BRPI0711839A2

BRPI0711839A2 - composições de microorganismos probióticos, gránulos que as contêm, processo de preparação e utilizações dos mesmos

Info

Publication number: BRPI0711839A2
Application number: BRPI0711839-2A
Authority: BR
Inventors: Cecile Sampsonis; Eric Auclair
Original assignee: Lesafre Et Cie
Priority date: 2006-05-19
Filing date: 2007-05-16
Publication date: 2011-12-13
Also published as: RU2395291C1; US20090202678A1; CA2652644A1; CN101448510A; JP2009537131A; MX2008014676A; WO2007135278A2; UA94941C2; FR2901138A1; WO2007135278A3; EP2026826A2

Abstract

COMPOSIçõES DE MICROORGANISMOS PROBIóTICOS, GRáNULOS QUE AS CONTêM, PROCESSO DE PREPARAçãO E UTILIZAçõES DOS MESMOS. A presente invenção se refere a uma composição problótica ou uma pré-mistura (premix), compreendendo microorganismos probióticos, vivos ou revivificáveis, paredes de lêvedos e/ou lêvedos desativados e, opcionalmente um complemento nutricional, compreendendo em particular vitaminas, e/ou oligoelementos, e/ou aminoácidos, e/ou outros aditivos destinados à alimentação animal. Ela se refere também aos grânulos que compreendem essa composição e destinados à alimentação animal, assim como a um processo para preparação desses grânulos.

Description

COMPOSIÇÕES DE MICROORGANISMOS PROBIÓTICOS, GRÂNULOS QXJE AS CONTÊM, PROCESSO DE PREPARAÇÃO E UTILIZAÇÕES DOS MESMOS

A presente invenção tem por objeto uma composição probiótica ou uma pré-mistura (premix), compreendendo microorganismos probióticos vivos ou revivificáveis e paredes de lêvedo e/ou lêvedos desativados, a presença das paredes de lêvedos e/ou de lêvedos desativados permitindo notadamente a estabilização dos microorganismos probióticos. Essa composição ou pré-mistura (premix) pode ser utilizada para a preparação de grânulos que serão destinados à alimentação animal.

O termo "probióticos" designa microorganismos vivos, que, quando ingeridos em quantidade suficiente, exercem um efeito positivo sobre o organismo hospedeiro, melhorando as propriedades de sua flora intestinal, além dos efeitos nutriçionais tradicionais. Eles constituem uma alternativa no emprego dps antibióticos na alimentação animal. Trata-se mais freqüentemente- de bactérias ou de lêvedos presentes, seja nos alimentos, seja nos complementos alimentícios.

Existem quatro grandes tipos de probióticos:

- os fermentos lácticos (os lactobacilos e as cascas);

- as bifidobactérias de origem humana ou animal;

- os diferentes lêvedos, dos quais os lêvedos do tipo Saccharomyces;

- as outras bactérias esporuladas, das quais os Bacillus subtil-lis e cereus.

Os microorganismos mortos pelo calor não respondem à definição dos probióticos, mesmo se certos efeitps terapêuticos tiverem podido lhes ser atribuído.

Por extensão, o termo "probióticos" designa também os alimentos que contêm tais microorganismos. Os probióticos são cada vez mais utilizados tanto em alimentação humana, quanto em alimentação animal, notadamente como substituto dos antibióticos, considerando- se notadamente um retorno a uma alimentação mais sadia, mais natural e mais respeitosa do meio ambiente. Em nutrição animal, esses microorganismos são, em geral, acrescentados em um alimento granulado, por intermédio de uma pré-mistura (premix), contendo também vitaminas, oligo- elementos e aminoácidos.

A introdução dos microorganismos probióticos nos grânulos não é, todavia, facilitada, com efeito, os microorganismos probióticos são mais freqüentemente destruídos no decorrer do processo de granulação. Essa etapa da fabricação dos grânulos é feita em presença de vapor a temperaturas compreendidas entre 60 e 100 °C, e sob pressões que vão de 0,5 a 3,5 bars; temperatura e condições de umidade nas quais os microorganismos são geralmente destruídos.

No pedido de. patente EP 0 694 610, a resistência à granulação de lêvedos da espécie Phaffia rhodozyma que produzem um corante, a astaxantina, e são utilizados na alimentação piscícola para dar a cor vermelha aos salmões e trutas de criação, foi melhorada por secagem em presença de açúcar, como a glicose.

Todavia, não se tratava de lêvedos probióticos que devem permanecer vivos até sua ingestão pelos animais, a fim de exercer suas funções..

De forma surpreendente e inesperada, os inventores descobriram que microorganismos probióticos podiam apresentar uma estabilidade melhorada nas pré- misturas (premix) no decorrer do tempo por mistura com paredes de lêvedos e/ou lêvedos desativados ao invés e no lugar dos outros suportes de pré-mistura (premix) tradicionalmente utilizados, tais como a farinha de trigo na qual se encontra o carbonato de cálcio. Essa estabilidade melhorada no decorrer do tempo torna-os, então, mais resistentes à granulação.

A utilização de paredes de lêvedos no domínio da farmacologia e agroalimentar já foi descrita. Essas paredes são utilizadas como excipiente na fabricação de comprimidos farmacêuticos, notadamente como agente ligante com propriedades desintegrantes (Ozeki et al. AAPS

PharmSciTech, 2003; 4(3): E41) ou ainda como componentes de produto de revestimento (EP 1 159 882, Yuasa et al. Int. J. Pharm., 2002, Apr 26; 237(1-2): 15-22). De acordo com o conhecimento da Sociedade Requerente, a possibilidade de utilizá-los para melhorar a estabilidade de microorganismos vivos, ou revivificáveis não foi até hoje, todavia, considerada.

Existe;portanto, uma real necessidade em microorganismos probióticos que sejam estáveis no decorrer do tempo, de tal modo que o efeito descontado sobre a saúde do animal que os ingere seja real.

A invenção tem também por objeto uma composição probiótica ou pré-mistura {premix), compreendendo:

- de 0,5- a 75% ,de microorganismos probióticos vivos ou revivificáveis ; (a) .escolhidos · no grupo que compreende os lêvedos probióticos, as bactérias probióticas de tipo fermentos lácticos escolhidos ,dentre os lactobacilos, e bifidobactérias com exceção dos bacillis, e suas misturas;

- de 10 a 95%. de um composto (b) escolhido dentre às paredes..-de lêvedos e os lêvedos desativados; e

- de 0 a .95%, de .um complemento nutricional (c) , compreendendo notadamente vitaminas, e/ou oligoelementos e/ou. . aminoác.idose/ou outros aditivos destinados à alimentação animal, as percentagens sendo expressas em peso seco em relação ao peso total da composição.

Na presente invenção, entende-se por microorganismos "revivificáveis" ou "viáveis" microorganismos que, em presença de um meio nutritivo, encontram sua capacidade de se dividirem e formarem colônias.

A titulo de exemplo de lêvedo probiótico, podem- se citar os lêvedos probióticos escolhidos no grupo que compreende os lêvedos do gênero Saccharomyces, de preferência da espécie Saccharomyces eerevisiae, ou do gênero Kluyveromyces, tal como a Kluyveromyces marxianus, e sua misturas.

Exemplos preferidos de cepas Saccharomyees cerevisiae são a cepa Saccharomyees eerevisiae Sc47 depositada junto ao NCYC com o número 47, a cepa Saccharomyees eerevisiae depositada junto à coleção Pasteur (CNCM) com número I-1077, a cepa Saccharomyees eerevisiae depositada junto à coleção Pasteur (CNCM) com o número I-1079, a cepa Saccharomyees eerevisiae depositada junto à coleção MUCL com o número 39 885, a cepa Saceharomyces eerevisiae depositada junto à coleção CBS com número 39 493.94, a cepa Kluyveromyces marxianus depositada junto à coleção MUCL com o número 39434, e suas misturas.

De forma inteiramente preferencial da composição, de acordo com a presente invenção, compreende lêvedos correspondentes à cepa Saccharomyees eerevisiae Sc47 depositada junto ao NCYC com o número 47.

Assim, de acordo com um modo de realização inteiramente particular, essa composição probiótica ou pré- mistura (premix) compreende:

- de 0,5 a 75%, de preferência 5 a 30% de lêvedos vivos ou revivificáveis; - de 10 a 80%, de preferência 25 a 50%, de paredes de lêvedos e/ou de lêvedos desativados;

- de 0 a 95%, de preferência 5 a 80%, de complemento nutricional;

as percentagens sendo expressas em peso seco em relação ao peso total da composição.

Essa composição é particularmente adaptada à alimentação dos animais monogástricos.

As paredes de lêvedos podem ser escolhidas dentre todas as espécies de lêvedos de qualidade alimentar, por exemplo, Saccharomyces cerevisiae. Mais particularmente, as paredes de lêvedos são provenientes dos lêvedos comercializados com as marcas PRONARDY®, SAFMANNAN® ou ainda BIOMOS® por respectivamente as sociedades Prodessa, Biospringer e Alltech.

As paredes de lêvedos' podem ser obtidas, de acordo com os processos conhecidos do técnico, citando-se mais particularmente a autólise das células de lêvedos seguida da separação por meios físicos da parte insolúvel, contendo as paredes, da parte solúvel.

No âmbito da presente invenção, os lêvedos desativados são considerados como sendo lêvedos desprotegidos de qualquer poder de fermento. Não importa que tipo de lêvedos desativados possa ser utilizado, com tanto que seja de qualidade alimentar, por exemplo, as Saccharomyces. Eles são obtidos conforme os processos conhecidos do técnico e., mais particularmente por tratamentos térmicos.

De acordo com um modo de realização inteiramente vantajoso da invenção, os lêvedos desativados têm uma taxa de matéria seca superior a 95%. Quando uma mistura de lêvedos desativados e de paredes de lêvedos é utilizada, a origem dos lêvedos pode ser idêntica ou diferente.

A composição probiótica da invenção apresenta uma homogeneidade muito satisfatória.

Sem querer se ligar a nenhuma teoria, a presença das paredes de lêvedo e/ou dos lêvedos desativados na composição ou pré-mistura (premix), de acordo com a invenção, permite estabilizar os microorganismos probióticos, por uma diminuição do teor em água dos microorganismos probióticos e uma estabilização desse teor em água e no decorrer do tempo. Esse teor em água aumenta, ao contrário, muito, quando se utiliza o suporte de pré- mistura (premix) clássico, tal como descrito na técnica anterior e compreendendo notadamente uma farinha de trigo ou um carbonato de cálcio. Além disso, o uso do carbonato pode gerar problemas de abrasividade e de segregação.

Assim, de acordo cqm um modo de realização particular, a variação da taxa de matéria seca dos microorganismos probióticos, Va, medida de acordo com o teste A seguinte ser positivo.

Teste A:

No tempo. T0, isto é, antes da mistura dos microorganismos probióticos com·as paredes de lêvedos e/ou lêvedos desativa,dos, o teor em matéria seca dos microorganismos probióticos é medido pelo método ISO 1741. Obtém-se um valor MS0.

No tempo T = 14 dias, isto é, 14 dias após a mistura dos microorganismos probióticos com as paredes de lêvedos ·e/ou lêvedos desativados, o teor em matéria seca dos microorganismos probióticos é medido. Obtém-se um valor MST.

Calcula-se, então, V = [ (MST - MS0) / MS0] χ 100. De forma preferida, a variação da taxa de matéria seca dos microorganismos probióticos V é superior a 0,5%, de preferência superior a 1%.

De acordo com um modo de realização particular, a composição ou pré-mistura (premix), de acordo com a invenção, compreende, além disso, um complemento nutricional, compreendendo nótadamente vitaminas e/ou oligoelementos e/ou aminoácidos e/ou outros aditivos destinados à alimentação animal.

As vitaminas que entram na composição são escolhidas no grupo que compreende: vitamina A, vitamina D3, vitamina E, vitaminas B1, B2, B5, B6, B12, C, PP, biotina, ácido fólico, colina, vitamina K3, ácido pantotênico, e suas misturas.

Os oligoelementos que entram na composição podem ser sais minerais de qualidade alimentar. Eles são escolhidos' no grupo que compreende: cobre, zinco, ferro, manganês, iodo, selênio, e suas misturas.

Os aminoácidos que entram na composição são escolhidos· no grupo que compreende: metionina, lisina, L- treonina, triptofano, e suas misturas.

A composição probiótica ou pré-mistura (premix) descrita anteriormente pode ser incorporada diretamente nos alimentos para animais. De forma geral, a composição, de acordo com a invenção,, é incorporada aos alimentos à razão de 5.107 a 5.1010 -CFU (Unidade de formação de colônia - Colony Forming Unit) : de microorganismos probióticos por quilo de alimento completo, de preferência de 5.108 a 1.1010 GFU por quilo de alimento completo.

Por exemplo, quando o microorganismo, probiótico da composição, de acordo com a invenção, é o lêvedo Saccharomyces cerevisiae Sc47 comercializado pela sociedade Lesaffre com a marca BIOSAF®, a ,composição,- de, acordo com a invenção, será incorporada à alimentação animal, de modo a ter 2,5 a 8.109 CFU de Saccharomyces cerevísiae Sc47 por quilo de alimento completo.

A composição probiótica descrita acima pode também ser utilizada em grânulos probióticos destinados notadamente à alimentação animal.

Assim, de acordo com outro modo de realização, a invenção se refere aos grânulos probióticos que compreendem:

- a composição probiótica ou pré-mistura (premix) descrita acima, e

- uma mistura nutricional adaptada à espécie animal visada.

De maneira geral, os grânulos da invenção são constituídos de um para mil em peso de microorganismos probióticos.

A mistura nutricional é uma mistura classicamente utilizada pelo técnico para o preparo de grânulos destinados à alimentação animal, sua composição depende da espécie animal visada, mas compreende classicamente farinhas vegetais, como, por exemplo, farinha de trigo e/ou tortas de soja ou de colza e/ou polpa de beterraba e/ou melaço e/ou-uréia, em proporções bem conhecidas do técnico. A pré-mistura (premix) é em seguida incorporada a matérias- primas (alimentos), cuja natureza e cujas quantidades dependem das espécies animais.

Essa mistura nutricional é eventualmente enriquecida com vitaminas e/ou oligoelementos e/ou aminoácidos e/ou outros aditivos destinados à alimentação animal que são descritos acima em relação com a composição probiótica da invenção.

Os grânulos da invenção são preparados por um processo que compreende as seguintes etapas: preparar uma composição ou uma pré-mistura (premix) probiótica, de acordo com a invenção;

- incorporar essa composição ou pré-mistura (premix) a uma mistura nutricional adaptada à espécie animal visada, de preferência, após um tempo de latência de pelo menos 14 dias;

- injetar vapor d'água a uma temperatura compreendida entre 60 e 100°C sob pressões que vão de 0,5 a 3,5 bars na mistura obtida anteriormente e prensar.

De forma vantajosa, a composição ou pré-mistura (premix), contendo os microorganismos probióticos é deixada em repouso durante pelo menos 15 dias, de preferência durante pelo menos um mês, antes de ser incorporada à mistura nutricional.

Os grânulos obtidos, de acordo com o processo da invenção, apresentam uma taxa de sobrevida dos microorganismos probióticos muito satisfatória.

De acordo com um modo de realização particular, a taxa de sobrevida dos microorganismos probióticos à granulação pode ser medido pela relação S que corresponde à razão entre o número de CFU, após granulação (CFUap) e o número de CFU antes da granulação (CFUav) multiplicado por cento. A taxa de sobrevida dos microorganismos nos granulados, de acordo com a presente invenção, é tal que o valor da relação S é superior ou igual a 20%, de preferência superior ou igual a 50% e mais preferencialmente ainda superior ou igual a 70%.

A invenção se refere também a um processo para melhorar a estabilidade de granulados probióticos, compreendendo o preparo de uma composição probiótica ou de um premix, compreendendo microorganismos probióticos e paredes de lêvedos e/ou dos lêvedos desativados, e eventualmente um complemento nutricional compreendendo notadamente vitaminas, e/ou oligoelementos, e/ou ácidos aminados, e/ou de outros aditivos destinados à alimentação animal, essa composição sendo incorporada à mistura nutricional antes da etapa de granulação por injeção de vapor e prensagem.

Conforme mencionado anteriormente, mostrou-se que a resistência à temperatura de granulação reside notadamente no aumento ou na manutenção do teor em matéria seca do microorganismo probiótico presente na composição, de acordo com a invenção.

Os granulados da invenção ou obtidos segundo os processos da invenção são destinados a serem utilizados na alimentação animal.

A invenção permite um fornecimento em microorganismos probióticos controlado, considerando-se a quantidade de microorganismos probióticos vivos no final do alimento para animal representa pelo menos 20% da quantidade utilizada para a fabricação da composição, de acordo com a invenção ou daquela dos granulados.

A presente invenção será mais precisamente descrita e ilustrada nos exemplos e figuras a seguir. Naturalmente que esses exemplos são dados unicamente a titulo de ilustração do objeto da invenção, da qual não constituem de maneira nenhuma uma limitação.

Exemplos:

Exemplo 1: material utilizado

Os exemplos da presente invenção, são realizados com o seguinte material:

Os lêvedos probióticos são aqueles comercializados com a marca: BIOSAF® na seqüência dos exemplos só o - termo : BIOSAF® será empregado. 0 produto BIOSAF® é ura .,concentrado de ,células vivas de lêvedos Saccharomyces cerevisiae cepa Sc47, 1,1010 CFU/g de BIOSAF® (NCYC - 47). Esse produto é destinado exclusivamente à alimentação animal, se apresenta sob a forma de microgrânulos e apresenta uma estabilidade térmica até 80 °C-

As paredes de lêvedo utilizadas são constituídas de paredes de Saccharomyces cerevisiae e preparadas por autólise seguida de centrifugação.

Os lêvedos desativados utilizados são constituídos de paredes de Saccharomyces cerevisiae e preparados por tratamento térmico.

As características físicas são dadas na tabela 1 abaixo:

<table>table see original document page 12</column></row><table> Exemplo 2:

2.1 Preparo de premix

Preparam-se manualmente as diferentes misturas (premix 1 a 3), cuja composição é dada na tabela 2 abaixo:

<table>table see original document page 13</column></row><table>

As percentagens são calculadas em peso do peso total de premix.

O premix 3 corresponde a uma composição que entra na composição de granulados da técnica anterior.

2.2 Evolução da taxa de matéria seca

A taxa de matéria seca do BIOSAF® presente em cada um dos premix 1 a 3 foi medida segundo a norma oficial, ISO 1741 nos tempos T=I dia, 2 dias, 7 dias e 14 dias.

Os resultados obtidos estão representados na figura 1.

A variação do teor em matéria seca segundo o teste A é1 dada na tabela abaixo:

V = [ (MRT - MS0) / MS0] x 100

<table>table see original document page 13</column></row><table> É importante notar que o tempo de contato entre o BIOSAF® e outros compostos do premix exerce um papel primordial, já que corresponde à colocação em equilíbrio da umidade dos produtos. Se o fator tempo for desfavorável a uma mistura BIOSAF® - farinha de trigo, ele deverá ser no mínimo de 14 dias no caso de suporte à base de paredes de lêvedos e/ou de lêvedos desativados.

Exemplo 3:

Estudos anteriores mostraram que o processo de mistura pode danificar o produto BIOSAF®, tornando-o mais apto a captar a umidade ambiente. Era, portanto, indispensável fabricar os premix paredes de lêvedos BIOSAF® em condições industriais para confirmar o efeito positivo dessas paredes de lêvedos.

3.1 Preparo de premix, segundo vim processo industrial:

O BIOSAF® é estocado em um silo alto de 5 a 6 metros. Quando de uma fabricação, os lêvedos são transportados, a 50 metros para a misturadora, via uma esteira pneumática vertical (transferência em fase densa) de 10 cm de diâmetro. Uma' entrada de ar (previamente tratado, secado e resfriado) permite empurrar o produto através da esteira por uma sucessão de bujões de ar e bujões de produto. Na saída da esteira, uma caçamba controla o peso do produto antes de entrar na misturadora com relhas, sua velocidade de ,rotação é de 120 rpm, e a duração da mistura é de 60 segundos. O premix final é então dirigido para um acondicionamento em sacos ou a granel.

A composição dos premix fabricados industrialmente é dada na tabela a seguir: <table>table see original document page 15</column></row><table>

3.2 Evolução da taxa de matéria seca

A evolução da taxa de matéria seca de BIOSAF® em função do tempo desses diferentes premix foi medida conforme no exemplo 2.

Da mesma forma que: para premix feitos de forma manual, a taxa de m'atéria seca de BIOSAF® diminui no premix, compreendendo a farinha de trigo {premix 3bis): passa de 93% a 91,7%.

A taxa de matéria seca nos premix, de acordo com a invenção, continua estável no premix Íbis (14% de paredesj de lêvedos), mas aumenta de 0,3% após um mês de contato no premix 5 (44% de paredes de lêvedos).

O efeito das paredejs de lêvedos sobre a umidade de BIÒSAF® é menos importante, quando a mistura é preparada em condições industriais, todavia não há uma baixa da matéria seca de BIOSAF® conforme observado com os suportes de premix clássicos (à base de trigo, por exemplo).

Exemplo 4:

4.1 Preparo de granulados

Testes de granulação foram feitos sobre uma prensa de laboratório com fileira discoidal plana fixa (prensa KAHL. 14 - 175 de 3 kw, tendo um diâmetro e uma espessura dos canais respectivamente de 4 e 20 mm (seja uma taxa de compressão de 5)). 0 acondicionador (INRA, Nantes, France) com 32 pás rotativas tem um comprimento de 544 milímetros e possui um volume de 3,7 5 1. 0 motor de 2.2 kw é controlado por um regulador de velocidade que regula a vazão. As temperaturas são fixadas no nível do acondiconador (a 80 e 90 °C).

Dois lotes de granulados foram preparados nas condições definidas acima. Um primeiro lote de granulados foi preparado com uma temperatura de injeção de vapor d'água de 80 °C, e um segundo lote a uma temperatura de injeção de vapor d'água 90 °C.

Os premix foram utilizados imediatamente após seu preparo.

.A composição dos granulados é dada a seguir:

<table>table see original document page 16</column></row><table>

4.2 Estudo da resistência à granulação

Para cada um dos lotes de granulados, a taxa de sobrevida do BIOSAF® foi medida. Os resultados são dados a seguir:

<table>table see original document page 16</column></row><table> Modos de cálculo:

% resistência ou taxa de sobrevida = quantidade de células revivificáveis nos granulados (em CFU/g) X 100 / quantidade de células revivificáveis na composição de granulação exatamente antes da granulação (em CFU/g)

Os resultados mostram uma taxa de sobrevida muito baixa atestando uma resistência muito pequena à granulação do BIOSAF® incorporado ao premix 3bis (granulados 1) em relação a lotes de BIOSAF® incorporados no premix 5, de acordo com a invenção (granulados 2).

Exemplo 5:

Da mesma forma que no exemplo 4, granulados foram preparados com o auxilio dos premix 3bis e 5, cuja composição é dada no exemplo 3. Todavia, esses premix foram preparados um mês antes da granulação.

<table>table see original document page 17</column></row><table>

5.2 Estudo da resistência à granulação

Para cada um dos lotes de granulados, a resistência à granulacao foi avaliada por determinação da taxa d:e sobrevida do BIOSAF®. Os resultados são apresentados a seguir.

<table>table see original document page 17</column></row><table> Sobressai que os granulados, de acordo com a invenção, têm uma resistência à granulação e, portanto, uma taxa de sobrevida seis vezes mais importante.

Claims

1. Composição probiótica ou pré-mistura (premix), compreendendo: - de 0,5 a 75% de microorganismos probióticos vivos ou revivificáveis (a) escolhidos no grupo que compreende os lêvedos probióticos, as bactérias probióticas de tipo fermentos lácticos escolhidos dentre os lactobacilos, e bifidobactérias com exceção dos bacillis, suas misturas; - de 10 a 95% de um composto (b) escolhido dentre as paredes de lêvedos e os lêvedos desativados; e - de 0 a 95%, de um complemento nutricional (c) compreendendo notadamente vitaminas, e/ou oligoelementos e/ou aminoácidos, e/ou outros aditivos destinados à alimentação animal, as percentagens sendo expressas em peso seco em relação ao peso total da composição.

2. Composição probiótica, de acordo com a reivindicação 1, compreendendo, de preferência: - de 0,,5 a 30% de microorganismos probióticos vivos ou revivificáveis (a); - de 15 a 80%, e mais preferencialmente ainda de -25 a 75%, de parede de lêvedos e/ou de lêvedos desativados (b) ; - de 5 a 80% de complemento nutricional (c), as percentagens sendo expressas em peso seco em relação ao peso total da composição.

3. Composição, de acordo com a reivindicação 1 ou -2, caracterizada pelo fato de que os lêvedos probióticos são escolhidos no grupo que compreende os lêvedos do gênero Saccharomyces, de preferência da espécie Saceharomyces eerevisíap, ou .do. gênero Kluyveromyces, de preferência da espécie Kluyveromyces marxianus, e suas misturas.

4. Composição, de acordo com a reivindicação 3, caracter pelo fato de que os lêvedos correspondem a cepas escolhidas nos grupos que compreendem a cepa Saccharomyces cerevisiae Sc47 depositada junto ao NCYC com o número 47, a cepa Saccharomyces cerevisiae depositada junto à coleção Pasteur (CNCM) com número 1-1077, a cepa Saccharomyees cerevisiae depositada junto à coleção Pasteur (CNCM) com o número 1-1079, a cepa Saccharomyces cerevisiae depositada junto à coleção MUCL com o número 39 885, a cepa Saceharomyces cerevisiae depositada junto à coleção CBS com número 39 493.94, a cepa Kluyveromyces marxianus depositada junto à coleção MUCL com o número 39434, e suas misturas.

5. Composição probiótica, de acordo com uma das reivindicações 1 a 4, compreendendo: -de 0 5 a 75%, de preferência 5 a 30%, de lêvedos vivos ou revivificáveis; - de 10 a 80%, de preferência, de 25 a 50%, de paredes de.lêvedos e/ou de lêvedos desativados; - de 0 a 95%, de preferência 5 a 80%, de complemento nutricional, as percentag ens. sendo expressas em peso seco em relação ao peso total da composição.

6.Composição, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 5, caracterizada pelo fato de que as paredes de lêvedos e/ou os lêvedos desativados são escolhidos dentre,as Saccharomyces.

7. Composicao,de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 6, em que a variação do teor em matéria seca dos microorganismos probióticos medido segundo um teste A é positivo, de acordo com o teste A, no tempo T0, isto é, antes da mistura dos microorganismos probióticos com as paredes de lêvedose/ou lêvedos desativados, o teor em matéria seca dos microorganismos probióticos é medido pelo método ISO 1741, obtém-se um valor MS0, no tempo T = 14 dias, isto é, 14 dias após a mistura dos microorganismos probióticos com as paredes de lêvedos e/ou lêvedos desativados, o teor em matéria seca dos microorganismos probióticos é medido, obtém-se um valor MST, calcula-se então a variação = [ (MST - MS0) / MS0] x 100.

8. Grânulo probiótico, compreendendo: - uma composição probiótica ou uma pré-mistura (premix), conforme qualquer uma das reivindicações 1 a 7; - uma mistura nutricional adaptada à alimentação animal visada.

9. Grânulo, de acordo com a reivindicação 8, em que a taxa de sobrevida S dos microorganismos probióticos é superior ou igual a 20%, de preferência superior ou igual a -50%, e mais particularmente superior ou igual a 70%.

10. Processo de preparação de grânulos compreendendo as seguintes etapas: -preparar uma composição probiótica ou pré- mistura (premix) conforme uma das reivindicações 1 a 7; incorporar a composição probiótica ou pré- mistura (premix) a uma mistura nutricional adaptada à alimentação animal visada, de preferência após um tempo de latência de pelo menos 14 dias; - injetar vapor d'água a uma temperatura compreendida entre 60 e 100 °C sob pressões que vão de 0,5 a 3,5 bars na mistura obtida na etapa precedente e prensagem.

11. Processo para melhorar a estabilidade de grânulos probióticos, compreendendo o . preparo de uma composição probiótica, ou: pré-mistura (premix), conforme qualquer uma das reivindicações 1 a 7, compreendendo microorganismos probióticos e paredes ·de lêvedos e/ou lêvedos desativados, e eventualmente um complemento nutricional, compreendendo notadamente vitaminas, e/ou oligoelementos, e/ou aminoácidos, e/ou outros aditivos destinados à alimentação animal, essa composição sendo incorporada à mistura nutricional adaptada à espécie animal visada, antes da etapa de granulação por injeção de vapor e prensagem.

12. Uso de uma composição probiótica ou pré- mistura (premix) conforme qualquer uma das reivindicações 1 a 7, para a alimentação animal.

13. Uso de grânulos, conforme a reivindicação 8 ou 9, ou preparados pelo processo da reivindicação 10, para a alimentação animal.