BR112020012385A2 - composição de perfume encapsulada e métodos para prepará-las - Google Patents

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Abstract

A presente invenção refere-se à composição de perfume encapsulada compreendendo uma suspensão de microcápsulas com núcleo-casca em um meio de suspensão, o núcleo compreendendo pelo menos um ingrediente de perfume e a casca compreendendo uma resina termo-curável formada pela reação de materiais de formação de casca sele-cionados a partir de monômeros, pré-polímeros e/ou pré-condensados, e em que a composição de perfume encapsulada compreende um es-tabilizador polimérico que é um produto de reação de um tensoativo polimérico e um silano contendo grupos funcionais capazes de formar ligações covalentes com a casca.

Description

Relatório Descritivo da Patente de Invenção para "COM-
POSIÇÃO DE PERFUME ENCAPSULADA E MÉTODOS PARA PREPARÁ-LAS". Campo de invenção
[001] A presente invenção refere-se a uma composição de per- fume encapsulada na forma de uma dispersão de microcápsulas com núcleo-casca. A invenção da mesma forma refere-se a métodos para formar a composição de perfume encapsulada, seu uso em produtos de consumo, bem como produtos de consumo que as contêm. Antecedentes da Invenção
[002] A demanda por perfumaria encapsulada em todas as cate- gorias de produtos de consumo, incluindo cuidados pessoais, cuidados domésticos e, em especial, produtos de lavanderia continua a crescer. Como um resultado, perfumistas são obrigados a incorporar microcáp- sulas contendo perfume em tipos de produtos cada vez mais diversos e em meios cada vez mais desafiadores (por exemplo, agressivos ou extrativos).
[003] Essa crescente demanda dos clientes reflete a crescente importância da fragrância para os consumidores de produtos de cuida- dos pessoais, domésticos e de tecidos. Fragrâncias fornecem uma su- gestão olfativa que cria uma impressão entre os consumidores de frescura e limpeza, o que, por sua vez, reforça a confiança do consu- midor na eficácia de tais produtos.
[004] Há muitos momentos em que um consumidor interage com um produto de consumo antes, durante e após uma experiência de limpeza ou tratamento. No caso de produtos de lavanderia, a título de exemplo, pontos de interação durante uma experiência de lavanderia incluirão a experiência de frescura que um consumidor recebe ao abrir um recipiente de um produto de tratamento de tecidos; ou ao abrir uma máquina de lavar ou secar roupa após lavar ou secar a roupa; ou a experiência de frescura associada ao passar roupa, dobrar ou geral- mente manipular roupas ou roupas lavadas na hora. Se um produto de lavanderia pode encantar os consumidores durante esses momentos de interação, pode ajudar a transformar uma tarefa trabalhosa em uma experiência mais agradável e criar momentos de prazer que promo- vem a fidelidade à marca e incentivam a recompra do produto.
[005] A técnica de microencapsulação oferece a possibilidade de controlar a liberação espaço-temporal da fragrância durante uma expe- riência de limpeza ou tratamento, desse modo ajudando a criar os be- nefícios do consumidor mencionados acima.
[006] Uma grande variedade de meios de encapsulamento e in- gredientes de perfume adequados para a preparação de composições de perfume encapsuladas foi proposta na técnica.
[007] Os meios de encapsulamento propostos na técnica incluem resinas sintéticas feitas de poliamidas, poliuréias, poliuretanos, polia- crilatos, resinas derivadas de melamina, ou misturas dos mesmos; ou polímeros de ocorrência natural, tais como gelatina, amidos e simila- res.
[008] Quanto aos materiais de núcleo adequados, em princípio, todos os ingredientes de perfume na paleta de um perfumista podem ser incorporados até certo ponto em uma microcápsula com núcleo- casca. No entanto, é geralmente aceito que certas características físi- co-químicas de um ingrediente de perfume, principalmente seu log P, influenciarão se e até que ponto ele pode ser encapsulado e, uma vez encapsulado, sua propensão a permanecer no núcleo sem vazamen- tos substanciais durante o armazenamento.
[009] Nas mãos do formulador experiente, a seleção criteriosa dos materiais da casca e núcleo pode resultar em perfumaria microen- capsulada que é estável em muitos produtos de consumo e que é ca- paz de modular a liberação de fragrâncias ao longo do tempo, pelo menos em certa medida.
[0010] No entanto, mesmo o uso de substâncias químicas relati- vamente estáveis em combinação com uma formulação de perfume bem projetada no núcleo, o formulador enfrenta uma difícil troca entre garantir por um lado que as microcápsulas sejam suficientemente ro- bustas para serem estáveis e sem vazamentos durante a fabricação e o armazenamento e, por outro lado, que sejam suficientemente que- bráveis para liberar o conteúdo do núcleo com um perfil de liberação desejado em uso nos estágios úmido e seco de uma operação de lim- peza ou tratamento.
[0011] Um meio de facilitar o desempenho duradouro do perfume é garantir a deposição e ancoragem das microcápsulas com núcleo- casca em substratos tratados, tal como tecidos e substratos queratino- sos. Uma microcápsula que não é facilmente lavada com um substrato tratado poderá exercer uma agradável impressão de odor por um lon- go período de tempo.
[0012] Desta maneira, muitas tentativas foram feitas para resolver esse problema e fornecer microcápsulas que se depositam e perma- necem em superfícies queratinosas após o enxágue. Nestas tentati- vas, os polímeros têm sido utilizados principalmente como auxiliares de deposição. Por exemplo, WO 2015/041791 A1 descreve microcáp- sulas revestidas com um polímero auxiliar de deposição, que é um po- límero catiônico tendo uma carga catiônica de 0,005 meq/g a 23 meq/g, preferencialmente de 0,01 meq/g a 12 meq/g, mais preferenci- almente de 0,1 meq/g a 7 meq/g no pH da composição em que as mi- crocápsulas estão presentes. WO 2016/177607 A1 descreve micro- cápsulas de poliuréia com um polissacarídeo não iônico covalente- mente ligado à casca da poliuréia. O polissacarídeo é selecionado a partir do grupo que consiste em manano, glucomanano, xiloglucano, hidroxialquil celulose, dextrano, glactomanano e misturas dos mesmos e são reivindicados melhorar significativamente a deposição das mi- crocápsulas nos substratos tratados. No entanto, embora esses polí- meros se destinem a aumentar a deposição e aderência de microcáp- sulas em vários substratos, qualquer aprimoramento ainda é limitado nos produtos de enxágue. A modificação química das microcápsulas para melhorar a deposição tem suas limitações, ao que parece. Além disso, qualquer modificação química do invólucro pode alterar suas propriedades e afetar adversamente a estabilidade de vazamento.
[0013] Permanece a necessidade de tecnologias aprimoradas de encapsulamento que sejam estáveis em relação a vazamentos e ainda tenham melhor desempenho em uso, principalmente porque são mais substantivas em superfícies tratadas, tal como tecidos e superfícies queratinosas. Sumario da invenção
[0014] Ao abordar os problemas da técnica anterior, o requerente descobriu que um fator contribuinte que explica a deposição e reten- ção de microcápsulas limitadas observadas nas superfícies tratadas, particularmente em condições de enxágue, está relacionado ao tama- nho das partículas e à polidispersividade das microcápsulas usadas nas composições de perfume encapsuladas da técnica anterior. Mais particularmente, as microcápsulas com núcleo-casca são produzidas convencionalmente a partir de emulsões de óleo em água, em que as gotículas de óleo dispersas atuam como modelos em torno dos quais as cascas resinosas são depositadas para formar suspensões de mi- crocápsulas com núcleo-casca. Tais emulsões, que são estabilizadas por estabilizadores poliméricos convencionais, são tipicamente polidis- persas, o que resulta em uma população de microcápsulas contendo quantidades significativas de microcápsulas que são grandes ou pe- quenas demais para proporcionar deposição e retenção desejáveis de microcápsulas nas superfícies tratadas, particularmente sob condições de enxague.
[0015] O requerente constatou de uma maneira surpreendente no- vos estabilizadores poliméricos e métodos de formação de microcáp- sulas, os quais auxiliam no controle da polidispersividade em uma po- pulação de microcápsulas com núcleo-casca. O requerente da mesma forma constatou que as composições de perfume encapsuladas for- madas usando novos estabilizadores poliméricos são substantivas nas superfícies sobre as quais são depositadas e têm bom desempenho em produtos de consumo em comparação com as composições de perfume encapsuladas da técnica anterior.
[0016] Além disso, o requerente constatou que novos estabilizado- res poliméricos são tão eficazes na estabilização da interface de óleo- água que ajudam a fornecer uma plataforma particularmente estável sobre a qual depositar não apenas as químicas de casca existentes, porém da mesma forma novas químicas de casca, em torno de gotícu- las de óleo de perfume para formar novas composições de perfume encapsuladas, que proporcionam ao formulador maior latitude para projetar microcápsulas com funcionalidade adicional ou propriedades desejáveis, como microcápsulas isentas de aldeídos residuais, particu- larmente formaldeído.
[0017] Desta maneira, em um primeiro aspecto, a invenção forne- ce uma composição de perfume encapsulada compreendendo pelo menos uma microcápsula com núcleo-casca suspensa em um meio de suspensão, em que a referida pelo menos uma microcápsula com nú- cleo-casca compreende um núcleo contendo pelo menos um ingredi- ente de perfume e uma casca circundante ou pelo menos parcialmente circundando o núcleo, em que a casca compreende uma resina termo- curável formada pela reação de materiais de formação de casca sele- cionados a partir de monômeros, pré-polímeros e/ou pré-condensados, e em que a composição de perfume encapsulada compreende um es-
tabilizador polimérico que é o produto da reação de um tensoativo po- limérico e um silano contendo um grupo funcional capaz de formar li- gações covalentes com a casca.
[0018] Um segundo aspecto da invenção fornece um método para preparar a composição de perfume encapsulada acima, o método compreendendo as etapas de: I) Formação de uma emulsão de óleo em água compreen- dendo pelo menos uma gotícula de óleo contendo perfume dispersa em uma fase externa aquosa e o estabilizador polimérico; e II) Fazer com que os materiais de formação de casca pre- sentes na emulsão de óleo em água reajam e formem na interface de óleo-água uma casca de resina termocurável circundando pelo menos parcialmente ao redor da referida pelo menos uma gotícula de óleo.
[0019] Um terceiro aspecto da invenção fornece um produto de consumo, em particular um produto de consumo adequado para uso em aplicações de enxágue, compreendendo a composição de perfume encapsulada.
[0020] Um quarto aspecto da invenção fornece um estabilizador polimérico, que é o produto da reação de um tensoativo polimérico, e um silano que contém um grupo funcional que é capaz de formar uma ligação covalente com a casca de uma microcápsula núcleo-casca.
[0021] Um quinto aspecto da invenção fornece o uso do estabili- zador polimérico na preparação da composição de perfume encapsu- lada.
[0022] Um sexto aspecto da invenção fornece o uso do estabiliza- dor polimérico, na preparação da composição perfumada encapsulada, para controlar a polidispersividade das microcápsulas da casca do nú- cleo, de modo que a polidispersão das microcápsulas da casca do nú- cleo seja caracterizada por um intervalo de menos do que 1,5, mais particularmente menos do que 1,3, ainda mais particularmente menos do que 1,2.
[0023] Em modalidades particulares de qualquer aspecto da in- venção, o estabilizador polimérico é um copolímero formado pela rea- ção de um amino-silano e um copolímero hidrolisado de anidrido ma- leico.
[0024] Em modalidades particulares de qualquer aspecto da in- venção, o estabilizador polimérico é formado in situ durante a prepara- ção da composição de perfume encapsulada.
[0025] Em modalidades particulares de qualquer aspecto da in- venção, a casca de pelo menos uma microcápsula com núcleo-casca é uma resina aminoplástica termocurável formada pela reação de uma amina polifuncional e um alceno ativado, e mais particularmente ainda melamina e um éster de ácido (met) acrílico.
[0026] Em modalidades particulares de qualquer aspecto da in- venção, a casca de pelo menos uma microcápsula da casca do núcleo é um invólucro de poliuréia formado pela reação de uma amina poli- funcional e pelo menos um isocianato, em particular dois isocianatos estruturalmente diferentes.
[0027] Em modalidades particulares de qualquer aspecto da in- venção, a composição de perfume encapsulada é livre de aldeído e, mais particularmente, livre de formaldeído.
[0028] Estes e outros aspectos e modalidades da invenção serão ainda compreendidos em vista da seguinte descrição detalhada da in- venção. Descrição detalhada da invenção
[0029] As microcápsulas com núcleo-casca são tipicamente obti- das criando-se uma casca de encapsulação em torno de gotículas de óleo dispersas em uma fase aquosa na forma de uma emulsão de óleo em água. Essas emulsões de óleo em água são tipicamente estabili- zadas por estabilizadores poliméricos, que podem da mesma forma ser chamadas de colóides protetores ou emulsificantes poliméricos e são tipicamente polidispersas. Uma maneira simples de determinar a polidispersividade de uma emulsão é medir a distribuição do tamanho de gotícula de acordo com técnicas bem conhecidas na técnica e cal- cular o intervalo dessa distribuição, o intervalo sendo definido pela Equação (1) Intervalo = [Dv(90)-Dv(10)] / Dv(50). Equação (1) em que o valor de Dv (10) é o diâmetro médio do volume em que 10% do volume total de gotículas é composto por gotículas com um diâme- tro menor do que esse valor, o valor de Dv (50) é o diâmetro médio das gotículas da distribuição de volume e corresponde ao diâmetro médio do volume em que 50% do volume total de gotículas é compos- to por gotículas com um diâmetro menor que esse valor, e valor de Dv(90) é o diâmetro em que 90% do volume da amostra é compreen- dido por gotículas com um diâmetro menor que esse valor.
[0030] O tamanho da microcápsula e a distribuição do tamanho podem ser determinados de uma maneira conhecida na técnica. Um método particular de medir o tamanho das partículas é a dispersão da luz. As medições de dispersões da luz podem ser feitas usando um instrumento Malvern Mastersizer 2000S e a teoria de dispersão de Mie. O princípio da teoria de Mie e como a dispersão da luz pode ser usada para medir o tamanho das gotículas pode ser encontrado, por exemplo, H. C. van de Hulst, dispersão de luz por partículas pequenas. Dover, Nova York, 1981. A informação primária fornecida pela disper- são de luz estático é a dependência angular da intensidade da disper- são de luz, que por sua vez está ligada ao tamanho e formato das go- tículas. No entanto, em um método de operação padrão, o tamanho de uma esfera tendo um tamanho equivalente ao tamanho do objeto de difração, seja qual for a forma desse objeto, é calculado pelo software proprietário Malvern fornecido com o aparelho. No caso de amostras polidispersas, a dependência angular da intensidade geral de disper- são contém informações sobre a distribuição de tamanho na amostra. A saída é um histograma que representa o volume total de gotículas pertencentes a uma determinada classe de tamanho em função do tamanho da cápsula, enquanto um número arbitrário de 50 classes de tamanho pode ser escolhido. Desse modo, o tamanho obtido é referido como tamanho de partícula médio em volume.
[0031] Experimentalmente, algumas gotas de suspensão são adi- cionadas a uma corrente circulante de água desgaseificada que flui através de uma célula de dispersão. Sob tais condições de diluição, a distribuição angular da intensidade de dispersão é medida e analisada pelo software proprietário Malvern fornecido com o aparelho para for- necer o tamanho médio e a distribuição de tamanho das gotículas pre- sentes na amostra. No caso de uma distribuição de gotículas unimodal (monodispersa), os percentis Dv(10), Dv(50) e Dv(90) são usados como características da distribuição do tamanho das gotículas, en- quanto Dv(50) corresponde à mediana da distribuição e é tomado co- mo uma medida do tamanho médio do volume das microcápsulas.
[0032] É da natureza do processo de encapsulamento núcleo- casca com base nesse modelo de emulsão de óleo em água que a dis- tribuição de tamanho das microcápsulas obtida no final do processo é substancialmente a mesma que a distribuição de tamanho das gotícu- las na emulsão. Por isso, resolver o problema da polidispersividade ao nível da emulsão é a etapa determinante na obtenção de microcápsu- las com uma baixa polidispersividade.
[0033] As tentativas de produzir gotículas de emulsão de baixa polidispersividade usando técnicas de emulsificação da técnica anteri- or padrões e tensoativos/estabilizadores poliméricos, no entanto, fo- ram decepcionantes, pois o sistema requerente obtiveram distribuições de tamanho de gotícula muito amplas usando essas técnicas. O Re-
querente acredita, embora não pretenda ficar limitado pela teoria, que essa ampla distribuição pode ser atribuída à falha dos estabilizadores poliméricos convencionais em fornecer estabilidade suficiente à inter- face de óleo-água.
[0034] Exemplos de estabilizadores poliméricos convencionais são descritos em US 8.119.587 e incluem LUPASOL PA 140 e os copolí- meros formados a partir da reação de monômeros etilenicamente insa- turados e anidrido maleico, como ZeMac E400.
[0035] De acordo com a presente invenção, o requerente desco- briu novos estabilizadores poliméricos que possuem alto poder de emulsificação, o que permite que gotículas de óleo muito pequenas se formem com baixa polidispersividade a baixa velocidade de agitação. Além disso, a interface de óleo-água formada parece oferecer uma plataforma muito estável em torno da qual as cascas de resina termo- curável podem se formar.
[0036] O uso do estabilizador polimérico aqui definido permite a produção de composições de perfume encapsuladas compreendendo microcápsulas com núcleo-casca que exibem pelo menos um e, de preferência, todos os seguintes atributos: I. As microcápsulas são formadas com uma carga de perfume que é de pelo menos 35% em peso, e mais particularmente de pelo menos 40% em peso com base no peso total da suspensão (isto é, as microcápsulas + meio de suspensão aquoso); II. O perfume pode ser encapsulado com um rendimento de encapsulação muito alto, por exemplo superior a 90% em peso e mais particularmente superior a 95% em peso da microcápsula é per- fume encapsulado; III. As microcápsulas mostram um equilíbrio de desempe- nho de estabilidade para liberação comparável às cápsulas convenci- onais de melamina-formaldeído;
IV. As microcápsulas têm um tamanho de partícula médio Dv(50) de 30 mícrons ou menos, mais particularmente 20 mícrons ou menos, e com uma polidispersividade caracterizada por um intervalo de menos do que 1,5, mais particularmente menor do que 1,3, ainda mais particularmente menor do que 1,2. Ainda mais, o tamanho de partícula e a polidispersividade mencionados acima podem ser alcan- çados em velocidades de agitação baixas a moderadas.
[0037] O desempenho da estabilidade para liberação das micro- cápsulas pode ser avaliado através da realização de avaliações olfati- vas, como as descritas no Exemplo 6, abaixo.
[0038] Por velocidades de agitação baixas a moderadas, entende- se, por exemplo, menos do que 1000 rpm, mais particularmente na ordem de cerca de 100 a cerca de 1000 rpm, ainda mais particular- mente de cerca de 500 a 700 rpm, por exemplo 600 rpm, para um va- so tendo um volume de 1 litro, equipado com um agitador de feixe cru- zado com feixe inclinado e tendo um diâmetro de agitador ao diâmetro do reator 0,7.
[0039] O aparelho agitador pode compreender uma turbina, um agitador Mig e similares. A pessoa versada na técnica entenderá fa- cilmente que tais condições de agitação podem mudar dependendo do tamanho do reator e do volume da suspensão, da geometria exata do agitador na relação entre o diâmetro do agitador e o diâmetro das rela- ções de diâmetro do reator. Por exemplo, para um agitador Mig com uma relação de diâmetro de agitador para reator de 0,5 a 0,9 e volu- mes de suspensão variando de 0,5 a 8 toneladas, a velocidade de agi- tação preferida no contexto da presente invenção é de 150 rpm a 50 rpm.
[0040] No que diz respeito ao atributo III), a estabilidade de fuga das microcápsulas com núcleo-casca pode ser avaliada de acordo com técnicas bem conhecidas. Um método conveniente para avaliar a estabilidade das microcápsulas em relação ao vazamento em meios extrativos é descrito nos exemplos, aqui abaixo.
[0041] O alto carregamento de microcápsulas e boa estabilidade permitem a preparação de composições de perfume encapsuladas de uma maneira econômica, o que pode oferecer excelentes benefícios de perfume. Em particular, as microcápsulas exibem boa quebra, o que é particularmente benéfico em aplicações de tratamento capilar, quando um bom desempenho pós-penteado é um atributo particular- mente desejável. Além disso, como se acredita que microcápsulas menores se depositam com maior eficiência em superfícies, tal como a superfície de um tecido, o fato de que as microcápsulas da presente invenção podem ser formadas com tamanho de partícula caracteristi- camente pequeno e baixa polidispersão é considerado particularmente vantajoso.
[0042] Os estabilizadores poliméricos da presente invenção estabi- lizam as gotículas de óleo dispersas, garantindo que as gotículas se- jam impedidas de coalescer e permaneçam bem suspensas no meio de dispersão. Deste modo, o estabilizador polimérico ajuda a criar uma plataforma estável e versátil sobre a qual diferentes substâncias quí- micas formadoras de cascas podem ser depositadas em gotículas de óleo de perfume para formar novas microcápsulas com núcleo-casca.
[0043] O estabilizador polimérico da presente invenção é o produto de reação de um tensoativo polimérico e um silano, cujo silano contém funcionalidade que pode formar uma ligação covalente com o material da casca. Dessa maneira, o estabilizador polimérico não atua apenas como um agente emulsificante na preparação de emulsões estáveis, porém da mesma forma pode atuar como um ligante covalente para ajudar a ligar as cascas às gotículas de óleo dispersas, resultando em microcápsulas com núcleo-casca de melhor qualidade. A funcionaliza- ção do estabilizador polimérico, de modo que ele possa se ligar cova-
lentemente à casca, é uma característica particular da presente inven- ção.
[0044] Os tensoativos poliméricos que são particularmente ade- quados para os fins da presente invenção incluem copolímeros, que são o produto da reação do anidrido maleico e um monômero olefíni- co, tal como etileno, iso-butileno ou estireno. Exemplos de tais copolí- meros incluem poli (anidrido etileno-co-maleico), poli (anidrido isobuti- leno-co-maleico) e poli (anidrido estireno-co-maleico). Um copolímero particularmente preferido é o poli (anidrido etileno-co-maleico), uma classe comercial está disponível sob o nome comercial ZeMac E400. O copolímero de anidrido maleico pode ser utilizado singularmente ou alternativamente podem ser utilizadas combinações de copolímeros de anidrido maleico.
[0045] O copolímero de anidrido maleico pode ser apresentado para uso na presente invenção na forma hidrolisada, portento o anidri- do pode estar na forma de seu ácido livre, ou seu sal, ou uma mistura dos mesmos.
[0046] Se for utilizado um copolímero de anidrido maleico, é parti- cularmente preferido que seja pré-hidrolisado antes de ser utilizado no processo de emulsificação. A hidrólise pode ser obtida dissolvendo o anidrido maleico em meio aquoso, opcionalmente em uma temperatura elevada, por exemplo cerca de 85 a 90°C, por um intervalo de tempo apropriado. Normalmente 2 horas é um intervalo de tempo apropriado para afetar a hidrólise. Depois que o polímero é dissolvido sob essas condições, o pH da solução é tipicamente menor do que 3, o que pode ser indicativo de que a hidrólise ocorreu. Além disso, a análise espec- troscópica no infravermelho revela que as faixas de absorção típicas correspondentes ao grupo anidrido desapareceram.
[0047] Como declarado acima, o copolímero de anidrido maleico na forma hidrolisada pode ser apresentado como seu ácido livre, ou sua forma de sal, ou uma mistura de ácido livre e sal. As quantidades relativas de ácido livre e forma de sal dependerão do pH do meio aquoso. Mais particularmente, o copolímero de anidrido maleico é utili- zado em solução aquosa em um pH de cerca de 2 a cerca de 7, mais particularmente de cerca de 4 a cerca de 5, onde o copolímero de ani- drido maleico exibe propriedades emulsificantes ideais.
[0048] O copolímero de anidrido maleico na forma hidrolisada po- de ser apresentado como uma mistura de sua forma livre de ácido e sal com contra-íons monovalentes, tal como contra-íons de lítio, sódio, potássio ou amônio.
[0049] O silano utilizado na preparação do estabilizador polimérico pode ser selecionado a partir de um composto da Fórmula I Fórmula I em que R1, R2 e R3 são independentemente C1-C4 alquila ou alceno linear ou ramificada, em particular metila ou etila, e R4 é uma C1-C12, preferencialmente uma C1-C4 alquila ou alceno linear ou ramificada, compreendendo um grupo funcional. Particularmente preferidos são os aminossilanos. O grupo funcional pode desse modo ser uma amina, em particular uma amina primária, secundária ou terciária.
[0050] Quando o grupo funcional é uma amina primária, pode ser uma amina primária terminal. R4 é em seguida preferencialmente um C1-C8, ainda mais preferencialmente um C1-C4, resíduo de aminoalqui- la primário terminal linear. Aminossilanos específicos desta categoria são selecionados a partir do grupo consistindo em aminometiltrietoxis- silano, 2-aminoetiltrietoxissilano, 3-aminopropiltrietoxissilano, 4-
aminobutiltrietoxissilano, 5-aminopentiltrietoxissilano, 6- aminoexiltrietoxissilano, 7-aminoptiltrietoxissilano e 8- aminooctiltrietoxissilano, mais preferivelmente 3- aminopropiltrietoxissilano. O aminossilano e o copolímero de anidrido maleico, que reagem e formam o estabilizador polimérico, podem ser combinados em quantidades amplamente variáveis. No entanto, é pre- ferido que a proporção em peso do tensoativo polimérico e, mais parti- cularmente, do copolímero de anidrido maleico, em relação ao silano esteja dentro do intervalo de cerca de 1/0,05 a cerca de 1/1, mais par- ticularmente de cerca de 1/0,1 a cerca de 1/0,7, ainda mais particular- mente de cerca de 1/0,3 a cerca de 1/0,4, por exemplo 1/0,33.
[0051] Devido aos grupos funcionais alcóxi disponíveis no aminos- silano, o estabilizador polimérico não atua apenas como agente emul- sificante na preparação de emulsões estáveis, porém da mesma forma como ligante covalente para ajudar a ligar as cascas às gotículas de óleo dispersas, resultando em microcápsulas com núcleo-casca de melhor qualidade.
[0052] A funcionalização do estabilizador polimérico, tal que ele possa se ligar covalentemente à casca, por exemplo, através da poli- condensação das porções de alcoxissilano é uma característica parti- cular da presente invenção.
[0053] De acordo com o método da presente invenção, microcáp- sulas são formadas quando cascas resinosas são formadas, que cir- cundam, ou pelo menos parcialmente circundam, as gotículas de emulsão.
[0054] Em princípio, qualquer química da casca pode ser formada em torno de gotículas de perfume que são estabilizadas pelo estabili- zador polimérico da presente invenção. A química da casca pode ser convencional, tal como resinas de melamina formaldeído, ureia for- maldeído, poliuréia ou poliacrilato.
[0055] Modalidades particulares da invenção, a casca pode ser formada pela policondensação de pré-condensados de amina polifun- cionais com aldeídos, e particularmente de melamina e formaldeído metilolados.
[0056] Em modalidades particulares da invenção, a casca pode ser formada por reação de uma amina polifuncional e de pelo menos um isocianato, em particular dois isocianatos estruturalmente diferen- tes.
[0057] Em outras modalidades particulares, a casca pode ser for- mada por polimerização do crescimento da cadeia por meio de quími- ca radical e, em particular, a reação do divinil benzeno (DVB) e do áci- do (met) acrílico ou seus ésteres, tal como metacrilato de metila. Mi- crocápsulas compreendendo uma casca de resina termocurável com- preendendo um polímero de metacrilato de DVB-co-metila formam modalidades particulares da presente invenção.
[0058] Em modalidades particularmente preferidas da presente invenção, a casca pode ser formada por uma reação de poliadição de um material de formação de casca contendo uma pluralidade de liga- ções duplas olefínicas ativadas, com um material de formação de cas- ca contendo uma pluralidade de grupos funcionais nucleofílicos capa- zes de reagir com as ligações duplas olefínicas ativadas.
[0059] O material de formação de casca contendo os grupos fun- cionais nucleofílicos pode ser alifático linear ou ramificado, aromático, cíclico-alifático, heterocíclico, heteroaromático, organossilano ou mis- turas de qualquer uma das estruturas anteriores. O material pode ser monomérico, oligomérico ou polimérico. Os grupos funcionais nucleofí- licos podem ser selecionados a partir de amino, e em particular amino primário ou secundário, tiol, hidroxila e imino. Particularmente preferi- dos, tais materiais de formação de cascas são aminas polifuncionais, selecionadas a partir aminas alifáticas lineares ou ramificadas, ou he-
terociclos alifáticos ou aromáticos funcionalizados com amino. Ainda mais particularmente, o material da casca é um heterociclo di ou tri amino substituído selecionado a partir de melamina (2,4,6-triamino- 1,3,5-triazina), 3,5-diamino-1,2,4-triazol, 2,4-diamino-6-fenil-1,3,5- triazina ou 6-metil-1,3,5-triazina-2,4-diamina, 1,2-fenilendiamina, 1,3- fenilenodiamina ou 1,4-fenilenodiamina ou misturas dos mesmos.
[0060] As poliiminas reagem da mesma forma com as ligações duplas olefínicas do primeiro monômero de formação de casca e, por- tanto, são da mesma forma úteis para a preparação de microcápsulas da presente invenção.
[0061] O material de formação de casca que contém a pluralidade de ligações duplas olefínicas ativadas pode ser qualquer aceptor de Michael que seja capaz de reagir com o material de formação de cas- ca mencionado acima contendo uma pluralidade de ligações duplas olefínicas ativadas. O aceptor de Michael pode conter a ligação dupla olefínica em conjugação com qualquer grupo de retirada de elétrons adequado, tal como grupos nitrila, ceto, amido ou éster. O material de formação de casca pode ser um monômero, oligômero ou polímero. Os materiais de formação de casca particularmente preferidos são amidas ou acrilatos di, tri ou tetra-funcionais, embora acrilatos poli- funcionais sejam preferidos. Acrilatos polifuncionais adequados são pelo menos acrilatos disfuncionais e incluem, mas não são limitados a ésteres C1-C24 alquilicos de ácido acrílico e/ou ácido metacrílico.
[0062] Em modalidades particulares, os monômeros formadores de casca podem ser selecionados a partir de pentaeritritol-tetra-acrilato (PETA); Triacrilato de pentaeritritol (PETIA) diacrilato de 1,4-butanodiol (BDA-2); dimetacrilato de etileno glicol (EDGMA); Triacrilato de trimeti- lolpropano (TMPTA); e diacrilato de hexano diol (HDDA), ((2,4,6- trioxocicloexano-1,3,5-triil) tris (óxi)) tris (etano-2,1-diil) triacrilato (TOCTA), isocianurato de Tris(2-acrililoxietila), 1,3,5-triacriloilexaidro-
1,3,5-triazina (TAHHT), ou misturas dos mesmos.
[0063] De acordo com modalidades preferidas da invenção, os monômeros de formação de cascas são aquelas aminas polifuncionais descritas acima, e em particular melamina; e o aceptor de Michael, tal como descrito acima, é mais particularmente um acrilato polifuncional. Igualmente a amina polifuncional e o acrilato polifuncional devem ser pelo menos di-funcionais, isto é, devem conter pelo menos dois grupos amino reativos ou pelo menos dois grupos acrilatos reativos, respecti- vamente. Além disso, pelo menos uma das aminas polifuncionais ou acrilatos polifuncionais deve ser pelo menos trifuncional para formar uma rede reticulada.
[0064] Em modalidades preferidas da presente invenção, os mo- nômeros de formação de cascas são selecionados a partir de uma amina polifuncional, tal como melamina, 1,2-fenilenodiamina, 1,3- fenileno diamina e 1,4-fenilediamina, ou misturas dos mesmos, e um acrilato polifuncional, tal como isocianurato de tris (2-acrililoxietila) e 1,3,5-triacriloilexaidro-1,3,5-triazina. Sem desejar estar ligado a qual- quer teoria em particular, acredita-se que combinações de qualquer uma dessas aminas polifuncionais em particular e desses acrilatos po- lifuncionais em particular são particularmente vantajosas, porque po- dem formar uma estrutura de resina plana e essencialmente bidimen- sional.
[0065] As microcápsulas com base nesta química possuem os atributos mencionados acima e são particularmente vantajosas porque são livres de formaldeído.
[0066] De acordo com o processo da presente invenção, se dese- jado, um revestimento funcional pode ser aplicado à casca de resina termocurável das microcápsulas com núcleo-casca. Um revestimento funcional pode totalmente ou apenas parcialmente revestir a casca da microcápsula. Se o revestimento funcional é carregado ou não, seu principal objetivo é alterar as propriedades da superfície da microcáp- sula para obter um efeito desejável, tal como melhorar a deposição da microcápsula em uma superfície tratada, tal como tecido, pele huma- na, cabelo ou similar. Os revestimentos funcionais podem ser pós- revestidos com microcápsulas já formadas ou podem ser fisicamente incorporados à casca da microcápsula durante a formação da casca. Eles podem ser ligados à casca por forças físicas, interações físicas, tal como ligações de hidrogênio, interações iônicas, interações hidro- fóbicas, interações de transferência de elétrons, ou podem ser cova- lentemente ligados à casca.
[0067] Se o revestimento funcional for anexado à casca por asso- ciação física, a estrutura química do revestimento será, em certa me- dida, determinada por sua compatibilidade com a química da casca, já que deve haver alguma associação com a casca da microcápsula.
[0068] Se o revestimento funcional deve ser covalentemente liga- do à casca, isso pode ser facilitado pela incorporação na casca, mate- riais contendo grupos funcionais que são capazes de reagir com o ma- terial de revestimento.
[0069] Por exemplo, se a casca de uma microcápsula de núcleo casca for preparado, como descrito aqui, usando um monômero de formação de casca de (met) acrilato di, tri ou tetra funcional, qualquer funcionalidade residual de acrilato presente na casca associado ao monômero de formação de casca de acrilato que não reage com a amina polifuncional durante a formação da casca, pode reagir com o material de revestimento para ligar covalentemente o último à casca.
[0070] Os materiais de revestimento adequados podem ser base- ados em polissacarídeos, polipeptídeos, policarbonatos, poliésteres, poliolefínicos (vinila, acrílico, acrilamida, polidieno), poliéster, poliéter, poliuretano, polioxazolina, poliamina, silicone, polifosfazina, poli- aromático, polieterocíclicos e similares. Uma lista mais detalhada de materiais de revestimento que podem ser utilizados para revestir as microcápsulas pode ser encontrada na literatura de patentes, por exemplo, EP 1.797.947, que descreve materiais de revestimento que podem ser empregados como auxiliares de deposição, são aqui incor- porados por referência.
[0071] Os materiais de revestimento particularmente preferidos podem ser selecionados a partir do grupo consistindo em polimetilme- tacrilato, polidimetilaminoetilmetacrilato, polibutilmetacrilato, cloreto de polidialodimetilamônio e misturas dos mesmos.
[0072] Se o material de revestimento é um polímero, ele pode ser gerado in situ durante o processo de revestimento pela polimerização de monômeros de material de revestimento que contêm ligações du- plas olefínicas. Mais particularmente, monômeros adequados podem ser adicionados a uma suspensão de microcápsulas com núcleo-casca formadas de acordo com um processo aqui descrito e causadas para polimerizar, bem como reagir com os grupos funcionais de acrilato re- sidual acima mencionados na casca, a fim de construir revestimento polimérico material que esteja ligado covalentemente à casca e que a reveste pelo menos parcialmente.
[0073] Os monômeros adequados para este propósito incluem, porém não são limitados a acrilatos, tal como metacrilato de metila, metacrilato de butila, ácido metacrílico, metacrilato de dimetilaminoeti- letila (DMAEMA) e cloreto de dialildimetilamônio (DADMAC).
[0074] A invenção será também entendida com referência a uma descrição dos processos para obter as composições de perfume en- capsuladas acima, cujos processos, bem como as composições de perfume encapsuladas feitas de acordo com esses processos, repre- sentam aspectos adicionais da presente invenção.
[0075] Em um aspecto particular, a invenção fornece um método para formar a composição de perfume encapsulada aqui descrita,
compreendendo pelo menos uma microcápsula com núcleo-casca dis- persa em um meio de dispersão, em que o referido método compreen- de as etapas de: I. Formação de uma emulsão de óleo em água compre- endendo pelo menos uma gotícula de óleo contendo perfume dispersa em uma fase externa aquosa, na presença do estabilizador polimérico; e II. Fazer com que os materiais de formação de casca presentes na emulsão de óleo em água reajam e formem na interface de óleo-água uma casca de resina termocurável ao redor ou pelo me- nos parcialmente ao redor da referida pelo menos uma gotícula de óleo contendo perfume; e III. Opcionalmente, pelo menos parcialmente, revestir as microcápsulas com núcleo-casca com um material de revestimento funcional.
[0076] Na realização da etapa I), em modalidades da invenção, o estabilizador polimérico pode ser formado in situ, e mais particular- mente durante ou após a etapa de emulsificação e antes da etapa de encapsulamento.
[0077] A geração in situ do estabilizador polimérico é realizada re- agindo em conjunto o tensoativo polimérico e o silano, ambos defini- dos acima.
[0078] A velocidade de agitação e a geometria apropriadas do mis- turador podem ser selecionadas para obter o tamanho de gotículas médio desejado e distribuição de tamanho de gotícula. É uma caracte- rística da presente invenção que o estabilizador polimérico tenha um poder tensoativo particularmente alto e seja capaz de promover a for- mação de gotículas de óleo dispersas com um tamanho de gotícula pequeno e desejável e com baixa polidispersividade.
[0079] É uma característica do processo da presente invenção que, em um recipiente de um litro, equipado com um agitador de feixe cruzado com feixe inclinada, e tendo um diâmetro de agitador ao diâ- metro do reator de cerca de 0,7, tendo microcápsulas que possam ser formadas tendo um tamanho de partícula médio D(50) de 30 mícrons ou menos, mais particularmente 20 mícrons ou menos, e com um in- tervalo de polidispersividade inferior a 1,5, mais particularmente inferi- or a 1,3, ainda mais particularmente inferior a 1,2, em uma velocidade de agitação inferior a 1000 rpm, mais particularmente na ordem de cerca de 100 a cerca de 1000 rpm, ainda mais particularmente de cer- ca de 500 a 700 rpm, por exemplo, 600 rpm usando uma turbina, um agitador de feixe cruzado com feixe inclinado, tal como o agitador Mig ou similar. De preferência, um agitador Mig é usado operando em uma velocidade de 600 ~ 50 rpm. A pessoa versada na técnica entenderá facilmente que tais condições de agitação podem mudar dependendo do tamanho do reator e do volume da suspensão, da geometria exata do agitador na relação entre o diâmetro do agitador e o diâmetro das relações de diâmetro do reator. Por exemplo, para um agitador Mig com uma relação de diâmetro de agitador para reator de 0,5 a 0,9 e volumes de suspensão variando de 0,5 a 8 toneladas, a velocidade de agitação preferida no contexto da presente invenção é de 150 rpm a 50 rpm.
[0080] Na formação da emulsão de óleo em água, o copolímero de anidrido maleico é adicionado à fase externa aquosa e o aminossilano é misturado à fase oleosa. Sua separação é uma consideração de oti- mização de processo para controlar a taxa de hidrólise do silano e ga- rantir que o silano e o copolímero de anidrido maleico reajam na inter- face de óleo-água de uma maneira ideal para formar o estabilizador polimérico in situ. Se o silano é permitido hidrolisar muito rapidamente, é provável que ele se condense. O emprego do silano na fase oleosa promove sua reação com o tensoativo polimérico na interface de óleo-
água, em vez de sofrer autocondensação.
[0081] A fim de proporcionar condições de reação ideais para o acoplamento do aminossilano e do anidrido maleico, o pH da mistura é aumentado para cerca de 3,5 a 7, por exemplo 4,5 ou 6. Isso pode ser obtido pela adição de uma base adequada. Para este propósito, é adequada uma solução diluída (20%) de amônia, embora outras bases possam ser empregadas, tal como o hidróxido de sódio diluído. Todo o processo pode ser realizado durante um período de cerca de 1 hora a 3 horas, mais particularmente de 2 horas a 0,5 horas, e em temperatu- ra ambiente, ou temperatura ligeiramente elevada, por exemplo 35 ± 5°C. O estabilizador polimérico formado in situ dessa maneira torna-se associado na interface de óleo-água para formar uma camada pelo menos parcial em torno das gotículas de óleo, estabilizando-as e evi- tando a coalescência.
[0082] As gotículas de óleo dispersas estabilizadas com o estabili- zador polimérico formam plataformas versáteis sobre as quais diferen- tes substâncias químicas de formação de cascas podem ser deposita- das para formar novas microcápsulas com núcleo-casca.
[0083] Embora uma grande variedade de químicas de casca possa ser aplicada às gotículas de óleo para formar microcápsulas com nú- cleo-casca com uma variedade de químicas diferentes, com o objetivo de ilustrar ainda mais os processos da invenção de formar químicas de casca preferidas, são descritos abaixo.
[0084] Cada um dos monômeros de formação de cascas pode ser adicionado antes, durante ou após a formação da emulsão de óleo em água. Além disso, os monômeros de formação de casca podem ser adicionados simultaneamente, separadamente ou sequencialmente à mistura de reação.
[0085] Os monômeros de formação de cascas na emulsão de óleo em água são levados a reagir ajustando as condições físicas e/ou químicas dentro da emulsão. Por exemplo, o pH e a temperatura da emulsão de óleo em água podem ser ajustados. Dependendo da quí- mica utilizada, o pH pode ser mantido no domínio ácido, por exemplo entre 2,5 e 7, por exemplo 4 ± 0,2. Alternativamente, o pH pode ser aumentado acima do neutro; por exemplo, dentro de um intervalo de cerca de 7,5 a cerca de 10, mais particularmente cerca de 8 a cerca de 9 e ainda mais particularmente 8,5 ± 0,2. A etapa de ajuste do pH po- de ser realizada com adições de quantidades apropriadas de um ácido ou base adequado, que pode estar na forma de uma solução diluída (por exemplo 10 ou 20%) de ácido clorídrico ou amônia, porém outros ácidos e bases podem ser usados. Alternativamente, um aumento da temperatura do reator pode ser usado para desencadear a reação. A fim de evitar qualquer reação prematura indesejada dos monômeros de formação de cascas, é particularmente preferido que o ajuste do pH e/ou o aumento da temperatura ocorram após a adição do monômero de formação de cascas, tal como o monômero de formação de cascas contendo a pluralidade de ligações duplas olefínicas, que normalmente seria o acrilato poli-funcional.
[0086] Além de aumentar o pH da emulsão de óleo em água, a temperatura da emulsão pode ser elevada a uma temperatura de rea- ção de cerca de 40°C a cerca de 100 °C, mais particularmente de cer- ca de 50 a 95°C, ainda mais particularmente de cerca de 70 e 90°C, por exemplo 80 ± 5°C. O aquecimento pode ser mantido por um perío- do de tempo suficiente para, pelo menos parcialmente, fazer com que os monômeros de formação de cascas reajam na interface de óleo- água para formar cascas de resina termocurável em torno das gotícu- las de óleo dispersas e, desse modo, formar uma composição encap- sulada na forma de uma suspensão de microcápsulas com núcleo- casca. O intervalo de tempo mantido nesta temperatura elevada pode variar de cerca de 1 a 10 horas, mais particularmente durante 2 a 6 horas, ainda mais particularmente de 2,5 a 4 horas, por exemplo 3 ho- ras.
[0087] O tempo necessário para atingir a temperatura da reação pode variar dentro de um intervalo de cerca de 15 minutos a mais de 2 horas. De preferência, o tempo gasto é de 1,5 horas a 0,5 horas.
[0088] De acordo com o processo aqui descrito, microcápsulas podem ser obtidas que exibem boa retenção de seu conteúdo princi- pal, porém são da mesma forma bastante frangíveis. Dessa maneira, as microcápsulas são suficientemente robustas para exibir baixos ní- veis de vazamento durante o armazenamento, mesmo em meios ex- trativos, porém na aplicação de uma proporção significativa pode que- brar com relativa facilidade para liberar seu conteúdo de núcleo. Isso é particularmente vantajoso em aplicações de perfumaria encapsulada e, mais particularmente, em perfumaria encapsulada em aplicações de lavanderia.
[0089] O Requerente acredita que, embora não pretenda ficar vin- culado por uma teoria específica de que, operando dentro dos parâme- tros do processo aqui descritos, incluindo a seleção de reagentes e, em particular, o controle da taxa e/ou duração do aquecimento da ma- neira descrita, é possível controlar a reação dos monômeros de forma- ção de cascas e criar cascas resinosas relativamente finas e homogê- neas, que resistem a vazamentos, porém que podem quebrar em res- posta apenas à força de cisalhamento leve ou moderada.
[0090] Após a formação das microcápsulas, a composição encap- sulada pode ser resfriada em temperatura ambiente. Preferencialmen- te, o tempo de resfriamento é de pelo menos uma hora, mais particu- larmente de pelo menos 2 horas, por exemplo 2,5 horas a 0,5 horas. Acredita-se que o resfriamento lento dessa maneira seja capaz de se organizar ainda mais por recozimento, o que pode da mesma forma afetar a homogeneidade dos invólucros de resina e, portanto, contribu-
ir para as propriedades das microcápsulas em aplicação.
[0091] Antes, durante ou após o resfriamento, a composição en- capsulada pode ser também processada. Outro Processamento pode incluir tratamento da composição com um ou mais preservativos anti- microbianos, preservativos que são bem conhecidos na técnica. Outro processamento pode da mesma forma incluir a adição de um auxiliar de suspensão, tal como um auxiliar de suspensão hidrocolóide para ajudar na dispersão física estável das microcápsulas e impedir qual- quer formação de creme ou coalescência ou qualquer outra coisa. Quaisquer adjuvantes adicionais que possam ser desejados ou con- vencionais na técnica podem da mesma forma ser adicionados neste momento.
[0092] A composição encapsulada resultante, apresentada na for- ma de uma suspensão de microcápsulas suspensas em um meio de suspensão aquoso pode ser incorporada como tal em uma base de produtos de consumo. Se desejado, no entanto, a pasta pode ser de- sidratada para apresentar a composição encapsulada na forma de pó seco. A desidratação de uma suspensão de microcápsula é convenci- onal e pode ser realizada de acordo com técnicas conhecidas na téc- nica, como secagem por pulverização, evaporação ou liofilização. Tipi- camente, como é convencional na técnica, as microcápsulas secas serão dispersas ou suspensas em um pó adequado, tal como sílica em pó ou similar, que pode atuar como um agente de volume, auxiliar de fluxo ou similar. Esse pó adequado pode ser adicionado à composição encapsulada antes, durante ou após a etapa de secagem.
[0093] De acordo com modalidades preferidas da invenção, os materiais de formação de casca são selecionados dentre as aminas polifuncionais descritas acima, e em particular a melamina; e um acep- tor de Michael, como descrito acima, e mais particularmente um acrila- to polifuncional. Tanto a poliamina como o acrilato polifuncional devem ser pelo menos disfuncionais, isto é, devem conter pelo menos dois grupos amino reativos ou pelo menos dois grupos acrilatos reativos, respectivamente. Além disso, pelo menos um dos poliamina ou acrila- tos polifuncional deve ser pelo menos multifuncional.
[0094] O caso em que uma amina polifuncional e um acrilato poli- funcional são usados como monômeros de formação de casca consti- tuem um processo particular de formação de uma composição encap- sulada da presente invenção, que compreende as etapas de: - Formação de uma emulsão de óleo em água compre- endendo um estabilizador polimérico, um óleo contendo pelo menos um ingrediente de perfume e uma fase aquosa em um pH de cerca de 3,5 a cerca de 7, por exemplo 4,5 ou 6; de preferência em uma tempe- ratura elevada, mais particularmente a 35 ± 5°C; - Manter a emulsão sob agitação e na temperatura an- teriormente mencionada por um período de até cerca de 2 horas ou mais, por exemplo 2 horas ± 0,5 horas; - Sob agitação, a adição dos monômeros de formação de casca compreendendo uma amina polifuncional, mais particular- mente melamina 1,2-fenilenodiamina, 1,3-fenilenodiamina ou 1,4- fenilenodiamina, ou uma mistura dos mesmos, e um acrilato polifunci- onal selecionado a partir do grupo consistindo em triacrilato ((2,4,6- trioxocicloexano-1,3,5-triil)tris(óxi))tris(etano-2,1-di-ila), isocianurato de tris (2-acriloiloxietila), 1, 3,5-triacriloilexaidro-1,3,5-triazina ou misturas dos mesmos, em que o acrilato polifuncional é preferencialmente adi- cionado antes da adição da amina polifuncional; - Ajustar o pH da emulsão para um pH de cerca de 7,5 a cerca de 10, mais particularmente entre 8 e 9, por exemplo 8,5 ± 0,2 por meio da adição de uma base, em que o ajuste do pH é preferenci- almente realizado entre a adição de acrilato polifuncional e amina poli- funcional;
- Aquecimento da emulsão em uma temperatura de re- ação de cerca de 40 a cerca de 100°C, mais particularmente de cerca de 50 a 95°C, ainda mais particularmente de cerca de 70 e 90°C, por exemplo 80  5°C, em que a temperatura é elevada à temperatura da reação durante um período de cerca de 15 minutos a cerca de 2 horas e mais, por exemplo 1,5 horas a 0,5 hora, em que a referida etapa de aquecimento pode ser realizada antes, durante ou após a etapa de ajuste do pH; - Manter a emulsão na temperatura da reação por um período suficiente para, pelo menos parcialmente, fazer com que os monômeros de formação de casca reajam na interface de óleo-água para formar cascas de resina reticuladas em torno das gotículas de óleo dispersas, desse modo formando uma suspensão de microcápsu- las com núcleo-casca, em que o intervalo de tempo pode variar de cerca de 0,5 a 10 horas, mais particularmente por 2 a 6 horas, ainda mais particularmente de 2,5 a 4 horas, por exemplo 3 horas; - Resfriar a suspensão em temperatura ambiente, por exemplo, durante um período de cerca de 15 minutos a cerca de 2 ho- ras e mais, por exemplo 2 horas a 0,5 hora; - Opcionalmente processar a pasta, antes, durante ou após a etapa de resfriamento, adicionando um conservante microbia- no, um auxiliar de suspensão para auxiliar a dispersão estável das mi- crocápsulas na suspensão e quaisquer outros adjuvantes que possam ser desejados ou convencionais na técnica; e - Opcionalmente desidratar a pasta para fornecer a composição encapsulada na forma de um pó.
[0095] No que diz respeito à sequência de adição dos monômeros de formação de casca, o monômero de formação de casca de poli- acrilato pode ser adicionado antes, durante ou após a formação da emulsão de óleo em água, embora seja preferível que seja adicionado após sua formação. Além disso, é preferido que este monômero seja adicionado após a adição do monômero de formação de casca de amina polifuncional.
[0096] A amina polifuncional pode ser dissolvida na fase aquosa ou empregada na forma sólida, e um processo de formação de micro- cápsulas e composições encapsuladas contendo a mesma, em que a amina polifuncional é empregada na forma sólida representa uma mo- dalidade específica da presente invenção. O requerente considerou a utilização de uma amina polifuncional sólida ser particularmente vanta- josa quando a amina polifuncional utilizada como monômero de forma- ção de casca é a melamina. Foi surpreendente que a melamina na forma sólida pudesse ser usada dessa maneira. No entanto, não só foi possível realizar uma reação de poliadição na interface de óleo-água com melamina na forma sólida, como não ter que dissolver a melami- na, uma etapa de diluição indesejável e industrialmente impraticável poderia ser evitada. Sem pretender estar ligado a nenhuma teoria em particular, acredita-se que partículas sólidas de amina polifuncional pouco solúvel, tal como melamina, sejam absorvidas ou dissolvidas na interface de óleo-água e, desse modo, se tornem disponíveis no local da reação de poli adição com outros monômeros de formação de cas- cas, e a reação, por sua vez, parece conduzir o processo de absorção ou dissolução da amina polifuncional na interface de óleo-água.
[0097] A amina polifuncional na forma sólida pode ser empregada na forma de pó, ou pode ser empregada como uma dispersão sólida na fase aquosa.
[0098] Se ainda não estiver incorporado na emulsão de óleo em água, os monômeros de formação de cascas podem ser adicionados à emulsão de óleo em água sob agitação, de acordo com a sequência de adição mencionada acima.
[0099] De acordo com outra modalidade particular da invenção, os monômeros de formação de casca são selecionados a partir de pré- condensados polifuncionais de amina, mais particularmente pré- condensados de melamina e ureia com aldeídos, e particularmente formaldeído. O método de obtenção de microcápsulas com base nes- ses monômeros de formação de cascas é substancialmente o mesmo que o método descrito acima para aminas polifuncionais e acrilatos polifuncionais, exceto (i) a faixa de pH da reação está no domínio áci- do neste caso, mais particularmente entre 3 e 6, por exemplo 4,4 ± 0,5. Além disso, de acordo com esta modalidade específica, um recu- perador de formaldeído pode ser utilizado para reduzir o nível de for- maldeído na suspensão final, em que o recuperador de formaldeído pode ser adicionado antes, durante ou após a suspensão ser resfriada em temperatura ambiente.
[00100] Alternativamente, ou adicionalmente, durante a formação de uma casca de resina termocurável, se desejado, um monômero de acrilato monofuncional pode ser adicionado à mistura de reação. Desta maneira, o monômero de acrilato monofuncional fica embebido na casca enquanto a casca está em processo de formação. Embora seja possível adicionar o monômero de acrilato monofuncional ao mesmo tempo que a adição de melamina, de preferência ele é adicionado em algum momento após a adição de melamina. Mais particularmente, é adicionado em algum momento após a adição de melamina e antes de a casca estar completamente formada.
[00101] De acordo com outra modalidade particular da invenção, a casca pode ser formada por polimerização de crescimento em cadeia por meio de química de radical livre e, em particular, a reação do divinil benzeno (DVB) e do ácido (met) acrílico ou seus ésteres, tal como me- tacrilato de metila. Microcápsulas compreendendo uma casca de resi- na termocurável compreendendo um polímero de metacrilato de DVB- co-metila formam modalidades particulares da presente invenção.
[00102] O método de obter de microcápsulas com base nesses me- canismos de polimerização por radicais livres é substancialmente o mesmo que o método descrito acima para aminas polifuncionais e acri- latos polifuncionais, exceto (i) a faixa de pH da reação está no domínio ácido neste caso, mais particularmente entre 3 e 6, por exemplo 4,4 ± 0,5, e (ii) a polimerização de radicais livres é desencadeada por um iniciador de radical. O iniciador pode ser solúvel em óleo, tal como compostos de diazo e peróxidos de diacila, ou solúvel em água, tal como peroxodissulfato de metal, peroxodifosfatos de metal ou peróxi- do de hidrogênio. Em uma modalidade particular, iniciadores solúveis em óleo e solúveis em água são usados.
[00103] O caso em que uma amina polifuncional e um isocianato são utilizados como monômeros de formação de casca constituem um processo particular de formação de uma composição encapsulada da presente invenção. O processo compreende as etapas de: - Formação de uma emulsão de óleo em água compreen- dendo um estabilizador polimérico, um óleo contendo pelo menos um ingrediente de perfume e uma fase aquosa; - Adicionar à emulsão de óleo em água pelo menos um poli- isocianato, em particular adicionando um poli-isocianato (A) e um poli- isocianato (B), que é diferente do poli-isocianato (A); - Adicionar à emulsão de óleo em água pelo menos uma amina polifuncional; - Efetuar a formação de cascas ao redor das gotículas da emulsão de óleo em água para obter uma dispersão de microcápsulas.
[00104] A emulsão de óleo em água pode ser formada em um pH de 3,5 a 7, preferencialmente de 4,5 a 6. A formação pode ser condu- zida em uma temperatura elevada, mais especificamente a 35 ± 5°C. A emulsão de óleo em água pode opcionalmente ser mantida sob agita- ção e na temperatura mencionada acima por um período de até cerca de 2 horas ou mais, por exemplo 2 horas ± 0,5 horas.
[00105] Isocianatos orgânicos são compostos em que um grupo isocianato está ligado a um resíduo orgânico (R-N=C=O ou R-NCO). No contexto da presente invenção, poli-isocianatos (ou isocianatos po- lifuncionais) são isocianatos orgânicos com dois ou mais (por exemplo 3, 4, 5, etc.) grupos isocianatos em uma molécula. Os poli-isocianatos adequados são, por exemplo, aromáticos, alicíclicos ou alifáticos.
[00106] Os poli-isocianatos modificados anionicamente compreen- dem pelo menos dois grupos isocianato e pelo menos um grupo funci- onal que é aniônico ou anionogênico. Um "grupo funcional anionogêni- co" é um grupo que pode se tornar aniônico dependendo do ambiente químico, por exemplo, o pH. Grupos aniônicos ou anionogênicos ade- quados são, por exemplo, grupos ácido carboxílico, grupos ácido sul- fônico, grupos ácido fosfônico e seus sais.
[00107] O poli-isocianato aniônico modificado (A) pode compreen- der um ou mais grupos de ácidos sulfônicos ou seus sais. Os sais adequados podem ser sais de sódio, potássio ou amônio. Os sais de amônio são preferidos.
[00108] Preferencialmente, o poli-isocianato anionicamente modifi- cado (A) é obtido por reação de um poli-isocianato com ácido 2- (cicloexilamino) -etanossulfônico e/ou ácido 3-(cicloexilamino)- propanossulfônico.
[00109] Mais preferencialmente, o poli-isocianato anionicamente modificado (A) é obtido por reação de um poli-isocianato com ácido 2- (cicloexilamino)-etanossulfônico e/ou ácido 3-(cicloexilamino)- propanossulfônico, em que o poli-isocianato é selecionado a partir de di-isocianato de hexametileno, di-isocianato de tetrametileno. diisocia- nato, dicicloexilmetano-4,4'-diisocianato, di-isocianato de 2,4- e 2,6- toluileno e misturas dos mesmos de isômeros, diisocianatos de dife- nilmetano, biuretos, alofanatos e/ou isocianuratos dos poli-isocianatos mencionados anteriormente.
[00110] O poli-isocianato anionicamente modificado (A) pode ser selecionado em cada caso a partir de di-isocianato de hexametileno modificado anionicamente, di-isocianato de isoforona, dicicloexilmeta- no-4,4'-diisocianato, o isocianurato de di-isocianato de hexametileno e misturas dos mesmos.
[00111] De preferência, o poli-isocianato anionicamente modificado (A) tem: - uma funcionalidade de isocianato média de pelo menos 1,8, - um teor de grupos isocianato (calculado como NCO; peso molecular = 42) de 4,0 a 26,0% em peso, - um teor de grupos sulfonato (calculado como SO3; peso molecular = 80) de 0,1 a 7,7% em peso e - opcionalmente, um teor de unidades de óxido de etileno ligadas dentro de cadeias de poliéter (calculado como C2H2O; peso molecular = 44) de 0 a 19,5% em peso, em que as cadeias de poliéter contêm uma média estatística de 5 a 55 unidades de óxido de etileno.
[00112] Em particular, poli-isocianato anionicamente modificado (A) pode ser selecionado a partir de um di-isocianato de hexametileno modificado anionicamente, um di-isocianato de hexametileno modifi- cado anionicamente, um isocianurato de di-isocianato de hexametileno modificado anionicamente e misturas dos mesmos.
[00113] Em uma modalidade particularmente preferida, o poli- isocianato anionicamente modificado (A) pode estar de acordo com a Fórmula II.
Fórmula II
[00114] A Fórmula II mostra um poli-isocianato modificado anioni- camente disponível comercialmente, que é um isocianurato modificado de di-isocianato de hexametileno, vendido por Covestro sob a marca registrada Bayhydur® XP2547.
[00115] Em um processo de acordo com a presente invenção, o po- li-isocianato (B) pode ser um poli-isocianato não iônico.
[00116] O poli-isocianato não iônico pode ser selecionado a partir a partir do grupo consistindo em 1,6-diisocianatoexano, 1,5-diisocianato- 2-metilpentano, 1,5-diisocianato-3-metilpentano, 1,4-diisocianato-2,3- dimetilbutano , 2-etil-1,4-diisocianatobutano, 1,5-diisocianatopentano, 1,4-diisocianatobutano, 1,3-diisocianatopropano, 1,10- diisocianatodecano, 1,2-diisocianatociclo-butano, bis(4- isocianatocicloexil)metano, 3,3,5-trimetil-5-isocianatometil-1- isocianato-cicloexano, di-isocianato de isoforona (IPDI), 1,6-di- isocianato de hexametileno (IDH), di-isocianato de 4,4 difenilmetano hidrogenado (HMDI).
[00117] O poli-isocianato (B) pode da mesma forma ser um oligô- mero não iônico com base nos monômeros de isocianato mencionados acima, como por exemplo o homopolímero de 1,6-diisocianatoexano. Todos esses monômeros e oligômeros são vendidos com o nome co- mercial Desmodur® da Covestro AG.
[00118] De preferência, o poli-isocianato não iônico (B) é seleciona- do a partir de di-isocianato de hexametileno, di-isocianato de tetrameti- leno, dicicloexilmetano-4,4'-diisocianato, di-isocianato de 2,4- e 2,6 to-
luileno e misturas de isômeros dos mesmos, di-isocianato de 2,4'- e 4,4'-difenilmetano e misturas de isômeros dos mesmos, di-isocianato de xilileno (por exemplo, Desmodur® quix 175 vendido por Covestro), opcionalmente como um adutor de trimetilolpropano (TMP) (por exem- plo, disponível comercialmente sob a marca registrada TakenateTM D- 110N), os biuretos, alofanatos e/ou isocianuratos dos poli-isocianatos mencionados anteriormente ou misturas dos mesmos.
[00119] Um poli-isocianato não iônico comercialmente disponível (B) preferido é o di-isocianato de dicicloexilmetano, vendido em parti- cular por Covestro AG sob a marca registrada Desmodur® W1.
[00120] Um poli-isocianato não iônico (B) comercialmente disponí- vel preferido é o di-isocianato de hexametileno, vendido em particular por Covestro AG sob a marca registrada Desmodur® N3200.
[00121] Um poli-isocianato não iônico (B) comercialmente disponí- vel preferido é o di-isocianato de isoforona, vendido em particular por Covestro AG sob a marca registrada Desmodur® Z.
[00122] Esses poli-isocianatos têm a vantagem de não serem aro- máticos e, portanto, mais sustentáveis e menos propensos à oxidação, embora tenham alta reatividade com poliaminas e estrutura molecular adequada para a formação de resinas encapsulantes impermeáveis.
[00123] Em uma modalidade preferida da presente invenção, o poli- isocianato anionicamente modificado (A) é selecionado a partir de di- isocianato de hexametileno anionicamente modificado, di-isocianato de isoforona anionicamente modificado, dicicloexilmetano-4,4'-di- isocianato anionicamente modificado, isocianurato anionicamente mo- dificado de di-isocianato de hexametileno e isocianato de hexametileno modificado anionicamente e o poli-isocianato não iônico (B) é selecio- nado dentre di-isocianato de hexametileno, di-isocianato de isoforona, di-isocianato de dicicloexilmetano-4,4', isocianurato de di-isocianato de hexametileno e misturas dos mesmos.
[00124] A proporção em peso de poli-isocianato anionicamente mo- dificado (A) para poli-isocianato não iônico (B) pode estar na faixa de 10:1 a 1:10, mais preferencialmente na faixa de 1:1 a 1:5 e, em parti- cular, na faixa de 1:2 a 1:4. Essas proporções de peso fornecem resi- nas com a maior impermeabilidade e, portanto, as mais adequadas para encapsulamento.
[00125] No contexto da presente invenção, o termo "amina polifun- cional" denota aminas que compreendem pelo menos dois grupos ca- pazes de reagir com grupos NCO, em que pelo menos um dos grupos capazes de reagir com grupos NCO é um grupo amino primário ou se- cundário. Quando a amina polifuncional contém apenas um grupo amino primário ou secundário, ela contém um ou mais grupos funcio- nais adicionais que são capazes de reagir com grupos NCO em uma reação de polimerização. Os grupos das aminas polifuncionais que são reativas para os grupos NCO são preferencialmente escolhidos entre grupos hidroxila e grupos amino primários ou secundários. Rea- ção de grupos NCO com grupos amino levam à formação de grupos ureia. A reação de grupos NCO com grupos OH frequentemente leva à formação de grupos uretano. No entanto, a reação com grupos OH geralmente requer um catalisador. A quantidade de aminas polifuncio- nais, que é introduzida, geralmente está em excesso molar em relação à quantidade estequiométrica necessária para converter os grupos isocianato livre.
[00126] A amina polifuncional é preferencialmente selecionada den- tre diaminas, triaminas, tetraminas e aminas polifuncionais de ordem superior, aminoálcoois, melaminas, ureia, hidrazinas, poliaminas poli- méricas e misturas dos mesmos.
[00127] As diaminas adequadas são, por exemplo, 1,2- etilenodiamina, 1,3-propilenodiamina, 1,4 diaminobutano, 1,5- diaminopentano, 1,6-diaminoexano, 1,3-diamino-1-metilpropano, 1,4-
diaminocicloexano, piperazina ou misturas dos mesmos.
[00128] Os aminoálcoois adequados são, por exemplo, 2- aminoetanol, 2-(N-metilamino) etanol, 3-aminopropanol, 4- aminobutanol, 1-etilaminobutan-2-ol, 2-amino-2-metil-1-propanol, 4 metil-4-aminopentan-2-ol ou misturas dos mesmos.
[00129] As poliaminas poliméricas adequadas são, em princípio, polímeros lineares ou ramificados que possuem pelo menos dois gru- pos amino primários ou secundários. Além disso, esses polímeros po- dem ter grupos amino terciário na cadeia polimérica.
[00130] A poliamina polimérica é preferencialmente selecionada dentre polialquilenaminas, polivinilaminas, polieteraminas e misturas dos mesmos. Mais preferencialmente, a poliamina polimérica é seleci- onada a partir de polialquilenoiminas, em particular polietilenoiminas.
[00131] É dada preferência a poliaminas poliméricas com um peso molecular médio ponderado de pelo menos 300 g/mol. Mais preferidas são as poliaminas poliméricas com um peso molecular médio ponde- rado de 500 a 2 000 000 g/mol, em particular de 700 a 1 000 000 g/mol, ainda mais particularmente de 800 a 500 000 g/mol.
[00132] Em uma modalidade preferida, a amina polifuncional com- preende ou consiste em pelo menos uma polietilenoimina.
[00133] As polietilenoiminas podem ser polietilenoiminas de cadeia curta com a fórmula geral H2N(CH2CH2NH)nH, em que n é um número inteiro > 1 (n = 2: dietilenotriamina; n = 3: trietilenotetramina; n = 4: te- traetilenepentamina). Às vezes, são chamadas polietilenaminas ou po- lialquilenopoliaminas. As polietilenoiminas podem da mesma forma ser polietilenoiminas de cadeia longa.
[00134] Nos processos de acordo com a presente invenção, polieti- lenoiminas com um peso molecular de pelo menos 500 g/mol, prefe- rencialmente de 600 a 30.000 ou 650 a 25.000 g/mol e, em particular, de 700 a 10.000 g/mol ou 850 a 5000 g/mol, são preferencialmente utilizados.
[00135] A amina polifuncional pode ser uma polietilenoimina con- tendo as seguintes unidades de repetição em que x é de 8 a 1500, preferencialmente de 10 a 1000; y é de 0 a 10, preferencialmente de 0 a 5, especialmente 0; z é 2 + y.
[00136] Com essas polietilenoiminas, bons resultados poderiam ser alcançados, em particular no que diz respeito a vazamentos em meios extrativos.
[00137] As polietilenoiminas preferidas são polietilenoiminas linea- res, em que x é de 8 a 1500, y é 0 e z é 2.
[00138] As polietileniminas comercialmente disponíveis preferidas são vendidas por BASF SE sob a marca registrada Lupasol®, particu- larmente LupasolTM G100.
[00139] É preferível usar compostos de polietilenoimina e isocianato em uma proporção em peso de 1:1 a 1:5, especialmente 1:2 a 1:3, ou em uma proporção em peso seco de 1:1 a 1:10, especialmente 1:4 pa- ra 1:6. Essas proporções de peso fornecem resinas com a mais alta eficiência de encapsulamento e, portanto, as mais adequadas para encapsulamento.
[00140] A formação das cascas ao redor das gotículas pode ser efetuada por aquecimento. Isto pode ser obtido em uma temperatura de pelo menos 50°C, preferencialmente pelo menos 60°C, mais prefe- rencialmente na faixa de 65 °C a 90°C, a fim de garantir progresso da reação suficientemente rápido. Pode ser preferido aumentar a tempe- ratura continuamente ou em etapas (por exemplo, em cada caso em 5°C) até a reação estar essencialmente completa. Depois, a dispersão pode resfriar até a temperatura ambiente.
[00141] Para a formação das cascas ao redor das gotículas, o pH da fase aquosa pode ser ajustado para uma faixa de 4 a 8, de prefe- rência de 5 a 7, por exemplo, ao redor de 6. O pH pode ser ajustado usando uma base inorgânica, por exemplo solução de hidróxido de sódio ou sais tampão de carbonato.
[00142] O tempo de reação depende tipicamente da natureza dos materiais de formação de parede reativos, da quantidade dos referidos materiais empregados e da temperatura utilizada. O período de tempo para a reação varia de alguns minutos a várias horas. Normalmente, a formação de microcápsulas é efetuada entre aproximadamente 60 mi- nutos a 6 h ou até 8 h nas temperaturas definidas acima.
[00143] As microcápsulas preparadas de acordo com um processo da presente invenção podem ser revestidas com um material de reves- timento.
[00144] Em uma modalidade particular da presente invenção, um material de revestimento pode ser covalentemente enxertado na casca da microcápsula. A etapa de enxerto pode ser realizada tratando-se microcápsulas com núcleo-casca com um material de revestimento que contém grupos funcionais que são reativos com grupos funcionais presentes nas cascas das microcápsulas com núcleo-casca, como, por exemplo, quaisquer grupos funcionais de acrilato não reagido residuais de monômeros de formação de cascas de acrilato polifuncional.
[00145] Como indicado acima, o material de revestimento pode ser um polímero pré-formado, que pode ser enxertado covalentemente em uma casca de microcápsula. Alternativamente, pode ser um polímero que é formado in situ pela polimerização de monômeros adequados durante o processo de revestimento.
[00146] De preferência, os materiais de revestimento são formados a partir de monômeros polimerizáveis que, após a ativação, podem reagir com grupos funcionais de acrilato residuais presentes em uma casca de microcápsula. Monômeros polimerizáveis particulares ade- quados para formar materiais de revestimento incluem, entre outros, acrilatos ou metacrilatos, tal como metacrilato de metila (MMA), meta- crilato de dimetilaminoetila (DMAEMA) e metacrilato de butila (BMA) e compostos quaternizados contendo um grupo olefina tal como cloreto de dialildimetilamônio (DADMAC).
[00147] Consequentemente, em uma modalidade específica da presente invenção, é fornecido um método para formar uma microcáp- sula e uma composição encapsulada contendo o mesmo, o referido método compreendendo as etapas de: - Formar uma suspensão de microcápsula de acordo com o processo descrito acima; - Adicionar um monômero polimerizável à pasta e fazendo com que o monômero polimerize e reaja com grupos funcionais de acrilato residuais contidos nas cascas da microcápsula para formar material de revestimento ligado covalentemente às cascas das micro- cápsulas com núcleo-casca.
[00148] A formação do material de revestimento e seu enxerto nas microcápsulas com núcleo-casca é preferencialmente realizada em uma temperatura elevada, por exemplo cerca de 50°C a cerca de 100°C, mais particularmente de cerca de 55 a 95°C, ainda mais parti- cularmente de cerca de 60 a cerca de 90°C, por exemplo 80 ± 5°C. A reação pode ser realizada durante um período de cerca de 1 hora a cerca de 10 horas, mais particularmente de cerca de 2 horas a cerca de 8 horas, ainda mais particularmente de cerca de 3 horas a cerca de 6 horas. A reação pode ser iniciada com um iniciador de radicais livres, tal como 2,2'-azobisisobutironitrila (AIBN), persulfato de potássio, pe- róxido de benzoíla ou qualquer outro iniciador adequado para esse fim.
[00149] O material de revestimento pode ser um polímero catiônico,
em particular nos casos em que a casca da pelo menos uma micro- cápsula com núcleo-casca é uma casca de poliuréia.
[00150] No método acima para preparar microcápsulas de poliuréia, um polímero catiônico pode ser adicionado durante a formação da casca, caso no qual o polímero pode participar da formação da casca e, por exemplo, ser ligado fisicamente na casca ou ser covalentemente ligado a ele. O polímero catiônico pode da mesma forma ser adiciona- do após a formação da casca, caso no qual o polímero não participa da formação da casca, porém possivelmente se deposita na superfície da casca.
[00151] Os grupos catiônicos no polímero catiônico podem ser in- dependentes de pH. Os grupos catiônicos no polímero catiônico po- dem ser grupos amônio quaternário.
[00152] O polímero catiônico pode ser derivado de pelo menos um monômero contendo funcionalidade de amônio quaternário. Em parti- cular, o monômero catiônico pode ser selecionado a partir a partir do grupo consistindo em acrilato de dimetilaminoetila quaternizado (ADAME), metacrilato de dimetilaminoetila quaternizado (MADAME), cloreto de dimetildialil amônio (DADMAC), cloreto de acrilamidopropil- trimetilamônio (APTAC) e cloreto de metacrilamopropilmetila (MAP- TAC).
[00153] O polímero catiônico pode ainda ser adicionalmente deriva- do de um monômero não iônico selecionado a partir do grupo consis- tindo em monômeros de vinila solúveis em água, mais particularmente acrilamida, metacrilamida, N-isopropilacrilamida, N,N-dimetilacrilamida, N-metilolacrilamida, N-vinilformamida, N-vinil-acetamida, N-vinilpiridina e/ou N-vinilpirrolidona.
[00154] Alternativamente, o material de revestimento pode ser um polímero anfolítico. No contexto da presente invenção, um "polímero anfolítico" deve ser entendido como um polímero compreendendo gru-
pos catiônicos e aniônicos ou compreendendo grupos ionizáveis correspondentes. O polímero anfolítico pode compreender mais gru- pos catiônicos do que grupos aniônicos ou grupos que podem formar ânions e, como tal, podem ter uma carga líquida positiva.
[00155] O polímero anfolítico pode compreender de 1 a 99% em mol de grupos catiônicos e de 1 a 99% em mol de grupos ou grupos aniônicos que podem formar um ânion. Em uma modalidade preferida da presente invenção, o polímero anfolítico compreende 2 a 99% em mol, em particular 30 a 95% em mol e, mais particularmente 60 a 90% em mol, de grupos catiônicos e 1 a 98% em mol, em particular 5 a 70% molar, e mais particularmente 10 a 40% molar de grupos ou gru- pos aniônicos que podem formar um ânion.
[00156] O polímero anfolítico pode ser um copolímero derivado de um monômero catiônico ou um monômero que pode formar cátions, em particular contendo pelo menos um grupo de amônio quaternário, um monômero aniônico ou um monômero que pode formar ânions, em especial à base de ácido acrílico, ácido metacrílico ou um seu derivado e, opcionalmente, um monômero não iônico. Esses polímeros ofere- cem uma combinação ideal de serem compatíveis com a casca, tendo boa eficiência de dispersão, boas propriedades de fluxo e excelente afinidade com os vários substratos acima mencionados.
[00157] O polímero anfolítico pode ser derivado de um monômero selecionado a partir do grupo consistindo em monômeros à base de acrílico, incluindo ácido acrílico, ácido metacrílico, ácido itacônico, áci- do crotônico, ácido maleico, ácido fumárico e monômeros de ácido for- te, por exemplo monômeros com um ácido sulfônico ou uma função do tipo ácido fosfônico, tal como ácido 2-acrilamido-2- metilpropanossulfônico, ácido vinilsulfônico, ácido vinilfosfônico, ácido alilsulfônico, ácido alilfosfônico, ácido estireno sulfônico. O monômero à base de acrílico pode da mesma forma ser quaisquer sais solúveis em água desses monômeros, em que o sal é um sal de um metal alca- lino, um metal alcalino terroso ou um amônio. O monômero à base de acrílico mais preferido é o ácido acrílico, o ácido metacrílico ou um sal solúvel em água do mesmo.
[00158] Em uma modalidade mais particular, o copolímero anfolítico é um copolímero de cloreto de dimetildialil amônio do ácido acrílico (DADMAC).
[00159] O polímero anfolítico pode ser preparado utilizando técnicas de polimerização que são bem conhecidas dos especialistas na técni- ca. Estas técnicas de polimerização conhecidas incluem polimerização em solução, polimerização em gel, polimerização por precipitação, po- limerização em emulsão inversa, polimerização em emulsão aquosa, polimerização em suspensão e polimerização micelar.
[00160] O polímero anfolítico pode ser utilizado em uma composi- ção de fragrância encapsulada de acordo com a presente invenção em uma quantidade de 1 a 20% em peso, mais particularmente 2 a 10% em peso, com base no peso da composição.
[00161] A composição de perfume encapsulada formada de acordo com a presente invenção consiste em uma suspensão de cápsulas com núcleo-casca suspensa em um meio de suspensão aquoso, que pode conter um nível de cápsulas com núcleo-casca com base em pe- so/peso dentro de um intervalo entre 20 e 50 % da suspensão. Além disso, as cápsulas com núcleo-casca podem consistir entre cerca de 80 e 95% em peso de óleo encapsulado e cerca de 5 e 20% em peso de casca.
[00162] A suspensão pode ser usada diretamente como uma com- posição de perfume em todos os tipos de produtos de consumo. Alter- nativamente, a pasta pode ser desidratada, por meio de qualquer uma das técnicas de secagem conhecidas, por exemplo, secagem por spray, para tornar a composição de perfume encapsulada na forma de um pó seco.
[00163] Os materiais de fragrância para uso em composições da presente invenção podem ser selecionados a partir de produtos natu- rais, tal como óleos essenciais, absolutos, resinóides, resinas, concre- tos e componentes de perfumes sintéticos, tal como hidrocarbonetos, álcoois, aldeídos, cetonas, éteres, ácidos, acetais, cetais e nitrilas, in- cluindo compostos saturados e insaturados, compostos alifáticos, car- bocíclicos e heterocíclicos ou precursores de qualquer dos itens aci- ma.
[00164] Exemplos de ingredientes de perfume preferidos são aque- les selecionados a partir de ADOXAL (2,6,10-trimetilundec-9-enal); AGRUMEX (acetato de 2-(terc-butil) cicloexila); ALDEÍDO C 10 DECÍ- LICO (decanal); ALDEÍDO C11 MOA (2-metildecanal); ALDEÍDO C11 UNDECILÊNICO (undec-10-enal); ALDEÍDO C 110 UNDECÍLICO (nãoanal); ALDEÍDO C 12 LÁURICO (dodecanal); ALDEÍDO C 12 MNA PURO (2-metilundecanal); ALDEÍDO ISO C 11 ((E)-undec-9- enal); MANDARINA DE ALDEÍDO 10%/TEC ((E)-dodec-2-enal); GLI- COLATO DE ALIL AMILA (acetato de 2-(isopentilóxi) alila); PROPIO- NATO DE ALIL CICLOEXEXILA (3-cicloexilpropanoato de alila); OE- NANTATO DE ALILA (heptanoato de alila); NÚCLEO AMBARINO (1- ((2-(terc-butil)cicloexil)óxi)butan-2-ol); AMBERMAX (1,3,4,5,6,7- hexaidro-beta,1,1,5,5-pentametil-2H-2,4a-metanonaftaleno-8-etanol); SALICILATO DE AMILA (2-hidroxibenzoato de pentila); AFERMATO (formato de 1- (3,3-dimetilcicloexil) etila); BELAMBRE ((1R,2S,4R)-2'- isopropil-1,7,7-trimetilespiro [biciclo [2.2.1] heptano-2,4'-[1,3]dioxano]); BIGARILA (8- (sec-butil)-5,6,7,8-tetra-hidroquinolina); BOISAMBRENE FORTE ((etoximetóxi) ciclododecano); BOISIRIS ((1S,2R,5R)-2-etóxi- 2,6,6-trimetil-9-metilenobiciclo[3.3.1]nonano); ACETATO DE BORNILA ((2S, 4S)-1,7,7-trimetilbiciclo [2.2.1] heptan-2-il acetato); LACTATO DE BUTIL BUTIRO (butirato de 1-butóxi-1-oxopropan-2-ila); ACETATO DE
BUTIL CICLOEXIL PARA (acetato de 4- (terc-butil) cicloexila); CARIO- FILENO ((Z)-4,11,11-trimetil-8-metilenobiciclo [7.2.0] undec-4-eno); CASHMERAN (1,1,2,3,3-pentametil-2,3,6,7-tetraidro-1H-inden-4(5H)- ona); CASSIRANO (5-terc-butil-2-metil-5-propil-2H-furano); CITRAL ((E) -3,7-dimetilocta-2,6-dienal); CITRAL LEMAROME N ((E)-3,7- dimetilocta-2,6-dienal); CITRATAL R ((Z)-1,1-dietóxi-3,7-dimetilocta- 2,6-dieno); CITRONELAL (3,7-dimetiloct-6-enal); CITRONELOL (3,7- dimetiloct-6-en-1-ol); ACETATO DE CITRONELILA (acetato de 3,7- dimetiloct-6-en-1-ila); FORMATO DE CITRONELILA (formato de 3,7- dimetiloct-6-en-1-ila); CITRONELIL NITRILA (3,7-dimetiloct-6- enenitrila); PROPIONATO DE CITRONELILA (propionato de 3,7- dimetiloct-6-en-1-ila); CLONAL (dodecanenitrila); CORANOL (4- cicloexil-2-metilbutan-2-ol); COSMONA ((Z)-3-metilciclotetradec-5- enona); CICLAMEN ALDEÍDO (3-(4-isopropilfenil)-2-metilpropanal); CICLOGALBANATO (alil 2- (cicloexilóxi) acetato); SALICILATO DE CICLOEXEXILA (2-hidroxibenzoato de cicloexila); CICLOMIRAL (8,8- dimetil-1,2,3,4,5,6,7,8-octa-hidronaftaleno-2-carbaldeído); DAMASCE- NONA ((E)-1-(2,6,6-trimetilcicloexa-1,3-dien-1-il)but-2-en-1-ona); DA- MASCONE ALFA ((E)-1-(2,6,6-trimetilcicloex-2-en-1-il)but-2-en-1-ona); DAMASCONE DELTA ((E)-1-(2,6,6-trimetilcicloex-3-en-1-il)but-2-en-1- ona); DECENAL-4-TRANS ((E)-dec-4-enal); DELFONA (2- pentilciclopentanona); DIIDRO ANETOL Éster (1-(1-(3,3- dimetilcicloexil)etil)3-etílico de ácido propanodióico); DIIDRO JASMO- NA (3-metil-2-pentilciclopent-2-enona); DIMETIL BENZIL CARBINOL (2-metil-1-fenilpropan-2-ol); ACETATO DE DIMETIL BENZIL CAR- BINILA (acetato de 2-metil-1-fenilpropan-2-ila); BITIRATO DE DIMETIL BENZIL CARBINILA (butirato de 2-metil-1-fenilpropan-2-ila); DIMETIL OCTENONA (4,7-dimetiloct-6-en-3-ona); DIMETOL (2,6-dimetileptan- 2-ol); DIPENTENO (1-metil-4-(prop-1-en-2-il)cicloex-1-eno); DUPICAL ((E)-4-((3aS,7aS)-hexaidro-1H-4,7-metanoinden-5(6H)-
ilideno)butanal); EBANOL ((E)-3-metil-5-(2,2,3-trimetilciclopent-3-en-1- il)pent-4-en-2-ol); CAPROATO DE ETILA (hexanoato de etila); CAPRI- LATO DE ETILA (octanoato de etila); ETIL LINALOL ((E)-3,7- dimetilnona-1,6-dien-3-ol); ACETATO DE ETIL LINALILA (acetato de (Z)-3,7-dimetilnona-1,6-dien-3-ila); O enantato de etila (heptanoato de etila); SAFRANATO DE ETLA (2,6,6-trimetilcicloexa-1,3-dieno-1- carboxilato de etila); EUCALIPPTOL ((1s, 4s)-1,3,3-trimetil-2-oxabiciclo [2.2.2] octano); ACETATO DE FENTILA (acetato de (2S)-1,3,3- trimetilbiciclo[2.2.1]heptan-2-ila); ÁLCOOL FENCHÍLICO ((1S,2R,4R)- 1,3,3-trimetilbiciclo[2.2.1]heptan-2-ol); FIXOLIDA (1-(3,5,5,6,8,8- hexametil-5,6,7,8-tetraidronaftalen-2-il) etanona); FLORALOZONA (3- (4-etilfenil)-2,2-dimetilpropanal); FLORIDRAL (3-(3- isopropilfenil)butanal); FLOROCICLENO (propionato de (3aR,6S,7aS)- 3a,4,5,6,7,7a-hexaidro-1H-4,7-metanoinden-6-ila); FLOROPAL (2,4,6- trimetil-4-fenil-1,3-dioxano); FRESKOMENTHE (2- (sec-butil) cicloexa- nona); FRUITATO ((3aS,4S,7R,7aS)-etil-octaidro-1H-4,7- metanoindeno-3a-carboxilato); FRUTONILA (2-metildecanenitrila); GALBANONA PURA (1-(3,3-dimetilcicloex-1-en-1-il)pent-4-en-1-ona); GARDOCICLENO (isobutirato de (3aR,6S,7aS)-3a,4,5,6,7,7a- hexaidro-1H-4,7-metanoinden-6-ila); GERANIOL ((E)-3,7-dimetilocta- 2,6-dien-1-ol); ACETATO DE GERANILA SINTÉTICO (acetato de (E)- 3,7-dimetilocta-2,6-dien-1-ila);ISOBUTIRATO DE GERANILA (isobuti- rato de (E)-3,7-dimetilocta-2,6-dien-1-ila); GIVESCONA (enecarboxila- to de 2-etil-6,6-dimetilcicloex-2-etila); HABANOLIDA ((E)-oxaciclo- hexadec-12-en-2-ona); HEDIONA (3-oxo-2-pentilciclopentanocetato de metila); HERBANATO (3S)-etil 3-isopropilbiciclo[2.2.1]hept-5-eno-2- carboxilato); HEXENIL-3-CIS BITIRATO (butirato de ((Z) -hex-3-en-1- ila)); ALDEÍDO HEXIL CINNÂMICO ((E)-2-benzilidenooctanal); ISOBUTIRADO DE HEXILA (isobutirato de hexila); SALICILATO DE HEXILA (2-hidroxibenzoato de hexila); INDOFLOR (4,4a,5,9b-
tetraidroindeno[1,2-d][1,3]dioxina); IONONA BETA ((E)-4-(2,6,6- trimetilcicloex-1-en-1-il)but-3-en-2-ona); IRISONA ALFA ((E) -4-(2,6,6- trimetilcicloex-2-en-1-il)but-3-en-2-ona); IRONE ALFA ((E)-4-(2,5,6,6- tetrametilcicloex-2-en-1-il)but-3-en-2-ona); ISO E SUPER (1-(2,3,8,8- tetrametil-1,2,3,4,5,6,7,8-octaidronaftalen-2-il) etanona); ISOCICLOCI- TRAL (2,4,6-trimetilcicloex-3-enecarbaldeído); ACETATO DE ISONO- NILA (acetato de 3,5,5-trimetilexil); METIL-2-BUTIRATO de ISOPRO- PILA (2-metil butanoato de isopropila); ISORALDEINA 70 ((E)-3-metil- 4-(2,6,6-trimetilcicloex-2-en-1-il)but-3-en-2-ona); JASMACICLENO (acetato de (3aR,6S,7aS)-3a,4,5,6,7,7a-hexaidro-1H-4,7-metanoinden- 6-ila); JASMONA CIS ((Z)-3-metil-2- (pent-2-en-1-il)ciclopent-2-enona); KARANAL (5-(sec-butil)-2-(2,4-dimetilcicloex-3-en-1-il) -5-metil-1,3- dioxano); KOAVONA ((Z)-3,4,5,6,6-pentametil-hept-3-en-2-ona); LEAF ACETAL ((Z)-1-(1-etoxietóxi)hex-3-eno); LEMONILO ((2E, 6Z)-3,7- dimetilnona-2,6-dienenitrila); LIFFAROME GIV (carbonato de (Z)-hex- 3-en-1-ila); LILIAL (3-(4-(terc-butil)fenil)-2-metilpropanal); LINALOOL (3,7-dimetilocta-1,6-dien-3-ol); ACETATO DE LINALILA (acetato de 3,7-dimetilocta-1,6-dien-3-ila); MAONIAL ((4E)-9-hidróxi-5,9-dimetil-4- decenal); ISOBUTIRATO DE MALTILA (isobutirato de 2-metil-4-oxo- 4H-piran-3-ila); MANZANATO (2-metilpentanoato de etila); MELONAL (2,6-dimetil-hept-5-enal); MENTOL (2-isopropil-5-metilcicloexanol); MENTONA (2-isopropil-5-metilcicloexanona); METIL CEDRILCETONA (1-((1S,8aS)-1,4,4,6-tetrametil-2,3,3a,4,5,8-hexaidro-1H-5,8a- metanoazulen-7-il)etanona); METIL NONIL CETONA EXTRA (unde- can-2-ona); CARBONATO DE METIL OCTINA (non-2-inoato de meti- la); METIL PAMPLEMOUSSE (6,6-dimetóxi-2,5,5-trimetil-hex-2-eno); MIRALDENO (4-(4-metilpent-3-en-1-il)cicloex-3-enecarbaldeído); NECTARI (2-(2-(4-metilcicloex-3-en-1-il)propil)ciclopentanona); NEO- BERGAMATE FORTE (acetato de 2-metil-6-metilenooct-7-en-2-ila); NEOFOLIONA ((E)-metil non-2-enoato); NEROLÍDIO (acetato de (Z)-
3,7,11-trimetildodeca-1,6,10-trien-3-ila); NERIL ACETATO HC ((Z)-3,7- dimetilocta-2,6-dien-1-il-acetato); NONADIL (6,8-dimetilnonan-2-ol); NONENAL-6-CIS ((Z)-non-6-enal); NIMFEAL (3-(4-isobutil-2-metilfenil) propanal); ORIVONA (4-(terc-pentil)cicloexanona); PARADISAMIDA (2-etil-N-metil-N-(m-tolil) butanamida); PELARGENO (2-metil-4- metileno-6-feniltetra-hidro-2H-pirano); PEONILA (2-cicloexilideno-2- fenilacetonitrila); PETALIA (2-cicloexilideno-2-(o-tolil)acetonitrila); PI- VAROSE (propanoato de 2,2-dimetil-2-feniletil); PRECICLMONA B (1- metil-4-(4-metilpent-3-en-1-il) ciclo-hex-3-enecarbaldeído); PIRALONA (6-(sec-butil)quinolina); RADJANOL SUPER ((E)-2-etil-4-(2,2,3- trimetilciclopent-3-en-1-il)but-2-en-1-ol); CETONA DE FRAMBOESA (N112) (4-(4-hidroxifenil)butan-2-ona); RUBAFURANO (2,2,5-trimetil-5- pentilciclopentanona); ROSACETOL (acetato de 2,2,2-tricloro-1- feniletila); ROSALVA (dec-9-en-1-ol); ROSIFOLIA ((1-metil-2- (5-metil- hex-4-en-2-il)ciclopropil)-metanol); ROSIRANO SUPER (4-metileno-2- feniltetraidro-2H-pirano); SERENOLIDA (ciclopropanocarboxilato de 2- (1-(3,3-dimetilcicloexil)etóxi)-2-metilpropila); SILVIAL (3-(4- isobutilfenil)-2-metilpropanal); SPIROGALBANONE (1-(espiro[4.5]dec- 6-en-7-il)pent-4-en-1-ona); STEMONA ((E)-5-metil-heptan-3-ona oxi- ma); SUPER MUGUETO ((E) -6-etil-3-metiloct-6-en-1-ol); SILCOLIDA (ciclopropanocarboxilato de (E)-2-((3,5-dimetilex-3-en-2-il)óxi)-2- metilpropila; TERPINENO GAMA (1-metil-4-propan-2-ilcicloexa-1,4- dieno); TERPINOLENO (1-metil-4-(propan-2-ilideno)cicloex-1-eno); ACETATO DE TERPINILA (acetato de 2-(4-metilcicloex-3-en-1- il)propan-2-ila)); TETRAIDRO-LINALOL (3,7-dimetiloctan-3-ol); TE- TRAIDROCIRENOL (2,6-dimetiloctan-2-ol); TIBETOLIDO (oxacicloe- xadecan-2-ona); TRIDECENO-2-NITRILO ((E)-tridec-2-enenitrila); UNDECAVERTOL ((E)-4-metildec-3-en-5-ol); VELOUTONA (2,2,5- trimetil-5-pentilciclopentanona); VIRIDINA ((2,2-dimetoxietil) benzeno); ZINARINA (2-(2,4-dimetilcicloexil)piridina); e mistura dos mesmos.
[00165] Em outra modalidade específica, as microcápsulas com nú- cleo-casca podem encapsular um ingrediente ativo cosmético além ou em vez de ingredientes de perfume. De preferência, os ativos cosméti- cos têm um coeficiente de partição octanol/água (ClogP) calculado de 1,5 ou mais, mais preferencialmente 3 ou mais. De preferência, o ClogP do ativo cosmético é de cerca de 2 a cerca de 7.
[00166] Ativos cosméticos particularmente úteis podem ser selecio- nados a partir do grupo consistindo em emolientes, ativos suavizantes, ativos hidratantes, ativos calmantes e relaxantes, ativos decorativos, desodorizantes, ativos antienvelhecimento, ativos drenantes, ativos remodelantes, ativos de nivelamento da pele, conservantes, antioxi- dantes, ativos antibacterianos ou bacteriostáticos, ativos de limpeza, ativos lubrificantes, ativos de estruturação, ativos de condicionamento capilar, ativos de clareamento, ativos de texturização, ativos de amaci- amento, ativos anti-caspa e ativos esfoliantes.
[00167] Ativos cosméticos particularmente úteis incluem, porém não são limitados a, polímeros hidrofóbicos, tais como alquildimetilsiloxa- nos, polimetilsilesquioxanos, polietileno, poliisobutileno, copolímeros em bloco de estireno-etileno-estireno e estireno-butileno-estireno e si- milares; óleos minerais, tais como isoparafinas hidrogenadas, óleos de silicone e similares; óleos vegetais, tais como óleo de argan, óleo de jojoba, óleo de aloe vera e similares; ácidos graxos e álcoois graxos e seus ésteres; glicolipídeos; fosfolípidos; esfingolipídeos, tal como ce- ramidas; esteróis e esteroides; terpenos, sesquiterpenos, triterpenos e seus derivados; óleos essenciais, tal como óleo de arnica, óleo de Ar- temisia, óleo de casca de árvore, óleo de folha de bétula, óleo de ca- lêndula, óleo de canela, óleo de Echinacea, óleo de eucalipto, óleo de ginseng, óleo de jujuba, óleo de Helianthus, óleo de jasmim, óleo de lavanda, óleo de semente de lótus, Óleo de Perilla, óleo de alecrim, óleo de madeira de sândalo, óleo da a´rvore do chá, óleo de tomilho,
óleo de valeriana, óleo de absinto, óleo de Ylang Ylang, óleo de Yucca e similares.
[00168] Em uma modalidade, o ativo cosmético pode ser seleciona- do a partir do grupo consistindo em óleo da madeira de sândalo, tal como óleo de semente de Fusanus Spicatus, triacetato de pantenila (número CAS: 94089-18-6), acetato de tocoferila (número CAS: 7695- 91 -2), tocoferol (número CAS: 1406-66-2/10191-41-0/2074-53-5/59- 02-9/148-03-8/119-13-1/54-28-4), naringinina (número CAS: 480-41-1), linoleato de etila, acetato de farnesila, farnesol, crotonato de metil ci- tronelila (número CAS: 20770-40-5), ceramida-2 (1-estearoiil-C18- esfingosina) , Número CAS: 100403-19-8) e misturas dos mesmos.
[00169] As composições encapsuladas da presente invenção po- dem ser empregadas como um sistema de liberação para fornecer in- gredientes ativos, tais como perfumes para uso em todos os tipos de produtos de consumo. O termo "produtos de consumo" refere-se, em particular, a produtos para o lar, produtos têxteis ou de cuidados pes- soais, tal como produtos para o corpo e para o cabelo.
[00170] As composições encapsuladas de acordo com a invenção são particularmente úteis como veículos de liberação de perfumes em produtos de consumo que exigem, a fim de proporcionar benefícios de perfumaria ideais, que as microcápsulas aderem bem ao substrato em que são aplicadas. Esses produtos de consumo incluem xampus e condicionadores para cabelos, bem como produtos de tratamento têx- til, tal como detergentes para a roupa e e condicionadores.
[00171] Segue agora uma série de exemplos que servem para ilus- trar melhor a invenção. Exemplo 1 Preparação de microcápsulas de melamina-acrilato livre de formaldeí- do
[00172] Em um primeiro exemplo (EXEMPLO 1.1), microcápsulas de tetra-acrilato de melamina-pentaeritritol livre de formaldeído foram preparadas realizando as etapas de: 1) Preparar a composição do núcleo compreendendo 3- aminopropiltrietoxissilano, misturando-se 0,5 g de 3- aminopropiltrietoxissilano e 40 g de composição de fragrância; 2) Emulsificar a composição de núcleo obtida na etapa 1) em uma mis- tura de 35 g de água e 15 g de solução aquosa de ZeMac E400 a 10% em peso (= 1,5 g de ZeMac E400 sólido), usando um agitador de feixe cruzado com feixe inclinado operando em velocidade de agitação de 600 rpm em uma temperatura de 35 ± 2 °C; 3) Ajustar o pH para 4,4 ± 0,2 com 0,7 g de uma solução de NH3 a 20% em água e manter o sistema em uma temperatura de 35 ± 2°C por 1 hora, mantendo a agitação como na etapa 2); 4) Adicionar 1,1 g de melamina em forma de pó e 2,9 g de tetra- acrilato de pentaeritritol (PETA) e em seguida aumentando o pH para 8,7 ± 0,2 pela adição de 3,8 ± 1 g de solução de NH3 a 20% em água, mantendo a agitação como na etapa 2; 5) Aquecer a mistura obtida na etapa 2 a 80 ± 5°C em 1 hora e manter esta temperatura e agitar por 3 horas para obter uma suspensão de microcápsulas; 6) Resfriar a suspensão em temperatura ambiente durante um período de 120 minutos.
[00173] O teor de sólidos da suspensão foi medido usando uma ba- lança térmica operando a 120°C. O teor de sólidos, expresso como porcentagem em peso da suspensão inicial depositada na balança, foi obtida no ponto em que a taxa de induzida pela secagem de mudança de caiu menos do que 0,1%/min. O teor de sólidos do Exemplo 1.1 foi de 45% em peso, com base no peso total da suspensão. O rendimento de encapsulamento, expresso como a relação da composição de fra- grância encapsulada dividida pela quantidade nominal de composição de fragrância, foi de 100%. O diâmetro médio do volume das cápsulas foi Dv (50) = 19 µm.
[00174] Em outro exemplo alternativo (EXEMPLO 1.2), o processo foi realizado como no Exemplo 1.1, porém em uma etapa adicional 7), 1 g de metacrilato de metila, 3 g de uma solução de peroxodissulfato de potássio a 4% em água e 0,2 g de azoisobutironitrila (AIBN) foram adicionados à suspensão obtida na etapa 5) e o metacrilato de metila deixado polimerizar por radicais livres durante uma hora a 80 ± 5 °C e sob agitação contínua. O teor de sólidos a 120 °C foi de 44,7% em pe- so, com base no peso total da suspensão. O rendimento do encapsu- lamento foi de 98% e o diâmetro médio do volume das cápsulas foi Dv (50) = 16 µm.
[00175] Em outro exemplo alternativo (AMOSTRA 1.3), o processo foi realizado como no Exemplo 1.1, porém 0,5 g de poli (anidrido esti- reno-co-maleico) (PSMA), terminado com cumeno (PSMA) e 10 g de solução ZeMac E400, como usado na etapa 2). O teor de sólidos a 120 °C foi de 45% em peso, referente à suspensão, e o diâmetro mé- dio do volume das cápsulas foi Dv (50) = 12 µm.
[00176] Em um exemplo comparativo (EXEMPLO 1.4), o 3- aminopropiltrietoxissilano foi omitido e o ZeMac E400 foi utilizado co- mo emulsionante convencional. Nenhuma cápsula foi obtida neste ca- so. Exemplo 2 Preparação de microcápsulas de aminoplasto
[00177] As microcápsulas de aminoplastos foram preparadas reali- zando as etapas de: 1) Preparar a composição do núcleo compreendendo 3- aminopropiltrietoxissilano, misturando 0,5 g de 3- aminopropiltrietoxissilano e 40 g de composição de fragrância; 2) Emulsão da composição do núcleo obtida na etapa 1) em uma mis-
tura de 35 g de água e 1 g de solução aquosa de ZeMac E400 a 10% em peso (= 1,5 g de ZeMac E400 sólido), usando um agitador de feixe cruzado com feixe inclinado operando em velocidade de agitação de 600 rpm em uma temperatura de 35 ± 2°C; 3) Ajustar o pH para 4,4 ± 0,2 com 0,7 g de uma solução de NH3 a 20% em água e manter o sistema em uma temperatura de 35 ± 2°C por 1 hora, mantendo a agitação como na etapa 2); 4) Adicionar 1,65 g de Luracoll SD pré-condensado de melamina e 1,04 g de ureia e mantendo a temperatura a 35 ± 2°C por mais uma hora sob agitação; 5) Aumentar a temperatura para 88 ± 5 °C durante 1 hora e, em segui- da, manter essa temperatura e agitar por mais uma hora, a fim de ob- ter uma suspensão de microcápsulas não revestidas. 6) Adicionar 1,65 g de solução Luracoll SD e 3,8 g de solução de etile- no ureia a 30% em água, mantendo a temperatura a 88°C por mais 10 minutos e depois resfriando a suspensão para menos do que 40°C e ajustando o pH da suspensão para 7  0,5 com 2,16 g de uma solução de NaOH a 10% em peso em água, para obter uma suspensão de mi- crocápsulas de aminoplasto de acordo com a presente invenção (EXEMPLO 2.1).
[00178] A suspensão obtida no EXEMPLO 2.1 foi caracterizada como descrito no Exemplo 1. O teor de sólidos da suspensão formada no EXEMPLO 2.1 foi de 48% em peso. O rendimento de encapsula- mento, expresso como a relação da composição de fragrância encap- sulada dividida pela quantidade nominal de composição de fragrância, foi de 100%. O diâmetro médio do volume das cápsulas foi Dv (50) = 13 µm.
[00179] Em um exemplo comparativo (EXEMPLO 2.2), microcápsu- las de aminoplasto convencionais foram preparadas de acordo com WO 2017/001672 A1, Exemplo 1.
Exemplo 3 Preparação de microcápsulas de acrilato-co-divinilbenzeno
[00180] As microcápsulas de acrilato-co-divinilbenzeno foram pre- paradas realizando as etapas de: 1) Preparar a composição de núcleo compreendendo 3- aminopropiltrietoxissilano misturando-se 0,56 g de 3- aminopropiltrietoxissilano e 40 g de composição de fragrância; 2) Emulsificar a composição de núcleo obtida na etapa 1) em uma mis- tura de 35 g de água e 15 g de solução aquosa de ZeMac E400 a 10% em peso (= 1,5 g de ZeMac E400 sólido), usando um agitador de feixe cruzado com feixe inclinado operando em velocidade de agitação de 600 rpm em uma temperatura de 35 ± 2 °C, hora, mantendo a agita- ção; 3) Ajustar o pH para 4,4 ± 0,2 com 0,7 g de uma solução de NH3 a 20% em água e manter o sistema em uma temperatura de 35 ± 2 °C por 1 hora; 4) Adicionar 1,72 g de divinilbenzeno, 0,98 g de metacrilato de metila e 0,48 g de azoisobutironitrila (AIBN) à suspensão, aumentando a tem- peratura para 65 ° ± 5 °C e mantendo-a por 3 horas sob agitação; 5) Adicionar 5,48 g de peroxodissulfato de potássio a 4% em peso em água e ajustando a temperatura a 85 °C por duas horas adicionais sob agitação; 6) Resfriar a suspensão para menos do que 40 °C e ajustar o pH da suspensão para 7 ± 0,5 com solução de NaOH a 10% em peso de água, para obter uma suspensão de microcápsulas de acrilato-co- divinilbenzeno de acordo com a presente invenção (AMOSTRA 3.1)
[00181] A suspensão obtida no EXEMPLO 3.1 foi caracterizada como descrito no Exemplo 1. O teor de sólido da suspensão formada no EXEMPLO 3.1 foi de 42% em peso. O rendimento de encapsula- mento, expresso como a relação da composição de fragrância encap-
sulada dividida pela quantidade nominal de composição de fragrância, foi de 97%. O diâmetro médio do volume das cápsulas foi Dv (50) = 10 µm.
[00182] Em um exemplo comparativo (EXEMPLO 3.2), o proces- so do Exemplo 3.1 foi repetido, porém foi omitido 3- aminopropiltrietoxissilano. Nenhuma cápsula foi formada neste ca- so. Exemplo 4 Preparação de microcápsulas à base de poliuréia
[00183] As microcápsulas à base de poliuréia foram preparadas realizando as etapas de: 1) Preparar uma composição de núcleo compreendendo 3- aminopropiltrietoxissilano misturando-se 2,0 g de 3- aminopropiltrietoxissilano e 300 g de composição de fragrância; 2) Emulsificar a composição de núcleo obtida na etapa 1) em 556g de uma solução aquosa de ZeMac E400 a 3% em peso (= 556 g de Ze- Mac E400ZeMac E400 sólido) usando um agitador mecânico a 900 rpm em uma temperatura de 35 ± 2 °C; 3) Ajustar o pH para 6,0 pela adição de uma solução a 10% em peso de NaOH em água e mantendo a agitação do sistema como na etapa 2) em uma temperatura de 35 ± 2 °C por 1 hora; 4) Adicionar 2 g de isocianato hidrodispersível à base de di-isocianato de hexametileno (Bayhydur® XP2547, Covestro) e 22 g de di- isocianato 4,4 dicicloexilmetanodiila (Desmodur® W1, Covestro) à emulsão e mantendo a agitação do sistema como nas etapas 2) e 3) em uma temperatura de 35 ± 2°C por 30 minutos; 5) Adicionar 8 g de solução de polietilenoimina (Lupasol® G100, BASF) em uma etapa e aquecendo gradualmente a mistura de reação a 70°C durante 2h; 6) Adicionar 12,5 g de uma solução aquosa a 40% em peso de copo-
límero de ácido acrílico e cloreto de dialildimetilamônio (Merquat 281, Lubrizol) e também aquecendo a mistura de reação a 85 °C por 2 h; 7) Adicionar 10 g de solução de amônia e 3 g de hidroxietilcelulose (NatrosolTM 250HX, Ashland) e resfriando a mistura até a temperatura ambiente. 8) Ajustar o pH final da suspensão para 4,0 ± 0,2 com solução de áci- do cítrico (Exemplo 4.1).
[00184] A distribuição do tamanho da cápsula média em volume, obtida com medidas de dispersão de luz usando um instrumento Mal- vern 2000S, foi Dv (50) = 18 μm e Dv (90) = 27 μm. O potencial Zeta foi de +25 mV. Exemplo 5 Comparação de tamanho de partícula e distribuição de tamanho de partícula
[00185] Os teores de sólido e as distribuições de tamanho de partí- cula das cápsulas obtidas nos Exemplos 1 a 4, medidos por dispersão de luz usando a teoria de Mie, são apresentados na tabela abaixo. A distribuição do tamanho de partícula é dada pelos seus valores de Dv (10), Dv (50) e Dv (90), em que o valor de Dv (10) é o diâmetro em que 10% da massa da amostra é composta de cápsulas com um diâmetro menor do que esse valor, o valor de Dv (50) é o diâmetro médio da cápsula e é considerado o tamanho médio da cápsula em volume, e o valor de Dv (90) é o diâmetro em que 90% da massa da amostra é composta de cápsulas com diâmetro menor do que esse valor. O in- tervalo é definido como (Dv (90) -Dv (10))/Dv (50) e é tomado como uma medida grosseira de polidispersão.
[00186] A tabela mostra da mesma forma a distribuição de tamanho da emulsão obtida realizando apenas as etapas 1) a 3) do EXEMPLO 1, com (EXEMPLO 1.1) e sem (EXEMPLO 1.4) 3- aminopropiltrietoxissilano.
Intervalo Teor de Dv(10) Dv(50) Dv(90) de Poli- Exemplo Sólido [% [µm] [µm] [µm] dispersi- em peso] dade Emulsão de EXEMPLO
1.1 com ZeMac E400 / 25 9,8 15,2 23,3 1,5 aminossilano emulsifica- dor in situ Emulsão de EXEMPLO
1.4 (exemplo compartivo) com ZeMac e400 como 6,1 4,6 19,1 44,6 2 emulsificador convencio- nal EXEMPLO 1.1 45 11,8 18,9 29,8 0,9 EXEMPLO 1.2 44,7 9,3 15,7 26 1,1 EXEMPLO 1.3 45 4 12 17 1,1 EXEMPLO 1.4 (exemplo compartivo) com ZeMac E400 como 2 - - - - emulsificador convencio- nal EXEMPLO 2.1 48 7,6 13,5 23 1,1 EXEMPLO 2.2 42 3 18 32 1,6 EXEMPLO 3.1 42 5,5 9,6 15,8 1,1 EXEMPLO 3.2 (exemplo compartivo) 0 - - - - com ZeMac E400 emulsi- ficador convencional Exemplo 4.1 n.a. 5 18 27 1,2
[00187] Como aparente a partir dos valores de amplitude, as micro- cápsulas obtidas pela realização de processos de acordo com a pre- sente invenção, isto é, usando um novo emulsificante que é sintetizado in situ por reação de 3-aminopropiltrietoxissilano com ZeMac E400 ou PSMA, são notavelmente monodispersas. Microcápsulas quimicamen- te análogas podem ser obtidas com ZeMac E400 como emulsificante convencional (EXEMPLO 2.2), estas últimas microcápsulas são maio- res e significativamente mais polidispersas. No entanto, como mostra- do nos Exemplos 1 e 3, químicas alternativas, tal como química de melamina-acrilato ou química de poli (divinilbenzeno-co-metilmetila),
não são viáveis se o novo emulsificante for substituído por um emulsi- ficante convencional.
[00188] Este exemplo e os Exemplos 1 a 3 confirmam a superiori- dade dos emulsificadores Zemac e PSMA modificados em compara- ção com o emulsificante ZeMac E400 não modificado convencional. Exemplo 6 Comparação do desempenho olfativo de microcápsulas de aminoplas- to novas e convencionais
[00189] As microcápsulas de acordo com a presente invenção e as microcápsulas convencionais foram avaliadas em uma base de deter- gente de lavandeira em pó não perfumado proprietária. 75 g dessa ba- se são usados em uma lavadora de roupas com carregamento lateral (capacidade de 20 L, carregada com 1 kg de toalha); é realizado um ciclo de lavagem em uma temperatura de 40°C, seguido de secagem por centrifugação.
[00190] A avaliação olfativa pré-fricção foi realizada em roupas úmidas diretamente fora da máquina e após 4 horas. Para esta avalia- ção, a toalha é manuseada com cuidado, para minimizar o risco de quebrar mecanicamente as microcápsulas. A avaliação olfativa pós- fricção foi realizada após a secagem em linha da toalha por 24 horas em temperatura ambiente. Esta avaliação foi realizada esfregando su- avemente uma parte da toalha em outra parte da mesma toalha. O de- sempenho olfativo (intensidade) foi avaliado por um painel de 4 espe- cialistas classificados em uma escala de 1-5 (1 = quase imperceptível, 2 = fraco, 3 = médio, 4 = forte e 5 = muito forte). Quando relevante, comentários qualitativos sobre a direção do odor percebido foram re- gistrados. Intensidade Intensidade Intensidade Intensidade em t=0 (teci- após 2 horas após 24 horas após 24 horas dos molhados) (tecidos úmidos) (pré-esfragão) (pós-esfregão) EXEMPLO 3,5 3 3 4
2.1
EXEMPLO 2 1,5 2,5 4
2.2 (exemplo comparativo) EXEMPLO 2,5 2 1 3
3.1 EXEMPLO 1 0,5 1 1,5
3.2 (exemplo comparativo) Exemplo 4.1 3,5 3 2,5 4
[00191] Os resultados mostram que as microcápsulas à base de aminoplastos e poliuréias de acordo com a presente invenção forne- cem liberação aprimorada de perfume em tecidos molhados e úmidos, em comparação com as microcápsulas convencionais à base de ami- noplastos e poliuréias, mantendo desempenho comparável de pré- esfregão e pós-esfregão em tecidos secos.

Claims (15)

REIVINDICAÇÕES
1. Composição de perfume encapsulada, caracterizada pelo fato de que compreende pelo menos uma microcápsula com casca- núcleo suspensa em um meio de suspensão, em que a referida pelo menos uma microcápsula com casca-núcleo compreende um núcleo contendo pelo menos um ingrediente de perfume e uma casca circun- dando ou pelo menos parcialmente circundando o núcleo, em que a casca compreende uma resina termocurável formada pela reação de materiais de formação de casca selecionados a partir de monômeros, pré-polímeros e/ou pré-condensados, e em que a composição de per- fume encapsulada compreende um estabilizador polimérico que é o produto da reação de um tensoativo polimérico e um silano contendo um grupo funcional capaz de formar ligações covalentes com a casca.
2. Composição de perfume encapsulada, de acordo com a reivindicação 1, caracterizada pelo fato de que o estabilizador polimé- rico é o produto da reação de um aminossilano e um copolímero de um composto etilenicamente não substituído e anidrido maleico.
3. Composição de perfume encapsulada, de acordo com a reivindicação 1 ou 2, caracterizada pelo fato de que o estabilizador polimérico é um produto da reação de 3-aminopropiltrietróxi-silano e pelo menos um de i) um poli (anidrido etileno-co-maleico) e ii) um poli (estireno-anidrido co-maleico).
4. Composição de perfume encapsulada de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 3, caracterizada pelo fato de que a casca é uma resina termocurável formada pela policondensação de uma amina polifuncional alquilada e um aldeído.
5. Composição de perfume encapsulada de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 3, caracterizada pelo fato de que a casca é uma resina termocurável formada pela reação de uma ami- na polifuncional e um acrilato polifuncional.
6. Composição de perfume encapsulada, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 3, caracterizada pelo fato de que a casca é uma resina termocurável formada pela reação de uma ami- na polifuncional e pelo menos um isocianato.
7. Composição de perfume encapsulada, de acordo com a reivindicação 5, caracterizada pelo fato de que a amina polifuncional é etileno diamina, bis (2-aminoetila) amina (CAS # 111-40-0), um hete- rociclo di ou tri-amino substituído selecionado entre melamina (2,4,6- triamino-1,3,5-triazina), 3,5-diamino-1,2,4-triazol, 2,4-diamino-6-fenil- 1,3,5-triazina, 6-metil-1,3,5-triazina-2,4-diamina, 1,2-fenilendiamina, 1,3-fenilenodiamina ou 1,4-fenilenodiamina, ou misturas dos mesmos.
8. Composição de perfume encapsulada, de acordo com a reivindicação 5 ou 7, caracterizada pelo fato de que o acrilato polifun- cional é selecionado a partir do grupo consistindo em pentaeritritol- tetra-acrilato (PETA), triacrilato de pentaeritritol (PETIA), diacrilato de 1,4-butanodiol (BDA-2), etileno dimetacrilato de glicol (EDGMA), triacri- lato de trimetilolpropano (TMPTA), diacrilato de hexano diol (HDDA), (triacrilato de (2,4,6-trioxocicloexano-1,3,5-triil) tris (óxi)) tris (etano-2,1- di-ila) (TOCTA), isocianurato de tris (2-acrililoxietil), 1,3,5- triacriloilexaidro-1,3,5-triazina (TAHHT) ou misturas dos mesmos.
9. Composição de perfume encapsulada, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 8, caracterizada pelo fato de que pelo menos uma microcápsula com núcleo-casca é pelo menos parci- almente revestida com um material de revestimento funcional.
10. Composição de perfume encapsulada, de acordo com a reivindicação 9, caracterizada pelo fato de que o material de revesti- mento funcional é covalentemente ligado à casca de pelo menos uma microcápsula núcleo-casca.
11. Composição de perfume encapsulada, de acordo com a reivindicação 9 ou 10, caracterizada pelo fato de que o material de re-
vestimento funcional é polimetilmetacrilato.
12. Método para preparar a composição de perfume encap- sulada acima, caracterizado pelo fato de que o método compreende as etapas de: a. Formação de uma emulsão de óleo em água compreen- dendo pelo menos uma gotícula de óleo contendo perfume dispersa em uma fase externa aquosa, na presença de um estabilizador polimé- rico como definido em qualquer uma das reivindicações 1 a 3; e b. Fazer com que os materiais de formação de casca pre- sentes na emulsão de óleo em água reajam e formem na interface de óleo-água uma casca de resina termocurável ao redor ou pelo menos parcialmente ao redor da referida pelo menos uma gotícula de óleo.
13. Método para preparar a composição de perfume encap- sulada acima, caracterizado pelo fato de que compreende as etapas de: a. Formação de uma emulsão de óleo em água compreen- dendo pelo menos uma gotícula de óleo contendo perfume dispersa em uma fase externa aquosa, na presença do estabilizador polimérico definido em qualquer uma das reivindicações 1 a 3; b. Fazer reagir os materiais de formação de cascas presen- tes na emulsão de óleo em água reagir e formar na interface de óleo- água uma casca de resina termocurável que encapsula a dita pelo menos uma gotícula de óleo; e c. Opcionalmente, pelo menos parcialmente, revestir as mi- crocápsulas com núcleo-casca com um material de revestimento fun- cional.
14. Método, de acordo com a reivindicação 12 ou 13, carac- terizado pelo fato de que o estabilizador polimérico é gerado in situ.
15. Método, de acordo com a reivindicação 14, caracteriza- do pelo fato de que a geração in situ do estabilizador polimérico é rea-
lizada pela reação de um amino-silano e um tensoativo polimérico que é um copolímero de um composto etilenicamente não substituído e anidrido maleico, presente na emulsão de óleo em água.
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