BRPI0805614A2 - processo e agregado de misturação para preparação de isocianatos por fosgenação de aminas primárias - Google Patents
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Abstract
PROCESSO E AGREGADO DE MISTURAçãO PARA PREPARAçãO DE ISOCIANATOS POR FOSGENAçãO DE AMINAS PRIMáRIAS. A presente invenção refere-se a um reator-misturador do tipo rotor-estator abrangendo essencialmente uma carcaça de rotação simétrica, que é delimitada na parte frontal por uma placa de frente e que contém uma câmara de misturação com entradas independentes para pelo menos duas substâncias e uma saída, sendo que a entrada para a primeira substância é prevista no eixo de rotação da câmara de misturação e sendo que a entrada para a pelo menos segunda substância é configurada em forma de uma pluralidade de aberturas dispostas em forma de rotação simétrica em relação ao eixo de rotação na placa de frente, para os quais de cada vez é alocado um pino deslocável em direção axial, caracterizado pelo fato de que na placa de frente são previstos canais para a entrada da primeira substância no eixo de rotação em direção para fora.
Description
Relatório Descritivo da Patente de Invenção para "PROCESSOE AGREGADO DE MISTURAÇÃO PARA PREPARAÇÃO DE ISOCIANA-TOS POR FOSGENAÇÃO DE AMINAS PRIMÁRIAS".
A presente invenção refere-se a um processo para preparaçãode isocianatos por fosgenação de aminas primárias e um agregado de mistu-ração do tipo rotor-estator apropriado para a mistura dos edutos fosgênio eamina primária. O agregado de misturação do tipo rotor-estator é um reatorde misturação e é apropriado para misturar, introduzir e executar uma rea-ção de pelo menos duas substâncias capazes de fluir, que podem apresen-tar consideráveis diferenças de viscosidade, particularmente para prepara-ção de mono- ou poliisocianatos pela reação de mono- ou poliaminas comfosgênio dissolvido em solvente orgânico.
Misturadores tipo rotor-estator consistem, em geral, em pelomenos um rotor provido de elementos misturadores e de um estator envol-vendo o rotor, que é provido de elementos interruptores de corrente. Mistu-radores de rotor-estator deste tipo são de modo geral conhecidos. O rotorgira com elevada rotação enquanto o estator permanece parado. Pelo mo-vimento do rotor, o líquido que se encontra no interstício do anel entre o rotore o estator é turbulentamente misturado. Tratando-se de líquidos não-miscíveis, um dos dois líquidos é finamente disperso no outro líquido em vir-tude da elevada entrada de energia. Com isto, a dispersão resultante é tantomais fina quanto maior o número de rotações e, conseqüentemente, a ener-gia introduzida. Durante a misturação, em virtude do elevado número de ro-tações do rotor é introduzida muita energia no líquido e transformada emcalor. No decorrer do processo de misturação isto conduz a uma elevaçãoda temperatura da mistura líquida.
É conhecido efetuar reações de início rápido, como a prepara-ção de mono- ou poliisocianatos por reação de mono- ou poliaminas comfosgênio em um reator-misturador do tipo rotor-estator (e eventualmente a-parelhos adicionais de reação ligados a jusante) que consiste essencialmen-te em uma carcaça de rotação simétrica, sendo que a carcaça apresentaessencialmente uma câmara de misturação de rotação simétrica com entra-das separadas para pelo menos duas substâncias e uma saída, sendo que aentrada para a primeira substância é prevista no eixo da câmara de mistura-ção e a entrada para pelo menos a segunda substância é desenvolvida emforma de uma pluralidade de aberturas dispostas em forma de rotação simé-trica em relação ao eixo da câmara de misturação (EP 291 819 B1,EP 291 820 B1).
São empregados de preferência, segundo o estado da técnica,agregados de misturação nos quais cada entrada, que é desenvolvida emforma de uma pluralidade de aberturas dispostas em forma de rotação simé-trica em relação ao eixo da câmara de misturação, é provida de um pinodeslocável em direção axial com o qual a abertura pode ser trespassada nocaso de aumento de pressão no conduto de alimentação, ou periodicamente,podendo assim liberar depósitos eventualmente existentes (EP 830 894 B1).
É igualmente conhecido efetuar reações rápidas como a reaçãode mono- ou poliaminas com fosgênio em agregados de misturação queconsistem essencialmente de uma carcaça de rotação simétrica, sendo quea carcaça apresenta uma câmara de misturação essencialmente de rotaçãosimétrica com entradas independentes para pelo menos duas substâncias euma saída, sendo que a entrada para a primeira substância está prevista noeixo da câmara de misturação e a entrada para pelo menos a segunda subs-tância é radial ou lateral em relação ao eixo da câmara de misturação e acâmara de misturação não apresenta qualquer parte móvel (EP 322 647 B1,WO 2002/002217 A1).
Além disso, é sabido efetuar reações de início rápido como areação de mono- ou poliaminas com fosgênio em agregados de misturação,que consistem essencialmente em uma carcaça de rotação simétrica, sendoque a carcaça apresenta essencialmente uma câmara de misturação de ro-tação simétrica com entradas independentes para pelo menos duas subs-tâncias e uma saída, sendo que pelo menos ambas as entradas são dispos-tas de modo radial em relação ao eixo da câmara de misturação (DE 10 034621 A1, US-A 488 6368, DE 42 20 239 C2).
A qualidade dos mono- ou poliisocianatos preparados em apare-Ihos deste tipo decisivamente depende da qualidade e velocidade da mistu-ração das pelo menos duas substâncias capazes de fluir. É particularmenteimportante aqui, manter um fluxo de massa uniforme através do reator-misturador, uma vez que com isto é possível evitar uma misturação reversade substâncias já reagidas entre si nos fluxos de substâncias das substân-cias a serem empregadas, ainda não reagidas.
Como critério geral para o fator qualidade de um aparelho mistu-rador vale o tempo de misturação que pode ser com ele alcançado. O tempode misturação de uma instalação de misturação empregada para obtençãode uma reação rápida como a preparação de mono- ou poliisocianatos porreação de mono- ou poliaminas com fosgênio dissolvido em solvente orgâni-co é, via de regra, 0,0001 s até 5 s, de preferência 0,0005 até 4 s, particu-larmente preferido 0,001 s até 3 s (DE 10 2005 014846 A1). Como tempo demisturação deve entender-se o tempo que decorre do início do processo demisturação até que 97,5% dos elementos fluidos da mistura obtida tenhamalcançado a interrupção da misturação a qual, em relação ao valor do valorteórico final da interrupção da misturação da mistura obtida ao alcançar oestado perfeito de mistura apresente menos que 2,5% deste valor final dainterrupção da misturação. O conceito da interrupção de misturação é escla-recido por exemplo, em J. Warnatz, U. Maas, R.W. Dibbla: Verbrennung,Springer Verlag, Berlim Heidelberg New York, 1997, 2- edição, página 134.
A qualidade da misturação e a complementação para evitar amisturação reversa pode ser reconhecida de modo concreto por vários critérios:
Por meio de misturação insuficiente ocorrem no decorrer dotempo, dentro das aberturas de entrada das pelo menos duas substâncias,aderências até entupimentos, de modo que a alimentação de fluxos unifor-mes de massa através de todas as aberturas será prejudicada. Isto influen-cia o comportamento da fluidez através do reator-misturador, o que leva, demodo reforçado, à misturação reversa.
Como outro critério para a boa qualidade da misturação vale otamanho e a distribuição por tamanho das partículas de hidrocloreto de ami-na e partículas de cloreto de carbamoíla que se formam durante a reação ecujo tamanho deveria situar-se na faixa nanométrica até micrométrica. Aformação de quantidades maiores destes sólidos deve ser evitada, já queisto leva à formação de partículas maiores e aglomerados de hidrocloreto deamina, cuja fosgenação é muito lenta, como descrito na literatura (WO2004/056756 A1).
Como outro critério para o bom rendimento da misturação valetambém a cor ou a viscosidade do mono- ou poliisocianato obtido, já que nacompleta supressão de todas as reações secundárias, pode ser obtido umproduto incolor e de baixa viscosidade.
Como outro critério para a boa qualidade da misturação vale oteor de grupos isocianato livres (valor-NCO) no produto obtido, já que o teor,em caso de insuficiente misturação, permanece baixo e com misturação re-versa diminui ainda mais. O teor de grupos isocianato livres pode ser facil-mente determinado como o chamado valor NCO. A determinação do valorNCO é feita pela reação do isocianato com dibutilamina excedente em rela-ção à correspondente uréia e titulação reversa da amina não utilizada comsolução-padrão de ácido clorídrico. Um valor NCO elevado é preferido parao uso industrial dos mono- e poliisocianatos.
Nos agregados de misturação conhecidos do tipo rotor-estator, amistura é feita de modo que a primeira substância dosada de modo axialcorra para fora em virtude de força centrífuga do primeiro disco do rotor, a-cionando assim a segunda substância introduzida, fazendo com que oscomponentes da rotação de ambos os fluxos das substâncias sejam mistu-rados entre si.
Na preparação de mono- ou poliisocianatos pela reação de mo-no ou poliaminas com fosgênio disssolvido em solvente orgânico com umagregado de misturação do tipo rotor-estator, a solução de fosgênio é dosa-da de preferência de modo axial em relação ao eixo da câmara de mistura-ção e a solução de amina através das aberturas de entrada dispostas demodo rotativo simétrico. Isto se deve ao fato de que a entrada da solução deamina é mais suscetível a entupimentos e, por isso, a solução de amina édosada de preferência através das aberturas de entrada, para as quais éadaptado um pino com o qual podem ser removidas as aderências.Desvantajoso nos reatores-misturadores conhecidos do tipo rotor-estator éque duas soluções com viscosidades cuja proporção é menor que 0,5 oumaior que 2, não podem mais ser misturadas de modo suficiente quando asubstância com a viscosidade menor é dosada de modo axial ao eixo dacâmara de misturação, já que a força centrífuga transmitida através do pri-meiro disco do rotor não é mais suficiente para empurrar a segunda subs-tância de viscosidade mais elevada que sai das aberturas dispostas em ro-tação simétrica em direção da saída da câmara de misturação. Isto leva àmistura reversa, que na câmara de misturação - isto é particularmente naplaca frontal e nas paredes da carcaça entre os estatores - causa aderênciade sólidos e nos mono- ou poliisocianatos obtidos leva a um baixo teor degrupos isocianato livres.
Desvantajoso nos reatores-misturadores do tipo rotor-estator é,além disso, que as concentrações das substâncias dissolvidas não podemser escolhidas à vontade, porém a concentração da solução de viscosidademais elevada é limitada pelo fato de que sua viscosidade não pode excederao dobro da viscosidade da pelo menos segunda solução. Isto é particular-mente desvantajoso na preparação de mono- ou poliisocianatos, pela reaçãode mono- ou poliaminas com fosgênio em solventes orgânicos, já que a vis-cosidade da solução mono- ou poliamínica modifica fortemente com a con-centração da mono- ou poliamina na solução, enquanto a viscosidade dasolução de fosgênio com diferentes concentrações de fosgênio só aumentade modo insignificante. Assim, a viscosidade de soluções de fosgênio emmonoclorobenzeno (MCB) na faixa de concentração de 0 até 80% em peso aO0 C situa-se entre 0,5 e 1,0 mPa s (viscosidade 0,765 mPas e densidade1,27 g/L a O0 C e 50 ou 56 % em peso),enquanto a viscosidade de uma so-lução de metilenodifenildiamina (MDA) em monoclorobenzeno na faixa deconcentração de 15 até 65% em peso a 25° C situa-se entre 1 e 200 mPas(tabela 1). A diferença de densidade das soluções é, pelo contrário, somentepequena e não agrava a tarefa de misturação.<table>table see original document page 7</column></row><table>
Tabela 1: Densidades e viscosidades de diferentes MDA em soluções MCBa 25° C, determinada com um viscosímetro de strokes segundo Hõppler dafirma Haake segundo DIN 53015.
A tarefa consiste, pois, em prover um reator-misturador que eviteas desvantagens mencionadas e que também possibilite a mistura de duassubstâncias capazes de fluir, com viscosidades fortemente diferentes emqualidade e velocidade que permitam um processo para preparação de mo-no ou poliisocianatos com elevado teor de grupos isocianato livres e, assim,possibilitem o uso de soluções altamente concentradas de amina e de fos-gênio.
A invenção refere-se a um reator-misturador do tipo rotor-estatorabrangendo essencialmente uma carcaça de rotação simétrica que é delimi-tada na parte frontal por uma placa frontal e que contém uma câmara demisturação com entradas independentes para pelo menos duas substânciase uma saída, sendo que a entrada para a primeira substância é prevista depreferência no eixo de rotação da câmara de misturação e sendo que a en-trada para pelo menos a segunda substância é configurada em forma deuma pluralidade de aberturas dispostas em forma de rotação simétrica emrelação ao eixo de rotação na placa frontal, para os quais de cada vez é alo-cado um pino deslocável em direção axial, caracterizado pelo fato de que naplaca frontal são previstos canais de entrada para a primeira substância noeixo de rotação em direção para fora.
O reator-misturador de acordo com a invenção é apropriado paramisturar e executar ou iniciar uma reação de pelo menos duas substânciascapazes de fluir. Ele é empregado, de preferência, para misturar pelo menosduas substâncias, suspensões ou soluções capazes de fluir, nas quais aproporção de viscosidades da primeira substância e pelo menos da segundasubstância na entrada do reator-misturador é menor que 0,5 ou maior que 2(determinação da viscosidade com um viscosímetro de strokes segundoHõppler da firma Haake segundo DIN 53015). O reator-misturador é apropri-ado particularmente para misturar e executar ou iniciar uma reação de fos-genação, quando como primeira substância é usado fosgênio dissolvido emum solvente e como segunda substância uma solução de uma amina primária.
Os canais conduzem, de preferência, da entrada para a primeirasubstância na câmara de misturação (eixo de rotação) para a placa da fren-te, de modo radial para fora. Os canais terminam de preferência no espaçodo eixo de rotação no qual também estão alojadas as aberturas de entrada,situadas mais para fora, para pelo menos a segunda substância. Os canaissão executados como rebaixos na placa de frente ou como guias sobrepos-tas e podem apresentar quaisquer formas desejadas, como por exemplo,seção transversal triangular, quadrada, retangular, de semicírculo ou oval.
Os canais são abertos, pelo menos no início, portanto no local de entradapara o primeiro fluxo e pelo menos no seu final, isto é, no local mais externosituado em direção axial das aberturas de entrada para a segunda substân-cia. O espaço intermediário dos canais pode ser aberto ou fechado, isto é,na direção da câmara de misturação fechado através de coberturas (por e-xemplo, por placas) e aberto somente na direção do fluxo paralelo ao planoda placa de frente. De preferência os canais no espaço intermediário sãofechados ou cobertos, pois isto faz com que a mistura se torne mais rápida emelhor. Os canais são de preferência fechados ou cobertos em 5 até 95%de seu comprimento, particularmente preferido em 20 até 90% de seu com-primento, muito particularmente preferido em 40 a 85% de seu comprimento.
Em uma forma de execução preferida as coberturas cobrem os canais já naaltura da entrada para a primeira substância, de modo que a primeira subs-tância precisa obrigatoriamente percorrer os canais e depois deixar nova-mente os canais através das aberturas de canal para o primeiro fluxo quechega à câmara de misturação onde é misturada com a segunda substância.
O reator-misturador, de preferência, apresenta entre 2 e 48 ca-nais. Além disso, o reator-misturador apresenta de preferência entre 2 e 48aberturas (aberturas de entrada) para o segundo fluxo. De preferência asaberturas (aberturas de entrada) do segundo fluxo são dispostas em um,dois ou três círculos concêntricos ao redor do eixo de rotação. As aberturasde entrada também podem ser dispostas em círculos ainda mais concêntri-cos ao redor do eixo de rotação.
O reator-misturador de acordo com a invenção é particularmenteadequado como reator de fosgenação para a preparação de mono- ou polii-socianatos. Para isto, como primeira substância, é empregado fosgênio dis-solvido em um solvente orgânico e como pelo menos segunda substânciauma mono- ou poliamina primária eventualmente dissolvida em um solvente.
A invenção refere-se também a um processo para a preparaçãode isocianatos pela fosgenação de aminas primárias, no qual as aminas pri-márias e fosgênio são misturados e reagidos no reator-misturador de acordocom a invenção. Aqui são empregados de preferência o fosgênio dissolvidoem um solvente como primeira substância e uma solução de uma aminaprimária como segunda substância. De preferência a proporção das viscosi-dades da primeira e da segunda substância na entrada no reator-misturadoré menor que 0,5. A determinação da viscosidade é feita de preferência comum viscosímetro de esfera segundo Hõppler da firma Haake, segundo DIN53015.
Substâncias de emprego e condições reacionais apropriadassão divulgadas nas patentes EP 291 819 B1, EP 322 647 B1 e EP 1616 857 A1.
O reator-misturador de acordo com a invenção é apropriado paraa fosgenação de mono- e poliaminas primárias quaisquer, particularmentepara a preparação de poliisocianatos orgânicos usuais na química depoliuretanos como os di- e poliisocianatos da série difenilmetano (MDI,monômeros MDI e/ou polímeros MDI), diisocianato de toluileno (TDI),diisocianato de xileno (XDI), diisocianato de hexametileno (HDI), diisocianatode isoforona (IPDI), ou diisocianato de naftalina. Materiais de partida preferi-dos para o processo da presente invenção são as soluções com 3 até 95%em peso, de preferência 20 até 75% em peso de fosgênio em solventes a-propriados bem como as soluções a 5 até 95% em peso, de preferência 20até 70% em peso de mono- ou poliaminas em solventes apropriados.
Solventes apropriados para a preparação de solução de fosgê-nio e amina são quaisquer solventes inertes sob as condições reacionaiscomo, por exemplo, clorobenzeno, orto-diclorobenzeno, dioxano, tolueno,xileno, cloreto de metileno, percloroetileno, triclorofluormetano ou acetato debutila.
São empregados de preferência clorobenzeno ou orto-diclorobenzeno. Os solventes podem ser usados puros ou como misturasaleatórias dos solventes mencionados como exemplo. Vantajosamente em-prega-se o mesmo solvente ou mistura de solventes para os componentesamina e o fosgênio, embora isto não seja obrigatoriamente necessário.
As soluções de fosgênio e de amina são utilizadas no reator-misturador de preferência em quantidades tais que no espaço destinado àmistura esteja presente uma proporção molecular de fosgênio : grupos ami-na primários de 1,1 : 1 até 30 : 1, particularmente preferido de 1,25 : 1 até 3 : 1.
As soluções de fosgênio e de amina empregadas podem sertemperadas antes de sua introdução no reator-misturador. Em geral, a solu-ção de fosgênio apresenta uma temperatura preferida de -50°C até +80°C,particularmente preferido de -20°C até +70°C. A solução de amina pode sertemperada para uma temperatura preferida de +25°C até +160°C, particu-larmente preferido +40°C até +140°C. De modo muito particularmente prefe-rido a temperatura da solução de amina situa-se entre +50 e +120°C. Depreferência as soluções dos edutos são temperadas e dosadas em uma eta-pa de pressão que se situa acima da pressão do vapor das respectivas solu-ções. As soluções de fosgênio e de amina são empregadas de preferênciasob temperaturas de 0°C até +70°C ou +80°C e +120°C. Aqui podem serempregadas pressões absolutas de 100 a 7000 kPa, de preferência 300 a4500 kPa.
Para a misturação das soluções de fosgênio e de amina no rea-tor-misturador, este pode ser aquecido, isolado ou resfriado, sendo que depreferência ele é somente isolado. O isolamento pode ser feito de acordocom os diferentes métodos conhecidos pela técnica e pode incluir o agrega-do de misturação.
A invenção é melhor esclarecida à vista das figuras anexas:
A figura 1 mostra um reator-misturador de acordo com a inven-ção do tipo rotor-estator, contendo uma placa de frente com canais.
A figura 2 mostra uma placa de frente, que é parte integrante doreator-misturador de acordo com a invenção.
O reator-misturador representado como corte axial de acordocom a figura 1, consiste em uma carcaça 1, que apresenta uma câmara demisturação 2 e uma câmara de distribuição 3. O pelo menos primeiro fluxode substância 4 é introduzido axialmente na câmara de misturação 2 atravésde um tubo vergado 5 disposto na parede lateral da câmara de distribuição(e forma a entrada no eixo de rotação 22 da câmara de misturação 2, para aprimeira substância) e através de canais (não representados na figura 1) naplaca de frente 23 até as aberturas do canal para a primeira substância (nãorepresentadas na figura 1). O segundo fluxo de substância 6 é introduzido nacâmara de distribuição 3 e chega à câmara de misturação 2 através de umapluralidade de aberturas de entrada paralelas 7 dispostas concentricamenteem relação ao eixo do reator-misturador. A câmara de misturação 2, atravésde um eixo 10 que está disposto sobre o eixo de rotação 22, apresenta ele-mentos de rotor 8 e elementos de estator 9 ligados à carcaça. Além disso,está prevista uma roda móvel 11 que transporta a mistura via canal circular12 para dentro do tubo de saída 13. Para cada abertura de entrada 7 sãoprevistos pinos 15 fixados sobre um anel de suporte 17. O anel de suporte17 está ligado através de peças distanciadoras 18 a uma placa 19 que édeslocável em direção axial por um eixo de volante 21. A passagem desteeixo através da parede da câmara de distribuição é feita com um fole depassagem 20, estanque a gás.
A figura 2 mostra uma placa de frente 23 que é parte integrantedo rotor-misturador de acordo com a invenção, mostrado na figura 1. A placade frente 23 apresenta uma entrada 26 para o primeiro fluxo de substância,bem como canais 24 que transportam esta substância de modo radial até oespaço das aberturas de entrada 7 do eixo de rotação 22 para o pelo menossegundo fluxo. Os canais 24 podem ser aplicados como rebaixos ou ser so-brepostos à placa de frente 23. Eles podem ser completamente abertos,mas, de preferência na faixa de 5 até 95% de seu comprimento em direção àcâmara de misturação são providos total- ou parcialmente de coberturas 25.
O primeiro fluxo de substância é então conduzido através da entrada 26 parao primeiro fluxo, percorre os canais 24 cobertos com as coberturas 25 e aseguir deixa os canais através das aberturas de canais 27 para o primeirofluxo. Em uma forma de execução preferida (não mostrada na figura 2) ascoberturas 25 cobrem os canais 24 já a patir da altura na entrada 26 para aprimeira substância, de modo que a primeira substância precise obrigatoria-mente percorrer os canais e depois deixar novamente os canais através dasaberturas de canal 27 para o primeiro fluxo e força entrada para a câmara demisturação.
Claims (8)
1. Reator-misturador do tipo rotor-estator abrangendo uma car-caça essencialmente de rotação simétrica, que é delimitada na parte frontalpor uma placa de frente e que contém uma câmara de misturação com en-tradas independentes para pelo menos duas substâncias e uma saída, sen-do que a entrada para a primeira substância é prevista no eixo de rotação dacâmara de misturação e sendo que a entrada para a pelo menos segundasubstância é configurada em forma de uma pluralidade de aberturas dispos-tas em forma de rotação simétrica em relação ao eixo de rotação na placade frente, para as quais de cada vez é alocado um pino deslocável em dire-ção axial, caracterizado pelo fato de que na placa de frente são previstoscanais para a entrada da primeira substância no eixo de rotação em direçãopara fora.
2. Reator-misturador de acordo com a reivindicação 1, caracteri-zado pelo fato de que os canais na placa de frente da entrada para a primei-ra substância no eixo de rotação se estendem em direção radial até o local,no qual estão dispostas as aberturas situadas mais para fora na placa defrente para a pelo menos segunda substância.
3. Reator-misturador de acordo com a reivindicação 1 ou 2, ca-racterizado pelo fato de que os canais são fechados em 5 até 95% de seucomprimento na direção da câmara de misturação.
4. Uso do reator-misturador como definido nas reivindicações 1até 3, para a misturação de pelo menos duas substâncias, suspensões ousoluções capazes de fluir.
5. Uso de acordo com a reivindicação 4, caracterizado pelo fatode que a proporção das viscosidades da primeira substância e da pelo me-nos segunda substância na entrada no reator-misturador é menor que 0,5 oumaior que 2.
6. Uso de acordo com a reivindicação 4 ou 5, caracterizado pelofato de que como primeira substância é empregado fosgênio dissolvido emum solvente e como segunda substância é empregada uma solução de umaamina primária.
7. Processo para preparação de isocianatos pela fosgenação deaminas primárias, caracterizado pelo fato de que as aminas primárias e fos-gênio são misturadas e reagidos no reator-misturador como definido nas rei-vindicações 1 até 3.
8. Processo de acordo com a reivindicação 7, caracterizado pelofato de que são utilizados como primeira substância um fosfogênio dissolvidoem um solvente e, como segunda substância, uma solução de uma aminaprimária e que a razão entre a viscosidade da primeira e da segunda subs-tâncias ao entrar no reator-misturador é menos que 0,5.
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