BR112021010755A2 - Instrumento cirúrgico para raspagem e coleta de partículas ósseas - Google Patents

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Abstract

instrumento cirúrgico para raspagem e coleta de partículas ósseas. é descrito um instrumento cirúrgico (10) para raspar e coletar partículas ósseas, compreendendo: - um cabo (20) para ser segurado; - uma lâmina (30) suportada pelo cabo (20); e - uma câmara de coleta (40) para as partículas raspadas pela lâmina (30); com a lâmina (30) compreendendo uma pluralidade de bordas cortantes (320) separadas umas das outras.

Description

INSTRUMENTO CIRÚRGICO PARA RASPAGEM E COLETA DE PARTÍCULAS ÓSSEAS CAMPO TÉCNICO
[001] A presente invenção se refere a técnicas reconstrutivas e regenerativas dos tecidos ósseos em cirurgia e implantologia periodontal, plástica, ortopédica, oral, maxilofacial, bem como a técnicas plásticas relacionadas aos ossos.
[002] Mais particularmente, a presente invenção se refere a um instrumento cirúrgico para raspar e coletar partículas de ossos, ou aparas ou flocos / lascas de ossos, que pode ser usado em tais técnicas de regeneração de tecidos.
ESTADO DA TÉCNICA ANTERIOR
[003] No passado, foram desenvolvidos instrumentos para a coleta de material ósseo em várias áreas da estrutura esquelética, com o objetivo de obter grânulos ou partículas de tamanho adequado às necessidades regenerativas do tecido biológico.
[004] Esses instrumentos têm permitido incrementar as técnicas de coleta óssea autóloga e o tratamento do material ósseo extraído, obtendo-se grânulos ósseos adaptados para serem inseridos em bolsas ósseas para preenchimento de defeitos ósseos ou aumento de estruturas esqueléticas.
[005] Nos últimos anos, as metodologias de coleta têm sido aprimoradas graças à introdução no mercado de instrumentos para remoção e coleta de partículas (lascas ou aparas) dos ossos, através de raspagem, compreendendo um cabo que suporta uma lâmina raspadora disposta em sua extremidade frontal, e uma câmara para coletar o material removido.
[006] Os referidos dispositivos permitem a remoção do osso cortical superficial por meio de uma lâmina de raspagem particular, com a qual o instrumento é provido, que gera partículas na forma de lascas ou flocos finos de osso, que são coletados diretamente no interior da câmara de coleta.
[007] O alto nível tecnológico da lâmina de raspagem permite obter um corte ideal e controlável com uma leve pressão. A coleta das partículas ósseas raspadas ocorre por meio de uma abertura passante (ranhura) localizada na base da lâmina, que as conduz para dentro da câmara de coleta, definida por um reservatório especial protegido para contenção temporária. Na etapa de coleta, as partículas ósseas são misturadas ao sangue para formarem um concentrado de alta densidade óssea, ideal para uso como um preenchedor em técnicas regenerativas.
[008] Com a evolução dessas técnicas regenerativas, a importância de alguns parâmetros de caracterização física das partículas ósseas tem sido percebida, tendo sito notado, por exemplo, que com o mesmo peso das partículas ósseas coletadas, maior o volume do massa de partículas ósseas, quanto maior o espaço ocupado pela mesma na bolsa óssea a ser preenchida, e, portanto, quanto maior o rendimento da regeneração óssea, maior a superfície livre das partículas ósseas, e maior a conversão do osso removido em um novo osso regenerado na bolsa óssea.
[009] Além disso, foi verificado que um outro parâmetro de caracterização física das partículas ósseas a ser levado em consideração é a espessura das partículas; de fato foi notado que uma espessura excessiva resulta em um consumo muito rápido do osso implantado e isto causa, portanto, uma baixa eficiência regenerativa; e, ao contrário, uma espessura muito alta resulta em uma regeneração ineficaz, porque é muito lenta e invasiva para o paciente.
[010] Portanto, é sentida no setor a necessidade de que sejam providos instrumentos cirúrgicos capazes de captar partículas ósseas de modo a ser maximizado o efeito regenerativo desejado, ao mesmo tempo em que são facilitadas as operações de coleta feitas pelo pessoal responsável.
BREVE DESCRIÇÃO DA INVENÇÃO
[011] O objetivo da presente invenção consiste em atender a essas necessidades do estado da técnica anterior com uma solução simples, funcional e econômica.
[012] Em particular, um objetivo da presente invenção consiste em prover um instrumento cirúrgico configurado para raspar e coletar partículas de osso, que permite a raspagem e a coleta de partículas de osso tendo uma grande superfície livre por unidade de peso, um alto volume e uma espessura otimizada para os objetivos desejados.
[013] Um outro objetivo da presente invenção consiste em prover um instrumento cirúrgico particularmente conveniente e funcional para uso pelo pessoal responsável, o qual possa, por exemplo, facilitar e orientar as operações de raspagem, além de permitir uma coleta eficiente e disponibilizar o material coletado de uma maneira confortável e funcional.
[014] Tais objetivos são alcançados pelas características da invenção descritas na reivindicação independente. As reivindicações dependentes descrevem aspectos preferidos e / ou particularmente vantajosos da invenção.
DESCRIÇÃO DA INVENÇÃO
[015] A invenção provê, em particular, um instrumento cirúrgico para raspar e coletar partículas ósseas, compreendendo: - um cabo para ser segurado; - uma lâmina suportada pelo cabo; e - uma câmara para a coleta das partículas raspadas pela lâmina; com a lâmina compreendendo uma pluralidade de bordas cortantes separadas umas das outras.
[016] Graças a esta solução, é possível atingir os objetivos acima definidos de maneira eficaz, econômica e funcional.
[017] Em particular, graças à multiplicidade de bordas cortantes, é possível - com o mesmo peso das partículas ósseas raspadas coletadas na câmara de coleta - aumentar o volume das partículas ósseas raspadas e coletadas, aumentando assim sua capacidade de preenchimento e regeneração de uma cavidade de osso.
[018] Além disso, graças à multiplicidade de bordas cortantes é possível, com o mesmo peso das partículas ósseas raspadas e coletadas na câmara de coleta, dar às partículas ósseas raspadas e coletadas um formato torcido e alongado, tendo uma espessura calibrada (nem muito fina nem muito grossa) ideal para propósitos regenerativos.
[019] Também foi observado que as partículas raspadas do osso formam uma pluralidade de aparas (igual ao número de bordas cortantes da lâmina), em particular várias aparas a cada movimento, tendo uma espessura menor (em relação a uma única apara que é formada com a lâmina tendo apenas uma borda cortante) e tornando-se mais torcidas, aumentando assim o volume das partículas ósseas raspadas a cada movimento (aumentando assim sua capacidade de preenchimento e regeneração da cavidade óssea).
[020] Além disso, graças à multiplicidade de bordas cortantes e sua separação, é possível definir zonas não cortadas pela lâmina, que com as ranhuras definidas pelas bordas cortantes guiam a lâmina em uma trajetória que se auto-alinha durante a operação de raspagem, ou seja, em uma reta trajetória que melhora as operações de remoção, aumenta o tamanho das partículas ósseas raspadas e coletadas, e permite ao operador uma ação mais segura e confortável.
[021] Além disso, a presença de uma ou mais bordas cortantes permite que a estabilidade da lâmina seja melhorada (contra as vibrações que ocorrem durante a raspagem), atuando também como uma linha reta no deslizamento, permitindo obter partículas (ou lascas, ou aparas) de osso raspadas mais longas (em relação àquelas obtidas com as lâminas tradicionais).
[022] Vantajosamente, para esses propósitos, a lâmina pode compreender pelo menos um recesso interposto entre duas bordas cortantes de modo a separá-las.
[023] Em uma forma de incorporação preferida, a lâmina pode compreender pelo menos três bordas cortantes, das quais uma borda cortante central fica interposta entre duas bordas cortantes periféricas.
[024] Graças a essa solução, o número e o volume das partículas ósseas removidas podem ser otimizados.
[025] De acordo com um aspecto da invenção, as bordas cortantes podem estar no mesmo plano, ficando alinhadas ao longo de um arco circunferencial.
[026] Graças a esta solução é possível fazer uma lâmina afiada e de uso confortável.
[027] Vantajosamente, a câmara de coleta compreende uma abertura de acesso disposta próximo das bordas cortantes da lâmina, com as bordas cortantes estando colocadas na parte traseira da abertura de acesso da câmara de coleta, ao longo de uma direção de raspagem ortogonal ao plano no qual as bordas cortantes estão, em uma direção de raspagem direcionada para o cabo.
[028] De acordo com ainda outro aspecto da invenção, cada uma das bordas cortantes pode ter uma extremidade apical aguda e um desenvolvimento longitudinal curvo ao longo de uma porção de arco circunferencial.
[029] Graças a esta configuração, a remoção das partículas de osso pela lâmina é otimizada.
[030] De acordo com um aspecto da invenção, a abertura de acesso pode apresentar uma seção elasticamente variável em resposta a uma tensão externa atuando na lâmina.
[031] Graças a isto, a câmara de coleta fica em comunicação com o exterior apenas durante a operação de coleta do material ósseo, enquanto permanece fechada nas demais etapas, com o material biológico coletado na câmara de coleta sendo mantido, portanto, em condições estéreis.
[032] A câmara de coleta e / ou o cabo podem ser vantajosamente feitos inteiramente com um material plástico biologicamente inerte, de modo a não contaminar o material biológico.
[033] Além disso, a câmara de coleta pode compreender um corpo em forma de cuba fechado na parte superior por pelo menos uma superfície de acoplamento do cabo, tal câmara de coleta estando associada ao cabo com a possibilidade de oscilar em torno de um eixo de oscilação perpendicular à superfície de acoplamento, alternadamente entre uma posição fechada da câmara de coleta, na qual o corpo em forma de cuba fica alinhado com a superfície de acoplamento em relação a uma direção de alinhamento paralela ao eixo de oscilação, e uma posição aberta da câmara de coleta, na qual o corpo em forma de cuba fica separado em relação à superfície de acoplamento.
[034] Graças a esta solução, é possível fazer um instrumento cirúrgico que é capaz de permanecer em uma posição firmemente estável, sem virar ou tombar, quando o reservatório de coleta é colocado em sua posição aberta, ou que fica separado em relação ao cabo para tornar acessível o material biológico contido na câmara de coleta.
BREVE DESCRIÇÃO DOS DESENHOS
[035] Outras características e vantagens da invenção tornar-se-ão evidentes a partir da seguinte descrição, provida a título de exemplo não limitativo, com o auxílio das figuras mostradas nos desenhos anexos. - A figura 1 é uma vista em perspectiva superior do instrumento cirúrgico da invenção, com a câmara de coleta em uma configuração fechada; - A figura 1A é a mesma vista do instrumento cirúrgico da figura 1, porém com a câmara de coleta em uma configuração aberta; - A figura 2 é uma vista em perspectiva inferior do instrumento cirúrgico, com a câmara de coleta em uma configuração fechada; - A figura 2A é a mesma vista do instrumento cirúrgico da figura 2, porém com a câmara de coleta em uma configuração aberta; - A figura 3 é uma vista lateral do instrumento cirúrgico, com a câmara de coleta em uma configuração fechada; - A figura 4 é uma vista de topo do instrumento cirúrgico, com a câmara de coleta em uma configuração fechada; - A figura 5 é uma vista lateral em corte do instrumento cirúrgico de acordo com o plano axial longitudinal V-V indicado na figura 4; - A figura 6 é um detalhe ampliado da figura 5, ilustrando a lâmina do instrumento cirúrgico durante uma operação de raspagem de um osso; - A figura 7 é uma vista frontal do instrumento cirúrgico; - A figura 8 é uma vista frontal de uma forma de incorporação alternativa do instrumento cirúrgico.
MELHOR MODO DE REALIZAÇÃO DA INVENÇÃO
[036] Com referência particular às figuras mencionadas, o número de referência 10 indica geralmente um instrumento cirúrgico para raspar e coletar, por exemplo, manualmente, partículas de osso, ou aparas de osso, ou flocos / lascas de osso.
[037] O instrumento cirúrgico 10 compreende um cabo 20 que pode ser manuseado por um operador.
[038] O cabo 20 apresenta um corpo alongado provido com um eixo longitudinal A substancialmente retilíneo, com uma extremidade proximal do cabo 20 definindo um manípulo 21, adaptado para ser segurado pela mão do operador, e uma extremidade distal livre oposta.
[039] Por exemplo, o cabo 20 é feito (como um corpo monolítico) de um material plástico, por exemplo, obtido através de moldagem por injeção desse material plástico.
[040] O cabo 20 apresenta globalmente uma predeterminada resiliência elástica que permite que o cabo 20 se dobre de maneira flexível, quando tensionado por uma força transversal (radialmente dirigida, ou tendo pelo menos uma componente radialmente dirigida, em relação ao eixo longitudinal A), e retorne para a posição não deformada quando tal tensão transversal é interrompida.
[041] Na forma de incorporação ilustrada, o cabo 20 compreende um setor proximal (ou traseiro) alargado, que define o referido manípulo 21, e um setor distal que compreende a própria extremidade distal, o qual apresenta uma seção transversal reduzida em relação ao setor proximal.
[042] Em particular, o setor distal é definido por um corpo alongado em forma de placa tendo uma primeira extremidade longitudinal que é derivada do setor proximal, e uma segunda extremidade longitudinal livre, por exemplo dobrada e afunilada (como uma ponta).
[043] O corpo em forma de placa compreende uma face externa superior (conformada conforme desejado) que é convexa (ou que define um extradorso), e uma face interna inferior (possuindo uma superfície plana próxima da primeira extremidade longitudinal) que apresenta uma região côncava (ou que define um intradorso) próxima à segunda extremidade longitudinal.
[044] Os termos "inferior" e "superior" são utilizados na presente descrição com referência à posição do instrumento cirúrgico 10 na configuração de uso, onde "inferior" significa voltado para o osso a ser raspado, e "superior" significa voltado para o lado oposto ao osso a ser raspado.
[045] O cabo 20, próximo de sua extremidade distal livre, suporta uma lâmina 30 configurada para raspar partículas de osso, por exemplo, na forma de aparas ou flocos / lascas de osso.
[046] A lâmina 30 apresenta uma rigidez (alta, isto é, maior do que a rigidez do osso) configurada de modo a não entrar em ressonância durante a operação de raspagem a que é submetida.
[047] A lâmina 30 é geralmente feita de metal, de preferência aço inoxidável.
[048] Por exemplo, a lâmina 30 é preferencialmente fixada de uma maneira não removível à extremidade distal livre do cabo 20, por exemplo, diretamente nela ou próximo dela.
[049] Em particular, a lâmina 30 fica direcionada para a parte de baixo do cabo 20, por exemplo, projetando-se abaixo dele (durante o uso) por pelo menos uma certa extensão radial.
[050] A lâmina 30 (ver figura 6A) compreende uma face de raspagem 31 voltada para a extremidade proximal do cabo 20, ou voltada em direção ao seu manípulo 21.
[051] No exemplo ilustrado, a face de raspagem 31 é substancialmente plana, de preferência ortogonal ao eixo longitudinal A do cabo 20, em particular do seu setor proximal.
[052] A face de raspagem 31 é uma superfície livre da lâmina 30, ou que se projeta a partir do cabo 20, ou, em qualquer caso, que não está em contato com ele ou com outros elementos do instrumento cirúrgico 10.
[053] A lâmina 30 compreende uma borda de raspagem periférica 32 que, por exemplo, delimita (inferiormente) a face de raspagem 31.
[054] A borda de raspagem 32 representa a porção da lâmina 30 tendo a menor espessura (principalmente na direção paralela ao eixo longitudinal A).
[055] A borda de raspagem 32 é uma borda livre (durante o uso) da lâmina 30, ou que se projeta a partir do cabo 20, ou, em qualquer caso, que não está em contato com ele ou com outros elementos do instrumento cirúrgico 10, preferivelmente voltada para baixo em relação ao cabo 20.
[056] A borda de raspagem 32 apresenta globalmente, de preferência, uma extensão longitudinal circunferencial.
[057] No exemplo ilustrado, o desenvolvimento longitudinal circunferencial é substancialmente coaxial com o eixo longitudinal A (que é ortogonal à face de raspagem 31).
[058] A lâmina 30 compreende, no exemplo ilustrado, um cabeçote discóide 33 (por exemplo, monolítico), provido com uma face interna, direcionado para a extremidade proximal do cabo 20, ou para o seu manípulo 21, com uma sua porção inferior definindo a citada face de raspagem 31 e estando delimitado (inferiormente) pela referida borda de raspagem 32, e uma face externa oposta que está voltada para a extremidade distal do cabo 20 ou que representa a extremidade distal do próprio instrumento cirúrgico 10.
[059] A lâmina 30 compreende ainda uma trava de fixação 34, por exemplo, cilíndrica ou prismática, que deriva (em um único corpo) do cabeçote discóide 33, por exemplo, a partir da face interna do mesmo, apresentando um eixo ortogonal à face de raspagem 31, por exemplo, paralelo e coaxial ao eixo longitudinal A.
[060] A trava de fixação 34 está configurada para ser fixada com firmeza e rigidez dentro de um assento (cilíndrico) formado na extremidade distal livre do cabo 20, por exemplo, permanecendo ali firmemente fixada sem nenhuma possibilidade de movimento.
[061] Em uma forma de incorporação alternativa, a lâmina 30 pode ser feita substancialmente conforme descrito na patente U.S. 6110177, isto é, tendo uma face de raspagem arqueada, ou seja, definida por uma superfície substancialmente semicilíndrica tendo um eixo ortogonal ao eixo longitudinal A, e uma borda de raspagem inferior arqueada 32, ou tendo uma extensão longitudinal circunferencial substancialmente ortogonal ao eixo longitudinal A.
[062] Em qualquer caso, de acordo com a presente invenção (ver figuras 7 e 8), a borda de raspagem (afiada) 32, ou a lâmina 30, compreende uma pluralidade de bordas cortantes 320, por exemplo, duas ou mais bordas cortantes 320, separadas entre si ou espaçadas por uma distância não nula, em um inter-espaço vazio (ou que não serve para raspar / não afiado).
[063] Na prática, a borda de raspagem 32 é subdividida em uma pluralidade de setores (circulares), cada um deles definindo uma respectiva borda cortante 320.
[064] Cada borda cortante 320 é constituída / definida por, ou compreende, uma extremidade apical (ou vértice, voltado para baixo) da borda moldada 32, apresentando um desenvolvimento curvo longitudinal ao longo de uma porção (circular) do arco circunferencial (definido pela extensão longitudinal circunferencial da borda de raspagem 32).
[065] De preferência, a lâmina 30 compreende pelo menos um recesso 321 (isto é, um espaçamento axial passante formado na lâmina 30, em particular no seu cabeçote discóide 33, que intercepta e interrompe a borda de raspagem 32), que fica interposto entre duas bordas cortantes 320 (adjacentes), que portanto as separa.
[066] O recesso 321 é definido por uma abertura dividida na parte inferior, por exemplo, em formato longitudinal, tendo um eixo longitudinal radial ou, em qualquer caso, que é paralelo à face de raspagem 31.
[067] O comprimento do recesso 321 é (muito) menor do que o diâmetro da lâmina 30, e em particular ele se estende ao longo de uma porção limitada da face de raspagem 31 (isto é, ao longo de uma sua porção de extremidade limitada menor do que toda a sua área).
[068] Por exemplo, o comprimento do recesso 321 está compreendido entre 0,1 mm e 1 mm, sendo de preferência igual a 0,3 mm.
[069] A largura (circunferencial) do recesso 321, que corresponde à distância (não nula) que distancia as bordas cortantes 320 da lâmina 30, está compreendida entre 0,01 mm e 1 mm, de preferência compreendida entre 0,01 mm e 0,2 mm, sendo, por exemplo, vantajosamente igual a 0,05 mm.
[070] Graças a tal distância contida entre as bordas cortantes 320, é possível maximizar a quantidade de partículas de osso removidas em cada movimento, obtendo-se, ao mesmo tempo, uma reduzida gibosidade do osso raspado, aumentando a eficácia do instrumento cirúrgico 10.
[071] Cada um dos recessos 321 é obtido cortando-se, por exemplo, através de usinagem por descarga elétrica ou corte a laser, a lâmina 30 (isto é, uma lâmina monolítica, na qual, por exemplo, a borda cortante da lâmina foi antecipadamente afiada).
[072] Cada uma das bordas cortantes 320 fica intertravada com a (única) face de raspagem 31, por exemplo, sendo unida à mesma por uma porção da face de raspagem 31 cortada a partir do recesso 321.
[073] As bordas cortantes 320, sendo preferencialmente parte da mesma borda de raspagem 32, se encontram todas no mesmo plano, definido pelo plano da face de raspagem 31, e ficam em uma mesma linha (curva) ou um arco circunferencial (definido pela extensão longitudinal circunferencial da borda de raspagem 32), e assim elas ficam todas alinhadas (em uma direção circunferencial).
[074] Não está excluída a possibilidade da lâmina 30 ser obtida pela junção de várias lâminas, cada uma tendo sua própria borda de raspagem 32, com cada uma sendo provida com uma ou mais bordas cortantes 320.
[075] Por exemplo, é possível obter uma lâmina 30 tendo um cabeçote discóide 33 obtido a partir de uma pluralidade de (dois, três ou mais) setores 300 (conforme indicado esquematicamente por três linhas tracejadas nas figuras 7 e 8), cada um deles possuindo uma (única) respectiva borda cortante 320, em particular com cada setor estando dividido do setor adjacente por (e em) um dos recessos 321 acima mencionados.
[076] Nesse caso (como no caso em que o cabeçote discóide 33 é monolítico), é possível prover a lâmina 30 tendo a trava de fixação 34, por sua vez, feita em um corpo separado do cabeçote discóide 33 e rigidamente fixada nele (por exemplo, através de qualquer técnica de fixação permanente, semipermanente ou removível). Em uma primeira (e preferida) forma de incorporação mostrada na figura 7, a pluralidade de bordas cortantes 320 da lâmina 30 compreende ou consiste em três bordas cortantes 320, das quais uma borda cortante central ou principal fica interposta (em uma direção circunferencial) entre duas bordas periféricas (idênticas).
[077] A borda cortante central é, por exemplo, a secante de um plano de simetria da lâmina 30 que passa através do eixo longitudinal A, com as duas bordas cortantes periféricas sendo simétricas em relação a esse plano de simetria.
[078] Em uma segunda (e alternativa) forma de incorporação, mostrada na figura 8, a pluralidade de bordas cortantes 320 da lâmina 30 compreende ou consiste em duas bordas cortantes 320 (idênticas), por exemplo, simétricas em relação ao plano de simetria acima mencionado.
[079] O instrumento cirúrgico 10 compreende uma câmara de coleta 40, configurada para receber as partículas ósseas raspadas pela lâmina 30.
[080] A câmara de coleta 40 é delimitada (abaixo e lateralmente) por uma parede 41, tendo o formato de um corpo semelhante a uma cuba alongada e provida com um eixo longitudinal B substancialmente retilíneo.
[081] A parede 41 é, pelo menos parcialmente, opticamente transparente.
[082] A câmara de coleta 40 é feita (como um corpo monolítico) de um material plástico, sendo obtida, por exemplo, através de moldagem por injeção desse material plástico.
[083] Vantajosamente, a câmara de coleta 40 possui uma extremidade longitudinal proximal, que está mais próxima da extremidade proximal do cabo 20, e uma extremidade longitudinal distal, que está mais próxima da extremidade distal do cabo 20.
[084] A parede 41, por exemplo, copia o formato alongado do setor proximal do cabo 20.
[085] Na prática, a câmara de coleta 40 está adaptada para ser fechada (superiormente).
[086] Em particular, no exemplo ilustrado, a câmara de coleta 40 é fechada (superiormente) pelo cabo 20, em particular pelo seu setor distal, podendo preferivelmente ser aberta, de modo a permitir a descarga das partículas de osso coletadas na câmara de coleta 40.
[087] A borda periférica inferior do cabo 20, ou seu setor distal, pode entrar em contato, encostando-se, com a borda superior da parede 41.
[088] Por exemplo, a câmara de coleta 40 está associada ao cabo 20 com a possibilidade de oscilar em torno de um eixo de oscilação C, perpendicular ao eixo longitudinal A do cabo 20 e ao eixo longitudinal B da câmara de coleta 40, com o eixo de oscilação C estando disposto próximo da extremidade longitudinal proximal da câmara de coleta 40 (sendo intermediário entre a extremidade proximal do cabo 20 e a extremidade distal livre do mesmo).
[089] Em particular, o eixo de oscilação C é ortogonal à face interna (plana) do cabo 20 (isto é, a porção proximal do mesmo).
[090] Portanto, a câmara de coleta 40 fica associada rotativamente, por meio de um pino de articulação 42 coaxial ao eixo de oscilação C, de modo a ser capaz de oscilar alternadamente entre uma posição fechada da câmara de coleta 40, na qual o corpo em forma de cuba definido pela parede 41 fica alinhado no plano (abaixo dele) com o cabo 20, ou com a porção distal do mesmo, e uma posição aberta da câmara de coleta 40, na qual o corpo em forma de cuba definido pela parede 41 fica desalinhado (no plano), isto é, ele fica separado do cabo 20, ou da porção distal do mesmo.
[091] Em outras palavras, na posição fechada os eixos longitudinais A e B, respectivamente do cabo 20 e da câmara de coleta 40, ficam sobrepostos (no plano), e na posição aberta os eixos longitudinais A e B, respectivamente do cabo 20 e da câmara de coleta 40, ficam separados, isto é, eles formam um ângulo diferente de zero (e não um plano).
[092] Na prática, a extremidade longitudinal distal da câmara de coleta 40, quando a câmara de coleta 40 está na posição aberta, fica angularmente espaçada da extremidade distal livre do cabo 20, e quando, em vez disso, a câmara de coleta 40 está na posição fechada, a extremidade longitudinal distal da câmara de coleta 40 fica localizada abaixo da extremidade distal livre do cabo 20 (a uma distância mínima dela, ou em contato com ela).
[093] Na prática, quando a câmara de coleta 40 está na posição aberta, o instrumento cirúrgico 10 está configurado de modo a poder ficar estavelmente apoiado (em um plano horizontal) sobre pelo menos três pontos de suporte desalinhados e coplanares, com a câmara de coleta 40 voltada para cima, em que um primeiro ponto de apoio pertence ao corpo em forma de cuba, definido pela parede 41, distante do cabo, um segundo ponto de apoio pertence ao cabo 20, por exemplo, ao manípulo 21, e um terceiro ponto de apoio pertence a um local entre o cabo 20 e a lâmina 20, por exemplo, à porção do cabo 20 próxima da lâmina 20.
[094] O instrumento cirúrgico 10 compreende um conjunto de travamento 50, configurado para travar temporariamente, ou de uma maneira resolvível conforme desejado, a câmara de coleta 40 na sua posição fechada.
[095] O conjunto de travamento 50 compreende, por exemplo, um elemento de parafuso de pressão provido com um botão operado manualmente, ou provido com outro meio de interferência conhecido.
[096] A câmara de coleta 40 compreende ainda uma abertura de acesso 45 (ver figura 6A), configurada para permitir a entrada das partículas de osso raspadas pela lâmina 30 no volume encerrado pela câmara de coleta 40 (e pelo cabo 20, quando a câmara de coleta 40 está na posição fechada).
[097] A abertura de acesso 45 está localizada próximo da lâmina 30, no exemplo, na extremidade distal da câmara de coleta 40.
[098] De preferência, a abertura de acesso 45 é delimitada inferiormente e lateralmente pela parede 41 da câmara de coleta 40, e acima pelo cabo 20.
[099] A câmara de coleta 40 compreende uma única abertura de acesso 45 disposta na vizinhança de todas as bordas cortantes 320 da lâmina 30, de modo a transportar as partículas de osso que são raspadas individualmente para a (mesma) câmara de coleta 40.
[0100] As bordas cortantes 320 da lâmina 30 estão localizadas atrás da abertura de acesso 45 da câmara de coleta 40, ao longo de uma direção de raspagem S (ver figura
6A) ortogonal ao plano em que as bordas cortantes 320 estão, ou ao plano definido pela face de raspagem 31 em uma direção de raspagem (indicada na seta na figura 6A) direcionada para o cabo 20, que está direcionada para o seu manípulo 21.
[0101] Na prática, na direção de raspagem, a câmara de coleta 40 precede a lâmina 30, isto é, a face de raspagem 31 e as bordas cortantes 320 da borda de raspagem 32, de modo que as partículas de osso, na forma de aparas ou flocos / lascas, que gradualmente se destacando da porção cortical do osso, são transportadas para a câmara de coleta 40 (adequadamente de cabeça para baixo e misturadas).
[0102] Se a lâmina 30 for feita substancialmente conforme descrito na patente U.S. 6110177, a abertura de acesso ficará disposta próximo das bordas cortantes da lâmina, e as bordas cortantes ficarão colocadas atrás da abertura de acesso da câmara de coleta, ao longo de uma direção de raspagem paralela ao plano em que as próprias bordas cortantes estão, e tangencial a pelo menos um ponto (mais para trás) do arco circunferencial, em uma direção de raspagem direcionada para o cabo ou para o manípulo do mesmo.
[0103] A abertura de acesso 45, em uma forma de incorporação preferencial mostrada nas figuras, apresenta uma seção elasticamente variável (aberta) em resposta a uma tensão atuando a partir do exterior na lâmina 30 e / ou no cabo 20.
[0104] Em particular, a abertura de acesso 45 está configurada para alternar entre uma configuração aberta, em que sua seção aberta (ou espaçamento de passagem) é máxima, e uma configuração fechada, em que sua seção aberta (ou espaçamento de passagem) é máxima, por exemplo, estando completamente fechada.
[0105] Por exemplo, pelo menos uma porção do instrumento cirúrgico 10 é elasticamente deformável de modo a variar a seção (aberta) da abertura de acesso 45 (entre a configuração aberta e a configuração fechada), na operação de raspagem feita pelas bordas cortantes 320 da borda de raspagem 32 da lâmina 30.
[0106] Em particular, pelo menos uma porção do cabo 20, de preferência o seu setor distal, é elasticamente deformável, de modo a separar o setor distal do cabo 20 da parede 41 que define a câmara de coleta 40, quando o instrumento cirúrgico 10 é pressionado com a lâmina 30 contra o osso e vice-versa, aproximando-se quando o instrumento cirúrgico 10 não estiver sujeito a esforços mecânicos.
[0107] À luz do que foi exposto, a operação do instrumento cirúrgico 10 é a seguinte.
[0108] Durante o uso, o instrumento cirúrgico 10 é manuseado segurando-o com a mão por meio do cabo 20, em particular por meio do seu manípulo 21; o setor distal, que compreende a extremidade distal livre do cabo 20, e a lâmina 30 do instrumento cirúrgico 10, permanecem sem ser segurados pela mão.
[0109] Quando a borda de raspagem 32 compreendendo as bordas cortantes 320 da lâmina 30 é pressionada para baixo contra a superfície do osso (conforme ilustrado na figura 6A), ela afunda, por um estiramento radial limitado, na camada cortical do próprio osso.
[0110] Por exemplo, devido à reação de restrição oferecida pelo osso, a abertura de acesso 45 é colocada na sua configuração aberta, permitindo o acesso das partículas de osso na câmara de coleta 40.
[0111] Nesta fase, puxando-se o instrumento para trás na direção de raspagem, ao longo da direção de raspagem S, com a lâmina 30 pressionada contra o osso, é realizada uma operação de raspagem.
[0112] Em cada operação de raspagem, as partículas de osso raspadas por cada uma das bordas cortantes 320, das quais a borda de raspagem 32 da (única) lâmina 30 consiste (ilustrada esquematicamente na fig. 6A como aparas), são empurradas pela face de raspagem 31 (ou seja, por cada porção de face de raspagem 31 cortada do recesso 321) da lâmina 30 para a câmara de coleta 40, através da abertura de acesso 45, que nesta fase está precisamente na configuração aberta.
[0113] Em cada operação de raspagem, pelo menos uma partícula de osso (ou seja, uma apara ou lasca), para cada borda cortante 320 da qual a borda de raspagem 32 é composta, separada (longitudinalmente) das partículas de osso raspadas por uma das outras bordas 320 da borda de raspagem 32, é separada do osso e transportada para a câmara de coleta 40.
[0114] Além disso, os recessos 321 que subdividem as várias bordas cortantes 320 (isto é, as suas bordas internas) permitem guiar cada operação de raspagem ao longo de uma direção de raspagem retilínea S (ortogonal à face de raspagem 31 da lâmina).
[0115] Na prática, entre a parte não raspada do osso e os recessos 321, uma espécie de conexão prismática é estabelecida durante a operação de raspagem, mantendo o instrumento cirúrgico sob controle, permitindo um deslizamento ideal sobre o osso e uma conformação mais regular, longa e definida das partículas ósseas raspadas e coletadas na câmara de coleta 40.
[0116] Quando cessa a ação da mão no instrumento cirúrgico 10 que empurra a lâmina 30 contra o osso, as tensões mecânicas no cabo 20 cessam e este último é aliviado e retorna à sua configuração natural, fechando assim a abertura de acesso 45 e isolando a câmara de coleta 40 do ambiente externo. O fechamento da abertura de acesso 45 pode ser forçado por uma predeterminada força de pré-carga criada durante a montagem dos componentes do instrumento cirúrgico 10.
[0117] Quando for necessário descarregar as partículas de osso coletadas na câmara de recolha 40, é suficiente colocar a câmara de coleta 40 na sua posição aberta.
[0118] Com a câmara de coleta 40 na referida posição aberta (ver figuras 1A e 2A), o instrumento cirúrgico 10 assume um formato geral de "T", o que torna sua posição apoiada sobre uma superfície plana, por exemplo, horizontal, muito estável, sem virar ou tombar, em particular com a posição da parede 41, que define o corpo semelhante a uma cuba da câmara de coleta 40, onde o material biológico definido pelas partículas de osso raspado é coletado, sendo particularmente estável, ficando voltada para cima e acessível ao operador, o qual pode deixar o instrumento cirúrgico 10 apoiado sobre uma superfície plana sem ser forçado a segurá-lo com uma das mãos para evitar que gire e perca as partículas ósseas coletadas.
[0119] A invenção assim concebida é suscetível a numerosas modificações e variações, com todas elas estando dentro do escopo do conceito inventivo.
[0120] Além disso, todos os detalhes podem ser substituídos por outros elementos tecnicamente equivalentes.
[0121] Na prática, os materiais usados, bem como os formatos e tamanhos, podem ser quaisquer de acordo com os requisitos, sem fugir do escopo de proteção das reivindicações a seguir.

Claims (10)

Reivindicações
1. INSTRUMENTO CIRÚRGICO (10) PARA RASPAGEM E COLETA DE PARTÍCULAS ÓSSEAS, compreendendo: - um cabo (20) para ser segurado; - uma lâmina (30) suportada pelo cabo (20); e - uma câmara de coleta (40) para as partículas raspadas pela lâmina (30); caracterizado por a lâmina (30) compreender uma pluralidade de bordas cortantes (320) separadas umas das outras; e em que as bordas cortantes (320) da lâmina (30) estão distanciadas umas das outras por uma distância compreendida entre 0,01 mm e 1 mm.
2. INSTRUMENTO CIRÚRGICO (10), de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por a lâmina (30) compreender pelo menos um recesso (321) interposto entre duas bordas cortantes (320), de modo a separá-las.
3. INSTRUMENTO CIRÚRGICO (10), de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por a lâmina (30) compreender pelo menos três bordas cortantes (320), das quais uma borda cortante central fica interposta entre duas bordas cortantes periféricas.
4. INSTRUMENTO CIRÚRGICO (10), de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por as bordas cortantes (320) estarem no mesmo plano e ficarem alinhadas ao longo de um arco circunferencial.
5. INSTRUMENTO CIRÚRGICO (10), de acordo com a reivindicação 4, caracterizado por a câmara de coleta (40) compreender uma abertura de acesso (45) disposta próximo das bordas cortantes (320) da lâmina (30), com as bordas cortantes estando (320) colocadas na parte de trás da abertura de acesso (45) da câmara de coleta (40), ao longo de uma direção de raspagem (S) ortogonal ao plano no qual as bordas cortantes (320) estão, em uma direção de raspagem direcionada para o cabo (20).
6. INSTRUMENTO CIRÚRGICO (10), de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por cada uma das bordas cortantes (320) apresentar uma extremidade apical afiada, tendo um desenvolvimento curvo longitudinal ao longo de uma porção de arco circunferencial.
7. INSTRUMENTO CIRÚRGICO (10), de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por a abertura de acesso (45) apresentar uma seção elasticamente variável em resposta a uma tensão atuando no exterior da lâmina (30).
8. INSTRUMENTO CIRÚRGICO (10), de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por a câmara de coleta (40) compreender um corpo em forma de cuba, fechado no topo por pelo menos uma superfície de acoplamento do cabo (20), com a câmara de coleta (40) estando associada ao cabo (20) com a possibilidade de oscilar em torno de um eixo de oscilação (C) perpendicular à superfície de acoplamento, alternadamente entre uma posição fechada da câmara de coleta (40), na qual o corpo em forma de cuba fica alinhado com a superfície de acoplamento em relação a uma direção de alinhamento paralela ao eixo de oscilação (C), e uma posição aberta da câmara de coleta (40), na qual o corpo em forma de cuba fica separado da superfície de acoplamento.
9. INSTRUMENTO CIRÚRGICO (10), de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por a distância estar compreendida entre 0,01 mm e 0,2 mm.
10. INSTRUMENTO CIRÚRGICO (10), de acordo com a reivindicação 9, caracterizado por a distância ser igual a 0,05 mm.
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