BR112020019467A2 - Uso de ácido guanidinoacético e/ou creatina em aquicultura - Google Patents

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Abstract

surpreendentemente, constatou-se de acordo com a invenção que, adicionando-se ácido guanidinoacético, creatina e/ou seus sais ao alimento de animais aquáticos em aquicultura, o crescimento dos animais aquáticos, a taxa de conversão de alimento e a qualidade da carne podem ser aprimorados.

Description

“USO DE ÁCIDO GUANIDINOACÉTICO E/OU CREATINA EM AQUICULTURA”
[0001] A presente invenção se refere ao uso de um alimento que compreende um composto selecionado dentre ácido guanidinoacético e/ou creatina e/ou seus sais em aquicultura, em particular, para aprimorar o crescimento de animais aquáticos e/ou para aprimorar a qualidade da carne de animais aquáticos.
[0002] A aquicultura é uma forma de agricultura que envolve a propagação e cultivo de animais aquáticos em um ambiente controlado e uso subsequente da carne conforme obtido como comida para seres humanos. Tipicamente, a ração para criar os animais aquáticos compreende farinha de peixe como um ingrediente essencial. A farinha de peixe é normalmente derivada de espécies pescadas selvagens de peixe pelágico pequeno como anchova, verdinho, capelin, jack, cavala, savelha ou sardinha. Devido a seu processamento, a farinha de peixe é normalmente um produto peletizado ou em flocos.
[0003] Devido ao aumento da aquicultura no curso dos últimos anos e à estagnação paralela ou até mesmo a diminuição gradual no fornecimento de farinha de peixe, há uma necessidade de encontrar ingredientes substitutos que são úteis para aprimorar o crescimento dos animais aquáticos mantidos em aquicultura e/ou para aprimorar a qualidade da carne de tais animais aquáticos e que idealmente podem ser usados como uma substituição coigual para a farinha de peixe.
[0004] Surpreendentemente, constatou-se, de acordo com a invenção, que o ácido guanidinoacético tem um efeito positivo no crescimento de animais aquáticos em aquicultura, em particular, no crescimento de tilápia. De fato, o ácido guanidinoacético resulta em um ganho de peso significativamente aumentado de animais aquáticos, em particular, tilápia.
[0005] Ademais, constatou-se que fornecer ácido guanidinoacético aos animais aquáticos também resulta em características mais aprimoradas, em particular, em um aumento da taxa de sobrevivência, do consumo de alimento, da taxa de conversão de alimento, da retenção de nutriente, da elasticidade da carne e da dureza da carne dos animais aquáticos, em particular, tilápia.
[0006] Ademais, constatou-se que o ácido guanidinoacético se qualifica como um substituto adequado para farinha de peixe na dieta de animais aquáticos em aquicultura, em particular, em combinação com farinhas vegetais e/ou em combinação com rações de animais terrestres.
[0007] Ácido guanidinoacético é uma substância encorpada que ocorre em animais e também em seres humanos e que desempenha um papel central em biossíntese de creatina. Creatina pode tanto ser ingerida com o alimento quanto ser formada endogenamente. A biossíntese começa a partir de glicina e L-arginina. Em mamíferos, o grupo guanidina de L- arginina é clivado pela enzima amidinotransferase principalmente nos rins, mas também no fígado e no pâncreas, e um grupo N-C-N é transferido para a glicina. Nesse processo, L-arginina é convertida em L-ornitina. Na próxima etapa, o ácido guanidinoacético então formado é convertido em creatina com o auxílio da enzima transmetilase, um processo que, em vertebrados, ocorre exclusivamente no fígado. Nesse processo, S- adenosilmetionina age como doador de grupo metila. A creatina difunde subsequentemente na circulação, em que é transportada para os órgãos alvo. O transporte através da membrana celular é efetuado por um transportador de creatina específico.
[0008] O ácido guanidinoacético é adicionalmente conhecido por ter atividade antibacteriana e foi aplicado com sucesso em experimentos com animal contra infecções bacterianas (Staphylococcus aureus) (Preparation for protecting mammals against infection (Stanley Drug Products Inc., EUA). Neth. Appl (1976), 7 pp. NL 7411216).
[0009] A creatina desempenha um papel importante no metabolismo energético da célula, em que, além de adenosina trifosfato (ATP), a mesma forma uma reserva de energia essenciais do músculo na forma de fosfocreatina rica em energia. Quando o músculo está em repouso, o ATP pode transferir um grupo fosfato para a creatina, dando lugar à fosfocreatina, que está, então, em equilíbrio direto com ATP. Quando o músculo funcionar, é de extrema importância reabastecer as reservas de ATP tão rapidamente quanto possível. A fosfocreatina se torna disponível para essa finalidade durante os primeiros segundos de máximo trabalho muscular. Essa fosfocreatina é capaz de transferir, através da enzima creatina quinase, um grupo fosfato para adenosina difosfato em uma reação muito rápida e, portanto, regenerando ATP. Isso também é chamado de reação de Lohmann.
[0010] A creatina é, há tempos, conhecida como suplemento alimentar adequado e ração animal para animais terrestres. Mediante o trabalho muscular prolongado e árduo, as reservas de creatina que estão naturalmente presentes no corpo são rapidamente esgotadas. Essa é a razão pela qual as administrações alvejadas de creatina têm efeitos positivos em estamina e desempenho, em particular, em esportistas masculinos e femininos competitivos, e os processos de acumulação indesejados no corpo ou produtos de degradação desvantajosos são desconhecidos nesse contexto. A razão para tal é que a creatina, quando fornecida em quantidades indevidamente altas, é excretada pelo corpo na forma de creatinina.
[0011] Além da própria creatina, em outras palavras, mono-hidrato de creatina, um grande número de outros sais de creatina, como ascorbato de creatina, citrato de creatina, piruvato de creatina e outros, também comprovaram, no meio tempo, ser suplementos alimentares adequados. A patente europeia EP 894 083 e a German Offenlegungsschrift DE 197 07 694 A1 podem ser mencionadas nesse ponto como representativas da técnica anterior.
[0012] A creatina e o ácido guanidinoacético não só comprovaram ter efeitos positivos em seres humanos, como também em animais terrestres, que é o porquê seu uso em rações animais já ter sido igualmente descrito. Então, é conhecido, a partir dos pedidos de patente internacional WO 00/67 590 e WO 05/120246, o uso de creatina e/ou ácido guanidinoacético e seus sais como aditivo de ração para cruzar animais terrestres e animais de engorda, para aumentar a fertilidade e o desempenho reprodutivo, como uma substituição para a farinha de carne, farinha de peixe e/ou promotores de crescimento antimicrobianos, hormônios do crescimento e esteroides anabólicos.
[0013] O documento GB 2 300 103 ensina o uso de creatina na forma de um biscoito para cachorro, para cujo propósito o mono-hidrato de creatina juntamente com carne é alimentado como uma substância extrudada. Devido a sua solubilidade ruim, a biodisponibilidade do mono-hidrato de creatina é apenas limitada, e recomenda-se que seja usado juntamente com outros compostos fisiologicamente ativos, de preferência, em forma de sal. O documento German Offenlegungsschrift DE 198 36 450 A1 se refere ao uso de sais de ácido pirúvico adequados, em particular, piruvato de creatina, em formulações que são adequadas para a nutrição animal.
[0014] O documento DE 100 03 835 A1 se refere a formulações para uso em estados de desidratação conforme são geralmente observados em pessoas mais velhas, em particular, aquelas com mobilidade limitada. Nesse caso, a creatina age como meio de transporte para água de modo a fornecer umidade àqueles tecidos que são os mais afetados pelos sintomas de desidratação.
[0015] As publicações que se referem ao uso de creatina ou ácido guanidinoacético (GAA) para alimentar animais aquáticos são raras, devido às diferenças no metabolismo de animais aquáticos em comparação com os animais terrestres, para os quais os efeitos positivos de GAA foram claramente comprovados, ainda é controverso se esses compostos são benéficos nas dietas de animais aquáticos, também.
[0016] Há apenas uma publicação anterior, que revela, em geral, o uso de GAA para alimentar salmonoides e natania em dietas predominantemente vegetarianas, isto é, em dietas que são essencialmente livres de ingredientes que derivam de animais (documento EP1758463).
[0017] Qin et al. (Journal of the Chinese Cereals and Oils Association (2015), 30 (3), 85-90) revelam um método de criar carpa, em que a carpa é alimentada com uma dieta que compreende GAA em concentrações de 0,025 a 0,1 % em peso e em que a dieta compreende 10 % em peso de farinha de peixe. Qin et al. observaram que a suplementação com GAA não afeta o peso final, taxa de crescimento específica, taxa de ganho de peso, consumo de alimento diário médio ou taxa de sobrevivência do peixe.
[0018] Nenhum estado da técnica foi encontrado revelando efeitos positivos de GAA na alimentação de tilápia ou outras trutas-de-lago. Ademais, nenhum estado da técnica foi encontrado revelando efeitos positivos de GAA na taxa de sobrevivência e/ou no ganho de peso e/ou no consumo de alimento e/ou na retenção de nutriente e/ou na qualidade da carne, em particular, na elasticidade da carne e/ou na dureza da carne, dos animais aquáticos. Ademais, nenhum estado da técnica foi encontrado revelando o uso de GAA em combinação com farinha de animais terrestres, em geral.
[0019] Uma primeira matéria da presente invenção é, portanto, o uso de uma ração que compreende um composto selecionado dentre ácido guanidinoacético, creatina e sais dessas moléculas e misturas dos mesmos para alimentar animais aquáticos em aquicultura, em particular, para aumentar a taxa de sobrevivência e/ou o ganho de peso e/ou o consumo de alimento e/ou a taxa de conversão de alimento e/ou a retenção de nutriente e/ou a qualidade da carne, em particular, a elasticidade da carne e/ou a dureza da carne, dos animais aquáticos.
[0020] A matéria preferencial nesse contexto é o uso de ácido guanidinoacético e/ou seus sais para alimentar animais aquáticos em aquicultura, em particular, para aumentar a taxa de sobrevivência e/ou o ganho de peso e/ou o consumo de alimento e/ou a taxa de conversão de alimento e/ou a retenção de nutriente e/ou a qualidade da carne, em particular, a elasticidade da carne e/ou a dureza da carne, dos animais aquáticos.
[0021] Uma matéria adicional da presente invenção é, portanto, igualmente um método para alimentar animais aquáticos em aquicultura, em particular, para aumentar a taxa de sobrevivência e/ou o ganho de peso e/ou o consumo de alimento e/ou a taxa de conversão de alimento e/ou a retenção de nutriente e/ou a qualidade da carne, em particular, a elasticidade da carne e/ou a dureza da carne, de animais aquáticos, de preferência, peixe de barbatana, acima de tudo tilápia, em aquicultura, em cujo método os animais aquáticos são alimentados com uma ração que compreende um composto, selecionado dentre ácido guanidinoacético, creatina e sais dos mesmos e mistura dos mesmos.
[0022] A matéria preferencial nesse contexto é um método para alimentar animais aquáticos em aquicultura, em particular, para aumentar a taxa de sobrevivência e/ou o ganho de peso e/ou o consumo de alimento e/ou a taxa de conversão de alimento e/ou a retenção de nutriente e/ou a qualidade da carne, em particular, a elasticidade da carne e/ou a dureza da carne, de animais aquáticos, de preferência, peixe de barbatana, acima de tudo tilápia, em aquicultura, em cujo método os animais aquáticos são alimentados com uma ração que compreende ácido guanidinoacético ou sais dos mesmos.
[0023] De acordo com a invenção, “aprimorar o crescimento” é compreendido, em particular, como significando um aprimoramento do ganho de peso de animais aquáticos.
[0024] De acordo com a invenção, “retenção de nutriente” é compreendido, em particular, como significando “retenção de energia” e/ou “retenção de proteína”.
[0025] Os termos “ração” e “gênero alimentício” são usados intercambiavelmente de acordo com a invenção.
[0026] Usos e métodos de acordo com a invenção são implantados em uma modalidade preferencial para propósitos não terapêuticos.
[0027] Os animais aquáticos de acordo com a invenção são, de preferência, peixe de barbatana, em particular, da classe Actinopterygii, ou crustáceos. Actinopterygii inclui, em particular, tilápia e outras trutas-de-lago, carpas e outros ciprinídeos, salmões e outros salmonídeos, bagre, em particular, bagre africano e peixe-panga, atum, perca, bacalhau, smelt de água doce, peixe-leite, gourami, robalo japonês, em particular, perca gigante, goraz, garoupa e peixe cabeça-de-cobra.
[0028] Tipos preferenciais de salmão e salmonoides nesse contexto são o salmão do Atlântico, salmão vermelho (sockeye salmon), salmão masu (cherry salmon), salmão real (Chinook salmon), salmão keta (chum salmon), salmão prateado, salmão do Danúbio, salmão do Pacífico, salmão rosa e truta. Os animais aquáticos de acordo com a invenção são, muito preferencialmente, tilápia.
[0029] Crustáceos incluem, em particular, camarões, lagosta, caranguejos, pitus e lagostim.
[0030] Os animais aquáticos podem, em particular, também ser peixe que é subsequentemente processado em farinha de peixe ou óleo de peixe. Nessa conexão, os peixes são, de preferência, arenque, polaca, bacalhau ou peixe pelágico pequeno, como anchova, verdinho, capelin, rombudo, jack, cavala, savelha, sardinha ou cavalinha-de-reis. A farinha de peixe ou o óleo de peixe então obtido, por sua vez, pode ser usado em aquicultura para a criação de peixes ou crustáceos comestíveis.
[0031] Os animais aquáticos podem ser, adicionalmente, ostras, amêijoas, berbigões, moluscos de areia, mexilhões ou vieiras.
[0032] No entanto, os animais aquáticos também podem ser pequenos organismos que são usados como gênero alimentício em aquicultura. Esses pequenos organismos podem assumir a forma, por exemplo, de nematódeos, crustáceos ou rotíferos.
[0033] A criação de animais aquáticos pode ocorrer em viveiros, tanques, bacias ou ainda em áreas separadas no mar ou em lagos ou em rios, em particular, nesse caso, em gaiolas ou tanques-rede. A criação pode ser usada para a criação do peixe comestível terminado, porém, também pode ser usada para a criação de alevinos que são subsequentemente liberados para reabastecer os estoques de peixes selvagens.
[0034] Na criação de salmão, os peixes são, de preferência, primeiramente cultivados até salmões jovens em tanques de água fresca ou cursos de água artificiais e, então, são cultivados em gaiolas ou tanques-rede que flutuam no mar, lagoas ou rios e que são, de preferência, ancorados em enseadas ou fiordes.
[0035] Consequentemente, o gênero alimentício de acordo com a invenção é, de preferência, um gênero alimentício para uso na criação dos animais mencionados acima.
[0036] De acordo com a invenção, ácido guanidinoacético, creatina e sais dos mesmos podem ser empregados em uma ampla faixa de dosagem. As doses diárias, por exemplo, estão na faixa entre aproximadamente 5 mg e aproximadamente 200 mg, em particular, na faixa de aproximadamente 10 mg a aproximadamente 100 mg, de preferência, na faixa de aproximadamente 20 a aproximadamente 60 mg, com mais preferência, na faixa de aproximadamente 35 a 50 mg, por quilograma em peso vivo, em particular, no caso de peixe de barbatana, mais particularmente, no caso de tilápia.
[0037] Os animais aquáticos são, de preferência, alimentados com um gênero alimentício que contém ácido guanidinoacético e/ou creatina e/ou sais dos mesmos ou combinações dos mesmos, de preferência, ácido guanidinoacético e/ou sais dos mesmos, em uma quantidade de 0,02 a 0,20 % em peso, com mais preferência, em uma quantidade de 0,05 a 0,16 % em peso, em particular, em uma quantidade de 0,08 a 0,15 % em peso, acima de tudo em uma quantidade de 0,11 a 0,14 % em peso.
[0038] De preferência, o gênero alimentício é fornecido aos animais aquáticos, em particular, no caso de peixe de barbatana, em uma quantidade entre 2 e 4 % do peso corporal real dos animais aquáticos por dia, com mais preferência, em uma quantidade entre 2,5 e 3,5 % do peso corporal dos animais aquáticos por dia, em que o gênero alimentício é, de preferência, fornecido aos animais aquáticos em 2 a 4 rações por dia.
[0039] Os usos e métodos de acordo com a invenção são, de preferência, aplicados em aquicultura em uma escala comercial, isto é, em particular, para criar animais aquáticos, em particular, peixe de barbatana, de preferência, tilápia, em paralelo a um peso total final de animais aquáticos de pelo menos 100 kg, de preferência, a um peso total final de pelo menos 200, 500, 1000 ou 1500 kg por abordagem de aquicultura.
[0040] Devido à alimentação de ração que compreende ácido guanidinoacético, resultados muito bons são especialmente observados para a tilápia.
[0041] Uma matéria adicional da presente invenção é, portanto, um método para alimentar tilápia, caracterizado pelo fato de que a tilápia é alimentada com uma ração que compreende um composto selecionado dentre ácido guanidinoacético, creatina e sais dos mesmos e mistura dos mesmos, de preferência, ácido guanidinoacético e/ou sais dos mesmos, em particular, em uma quantidade conforme mencionado acima.
[0042] Os animais aquáticos podem ser alimentados com ácido guanidinoacético e/ou creatina e/ou sais dos mesmos por toda a vida dos animais aquáticos a fim de alcançar os efeitos de acordo com a invenção. Alternativamente, os mesmos podem ser alimentados com esses compostos apenas durante determinados ciclos dietéticos da criação.
[0043] De acordo com a invenção, o ácido guanidinoacético e/ou a creatina e/ou sais dos mesmos podem ser fornecidos, por exemplo, como um pó, como grânulos, como comprimidos, como cápsulas, como péletes ou como produtos gelatinosos (hidrocoloidal) para incorporação no gênero alimentício. Dependendo do respectivo uso pretendido específico, é preferencial empregar o ácido guanidinoacético e/ou a creatina e/ou sais dos mesmos como aditivo de ração em combinação com outras substâncias fisiologicamente ativas, em particular, com carboidratos, gorduras, aminoácidos, proteínas, vitaminas, minerais, elementos de traço e derivados dos mesmos e quaisquer misturas dos mesmos.
[0044] Uma questão adicional da presente invenção é um gênero alimentício conforme empregado para alimentar animais aquáticos, em particular, peixe de barbatana, de preferência, Actinopterygii, com mais preferência, tilápia e outras trutas-de-lago, que compreendem ácido guanidinoacético e/ou creatina e/ou sais dos mesmos ou combinações dos mesmos, de preferência, ácido guanidinoacético e/ou sais dos mesmos, de preferência, em uma quantidade de 0,02 a 0,20 % em peso, com mais preferência, em uma quantidade de 0,05 a 0,16 % em peso, em particular, em uma quantidade de 0,08 a 0,15 % em peso, acima de tudo em uma quantidade de 0,11 a 0,14 % em peso.
[0045] Esse gênero alimentício compreende ingredientes de gênero alimentício adicionais que são, de preferência, selecionados dentre fontes de proteína, fontes de carboidrato, fontes de gordura e, ademais, de outros aditivos como minerais, vitaminas, pigmentos e aminoácidos.
[0046] Ademais, além de nutrientes, estruturantes também podem estar presentes, por exemplo, para aprimorar a textura ou a aparência do gênero alimentício. Ademais, também é possível empregar aglutinantes ou revestimentos de modo a influenciar na consistência do gênero alimentício. Um componente que é, de preferência, empregado e que constitui tanto um nutriente quanto um material estruturante é o amido. Como um revestimento pode servir como gorduras ou polímeros como etilcelulose.
[0047] As gorduras são tipicamente fornecidas como óleos marinhos ou óleos vegetais ou combinações dos mesmos. Exemplos para óleos vegetais são óleo de soja, óleo de colza, óleo de semente de girassol, óleo de canola, óleo de semente de algodão e óleo de semente de linho. Além dos óleos isolados, a própria biomassa desengordurada, se usada como ingrediente de ração, também fornece uma determinada quantidade de óleo, em particular, a farinha de peixe, farinha de outros animais marinhos, ou farinha vegetal como farinha de soja, farinha de colza, farinha de girassol, farinha de canola, farinha de semente de algodão ou farinha de semente de linho.
[0048] As farinhas vegetais como farinha de soja e farinha de girassol servem principalmente como uma fonte para carboidratos, em particular, além de milho e trigo.
[0049] Devido a seu teor de proteína, as farinhas vegetais como farinha de soja, farinha de girassol, farinha de glúten de milho, farinha de semente de algodão e farinha de canola também são uma fonte para proteínas além de glúten de trigo e arroz. As fontes de proteína de origem animal são fontes de proteína animal e/ou de subproduto animal conforme conhecido por aqueles versados no estado da técnica, em particular, farinhas de animais marinhos assim como farinhas de animais terrestres, em que as farinhas de animais terrestres são, de preferência, selecionadas dentre farinha de carne, farinha de carne e osso, farinha de sangue, farinha de fígado, farinha de aves e farinha de pupa de bicho-da-seda. As fontes de proteína adicionais de origem animal são pó de trigo e pó de ovo.
[0050] Um gênero alimentício de acordo com a invenção tem, de preferência, um teor de proteína total de 20 a 50 % em peso, de preferência, 25 a 45 % em peso, em particular, 27 a 40 % em peso.
[0051] Ademais, um gênero alimentício de acordo com a invenção tem, de preferência, um teor de gordura total de 1 a 15 % em peso, de preferência, 2 a 10 % em peso, em particular, 3 a 8 % em peso.
[0052] Ademais, um gênero alimentício de acordo com a invenção tem, de preferência, um teor de carboidrato total de 20 a 60 % em peso, de preferência, 30 a 50 % em peso, com mais preferência, 35 a 45 % em peso.
[0053] Ademais, um gênero alimentício de acordo com a invenção contém, de preferência, farinhas de animais marinhos, em particular, farinha de peixe, em uma quantidade menor que 10 % em peso, de preferência, em uma quantidade menor que 5 % em peso, com mais preferência, em uma quantidade menor que 2, 1 ou 0,5 % em peso.
[0054] Ademais, um gênero alimentício de acordo com a invenção contém, de preferência, farinha vegetal, em particular, selecionada dentre farinha de soja, farinha de colza, farinha de canola, farinha de semente de algodão e combinações dos mesmos, com mais preferência, farinha de soja, de preferência, em uma quantidade de 10 a 60 % em peso, com mais preferência, em uma quantidade de 15 a 50 % em peso, em particular, em uma quantidade de 20 a 40 % em peso;
[0055] Ademais, um gênero alimentício de acordo com a invenção contém, de preferência, fontes animais e/ou de proteína de subproduto animal de animais terrestres, em particular, farinha de animais terrestres, em uma quantidade de pelo menos 2 % em peso, em particular, em uma quantidade de 2 a 30 % em peso, de preferência, em uma quantidade de pelo menos 5 ou 10 % em peso, com mais preferência, em uma quantidade de 5 a 30 ou 10 a 25 % em peso, em particular, em uma quantidade de 14 a 20 % em peso.
[0056] Os gêneros alimentícios de acordo com a invenção compreendem, de preferência, metionina, betaína e/ou colina e/ou outros doadores de grupo metila fisiologicamente eficazes. Betaína e colina podem ser convertidas em metionina no corpo na presença de homocisteína, que desempenha um papel em particular na síntese de creatina que começa a partir de ácido guanidinoacético. Os grupos metila, que são transferidos com formação de homocisteína a partir de S-adenosilmetionina são necessários para esse fim. Se não for suficiente, betaína ou colina está disponível, a metionina é consumida, que pode resultar em um déficit de metionina no metabolismo.
[0057] Em um método que é preferencial de acordo com a invenção, a ração empregada para alimentar os animais aquáticos, de preferência, peixe de barbatana, em particular, tilápia, compreende pelo menos um, de preferência, pelo menos dois, três ou quatro, em particular, pelo menos cinco, seis ou sete, especialmente de preferência todos os componentes a seguir: a) farinha vegetal, em particular, selecionada dentre farinha de soja, farinha de colza, farinha de canola, farinha de semente de algodão e combinações dos mesmos, com mais preferência, farinha de soja, de preferência, em uma quantidade de 10 a 60 % em peso, com mais preferência, em uma quantidade de 15 a 50 % em peso, em particular, em uma quantidade de 20 a 40 % em peso; b) um óleo ou componente de gordura, em particular, um óleo marinho, óleo de milho ou combinações dos mesmos, de preferência, em uma quantidade de 1 a 10 % em peso, em particular, 3 a 8 % em peso; c) trigo ou farinha de trigo, de preferência, em uma quantidade de 10 a 50 % em peso, com mais preferência, em uma quantidade de 15 a 45 % em peso, em particular, em uma quantidade de 20 ou 40 % em peso; d) farinha de animais terrestres, em particular, farinha de aves, farinha de carne e osso ou combinações dos mesmos, de preferência, em uma quantidade de 5 a 30 % em peso, com mais preferência, 10 a 25 % em peso, em particular, 14 a 20 % em peso; e) fosfato, de preferência, em uma quantidade de 0,5 a 5 % em peso, em particular, 2 a 5 % em peso; f) mandioca, de preferência, em uma quantidade de 1 a 5 % em peso; g) aminoácidos, de preferência, selecionados dentre lisina, metionina, treonina, valina, histidina, triptofano e mistura dos mesmos; h) vitaminas.
[0058] Esse gênero alimentício compreende, de preferência, farinha de peixe, com mais preferência, farinha de animais marinhos, em geral, em uma quantidade menor que 10 % em peso, com mais preferência, em uma quantidade menor que 5 % em peso, em particular, em uma quantidade menor que 2, 1 ou 0,5 % em peso, e acima de tudo, não contém qualquer farinha de animais marinhos.
[0059] De acordo com a invenção, "farinha de organismos marinhos" deve ser compreendido, em geral, para significar o produto processado de organismos marinhos, em particular, o produto processado de animais marinhos. Além de farinha de peixe, que é, de preferência, usado de acordo com a invenção, deve ser compreendida de acordo com a invenção para significar também, em particular, farinha de krill, farinha de bivalves, farinha de lula ou cascas de camarão, que são produtos de substituição clássicos para farinha de peixe. No entanto, a farinha de organismos marinhos é especialmente, de preferência, farinha de peixe.
[0060] De acordo com a invenção, “óleo de animais marinhos” ou “óleo marinho” deve ser compreendido, em geral, para significar um óleo obtido a partir de um organismo marinho, de preferência, de um animal marinho. Além de óleo de peixe, que é preferencial de acordo com a invenção, também se refere a óleos isolados de outros organismos marinhos, em particular, de animais marinhos, por exemplo, de krill, bivalves, lulas ou camarões. De preferência, o óleo marinho a ser usado de acordo com a invenção é óleo de peixe, em particular, um óleo graxo de peixe, especialmente, de preferência, um óleo graxo de peixe das famílias Engraulidae, Carangidae, Clupeidae, Osmeridae, Scombridae e/ou Ammodytidae.
[0061] De acordo com a invenção, “farinha de animais terrestres” deve ser compreendido, em geral, para significar uma farinha que é o produto processado de animais terrestres e, de preferência, se refere a farinha de carne, farinha de carne e osso, farinha de sangue, farinha de fígado, farinha de aves, farinha de pupa de bicho-da-seda e combinações dos mesmos.
[0062] Em uma modalidade da invenção, o ácido guanidinoacético, a creatina e/ou sais dos mesmos são empregados como aditivo de ração em rações predominantemente vegetarianas.
[0063] A expressão “ração predominantemente vegetariana” usada no presente documento descreve uma ração que, de preferência, de acordo com as diretrizes legais da União Europeia, não compreende quaisquer componentes animais. A exceção desse contexto é apenas uma possível adição de farinha de peixe. Ademais, uma “ração predominantemente vegetariana” de acordo com a presente invenção também é compreendida como significando uma substituição parcial de farinha de peixe ou farinha de carne por ácido guanidinoacético, creatina e/ou sais dos mesmos. Alternativamente, no entanto, também é possível empregar ácido guanidinoacético, creatina e/ou sais dos mesmos além de componentes animais, em particular, em combinação com farinha de peixe e/ou farinha de carne.
[0064] Um gênero alimentício que compreende os componentes que seguem comprovou ser especialmente vantajoso de acordo com a invenção: a) proteína bruta em uma quantidade de 25 a 45 % em peso, em particular, de 27 a 40 % em peso; b) cálcio em uma quantidade de 1 a 5 % em peso; c) fósforo em uma quantidade de 0,2 a 1,5 % em peso; d) metionina e/ou cisteína em uma quantidade de 0,25 a 1,0 % em peso; e) lisina em uma quantidade de 0,5 a 2,5 % em peso; f) de preferência, valina e treonina cada uma em uma quantidade de 0,5 a 2,0 % em peso; g) ácido guanidinoacético e/ou creatina e/ou um sal do mesmo em uma quantidade de 0,02 a 0,20 % em peso, de preferência, 0,05 a 0,16 % em peso, especialmente de preferência, 0,08 a 0,15 % em peso, acima de tudo 0,11 a 0,14 % em peso.
[0065] Portanto, esse gênero alimentício, também é a matéria da presente invenção assim como são os métodos para alimentar animais aquáticos, em particular, peixe de barbatana, acima de tudo, tilápia, em particular, em aquicultura, em que essa ração é empregada.
[0066] De acordo com a invenção, é preferencial empregar, em particular, um gênero alimentício que compreende os seguintes componentes: a) farinha vegetal, em particular, selecionada dentre farinha de soja, farinha de colza, farinha de canola, farinha de semente de algodão e combinações dos mesmos, com mais preferência, farinha de soja, de preferência, em uma quantidade de 10 a 60 % em peso, com mais preferência, em uma quantidade de 15 a 50 %
em peso, em particular, em uma quantidade de 20 a 40 % em peso; b) um óleo ou componente de gordura, em particular, óleo de peixe, óleo de milho ou combinações dos mesmos, de preferência, em uma quantidade de 1 a 10 % em peso, em particular, 3 a 8 % em peso; c) trigo ou farinha de trigo, de preferência, em uma quantidade de 10 a 50 % em peso, com mais preferência, em uma quantidade de 15 a 45 % em peso, em particular, em uma quantidade de 20 ou 40 % em peso; d) farinha de animais terrestres, em particular, farinha de aves, farinha de carne e osso ou combinações dos mesmos, de preferência, em uma quantidade de 5 a 30 % em peso, com mais preferência, 10 a 25 % em peso, em particular, 14 a 20 % em peso; e) fosfato, de preferência, em uma quantidade de 0,5 a 5 % em peso, em particular, 2 a 5 % em peso; f) de preferência, mandioca, em particular, em uma quantidade de 1 a 5 % em peso; g) aminoácidos, de preferência, selecionados dentre lisina, metionina, treonina, valina, histidina, triptofano e mistura dos mesmos; h) vitaminas.
[0067] Esse gênero alimentício também é, portanto, um assunto da presente invenção, como é um método em que esse gênero alimentício é empregado para alimentar animais aquáticos, em particular, em aquicultura.
[0068] O ácido guanidinoacético pode ser preparado de uma maneira simples e econômica, por exemplo, por meio de processos como reagir glicina e cianamida em soluções aquosas (Production of guanidino fatty acids (Vassel, Bruno; Janssens, Walter D.) (1952), documento US 2.620.354; Method of preparation of guanidino fatty acids (Vassel, Bruno; Garst, Roger) (1953), 5pp. Documento US 2.654.779).
[0069] Em oposição à creatina e ao mono-hidrato de creatina, o ácido guanidinoacético e sais dos mesmos são, além do mais, notavelmente mais estáveis na solução aquosa ácida, e os mesmos são convertidos em creatina apenas sob condições fisiológicas. Nesse contexto, ácido guanidinoacético só é convertido em creatina após sua absorção, acima de tudo, no fígado. Em oposição à creatina, portanto, a fração predominante dos compostos, ácido guanidinoacético e/ou sais de ácido guanidinoacético administrados, ou fornecidos, não é degradada por meio de reações de instabilidade, por exemplo, no estômago, e secretadas antes da absorção, mas está, de fato, disponível quando a reação metabólica fisiológica correspondente ocorre.
[0070] Adequados para os fins da presente invenção são, em princípio, todos aqueles sais de ácido guanidinoacético e sais de creatina que são nutricionalmente aceitáveis. Os compostos que comprovaram ser particularmente vantajosos para o uso de acordo com a invenção são sais de ácido guanidinoacético e sais de creatina que são obtidos com ácido clorídrico, ácido bromídrico e ácido fosfórico. Também é possível empregar misturas de ácido guanidinoacético e/ou creatina juntamente com um ou mais desses sais ou, então, misturas dos sais entre si.
[0071] No total, a presente invenção serve para fornecer ácido guanidinoacético, creatina e sais dos mesmos para usos inovadores como gênero alimentício ou aditivo de ração em aquicultura. Os exemplos a seguir ilustram a presente invenção adicionalmente. Exemplos de trabalho Materiais e Métodos
[0072] Um número total de 300 tilápias vermelhas (Oreochromis sp.) com um peso médio inicial de 5±0,02 g foi aleatoriamente distribuído para aquários de 175 l. Cada aquário contém 15 peixes (equivalente a 85 peixe/m3) com temperatura na faixa de 29-30 °C, pH 6,51-7,02, salinidade 0 ppt, oxigênio dissolvido 6,2-7,01 ppm, amônia total 0,16- 0,254 ppm, dureza 38-54 ppm e nitrato 0,5-1,01 ppm. Por um período de 60 dias, os peixes foram alimentados nos 4 tratamentos experimentais 3 vezes por dia (08:00, 12:00 e 16:00) para saciedade evidente. Cada um dentre o tratamento foi quintuplicado com todas as dietas contendo 0 % de farinha de peixe, mas contendo a farinha de aves de fontes de proteína animal principais assim como farinha de carne e osso (Tabela 1). Todas as dietas experimentais se originaram da mesma batelada com a única diferença sendo os diferentes níveis de inclusão de GAA (CreAMINO® da Evonik, Alemanha). As dietas de controle não tiveram inclusão de CreAMINO® e a suplementação aumentou gradualmente nos tratamentos GAA0.5, GAA1.0 e GAA1.5 de 644 por meio de 1373 a 1861 mg de GAA por kg de ração, respectivamente (Tabela 2). A taxa de sobrevivência (%), consumo de alimento (g/tanque), peso médio corporal (g/peixe), ganho de biomassa (g/aquário), taxa de conversão de ração (g alimentada/g ganho de biomassa), e taxa de crescimento (%/d) específica foram determinados. Os dados foram analisados com SPSS 16,0 com o uso de ANOVA e teste de Tukey (p<0,05). Ademais, a retenção de energia, lipídio e proteína foi determinada.
[0073] A análise de perfil de textura foi realizada com o uso de um analisador de textura TA-XT2i com tamanho de sonda 75 para determinar a textura da carne dos produtos de peixe. A compressão foi realizada em amostras de filé de 5 mm de espessura e 2x2 cm de tamanho. As amostras foram comprimidas duas vezes até um grau de 50 % a 1 mm/s de velocidade de cruzeta em temperatura ambiente por 5 segundos. Os seguintes parâmetros foram determinados: “Dureza”, definida como a força máxima (N) ou primeira compressão de pico; “Elasticidade”, definida como a segunda compressão de linha de base (mm); “Coesão”, definida como a razão da área sob o segundo pico para a área sob o primeiro pico. Tabela 1: Ingrediente e composição de nutriente das dietas experimentais Quantidad % de Nutrientes Ingredientes e (% em Analisados peso) Farinha de Soja 29,3 Proximet (%) Farinha de Trigo 31,4 Umidade 9,88 Farinha de Carne e 3,5 Cinzas 10,47 Osso Farinha de aves 13 Proteína 31,54 Mandioca 3 Lipídio 6,31 Farinha de Glúten de 7,7 Fibra 1,65 Milho
Quantidad % de Nutrientes Ingredientes e (% em Analisados peso) Fosfato Monocálcico 4 NFE 40,16 4005,9 Óleo de peixe 2,5 Energia (GE/kg) 4 Óleo de Milho 2 Aminoácidos (%) Cloreto de Colina 0,2 Metionina 0,87 Sal 0,2 Cisteína 0,45 DL-Metionina 0,4 Met+Cis 1,31 L-Lisina 0,7 Lisina 2,11 L-Treonina 0,2 Treonina 1,37 L-Triptofano 0,2 L-Valina 0,2 Arginina 2,01 Mistura de Minerais 0,5 Isoleucina 1,33 Mistura de Vitaminas 0,5 Leucina 2,76 Etoxiquina 0,1 Valina 1,64 Outros 0,6 Histidina 1,19
Tabela 2: Níveis analisados (mg/kg) de GAA e CreAMINO® nas dietas experimentais Farinha de GAA CreAMINO® Peixe (%) Controle - <20 <20 GAA0.5 - 644 671 GAA1.0 - 1373 1430 GAA1.5 - 1861 1939
Resultados e discussões:
Consumo de Ração, Ganho de Peso, Taxa de Conversão de Ração, Taxa de Crescimento Específica A tilápia alimentada com dietas de 0 % de FM mostra uma resposta mais clara para os níveis graduados mais baixos de GAA complementados nas rações (Tabela 3). Durante o experimento de 2 meses não havia mortalidades registradas.
O peixe exposto à dieta de controle sem qualquer suplementação de GAA mostra desempenho de crescimento significativamente mais baixo em comparação com o peixe alimentado com dietas suplementadas com 0,06 ou 0,14 % em peso de GAA.
A tilápia alimentada com a dieta GAA1.0 (com suplementação de 1,37 kg de GAA por MT) teve ganho de biomassa significativamente maior por peixe individual e por aquário em comparação com todos os outros tratamentos.
A mesma tendência foi observada para os outros parâmetros de desempenho.
Embora um aumento gradual dos diferentes parâmetros de desempenho tenha sido observado a partir do controle por meio de dieta GAA0.5 a dieta GAA1.0, não houve aprimoramento significativo dos parâmetros de desempenho para o peixe alimentado com a dieta GAA1.5 em comparação com o controle negativo.
Então, esse estudo sugere que há uma concentração ideal de GAA na ração que leva a um aprimoramento claro do desempenho do peixe, enquanto transgrede os níveis de concentração ideais fora dos efeitos positivos de GAA.
Então, a hipótese é suportada de que a tilápia pode metabolizar GAA bem e GAA pode aprimorar significativamente o desempenho de crescimento do peixe pelo menos em baixos níveis de creatina (e/ou pouco a nenhuma farinha de peixe) na ração.
Tabela 3: Desempenho de crescimento (média ± 1 SD) de tilápia alimentada com quatro dietas experimentais diferentes. Dietas FI (g/tanque) Biomassa Ganho de peso FCR (g SGR (%/d) SR (g/tanque) (g/individual) alimentada/g (%) de ganho de biomassa) Controle 1016,66±66,07 927,88±71,97 61,86±4,79 1,2±0,07 4,17±0,13 100 GAA 0.5 1025,08±41,33 953,66±59,81 64,46±4,05 1,15±0,03 4,24±0,10 100 GAA 1.0 1101,9±53,40 1092,34±83,67 72,82±5,58 1,09±0,04 4,44±0,14 100 GAA 1.5 995,32±44,72 911,12±51,19 60,74±3,41 1,19±0,024 4,14±0,09 100 Qualidade da Carne
[0075] A Tabela 4 mostra a elasticidade e a dureza da carne de tilápia antes e depois do congelamento Tabela 4: Elasticidade da Carne de Tilápia (%) e dureza (gf/mm2) Controle GAA0.5 GAA1.0 GAA1.5 Antes do congelamento Elasticidade 48,91±5,31 49,49±1,66 49,57±2,97 50,85±1,34 Dureza 54,60±5,39 63,57±4,54 64,54±6,17 67,44±3,88 Depois do congelamento Elasticidade 36,99±2,41 40,58±2,30 40,88±1,31 40,36±1,75 Dureza 27,18±2,03 28,37±2,14 29,74±4,14 29,91±2,14
[0074] Constatou-se que o peixe alimentado com GAA exibiu melhor qualidade da carne, em particular, melhor elasticidade da carne e dureza da carne, em comparação com o peixe do grupo de controle sem GAA. Em oposição aos parâmetros de desempenho de crescimento, quando transgrede a concentração ideal de GAA fornecido para um nivelamento dos efeitos positivos de GAA, o aumento no nível de GAA em ração leva a um aumento contínuo dos parâmetros de qualidade da carne pelo menos para o peixe antes do congelamento. Retenção de Nutriente
[0075] A Tabela 5 mostra os valores de retenção de energia, lipídio e proteína pela tilápia após criar por 60 dias. Tabela 5: Retenção de energia, lipídio e proteína de dietas experimentais alimentadas com tilápia Controle GAA0.5 GAA1.0 GAA1.5 Energia (%) 35,73±1,06 39,14±2,39 40,75±3,42 36,12±1,45 Lipídio (%) 98,54±7,03 93,50±6,92 83,16±16,21 83,87±8,95 Proteína (%) 46,12±3,10 45,84±2,34 51,63±1,66 47,38±3,73
[0076] Os resultados para a retenção de energia e proteína são semelhantes aos resultados para o crescimento performance do peixe. A mais alta retenção de energia e proteína foi observada na dieta alimentada ao peixe GAA1.0, enquanto transgrede essa concentração leva a uma diminuição significativa em valores de retenção de energia e proteína.
congelamento. Retenção de Nutriente
[0077] A Tabela 5 mostra os valores de retenção de energia, lipídio e proteína pela tilápia após criar por 60 dias. Tabela 5: Retenção de energia, lipídio e proteína de dietas experimentais alimentadas com tilápia Controle GAA0.5 GAA1.0 GAA1.5 Energia (%) 35,73±1,06 39,14±2,39 40,75±3,42 36,12±1,45 Lipídio (%) 98,54±7,03 93,50±6,92 83,16±16,21 83,87±8,95 Proteína (%) 46,12±3,10 45,84±2,34 51,63±1,66 47,38±3,73
[0078] Os resultados para a retenção de energia e proteína são semelhantes aos resultados para o crescimento performance do peixe. A mais alta retenção de energia e proteína foi observada na dieta alimentada ao peixe GAA1.0, enquanto transgrede essa concentração leva a uma diminuição significativa em valores de retenção de energia e proteína.

Claims (15)

REIVINDICAÇÕES
1. Uso de um gênero alimentício caracterizado por compreender um composto selecionado dentre ácido guanidinoacético, creatina e sais dessas moléculas e misturas dos mesmos para alimentar animais aquáticos em aquicultura.
2. Uso, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por aumentar a taxa de sobrevivência e/ou ganho de peso e/ou consumo de alimento e/ou taxa de conversão de alimento e/ou taxa de crescimento e/ou retenção de nutriente e/ou a qualidade da carne, em particular, a elasticidade da carne e/ou a dureza da carne, de animais aquáticos.
3. Uso, de acordo com a reivindicação 1 ou 2, caracterizado pelo fato de que os animais aquáticos são selecionados dentre peixe de barbatana, em particular, da família Actinopterygii, e crustáceos, de preferência, dentre tilápia e outros trutas-de-lago, carpas e outros ciprinídeos, salmões e outros salmonídeos, bagre, atum, perca, bacalhau, smelt de água doce, peixe-leite, gourami, robalo japonês, goraz, garoupa, peixe cabeça-de-cobra, camarões, lagosta, caranguejos, pitus e lagostim.
4. Uso, de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, caracterizado pelo fato de que ácido guanidinoacético e/ou creatina e/ou sais desses compostos estão contidos no gênero alimentício em uma quantidade de 0,02 a 0,20 % em peso, de preferência, 0,05 a 0,16 % em peso, especialmente de preferência, 0,08 a 0,15 % em peso, acima de tudo 0,11 a 0,14 % em peso.
5. Uso, de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, caracterizado pelo fato de que o gênero alimentício compreende farinha de peixe em uma quantidade menor que 10 % em peso, de preferência, em uma quantidade menor que 8 ou 5 % em peso, com mais preferência, em uma quantidade menor que 3, 2 ou 1 % em peso e/ou farinha vegetal em uma quantidade de pelo menos 5 % em peso, de preferência, pelo menos 10 % em peso, com mais preferência, em uma quantidade de 10 a 60 % em peso.
6. Método de alimentação de animais aquáticos em aquicultura caracterizado pelo fato de que os animais aquáticos são alimentados com um gênero alimentício que compreende um composto selecionado dentre ácido guanidinoacético, creatina e sais dessas moléculas e misturas desses compostos.
7. Método, de acordo com a reivindicação 6, caracterizado por aumentar a taxa de sobrevivência e/ou ganho de peso e/ou consumo de alimento e/ou taxa de conversão de alimento e/ou taxa de crescimento e/ou retenção de nutriente e/ou a qualidade da carne, em particular, a elasticidade da carne e/ou a dureza da carne, de animais aquáticos.
8. Método, de acordo com a reivindicação 6 ou 7, caracterizado pelo fato de que os animais aquáticos são selecionados dentre peixe de barbatana, em particular, da família Actinopterygii, e crustáceos, de preferência, dentre tilápia e outros trutas-de-lago, carpas e outros ciprinídeos, salmões e outros salmonídeos, bagre, atum, perca, bacalhau, smelt de água doce, peixe-leite, gourami, robalo japonês, goraz, garoupa, peixe cabeça-de-cobra, camarões, lagosta, caranguejos, pitus e lagostim.
9. Método, de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, caracterizado pelo fato de que ácido guanidinoacético e/ou creatina e/ou sais desses compostos estão presentes no gênero alimentício em uma quantidade de 0,02 a 0,20 % em peso, de preferência, 0,05 a 0,16 % em peso, especialmente de preferência, 0,08 a 0,15 % em peso, acima de tudo 0,11 a 0,14 % em peso.
10. Método, de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, caracterizado pelo fato de que o gênero alimentício compreende farinha de peixe em uma quantidade menor que 10 % em peso, de preferência, em uma quantidade menor que 8 ou 5 % em peso, com mais preferência, em uma quantidade menor que 3, 2 ou 1 % em peso e/ou farinha vegetal em uma quantidade de pelo menos 5 % em peso, de preferência, pelo menos 10 % em peso, com mais preferência, em uma quantidade de 10 a 60 % em peso.
11. Método, de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, caracterizado pelo fato de que o gênero alimentício compreende fontes animais e/ou de proteína de subproduto animal de animais terrestres, em particular, farinha de animais terrestres, em uma quantidade de pelo menos 2 % em peso, em particular, em uma quantidade de 2 a 30 % em peso, de preferência, em uma quantidade de 5 a 30 % em peso, em particular, em uma quantidade de 14 a 20 % em peso.
12. Método, de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, caracterizado pelo fato de que o gênero alimentício compreende pelo menos um, de preferência, pelo menos três ou cinco, com mais preferência, todos, dos seguintes componentes:
a) farinha vegetal, em particular, selecionada dentre farinha de soja, farinha de colza, farinha de canola, farinha de semente de algodão e combinações dos mesmos, de preferência, farinha de soja, de preferência, em uma quantidade total de 10 a 60 % em peso, com mais preferência, em uma quantidade de 15 a 50 % em peso, em particular, em uma quantidade de 20 a 40 % em peso; b) um óleo ou componente de gordura, em particular, óleo de peixe, óleo de milho ou combinações dos mesmos, de preferência, em uma quantidade de 1 a 10 % em peso, em particular, 3 a 8 % em peso; c) trigo ou farinha de trigo, de preferência, em uma quantidade de 10 a 50 % em peso, com mais preferência, em uma quantidade de 15 a 45 % em peso, em particular, em uma quantidade de 20 ou 40 % em peso; d) farinha de animais terrestres, em particular, farinha de aves, farinha de carne e osso ou combinações dos mesmos, de preferência, em uma quantidade de 5 a 30 % em peso, com mais preferência, 10 a 25 % em peso, em particular, 14 a 20 % em peso; e) fosfato, de preferência, em uma quantidade de 0,5 a 5 % em peso, em particular, 2 a 5 % em peso; f) mandioca, em particular, em uma quantidade de 1 a 5 % em peso; g) aminoácidos, de preferência, selecionados dentre lisina, metionina, treonina, valina, histidina, triptofano e mistura dos mesmos; h) vitaminas.
13. Gênero alimentício caracterizado por compreender os seguintes componentes: a) ácido guanidinoacético e/ou creatina e/ou um sal do mesmo em uma quantidade de 0,02 a 0,20 % em peso, de preferência, 0,05 a 0,16 % em peso, especialmente de preferência, 0,08 a 0,15 % em peso, acima de tudo 0,11 a 0,14 % em peso; b) farinha vegetal, em particular, selecionada dentre farinha de soja, farinha de colza, farinha de canola, farinha de semente de algodão e combinações dos mesmos, de preferência, farinha de soja, de preferência, em uma quantidade total de 10 a 60 % em peso, com mais preferência, em uma quantidade de 15 a 50 % em peso, em particular, em uma quantidade de 20 a 40 % em peso; c) opcionalmente um óleo ou componente de gordura, em particular, óleo de peixe, óleo de milho ou combinações dos mesmos, de preferência, em uma quantidade de 1 a 10 % em peso, em particular, 3 a 8 % em peso; d) opcionalmente trigo ou farinha de trigo, de preferência, em uma quantidade de 10 a 50 % em peso, com mais preferência, em uma quantidade de 15 a 45 % em peso, em particular, em uma quantidade de 20 ou 40 % em peso; e) opcionalmente farinha de animais terrestres, em particular, farinha de aves, farinha de carne e osso ou combinações dos mesmos, de preferência, em uma quantidade de 5 a 30 % em peso, de preferência, 10 a 25 % em peso, em particular, 14 a 20 % em peso; f) opcionalmente fosfato, de preferência, em uma quantidade de 0,5 a 5 % em peso, em particular, 2 a 5 % em peso; g) opcionalmente mandioca, de preferência, em uma quantidade de 1 a 5 % em peso; h) opcionalmente aminoácidos, de preferência, selecionados dentre lisina, metionina, treonina, valina, histidina, triptofano e mistura dos mesmos; i) opcionalmente vitaminas.
14. Gênero alimentício caracterizado por compreender os seguintes componentes: a) proteína bruta em uma quantidade de 25 a 45 % em peso, em particular, de 27 a 40 % em peso, b) cálcio em uma quantidade de 1 a 5 % em peso, c) fósforo em uma quantidade de 0,2 a 1,5 % em peso, d) metionina e/ou cisteína em uma quantidade de 0,25 a 1,0 % em peso; e) lisina em uma quantidade de 0,5 a 2,5 % em peso, f) ácido guanidinoacético e/ou creatina e/ou um sal do mesmo em uma quantidade de 0,02 a 0,20 % em peso, de preferência, 0,05 a 0,16 % em peso, especialmente de preferência, 0,08 a 0,15 % em peso, acima de tudo 0,11 a 0,14 % em peso.
15. Método de alimentação de animais aquáticos em aquicultura, em particular, selecionados dentre peixe de barbatana, de preferência, da família Actinopterygii, e crustáceos, de preferência, dentre tilápia e outras trutas- de-lago, carpas e outros ciprinídeos, salmões e outros salmonídeos, bagre, atum, perca, bacalhau, smelt de água doce, peixe-leite, gourami, robalo japonês, goraz, garoupa, peixe cabeça-de-cobra, camarões, lagosta, caranguejos,
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