BRPI0500886B1 - Processo de preparação de extrato de jambu, uso do referido extrato, composições cosméticas compreendendo o mesmo e produtos cosméticos compreendendo as ditas composições cosméticas. - Google Patents

Description

Relatório Descritivo da Patente de Invenção para "PROCESSO DE PREPARAÇÃO DE EXTRATO DE JAMBU, USO DO REFERIDO EXTRATO, COMPOSIÇÕES COSMÉTICAS COMPREENDENDO O MESMO E PRODU- TOS COSMÉTICOS COMPREENDENDO AS DITAS COMPOSIÇÕES COS- MÉTICAS".

Campo da Invenção A presente invenção refere-se a um processo de preparação de um extrato de jambu livre de clorofila e derivados deste composto. Trata-se de um método para isolar os componentes de interesse de forma simplifica- da, por meio de hidrólise básica seletiva da clorofila. A presente invenção refere-se ainda ao uso deste extrato em preparações de composições cos- méticas, a composições cosméticas compreendendo o referido extrato pa- dronizado em teores de espilantol [CAS 25394-57-4] em torno de 20,30% a 28,7% e a produtos cosméticos compreendendo as ditas composições cos- méticas, com teor final de espilantol entre 0,001% e 10,00%.

Descrição do Estado da Técnica O jambu, (Spilanthes oleracea ou Spilanthes acmella var olera- cea ou Acmella oleracea) é uma planta anual da família Compositae originá- ria da América do Sul. No Pará, é parte fundamental da culinária tradicional, tomando parte em pratos típicos como o tacacá e o pato no tucupi.

As inflorescências, compostas de flores amarelas e as folhas possuem sabor pungente e, por isso, são utilizadas na culinária e medicina popular, principalmente como analgésico para dores de dente. Suas pro- priedades são atribuídas principalmente ao espilantol [CAS 25394-57-4] que é uma isobutilamida cuja fórmula é a que se segue: Este composto químico é bastante conhecido por ter diversas aplicações químico-farmacêuticas, além do setor culinário já dito anteriormente. É utilizado, por exemplo: > como analgésico para dores de dentes; > para tratamentos de aftas e herpes; > para estomatite e infecções na garganta; > como sialagogo; > como cicatrizante; São conhecidas também outras atividades biológicas e farma- cológicas: > como larvicida contra larvas de Culex quinquefasciatus; > como antimicrobiano contra Proteus mirabilis, Pseudomonas aeruginosa, Staphylococcus aureus e Candida albicans; > como fungistático e fungicida contra Aspergillus spp; > como antimutagênico; > como inseticida eficaz contra Aedes aegyptii, carrapato, ba- ratas e traças.

Além do espilantol, o jambu encerra os terpenóides: limoneno, β-cariofileno, (Z)-p-ocimeno, germacreno B, germacreno D, mirceno, cc-humu- leno entre outros compostos químicos.

Algumas aplicações de espilantol na área de cosméticos já são conhecidas no estado da técnica, sendo as principais encontradas abaixo: O documento US 20020012640 revela uma composição cosmé- tica para pele estressada sob condições extremas a qual compreende por- ções de tratamento para vários tipos de clima. A porção de tratamento para clima quente contém um ingrediente botânico para proporcionar uma sensa- ção de frio ou induzir uma sensação de maciez, melhorando os efeitos cau- sados pelas altas temperaturas. Um dos compostos citados para exercer esta função é um derivado de espilantol (mentona glicerol quetal spilantol). O documento PI 0100254-6 descreve composições, recomen- dadas entre outras funções para cuidados pessoais como cosméticos, as quais compreendem pelo menos um componente que proporciona uma sen- sação refrescante, um componente que proporciona uma sensação de aquecimento e um terceiro componente que proporciona uma sensação de formigamento. Os componentes indicados para atuarem nesta última função são oleorresina de jambu e espilantol. Já, o documento PI 0204271-1 revela composições anticaspa e antipruriginosa presentes em produtos de cuidado pessoal como xampus, cremes entre outros, as quais compreendem um agente anticaspa e compo- nentes refrescantes como oleorresina de jambu e espilantol.

Ainda, o documento JP 6072858 se refere a uma composição de detergente para o corpo que compreende espilantol, preferivelmente de 0,005% a 2,000% em peso de espilantol. Esta composição atua de modo suave no corpo humano, fornece um estímulo moderado na pele e sensação refrescante e calmante. O documento JP 60215610 revela uma preparação para banho a qual contém espilantol proveniente de Spilanthes acmella. Esta prepara- ção proporciona à pele ação sedativa e adstringente além de ser refrescante e fornecer alívio a dores musculares.

Finalmente, o documento JP 51032741 descreve o uso de es- pílantol extraído de plantas em bases cosméticas. Esta base proporciona uma sensação refrescante prolongada.

Por outro lado, não se conhece, até o presente momento, técni- cas ou processos de isolamento de espilantol ou de preparação de extrato de jambu na ausência de clorofila. Ainda, na maioria das composições cita- das acima, utiliza-se espilantol sintético. Já existem alguns processos conhecidos do estado da técnica voltados para a remoção de clorofila de óleos ou extratos vegetais. Com esta remoção, obtém-se um aumento no valor comercial do extrato princi- palmente por retirar a coloração verde escura, permitindo formulações cos- méticas incolores ou com outras colorações que não a esverdeada, melho- rando-se o aspecto e elevando-se o apelo comercial.

No entanto, os processos já conhecidos utilizam várias etapas e reagentes onerosos. Além disso, não há ainda nenhum processo destinado ao extrato obtido do jambu, sendo o extrato de jambu isento de clorofila, um produto ainda pouco explorado.

De qualquer forma, a requerente lista abaixo documentos que tratam de remoção da clorofila de óleos vegetais, apesar de nenhuma se referir ao jambu propriamente dito: O documento US 4.781.864 revela um processo de remoção de clorofila, corpos coloridos e fosfolipídeos de óleos de glicerídeos colocando o dito óleo em contato com adsorventes de sílica tratados com ácido provi- dos de uma superfície de sílica amorfa. Estes óleos podem ser óleos co- mestíveis como provenientes de frutas e plantas ou não comestíveis como derivados de petróleo. O documento GB 740630 descreve um processo de obtenção de clorofilina pela saponificação da clorofila, extração da clorofilina e seus derivados com a utilização de solventes específicos e tratamento com ácido para purificação da clorofilina e seus derivados. Já, o documento US 4.049.520 revela um processo para melho- rar a cor de líquidos orgânicos como gorduras e óleos vegetais os quais contêm impurezas como a clorofila. O referido líquido é sujeito a etapas de refino utilizando reagente aquoso e reação de hidrogenação. O líquido orgâ- nico é misturado com partículas sólidas de material adsorvente a fim de re- mover os corpos coloridos.

Outro processo para remoção de clorofila é descrito no docu- mento US 5.315.021. Neste processo, é utilizado ácido fosfórico a fim de promover a precipitação da clorofila e seus derivados e posteriormente utili- za-se argila branqueadora. O documento US 4.028.217 descreve um método de separação de clorofila a partir de organismos vivos e solventes orgânicos como álcool metílico, acetona entre outros. A mistura é triturada e tratada com dioxano seguida de uma solução tampão de fosfato.

Finalmente, o documento US 6.376.689 revela um processo de remoção de compostos relativos à clorofila e a gomas de óleos vegetais.

Esta remoção é realizada a partir do uso de ácidos como ácido suifúrico e ácido fosfórico. A partir da descrição da presente invenção a seguir, pode-se concluir que nenhum ensinamento do estado da técnica apresenta um pro- cesso para preparação de extrato jambu isento de clorofila por meio de uma reação de hidrólise básica seletiva da mesma, sem que se ocasionasse a hidrólise concomitante do espilantol, uma isobutilamida. Ainda, a presente invenção apresenta eficácia muito alta relativa à porcentagem do ingrediente ativo de interesse presente no extrato de jambu em questão. Neste sentido, as composições cosméticas, também objetivos da presente invenção, com- preendem quantidade alta de espilantol em sua composição, o que favorece os usuários das referidas composições sem, no entanto, aumentar os custos de produção, uma vez que o espilantol é obtido de um processo pouco one- roso e de fonte natural.

Sumário da Invenção A presente invenção tem por objetivo um processo de prepara- ção de extrato de jambu que compreende as seguintes fases e etapas: a. misturar a planta de jambu moída e um álcool; b. adicionar uma base forte; c. aquecer a mistura obtida em (b) a uma temperatura em tor- no de 65°C; d. filtrar a mistura; e. adicionar uma solução aquosa de eletrólito à mistura filtrada obtida em (d) e agitar; f. manter a solução hidroalcoólica acrescida de eletrólito obtida em (e) em repouso por um período de 1 a 12 horas; g. filtrar e descartar o resíduo sólido; h. adicionar à solução álcookágua obtida em (g) um solvente orgânico solúvel com espilantol em uma proporção que varia de 1:1:0,25 a 1:1:2 em termos de volume; i. adicionar um secante; j. filtrar a solução e evaporar o solvente orgânico. A presente invenção ainda tem por objetivo o uso do extrato de jambu obtido pelo processo objetivado acima, bem como composição cos- mética que compreende o referido extrato de jambu e produto cosmético que compreende a dita composição.

Breve Descrição da Figura Figura 1 - é uma representação esquemática do processo com- pleto de preparação do extrato de jambu, objeto da presente invenção.

Descrição Detalhada da Invenção A partir do extrato de jambu obtido pelo processo da presente invenção, pode-se preparar uma composição cosmética que proporciona sensação de refrescância. Por ser uma composição cosmética bastante su- ave e por apresentar pH em torno de 7,0, é indicada para peles sensíveis.

Os principais exemplos de produtos que podem ser preparados partindo-se da composição cosmética mencionada acima são: ❖ Bálsamo corporal e para o rosto; ❖ Bálsamo pós-barba; ❖ Bálsamo pós-depilatório; ❖ Batom ou gíoss labial; ❖ Gel corporal e para o rosto; ❖ Hidratante corporal ou facial; ❖ Leite hidratante corporal e para o rosto; ❖ Loção hidratante corporal e para o rosto; ❖ Preparação cosmética corporal ou facial para uso infantil; ❖ Produto anti-sinais corporal ou facial; ❖ Produto depilatório; ❖ Produto repelente de insetos; ❖ Protetor ou bloqueador solar de uso adulto ou infantil; ❖ Protetor ou bloqueador solar labial de uso adulto ou infantil. O processo de preparação de extrato de jambu da presente in- venção apresenta uma faixa de vantagens frente aos processos do estado da técnica, algumas das quais são relatadas abaixo: / O processo de preparação de extrato de jambu utiliza rea- gentes pouco onerosos, o que acarreta redução de custo dos produtos finais que compreendam o extrato obtido a partir deste processo; ν' O processo compreende número reduzido de etapas as quais são de fácil execução; ν' A eficácia do processo é bastante alta. O teor de espilantol presente no extrato de jambu obtido a partir do processo da presente inven- ção é, preferencialmente, de até 28,7 % em massa seca. Ademais, o teor final obtido pode ser ainda maior, caso se utilize outra amostra de planta de jambu com conteúdo inicial de espilantol maior que a amostra preferida da presente invenção (de cerca de 0,16% por massa seca de planta); ν' O rendimento do processo também é bastante elevado, cal- culado como acima de 85%; ^ Durante a realização do processo da presente invenção, ocorre uma reação de hidrólise básica seletiva da clorofila. A clorofila assim como o espilantol, é lipossolúvel, permitindo a liberação do grupo fitol, transformando-se em clorofilina, que é hidrossolúvel. A não ocorrência da hidrólise do espilantol, como ocorre no processo da presente invenção, pre- serva o composto, além de mantê-lo lipossolúvel, tornando possível sua se- paração da clorofilina, ou seja, o produto de hidrólise da clorofila; ν' Como toda a clorofila e derivados presentes no extrato na- tural de jambu são removidos com a realização do processo da presente inven- ção, as composições cosméticas que compreendem o produto final do referido processo podem apresentar a coloração de acordo com o ativo e/ou corante adicionado à mesma. Neste sentido, tais composições cosméticas apresen- tam forte apelo comercial e de marketing devido ao seu aspecto visual; ν' O processo da presente invenção é indicado aqui para re- moção de clorofila de extrato de jambu. No entanto, também é eficaz para remoção de clorofila a partir de outros extratos ou óleos vegetais, especial- mente para aqueles que contêm amidas de interesse cosmético.

Processo de preparação de extrato de jambu da presente invenção O processo de preparação de extrato de jambu compreende a saponificação da clorofila, transformando-a em clorofilina e fitol. O processo da presente invenção compreende as seguintes etapas: a. misturar a planta de jambu moída e um álcool, sendo prefe- rencialmente metanol; b. adicionar uma base forte, sendo preferencialmente, hidróxido de sódio; c. aquecer a mistura obtida em (b) a uma temperatura específi- ca, preferencialmente a 65°C; d. manter a mistura obtida em (b) por um período específico, preferencialmente 90 minutos; e. filtrar a mistura; f. adicionar uma solução aquosa de eletrólito à mistura filtrada obtida em (e), sendo preferencialmente sulfato de alumínio a 1% (p/v) em igual volume da solução alcoólica filtrada e agitar; g. manter a solução hidroalcoólica acrescida de eletrólito obtida em (f) em repouso por um período determinado, preferencialmente 6 horas; h. filtrar e descartar o resíduo sólido; i. adicionar à solução álcoohágua obtida em (h) um solvente or- gânico solúvel com espilantol como hexano; na proporção preferencial de 1:1:0,25 metanol:água:hexano em termos de volume; j. repetir o processo descrito em (i) por mais algumas vezes, preferencialmente 5 vezes; k. adicionar um secante, como sulfato de sódio anidro ao sol- vente orgânico, preferencialmente na quantidade de 0,3 g/ml de solvente orgânico apoiar; l. filtrar a solução e evaporar o solvente orgânico.

Pode-se alternativamente ao hidróxido de sódio, utilizar outras bases fortes tais como hidróxido de potássio. Ademais, pode-se utilizar op- ções de componentes ao hexano desde que sejam solventes orgânicos que apresentem polaridade similar a este composto como diclorometano, cloro- fórmio, benzeno, heptano e pentano além de isômeros do hexano e que o espilantol seja solúvel no mesmo como ocorre com o hexano.

Ainda, o uso de metanol é indicado nesta fase, pois além de re- mover o espilantoi da planta de jambu, é pouco miscível com solventes apoiares, permitindo a separação do espilantol da clorofilina. No entanto, pode-se empregar outros álcoois desde que removam o espilantol da planta de jambu na etapa (a). É interessante utilizar a combinação de metanol e água pois, como já dito anteriormente, o metanol inicialmente remove o espilantol e a clorofila, mas após a hidrólise básica, a adição de água ao metanol permite que a solubilidade do espilantol seja menor nesta mistura que no hexano, além de a solubilidade da clorofilina saponificada estar aumentada na mistu- ra metanohágua que em metanol somente. A hidrólise básica seletiva da clorofila, que como o espilantol, é lipossolúvel, permite a liberação do grupo fitol da clorofila, transformando-a em clorofilina, que é hidrossolúvel. A não ocorrência da hidrólise do espi- lantol, como ocorre no processo da presente invenção, preserva o compos- to, além de mantê-lo lipossolúvel, tornando possível sua separação da clo- rofilina, ou seja, o produto de hidrólise da clorofila. Esta hidrólise seletiva da ligação éster do fitol e não da ligação amídica do espilantol depende da base utilizada, da sua concentração no meio reacional, da temperatura de reação e do tempo de reação. A integridade do espilantol é assegurada por monitoramento de sua concentração após a reação de hidrólise, utilizando- se a técnica de cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE), As proporções de metanol e água utilizadas na etapa (d) devem ser sempre de 1:1. No entanto, as proporções de metanol, água e hexano utilizadas na etapa (g) podem variar de 1:1:0,25 a 1:1:2. A adição de sulfato de alumínio se faz necessária para a remo- ção do hidróxido que não reagiu com a clorofila. Ao mesmo tempo que o hidróxido é removido pela formação de hidróxido de alumínio, diminuindo o pH para valores entre 6,00 e 7,00, o hidróxido de alumínio é um agente flo- culante, promovendo a precipitação de clorofilina e outros compostos quími- cos, facilitando as etapas posteriores do processo, tornando a purificação do espilantol mais efetiva.

Com a realização de todas as etapas citadas acima, obtém-se um extrato de jambu compreendendo óleos essenciais, ácidos graxos, fla- vonóides e espilantol onde mais de 28% da composição é de espilantol com base na massa seca do referido extrato.

Os fatores que devem ser controlados neste processo, em es- pecial, são: - quantidade da base forte que pode variar de 0,02 mol/L a 1,00 mol/L, com base no volume total da solução obtida na etapa (a); - a temperatura utilizada na reação de hidrólise na etapa (b) deve estar entre 45°C e 75°C; - o tempo de reação da etapa (c) deve ser entre 60 e 90 min; - o tempo de repouso da etapa (d) deve ser entre 1 e 12h; - a relação dos solventes metanol:água:hexano da etapa (i) deve estar entre 1:1:0,25 a 1:1:2; e - a quantidade de secante adicionado na etapa (k) deve estar entre 0,03 a 0,10 g/ml do solvente a ser evaporado.

Exemplo de Processo de Preparação do Extrato de Jambu O exemplo a seguir é uma variação preferencial do processo de preparação do extrato de jambu da presente invenção e não deve ser inter- pretada como limitação da referida invenção. Neste sentido, deve ser entendido que o escopo da presente invenção abrange outras possíveis variações, sendo limitado tão somente pelo teor das reivindicações apensas, aí incluídos os possíveis equivalentes. O Processo de preparação do extrato de jambu compreende as seguintes etapas: 1. Em um reator de vidro de 5 litros, adicionar 300g de planta inteira seca sem raízes de jambu; 2. Adicionar 3.000 ml de metanol;

3. Adicionar 24g de NaOH dissolvidos em 100 ml de água. A concentração final de NaOH deve ser de 0,2 mol/L; 4. Elevar a temperatura ao ponto de ebulição (65° C); 5. Deixar sob agitação mecânica e em refluxo por 90 min; 6. Filtrar o material ainda a quente, descartando o material não extraído (folhas, etc.); 7. Medir o volume considerando a perda estimada de 30% do volume inicial; 8. Adicionar volume igual de solução aquosa de AI2(S04)3 a 1 % (p/v); 9. Agitar mecanicamente e deixar em repouso em funil de se- paração por 6 horas; 10. Filtrar em papel de filtro qualitativo com auxílio de funil de Büchner; 11. Juntar os filtrados, medir o volume e extrair com 1/8 do vo- lume de hexano sob agitação mecânica. A proporção metanol: água : hexa- no será 1:1:0,25; 12. Repetir a partição com hexano por mais 5 vezes, usando o mesmo volume da 1o partição; 13. Juntar as frações hexânicas; 14. Adicionar Na2S04 anidro na proporção de 0,03 g/ml para re- tirar a umidade; 15. Filtrar em papel de filtro qualitativo; 16. Evaporar o hexano em rotaevaporador até evaporação completa do hexano;

Composição Cosmética da Presente Invenção A composição cosmética da presente invenção compreende ex- trato de jambu como preparado pelo processo descrito anteríormente. Além deste componente, a composição cosmética pode compreender uma combi- nação de componentes conhecidos do estado da técnica.

Alguns exemplos de compostos que podem ser utilizados na preparação da composição cosmética da presente invenção são: - Veículo como água; - agente espessante como goma xantana e acrilato de alquila TR-1; - agente condicionador como sorbitol e extrato de algas; - agente umectante como glicerina; - agente emulsionante como estearato de glicol e estearato de glicerila; - emoliente como manteiga de Karité; - agente antioxidante como BHT; - silicone como ciclometicona e dimeticona; - agente conservante como propilparabeno e metilparabeno; - entre outros agentes cosmeticamente aceitáveis.

Exemplos de composições cosméticas que compreendem extrato de íambu obtido a partir do processo da presente invenção Analogamente ao observado para o exemplo de processo des- crito anteriormente, o exemplo de composição a seguir é uma variação pre- ferencial da composição cosmética compreendendo extrato de jambu da presente invenção e não deve ser interpretada como limitação da referida invenção. Neste sentido, deve ser entendido que o escopo da presente in- venção abrange outras possíveis variações, sendo limitado tão somente pelo teor das reivindicações apensas, aí incluídos os possíveis equivalentes.

Os exemplos de composição cosmética citados abaixo contêm pelo menos uma fase oleosa e uma fase aquosa. A fase oleosa pode compreender: - silicones em geral, - óleos vegetais, - manteigas, - ceras, - ésteres, - óleos minerais, - emulsionantes como polissorbatos, álcoois graxos propoxila- dos, álcoois graxos etoxilados, alquil glicosídeos e poliglicosídeos, ésteres etoxilados, entre outros. Já, a fase aquosa pode conter: - espessantes como goma xantana, acrilatos ou carbômeros, - agentes umectantes, em especial a glicerina, - agentes modificadores de sensorial, como por exemplo a goma biossacarídica-1, - entre outros ingredientes.

Além disso, as preparações citadas podem conter diversos ati- vos visando ao tratamento da pele, como por exemplo: - vitaminas, - extratos vegetais, - peptídeos e aminoácidos modificados ou não, - gomas biossacarídicas, - proteínas hidrolizadas, - caféina e seus derivados, - outros ativos conhecidos do estado da técnica.

Claims (18)

1. Processo de preparação de extrato de jambu (Spilanthes ole- racea ou Spilanthes acmella var oleracea ou Acmella oleracea), caracteriza- do pelo fato de que compreende as seguintes etapas: a. misturar a planta de jambu moída e um álcool que extrai cloro- fila e espilantol para formar uma mistura; b. adicionar uma base forte de hidróxido à mistura obtida na eta- pa (a); c. aquecer a mistura obtida em (b) a uma temperatura entre 45 e 75Ό; d. filtrar e descartar o resíduo sólido da mistura obtida em (c); e. adicionar uma solução de sulfato de alumínio aquosa à mistu- ra filtrada obtida em (d) e agitar; f. manter a mistura obtida em (e) em repouso por um período de 1 a 12 horas; g. filtrar e descartar o resíduo sólido da mistura obtida em (f); h. adicionar à mistura obtida em (g) um solvente orgânico solú- vel com espilantol selecionado de hexano ou outro solvente orgânico que exibe uma polaridade similar ao hexano em uma proporção de álco- ol :água:solvente que varia de 1:1:0,25 a 1:1:2 em termos de volume; i. adicionar um secante à mistura obtida em (h); e j. filtrar a mistura obtida em (i) e evaporar o solvente orgânico.

2. Processo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que o álcool utilizado na etapa (a) é metanol.

3. Processo de acordo com a reivindicação 1 ou 2, caracterizado pelo fato de que a base forte de hidróxido utilizada na etapa (b) é seleciona- da entre hidróxido de sódio e hidróxido de potássio.

4. Processo de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 3, caracterizado pelo fato de que o solvente solúvel com espilantol utilizado na etapa (h) é hexano.

5. Processo de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 4, caracterizado pelo fato de que a mistura obtida em (b) é aquecida a uma temperatura de 65Ό.

6. Uso do extrato de jambu preparado a partir do processo como definido em qualquer uma das reivindicações 1 a 5, caracterizado pelo fato de ser para preparar composições com finalidade cosmética.

7. Composição cosmética, caracterizada pelo fato de que com- preende extrato de jambu preparado a partir de um processo como definido em qualquer uma das reivindicações 1 a 5, em combinação com componen- tes cosmeticamente aceitáveis selecionados do grupo consistindo de veícu- lo, agente espessante, agente condicionador, agente umectante, agente emulsionante, emoliente, agente antioxidante, silicone, agente conservante e outros componentes cosmeticamente aceitáveis e ativos selecionados do grupo consistindo de vitaminas, extratos vegetais, peptídeos e aminoácidos modificados ou não, gomas biossacarídicas, proteínas hidrolisadas, cafeína e seus derivados e outros ativos cosmeticamente aceitáveis.

8. Composição cosmética de acordo com a reivindicação 7, ca- racterizada pelo fato de que compreende pelo menos uma fase oleosa e pe- lo menos uma fase aquosa.

9. Produto cosmético, caracterizado pelo fato de que compreen- de uma composição cosmética como definida na reivindicação 7 ou 8.

10. Produto cosmético de acordo com a reivindicação 9, caracte- rizado pelo fato de ser leite hidratante corporal e para o rosto.

11. Produto cosmético de acordo com a reivindicação 9, caracte- rizado pelo fato de ser loção hidratante corporal e para o rosto.

12. Produto cosmético de acordo com a reivindicação 9, caracte- rizado pelo fato de ser um gel.

13. Produto cosmético de acordo com a reivindicação 9, caracte- rizado pelo fato de ser protetores ou bloqueadores solares de uso adulto ou infantil.

14. Produto cosmético de acordo com a reivindicação 9, caracte- rizado pelo fato de ser hidratantes corporais ou faciais.

15. Produto cosmético de acordo com a reivindicação 9, caracte- rizado pelo fato de ser produtos anti-sinais corporais ou faciais.

16. Produto cosmético de acordo com a reivindicação 9, caracte- rizado pelo fato de ser produtos firmadores corporais ou faciais.

17. Produto cosmético de acordo com a reivindicação 9, caracte- rizado pelo fato de ser produtos repelentes de insetos.

18. Produto cosmético de acordo com a reivindicação 9, caracte- rizado pelo fato de ser preparações cosméticas corporais ou faciais para uso infantil.