BR112020004014B1 - Instalação de conversão de papel para converter membranas de papel - Google Patents

Instalação de conversão de papel para converter membranas de papel Download PDF

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BR112020004014B1
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Abstract

Instalação de conversão de papel (100) compreendendo uma rebobinadeira (1) adaptada para produzir bobinas de papel e tendo uma entrada (10) para alimentar uma membrana de papel (W), uma estação de bobinamento (13) onde as bobinas são formadas e uma estação de saída (14) para descarregamento das bobinas acabadas. A rebobinadeira (1) tem paredes (P) que delimitam uma câmara (C) em cujo interior as bobinas são formadas, e um canal de sucção de ar (A) em uma parte inferior da câmara (C). O canal de sucção exerce uma sucção que causa a formação de um fluxo de ar direcionado de cima para baixo dentro da câmara (C). A câmara (C) compreende duas semicâmaras (C1, C2) que comunicam com o canal de sucção de ar de maneira tal que um fluxo de ar vertical (VS, VD) direcionado para baixo é gerado em cada uma delas, a câmara sendo provida com meios para regular os ditos fluxos de ar verticais provendo vazões de ar idênticas verticalmente orientadas nas semicâmaras

Description

DESCRIÇÃO
[0001] A presente invenção diz respeito a uma instalação de conversão de papel. Em particular, uma instalação de acordo com a presente invenção compreende uma rebobinadeira particularmente projetada para reduzir os inconvenientes associados com a formação de poeira, refugos e outros resíduos de processamento.
[0002] É conhecido que a produção de bobinas feitas de material de papel, das quais são obtidos, por exemplo, rolos de papel higiênico ou rolos de papel-toalha, implica na alimentação de uma membrana de papel, formada por uma ou mais camadas sobrepostas, em um trajeto predeterminado ao longo do qual várias operações são realizadas antes de passar para a formação das bobinas, incluindo um pré-corte transversal da membrana de papel para formar linhas de pré-corte que dividem- na em folhas destacáveis. A produção das bobinas de papel normalmente envolve o uso de tubos de papelão, normalmente denominados "núcleos", em cuja superfície uma quantidade predeterminada de cola é distribuída para permitir que a membrana de papel seja ligada sobre os núcleos gradualmente introduzidos na máquina que produz as bobinas, normalmente denominada "rebobinadeira". A cola é distribuída nos núcleos quando eles passam ao longo de um trajeto compreendendo uma seção de extremidade normalmente conhecida como "berço" por causa de seu formato côncavo. A produção das bobinas também implica no uso de rolos de bobinamento que provocam a rotação de cada núcleo em torno de seu eixo geométrico longitudinal, assim determinando o enrolamento da membrana no núcleo. O processo termina quando um número predeterminado de folhas é enrolado no núcleo, com a colagem de uma aba da última folha na subjacente do rolo assim formado (assim denominada operação de "colagem de aba"). Ao atingir o número predeterminado de folhas enroladas no núcleo, a última folha da bobina que está sendo completada é separada da primeira folha da bobina seguinte, por exemplo, por um jato de ar comprimido direcionado para uma linha de pré-corte correspondente. Neste ponto, a bobina é descarregada da rebobinadeira. A EP1700805 descreve uma máquina de rebobinamento que trabalha de acordo com o esquema supradescrito. As bobinas dessa forma produzidas são então transferidas para uma unidade de armazenamento temporário que supre uma ou mais máquinas de corte através das quais o corte transversal das bobinas é realizado para obter os rolos no comprimento desejado.
[0003] As operações supradescritas determinam a formação de poeira, aparas e refugos de papel ou papelão. Na prática, resíduos de processo são formados que podem comprometer o correto funcionamento das máquinas e têm que ser eliminados. Além disso, alguns tipos de papel carregam quantidades não desprezíveis de poeira, mesmo se não sujeitos a outras etapas de processo antes de serem enrolados na rebobinadeira. O objetivo principal da presente invenção é permitir um tratamento eficiente dos resíduos produzidos pelo processamento de membranas de papel em instalações de conversão de papel.
[0004] Uma das vantagens da invenção é a eliminação, ou pelo menos a redução drástica, dos resíduos de processamento supramencionados nas máquinas de uma instalação de conversão de papel; uma outra vantagem é que a eficiência do sistema é aumentada por causa da reduzida possibilidade de falhas e/ou paradas das máquinas provocadas pelos ditos resíduos; uma outra vantagem se refere às melhores condições operacionais dos motores, que podem ser vantajosamente arranjados fora da área afetada pela formação e acúmulo dos resíduos: isto determina uma maior vida dos motores e um dimensionamento mais eficiente dos mesmos; uma vantagem adicional está relacionada às melhores condições de trabalho para os operadores por causa da eliminação, ou pelo menos a considerável redução, da poeira presente nos ambientes de trabalho próximos às máquinas; uma outra vantagem pode ser identificada na melhoria qualitativa do produto produzido pela instalação por causa da reduzida possibilidade de mistura de quaisquer resíduos com o produto que sai da máquina; uma outra vantagem se refere à simplicidade construtiva da presente solução, que provê recursos inovativos, mesmo por meio de modificações relativamente pequenas nas máquinas ou sistemas pré- existentes.
[0005] Essas e outras vantagens da presente invenção ficarão mais evidentes a partir da descrição seguinte e dos desenhos anexos, dados a título de exemplo, mas que não devem ser interpretados em um sentido limitante, nos quais: - a Fig. 1 é um vista lateral esquemática com partes removidas de uma possível modalidade de uma máquina de rebobinamento de uma instalação de acordo com a invenção; - as Figs. 2 e 3 mostram a máquina da Fig. l em vistas simplificadas para salientar melhor uma câmara de sucção feita de acordo com a invenção; - a Fig. 4 mostra de uma maneira esquemática as conexões providas em uma instalação realizadas de acordo com a invenção; este desenho esquematicamente representa um armazém industrial em cujo interior existe uma cabina que encerra as máquinas da instalação; neste desenho, as setas mostram os fluxos de ar que são usados para determinar o movimento e/ou coleta dos resíduos produzidos pelo processamento das membranas de papel; - a Fig. 5 é um diagrama relacionado à conexão entre algumas partes de uma máquina de rebobinamento que forma parte da instalação; - a Fig. 6 é uma vista lateral esquemática parcial de uma possível modalidade de uma porção inferior de uma máquina feita de acordo com a invenção; - a Fig. 7 é uma vista plana de topo esquemática de alguns detalhes da modalidade mostrada nas Figs. 1-3.
[0006] Nos exemplos descritos a seguir, é feita referência a uma rebobinadeira (1) localizada em uma instalação de conversão de papel (100) feita de acordo com a invenção. A instalação (100) no geral compreende máquinas adicionais, além da rebobinadeira, tais como, por exemplo, uma ou mais desbobinadeiras e uma máquina de relevo arranjada à montante da rebobinadeira, uma máquina de corte colocada à jusante da rebobinadeira, etc., cuja função e estrutura são conhecidas.
[0007] A estrutura e operação geral da rebobinadeira serão descritas de uma maneira simplificada, uma vez que elas são conhecidas.
[0008] A rebobinadeira (1) tem uma entrada (10) para alimentar uma membrana de papel (W) que é constituída de uma ou mais camadas sobrepostas. Por exemplo, a dita membrana (W) vem de uma máquina de relevo localizada à montante da rebobinadeira (1). Ao longo de um trajeto seguido pela membrana de papel no interior da máquina (1), meios de pré- corte (11) são providos, que são adaptados para fazer um corte transversal descontínuo da membrana (W) para formar as linhas de pré-corte que definem as folhas de papel destacáveis e facilitam o uso do produto acabado. Nos desenhos, o número de referência (15) denota os rolos de guia de membrana que, de uma maneira conhecida, definem o trajeto seguido pela membrana de papel (W) dentro da rebobinadeira (1).
[0009] A rebobinadeira (1) tem uma outra entrada (12) para os núcleos tubulares de papelão (2), em cuja superfície uma quantidade predeterminada de cola é aplicada, de uma maneira conhecida e, portanto, não descrita, para permitir a colagem da membrana de papel nos núcleos progressivamente introduzidos na rebobinadeira. Os números de referência (16) e (17) denotam as unidades para colagem e inserção dos núcleos na máquina (1); além disso, os números de referência (122) e (120) indicam, respectivamente, correias transferidoras (122) e guias (120) que são usadas para a inserção dos núcleos (2) e são arranjadas de uma maneira conhecida, para suportar os núcleos (2) enquanto eles movem dentro da rebobinadeira (1).
[00010] A formação das bobinas é realizada em uma estação de bobinamento (13) graças ao uso de rolos de bobinamento (13a, 13b, 13c) que obrigam cada núcleo a girar em torno de seu eixo geométrico longitudinal, dessa forma determinando o enrolamento do papel no núcleo. O processo termina quando um número predeterminado de folhas é enrolado no núcleo. Uma operação subsequente pode consistir na colagem de uma aba da última folha na subjacente do rolo, dessa forma formado (assim chamada operação de "colagem de aba").
[00011] Ao atingir o número predeterminado de folhas enroladas no núcleo, a última folha da bobina que é completado é separada da primeira folha da bobina seguinte, por exemplo, por um jato de ar comprimido direcionado para uma linha de pré-corte correspondente. Neste ponto, a bobina (3) é descarregada da máquina de rebobinamento através de uma estação de descarga ao longo da qual a bobina completada é descarregada através de uma saída (14) onde um plano de descarga (140) é provido.
[00012] De acordo com a invenção, a máquina de rebobinamento (1) é provida com uma pluralidade de paredes (P) que circundam o equipamento e dispositivos que formam parte da rebobinadeira (1) de maneira a definir uma câmara de contenção (C), também denominada câmara de sucção a seguir na presente descrição. A dita câmara (C) é mostrada em linhas tracejadas nas Figs. 1, 3 e 4, para uma melhor identificação da mesma. Com referência ao exemplo mostrado nos desenhos, o equipamento e dispositivos da rebobinadeira incluem os rolos de guia (15), os meios de pré-corte (11) e os rolos de bobinamento (13a, 13b, 13c).
[00013] Na prática, a rebobinadeira (1) é feita como uma rebobinadeira tradicional, mas as áreas que são normalmente abertas, ou permeáveis ao ar, são fechadas pelas paredes (P), determinando a formação da câmara de sucção (C), que não fica "sob vácuo" em um sentido literal por causa da presença das aberturas (10, 12, 14) para a entrada do material usado para a produção das bobinas e a saída das bobinas acabados, mas, no entanto, permite otimizar a ação de sucção como adicionalmente descrito a seguir. Em outras palavras, graças a um controle apropriado dos fluxos de ar, a dispersão descontrolada dos resíduos associados com o movimento e processamento da membrana de papel (W) é impedida, os ditos resíduos sendo retidos dentro da câmara (C) e vantajosamente eliminados através do canal de sucção (A) descrito a seguir. Esta determina a produção de fluxos de ar direcionados de cima para baixo na câmara (C). As Figs. 1, 2, 3 mostram o perfil apresentado pelas paredes (P), que são inclinadas em direção à base da câmara de sucção de maneira a definir planos inclinados, cada um tendo uma dada inclinação uniforme e sendo orientado para a base inferior da rebobinadeira (1). Na prática, as paredes individuais (P) têm cada qual uma inclinação uniforme de maneira que elas não retenham resíduos direcionados para baixo. As paredes (P) são inclinadas em uma aproximação recíproca substancial de maneira a definir um sulco estreito na base da câmara de sucção onde o canal de sucção (A) é provido. Na Fig. 3, a diminuição na largura da câmara (C) é representada pelas dimensões (D1), (D2) e (D3), diminuindo de cima para baixo. As ditas dimensões (D1, D2, D3) se referem à direção de entrada (DM) dos materiais usados para fabricar as bobinas. Essas dimensões decrescentes da câmara (C) de cima para baixo determinam um aumento correspondente na velocidade do fluxo de ar direcionado para baixo. Isto é uma vantagem uma vez que a velocidade do ar descendente será menor na parte superior da câmara (C), onde existe a membrana (W), enquanto será maior na área inferior da câmara (C) onde o ar direcionado para baixo interage apenas com os resíduos a ser removidos. Entre as duas zonas de máxima e mínima velocidade do fluxo de ar descendente existe uma zona de velocidade intermediária onde o ar interage com as bobinas em formação, que é menos sujeito a possíveis danos do que a membrana (W).
[00014] Na parte inferior da câmara de sucção (C) existe um canal de sucção (A) que se estende transversalmente com relação à máquina de rebobinamento (1) substancialmente ao longo de toda a parte inferior da mesma. Na prática, a base inferior da rebobinadeira (1) é provida com um canal de sucção (A) que é conectado aos meios de sucção (MA) que, na Fig. 5, são representados por um bloco esquemático e que pode ser constituído por meios de movimento de ar adequados tais como, por exemplo, ventiladores, aspiradores, etc. As setas (VI) na parte inferior da câmara (C) esquematicamente representam a direção do fluxo de ar provocado pelo canal de sucção.
[00015] Em outras palavras, por toda a largura da máquina (1) se estende a boca de sucção (BA) do canal (A) que exerce sua ação para baixo, succionando o ar e os resíduos contidos no mesmo, e que é aberta para cima. Na prática, a boca (BA) do canal de sucção (A) é uma abertura desta que comunica com a câmara de sucção (C), a dita abertura se estendendo ao longo da parte superior do canal (A).
[00016] O fato de que o canal de sucção (A) é provido na base inferior da rebobinadeira (1), isto é, na parte inferior da câmara de sucção (C), melhora a sucção em virtude de a ação da gravidade nos resíduos a ser eliminados ser adicionada à da sucção, também direcionada para baixo. A extensão do canal de sucção (A) de acordo com a largura da rebobinadeira contribui adicionalmente para a otimização da ação de sucção.
[00017] O canal de sucção (A) pode ser conectado a um dispositivo de filtração (F) para filtrar o ar succionado da câmara (C). Na Fig. 5, o canal de sucção (A) é conectado por meio de um duto (19) a um dispositivo de filtração (F). O ar extraído pela câmara (C) é então filtrado antes de ser liberado no ambiente que circunda a rebobinadeira (1) ou, como mostrado no desenho, antes de ser parcialmente introduzido de volta na câmara (C). Vantajosamente, o filtro (F) é conectado através do duto (20) a uma entrada (18) localizada em uma área superior da câmara (C). Desta maneira, uma parte do ar extraída da base pelo canal (A) e filtrada pelo filtro (F) é introduzida na câmara de sucção (C) através da entrada (18). Portanto, uma ação combinada dos fluxos (V2) provenientes do topo e movimentando para baixo e dos fluxos (VI) que transferem os resíduos para baixo é obtido.
[00018] A Fig. 6 mostra uma outra possível modalidade da invenção com relação ao canal de sucção (A). A Fig. 6 mostra esquematicamente a parte inferior da câmara de sucção (C), que, neste exemplo, tem um canal de conexão inferior (29) que conecta a câmara de sucção (C) ao canal (A) e este é arranjado lateralmente com relação à direção de saída dos resíduos da câmara de sucção (C). Por exemplo, o canal de conexão (29) tem um formato curvo e existe um ângulo de cerca de 90° entre sua porção proximal conectada à câmara (C) e sua porção distal conectada ao canal de sucção (A). A parte inferior do canal (29) comunica com um recipiente subjacente (33) aberto no topo.
[00019] Aberturas (não mostradas nos desenhos) podem ser providas no canal (29) para facilitar a introdução de um fluxo (V3) de ar externo direcionado para o canal de sucção (A). A amplitude das aberturas supracitadas pode possivelmente ser ajustada por meio de uma válvula gaveta esquematicamente indicada com a referência "32" na Fig. 6. Na prática, com referência ao exemplo mostrado na Fig. 6, o canal de descarga de resíduos (29) forma um "L" com seu braço maior conectado à câmara (C) e o braço menor terminando no canal (A); o fluxo (V3) pode favorecer a entrada resíduos de menor massa e dimensões no canal (A), permitindo que os resíduos com maior massa ou dimensões continuem sua corrida para baixo.
[00020] Com referência à configuração mostrada na Fig. 6, os resíduos (30), (31) são empurrados e/ou aspirados para baixo de acordo com o fluxo indicado com (V1) para chegar ao canal (29). Uma vez dentro do canal (29) os resíduos mais pesados, indicados com (31) no exemplo, são direcionados para baixo para o recipiente (33), em virtude de, nos mesmos, a força de gravidade (e a possível contribuição do empuxo VI) ser prevalecente com relação ao fluxo (V3), enquanto os resíduos mais leves e/ou menores (30) são direcionados para o canal de sucção (A). Os resíduos mais pesados (31) podem ser, por exemplo, resíduos maiores de material de papel ou pedaços de cola. Os resíduos mais leves/menores (30) podem ser poeira de papel, pós de outros materiais, etc.
[00021] Em outras palavras, de acordo com a invenção, meios para separar os resíduos podem ser providos, que, no exemplo da Fig. 6, compreendem o canal (29), o recipiente (33) e opcionalmente as aberturas feitas no canal (29).
[00022] Na configuração da Fig. 6, o canal (A) está em uma posição lateralmente deslocada com relação à câmara de sucção (C), de forma que a boca (BA) fique lateral. Nesta configuração, a instalação pode ser provida com meios que envia um fluxo de ar adicional (V3) em direção à boca (BA) do canal (A) como previamente citado. Este fluxo de ar adicional (V3) não passa através da câmara de sucção (C). Acredita-se que o uso do dito fluxo de ar adicional (V3) seja vantajoso quando a distância entre a boca (BA) do canal (A) e o canal de saída de resíduos (29) é maior que um valor predeterminado, por exemplo, um valor maior que 10 mm.
[00023] As paredes da câmara (C) podem ser providas com portas removíveis ou abríveis (27) providas com meios de ativação relativos (28) que, na Fig. 1, são mostrados esquematicamente. As portas (27) podem ser constituídas, por exemplo, por portas articuladas ou corrediças, e os meios de ativação relativos (28) podem compreender, por exemplo, volante manual, cremalheira ou outros dispositivos adequados. A presença das ditas portas permite acesso ao interior da máquina quando, por exemplo, é necessário realizar operações de manutenção, operações de limpeza, eliminar atolamentos de material, e operações similares.
[00024] Como mais bem mostrado na Fig. 4, os motores elétricos (M) que operam os rolos de bobinamento providos na estação de bobinamento de bobinas (13), bem como qualquer outro motor da rebobinadeira (1), podem ser colocados fora da câmara de sucção (C), em uma área que não é afetada pelos resíduos de processamento. Desta maneira, os ditos motores (M) são em uma zona mais limpa e não são influenciados pelos resíduos do processamento de papel. Ao contrário, em um sistema tradicional os motores têm que ser dimensionados considerando a provável dificuldade na manutenção da correta temperatura operacional por causa da presença dos resíduos que cobrem os motores e as aletas de resfriamento ou ventiladores relativos.
[00025] A Fig. 4 mostra uma possível modalidade de uma instalação (100) de acordo com a presente invenção. O sistema (100) é arranjado dentro de uma cabina (110) provida com paredes externas (PE) que separam-na e isolam-na da parte restante da estrutura industrial (111) que hospeda a instalação. Desta maneira, uma câmara de contenção de toda a instalação de conversão de papel (100) é definida. A instalação de conversão de papel (100) é constituída de uma pluralidade de máquinas (1, 101, 102). Na Fig. 4, a máquina (1) é uma rebobinadeira, enquanto as outras máquinas (101) e (102) são representadas pelos blocos esquemáticos. As máquinas (101) e (102) podem ser, por exemplo, uma máquina de relevo, uma unidade de impressão, um unidade de desbobinamento, etc. Mais no geral, as máquinas inseridas na instalação são máquinas configuradas para realizar uma transformação física do material de papel de membrana (W) consistindo em uma ou mais operações de desbobinamento, laminação, embossamento, colagem, impressão ou corte. O embossamento pode ser combinado com a engomadura do material de papel em uma única unidade. Impressão pode ser realizada por uma unidade de impressão colocada à montante da máquina de relevo, uma máquina que aplica relevo no material (100). As bobinas podem ser cortadas usando uma máquina de corte que corta as bobinas produzidas pela rebobinadeira.
[00026] Dentro da cabina (110) a máquina de rebobinamento (1) é delimitada pelas paredes (P) de maneira a formar a câmara de sucção (C) como previamente descrito; as outras máquinas (101, 102) podem ser providas com câmaras de contenção similares, não ilustradas por questão de simplificação. Na prática, uma ou mais das máquinas de conversão de papel que formam a instalação (100) podem ser providas com uma câmara substancialmente fechada (ou seja, aberta apenas em correspondência às aberturas usadas para a entrada e saída do material a ser tratado) em cujo interior uma sucção é criada com relação ao ambiente externo, a fim de transferir os resíduos para um ponto ou área específica, onde eles podem ser vantajosamente coletados e/ou removidos.
[00027] A contenção e recuperação dos resíduos pode ser aumentada e otimizada graças a um arranjo particular das correntes de fluxo de ar esquematicamente representadas pelas setas no desenho. A seta (Fl) indica o fluxo de ar na direção galpão (111) - máquina (1), a seta (F2) indica o fluxo de ar na direção cabina (110) - máquina (1), enquanto a seta (F3) indica o fluxo de ar na direção galpão (111) - cabina (110). Na prática, os meios de sucção e as paredes que delimitam as câmaras de sucção determinam uma diferença de pressão capaz de mover os resíduos ao longo de uma direção desejada, ou direcioná-los para pontos de coleta e/ou extração como sucção do canal (A) supradescrita. Também, na construção da cabina (110) e dos espaços contendo as máquinas (101, 102), as paredes (P) podem ser arranjadas de maneira a manter os motores (M) fora das respectivas câmaras de sucção.
[00028] As máquinas (101, 102) podem ser contidas junto com a máquina (1) dentro de uma única cabina (110), como no exemplo da Fig. 4, ou uma cabina pode ser provida para cada máquina que forma a instalação.
[00029] Um outro aspecto da presente invenção diz respeito à distribuição vantajosa dos fluxos que determinam o movimento descendente dos resíduos, em particular, com relação à divisão balanceada dos fluxos nas duas zonas definidas pela membrana (W) dentro da câmara de contenção (C). Na Fig. 1, a membrana (W) de material de papel que está sendo processado divide toda a câmara (C) em duas meias câmaras (C1) e (C2) que são portanto arranjadas na esquerda Fig. 1 e na Fig. 2 ela está na direita. Correspondentemente, os fluxos de ar verticais direcionados para baixo pelo fato de que o canal de sucção (A) está em comunicação com ambas as meias câmaras (C1) e (C2) pode ser dividido em um primeiro fluxo de ar, ou esquerdo, (VS) e um segundo fluxo de ar, ou direito, como mostrado na Fig. 2. Os ditos fluxos (VS) e (VD) passam, respectivamente, na esquerda e na direita no desenho com relação à estação para formar as bobinas (13). À montante da estação (13) com relação à direção (WP) ao longo da qual a membrana (W) vem, o primeiro fluxo de ar (VS) passa através da zona de entrada (12) dos núcleos (2) e, correspondentemente, o segundo fluxo (VD) passa pela área de descarregamento (14) das bobinas (3) localizada à jusante da estação (13). Os componentes da rebobinadeira (1) arranjados nas ditas áreas, como aqui indicado, podem ser dimensionados e modelados de maneira a não diferenciar os fluxos descendentes (VS) e (VD). Uma de suas possíveis modalidades é mostrada na Fig. 7 que é uma vista plana esquemática.
[00030] Na Fig. 7, o bloco (13) representa a estação para formação das bobinas (13) que divide a zona à montante (zona de entrada 12) da zona à jusante (área de saída 14). A zona à montante, que está na parte superior da Fig. 7, corresponde à porção inferior da câmara (C1) que no desenho é delimitada no topo pela parede (P) e na base pela estação (13); a zona à jusante, que é na parte inferior da Fig. 7, corresponde à porção inferior da câmara (C2) que é delimitada no topo pela estação (13) e na base pela parede (P).
[00031] Na área à montante da estação de bobinamento (13) (no topo na Fig. 7) a porção inferior da câmara (C1) é cruzada por uma pluralidade de guias (120) que são visíveis na vista plana em virtude de elas estarem acima das correias (122). As guias (120) e as correias (122) são espaçadas uma da outra de uma maneira per se conhecida para suportar os núcleos (2) direcionados para a estação de bobinamento (13), deixando espaços livres (121). O fluxo (VS) em seu trajeto descendente passa pelos espaços (121) da seção de entrada (12) dos núcleos à montante da estação de formação de bobinas (13).
[00032] Na área localizada à jusante da estação (13) (na base na Fig. 7) a porção inferior da câmara (C2) é delimitada por baixo pela calha (140) usada para descarregar as bobinas (3). Vantajosamente, a calha (140) é provida com uma pluralidade de furos (141) para a passagem do fluxo de ar (VD) e a superfície total dos furos (141) corresponde substancialmente à soma das áreas dos ditos espaços livres (121) da seção de entrada (12); desta maneira, a passagem dos dois fluxos (VS) e (VD) através da seção de entrada dos núcleos e respectivamente através da seção de descarga das bobinas dentro da câmara (C) será impedida substancialmente até um mesmo ponto e portanto não haverá gradiente de velocidade apreciável entre os dois fluxos (VS) e (VD) na direção horizontal.
[00033] Em outras palavras, a instalação objeto da invenção é provida com meios para controlar os fluxos verticais de ar (VS, VD) dentro das meias câmaras (C1) e (C2) capaz de determinar fluxos de igual entidade nas semicâmaras (C1) e (C2) e portanto interações da mesma entidade nos dois lados da fita (W). Vantajosamente, o gradiente zero na direção horizontal permite sucção de resíduos ideal sem afetar negativamente o tratamento da membrana que está sendo processada.
[00034] Os meios para controlar os fluxos de ar dentro das meias câmaras (C1) e (C2) podem ser feitos diferentemente dos aqui descritos, desde que eles sejam capazes de determinar fluxos de ar verticais (VS, VD) da mesma entidade nas meias câmaras (C1) e (C2).
[00035] De acordo com a presente invenção, o controle de fluxos de ar verticais (VS, VD) é obtenível através das aberturas (121, 141) providas na seção de entrada dos núcleos à montante da estação de formação de bobinas (13) e respectivamente na seção para descarregar as bobinas à jusante da mesma estação de formação (13); essas aberturas (121, 141) são dimensionadas de uma maneira tal a determinar vazões verticais idênticas de ar (VS, VD) à montante e à jusante da estação (13), nas meias câmaras (C1, C2) de forma que a pressão exercida pelo ar nos dois lados da membrana (W) dentro da câmara (C) é praticamente a mesma. Como previamente declarado, a área total dos furos (141) corresponde substancialmente à área total das aberturas (121) dentro da câmara de sucção (C).
[00036] A invenção não é limitada às modalidades descritas e ilustradas, mas pode ser modificada, continuando dentro do escopo das reivindicações anexas.

Claims (14)

1. INSTALAÇÃO DE CONVERSÃO DE PAPEL PARA CONVERTER MEMBRANAS DE PAPEL, compreendendo uma rebobinadeira (1) que é adaptada para produzir bobinas de papel e tem uma entrada (10) para alimentar uma membrana de papel (W), uma estação de bobinamento (13) onde as bobinas de papel são formadas e uma estação de saída (14) para descarregamento de bobinas acabadas, e em que a rebobinadeira (1) é provida com uma pluralidade de paredes (P) delimitando uma câmara (C) em cujo interior as bobinas de papel são formadas, caracterizada por a rebobinadeira (1) compreender um canal de sucção de ar (A) disposto e atuando em uma parte inferior da dita câmara (C), o dito canal de sucção de ar sendo adaptado para exercer uma sucção que causa a formação de um fluxo de ar direcionado de cima para baixo dentro da câmara (C), e a dita câmara (C) sendo subdividida em duas semicâmaras (C1, C2) ambas comunicando com o canal de sucção de ar (A) de maneira tal que um fluxo de ar vertical (VS, VD) direcionado para baixo é gerado em cada uma delas, a dita câmara sendo provida com meios de regulagem para regular os ditos fluxos de ar verticais (VS, VD) para prover vazões de ar idênticas verticalmente orientadas nas semicâmaras (C1) e (C2).
2. Instalação, de acordo com a reivindicação 1, caracterizada por o dito canal de sucção de ar (A) ter uma abertura (BA) que se estende através da largura (L) da rebobinadeira (1).
3. Instalação, de acordo com a reivindicação 1, caracterizada por a dita rebobinadeira (1) compreender motores elétricos (M) arranjados fora da câmara (C).
4. Instalação, de acordo com a reivindicação 1, caracterizada por as ditas paredes (P) serem inclinadas de maneira tal que a câmara de contenção (C) seja estreitada na sua base, em correspondência ao dito canal de sucção de ar (A).
5. Instalação, de acordo com a reivindicação 1, caracterizada por o dito canal de sucção de ar (A) ser conectado à jusante a um dispositivo de filtração de ar (F).
6. Instalação, de acordo com a reivindicação 1, caracterizada por o dito canal de ar (A) ser conectado à jusante a um dispositivo de filtração de ar (F) e então a uma entrada (18) disposta no topo da dita câmara (C) para entrar ar filtrado na mesma câmara (C).
7. Instalação, de acordo com a reivindicação 1, caracterizada por ser provida com uma cabina de contenção (110) adaptada para delimitar o ambiente que circunda a instalação e uma parte restante de um galpão (111) no qual a mesma instalação está localizada.
8. Instalação, de acordo com as reivindicações 1 e 7, caracterizada por a dita câmara (C) ficar dentro da dita cabina de contenção (110).
9. Instalação, de acordo com as reivindicações 3 e 8, caracterizada por os motores da dita rebobinadeira (1) serem externos à dita cabina de contenção (110).
10. Instalação, de acordo com a reivindicação 1, caracterizada por as paredes da câmara de contenção (C) serem providas com portas removíveis ou abríveis (27) providas com respectivos meios de ativação (28).
11. Instalação, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 10, caracterizada por ser provida com meios de separação de resíduos (29, 33) para separar possíveis resíduos (30, 31) carregados pelos ditos fluxos de ar de acordo com a massa e/ou o tamanho dos próprios resíduos.
12. Instalação, de acordo com as reivindicações 1 e 11, caracterizada por os ditos meios de separação de resíduos compreenderem um canal de conexão (29) conectando a dita câmara (C) ao dito canal de sucção de ar (A), um recipiente (33) localizado na base do dito canal de conexão (29), e meios de sopro de ar (32) adaptados para transferir uma parte (30) dos ditos resíduos para o canal de sucção (A), o canal de sucção de ar (A) sendo arranjado lateralmente com relação a uma seção de saída dos resíduos da câmara de contenção (C), o dito canal de conexão (29) tendo uma parte inferior que comunica com o recipiente (33).
13. Instalação, de acordo com a reivindicação 1, caracterizada por a dita câmara (C) ser dividida em duas semicâmaras (C1) e (C2) por uma membrana de papel (W) que está sendo convertida, os ditos fluxos (VS, VD) de mesmo valor nas duas semicâmaras (C1) e (C2) determinando uma pressão do mesmo valor nos dois lados da membrana de papel (W).
14. Instalação, de acordo com a reivindicação 1, caracterizada por os ditos meios para regular os ditos fluxos de ar compreenderem corpos perfurados (121, 141) tendo uma mesma área e arranjados em cada uma das ditas semicâmaras (C1, C2) em zonas cruzadas pelos ditos fluxos de ar (VS, VD).
BR112020004014-2A 2017-10-18 2018-10-09 Instalação de conversão de papel para converter membranas de papel BR112020004014B1 (pt)

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