. Um revestimento 170 cobre os hápticos 112 e um corpo de lente 110.
Uma porção de uma seção transversal através do corpo de lente 110 é mostrada na figura 2. A referida representação esquemática do revestimento 170 ilustra camadas distintas apenas por questão de explanação. O revestimento ilustrado na figura 2 não aparecerá como camadas distintas e separadas sob ampliação pelo fato de que, uma vez quimicamente ligado um ao outro, reagentes químicos separados não são em geral visíveis como 5 camadas separadas, mas apenas como uma única camada. Em suma, o revestimento 170 é ilustrado como incluindo três camadas ou componentes químicos. Um primeiro componente químico 130 é diretamente plasma revestido sobre a superfície externa 120 do corpo de lente 110. Um segundo componente químico 140 é quimicamente ligado ao primeiro componente 10 químico por ligação amida. Um terceiro componente químico 150 é quimicamente ligado ao segundo componente químico 140 por ligação aos grupos carboxilato livres do segundo componente químico. O terceiro componente químico 150 apresenta uma superfície externa 160 que é exposta ao ambiente circundante. A seleção apropriada do terceiro componente químico per15 sonaliza as propriedades da superfície externa para um objetivo pretendido selecionado, por exemplo, proteínas de repelência ou inibição de adesão celular.
O primeiro componente químico 120 pode ser selecionado a partir do grupo químico das aminas. De modo desejável, a amina selecionada deve ser relativamente volátil para facilidade de deposição diretamente sobre a superfície de implante por deposição de vapor de plasma por RF ("radio frequência") ou técnicas de deposição de vapor químico. As referidas técnicas facilitam a reação química entre a amina e a superfície do implante para proporcionar um filme de amina delgada apertadamente aderente na superfície do implante. A amina selecionada deve adicionalmente ser dotada de pelo menos um grupo (-C-NH2) livre ou grupo (-C- NHR) (onde R = um grupo alquila ou arila) que está disponível para reação após o filme de amina ser depositado. Filmes de amina podem ser depositados por técnicas de plasma em materiais usados para formar IOLs e lentes de contato, tais como materiais acrílicos macios, polímeros do tipo silicone, polimetilmetacralato e seus derivados, e semelhante. Adicionalmente, filmes de amina podem ser depositados sobre polímeros orgânicos usados para formar outros implantes tais como catéteres (shunts) de diálise, catéteres de glaucoma, e semelhante. Adicionalmente, filmes de amina podem ser depositados sobre metais tipicamente usados em desfibriladores, marca passos, stents cardíacos, e semelhante. Uma lista não-limitante de exemplos de primeiros componentes 5 químicos inclui: heptilamina, alilamina, 2-amino-metacralato, 2-aminoetilmetacralato, amino-etileno, etilamina, hexilamina e semelhante. Aminas primárias e secundárias são preferidas mas outras podem também ser usadas. Em geral, a espessura do filme plasma depositado é da ordem de cerca de 10 a cerca de 300 Angstroms, mas outras espessuras podem também ser 10 úteis.
Uma vez que o primeiro componente químico foi depositado como um filme delgado na superfície externa do implante médico, um segundo componente químico pode ser reagido com os grupos amina livres do filme delgado. Esta reação pode ser realizada ao mergulhar o implante mé15 dico plasma revestido em uma solução do segundo componente químico, ou por revestimento por rotação, pintura ou pulverização com a solução, ou outra técnica adequada. O segundo componente químico pode ser selecionado a partir das referidas composições que são capazes de quimicamente se ligar a grupos amina livres do primeiro componente químico, e que são dota20 dos pelo menos de um grupo carboxilato livre disponível para ligação a um terceiro componente químico, após ligação com o primeiro componente químico. De modo desejável, o segundo componente químico é selecionado a partir de ácidos poliméricos orgânicos, tais como os poliacrilatos que são dotados de uma base ponderai molecular média na faixa a partir de cerca de 25 2,000 a cerca de 10,000. A referida faixa de bases ponderais moleculares médias é adequada para formar revestimentos transparentes que são dotados de propriedades óticas apropriadas (por exemplo, manter um grau aceitável de resolução ótica de imagens) para uso em implantes tais como IOLs e lentes de contato. Se o revestimento aplicado ainda mantiver uma resolu30 ção de imagem adequada, o seu efeito na qualidade da imagem pode ser vista como "insignificante". Ácidos poliméricos dotados de bases ponderais mais altas podem ser úteis quando propriedades óticas não são importantes. Assim, bases ponderais moleculares médias em excesso de 10.000 podem ser úteis também. Uma lista de exemplos não-limitantes de segundo componentes químicos úteis inclui: polissacarídeos contendo carboxilato (por exemplo, ácido hialurônico, heparina, sulfato de condroitina, carboximetil celu5 lose), ácidos poliacrílicos e ésteres e derivados dos referidos ácidos, ácido polimaleico e anidridos ácidos de ácidos carboxílicos poliméricos e semelhante seja natural ou sintético. Exemplos não-limitantes de derivados de ácidos incluem anidrido polimaléico, e copolímeros de monômeros contendo carboxilato, tais como, ácido acrílico, ácido metacrílico, ácido maléico e ani10 drido maléico com outros monômeros de ácidos não-carboxílicos, tal como metacrilato de metila.
A combinação química dos primeiro e segundo componentes químicos e a imobiiização do produto de reação na superfície do implante médico proporciona uma plataforma para adicionar um terceiro componente 15 químico selecionado. O terceiro componente químico deve incluir frações que são capazes de quimicamente reagir com grupos carboxilato livres do segundo componente químico. Assim, o terceiro componente químico pode ser selecionado a partir de uma grande variedade de composições químicas, e é principalmente selecionado com base na natureza desejada da superfí20 cie de revestimento. Por exemplo, o terceiro componente químico pode formar um revestimento de rompimento de célula. No caso de um revestimento de rompimento de célula, o terceiro componente químico pode incluir, por exemplo, um aminoacido ou um peptídeo lítico para uma IOL para evitar adesão capsular posterior. O terceiro componente químico pode também, por 25 exemplo, ser no caso de uma IOL ou lente de contato, qualquer um de melatina, selenosistamina (em uma combinação produzida por interação com glutationa que está naturalmente presente no olho), poli-hexametileno biguanida (PHMB), peptídeos líticos, e semelhante para inibir a adesão de proteína e o crescimento celular. Adicionalmente ao que foi dito acima e a outros re30 vestimentos de rompimento celular, outros revestimentos potenciais incluem revestimentos biocompatíveis, por exemplo, RGDs tais como o peptídeo ArgGly-Asp-Ser, outros aminoacidos e peptídeos, proteínas tais como fibronectina e albumina; e revestimentos antideposição, tais como óxido de polietileno (PEO)1 e semelhante.
Uma vez que o terceiro componente químico é aplicado aos primeiros dois e quimicamente ligado ao grupo carboxilato por uma ligação amida, o implante médico revestido está essencialmente pronto para uso, após quaisquer procedimentos necessários ou requeridos pré-implantação, por exemplo, esterilização.
A figura 3 ilustra uma modalidade exemplificativa de um processo o de múltiplas etapas 300 para produzir implantes médicos revestidos. No 10 processo 310, a superfície de implante é preparada para subsequente deposição de plasma de aminas no mesmo. A preparação da superfície de implante inclui limpeza de poeira e qualquer resíduo solto, desengorduramento, Iavagsm em um detergente adequado e semelhante. Quando a superfície estiver limpa, a mesma pode ser seca. O implante limpo e seco pode então 15 ser disposto em uma câmara de plasma para revestimento de plasma, no processo 320. Os parâmetros do revestimento de plasma dependerão da natureza do primeiro componente químico selecionado para deposição de plasma sobre a superfície do implante.
Os parâmetros de revestimento de plasma dependem da natureza do primeiro componente químico selecionado para deposição de plasma sobre a superfície de implante. Tipicamente, a deposição de plasma pode ser precedida por uma etapa de limpeza de plasma com argônio ou oxigênio. Compostos amina adequados são gases tais como amônia ou metilamina, ou mais comumente, compostos amina líquidos, por exemplo, alquilaminas, tais como, propilamina, butilamina, pentilamina, hexilamina, heptilamina, octilamina, etilenodiamina, e semelhante. Alquilaminas preferidas são aquelas de suficiente volatilidade para prontamente evaporar em uma câmara de plasma a vácuo. Dos referidos compostos alquilamina líquidos, pentilamina, hexilamina, e heptilamina são preferidas, mas dos referidos heptilamina é a mais preferida. Aminas menos voláteis podem também ser usadas ao se aquecer um composto amina a vácuo para proporcionar suficiente vapor dentro da câmara para sustentar o plasma. Os compostos amina que são dotados de frações etilenicamente insaturadas em sua estrutura, tais como aminas olefínicas, aminas acrílicas e aminas estirênicas, são também úteis e desejáveis de utilizar. Compostos amina olefínicos que são adequados incluem aqueles que são líquidos volá5 teis, tais como alilamina, dialilamina ou 4- aminomaseno. Aminas acrílicas que são adequadas incluem 2-aminoetilacrilato, 2-aminoetilmetacrilato, 3- aminopropilacrilato, e 3-aminopropilmetacrilato, e semelhante. Um exemplo de uma amina estirênica adequada inclui 4-aminoestireno.
Deposição de plasma pode ser realizada após indução do composto contendo amina orgânica em forma de vapor dentro da câmara. Por exemplo, a deposição por plasma de RF do composto de amina orgânica pode ser realizada em potências nominais RF, por exemplo, na faixa a partir dc cerca de 30 a cerca de 120 Watts (W) e sob pressão de câmara que pode variar dependendo do composto escolhido. Condições típicas usadas para heptilamina podem incluir uma fonte de RF de cerca de 60 W a uma pressão de câmara de cerca de 3,3 a cerca de 43,3 Pa (25 a cerca de 325 mTorr), mais tipicamente 14,6 - 17,3 Pa (110 - 130 mTorr). O revestimento pode ser depositado a uma espessura de revestimento de 200 Angstroms. Outro composto de amina orgânico, alilamina, deve ser depositado em um plasma de processo RF a uma potência de cerca de 100 a 150 W, pressão de cerca de 13,3 - 39,9 Pa (100 - 300 mTorr) a uma espessura de 100 a 500 Angstroms. Assim, as condições de deposição de plasma por RF podem variar com base no composto amina particular selecionado.
Após revestimento de plasma, o segundo ou componente quí25 mico de ponte pode ser covalentemente ligado a grupos amina livres na superfície revestida de plasma, no processo 330. Em geral, o produto químico de ponte pode incluir um ácido poliacrílico, e a sua reação com grupos amina livres para formar ligações amida pode ser catalisado com etil dimetil propil amino di-imida ("EDC"), embora outros catalisadores possam também ser 30 usados. Uma vez que as ligações amida são formadas, as superfícies do implante são lavadas em água desionizada, no processo 340. As superfícies revestidas dos implantes agora proporcionam uma plataforma para ligação covalente de um terceiro componente químico à mesma por meio dos grupos carboxilato livres do ácido poliacrílico.
No processo 350 o terceiro componente químico é reagido com pelo menos alguns dos grupos carboxilato reativos livres para formar um 5 revestimento de superfície. Os parâmetros da reação de ligação de carboxilato dependem do terceiro componente químico particular selecionado, qualquer catalisador usado, e de outros fatores ordinariamente considerados para formar ligações covalentes ou iônicas a grupos carboxilato. Uma vez que a reação esteja completa, então no processo 360, quaisquer grupos residu10 ais carboxilato livres podem ser neutralizados para produzir um implante revestido útil, tal como uma IOL.
Os exemplos a seguir são proporcionados para ilustrar pelo menos algumas modalidades da presente invenção, e não iimiiam o âmbito da presente invenção como aqui determinado e nas reivindicações anexas.
EXEMPLOS
Aplicação de um filme de heptilamina por deposição de plasma Uma câmara de plasma PvF (Advanced Superfície Technology, Inc.) foi preparada para processamento de materiais ao primeiro realizar uma gravação com oxigênio para limpar a câmara. A gravação com oxigênio foi realizada ao ajustar o fluxo de oxigênio a 50 cc/min a uma pressão de
33,3 Pa (250 mTorr) e potência de RF de 160 W. O plasma de oxigênio formado foi dotado de uma potência de RF refletida de não mais do que 3 W e uma coloração azul nebuloso característica que eventualmente diminuiu a uma coloração azul cinza com o tempo. A gravação com oxigênio foi continuada for 2 horas para limpeza da câmara.
A limpeza adicional da placa de suporte de lente e do indicador de espessura foi realizada em uma gravação de plasma de argônio. Após, a placa de suporte de lente de aço inoxidável e o indicador de espessura foram abastecidos no centro da câmara e os fios elétricos do indicador de es30 pessura conectado ao sistema de controle de câmara. Então, o indicador de espessura foi montado na placa de suporte de lente. Uma gravação de plasma de argônio foi realizada a uma potência de RF de 140W, 33,3 Pa (250 mTorr) de pressão por 30 minutos com fluxo de argônio a 90 cc/min. O plasma de argônio proporcionou uma coloração de rosa a púrpura -corrc unna potência de RF refletida de não mais do que 3 W. Após a limpeza, a placa de suporte de lente e o indicador de espessura foram removidos a partir da câmara e dispostos em uma tampa de fluxo laminar.
Após resfriamento da placa de suporte de lente a temperatinra ambiente, cerca de 30 lentes intraoculares ACRYSOF® (Trademark Je Alcon, Fort Worth, Texas) ("IOLs"), Model MA60BM foram dispostos na placa de suporte de lente. A placa de suporte de lente contendo a lente foi então 10 abastecida na câmara de plasma e o indicador de espessura remontad-o so>bre a placa de suporte de lente. Primeiro, uma gravação de plasma de arg*ônio foi realizada nas IOLs na câmara a uma potência de RF de 60 W1 33,3 Pa (250 mTorr) de pressão, e fluxo de argônio de 90 cc/min. Após 6 mJnutos de tratamento com plasma de argônio a potência de RF foi desligada.
Após, um revestimento de plasma de heptilamina foi aplic-ado à
superfície das IOLs na câmara. Cinco gramas de heptilamina foram dispostas em um frasco de fundo arredondado de 250 mL e uma tampa de torracha de um único orifício novo inserida no frasco. O interior do frasco se comunicava com a entrada da câmara de plasma através da tampa com fmíro. A 20 câmara foi evacuada por 1 minuto e então a válvula de agulha para o fraseo de heptilamina foi aberta. A evacuação foi continuada por 3 minutos» então o sistema foi permitido equilibrar por 10 minutos. O indicador de espessura 1coi zerado e a potência de RF ligada. A deposição de plasma de heptilamiirua foi realizada a 60 W até que a heptilamina foi depositada a uma espessuira tfe 25 200 Angstroms. Sob as referidas condições pressões de câmara típicas estão na faixa a partir de cerca de 1,33 a 6,6 Pa (10 a 50 mTorr). Após a espessura desejada ter sido alcançada o fluxo de heptilamina foi interrompid-o e a potência de RF foi desligada. Após 2 minutos a câmara foi evacuada para remover heptilamina residual. Após 10 minutos a câmara foi enxaguada 30 com argônio e aberta. As IOLs foram removidas e a placa de suporte de Iemte disposta em uma tampa de fluxo laminar. As IOLs foram marcadas de acordo com a posição por fila e coluna na placa de suporte de lente. Medições de ângulo de contato de gota Sessile foram realizadas com água na IOL revestida de plasma de heptilamina. Ângulos de contato típicos foram observados estar na faixa de 70 a 90°.
Ligação Covalente de Ácido Poliacrílico a Filme Plasma Deposi
tado
Cada IOL revestida foi disposta em um frasco de centrífuga separado de 1,5 mL o qual foi carregado com 0,5 mL de 0,012% de ácido poliacrílico com uma base ponderai molecular média de 2.000. A cada frasco foi adicionado 0,1 mL de etil dimetil propil amino di-imida a 0,4 m fresca ("EDC") em uma solução tamponada a pH 3,6. Cada frasco fechado foi então misturado em um misturador de centrífuga por cerca de 10 segundos. Os frascos foram permitidos descansar por cerca de 1 hora a temperatura ambiente para permitir reação adicionai entre os grupos carboxilato do ácido poliacrílico com os grupos amina para formar ligações amida. Quarto mais adições de EDC foram realizadas em intervalos de uma hora. Após a quinta adição de EDC, as lentes foram cada uma das quais embebidas por mais uma adicional a temperatura ambiente. Foi observado que com a adição de EDC, as soluções nos frascos se tornaram nebulosas e a nebulosidade dissipou em cerca de uma hora (isto é, antes da próxima adição de EDC). Após permanência por cerca de 65 horas a temperatura ambiente, o ácido poliacrílico foi imobilizado e as soluções nos frascos apresentaram um pH de cerca de 3,29. As IOLs foram transferidas a cápsulas de tecido marcadas e as cápsulas foram dispostas em um frasco de 1 litro e lavadas com 600 mL de água desionizada em intervalos de 10 minutos a temperatura ambiente por agitação em um agitador a 100 rpm. Após lavagem, as IOLs foram secas em ar durante a noite. As IOLs secas pareceram oticamente claras e transparentes. A medição de ângulo de contato nas lentes revestidas e secas foi realizada usando um instrumento AST Contact Angle VCA 2500. Os resultados indicaram um ângulo de contato hidrófobo entre cerca de 40° a cerca de 60°. Imobilização de PHMB a Superfícies de Heptilamina/Ácido poli
acrílico Em cada um dos diversos frascos de microcentrífuga foi adicionado 0,25 mL de uma solução de PHMB a 20% como reagente Cosmocil® QC [Zeneca Biocides, Wilmington, DE] e 0,75 mL de 0,2 M de tampão de fosfato de sódio 0,2 M (pH 3,6). Cada IOL foi removida a partir de sua cápsu5 Ia de tecido e disposta em seu respectivo frasco de microcentrífuga. A cada frasco foi adicionado 0,1 mL de solução reagente 0,4 M de EDC, e os frascos foram então fechados e misturados em um misturador centrífugo por 10 segundos. A reação de grupos carboxilato residuais em uma superfície de IOL foi continuada após uma hora a temperatura ambiente para formar uma 10 amida por reação com grupos terminais na molécula de PHMB. Quatro mais adições de EDC foram realizadas em intervalos de uma hora para um total de cinco adições. Após a última adição de EDC, as IOLs foram permitidas embeber a temperatura ambiente por cerca de 17 -18 horas.
Frascos de microcentrífuga frescos foram preparados, como acima, e as IOLs foram cada uma das quais transferidas para o seu respectivo frasco fresco. Tratamento com EDC foi realizado mais uma vez como antes. Após a quinta adição de EDC e embebimento por cerca de 16 - 17 horas, as soluções dos frasco eram dotadas de um pH de cerca de 4,68.
As IOLs foram cada uma das quais transferidas de volta às suas respectivas cápsulas de tecido e as cápsulas de tecido foram dispostas em um copo químico de 600 mL e lavadas 10 vezes, sob agitação a 100 rpm, em 400 mL de água desionizada que foi filtrada através de um filtro estéril de
0,2 mícron. Após lavagem, cada IOL foi removida a partir de sua cápsula de tecido e disposta em um frasco de microcentrífuga contendo 1,0 mL de uma 25 solução de salina tamponada a fosfato Dulbecco a pH 7,47 (DPBS) a qual continha cerca de 0,01 M de solução salina tamponada a fosfato para neutralizar qualquer grupo carboxilato não-reagido. A referida neutralização continuou por 18 horas a temperatura ambiente. Após a neutralização, cada IOL foi transferida de volta para a sua cápsula de tecido. O pH da solução de 30 DPBS após a neutralização foi observada ser cerca de 7,27. Após uma lavagem adicional em água desionizada, as IOLs revestidas foram permitidas secar durante a noite sob condições ambiente. Embora pelo menos uma modalidade exemplificativa tenha sido apresentada na descrição detalhada anterior, deve ser observado que existe uma grande variedade de variações. Deve também ser observado que a modalidade exemplificativa ou as modalidades exemplificativas são apenas 5 exemplos, e não têm a intenção de limitar o âmbito, a aplicabilidade, ou a configuração das modalidades descritas em qualquer forma. Em vez disto, a descrição detalhada a seguir proporcionará àqueles versados na técnica com um mapa conveniente para a implementação da modalidade exemplificativa ou as modalidades exemplificativas. Deve ser entendido que diversas 10 mudanças podem ser realizadas em função e disposição dos elementos sem se desviar do âmbito determinado nas reivindicações anexas e nas equivalentes legais das mesmas.

Claims (20)

1. Implante médico revestido configurado para ser fixado em ou adjacente ao tecido corporal, o implante médico revestido compreendendo: um implante corporal dotado de uma superfície de corpo; e um revestimento formado em pelo menos uma porção da superfície de corpo, o revestimento compreendendo: um primeiro componente químico formado por deposição de plasma diretamente na superfície de corpo, o primeiro componente químico compreendendo um grupo amina funcional, um segundo componente químico quimicamente ligado ao primeiro componente químico e dotado de pelo menos um grupo funcional carboxilato livre após ligação ao primeiro componente químico, e um terceiro componente químico quimicamente ligado ao pelo menos um grupo funcional carboxilato livre.
2. Implante médico, de acordo com a reivindicação 1, em que o segundo componente químico compreende um ácido orgânico com uma base ponderai molecular média em uma faixa a partir de cerca de 2.000 a cerca de 10.000.
3. Implante médico, de acordo com a reivindicação 1, em que o implante médico compreende uma lente intraocular, e em que o revestimento é dotado de um efeito insignificante na resolução de imagem da lente intraocular.
4. Implante médico, de acordo com a reivindicação 1, em que o segundo componente químico compreende pelo menos um de polissacarídeos contendo carboxilato, de ácidos poliacrílicos e de ésteres e derivados dos referidos ácidos.
5. Implante médico, de acordo com a reivindicação 1, em que o primeiro componente químico compreende pelo menos um de heptilamina, alilamina, 2-amino-metacralato, 2-amino-etilmetacralato, amino-etileno, etilamina, etilenodiamina, dialilamina e hexilamina.
6. Implante médico, de acordo com a reivindicação 1, em que o terceiro componente químico é selecionado a partir do grupo que consiste em aminoacidos, peptídeos líticos, selenosistamina, poli-hexametileno biguanida, proteínas e óxido de polietileno.
7. Implante médico, de acordo com a reivindicação 1, em que o terceiro componente químico é selecionado de modo que o revestimento compreende um de revestimentos de rompimento de célula, revestimentos biocompatibilizantes, ou revestimentos antideposição.
8. Implante médico, de acordo com a reivindicação 1, em que o primeiro componente químico compreende uma amina primária ou secundária.
9. Implante médico, de acordo com a reivindicação 1, em que o revestimento adicionalmente compreende catalisador residual compreendendo etil-dimetil propil-amino carbodi-imida.
10. Implante médico, de acordo com a reivindicação 1, em que o implante médico é selecionado a partir do grupo que consiste em lentes intraoculares, !entes de contato, marca passos, desíibriiaaores, cateteres, catéteres (shunts) de diálise, catéteres de glaucoma, e stents cardíacos.
11. Implante médico revestido compreendendo: um implante corporal compreendendo uma superfície de implante corporal: e um revestimento formado na superfície de implante corporal, o revestimento inibindo a adesão de proteína e a adesão celular ao implante corporal, o revestimento compreendendo uma superfície de revestimento externa compreendendo um terceiro componente químico, o terceiro componente químico ligado por uma ligação amida a uma funcionalidade carboxilato de um segundo componente químico, o segundo componente químico imobilizado por uma ligação amida a um primeiro componente químico subjacente compreendendo uma amina que é plasma revestida diretamente sobre a superfície de implante corporal.
12. Implante médico, de acordo com a reivindicação 11, em que o implante médico compreende uma lente intraocular e em que o revestimento é dotado de um efeito insignificante na resolução de imagem da lente intraocular.
13. Implante médico, de acordo com a reivindicação 11, em que o segundo componente químico compreende pelo menos um de polissacarídeos contendo carboxilato, de ácidos poliacrílicos e ésteres e derivados dos referidos ácidos.
14. Implante médico, de acordo com a reivindicação 11, em que o primeiro componente químico subjacente compreende pelo menos um de heptilamina, alilamina, dialilamina, 2-amino-metacralato, 2-aminoetilmetacralato, amino-etileno, etilamina, etilenodiamina e hexilamina.
15. Implante médico, de acordo com a reivindicação 11, em que o implante corporal compreende um corpo de lente intraocular.
16. Implante médico, de acordo com a reivindicação 11, em que o terceiro componente químico é selecionado a partir de aminoacidos, peptídeos líticos, selenosistamina, e poli-hexametileno biguanida.
17. Implante médico revestido compreendendo: um corpo de lente oticameníe transparente compreendendo superfícies externas de lente; e um revestimento formado em pelo menos uma porção da superfície externa da lente, o revestimento compreendendo uma superfície de revestimento externa compreendendo um terceiro componente químico, o terceiro componente químico ligado por uma ligação amida a uma funcionalidade carboxilato de um segundo componente químico dotado de uma base 20 ponderai molecular média em uma faixa a partir de cerca de 2.000 a cerca de 10.000, o segundo componente químico imobilizado por uma ligação amida a um primeiro componente químico subjacente compreendendo uma amina que é plasma revestida diretamente sobre a pelo menos uma porção da superfície externa da lente.
18. Implante médico, de acordo com a reivindicação 17, em que o primeiro componente químico subjacente compreende pelo menos um de heptilamina, alilamina, dialilamina, 2-amino- metacralato, 2-aminoetilmetacralato, amino-etileno, etilamina, etilenodiamina e hexilamina.
19. Implante médico, de acordo com a reivindicação 17, em que o segundo componente químico compreende pelo menos um de polissacarídeos contendo carboxilato, de ácidos poliacrílicos e ésteres e derivados dos referidos ácidos.
20. Implante médico, de acordo com a reivindicação 17, em que o terceiro componente químico é selecionado a partir de aminoacidos, peptídeos líticos, selenosistamina, poii-hexametileno biguanida, proteínas e óxido de polietileno.
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