BRPI0411128B1 - Tira de amarrar flexível integralmente formada - Google Patents

Description

“TIRA DE AMARRAR FLEXÍVEL INTEGRALMENTE FORMADA CAMPO DA INVENÇÃO A presente invenção refere-se a tiras de amarrar, por exemplo, amarras de cabo ou amarras de plantas de horticultura.

FUNDAMENTOS

Amarras de cabo e outras formas de tiras de amarrar são usadas para prender itens juntos rápida e facilmente. Exemplos de uso incluem cabos de enfeixamento, bolsas de vedação ou plantas de ligação para estacas.

Um tipo convencional de tira de amarrar é um dispositivo longo de plástico fino, com uma cabeça com orifício aberto em uma extremidade, que se estende a partir do que é uma porção de cauda mais delgada. Quando da inserção da porção de cauda dentro do orifício da porção de cabeça, a cabeça se encaixa com uma de uma série de travas espaçadas ao longo da cauda e, desse modo, evita sua retirada. Um laço fechado é, desse modo, formado pela tira que pode ser apertada ao redor de itens alvo para prendê-los juntos.

Uma desvantagem significativa dessa tira de amarrar é que a porção de cauda puxada através da cabeça durante o ajuste é desperdiçada, por não desempenhar nenhuma função e não poder ser reutilizada. Somente a porção de cauda que forma o laço fechado encontra utilidade.

Uma outra desvantagem principal das tiras de amarrar convencionais é sua natureza constritiva. Essas tiras de amarrar são apertadas prontamente, mas não permitem aos itens enfeixados qualquer espaço para crescer, se expandir ou deformar.

Uma tira de amarrar alternativa que reduz o desperdício é encontrada na patente da técnica anterior DE 2.524.013 que revela uma amarra que consiste de uma pluralidade de células com orifício.

Entretanto, em qualquer tira composta de uma repetição de porções de células unitárias, a largura transversal da tira sempre excedera a largura transversal relativa dos orifícios das células unitárias. A fim de formar um laço fechado é igualmente necessário, portanto, reduzir a largura da tira e/ou aumentar a largura dos orifícios. A forma da tira de amarrar descrita na patente DE 2.524.013 resolve esse problema colocando orifícios substancialmente longitudinais ao longo da tira que são mais longas do que a tira é larga. A tira pode, então, ser inserida através dela mesma em qualquer ponto de orifício torcendo-se a extremidade frontal da tira a 90°. A amarra pode, então, ser puxada ao redor dos itens alvo e presa no lugar por uma torção inversa a 90°. A porção de cauda não utilizada dessa tira de amarra pode, então, ser reutilizada, se for longa o bastante, reduzindo grandemente, desse modo, o desperdício.

Altemativamente, a técnica anterior da Patente US 3.438.095 usa um projeto semelhante de célula, mas sem a necessidade de qualquer torção, contando, em vez disso, com a força aplicada e na deformação de material para conseguir a passagem de fio.

Outros conceitos alternativos de tiras de amarrar que reduzem o desperdício são encontrados na Patente US 3.913.178 e na Patente US 4,150.463, onde uma tira chata contínua se estreita em virtude de ser dobrável ao longo de seu eixo longitudinal, e utiliza rebarbas perfuradas ao longo do centro da tira que encaixam com os orifícios residuais formados a partir de outras rebarbas perfuradas sobre outras porções da tira, preferencialmente, uma vez que a amarra esteja em um estado dobrado. Nenhuma deformação longitudinal é possível.

Uma outra tira de amarrar alternativa é encontrada na precedente Patente US 5.799.376 do requerente. Essa amarra também é formada a partir de uma pluralidade de células com orifício abertos, mas a passagem de fio é conseguido pelo uso de porções de mola deformável de modo capaz de curvar que se estendem a partir da tira. Estes permitem às células se expandirem e/ou contraírem para facilitar a passagem.

Essa forma de tira de amarrar não apenas reduz o desperdício, mas também incorpora alguma expansão longitudinal em virtude das porções de mola que se projetam lateralmente a partir do eixo longitudinal. O maior problema com essa forma de tira de amarrar é o de se apoiar nas propriedades mecânicas das porções de mola corretamente para expandir e contrair lateralmente durante o processo de passagem de fio e, subsequentemente, retomar ao estado de travamento a seguir à inserção.

SUMÁRIO DA PRESENTE INVENÇÃO

De acordo com a presente invenção, uma tira de amarrar integralmente formada é feita de material flexível, por exemplo, polimérico ou emborrachado, que consiste de uma pluralidade de células espaçadas ao longo do comprimento da tira, cada célula sendo provida com um ou mais membros de travamento, as células encerrando orifícios limitados pelas porções de parede; onde cada célula pode se dobrar transversalmente com relação ao eixo longitudinal da tira em uma forma de sela cujos lados podem, então, adicionalmente, se dobrar para fora para aumentar a largura dos orifícios para permitir o trânsito de outras dessas células e onde, durante a passagem de fio ou tentativa de retirada, as porções de parede e/ou os membros de travamento das células penetrantes, preferencialmente, se enrolam ao redor de seus eixos longitudinais fora do plano da tira para facilitar seu passagem de fio e subsequente travamento ou para inibir a retirada. A parede de célula de trás (ou seja, na direção da passagem de fio) pode ser chanfrada ou mesmo quebrada de modo a aumentar a flexibilidade de célula.

Na presente invenção uma mudança na forma das porções de célula é efetuada pela passagem de uma célula através de um orifício de modo que o orifício se dobre ao redor do seu eixo lateral (transversal ao eixo longitudinal e no plano da tira) em um arco duplo curvado ou forma de sela, onde a inserção adicional da primeira porção de céluia unitária faz o orifício deformada se estender transversalmente, aumentando sua largura lateral, para facilitar a passagem da primeira porção de célula.

Adicionalmente, a contração lateral da primeira porção de célula pode ser efetuada pelo enrolamento das paredes limitantes e/ou membros de travamento da primeira célula fora do plano horizontal da tira fazendo a mencionada porção de célula se estreitar lateralmente quando ela passa através do orifício transversal da segunda porção de célula. Falando de modo geral, somente as células penetradas e penetrantes são torcidas fora da forma, todas as outras, em qualquer tempo, sendo meramente reforçadas longitudinalmente.

Subsequentemente à passagem da primeira porção de célula através do orifício da segunda porção de célula, quaisquer propriedades elásticas do material podem, substancialmente, restaurar a primeira e/ou a segunda célula a sua forma original e servem para localizar os membros de travamento que se projetam da primeira célula em uma posição que evita sua retirada através do orifício atravessado, formando, desse modo, um laço fechado.

Altemativamente, qualquer tração residual no laço, ou tentativa para tirar a primeira célula da segunda, invoca o enrolamento semelhante ou adicional das paredes e/ou membros de travamento da primeira célula para uma posição que impede a retirada a partir do orifício e/ou a tração induz a uma rotação complementar das paredes da segunda porção de célula de unidade para apresentar uma configuração multidimensional adequada para conseguir uma integridade de trava superior àquela que podería ser atingida pela primeira e/ou segunda célula em um simples estado relaxado.

Adicionalmente, a tração na tira também pode efetuar a rotação dos membros de travamento ao redor de um eixo (eixo Z) perpendicular ao plano horizontal (X-Y) da tira de modo que os membros de travamento se movam para fora sob tração longitudinal, aumentando, desse modo, a largura lateral da primeira porção de célula de unidade para inibir a retirada.

Preferencialmente, durante a passagem de fio qualquer enrolamento das paredes e/ou membros de travamento fica longe da direção da passagem de fio e para dentro em direção aos itens alvo a serem limitados de modo que os membros de travamento não fiquem proeminentes da tira durante a passagem de fio e, desse modo, não impeçam a passagem.

Durante qualquer tentativa de retirada da primeira porção de célula de unidade através do orifício, o oposto pode, preferencialmente, ser verdade, com os membros de travamento se encrespando para longe dos itens alvo limitados, de modo que eles se encaixem com as porções de parede da segunda porção de célula de unidade e impeçam a remoção. As paredes da porção de orifício podem ser especialmente canalizadas para assistir a esse processo e assegurar que o enrolamento aja na direção desejada.

Porque o sistema de passagem de fío e travamento da presente invenção não conta com porções de mola para efetuar a deformação das células, pode ser fabricado a partir de materiais que não tenham propriedades elásticas ou resilientes intrínsecas pronunciadas, por exemplo, folhas flexíveis de metal ou de plástico. Entretanto, um modo de realização preferido da invenção faria uso de material elasticizado ou emborrachado para produzir a expansão longitudinal de tira de amarrar e, desse modo, proteger os itens limitados dentro do laço de amarra fechado.

Além disso, deve-se notar que a presente invenção não necessita ser dobrada ao longo de seu eixo longitudinal, nem girada de modo axial a 90°, para ser inserida através de qualquer orifício dada, e a tira penetrante pode, desse modo, permanecer rígida quando passa através do orifício de uma outra célula.

Um modo de realização preferido da invenção é uma fina tira de plástico de parte única manufaturada a partir de material flexível e que consiste de uma porção de língua em uma extremidade re-entrante para auxiliar no fácil passagem de fio, e uma pluralidade de porções de célula de unidade formadas de modo semelhante que se estendem a partir da língua com seus respectivos membros de travamento apontando, substancialmente, para longe a partir da direção da extremidade de língua. Cada uma das porções de célula de unidade é, preferencialmente, geralmente circular ou elíptica na forma, com um orifício, formado de modo semelhante, passando verticalmente através, ou entre as células e membros de travamento em forma de trompa que se projetam a partir do mesmo lado da célula. Também seria possível fazer um projeto de célula elíptica ou circular semelhante, mas cortada a partir de folha fina de material como plástico ou metal flexível.

Pode-se prover um orifício formado a partir de uma parede traseira entalhada de modo que quando da inserção da tira através de um orifício da célula o enrolamento preferencial das células penetrantes seja efetuado por meio desse canal. A parede frontal da célula seguinte fecha o vão formado pela parede traseira entalhada da célula de ataque, formando um orifício fechado.

Qualquer modo de realização da invenção também podería ser produzido como um carretei contínuo com ou sem porções de língua re-entrante no projeto.

SUMÁRIO DOS DESENHOS

Para um melhor entendimento da invenção, os modos de realização serão descritos agora em detalhe com relação aos diagramas e desenhos anexos, nos quais: A Figura 1 mostra uma tira de amarrar de redução de desperdício convencional que utiliza uma pluralidade de células, quando em um estado relaxado; A Figura 2 mostra uma tira de amarrar de redução de desperdício convencional, quando em um estado tracionado; A Figura 3 mostra uma tira de amarrar de redução de desperdício convencional durante um procedimento de passagem de fio; A Figura 4 mostra as deformações celulares que ocorrem em tiras de amarrar de redução de desperdício convencionais, onde a) mostra uma célula relaxada; b) mostra uma célula sob tração longitudinal; c) mostra uma célula aberta durante a penetração de seu orifício; e d) mostra uma célula estreitada durante a inserção através de um orifício; A Figura 5 mostra um primeiro modo de realização preferido da invenção em um estado relaxado; A Figura 6 mostra um primeiro modo de realização preferido da invenção em um estado tracionado; A Figura 7 mostra um segundo modo de realização preferido da invenção em um estado relaxado; A Figura 8 mostra um segundo modo de realização preferido da invenção em um estado tracionado; A Figura 9 mostra uma técnica preferida para ajustar a tira de amarrar; A Figura 10 mostra uma representação da forma de “dupla curvatura/arco” ou forma de sela produzida durante o processo de passagem de fio inicial; A Figura 11 mostra uma representação da forma de “dupla curvatura” ou forma de sela abrindo-se enquanto o processo de passagem de fio avança; A Figura 12 mostra três estágios no processo de passagem de fio; A Figura 13 mostra o enrolamento dos membros de travamento durante o estágio de passagem de fío de ângulo baixo; A Figura 14 mostra o enrolamento dos membros de travamento durante o estágio de passagem de fio de ângulo alto; A Figura 15 mostra o efeito de enrolamento oposto de um orifício canalizado adequadamente; A Figura 16 mostra um orifício canalizada adequadamente para promover o enrolamento de trava para dentro, em um estado relaxado; A Figura 17 mostra um orifício canalizada adequadamente para promover o enrolamento de trava para dentro, em um estado tracionado; A Figura 18 mostra as células e os membros de travamento retomados a uma posição padrão em seguida aa passagem de fio; À Figura 19 mostra o enrolamento dos membros de travamento efetuado por uma tentativa de retirada das células atravessadas; A Figura 20 mostra uma vista lateral do enrolamento para fora preferido dos membros de travamento quando a tira de amarrar está ajustada corretamente ao redor dos itens alvo; A Figura 21 mostra uma vista de trás de dois membros de travamento juntando-se quando a tira e sujeita a alta tração longitudinal; e A Figura 22 mostra uma técnica de remoção que utiliza, preferencialmente, o corte de entalhe nas paredes traseiras das porções de célula, junto com as travas de enrolamento para dentro produzidos por esse processo.

DESCRIÇÃO DETALHADA A Figura 1 retrata uma porção de tira de amarrar livre de desperdício em um estado relaxado 1 de acordo com projetos existentes (por exemplo, Patente US 5.799.376) na qual um orifício 2 é limitado pelas porções de parede curvadas para dentro 3, que se estendem a partir do que os membros de travamento 4.

Quando a torção longitudinal é aplicada, a parede traseira de cada célula se curva para fora 5 e a tira, geralmente, se contrai transversalmente e se estende longitudinalmente, como mostrado na Figura 2.

Os membros de parede lateral também são capazes de se curvar para fora 6 e isso ocorre durante a inserção de uma célula 7 dentro de uma outra 8 (Figura 3). Deve-se notar que, nesse projeto, a célula inserida (penetrante) 7, geralmente, se contrai lateralmente enquanto a célula penetrada 8, geralmente, se expande lateralmente.

Subsequentemente à penetração bem sucedida de uma célula através de uma outra, as porções de parede retomam a um estado que aponta para dentro e os membros de travamento da célula inserida servem para evitar a sua retirada. O âmbito total das deformações celulares bidimensionais utilizadas nessa técnica anterior é dado na Figura 4.

Em modos de realização da presente invenção uma tira de amarrar configurada de modo semelhante é formada, mas com as paredes 9 das células já formadas em um estado expandido ou aproximadamente elíptico (ver Figuras 5 e 6, e comparar à Figura 4c).

As células são, geralmente, elípticas ou na forma de um anel circular (ou coroa circular), com um orifício 10 formado, substancialmente de modo semelhante, através do centro de cada um, ou seja, com uma espessura ou seção transversal de parede aproximadamente constante. Um ou mais membros de travamento 11 são anexados aos lados da célula, apontados para trás. Eles podem ser considerados como uma continuação da parede frontal geralmente circular 9b da célula, com braços radiais reunindo a parede frontal à parede traseira, mais espessa.

Essas células são incorporadas umas às outras para formar a cauda da tira, a parede frontal 9b de uma célula formando ou fundindo-se com a parede traseira 9a da seguinte. Depois, um comprimento adequado pode ser terminado na extremidade re-entrante com uma porção de língua 12 para assistir a passagem de fio.

Preferencialmente, a tira de amarrar é manufaturada a partir de uma peça única de material como um plástico resiliente (por exemplo, nylon, polipropileno ou poliuretano), a partir de borracha ou a partir de metal adequado (por exemplo, aço de mola). A modelagem por injeção ou a impressão a partir de folha são os modos preferidos de fabricação. Vantajosamente, as tiras devem ter em tomo 5 a 30 mm de largura, 1 a 5mm de espessura, e acima de 500 mm de comprimento, talvez mais, em casos especiais. Nesse âmbito dimensional, o material escolhido deve ter, preferencialmente, uma dureza Shore em tomo de S80 a S90 ou D40 a D60 (como determinado pelo padrão ASTM D2240), um módulo de flexão em tomo de 0,01GPa a 0,lGPa (mediante o ASTM D790), uma resistência a ruptura alta em tomo de lOOkN/m ou acima (mediante o ASTM D624), e uma resistência à tração tão alta quanto possível, preferencialmente, excedendo 25MPa na quebra (mediante o ASTM D412). Para os modos de realização da presente invenção em escalas menores, é vantajoso utilizar materiais mais rígidos (ou seja, um módulo de flexão mais alto) com uma resistência à tração mais alta do que para aqueles citados acima; e vice-versa para modos de realização da presente invenção em escalas maiores, onde materiais mais fracos e mais flexíveis podem bastar. Exemplos de materiais com propriedades vantajosas apropriadas (para as dimensões dadas acima) podem ser encontrados nos âmbitos de Ellastollan e Texin de poliuretanos oferecidos pela BASF e pela Bayer Corporation, respectivamente.

Como com tiras de amarrar conhecidas, a presente tira suporta uma ligeira contração transversal quando sujeita a tração longitudinal (Figura 6). Pode-se assinalar também que os membros de travamento 11 suportam uma rotação ao redor de um eixo perpendicular ao plano horizontal da tira 13 (o eixo Z), fazendo-os se estenderem lateralmente (a direção Y).

Essa extensão lateral dos membros de travamento 13 serve para impedir a passagem de fio das células tracionadas através de outros orifícios das células, por isso as travas sobre tiras de amarrar são, geralmente, mantidas pequenas. Da mesma maneira, a contração lateral e estreitamento dos orifícios 14 também servem para impedir a operação, assim, em projetos convencionais, os orifícios são feitas tão amplas quanto possível e as paredes tão finas quanto possível, com uma perda de resistência correspondente. Esses problemas são, contudo, solucionáveis com a presente invenção, usando-se uma abordagem topológica de múltiplos estágios, onde as mesmas células de forma são feitas para deformar em diferentes modos dependendo da sua parte no processo de ajuste.

Preferencialmente, a tira de amarrar é ajustada sempre pela inserção da língua na extremidade re-entrante (se provida), através da porção de célula mais traseira 17 (Figura 9). A tira inteira pode, então, ser puxada através do orifício deixando um pequeno laço 18 ao redor dos itens alvo 19. Dessa maneira, a tira restante 20 pode ser removida e usada de novo e de novo, com a porção de língua ainda anexada, reduzindo muito o desperdício, desse modo. O primeiro estágio é a inserção de uma célula através de um orifício, como caracterizado nas Figuras 10, 11 e 12. (Assinala-se que, para simplicidade, as Figuras 10 e 11 mostram apenas duas células elípticas desprovidas de membros de travamento, canais de orifício formados ou outras características como essas, como podem ser descritas em outro lugar).

Na Figura 10, uma primeira porção de célula unitária 21 penetrante é pressionada contra o orifício de uma segunda porção de célula unitária 22 externa, resultando no dobramento da segunda porção de célula de unidade ao longo do eixo transversal em uma forma de sela com a espinha na direção Y da tira. A inserção continuada da primeira porção de célula de unidade aumenta esse dobramento até um ponto em que as porções de lóbulo lateral 23 criam uma forma de “dupla curvatura” ou de duplo arco e, então, começam a se dobrar para fora (Figura 11). Isso provoca uma extensão lateral do orifício sem depender de quaisquer porções de mola dependentes do material, como descrito em outros projetos de tira de amarrar. (O efeito pode, na verdade, ser demonstrado com materiais não-elásticos, como papel ou papelão).

Se a extensão lateral do orifício for suficiente, então, todas as porções de célula de unidade penetrantes podem passar através dele, substancialmente, sem impedimento, como mostrado em três estágios na Figura 12.

Auxiliar a esse mecanismo, contudo, há um meio de contrair das células penetrantes, de modo que elas possam passar através dos orifícios, expandidos ou não. Isso envolve o enrolamento das células penetrantes conforme elas passam através do orifício de uma outra célula, e é desejável construir as células da tira de amarrar de uma maneira que também promova e controle essa técnica, em adição ao “dobramento em sela” examinado acima.

Quando a extremidade re-entrante de uma célula 24 penetrante entra no orifício de uma outra célula 25 penetrada, os membros de travamento 26 da célula penetrante são forçados a se encresparem, para fora do plano horizontal principal (X-Y) da tira. (Comparar à Figura 19). É vantajoso para a direção do enrolamento (para cima ou para baixo) ser ditada e, se a tira de amarrar é feita totalmente tridimensional (ao invés de uma forma bidimensional de espessura limitada), então, é possível incorporar características geométricas às superfícies superior e inferior para, desse modo, controlar esse enrolamento.

Entretanto, essas modificações fazem a tira desnecessariamente complicada de manufaturar e força a tira a se tomar um produto assimétrico que exige um “direto para cima” para funcionar. Adicionalmente, é necessário, para o efeito de enrolamento, comutar de enrolamento-para-cima para enrolamento-para-baixo em diferentes partes do processo de ajuste, e isso é contrário a um projeto assimétrico.

Uma maneira simples de conseguir esse controle desejado sem recorrer à geometria tridimensional, é ajustar o ângulo de penetração manualmente, como ilustrado nas Figuras 13 e 14.

Geralmente, em ângulos de passagem de fio baixos - como encontrados no primeiro estágio da passagem de fio - os membros de travamento 26 enrolarão para fora a partir do alvo e em direção ao operador (Figura 13), enquanto em ângulos mais íngremes de inserção, os membros de travamento enrolarão para dentro (27) em direção ao alvo, e para longe do operador (Figura 14). Isso é particularmente visível quando o laço se fecha sobre o alvo, visto que nesse estágio a tira é, normalmente, puxada bruscamente contra a parede traseira da célula penetrada, freando, efetivamente, a parte e trás da tira. Isso é ilustrado na Figura 14. É essa ultima direção para dentro que é mais desejável durante o estágio de passagem de fio, porque, então, é o lado de baixo relativamente macio que desliza sobre a parede traseira da célula penetrada 28. Por contraste, se os membros se enrolam para fora (como na Figura 13), então, são eles que têm de deslizar contra a parede traseira, e isso causa uma ação de catraqueamento que exige, inerentemente, mais força do operador para efetuar o trânsito das células penetrantes.

Consequentemente, o usuário dessas tiras de amarrar podería ajustar o ângulo de inserção de modo que os membros de travamento sempre enrolassem para dentro, e uma condição de deslizamento suave fosse mantida em todas as partes.

Entretanto, isso freqüentemente impõe o uso de ambas as mãos para deslizar a tira para a posição, e uma solução superior é modificar os orifícios das células para prover um canal especialmente formado que promova o correto enrolamento para dentro em ângulos de inserção baixos. A

Figura 15 ilustra esse ponto em comparação à Figura 13 Portanto, em um modo de realização preferido alternativo da presente invenção (Figuras 7 e 8) um pequeno entalhe 15, 16 é cortado na parede traseira da célula. Essa importante modificação força uma composição de células, de modo que um orifício completa é formada somente por duas células adjacente, e isso transforma os orifícios em canais formados que servem a diversos propósitos, como será explicado abaixo.

Em seu modo mais simples, esse canal formado envolve um entalhe substancialmente formado em V ou formado em U, caso esteja em estado tracionado 29 ou relaxado 30, que se estende do orifício para a parede traseira de cada célula (Figuras 16 e 17).

Em uma operação de passagem de fio, esse entalhe serve para promover o enrolamento dos membros de travamento porque a parede traseira entre eles, agora, é menos rígida. (Comparar as Figuras 5 e 7). Além disso, o centro longitudinal da tira é inclinado para escorregar nesse entalhe, compelindo os membros de travamento a se enrolarem no sentido oposto - ou seja, para longe do operador e em direção ao alvo, como é desejado.

Agora, uma vez que a tira tenha sido puxada apertada ao redor do alvo, os membros de travamento devem ser colocados em uma localização que iniba a retirada.

Em seu modo mais simples, isso pode ser efetuado pelo uso de um material deformável resiliente, onde as células retomam a uma forma padrão uma vez que a tração longitudinal é removida. Na Figura 18, por exemplo, é visto como essa técnica simples pode operar, com os membros de travamento 31 se estendendo para os lados para encaixar a parede traseira 32 da célula penetrada.

Uma metodologia mais sofisticada, contudo, é a de explorar o enrolamento dos membros de travamento 33 por meio de uma rotação ascendente complementar da parede traseira da célula penetrada 34, como ilustrado na Figura 19. Se os membros de travamento são feitos suficientemente longos, eles podem mesmo se estender por cima do topo da porção de parede traseira, conseguindo uma trava de resistência até maior. Adicionalmente, a rotação das travas 13 para fora do plano horizontal principal (ver Figura 6) também pode utilizada para aperfeiçoar a resistência de travamento, visto que as travas se alongam ainda mais para fora.

Esse enrolamento de trava é obtido pela aplicação de tração longitudinal na direção oposta (ou seja, tentando retirar as células penetrantes ao invés de atravessá-las). Novamente, o entalhe adicional 29 pode assistir grandemente a esse processo, visto que ele promove um enrolamento de trava mais fácil, e este pode ser somente para cima, porque o alvo encerrado 35, na verdade, evita que as travas se enrolem para baixo. Em conseqüência disso, o vantajoso enrolar para cima é largamente automático nesse estágio (Figura 20).

Um benefício adicional do entalhe de parede traseira é puxar os membros de travamento enrolados juntos para esse canal central e, se as travas forem suficientemente longas, elas podem confinar uma à outra 36 quando sujeitas a suficiente tração (Figura 21). Nesse ponto, o processo de enrolamento é inibido, e as duas travas servem para reforçar uma a outra, aumentando, novamente, a resistência total da trava. (O enrolamento completo por cima dos membros de travamento não é desejável, normalmente, visto que ele resulta em uma perda de capacidade de travamento e no desfazimento do laço de tira devido a escorregamento de volta através do orifício. Algumas vezes, contudo, uma quantidade controlada de escorregamento pode ser construída no projeto para evitar que ocorra sobre-tracionamento).

Pode-se notar também que o entalhe na parede traseira das células ajudará a parede a se deformar durante esse processo de travamento. A primeira vista isso implicaria em uma fraqueza, mas visto que as células se baseiam em deformações topológicas para funcionar, essa fraqueza da parede traseira pode, na verdade, aumentar a resistência da amarra travada. Sem esse entalhe, a parede traseira atua apenas como uma barreira rígida (como na Figura 19), enquanto que com um entalhe a parede traseira pode se curvar ao redor dos membros de travamento da célula penetrante, aumentando, desse modo, a área de superfície de contato e aperfeiçoando a resistência de trava.

Adicionalmente, o entalhe de parede traseira produz um benefício se a tira de amarrar precisa ser removida. Isso é feito, normalmente, por meio do re-passagem de fio da extremidade re-entrante (com a língua, se presente) 37 de volta através do orifício da célula penetrada 38, na direção oposta à qual a amarra foi atravessada originalmente (Figura 22).

Esse processo faz a tira se desfazer, mas exige espaço adequado nos orifícios para permitir que essa dupla espessura de tira de amarrar seja atravessada através delas. O entalhe extra na parede traseira pode prover esse espaço adicional, se exigido, sem comprometer grandemente suas outras funções.

Deve-se notar também, que porque essa técnica de remoção é feita, normalmente, em um ângulo de extração íngreme, o enrolamento dos membros de travamento 39 é para dentro em direção ao alvo encerrado. Isso serve para tomar o processo de remoção muito fácil, exigindo pouca força do operador.

Claims (13)

1. Tira de amarrar flexível integralmente formada para formar um laço quando passada através de si mesma, caracterizada pelo fato de fato de compreender: uma pluralidade de células idênticas formadas em uma tira, as células formando orifícios encerrados geralmente em forma de laço (10, 14) limitados por porções de parede das células, cada orifício permitindo a passagem de células adicionais através dele, as células sendo, adicionalmente, providas com um ou mais membros de travamento (11,13,26,27,31,33) que permitem a passagem de uma célula através de outra em uma direção, mas evitam a passagem da célula na direção inversa, onde as paredes que limitam os orifícios podem ser dobradas em uma forma de sela ao redor de eixos transversais e longitudinais, de modo a aumentar a largura do orifício sem esticar o material das paredes, facilitando, desse modo, a passagem de uma célula penetrante através do orifício de uma célula adicional, no uso.

2. Tira de amarrar flexível de acordo com a reivindicação 1, caracterizada pelo fato de que o orifício é estendido de modo direcionado para trás por meio de um entalhe na porção de parede traseira que limita o orifício.

3. Tira de amarrar flexível de acordo com a reivindicação 1 ou 2, caracterizada pelo fato de que a porção de parede traseira de um orifício forma a porção de parede frontal de um orifício subseqüente.

4. Tira de amarrar flexível de acordo com qualquer das reivindicações anteriores, caracterizada pelo fato de que a parede frontal de cada célula é, geralmente, semicircular e as paredes laterais são formadas por braços aproximadamente radiais curtos que encontram a parede frontal.

5. Tira de amarrar flexível de acordo com qualquer das reivindicações anteriores, caracterizada pelo fato de que uma célula na configuração em forma de sela durante a passagem de fio é, adicionalmente, adaptada para dobrar-se para fora para estender a largura dos orilícios encerrados para facilitar a passagem de uma célula penetrante.

6. Tira de amarrar flexível de acordo com a reivindicação 4 ou 5, caracterizada pelo fato de que a mudança de forma da célula penetrada é efetuada no uso pela passagem da célula penetrante.

7. Tira de amarrar flexível de acordo com qualquer das reivindicações anteriores, caracterizada pelo fato de que no uso, durante a passagem de fio ou tentativa de retirada, as porções de parede e/ou os membros de travamento da célula penetrante, preferencialmente, se enrolam ao redor de seus eixos longitudinais, alterando, desse modo, a forma da célula penetrante para facilitar a passagem da célula através de uma outra.

8. Tira de amarrar flexível de acordo com a reivindicação 7, caracterizada pelo fato de que as paredes limitantes e/ou os membros de travamento da célula penetrante se enrolam fora do plano horizontal da tira fazendo com que a largura lateral da célula penetrante diminua, no uso.

9. Tira de amarrar flexível de acordo cora qualquer das reivindicações anteriores, caracterizada pelo fato de que as células são formadas de material elástico, de modo que as células sejam, substancialmente, restauradas a sua forma original após uma célula ter passado através de outra.

10. Tira de amarrar flexível de acordo com qualquer das reivindicações de 7 a 9, caracterizada pelo fato de que a tentativa de retirada de uma célula que tenha penetrado uma outra invoca o enrolamento semelhante das paredes e/ou membros de travamento da célula penetrante para uma posição que impede a retirada.

11. Tira de amarrar flexível de acordo com a reivindicação 10, caracterizada pelo fato de que na tentativa de retirada uma rotação complementar da parede da célula penetrada inibe, adicionalmente, a retirada da célula penetrante, aperfeiçoando, desse modo, a integridade de trava.

12. Tira de amarrar flexível de acordo com qualquer das reivindicações anteriores, caracterizada pelo fato de que a tração na tira causa a rotação dos membros de travamento ao redor de um eixo perpendicular ao plano horizontal, de modo que os membros de travamento se movam para fora sob a tração longitudinal, aumentando, desse modo, a largura lateral da porção de célula penetrante para inibir a retirada.

13. Tira de amarrar flexível de acordo com qualquer das reivindicações anteriores, caracterizada pelo fato de que o material da tira tem uma dureza Shore na faixa de S80 a D60, um módulo de flexão entre 0,01 GPa a 0,1 GPa, uma resistência ao rasgamento que excede lOOkN/m, e uma resistência à tração que excede 25MPa.