BRPI0710959B1 - uso de uma proteína anti-secretória ou fragmentos da mesma para a fabricação de uma composição farmacêutica para a prevenção ou tratamento da hipertensão intra-ocular. - Google Patents

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Abstract

peptídeo, composição farmacêutica compreendendo tal peptídeo e método para a produção dos referidos peptídeo e composição farmacêutica. a presente invenção refere-se ao uso de fatores anti-secretários, tal como proteínas anti-secretórios, ou homólogos, derivados e/ou fragmentos da mesma com atividade anti-secretária, para a fabricação de composições farmacêuticas para o uso no tratamento e/ou prevenção da hipertensão intra-ocular. a invenção refere-se, portanto, ao uso de composições farmacêuticas contendo fatores anti-secretórios na prevenção e/ou tratamento da hipertensão intra-ocular, a qual se caracteriza principalmente pela obstrução do efluxo de fluido corporal, resultando na elevação da pressão no olho. a invenção se presta a uma nova abordagem para o tratamento e/ou prevenção de tal condição, reduzindo a pressão a níveis aceitáveis, opcionalmente de 21 mm hg ou menos.

Description

(54) Título: USO DE UMA PROTEÍNA ANTI-SECRETÓRIA OU FRAGMENTOS DA MESMA PARA A FABRICAÇÃO DE UMA COMPOSIÇÃO FARMACÊUTICA PARA A PREVENÇÃO OU TRATAMENTO DA HIPERTENSÃO INTRA-OCULAR.
(51) IntCI.: A61K 38/17; A61P 27/02.
(30) Prioridade Unionista: 27/04/2006 SE 0600932-8.
(73) Titular(es): LANTMÃNNEN AS-FAKTOR AB.
(72) Inventor(es): HANS-ARNE HANSSON; STEFAN LANGE; EVA JENNISCHE.
(86) Pedido PCT: PCT SE2007000414 de 27/04/2007 (87) Publicação PCT: WO 2007/126364 de 08/11/2007 (85) Data do Início da Fase Nacional: 28/10/2008 (57) Resumo: PEPTÍDEO, COMPOSIÇÃO FARMACÊUTICA COMPREENDENDO TAL PEPTÍDEO E MÉTODO PARA A PRODUÇÃO DOS REFERIDOS PEPTÍDEO E COMPOSIÇÃO FARMACÊUTICA. A presente invenção refere-se ao uso de fatores anti-secretários, tal como proteínas anti-secretórios, ou homólogos, derivados e/ou fragmentos da mesma com atividade anti-secretária, para a fabricação de composições farmacêuticas para o uso no tratamento e/ou prevenção da hipertensão intraocular. A invenção refere-se, portanto, ao uso de composições farmacêuticas contendo fatores anti-secretórios na prevenção e/ou tratamento da hipertensão intra-ocular, a qual se caracteriza principalmente pela obstrução do efluxo de fluido corporal, resultando na elevação da pressão no olho. A invenção se presta a uma nova abordagem para o tratamento e/ou prevenção de tal condição, reduzindo a pressão a níveis aceitáveis, opcionalmente de 21 mm Hg ou menos.
Relatório Descritivo da Patente de Invenção para USO DE UMA PROTEÍNA ANTI-SECRETÓRIA OU FRAGMENTOS DA MESMA PARA A FABRICAÇÃO DE UMA COMPOSIÇÃO FARMACÊUTICA PARA A PREVENÇÃO OU TRATAMENTO DA HIPERTENSÃO INTRA-OCULAR.
Campo da Invenção
A composição refere-se ao uso de composições farmacêuticas contendo fatores anti-secretórios no tratamento e/ou prevenção da hipertensão intra-ocular, a qual é preferivelmente caracterizada pela obstrução do efluxo de fluido corporal, resultando na elevação da pressão no olho. A in10 venção oferece como nova abordagem para o tratamento e/ou prevenção de tal condição a redução da pressão intra-ocular a níveis aceitáveis, opcionalmente de 21 mm Hg, ou menos. A invenção também refere-se a um método para o tratamento e/ou prevenção da hipertensão intra-ocular através da administração de composições farmacêuticas contendo fatores anti15 secretórios.
Antecedentes da Invenção
Níveis elevados de pressão ocular são causados tanto pela produção elevada de fluido quanto pela obstrução do efluxo dos fluidos do olho, ou, alternativamente, pela combinação de ambas as causas. A pressão intra20 ocular (IOP) nos olhos de mamíferos funciona de forma similar em uma grande gama de espécies, ficando na ordem de 11 a 21 mm Hg, tal como de 10 a 20 mm Hg, tal como de 12 a 18 mm Hg. Em seres humanos, a faixa normal é de aproximadamente 11 a 21 mm Hg. A pressão intra-ocular é considerada elevada quando excede 20 mm Hg, tal como 21 mm Hg, tal como
21 a 24 mm Hg, ou 22 a 30 mm Hg por períodos prolongados de tempo. O nível da IOP é regulado pela formação de um fluido, o humor aquoso (AH), originário do sangue e transferido através de processos ciliares para a câmara posterior do olho. O AH atravessa o corpo vítreo e o cristalino na câmara posterior, passando então pela pupila para a câmara anterior. De lá, a maior parte do AH flui eventualmente para o ângulo iridocorneal, saindo do olho através da malha trabecular através do canal de Schlemm, das veias aquosas, e das veias esclerais e episclerais. Há uma troca de fluídos e metabóliSegue-se folha 1a
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Petição 870180129218, de 12/09/2018, pág. 6/14 ou seja, pela íris, músculo ciliar e esclera, se misturando eventualmente a fluidos produzidos pelos tecidos locais antes de abandonar o olho (Jerndal, Hansson & Bill, 1990; Oyster, 1999). A IOP é amplamente monitorada em função do efluxo da secreção uma vez que se considera que a formação do AH em seres humanos adultos é pouco variável. Os principais reguladores da IOP são a malha trabecular endoteliana, a malha endotelial justacanalicular e as paredes internas do endotélio do canal Schlemm (Lütjen-Drecoll 1998; Sacca e outros, 2005). O último é de especial importância na retificação e monitoramento do efluxo da câmara anterior para o sistema vascular. Nas células endoteliais são formadas invaginações chamadas de caveolae, que são preenchidas por AH e posteriormente transferidas na forma de vacúolos gigantes através das células endoteliais a fim de eventualmente esvaziar seus conteúdos no canal de Schlemm. Níveis elevados de IOP resultam na formação de um grande número de tais vacúolos gigantes, sendo a recíproca verdadeira quando os números da IOP são reduzidos (Jerndal, Hansson & Bill, 1990; Lütjen-Drecoll 1998). Adicionalmente, essas células podem apresentar habilidades de monitorar o seu volume celular, influenciando desta forma ainda mais o vazamento de AH paracelular (Starner e colaboradores, 2001). A figura 1a mostra uma figura esquemática do olho humano, enquanto a figura 1b mostra uma micrografia eletrônica do ângulo iridocorneal de um olho humano adulto.
O termo hipertensão intra-ocular é utilizado na prática médica como um diagnóstico para uma doença crônica com IOP superior a 20 mm Hg, tal como de 21 a 24 mm Hg, tal como 22 a 30 mm Hg. Os pacientes com hipertensão intra-ocular podem sofrer de tal condição sem desenvolverem quaisquer sinais de seqüela, tais como perda do campo visual ou outros sinais de anormalidades retinianas ou do nervo óptico. A elevação da IOP pode ocorrer de forma transiente, por exemplo, ao se tossir, expondo-se a cargas elevadas de trabalho, após traumas no globo ocular, e uma manobra de Valsalva. Há normalmente, uma variação de diurna da IOP, sendo ela mais alta em humanos no começo do dia. Em seres humanos adultos, são formados de 2 a 3pL de AH por minuto, resultando na total troca do AH no olho seres humano em torno de 11/2 h. Isto significa que a formação e o efluxo devem ser monitorados dentro de limites estreitos a fim de manter a IOP dentro de uma faixa normal. A IOP tanto não deve se tornar muito alta quanto não deve se tornar muito baixa. As principais funções do AH são proporcionar nutrientes, oxigênio, íons, fluido para, por exemplo, a cristalina ou a córnea e escoar metabólitos e detritos. Mais além, a IOP e o AH interagem para manter as propriedades ópticas e o formato do olho. A produção do AH pode ser revelada através de uma série de métodos, tal como através da determinação da troca do AH e do seu efluxo. A pressão intra-ocular pode ser determinada de forma acurada através, por exemplo, tonometria.
A presença de IOP anormal pode ser demonstrada em alguns pacientes com glaucoma. Não obstante nem todos os pacientes com glaucoma apresentam sinais de hipertensão intra-ocular. O termo hipertensão intra-ocular não deve, portanto, ser confundido com o diagnóstico médico de glaucoma. Ao contrário da hipertensão intra-ocular, o glaucoma é definido como uma doença caracterizada pela progressiva deterioração e eventual cegueira devido à perda progressiva das células do nervo da retina e pela degeneração do nervo óptico. Há uma ampla faixa de condições inclusa sob o termo glaucoma, todas elas tendo em comum a eventual deterioração da visão (Ritch e outros, 1996). Portanto, o diagnóstico de glaucoma refere-se à perda visual e não a presença anormal de IOP.
A IOP é regulada principalmente pelo efluxo do AH da câmara anterior do olho para as veias através do ângulo iridocorneal para o canal de Schlemm. Caso a saída do AH do olho seja obstruída ou mesmo bloqueada a IOP começará a se elevar. A resistência ao efluxo, resultando normalmente em PIOs na faixa de 10 a 20 mm Hg, tal como de 12 a 18 mm Hg é localizada principalmente na malha trabecular e no alinhamento endotelial do canal de Schlemm. As células endoteliais na malha trabecular e no canal de Schlemm interagem na regulação do efluxo do AH (Alvarado e colaboradores, 2005; Jerndal e colaboradores, 1991). Não há uma comunicação direta entre a câmara anterior o canal de Schlemm, incluindo as veias esclerais e episclerais. Em sujeitos com hipertensão intra-ocular, a malha trabecular é até certo ponto caracterizada pela degeneração, pelo acúmulo de material revestimentar e elevação da resistência ao efluxo do AH (Rohen e colaboradores, 1993). Além disso, o acúmulo de pigmentos e de material esfoliativo assim como de células sanguíneas e coágulos pode em certos casos aumentar o grau de obstrução do efluxo, elevando a IOP. A hipersecreção, isto é, a formação excessiva de AH, raramente é a única causa da hipertensão intra-ocular. Portanto, o melhor e prolongado controle da troca do AH, especialmente o controle do efluxo do AH através do ângulo iridocorneal, é de extrema importância na redução e normalização da IOP em ordem de se monitorar a hipertensão intra-ocular.
As terapias disponíveis para o tratamento da hipertensão intraocular na prática clínica preferencialmente na elevação do efluxo do AH, porém alguns fármacos, tais como, por exemplo, a dorzolamida e a brinzolamida, reduzem a produção de AH. Alguns poucos fármacos utilizados hoje em dia influenciam tanto a formação quanto os canais de saída. Deve se salientar que tanto a composição quanto a troca do AH são de extrema importância uma vez que o AH supre, por exemplo, o cristalino e a córnea de nutrientes, fluido e oxigênio e se encarrega de uma série de produtos formados. Os efeitos colaterais são prevalentes com os fármacos utilizados atualmente e comumente obstruem o tratamento adequado. Adicionalmente, existem sujeitos com hipertensão intra-ocular que não podem ser tratados de forma adequada pelas fármacos atualmente disponíveis. Portanto, existe uma necessidade de abordagens terapêuticas para a redução da IOP para níveis normais.
A proteína anti-secretória é uma proteína de 41 kDa, que serve originalmente para oferecer proteção contra as doenças diarréicas e inflamação intestinal (para uma revisão, veja Lange e Lõnnroth, 2001). A proteína anti-secretória foi seqüenciada e seu cDNA cionado. A atividade antisecretória parece ser produzida principalmente por um peptídeo localizado entre 1-163, ou mais especificamente, entre as posições 35 e 50 na seqüência aminoácidica da proteína anti-secretória. Pesquisas imunoquímicas e imuno-histoquímicas revelaram que a proteína anti-secretória está presente e pode também ser sintetizada pela maioria dos tecidos e órgãos corporais. A caracterização de peptídeos sintéticos contendo a seqüência antidiarréica já ocorreu nos WO 97/08202 e WO 05/030246. Os fatores anti-secretórios já haviam sido previamente caracterizados como normalizadores no transporte patológico de fluidos e/ou reações inflamatórias, tal como no intestino e no plexo coróide no sistema nervoso central após contato com a toxina da cólera (WO 97/08202). Portanto, foi sugerido no WO 97/08202 que a adição dos fatores anti-secretórios a comida e alimentos seja útil no tratamento de edemas, diarréia, desidratação e inflamação. O WO 98/21978 revela a utilização de produtos que possuem atividade enzimática para a produção de um alimento que induza a formação de proteínas anti-secretórias. Já o WO 00/038535 caracteriza ulteriormente a produção de alimentos enriquecidos em proteínas anti-secretórias como tais.
Também já se demonstrou que a proteína anti-secretória e fragmentos da mesma melhoram a taxa de reparo do tecido nervoso, e a proliferação, a apoptose, a diferenciação, e/ou a migração das células-tronco, das células progenitoras, e de células derivadas das mesmas no tratamento das condições associadas à perda e/ou ao ganho de células (WO 05/030246).
Os inventores da presente invenção verificaram agora de forma surpreendente que a proteína do fator anti-secretório, seus homólogos e fragmentos peptídicos derivados da mesma reduzem a resistência ao efluxo do AH através do ângulo iridocorneal do olho para o sistema sanguíneo. Isto representa uma nova aplicação terapêutica para as proteínas antisecretórias, homólogos e fragmentos da mesma, isto é, o uso de tais proteínas e fragmentos para a prevenção e/ou proteção intra-ocular.
Sumário da Invenção
A presente invenção refere-se ao uso de composições farmacêuticas contendo fatores anti-secretórios no tratamento e/ou prevenção da hipertensão intra-ocular. A invenção se baseia na descoberta de que os fatores anti-secretórios, isto é, proteínas anti-secretórias e peptídeos, derivados, homólogos e fragmentos das mesmas com atividade anti-secretória, aumentam o efluxo do fluido corporal do olho, assim reduzindo a pressão intra6 ocular.
Em um primeiro aspecto, a presente invenção refere-se ao uso de uma proteína anti-secretória, ou homólogos, derivados ou fragmentos da mesma que possuam atividade anti-secretória, ou ainda sais farmaceuticamente aceitáveis da mesma para a composição da composição farmacêutica para a prevenção e/ou tratamento da hipertensão ocular.
Em um segundo aspecto, a presente invenção refere-se a um método para o tratamento e/ou prevenção da hipertensão intra-ocular em mamíferos, método este que envolve a administração de uma quantidade eficaz de uma composição farmacêutica contendo uma proteína antisecretória ou homólogos, derivados e/ou fragmentos da mesma que possuam atividade anti-secretória, ou ainda sais farmaceuticamente aceitáveis dos mesmos a um mamífero em necessidade da mesma.
Legendas para as figuras
A figura 1a mostra um desenho esquemático de um olho humano (1-1). O canal de Schwann (Sch) é visto em maior amplificação, separado da câmara anterior (CA) pela malha trabecular (T) (1-2). Ela também revela que cada trabéculo (Tr) está envolvido por células endoteliais (CE) (1-3). O humor aquoso é formado nos processos ciliares vistos a direita da área enquadrada da figura. 1-1. L = cristalino; C = córnea; I = íris; S = esclera; Modificado a partir de: R.V. Krstic, 1991.
A figura 1b é uma micrografia eletrônica do ângulo iridocorneal de um homem de 55 anos de idade que teve seu olho enucleado devido a um tumor retrobulbar. A malha trabecular, marcada com U, é vista em separado do canal de Schlemm por um tecido deveras denso. C = córnea; Sp = esporão escleral; I = íris; Cp = processos ciliares; S = linha de Schwalbe. Acima a direita ar, ar. Retirado de Jerndal e colaboradores, 1991.
A figura 2 mostra a pressão intra-ocular nos olhos de coelhos recebendo tratamento tópico com AF-16 (triângulos de cabeça pra baixa), a fármaco Timolol® (triângules), e o veículo PBS (quadrados), respectivamente, de acordo com o Exemplo 7.
A figura 3 mostra a pressão intra-ocular após 5 dias de tratamen7 to tópico em olhos de coelhos como AF-16 (triângulos de cabeça pra baixo), a fármaco Timolol® (triângulos), e o veículo PBS (quadrados), respectivamente, de acordo com o Exemplo 7.
A figura 4 a seqüência aminoácidica de uma proteína anti5 secretória em conformidade com a SEQ ID NO 6 da presente invenção. A seqüência corresponde a SEQ ID NO 2 da US 6344440.
Definições
No presente pedido de registro de patente, a câmara anterior [ocular] é definida como o espaço entre a superfície anterior a íris e a super10 fície endotelial da córnea, conectado no ângulo iridocomeal.
A câmara posterior [ocular] é definida como o espaço entre a superfície anterior do corpo vítreo e o cristalino e a superfície posterior da íris. A câmara posterior e a câmara anterior são conectadas pela pupila.
A expressão proteína anti-secretória refere-se no presente con15 texto a uma proteína com propriedades anti-secretoras conforme prevenido previamente no W097/08202 e no WO 00/38535.
A expressão fatores anti-secretórios (FAs) refere-se no presente contexto a uma proteína anti-secretória ou um peptídeo ou um homólogo, derivado e/ou fragmento da mesma que possuam atividade anti-secretória.
No presente contexto, tal peptídeo, homólogo, derivado ou fragmento apresenta atividade biológica análoga no tratamento e/ou prevenção da hipertensão intra-ocular. Os fatores anti-secretórios foram previamente revelados, por exemplo, nos WO 97/08202 e WO 05/030246. No presente contexto, as expressões fator anti-secretório, proteína de fator anti-secretório, proteí25 na anti-secretória, peptídeo anti-secretório, derivado anti-secretório e fragmentoo anti-secretório são utilizados de forma intercambial. Também se entende pela expressão fator anti-secretório gema de ovo enriquecida em anti-secretório conforme revelado nos SE 900028-2 e WO 00/38535 conforme descrito abaixo.
Por humor aquoso, AH se entende um fluido aquoso formado a partir de sangue nos processos ciliares, fluindo através da câmara posterior e da pupila para a câmara anterior, deixando então a câmara anterior atra8 vés da malha trabecular e do canal de Schlemm retornando eventualmente para os vasos sanguíneos.
SNC é a sigla para sistema nervosa central, incluindo cérebro e medula.
Por edema se entende o acúmulo de quantidades excessivas de fluido aquoso nas células, tecidos ou cavidades serosas (veja, por exemplo, Stedmaris Medicai Dictionary, 5- ed., Lippincott, Williams & Wilkins, Philadelphia, 2005).
Por glaucoma se entende um grupo de doenças caracterizado pela lesão progressiva da retina e do nervo óptico, resultando na perda e no estreitamento do campo visual e na eventual perda da visão.
Pressão intra-ocular (IOP) é a pressão exercida pelo humor aquosa do globo ocular.
A hipertensão intra-ocular é uma condição na qual a pressão no globo ocular excede 20 mm Hg, tal como 21 mm Hg, de 22 a 30 mm Hg em um sujeito acordado. Portanto, no contexto atual, a expressão hipertensão intra-ocular é utilizada de forma intercambial com a expressão pressão intra-ocular anormal.
Por hipotensão intra-ocular se quer dizer que a pressão no globo ocular é inferior a 11 mm Hg, tal como de 10 mm Hg em um sujeito acordado.
O ângulo iridocorneal é a junção na câmara anterior entre a íris e a parte posterior da córnea.
PBS significa salina fosfato-tamponada.
No presente contexto, o termo tratamento ou tratando referese ao tratamento terapêutico a fim de curar ou aliviar uma condição de hipertensão intra-ocular. Também se pretende na presente invenção a prevenção da hipertensão intra-ocular, a qual refere-se ao tratamento profilático para se evitar a ocorrência da hipertensão intra-ocular.
Por malha trabecular se entende a malha da trabécula e as folhas de tecido conectivo de colágeno alinhadas às células endoteliais, interpostas no ângulo iridocorneal entre a câmara anterior e o canal de Schlemm.
Por canal de Schlemm se entende o canal circular na porção externa do sulco interno da esclera na região límbica do olho, conectado através das veias de humor aquoso ao sistema de drenagem no olho. O canal de Schlemm é o principal sistema de saída para o humor aquoso da câmara anterior do olho.
As proteínas são macromoléculas biológicas constituídas por aminoácidos unidos por ligações peptídicas. As proteínas, como polímeros de aminoácidos, também são chamadas de polipeptídeos. As proteínas possuem tipicamente de 50 a 800 aminoácidos e, portanto, possuem peso mo10 lecular na faixa de em torno de 6.000 a em torno de algumas centenas de milhares de Dáltons. Proteínas pequenas são chamadas de peptídeos ou oligopeptídeos. O termo proteína e peptídeo podem ser utilizados de forma intercambial no presente contexto.
A expressão composição farmacêutica refere-se no presente contexto a uma composição contendo uma quantidade terapeuticamente eficaz de uma proteína anti-secretória, combinada opcionalmente com excipientes farmaceuticamente ativos, tais como veículos ou veículos. Tais composições farmacêuticas são formuladas para vias de administração apropriadas, as quais podem variar de acordo com a condição dos pacientes, assim como outros fatores tal como idade e preferência. A composição farmacêutica envolvendo uma proteína anti-secretória serve como sistema de liberação de uma fármaco. Na administração, a composição farmacêutica leva a substância ao corpo de um ser humano ou animal. Composições farmacêuticas adequadas para a presente invenção são descritas abaixo.
Descrição Detalhada da Invenção
A presente invenção é baseada no surpreendente fato de que fatores anti-secretórios (FAs), tais como a proteína anti-secretória e homólogos, derivados ou fragmentos da mesma, causam uma redução da resistência do humor aquoso através do ângulo iridocorneal do olho para o sistema sanguíneo, o que aumenta o efluxo do fluido acumulado de forma anormal no olho. Assim, o efluxo de humor aquoso é aumentado, levando a redução da pressão intra-ocular no olho. Isto representa uma nova aplicação terapêu10 tica para as proteínas anti-secretórias e fragmentos da mesma, isto é, o uso de tais proteínas e fragmentos na separação de composições farmacêuticas para o tratamento e/ou prevenção da hipertensão intra-ocular. O uso das composições farmacêuticas em conformidade com a presente invenção é provavelmente mais útil para os pacientes com risco de desenvolvimento ou para pacientes que sofram de hipertensão intra-ocular.
Conforme acima descrito, o efluxo do humor aquoso ocorre principalmente através do ângulo da íris e é regulado pelas células que formam a malha trabecular. A maior parte do humor aquoso é transportada para fora do olho através do canal de Schlemm. O humor aquoso é transportado em pequenas vesículas através das células da malha trabecular para o canal de Schlemm, assim como é até certo ponto de forma paracelular. De forma adicional e em menor escala, o AH deixa o olho através das estruturas do ângulo da íris e da esclera. O efluxo do humor aquoso do olho, no qual pequenas porções de líquido são transportadas de uma vez, é radicalmente diferente do transporte de íons e água no intestino, por exemplo, onde bandas de íon e água das células epiteliais do intestino transportam uma molécula de cada vez. Portanto, embora se tenha sugerido a utilização de fatores antisecretórios previamente no tratamento de condições tais como edema, diarréias, desidratação, glaucoma e inflamação (WO 97/08202), o mecanismo de ação dos fatores anti-secretórios no tratamento dessas doenças é diferente do mecanismo de ação em conformidade com a presente invenção, onde a resistência à saída do humor aquoso através do ângulo iridocorneal do olho para o sistema sanguíneo é reduzida pelos fatores anti-secretórios. Entretanto, deve-se observar que a hipertensão intra-ocular pode ou não resultar em glaucoma quando em estágios mais avançados.
Em um primeiro aspecto, a presente invenção refere-se, portanto, ao uso de uma proteína anti-secretória e/ou homólogos, derivados ou fragmentos da mesma que possuam atividade anti-secretória, isto é, um fator anti-secretório e/ou um sal farmaceuticamente aceitável do mesmo para a fabricação de uma composição farmacêutica para a prevenção e/ou tratamento da hipertensão intra-ocular.
O fator anti-secretório é uma proteína que ocorre naturalmente no corpo. O fator anti-secretório humano é uma proteína de 41 kDa, contendo 382 aminoácidos quando isolada da glândula pituitária. O sítio de ativação de tal proteína no que refere-se ao seu efeito de redução da pressão intra-ocular em conformidade com a presente invenção parece estar localizado em uma região próxima ao terminal N da proteína, localizado nos aminoácidos de 1-163 da SEQ ID NO 6, ou em fragmentos desta região.
Os inventores da presente invenção demonstraram que o fator anti-secretório é até certo ponto homólogo à proteína S5a, também chamada Rpn 10, a qual constitui uma subunidade de um constituinte presente em todas as células de vertebrados, o proteassoma 26 S, mais especificamente na 19 S/PA 700 cap. Na presente invenção as proteínas anti-secretórias são definidas como uma classe de proteínas homólogas apresentando as mesmas propriedades funcionais. Os proteassomas apresentam uma série de funções relacionadas à degradação de proteínas, presentes em excesso, assim como de proteínas com vida útil pequena, desnecessárias, desnaturadas, mal arranjadas e anormais de qualquer outra maneira. Mais além, o fator anti-secretório /S5a /Rpn 10 está envolvido na distribuição celular e transporte dos constituintes celulares, mais evidentemente das proteínas, conforme melhor descrito em livros disponíveis de forma geral.
Os homólogos, derivados e fragmentos das proteínas antisecretórias e/ou peptídeos em conformidade com a presente invenção todos possuem atividades biológicas análogas sendo capazes de reduzirem a pressão intra-ocular. Os homólogos, derivados e fragmentos anti-secretórios no contexto da presente invenção envolvem pelo menos 4 aminoácidos de uma proteína anti-secretória de ocorrência natural, os quais podem ser modificados ainda pela alteração de um ou mais aminoácidos em ordem de otimizar a atividade biológica do fator anti-secretório no tratamento e/ou prevenção da hipertensão intra-ocular.
Um fragmento de uma proteína anti-secretória geralmente irá conter a seqüência aminoacídica/peptídica ou um fragmento da mesma em uma preparação da qual mais de 90%, por exemplo, 95%, 96%, 97%, 98% ou 99% da proteína na preparação é uma proteína, peptídeo e/ou fragmentos da mesma da invenção.
Mais além, qualquer seqüência aminoácidica até 70% idêntica, tal como pelo menos 72%, 75%, 77%, 80%, 82%, 85%, 87%, 90%, 91%,
92%, 93%, 94%, 95%, 96%, 97%, 98%, ou 99% idêntica a seqüência aminoácidica da proteína anti-secretória, peptídeo, homólogo, derivado e/ou fragmento em conformidade com a presente invenção, também é considerada pertencente ao escopo da presente invenção. No contexto da presente invenção, os termos homólogos e identidade são utilizados de forma inter10 cambial, isto é, uma seqüência aminoacídica que possua determinado grau de identidade com uma outra seqüência aminoacídica apresenta o mesmo grau de homologicidade em relação à seqüência aminoacídica determinada.
No contexto da presente invenção entende-se por derivado uma proteína com atividade anti-secretória conforme aqui definida, sendo deriva15 do de uma outra substância de forma direta ou através de modificação ou substituição parcial, onde um ou mais aminoácidos são substituídos por outros aminoácidos, aminoácidos os quais podem ser aminoácidos modificados ou não naturais. Tais aminoácidos modificados e/ou não naturais são bem conhecidos por aqueles versados na arte. Por exemplo, derivados do fator anti-secretório em conformidade com a presente invenção podem conter um grupo de proteção no terminal N e/ou no terminal C. Um exemplo de grupo protetor no terminal N inclui a acetila. Um exemplo de grupo protetor no terminal C inclui amida.
Por proteínas, homólogos, derivados, peptídeos e/ou fragmentos dos mesmos possuindo seqüências aminoacídicas de pelo menos, por exemplo, 95% idênticas à seqüência aminoacídica de referência, se entende que a seqüência aminoacídica, por exemplo, do peptídeo é idêntica à seqüência de referência, exceto que a seqüência aminoácidica pode incluir até 5 pontos de mutação a cada 100 aminoácidos da seqüência aminoacídica de referência. Em outras palavras, para se obter um polipeptídeo com um seqüência aminoácidica pelo menos 95% idêntica a seqüência aminoácidica de referência, até 5% dos aminoácidos da seqüência de referência podem ser deletados ou substituídos por outros aminoácidos, ou pode-se inserir na seqüência de referência um número de aminoácidos equivalente a até 5% do total de aminoácidos na seqüência de referência. Estas mutações da seqüência de referência podem ocorrer nas posições terminais carbóxi ou ami5 na da seqüência aminoacídica de referência ou em qualquer lugar entre tais posições terminais, dispersados de forma individual pelos aminoácidos da seqüência de referência ou em um ou mais grupos contíguos dentro da seqüência de referência.
Na presente invenção, um programa algorítmico local é o mais adequado para se determinar a identidade. Programas algorítmicos locais (tais como Smith-Waterman) comparam uma subsequência em uma seqüência a uma subsequência em uma segunda seqüência, localizando combinações de subseqüências e o alinhamento de tais subsequências, assim produzindo um escore de similaridade geral. Falhas internas, caso permiti15 das, são penalizadas. Algoritmos locais trabalham bem na comparação de duas proteínas de multidomínios, as quais possuam um único domínio ou apenas um sítio gigante em comum.
Métodos para a determinação da identidade e similaridade estão codificados em programas disponíveis publicamente. Os métodos computa20 cionais preferidos para determinar a identidade e similaridade entre duas seqüências inclui, mas não se limita a, o pacote GCG (Devereux, J e outros(1994)) o BLASTP, o BLASTN, e o FASTA (Altschul, S.F. e outros(1990)). O programa BLASTX está disponível publicamente a partir da NCBI e de outras fontes (Manual BLAST, Altschul, S.F. e colaboradores,
Altschul, S.F. e outros(1990)). Cada programa de análise sequencial apresenta uma matriz de pontuação e penalidades por falhas inicial. Espera-se que, em geral, os biólogos moleculares utilizem as definições iniciais estabelecidas pelo software selecionado.
As proteínas anti-secretórias ou peptídeos ou homólogos, ou derivados, ou fragmentos dos mesmos apresentando atividade antisecretória em conformidade com a presente invenção podem ser de 4 aminoácidos ou mais, tais como de 5 a 16 aminoácidos, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12,
13, 14, 15, 16, 17, 18, 19 ou 20 aminoácidos ou mais. Em outras modalidades preferenciais o fator anti-secretório consiste de 42, 43, 45, 46, 51, 80, 128, 129 ou 163 aminoácidos. Em modalidades preferenciais o fator antisecretório consiste de 5, 6, 7, 8 ou 16 aminoácidos.
Ainda em outra modalidade preferencial, a proteína ou peptídeo anti-secretório e/ou homólogos, derivados ou fragmentos dos mesmos que possuam atividade anti-secretória em conformidade com a presente invenção consiste de uma seqüência de acordo com a seguinte fórmula:
X1-V-C-X2-X3-K-X4-R-X5 em que X1 é I, os aminoácidos 1-35 da SEQ ID NO 6, ou está ausente, X2 é H, R ou Κ, X3 é S ou L, X4 é T ou A, X5 é os aminoácidos 43-46, 43-51,4380 ou 43-163 da SEQ ID NO 6, ou está ausente.
O fator anti-secretório em conformidade com a presente invenção pode ser produzido in vivo ou in vitro, por exemplo, de forma recombi15 nante, sintetizado quimicamente e/ou isolado a partir de fatores antisecretórios de ocorrência natural, tal como da glândula pituitária de porcos ou de ovos de pássaros. Após a produção, os fatores anti-secretórios podem ser processados tal como por divagem enzimática ou química para reduzir os fragmentos anti-secretórios ativos ou por modificação dos aminoácidos.
Presentemente não é possível se obter o fator anti-secretório em sua forma pura através de purificação. É, contudo possível produzir a proteína do fator anti-secretório biologicamente ativa de forma recombinante conforme revelado previamente nos WO 97/08202 e WO 05/030246. O WO 05/030246 e WO 97/08202 também revelam como produzir fragmentos biologicamente ativos desta proteína.
O fator anti-secretório em conformidade com a presente invenção pode ainda conter grupos de proteção do terminal N e/ou um terminal C. Um exemplo de grupo de proteção do terminal N inclui a acetila. Um exemplo de grupo de proteção do terminal C inclui amida.
A expressão sal farmaceuticamente ativo refere-se a sais de proteínas anti-secretórias, os quais podem ser quaisquer sais derivados da mesma baseados na série Hofmeiser. Uma vez que as proteínas e os peptí15 deos são anfóteros, sem limitação do escopo da invenção, a expressão sais farmaceuticamente ativos quando armazenados, por exemplo, como trifluoroacetato ou acetato, também refere-se a uma forma mais estável de um fator anti-secretório em conformidade com a presente invenção.
A composição farmacêutica ou medicamento da presente invenção pode conter de forma adicional um ou mais veículos, recipientes ou diluentes farmacologicamente aceitáveis, tais como aqueles conhecidos na arte.
As composições ou medicamentos podem estar na forma de, por exemplo, fluidos, semi-fluidos, semi-sólidos ou sólidos ou composições sóli10 das tais como, mas não se limitando a, líquidos para transfusão, tais como salina estéril, soluções salinas diversas, soluções de glicose, salina fosfatotamponada, sangue, plasma ou água, pós, micro cápsulas, micro esferas, nanopartículas, sprays, aerossóis, despositivos de inalação, soluções, suspensões, emulsões, dispersões, e misturas dos mesmos. As composições podem levar em consideração a estabilidade e reatividade dos peptídeos ou da proteína.
As composições farmacêuticas da presente invenção podem ser formuladas em conformidade com a prática farmacêutica convencional, por exemplo, de acordo com Remington: The Science and practice of phar20 macy, 21° edição, ISBN 0-7817-4673-6 ou Encyclopedia of pharmaceutical technology, 2- edição, ed. Swarbrick J., ISBN: 0-8247-2152-7.
Em uma modalidade preferencial da presente invenção, o fator anti-secretório é uma proteína anti-secretória com uma seqüência aminoácidica conforme mostrado na SEQ ID NO 6 ou um homólogo, derivado e/ou fragmento da mesma contendo os aminoácidos de 38-42 da SEQ ID NO 6.
Em uma modalidade preferencial da presente invenção, o fator anti-secretório é selecionado entre SEQ ID NO 1-6, isto é, VCHSKTRSNPENNVGL (SEQ ID NO 1, chamado neste contexto também de AF-16), IVCHSKTR (SEQ ID NO 2), VCHSKTR (SEQ ID NO 3), CHSKTR (SEQ ID NO
4), HSKTR (SEQ ID NO 5), ou a seqüência aminoácidica de uma proteína anti-secretória em conformidade com a SEQ ID NO 6 (também mostrada na figura 4) utilizando as abreviações comuns de uma letra para os aminoáci16 dos. As SEQ ID NO 1, 2, e 3 já foram previamente reveladas, por exemplo, no WO 05/030246 e a SEQ ID NO 6 na Patente US 6344440. Conforme especificado na listagem seqüencial em anexo, alguns dos aminoácidos nas seqüências acima especificadas podem ser trocados por outros aminoáci5 dos. A seguir neste parágrafo, a posição de um aminoácido em particular em uma seqüência aminoacídica em particular é calculada a partir da esquerda, denotando a maioria dos aminoácidos do terminal N como estando na posição 1 de tal seqüência particular. Quaisquer substituições aminoacídicas conforme abaixo especificadas podem ser realizadas de forma independente uma das outras na mesma seqüência. Na SEQ ID NO 1, o C na posição 2 pode ser substituído por S, o H na posição 3 pode ser substituído por R ou K, o S na posição 4 pode ser substituído por L, e/ou o T em posição 6 pode ser substituído por A. Na SEQ ID NO 2, o C na posição 3 pode ser substituído por S, o H na posição 4 pode ser substituído por R ou K, o S na posição 5 pode ser substituído por L, e/ou o T na posição 7 pode ser substituído por A. Na SEQ ID NO 3, o C na posição 2 pode ser substituído por S, o H na posição 3 pode ser substituído por R ou K, o S na posição 4 pode ser substituído por L, e/ou o T na posição 6 pode ser substituído por A. Na SEQ ID NO 4, o C na posição 1 pode ser substituído por S, o H na posição 2 pode ser substi20 tuído por R ou K, o S na posição 3 pode ser substituído por L, e/ou o T na posição 5 pode ser substituído por A. Na SEQ ID NO 5, o H na posição 1 pode ser substituído por R ou K, o S na posição 2 pode ser substituído por L, e/ou o T na posição 4 pode ser substituído por A.
Em uma modalidade preferencial da presente invenção tal frag25 mento contém uma seqüência aminoácidica conforme mostrada na SEQ ID NO 1.
Em uma modalidade preferencial da presente invenção tal fragmento contém uma seqüência aminoácidica conforme mostrada na SEQ ID NO 2.
Em uma modalidade preferencial da presente invenção tal fragmento contém uma seqüência aminoácidica conforme mostrada na SEQ ID NO 3.
Em uma modalidade preferencial da presente invenção tal fragmento contém uma seqüência aminoácidica conforme mostrada na SEQ ID NO 4.
Em uma modalidade preferencial da presente invenção tal frag5 mento contém uma seqüência aminoácidica conforme mostrada na SEQ ID
NO 5.
A presente invenção também abrange a combinação de duas ou mais de quaisquer dos fatores anti-secretórios em conformidade com a presente invenção, opcionalmente também em combinação com gema de ovo enriquecida com fatores anti-secretórios.
Em uma modalidade preferencial da presente invenção o fator anti-secretório é utilizado para a fabricação de uma composição farmacêutica para o tratamento e/ou prevenção de, ou em um método de tratamento e/ou prevenção da hipertensão intra-ocular, onde a pressão intra-ocular é de
21 mm Hg ou mais, tal como de 22 mm HG ou mais. Em outra modalidade preferencial da presente invenção, a pressão intra-ocular é normal ou mesmo baixa, isto é, abaixo de 21 a 24 mm Hg, preferencialmente abaixo de 10 a 12 mm Hg, tal como entre 11 e 21 mm Hg. Uma IOP inferior a 11 mm Hg, tal como de 10 mm Hg, tal como inferior a de 10 a 12 mm Hg, é considerada inferior ao normal, ou seja, estando baixa. O efeito beneficiai da administração das composições farmacêuticas em conformidade com a presente invenção também a mamíferos com pressão ocular normal ou mesmo abaixo do normal é que tais mamíferos podem também picos de hipertensão intraocular ao longo do dia, os quais podem então ser tratados e/ou prevenidos pelas composições farmacêuticas da presente invenção. Em uma outra modalidade preferencial, a pressão intra-ocular excede 21 mm Hg, sendo, por exemplo, de 21 - 24 mm Hg ou de 22 - 30 mm Hg.
Na presente invenção também se pretende a possibilidade de tratamento e/ou prevenção da hipertensão intra-ocular e/ou do prepare de composições farmacêuticas utilizando gemas de ovo enriquecidas com fatores anti-secretórios. A SE 9000028-2 revela como a formação de fatores anti-secretórios pode ser estimulada em aves, podendo estes serem recupera18 dos ou concentrados a partir da digestão da gema de ovo. O WO 00/38535 revela ainda como a recuperação ou concentração dos fatores antisecretórios podem ser administrados em animais ou seres humanos no alimento, ou na forma de produtos mais ou menos isolados, formulados como produtos farmacêuticos. Portanto, também se pretende no presente registro de patente a utilização da gema de ovo enriquecida em fatores antisecretórios para a preparação de produtos, tais como composições farmacêuticas para o tratamento e/ou prevenção para a hipertensão intra-ocular ou para a utilização em um dado método de tratamento. Em uma modalida10 de preferencial tal proteína anti-secretória é oferecida em uma concentração de pelo menos 1000 unidades FIL por ml de gema de ovo. No contexto da presente invenção uma unidade FIL corresponde a 50% de redução do fluxo de fluido no intestino em comparação a um controle não suprido de fatores anti-secretórios, conforme revelado nos WO 00/38535 e SE 9000028-2. Os fatores anti-secretórios em conformidade com a presente invenção podem, portanto, também ser administrados na forma de alimentos medicinais. No presente contexto, a expressão alimentos medicinais refere-se aos alimentos que tenham sido preparados com uma composição de proteína antisecretória. Tais alimentos podem ser quaisquer tipos de alimentos adequa20 dos, na forma de fluidos ou sólidos, tais como um líquido ou um pó, ou quaisquer outros alimentos adequados. Podem-se localizar exemplos de tais matérias no WO 00/38535.
Em uma modalidade preferencial da presente invenção, a hipertensão intra-ocular a ser tratada e/ou prevenida é causada pela resistência no efluxo do humor aquoso da câmara anterior do olho.
Em outra modalidade preferencial, a composição farmacêutica que foi usada em conformidade com a presente invenção reduz o efluxo do humor aquoso da câmara anterior através da malha trabecular e do canal de Schlemm.
Em uma modalidade da presente invenção, a composição farmacêutica em conformidade com a invenção contém também excipientes farmaceuticamente aceitáveis. A escolha de excipientes farmaceuticamente aceitáveis e dos seus níveis de concentração ótimos para a utilização em conformidade com a presente invenção, pode ser, através de experimentação, prontamente realizada por pessoas versadas na arte. Os excipientes farmaceuticamente aceitáveis para a utilização em conformidade com a pre5 sente invenção incluem solventes, soluções tampão, conservantes, agentes quelantes, antioxidantes, estabilizantes, agentes emulsificantes, agentes de suspensão e/ou diluentes.
Um excipiente farmaceuticamente aceitável é uma substância substancialmente não danosa ao indivíduo para o qual a composição seja administrada. Tal excipiente normalmente preenche os requerimentos das agências nacionais de controle de fármacos. As Farmacopéias oficiais tais como a Farmacopéia dos Estados Unidos da América e a Farmacopéia Européia definem padrões para excipientes farmaceuticamente aceitáveis bem conhecidos.
A seguir há uma revisão das composições farmacêuticas relevantes para a utilização em conformidade com a invenção. A revisão se baseia na via de administração em particular. Contudo, sabe-se que naqueles casos onde os excipientes farmaceuticamente aceitáveis podem ser entregues em formas de dosagem em uma via particular de administração. A apli20 cação de um excipiente farmaceuticamente aceitável em particular não se limita a formas de dosagem específicas ou funções específicas do excipiente.
Composições parenterais:
Para a aplicação sistêmica, as composições em conformidade com a presente invenção podem conter veículos e excipientes farmaceuticamente aceitáveis não-tóxicos, incluindo micro esferas e lipossomas.
As composições para a utilização em conformidade com a presente invenção podem incluir todos os tipos de composições sólidas, semisólidas e fluidas.
Os excipientes farmaceuticamente aceitáveis podem incluir solventes, soluções tampão, agentes quelantes, antioxidantes, estabilizantes, agentes emulsificantes, agentes de suspensão e/ou diluentes. Abaixo são oferecidos exemplos destes diferentes agentes.
Exemplo dos vários agentes:
Os exemplos dos solventes incluem, porém não se limitam a água, álcoois, sangue, plasma, fluidos raquidianos, fluidos acéticos e fluidos linfáticos.
Os exemplos de soluções tampão incluem, mas não se limitam a, o ácido cítrico, o ácido acético, o ácido tartárico, o ácido láctico, o ácido hidrogenofosfórico, bicarbonatos, fosfatos, a dietilamina, e etc.
Os exemplos de agentes quelantes incluem, mas não se limitam 10 a, o EDTA sódieo e ácido cítrico.
Os exemplos de antioxidantes incluem, mas não se limitam a, o hidroxi-anisol butilado (BHA), o ácido ascórbico e derivados do mesmo, o tocoferol e derivados dos mesmos, a cisteína e misturas dos mesmos.
Os exemplos de diluentes e agentes desintegrantes incluem, 15 mas não se limitam a, lactose, sacarose, o emdex, os fosfatos de cálcio, o carbonato de cálcio, o sulfato de cálcio, o manitol, amidos e a celulose microcristalina.
Exemplos de agentes ligantes incluem, mas não se limitam a, a sacarose, o sorbitol, a goma de acácia, o alginato de sódio, gelatinas, ami20 dos, celulose, a carboximetilcelulose de sódio, a metilcelulose, a hidroxipropilcelulose, a polivinilpirrolidona e o polietilenoglicol.
A composição farmacêutica ou substância utilizada em conformidade com a presente invenção é preferencialmente administrada por via intravenosa com infusões periféricas ou injeções intramusculares ou subeu25 tâneas no paciente ou através de rotas bucais, pulmonares, nasais, cutâneas ou orais. Mais além, também é possível administrar a composição farmacêutica ou a substância farmaceuticamente ativa através de bombas inseridas de forma cirúrgica em um ventrículo cerebral do paciente.
Em uma de suas modalidades, a composição farmacêutica em conformidade com a presente invenção é formulada para a administração intra-ocular, intranasal, oral, subeutânea e/ou sistêmica. As composições farmacêuticas podem ser administradas uma ou mais vezes ao dia. Em uma modalidade preferencial da presente invenção a composição farmacêutica é formulada para a administração na forma de spray, aerossol, por nebulizador ou inalador. Em outra modalidade preferencial, a composição da presente invenção se direciona a administração por aplicação como suspensão ou, de forma ainda mais preferencial, na forma de um pó para a inalação com sprays, aerossóis, ou nebulizador e/ou no trato respiratório. Um nebulizador é um dispositivo médico que libera uma medicação líquida na forma de uma suspensão aérea nas vias respiratórias. Os compressores do nebulizador forçam o ar da tubulação para um recipiente com uma composição medicinal na forma líquida. A força do ar quebra o líquido em partículas que podem ser inaladas de forma profunda nas vias respiratórias. O termo aerosol referese no presente contexto a uma suspensão gasosa de um sólido fino ou partículas líquidas. A composição farmacêutica na forma de um pó contendo fatores anti-secretórios apresenta vantagens adicionais em termo de estabi15 lidade e dosagem, e de que o pó seco pode ser administrado por um inalador. A composição farmacêutica pode ser também aplicada de forma tópica no olho, de forma intra-ocular, intranasal, oral, subcutânea e/ou sistêmica nos vasos sanguíneos. Em uma modalidade preferencial, a composição farmacêutica é formulada para a administração tópica no olho. Como a compo20 sição é utilizada para a aplicação tópica no olho, a concentração da composição da invenção aplicada ao dia é tipicamente de 1 pg a 10 mg por aplicação , tal como de 1 pg a 1 mg por aplicação, preferencialmente de 50 a 1000 pg por dia, tal como de 50 a 500 pg por dia, de 50 a 250 pg por dia, de 100 a 250 pg por dia, de 500 a 250 pg por dia, de 500 a 750 pg por dia, ou de 50 a
100 pg por dia, tanto na forma de uma única dose ao dia como em várias doses ao dia no mesmo olho. Quando administrada de forma sistêmica no sangue, a dose varia tipicamente de em torno de 0,1 pg a 10 mg por aplicação e kg de massa corporal ao dia, tal como de 0,1 pg a 1 mg por aplicação e kg de massa corporal ao dia, preferencialmente de 1 a 1000 pg/ kg de massa corporal, preferencialmente também de 1 a 100 pg/ kg de massa corporal, seja na forma de uma única dose ao dia ou como em várias doses ao dia. Quando se utiliza a gema de ovo enriquecida em fatores anti-secretórios em conformidade com a presente invenção, esta é administrada preferencialmente de forma oral. Uma importante característica das proteínas, peptídeos, fragmentoos e/ou derivados de fatores anti-secretórios é que não foram reconhecidos quaisquer efeitos colaterais sistêmicos ou locais mesmo em doses elevadas, possibilitando o tratamento intensivo sem riscos conhecidos.
A presente invenção também refere-se a utilização de uma proteína anti-secretória ou de um homólogo, derivado e/ou fragmento da mesma que possui atividade anti-secretória e/ou ainda sais farmaceuticamente aceitáveis dos mesmos para a fabricação de uma composição farmacêutica para a administração intra-ocular.
A presente invenção também refere-se ao peptídeo conforme apresentado na SEQ ID NO 4, um homólogo, derivado e/ou fragmento do mesmo per se. A invenção também refere-se ao uso de um peptídeo de acordo com a SEQ ID NO 4 para a utilização medicinal.
A presente invenção também refere-se a um peptídeo conforme apresentado na SEQ ID NO 5, um homólogo, derivado e/ou fragmento do mesmo per se. A invenção ainda refere-se a utilização do peptídeo em conformidade com o SEQ ID NO 5 para a utilização medicinal. Tal peptídeo é também revelado em uma patente de mesma propriedade para a utilização na preparação de uma composição farmacêutica para o uso no tratamento e/ou prevenção da síndrome de compartimental.
A presente invenção também refere-se a um método para o tratamento e/ou prevenção para a hipertensão intra-ocular em mamíferos precisando do mesmo, tal método envolve a administração de quantidades eficazes de uma composição farmacêutica contendo uma proteína antisecretória, um homólogo, derivado e/ou fragmento da mesma que possuam atividade anti-secretória, e/ou um sal farmaceuticamente aceitável dos mesmos. As composições farmacêuticas para a utilização em tal método se apresentam conforme acima revelado.
A presente invenção refere-se, portanto, a um método para o tratamento e/ou prevenção para a hipertensão intra-ocular em mamíferos necessitados do mesmo, tal método envolvendo a administração de quantidades eficazes de uma composição farmacêutica contendo uma proteína anti-secretória, um homólogo, derivado e/ou fragmento da mesma que possuam atividade anti-secretória e/ou um sal farmaceuticamente aceitável dos mesmos.
Em uma modalidade preferencial, o método em conformidade com a presente invenção envolve a administração de tal composição farmacêutica de forma intra-ocular.
Em uma modalidade preferencial de tal método em conformida10 de com a presente invenção, tal composição farmacêutica envolve um ou mais fragmentos envolvendo seqüências aminoácidicas conforme as apresentadas na SEQ ID NO 1-6.
Em uma modalidade preferencial do método em conformidade com a presente invenção ta proteína anti-secretória consiste de uma se15 qüência em conformidade com a seguinte fórmula:
X1-V-C-X2-X3-K-X4-R-X5 em que X1 é I, aminoácidos 1-35 da SEQ ID NO 6, ou está ausente, X2 é H, R ou K, X3 é S ou L, X4 é T ou A, X5 é um aminoácido 43-46, 43-51, 43-80 ou 43-163 ou SEQ ID NO 6, ou está ausente.
Em uma modalidade preferencial do método em conformidade com a presente invenção a proteína anti-secretória é uma proteína com uma seqüência aminoácidica conforme a mostrada na SEQ ID NO 6, um homólogo, derivado e/ou fragmento da mesma contendo os aminoácidos 38-42 da SEQ ID NO 6.
Em uma modalidade preferencial do método em conformidade com a presente invenção, tal fragmento de uma proteína anti-secretória contém uma seqüência aminoácidica conforme a mostrada na SEQ ID NO 1.
Em uma modalidade preferencial do método em conformidade com a presente invenção, tal fragmento de uma proteína anti-secretória con30 tém uma seqüência aminoácidica conforme mostrada na SEQ ID NO 2.
Em uma modalidade preferencial do método em conformidade com a presente invenção, tal fragmento de uma proteína anti-secretória con24 tém uma seqüência aminoácidica conforme mostrada na SEQ ID NO 3.
Em uma modalidade preferencial do método em conformidade com a presente invenção, tal fragmento de uma proteína anti-secretória contém uma seqüência aminoácidica conforme mostrada na SEQ ID NO 4.
Em uma modalidade preferencial do método em conformidade com a presente invenção, tal fragmento de uma proteína anti-secretória contém uma seqüência aminoácidica conforme mostrada na SEQ ID NO 5.
Em uma modalidade preferencial do método em conformidade com a presente invenção, tal composição farmacêutica contém dois ou mais fatores anti-secretórios em conformidade com a presente invenção, opcionalmente também em combinação com a gema de ovo enriquecida em fatores anti-secretórios.
Em uma modalidade preferencial do método em conformidade com a presente invenção, a pressão intra-ocular no mamífero é de 21 mm
Hg ou mais.
Em uma modalidade preferencial do método em conformidade com a presente invenção, a pressão intra-ocular é normal ou baixa.
Em uma modalidade preferencial do método em conformidade com a presente invenção, a proteína anti-secretória é oferecida em gema de ovo enriquecida em tal proteína anti-secretória, e tal proteína anti-secretória é preferencialmente oferecida em uma concentração de pelo menos 1000 unidades FIL por ml em gema de ovo.
Em uma modalidade preferencial do método em conformidade com a presente invenção, a hipertensão intra-ocular é causada pela resis25 tência do efluxo do humor aquoso da câmara anterior do olho.
Em uma modalidade preferencial do método em conformidade com a presente invenção, a composição farmacêutica reduz a resistência do fluxo externo do humor aquoso da câmara anterior através da malha trabecular e do canal de Schlemm.
Em uma modalidade preferencial do método em conformidade com a presente invenção, a composição farmacêutica ainda contém um excipiente farmaceuticamente aceitável.
Em uma modalidade preferencial do método em conformidade com a presente invenção, a composição farmacêutica é formulada para a administração intra-ocular, intranasal, oral, subcutânea e/ou sistêmica.
Em uma modalidade preferencial do método em conformidade 5 com a presente invenção, a composição farmacêutica é formulada na forma de um spray, aerossol, ou para a administração através de um nebulizador ou inalador.
Em uma modalidade preferencial do método em conformidade com a presente invenção, a composição farmacêutica é administrada de forma sistêmica no sangue em doses de 0,1 pg a 10 mg por aplicação e kg de massa corporal ao dia, preferencialmente de 1 a 1000 pg por aplicação e kg de massa corporal. Uma característica importante da proteína, peptídeo, fragmento e/ou derivados de fatores anti-secretórios é que não foram observados efeitos colaterais sistêmicos ou locais mesmo em dose elevadas, permitindo o tratamento intensivo sem riscos conhecidos.
Em uma modalidade igualmente preferencial do método em conformidade com a presente invenção, a composição farmacêutica é administrada de forma sistêmica no sangue em doses de 0,1 pg a 10 mg por aplicação e kg de massa corporal ao dia, tal como em doses de 0,1 pg a 1 mg por aplicação e kg de massa corporal ao dia, preferencialmente de 1 a 100 pg por aplicação e kg de massa corporal.
Em uma modalidade preferencial do método em conformidade com a presente invenção, a composição farmacêutica é formulada para uma administração tópica nos olhos.
Em uma modalidade preferencial do método em conformidade com a presente invenção, a composição farmacêutica é administrada de forma local em doses de 1 pg a 10 mg por aplicação, preferencialmente de 50 a 1000 pg, por dia.
Em uma modalidade igualmente preferencial do método em con30 formidade com a presente invenção, a composição farmacêutica é administrada em doses de 0,1 pg a 10 mg por aplicação e kg de massa corporal ao dia, tal como em doses de 1 pg a 1 mg por aplicação, preferencialmente de a 250 pg, por dia.
Em uma modalidade preferencial do método em conformidade com a presente invenção, a composição farmacêutica é administrada uma ou mais vezes por dia.
Sessão experimental Exemplo 1
Jovens coelhos adultos (New Zealand White, NZW) tiveram seus ritmos circadianos ajustados para a exposição dos animais à escuridão a partir de 9 horas da manhã até as 9 horas da noite, enquanto se manteve a luz acesa de 9 horas da noite até 9 horas da manhã. Desta forma, ficou de conhecer a dinâmica da IOP uma vez que a IOP em coelhos normais aumenta conforme chega a noite. A deposição unilateral de 10 a 50 pg do AF16 (SEQ IN NO 1) (dissolvida em PBS com adição de 10 ou 50 % de etanol) entre o bulbo ocular e a cápsula de Tenon resultou em uma queda transiente da IOP em 2,5 mm Hg em 2 h nos coelhos anestesiados, o qual determinado com a ajuda de um TonoPen® (Medtronic Inc., Minneapolis MN, USA). O corante fluoresceína (Sigma-Aldrich, Inc, St. Louis, MO, USA; sal de sódio dissolvido em PBS) foi injetado de forma intravenosa, para se determinar a aparência do marcador com o microscópio de operação, equipado com uma lâmpada embutida. Não houve diferença com relação ao tempo de aparecimento do corante fluorescein entre o olho tratado com AF-16 e o olho oposto, tratado somente com veículo. O procedimento descrito foi repetido e o mesmo resultado documentado. Foram verificados efeitos da IOP similares com doses mais elevadas, de 100 pg de AF-16. Desta forma, conclui-se que a produção do AH obviamente não foi afetada de forma marcante pelo tratamento com o AF-16 uma vez que se demonstrou que o marcador utilizado, a fluoresceína, apareceu quase que concomitantemente nos olhos tratados com AF-16 e com o veículo, respectivamente.
Exemplo 2
Jovens coelhos adultos NZW tiveram seu ritmo circadiano ajustado pela exposição do animal a escuridão a partir de 9 da manhã até 9 da noite, enquanto a luz esteve acesa de 9 da noite até 9 da manhã. Desta for27 ma, pode-se conhecer a dinâmica da IOP. A deposição unilateral por injeção de 10 a 50 pg de AF-16 (dissolvida em PBS com adição de 10 ou 50 % de etanol) entre o bulbo do olho e a cápsula de Tenon concomitantemente em dois coelhos anestesiados resultou em duas horas em uma queda da IOP por « 2,5 mm Hg, conforme determinado com o auxílio de um TonoPen®. Então, foram injetados 20 ou 50 μL de uma solução contendo 3% de azul Evans (Merck, Sigma) e 2% albumina sérica bovina (Sigma) em PBS em ambos os olhos através da parte plana na fronteira entre a câmara posterior do olho e o copo vítreo. Os sítios de injeção foram envolvidos por suturas oftálmicas a fim de prevenir o refluxo e vazamento. Observou-se o corante azul que entrou na câmara anterior, deixando olho através das veias episclerais mais rapidamente no olho tratado previamente com o AF-16 do que no outro olho tratado apenas com veículo. O experimento foi repetido no dia seguindo obtendo o mesmo resultado. Assim, através da visualização propi15 ciada pelo complexo albumina-corante, o efluxo do AH pelo ângulo iridocorneal passando pelo canal de Schlemm e suas veias foi notavelmente facilitado pela aplicação do peptídeo AF-16.
Exemplo 3
Utilizando a técnica de sucção perilímbica, uma abordagem já bem estabelecida e recorrentemente publicada, foram determinados o fluxo do AH e a resistência ao efluxo em animais adultos e anestesiados. Abordagens adicionais foram utilizadas a fim de determinar estes parâmetros. Serão obtidos, portanto, resultados quantitativos e qualitativos com relação ao efeito do AF-16 na dinâmica do AH e na IOP em animais normais e animais com IOP elevadas de forma experimental. O mesmo sendo realizado em animais com hipertensão intra-ocular congênita.
Exemplo 4
Jovens coelhos adultos NZW tiveram seu ritmo circadiano ajustado pela exposição do animal a escuridão a partir de 9 da manhã até 9 da noite, enquanto a luz esteve acesa de 9 da noite até 9 da manhã. Desta forma, a IOP é elevada em vários mm Hg durante as primeiras horas de escuridão. Uma injeção unilateral (50 a 250 μΙ_) de até 100 μg de AF-16, dissolví28 dos em PBS, com a adição de 10 % de etanol, aplicadas sobre a cápsula de Tenon em animais anestesiados causou em 1 hora uma queda significativa da IOP, em até 5mm Hg em comparação com a IOP no olho oposto na qual só foi feito o depósito de veículo (PBS com 10% de etanol). A redução da
IOP após o tratamento com o AF-16 persistiu por pelo menos 4 horas, depois voltando a ficar equivalente àquela do olho oposto conforme determinado no dia seguinte. Foi possível repetir tais resultados por três dias consecutivos em três coelhos. Concluiu-se que o AF-16 reduziu de forma eficaz a IOP em alguns mm Hg em olhos normais, correspondendo àquilo relatado com outros fármacos para a redução da IOP.
Exemplo 5
Jovens coelhos adultos NZW tiveram seu ritmo circadiano ajustado pela exposição dos animais à escuridão a partir de 9 da manhã até 9 da noite, enquanto a luz esteve acesa de 9 da noite até 9 da manhã. Desta for15 ma, foi possível se conhecer a dinâmica diurna da IOP. Duas deposições unilaterais de 25 pg de AF-16 (50 pg ao todo) em 25 pg de salina fosfatotamponada (PBS), com intervalo de 2 minutos entre uma e outra foram aplicadas no fornix inferior da conjuntiva de animais anestesiados, resultando após uma hora em uma queda da IOP de 1,5 a 2,5 mm Hg, em comparação com a IOP no olho oposto, na qual só foi aplicado o veículo. A redução da IOP após o tratamento com o AF-16 persistiu por pelo menos 4 horas, posteriormente se tornando equivalente àquela no olho oposto no dia seguinte. Estes resultados puderam ser repetidos durante dois dias consecutivos nos coelhos. Desta forma, estes experimentos demonstraram que a deposição locai no force inferior da conjuntiva de coelhos normais resultou na redução transiente da IOP.
Exemplo 6
Jovens coelhos adultos NZW tiveram seu ritmo circadiano ajustado pela exposição dos animais à escuridão a partir de 9 da manhã até 9 da noite, enquanto a luz esteve acesa de 9 da noite até 9 da manhã. Desta forma, foi possível se conhecer a dinâmica diurna da IOP. Duas deposições unilaterais de 50 pg de AF-16 (100 pg ao todo) em 50 pg PBS, com intervalo de 2 minutos entre uma e outra foram aplicadas no fornix inferior da conjuntiva de animais anestesiados, resultando após uma hora em uma queda da IOP de 2 a 4 mm Hg em comparação com a IOP no olho oposto, aplicada somente com veículo. A redução na IOP após o tratamento com AF-16 persistiu por pelo menos 4 horas, posteriormente se tornando equivalente àquela no olho oposto no dia seguinte. Foi possível repetir este resultado durante 3 dias, e dois coelhos. Pode-se concluir que o tratamento local de um olho normal com uma dose dobrada de AF-16, de acordo com o Exemplo 5, também reduziu de forma transiente a IOP sem a observação de quaisquer efeitos colaterais ou sistêmicos.
Exemplo 7
Este experimento foi realizado pela Visionar AB, Uppsala, Suécia, a mando do responsável por este pedido de patente. Seu objetivo foi estudar a dinâmica da IOP em coelhos após o tratamento tópico com o AF16, e comparar os efeitos alcançados com aqueles do fármaco Timolol® (2,5 mg/ mL; Alcon Sweden AB, Estocolmo, Suécia), o qual se sabe reduzir a hipertensão intra-ocular, e veículo PBS. Vinte coelhos fêmea NZW pesando de 2,1 a 2,4 kg foram adquiridos e abrigados individualmente em gaiolas com acesso livre à comida (K1, Lactamina, Estocolmo, Suécia) e água de torneira. O ciclo circadiano foi regulado mantendo-se as luzes acesas entre 9 da manhã e 9 da noite. Durante as três semanas de aclimatização, os animais foram treinados diariamente na situação de mensuração da IOP após terem sido aplicados com anestesia local em sua córnea.
Os animais foram distribuídos aleatoriamente em dois grupos:
Grupo 1, (n=10). Estes animais receberam 2 gotas de AF-16 (50 pg ao todo, em 50 μΙ_ de PBS) em um olho e o mesmo volume, 2 x 25 μΙ_, de veículo PBS no olho oposto.
Grupo 2, (n=10). Estes animais receberam uma gota (50 pL de Timolol®; 125 pg) em um olho e o mesmo volume de PBS no outro olho. Sabe-se que o Timolol® reduz a pressão intra-ocular em Coelhos e, portanto, sendo utilizado como referência para avaliar o modelo. A IOP foi mensurada com o auxílio de um TonoPen XL® (Medtronic) após a aplicação de uma gos30 ta de Tetrakain Chauvin® (Novartis Ophthalmics, Táby, Suécia) em cada córnea como anestésico local. No protocolo final, foram marcadas duas séries de mensuração. Uma série após 5 dias de tratamento local com AF-16 e o veículo, e outra série após 5 dias com tratamento local com Timolol® ou o veículo.
A primeira mensuração, esperava-se encontrar um efeito de redução da IOP com o Timolol® na quinta e sexta mensuração uma vez que se esperava que a IOP se elevasse devido ao ciclo circadiano. As mensurações da IOP no ultimo dia foram realizadas durante um período prolongado (1; 2;
3,25; 4,25; 5,5; 6,5; 7,75; 9 e 10 h após o início da escuridão no biotério) a fim de garantir que os dados pudessem ser obtidos em períodos prolongados. Os resultados estão disponíveis na figura 3 em anexo. A IOP no início do quinto dia de tratamento é apresentada na figura 2. Não foram verificados quaisquer efeitos ou complicações com o tratamento com o AF-16, seja de forma local ou sistêmica.
Foi evidente a partir dos dados que o AF-16 possui um efeito de redução da IOP, uma vez que esta diferiu significativamente da IOP mensurada após o tratamento apenas com veículo PBS. Os efeitos altamente significativos produzidos pelo AF-16 foram comparados àqueles do Timolol® (fi20 gura 3). Conclui-se que estes dados indiquem que o AF-16 possa ser tão influente na redução da IOP em coelhos quanto a fármaco comumente utilizada (Timolol®) - a qual se sabe possuir tais efeitos. Desta forma, o AF-16 pode ser útil no tratamento para a hipertensão intra-ocular em seres humanos.
Exemplo 8
Dois jovens coelhos adultos NZW (fêmeas com de 2,4 a 2,9 kg) tiveram seu ritmo circadiano ajustado através da exposição dos animais à escuridão a partir das 9 da manhã até as 9 da noite, enquanto as luzes foram mantidas acesas entre 9 da noite e 9 da manhã. Desta forma, pode-se conhecer a dinâmica diurna da IOP. Duas deposições unilaterais de 50 ou 100 pg de CHSKTR hexapeptídeo (100-200pg ao todo) em 50 pl_ de PBS cada foram aplicadas no fornix inferior da conjuntiva de animais anestesia31 dos, resultando após uma hora em uma queda da IOP de 2 - 3 mm Hg, em comparação com a IOP no olho oposto, aplicado somente com o veículo. A redução na IOP com o tratamento com o hexa-peptídeo persistiu por pelo menos 2 horas, tornando-se então equivalente àquela determinada no dia seguinte no olho oposto. Pode-se reproduzir tais resultados em dois Coelhos. Concluiu-se, portanto, que o tratamento local de um olho normal com o peptídeo sintético com partes ativas da seqüência da proteína anti-secretória da SEQ ID NO 6, CHSKTR (SEQ ID NO 4), no fornix inferior da conjuntiva reduz a IOP.
Exemplo 9
Dois jovens coelhos adultos NZW (fêmeas com de 2,4 a 2,9 kg) tiveram seu ritmo circadiano ajustado através da exposição dos animais a escuridão a partir das 9 da manhã até as 9 da noite, enquanto as luzes foram mantidas acesas entre 9 da noite e 9 da manhã. Desta forma, pode-se conhecer a dinâmica diurna da IOP. Os animais anestesiados foram injetados com o hexa-peptídeo sintético CHSKTR, dissolvido em 100 μΙ_ de PBS com 10 % de etanol, de forma unilateral em uma posição temporal abaixo da cápsula de Tenon, resultando após 30 minutos em uma queda na IOP de 2 4 mm Hg, em comparação com a IOP no olho oposto, os quais foram similar e concomitantemente injetados com o veículo. A redução da IOP após o tratamento com o hexapeptídeo persistiu por pelo menos 2 horas. No dia seguinte foi constatado que a IOP se mostrava equivalente a dos olhos opostos em ambos os animais. Puderam-se alcançar estes resultados em dois dias subseqüentes. Concluiu-se que o tratamento local com um peptídeo sintético com partes ativas da seqüência da proteína anti-secretória da SEQ ID NO 6, CHSKTR (SEQ ID NO 4), injetado no globo ocular de um olho normal, reduziu a IOP sem induzir quaisquer efeitos colaterais locais ou sistêmicos.
Exemplo 10
Jovens coelhos adultos NZW tiveram seu ritmo circadiano ajustado pela exposição dos animais a escuridão a partir de 9 da manhã até 9 da noite, enquanto a luz esteve acesa de 9 da noite até 9 da manhã. Desta for32 ma, pode-se conhecer a dinâmica diurna da IOP. A injeção intravenosa de AF-16 em doses de 50 ou 100 ou 1000pg/kg de massa corporal dissolvidos em PBS com adição de 10% de etanol em coelhos anestesiados, resultou após uma hora uma queda da IOP de 2 - 3 mm Hg em cada olho, em com5 paração com a IOP mensurada imediatamente antes da injeção de AF-16. A redução da IOP após o tratamento com o AF-16 persistiu por pelo menos 2 horas. Não foram constatadas diferenças óbvias na IOP entre os olhos esquerdo e direito destes animais. A IOP foi mensurada em cada olho mais uma vez no dia seguinte, tendo retornado para próximo dos valores verifica10 dos no dia anterior antes do tratamento com o AF-16. Não foram noticiados quaisquer efeitos colaterais aparentes. Concluiu-se que a injeção intravenosa de AF-16 em doses de 50, 100 ou, de forma mais eficaz, de 1000 pg/kg de massa corporal resultou na redução da IOP, redução esta aparente em uma hora e que persistiu por várias horas, tendo a IOP retornado ao nível original em um dia. Ambos os olhos dos coelhos tratados mostraram o mesmo padrão de dinâmica com relação aos efeitos da AF sobre a IOP. Concluiu-se, portanto, que o peptídeo AF-16 reduz de forma eficaz a IOP quando administrado de forma intravenosa, ou seja, de forma sistêmica. Contudo, a redução ocorre em extensão aceitável não proporcionando níveis de IOP anormalmente baixos.
Exemplo 11
Jovens coelhos adultos NZW tiveram seu ritmo circadiano ajustado pela exposição dos animais à escuridão a partir de 9 da manhã até 9 da noite, enquanto a luz esteve acesa de 9 da noite até 9 da manhã. Desta for25 ma, pode-se conhecer a dinâmica diurna da IOP. Depositou-se de forma intranasal, 50, 100 ou 1000 pg/kg de massa corporal de AF-16 dissolvidos em PBS em três coelhos anestesiados, resultando em uma queda da IOP de pelo menos 2 mm Hg em cada olho em uma hora, quando comparada a IOP mensurada imediatamente antes a deposição do AF-16 nas narinas. A redu30 ção na IOP após o tratamento com a dose elevada de AF-16 persistiu por 2 e 3 h - os períodos de tempo investigados. Não houve diferença da IOP entre o olho esquerdo e direito de um mesmo animal. A IOP foi mensurada em cada olho mais uma vez no dia seguinte, demonstrando-se que havia retornado para em torno dos valores verificados no dia anterior imediatamente antes do tratamento com o AF-16. Não foram noticiados quaisquer efeitos colaterais aparentes. Concluiu-se que a infusão intranasal de até 1000 pg/kg de AF-16 resulta na redução da IOP, a qual foi demonstrável em 1 hora e que persistiu por pelo menos 3 horas, tendo a IOP retornado ao nível original em um dia. Ambos os olhos de cada rato mostraram os mesmos padrões de pressão. Não foram noticiados quaisquer efeitos colaterais sistêmicos no local.
Exemplo 12
Jovens coelhos adultos NZW tiveram seu ritmo circadiano ajustado pela exposição dos animais a escuridão a partir de 9 da manhã até 9 da noite, enquanto a luz esteve acesa de 9 da noite até 9 da manhã. Desta forma, pode-se conhecer a dinâmica diurna da IOP. Enquanto estiveram sob anestesia geral tais coelhos receberam depósitos diretamente no estômago de 10 g de gema de ovo liofilizada enriquecida em proteína AF. (Salovum®, dissolvida em suco de laranja comercial diluível). Tal deposição intra-gástrica de proteínas AF resultou em uma hora em uma queda da IOP em cada olho, se comparado com as medidas da IOP imediatamente antes do depósito de
Salovum™. Não houve qualquer diferença na IOP do olho esquerdo e direito de um mesmo animal. A IOP foi mensurada em ambos os olhos mais uma vez no dia seguinte, tendo retornado para em torno dos valores verificados no dia anterior antes do tratamento com o AF-16. Nenhum efeito colateral aparente foi provavelmente noticiado. Concluiu-se que a ingestão oral de gema de ovo enriquecida em proteínas anti-secretórias, por exemplo, Salovum®, resultou na redução da IOP, a qual foi demonstrável em praticamente uma hora e que persistiu por algumas horas, tendo a IOP retornado aos níveis originais em um dia. Ambos os olhos apresentaram o mesmo padrão para a IOP.
Exemplo 13
Um jovem Coelho adulto NZW com um leve caso de buftalmia unilateral (globo ocular esquerdo aumentado) foi anestesiado e teve a sua
ΙΟΡ medida com o auxílio de um tonômetro TonoPen®. A IOP no olho buftálmico foi de 20 a 23 mm Hg ao passo que foi de 11 a 12 mm Hg no olho oposto normal, conforme repetidamente confirmado. A injeção unilateral de 50 pg de AF-16 em 100 μΙ_ de PBS com 10 % de etanol de forma temporal abaixo da cápsula de Tenon aos animais anestesiados resultou em uma hora em uma redução da IOP de 14 - 16 mm Hg. A injeção de uma mesma quantidade de AF-16 ao olho oposto resultou em uma queda de em torno de 2 mm Hg, conforme determinado com auxílio do TonoPen®. A IOP no olho esquerdo buftálmico havia aumentado no dia seguinte para pouco mais de
30 mm Hg, ou seja, havia retornado ao seu nível original. Uma nova injeção de AF-16 resultou novamente em duas horas em uma IOP de 15 - 16 mm Hg, enquanto a mesma dose de AF-16 reduziu a IOP no olho direito de apenas 1 - 2 mm Hg. Não foram conhecidas quaisquer reações adversas. Concluiu-se, portanto, que a deposição local por injeção no globo ocular reduz de forma transiente a pressão intra-ocular elevada a níveis normais no olho buftálmico.
Exemplo 14
Jovens coelhos adultos NZW tiveram seu ritmo circadiano ajustado pela exposição dos animais à escuridão a partir de 9 da manhã até 9 da noite, enquanto a luz esteve acesa de 9 da noite até 9 da manhã. Desta forma, a dinâmica da IOP foi sintonizada às alterações de urna na IOP. Revelou-se durante a investigação que a exposição de tais coelhos ao impulso de aceleração rotacional sagital, conforme descrito em uma publicação recente de um jornal médico científico internacional (Krave U, Hõjer S & Hansson H.25 A., European J Neuroscience, 21, 2867-2882, 2005) lesionou o olho em adição a causar lesões cerebrais difusas. A exposição da cabeça de um Coelho anestesiado ao impulso de aceleração rotacional sagital posterior ou ao impulso de aceleração sagital posterior para anterior com uma força de até 200 krad/s2 resultou em uma distorção mecânica de carga sobre o olho. A IOP aumentou durante os próximos 30 minutos de 35 a 40 mm Hg, conforme determinado com o auxílio de um tonômetro TonoPen® nos animais anestesiados, permanecendo elevado por algumas horas. A deposição de 100 pg de
AF-16 por kg de massa corporal através da injeção de uma solução de ΑΕΙ 6 (100 μΙ_ de PBS com 10 % de etanol) na junção da cápsula de Tenon com a esclera da região temporal do olho entre de 10 a 30 minutos após o impacto de aceleração rotacional sagital resultou em uma hora no retorno da
IOP para praticamente níveis normais. A IOP no olho oposto que não recebeu qualquer AF-16 permaneceu elevada.
A exposição dos coelhos a tal impulso de aceleração rotacional sagital resultou em alterações citoesqueléticas extensas em, por exemplo, as células nervosas e nas células vasculares (Hamberger e colaboradores,
2003). O mesmo foi previamente demonstrado após a exposição de cérebros de porcos a altas cargas de energia (Suneson e colaboradores, 1990). Concluiu-se, portanto, que as alterações na membrana, assim como as alterações citoesqueléticas nas células da malha trabecular e do canal de Schlemm induzidas pelo trauma da aceleração rotacional resultaram no prejuí15 zo do fluxo de saída do AH da câmara anterior, gerando uma elevação transiente da IOP. O tratamento local com o peptídeo AF-16 pareceu aliviar a elevação da IOP.
Exemplo 15
Ratos terão 3 das 4 veias episclerais obliteradas de forma unila20 teral. Desta forma, o sangue venoso do segmento anterior do olho operado terá apenas uma única veia para sair o segmento anterior do olho. Tal tratamento irá em poucas semanas resultar na elevação IOP no olho tratado. Os olhos com IOP elevada serão tratados de forma tópica e/ou sistêmica com AF-16 em PBS a fim de determinar se tal tratamento com o AF-16 poderá normalizar a IOP. Tais resultados irão possibilitar o cálculo da taxa da formação de AH e as características do efluxo, desta forma possibilitando localizar o sítio de ação do AF-16 na via de saída do AH através do olho.
Exemplo 16
Outros ratos terão a veia episcleral temporal injetada com salina hipertônica, enquanto as outras três veias episclerais têm o seu fluxo sanguíneo bloqueado de forma transiente. Conforme descrito na literatura por Morrison e colaboradores, tal tratamento irá em algumas semanas resultar na elevação da IOP nos olhos tratados. Os olhos com a IOP elevada irão ser tratados de forma tópica e/ou sistêmica com o AF-16 em PBS a fim de determinar se tal tratamento com o AF-16 poderá normalizar a IOP. Tais resultados irão possibilitar o cálculo da taxa de formação de AH e das caracterís5 ticas do efluxo, desta forma possibilitando localizar os sítios de ação do AF16 na via de fluxo do AH através do olho.
Exemplo 17
Certas linhagens de roedores, algumas das quais transgênicas, foram procriadas com o objetivo de desenvolver pressão intra-ocular elevada com alta frequência. Serão avaliados os efeitos do AF-16, aplicado de forma tópica, local e/ou sistêmica sobre a IOP. Tais resultados irão facilitar o cálculo da taxa de formação do AH e as características do efluxo. Possibilitando, portanto, localizar os sítios de ação do AF-16 na via de fluxo do AH através do olho. O uso de tais animais é considerado uma abordagem padrão para avaliar fármacos direcionadas ao tratamento da hipertensão intra-ocular. Sumário e conclusões
Os experimentos descritos revelam de forma única que o tratamento com os fatores anti-secretórios reduz e até mesmo normaliza os níveis elevados de pressão no olho de mamíferos. Isto mostra que a utilidade das fármacos contendo fatores, proteínas, peptídeos, homólogos e fragmentos anti-secretórios na prática clínica com o objetivo de controlar a IOP elevada em pacientes com hipertensão intra-ocular. Revelou-se de forma experimental que o fator anti-secretório AF-16 normalizou de forma eficaz a pressão nos olhos com IOP elevada. Considera-se que o principal efeito do AF25 16 seja ocasionado pela sua habilidade em aumentar o efluxo do humor aquoso. Conclui-se, portanto, que se revelou que o AF-16 reduz e normalize a hipertensão intra-ocular ao facilitar o egresso do AH através das células da malha trabecular e do canal de Schlemm.
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<210> <211> <212> <213> 1 16 PRT Seqüência Artificial
<220> <221> <222> <223> VARIANTE 6 Pode ser substituído com A
<221> <222> <223> VARIANTE 3 Pode ser substituído com R ou K
<221> <222> <223> VARIANTE 4 Pode ser substituído com L
<221> VARIANTE <222> 2 < 2 2 3 > Pode ser substituído com S <400> 1
Vai Cys His Ser Lys Thr Arg Ser Asn Pro Glu Asn Asn Vai Gly Leu 15 10 15
<210> <211> <212> <213> 2 8 PRT Seqüência Artificial
<220> <221> <222> <223> VARIANTE 7 Pode ser substituído com A
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<221> <222> VARIANTE 5
< 2 2 3 > Pode ser substituído com L <221> VARIANTE <222> 3 <223> Pode ser substituído com S <400> 2
Ile Vai Cys His Ser Lys Thr Arg 1 5 <210> 3 <211> 7 <212> PRT <213> Seqüência Artificial <220>
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Cys His Ser Lys Thr Arg 1 5 <210> 5 <211> 5 <212> PRT < 213 > Seqüência Artificial <220>
<221> VARIANTE <222> 1 <223> Pode ser substituído com R ou K <221> VARIANTE <222> 2 < 2 2 3 > Pode ser substituído com L <221> VARIANTE <222> 4 <22 3> Pode ser substituído com A <400> 5
His Ser Lys Thr Arg 1 5 <210> 6 <211> 382 <212> PRT <213> humano <400> 6
Met 1 Vai Leu Glu Ser Thr Met 5 Vai Cys Vai 10 Asp Asn Ser Glu Tyr 15 Met
Arg Asn Gly Asp Phe Leu Pro Thr Arg Leu Gin Ala Gin Gin Asp Ala
20 25 30
Vai Asn Ile Vai Cys His Ser Lys Thr Arg Ser Asn Pro Glu Asn Asn
35 40 45
Vai Gly Leu Ile Thr Leu Ala Asn Asp Cys Glu Vai Leu Thr Thr Leu
50 55 60
Thr Pro Asp Thr Gly Arg Ile Leu Ser Lys Leu His Thr Vai Gin Pro
65 70 75 80
Lys Gly Lys Ile Thr Phe Cys Thr Gly Ile Arg Vai Ala His Leu Ala
85 90 95
Leu Lys His Arg Gin Gly Lys Asn His Lys Met Arg Ile Ile Ala Phe
100 105 110
Vai Gly Ser Pro Vai Glu Asp Asn Glu Lys Asp Leu Vai Lys Leu Ala
115 120 125
Lys Arg Leu Lys Lys Glu Lys Vai Asn Vai Asp Ile Ile Asn Phe Gly
130 135 140
Glu Glu Glu Vai Asn Thr Glu Lys Leu Thr Ala Phe Vai Asn Thr Leu
145 150 155 160
Asn Gly Lys Asp Gly Thr Gly Ser His Leu Vai Thr Vai Pro Pro Gly
165 170 175
Pro Ser Leu Ala Asp Ala Leu Ile Ser Ser Pro Ile Leu Ala Gly Glu
180 185 190
Gly Gly Ala Met Leu Gly Leu Gly Ala Ser Asp Phe Glu Phe Gly Vai
195 200 205
Asp Pro Ser Ala Asp Pro Glu Leu Ala Leu Ala Leu Arg Vai Ser Met
210 215 220
Glu Glu Gin Arg Hí s Ala Gly Gly Gly Ala Arg Arg Ala Ala Arg Ala
225 230 235 240
Ser Ala Ala Glu Ala Gly Ile Ala Thr Thr Gly Thr Glu Asp Ser Asp
245 250 255
Asp Ala Leu Leu Lys Met Thr Ile Ser Gin Gin Glu Phe Gly Arg Thr
260 265 270
Gly Leu Pro Asp Leu Ser Ser Met Thr Glu Glu Glu Gin Ile Ala Tyr
275 280 285
Ala Met Gin Met Ser Leu Gin Gly Ala Glu Phe Gly Gin Ala Glu Ser
290 295 300
Ala Asp Ile Asp Ala Ser Ser Ala Met Asp Thr Ser Glu Pro Ala Lys
305 310 315 320
Glu Glu Asp Asp Tyr Asp Vai Met Gin Asp Pro Glu Phe Leu Gin Ser
325 330 335
Vai Leu Glu Asn Leu Pro Gly Vai Asp Pro Asn Asn Glu Ala Ile Arg
340 345 350
Asn Ala Met Gly Ser Leu Pro Pro Arg Pro Pro Arg Thr Ala Arg Arg
355 360 365
Thr Arg Arg Arg Lys Thr Arg Ser Glu Thr Gly Gly Lys Gly
370 375 380

Claims (12)

  1. REIVINDICAÇÕES
    1. Uso de uma proteína anti-secretória, identificada por SEQ ID NO: 6, ou de fragmentos peptídicos anti-secretórios derivados de SEQ ID NO:6 consistindo em SEQ ID NO: 4 ou na fórmula a seguir:
    5 X1-V-C-X2-X3-K-X4-R-X5 na qual Χ1 é I, aminoácidos 1-35 da SEQ ID NO 6, ou está ausente, Χ2 é H, R ou K, Χ3 é S ou L, Χ4 é T ou A, Χ5 é aminoácidos 43-46, 43-51, 43-80 ou 43-163 da SEQ ID NO 6, ou está ausente, ou de sal farmaceuticamente aceitável dos mesmos, caracterizado pelo fato de ser na fabricação de uma
    10 composição farmacêutica para a prevenção e/ou tratamento da hipertensão intra-ocular.
  2. 2. Uso de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que o referido fragmento compreende uma sequência de aminoácido como apresentada na SEQ ID NO 1.
    15
  3. 3. Uso de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que o referido fragmento compreende uma sequência de aminoácido como apresentada na SEQ ID NO 2.
  4. 4. Uso de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que o referido fragmento compreende uma sequência de aminoácido co20 mo apresentada na SEQ ID NO 3.
  5. 5. Uso de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que o referido fragmento compreende uma sequência de aminoácido como apresentada na SEQ ID NO 4.
  6. 6. Uso de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato 25 de que o referido fragmento compreende uma sequência de aminoácido como apresentada na SEQ ID NO 5.
  7. 7. Uso de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 3, caracterizado pelo fato de que a dita composição farmacêutica compreende dois ou mais fragmentos, como definidos em qualquer uma das reivindica30 ções de 1 a 6.
  8. 8. Uso de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 7, caracterizado pelo fato de que a proteína anti-secretória é fornecida na forPetição 870180129218, de 12/09/2018, pág. 7/14 ma de gema de ovo enriquecida em tal proteína anti-secretória, e em que a dita proteína anti-secretória é fornecida preferencialmente em uma concentração de pelo menos 1000 unidades FIL/ml na dita gema de ovo.
  9. 9. Uso de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 8, caracterizado pelo fato de que a composição farmacêutica compreende ainda um excipiente farmaceuticamente aceitável.
  10. 10. Uso de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 9, caracterizado pelo fato de que a composição farmacêutica é formulada para administração tópica, intra-ocular, intranasal, oral, subcutânea, cutânea, mucosal e/ou sistêmica.
  11. 11. Uso de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 10, caracterizado pelo fato de que a composição farmacêutica é formulada para administração como um spray, aerosol, através de inaladores ou nebulizadores.
  12. 12. Uso de uma proteína anti-secretória identificada por SEQ ID NO: 6, ou de fragmentos peptídicos anti-secretórios derivados de SEQ ID NO:6 consistindo em SEQ ID NO: 4 ou na fórmula a seguir:
    X1-V-C-X2-X3-K-X4-R-X5 na qual Χ1 é I, aminoácidos 1-35 da SEQ ID NO 6, ou está ausente, Χ2 é H, R ou K, Χ3 é S ou L, Χ4 é T ou A, Χ5 é aminoácidos 43-46, 43-51, 43-80 ou 43-163 da SEQ ID NO 6, ou está ausente, ou de sal farmaceuticamente aceitável dos mesmos, caracterizado pelo fato de ser na fabricação de uma composição farmacêutica para administração intra-ocular.
    12/09/2018, pág. 8/14
    1/5
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