BR112019013505A2 - Método para tratar insetos, no qual as cutículas são separadas da parte macia dos insetos com o uso de um separador de correia - Google Patents
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Abstract
a presente invenção se refere a um método para tratar insetos que compreende a separação das cutículas da parte macia dos insetos, em que a separação é realizada com o uso de um separador de correia e uma etapa de maturação da parte macia dos insetos, em que a etapa é realizada sem diluir a parte macia dos insetos em um solvente. a invenção se refere adicionalmente a pós, em particular, um pó obtenível pelo método para tratar insetos de acordo com a invenção e ao uso desses pós em alimentos.
Description
“MÉTODO PARA TRATAR INSETOS, NO QUAL AS CUTÍCULAS SÃO SEPARADAS DA PARTE MACIA DOS INSETOS COM O USO DE UM SEPARADOR DE CORREIA” [001] A presente invenção se refere a um processo (ou método) para tratar insetos. A invenção se refere também a pós, em particular, a um pó obtido pelo processo para tratar insetos de acordo com a invenção e ao uso desses pós em nutrição, em particular, em nutrição animal.
[002] Pós preparados a partir de animais são usados há muito tempo em nutrição animal.
[003] Um dos pós mais usado comumente é farinha de peixe, que representa uma das principais fontes de proteína em nutrição animal. A farinha de peixe é muito rica em proteínas animais (rica em lisina e aminoácidos do tipo metionina) que são facilmente digestíveis. Uma demanda crescente acompanhada de um abastecimento limitado tem resultado, em particular, em um aumento significativo no seu preço. Assim, há uma demanda alta por fontes alternativas de qualidade alta e, tanto quanto possível, proteínas renováveis que poderíam ser usadas em nutrição animal.
[004] Nos últimos anos, o uso de refeições preparadas a partir de insetos tem sido proposto como um substituto para farinha de peixe.
[005] Refeições com inseto oferecem fontes de proteína de reposição naturais e a possibilidade de serem produzidas em massa com uma pegada ecológica mínima. Em particular, certos besouros, como Tenebrio molitor, têm o benefício de serem adequados para produção em massa intensiva.
[006] A título de exemplo, o pedido WO2016/108037 descreve, em particular, um pó de besouro que compreende pelo menos 67% em peso de proteínas e pelo menos 5% em peso de quitina, capaz de ser usado em nutrição animal.
[007] No contexto do presente pedido, por “quitina” entende-se qualquer tipo de derivado de quitina, isto é, qualquer tipo de derivado de polissacarídeo que
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2/42 compreende unidades de N-acetilglicosamina e unidades de D-glicosamina, em particular, os copolímeros quitina-polipeptídeo (chamados às vezes de “compósito de quitina-polipeptídeo”). Esses copolímeros podem ser combinados com pigmentos, frequentemente, do tipo melanina.
[008] A quitina é considerada o segundo polímero mais sintetizado no mundo vivo, após a celulose. De fato, a quitina é sintetizada por inúmeras espécies no mundo vivo: a mesma constitui parcialmente o exoesqueleto de crustáceos e insetos e a parede lateral que circunda e protege os fungos. Mais particularmente, em insetos, assim, a quitina constitui 3 a 60% do seu exoesqueleto.
[009] Entretanto, a quitina é, em geral, considerada um composto que é difícil para certos animais digerirem.
[010] Assim, há uma necessidade por pós preparados a partir de insetos que teriam um teor de quitina reduzido.
[011] O trabalho dos inventores tornou possível destacar que foi possível obter tais pós, quando os insetos a partir dos quais esses pós são preparados passam por um tratamento específico.
[012] O trabalho dos inventores possibilitou destacar que foi possível obter tais pós, quando os insetos dos quais esses pós são preparados se submetem a um tratamento específico.
[013] Assim, a invenção se refere a um processo para tratar insetos que compreende a separação das cutículas da parte macia dos insetos, no qual a separação é executada com o uso de um separador de correia.
[014] Por “insetos” entende-se insetos em qualquer estágio de desenvolvimento como um estágio adulto, larval ou de ninfa.
[015] A cutícula é a camada externa (ou exoesqueleto) secretada pela epiderme dos insetos. A mesma é, em geral, formada por três camadas: a epicutícula, a exocutícula e a endocutícula.
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3/42 [016] Por “parte macia” entende-se a carne (que compreende, em particular, os músculos e as vísceras) e o suco (que compreende, em particular, os fluidos corporais, água e hemolinfa) dos insetos. Em particular, a parte macia não consiste no suco dos insetos.
[017] Vantajosamente, os insetos utilizados no processo de acordo com a invenção estão em um estágio larval.
[018] De preferência, os insetos utilizados no processo de acordo com a invenção são comestíveis.
[019] Vantajosamente, os insetos preferenciais para a implementação do processo de acordo com a invenção são, por exemplo, Coleoptera, Diptera, Lepidoptera, Isoptera, Orthoptera, Hymenoptera, Blattoptera, Hemiptera, Heteroptera, Ephemeroptera e Mecoptera, de preferência, Coleoptera, Diptera, Orthoptera, Lepidoptera ou misturas dos mesmos, ainda mais preferencialmente, Coleoptera.
[020] Os besouros utilizados preferencialmente, no processo de acordo com a invenção pertencem às famílias do Tenebrionidae, Melolonthidae, Dermestidae, Coccinellidae, Cerambycidae, Carabidae, Buprestidae, Cetoniidae, Dryophthoridae ou misturas das mesmas.
[021] Mais preferencialmente, os mesmos são os besouros a seguir: Tenebrio molitor, Alphitobius diaperinus, Zophobas morio, Tenebrio obscurus, Tribolium castaneum e Rhynchophorus ferrugineus ou misturas dos mesmos.
[022] Por “separador de correia” entende-se um dispositivo que possibilita separar a parte sólida da parte macia de um produto e que compreende uma correia espremedora (ou filtro compressivo de correia) e um tambor perfurado.
[023] A separação das cutículas da parte macia dos insetos é descrita mais detalhadamente na etapa 2 doravante do processo detalhado para tratar insetos de acordo com a invenção.
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4/42 [024] Essa separação das cutículas da parte macia do inseto possibilita, em particular, separar a quitina da parte macia. De fato, as cutículas obtidas no fim dessa etapa de separação têm um alto teor de quitina da ordem de 10 a 30% em peso com relação ao peso total das cutículas, conforme indicado doravante.
[025] Em particular, a etapa de separar as cutículas da parte macia é realizada sem qualquer etapa de moer os insetos, em particular, na forma de partículas que foram realizadas.
[026] O processo para tratar insetos, de acordo com a invenção, também pode compreender uma etapa de maturação da parte macia dos insetos.
[027] Por “etapa de maturação da parte macia dos insetos” entende-se mais particularmente uma etapa durante a qual a parte macia dos insetos é submetida à agitação.
[028] Essa etapa é descrita mais detalhadamente na etapa 3 doravante do processo detalhado para tratar insetos de acordo com a invenção.
[029] O processo para tratar insetos de acordo com a invenção pode, então, compreender:
- uma etapa de separar as cutículas da parte macia dos insetos, em que a separação é realizada com o uso de um separador de correia, e
- uma etapa de maturação da parte macia dos insetos, em que a dita etapa é realizada sem qualquer diluição da parte macia dos insetos em um solvente.
[030] De preferência, o processo para tratar insetos de acordo com a invenção compreende uma etapa de separar a parte macia dos insetos em uma fração de gordura, uma fração sólida e uma fração aquosa.
[031] A fração de gordura tem um teor de lipídeo maior que ou igual a 90%, preferencialmente, maios ou igual a 95%, ainda mais preferencialmente, maior que ou igual a 99% em peso em relação ao peso total da fração de gordura.
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5/42 [032] Será observado que, no contexto do presente pedido, e, salvo se estipulado de outro modo, as faixas de valores indicadas são entendidas como sendo inclusivas.
[033] A fração sólida tem teor de material seco compreendido entre 45 e 65% em peso em relação ao peso total da fração sólida.
[034] A fração aquosa tem um teor de carboidrato compreendido entre 15 e 40% em peso, de preferência, entre 20 e 30% em peso em relação ao peso seco total da fração aquosa.
[035] No final da etapa de separação da parte macia, e antes de uma concentração opcional da mesma, a fração aquosa tem um teor de material seco menor que 20% em peso, de preferência, inferior ou igual a 15% em peso em relação ao peso total da fração aquosa.
[036] De modo similar, a separação da parte macia dos insetos em uma fração de gordura, uma fração sólida e uma fração aquosa é descrita em maiores detalhes na etapa 4 doravante no presente documento do processo detalhado para tratar insetos de acordo com a invenção.
[037] O processo para tratar insetos de acordo com a invenção pode compreender uma etapa de extermínio anterior à etapa de separação das cutículas da parte macia.
[038] Vantajosamente, após a etapa de extermínio 1, os insetos são usados diretamente para implementar a etapa 2 de separação das cutículas da parte macia dos insetos, isto é, os insetos não são submetidos a qualquer tratamento, como moagem, congelamento ou desidratação entre a etapa 1 e a etapa 2.
[039] Essa etapa de extermínio é descrita em maiores detalhes na etapa 1 doravante no presente documento do processo detalhado para tratar insetos de acordo com a invenção.
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6/42 [040] Opcionalmente, o processo para tratar insetos de acordo com a invenção compreende, no final da separação da parte macia em uma fração de gordura, uma fração sólida e uma fração aquosa, uma etapa de concentração da fração aquosa a fim de obter uma fração aquosa concentrada.
[041] Essa etapa é descrita em maiores detalhes na etapa 5 doravante no presente documento do processo detalhado para tratar insetos de acordo com a invenção.
[042] Opcionalmente, o processo para tratar insetos de acordo com a invenção compreende também uma etapa de mistura da fração sólida:
- com toda ou parte da fração aquosa concentrada; e/ou
- todas ou parte das cutículas, a fim de obter uma mistura.
[043] Essa etapa é descrita em maiores detalhes na etapa 6 doravante no presente documento do processo detalhado para tratar insetos de acordo com a invenção.
[044] De preferência, o processo para tratar insetos de acordo com a invenção compreende uma etapa de secagem da fração sólida ou da mistura a fim de obter uma fração sólida seca ou uma mistura seca.
[045] Essa etapa é descrita em maiores detalhes na etapa 7 doravante no presente documento do processo detalhado para tratar insetos de acordo com a invenção.
[046] Preferencialmente, o processo para tratar insetos de acordo com a invenção compreende também uma etapa de moagem da fração sólida seca ou da mistura seca.
[047] Essa etapa é descrita em maiores detalhes na etapa 8 doravante no presente documento do processo detalhado para tratar insetos de acordo com a invenção.
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7/42 [048] Mais particularmente, o processo de acordo com a invenção é executado sem ser necessária a adição de solvente, como água. Em particular, sem diluição da parte macia sendo executada durante o processo de acordo com a invenção.
[049] De acordo com uma modalidade preferencial do processo para tratar insetos de acordo com a invenção, esse último é um processo para preparar um pó e, em particular, um pó de inseto, e compreende as etapas a seguir:
i) exterminar os insetos;
ii) separar as cutículas da parte macia dos insetos;
iii) opcionalmente, maturar a parte macia dos insetos;
iv) separar a parte macia dos insetos em uma fração sólida, uma fração aquosa e uma fração de gordura;
v) opcionalmente, concentrar a fração aquosa a fim de obter uma fração aquosa concentrada;
vi) opcionalmente, misturar a fração aquosa concentrada e/ou as cutículas com a fração sólida a fim de obter uma mistura;
vii) secar a fração sólida obtida na etapa iv) ou a mistura obtida na etapa vi) a fim de obter uma fração sólida seca ou uma mistura seca; e viii) moer a fração sólida seca ou a mistura seca obtida na etapa vii).
Processo detalhado para tratar insetos de acordo com a invenção
Etapa 1: Extermínio dos insetos [050] Essa etapa de extermínio 1 pode ser executada vantajosamente por choque térmico, como por escaldamento ou por branqueamento. A etapa 1 torna possível exterminar os insetos enquanto reduz a carga microbiana (reduzindo o risco de deterioração e o risco à saúde) e inativa as enzimas internas dos insetos capazes de provocar autólise e, assim, o escurecimento rápido dos mesmos.
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8/42 [051] Para o escaldamento, os insetos, de preferência, larvas, são, assim, escaldados com água por 2 a 20 min, preferencialmente, 5 a 15 min. De preferência, a água está à temperatura compreendida entre 87 a 100 °C, preferencialmente, 92 a 95 °C.
[052] A quantidade de água introduzida durante o escaldamento é determinada conforme a seguir: a razão do volume de água em ml para o peso em g de insetos é, de preferência, compreendida entre 0,3 e 10, mais preferencialmente, entre 0,5 e 5, ainda mais preferencialmente, entre 0,7 e 3, ainda mais preferencialmente, na ordem de 1.
[053] Para o branqueamento, os insetos, de preferência, larvas, são branqueados com água ou com vapor d’água (bicos ou leito de vapor d’água) a uma temperatura compreendida entre 80 e 105 °C, de preferência, entre 87 e 105 °C, mais preferencialmente, entre 95 e 100 °C, ainda mais preferencialmente, 98 °C ou com água a uma temperatura compreendida entre 90 e 100 °C, preferencialmente, entre 92 e 95 °C (por bicos de aspersão) ou em modo misturado (água + vapor d’água) a uma temperatura compreendida entre 80 e 130 °C, de preferência, entre 90 e 120 °C, mais preferencialmente, entre 95 e 105 °C, ainda mais preferencialmente, 98 °C. Quando os insetos são branqueados com vapor d’água apenas, o branqueamento é executado vantajosamente em máquinas de branqueamento por vaporização forçada. O tempo de retenção em uma câmara de branqueamento é compreendido entre 5 segundos e 15 minutos, preferencialmente, entre 1 e 7 min.
[054] Vantajosamente, após a etapa de extermínio 1, os insetos são usados diretamente para implementar a etapa 2 de separação das cutículas da parte macia dos insetos, isto é, os insetos não são submetidos a qualquer tratamento, como moagem, congelamento ou desidratação entre a etapa 1 e a etapa 2.
Etapa 2: Separação das cutículas da parte macia dos insetos
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9/42 [055] A título de exemplo, um separador de correia pode compreender uma correia de aperto e um tambor perfurado, a correia de aperto circundando pelo menos uma parte do tambor perfurado.
[056] A correia de aperto permite que os insetos sejam transportados e aplicados contra o tambor perfurado com a finalidade de fazer com que a parte macia dos insetos passe, por pressão, pelas perfurações do tambor, enquanto as cutículas permanecem no exterior do tambor.
[057] Então, as cutículas podem ser recuperadas com o uso de uma lâmina raspadora.
[058] A título de exemplo, podem ser mencionados separadores de correia da Baader, como separadores de correia 601 a 607 (“separador macio 601 a 607”) ou também os separadores de correia SEPAmatic® da BFD Corporation (faixa de 410 a 4000 V).
[059] Vantajosamente, o diâmetro das perfurações do tambor é compreendido entre 0,5 e 3 mm, de preferência, entre 1 e 2 mm.
[060] Em relação à pressão, um elemento versado na técnica é capaz de determinar pressão a ser exercida, permitindo a separação das cutículas da parte macia dos insetos.
[061] Essa etapa de separação dos insetos é diferente do pressionamento convencional que pode ser executado, por exemplo, com uma prensa de parafuso único ou de parafuso idêntico, pois permite uma separação (limpa) da parte macia e das cutículas dos insetos e não uma separação de um suco de uma fração sólida.
[062] As cutículas obtidas na etapa 2 compreendem entre 10 e 30%, de preferência, entre 15 e 25% em peso de quitina, em relação ao peso seco total de cutículas.
[063] O teor de quitina é determinado por extração da mesma.
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10/42 [064] A título de exemplo, um método para determinar o teor de quitina que pode ser usado é o método AOAC 991.43.
[065] Além disso, as cutículas compreendem menos que 25%, de preferência, menos que 10%, mais preferencialmente, menos que 5%, ainda mais preferencialmente, menos que 3% em peso de lipídeos em relação ao peso seco total das cutículas.
[066] Os métodos para determinar o teor de gordura (lipídeos) são bem conhecidos para um elemento versado na técnica. A título de exemplo e de uma maneira preferencial, esse teor será determinado de acordo com o método do Regulamento EC 152/2009.
[067] Ao longo de todo o pedido, quando nenhuma data é especificada para um regulamento, um padrão ou uma diretiva, o mesmo é um regulamento, um padrão ou uma diretiva em vigor na data de depósito.
[068] Além disso, as cutículas compreendem entre 55 e 90%, vantajosamente entre 60 e 85%, de preferência, entre 65 e 80% em peso de proteínas em relação ao peso seco total de cutículas.
[069] No contexto do presente pedido, por “proteínas” entende-se a quantidade de proteínas brutas. A quantificação de proteínas brutas é bem conhecida apara um elemento versado na técnica. A título de exemplo, o método Dumas ou o método Kjeldahl pode ser mencionado. De preferência, o método Kjeldahl é usado.
[070] Entretanto, será observado que esse método é com base em medição do teor de nitrogênio. No momento, a quitina contém nitrogênio em um teor na ordem de 8%. Como um resultado, o teor de nitrogênio da quitina foi deduzido do teor de nitrogênio medido antes da execução da conversão, tornando possível obter o teor de proteína.
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11/42 [071] As cutículas compreendem entre 0,5 e 30%, vantajosamente entre 1 e 20%, de preferência, entre 5 e 15% em peso de carboidratos em relação ao peso seco total de cutículas.
[072] O teor de carboidrato foi calculado por medição da diferença de carboidrato. De acordo com esse método, o teor de carboidrato é igual ao teor de material seco do qual é subtraída os teores de cinza, de proteína e de lipídeo.
[073] Além disso, as cutículas compreendem, de preferência, pelo menos 0,08% em peso, mais preferencialmente, pelo menos 0,1% em peso, ainda mais preferencialmente, pelo menos 0,12% em peso de trealose em relação ao peso seco total de cutículas.
[074] A quantidade de trealose é determinada por análise por GC-MS. Tal análise é descrita em maiores detalhes no Exemplo 1 doravante no presente documento.
[075] A parte macia obtida na etapa 2 compreende entre 20 e 50% em peso de lipídeos, de preferência, entre 30 e 40% em peso de lipídeos em relação ao peso seco total da parte macia.
[076] Além disso, a parte macia compreende pelo menos 45%, de preferência, pelo menos 48%, mais preferencialmente, pelo menos 50% em peso de proteínas em relação ao peso seco total da parte macia.
Etapa 3: Maturação da parte macia dos insetos [077] Então, a parte macia dos insetos é submetida opcionalmente à agitação em um tanque.
[078] Vantajosamente, a maturação é executada por uma duração compreendida entre 15 minutos e 3 horas, de preferência, por 1 h.
[079] Vantajosamente, a maturação é executada a uma temperatura compreendida entre 65 e 100 °C, de preferência, entre 85 e 100 °C, mais preferencialmente, a uma temperatura de aproximadamente 90 °C.
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12/42 [080] Essa etapa torna possível facilitar a separação da parte macia dos insetos na etapa 4 doravante no presente documento.
[081] De preferência, o processo de acordo com a invenção compreende tal etapa.
[082] Em particular, nenhuma diluição da parte macia dos insetos em um solvente, como água, é necessária nessa etapa.
[083] Vantajosamente, essa etapa de maturação é imediatamente seguida pela etapa de separar a parte macia em uma fração sólida, uma fração aquosa e uma fração de gordura.
[084] Em particular, nenhuma etapa adicional de diluição em um solvente, tal como água, e/ou de aquecimento é necessária a fim de realizar a separação em três frações.
[085] Em contrapartida, conforme mostrado no Exemplo 3, tal como uma etapa de diluição tem o efeito de:
- impedir boa separação das três frações (sólida, aquosa e de gordura),
- degradar as propriedades das três frações, e
- gerar custos significativamente mais altos.
Etapa 4: Separação da parte macia em uma fração sólida, uma fração aquosa e uma fração de gordura [086] O objetivo dessa etapa consiste em recuperar três frações da parte macia dos insetos obtidas na etapa 2 ou 3, a saber, uma fração sólida, uma fração aquosa e uma fração de gordura.
[087] De acordo com uma primeira modalidade, essa etapa de separação da parte macia é executada em duas subetapas.
[088] Na primeira subetapa, a parte macia dos insetos é submetida à decantação com o uso de um decantador bifásico com a finalidade de obter uma fração sólida e uma fração líquida.
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13/42 [089] Na segunda subetapa, a fração líquida é submetida à centrifugação com a finalidade de recuperar uma fração de gordura e uma fração aquosa.
[090] Vantajosamente, nessa segunda subetapa, uma centrífuga de pilha de discos é usada.
[091] De acordo com uma segunda modalidade da etapa 4, a parte macia dos insetos é submetida à decantação com o uso de um decantador trifásico com a finalidade de obter diretamente uma fração aquosa, uma fração de gordura e uma fração sólida.
[092] Os decantadores de 3 fases adequados são, por exemplo, o Tricanter® da Flottweg ou decantadores de 3 fases da GEA, como o decantador CA 225-03-33.
[093] Vantajosamente, a separação da parte macia é executada de acordo com a segunda modalidade.
[094] De fato, o uso de um decantador trifásico torna possível obter uma separação particularmente eficaz das fases. Mais particularmente, a fração sólida obtida tem um teor de material seco alto, a fração aquosa compreende poucos sedimentos insolúveis (que se originam da fração sólida) e óleo e a fração de gordura compreende poucos sedimentos insolúveis (que se originam da fração sólida) e água.
Etapa 5: Concentração da fração aquosa [095] Então, a fração aquosa obtida na etapa 4 é concentrada opcionalmente, a fim de obter uma fração aquosa concentrada.
[096] Vantajosamente, a concentração é executada por evaporação.
[097] Vantajosamente, a evaporação é executada a uma temperatura compreendida entre 30 e 100 °C, de preferência, entre 60 e 80 °C.
[098] De preferência, a evaporação é executada a uma pressão compreendida entre 50 a 1013 hPa (50 e 1013 mbars), de preferência, a 1013 hPa (1013 mbars).
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14/42 [099] A evaporação é, de preferência, executada por uma duração compreendida entre 5 e 20 minutos.
[0100] Concentração é, de preferência, executada com o uso de um evaporador de filme descendente, um evaporador de placa de filme ascendente ou um evaporador de filme fino.
[0101] Esse tipo de equipamento padrão pode ser usado sem encontrar problemas de entupimento, em particular, devido à quantidade pequena de sedimentos presentes na fração aquosa.
[0102] Em geral, as frações aquosas não podem ser concentradas além de 42% de material seco, já que as mesmas tendem a gelificar (água pastosa) acima dessa concentração.
[0103] No caso da presente invenção, a fração aquosa compreende proteínas solúveis de tamanho pequeno (pelo menos 45%, preferencialmente, 60% das proteínas solúveis da fração aquosa tem um tamanho menor que 550 g/mol, conforme descrito em maiores detalhes doravante no presente documento), o que torna possível evitar a gelificação e, assim, obter uma fração aquosa com uma concentração de material seco alta (até 70%) e tendo um viscosidade menor que 30000 cPs (centipoises).
[0104] Por “proteínas solúveis” entende-se, dentre as proteínas brutas, aquelas que são solúveis em uma solução aquosa, cujo pH é compreendido entre 6 e 8, vantajosamente entre 7,2 e 7,6.
[0105] Quando o termo “proteínas” é usado sozinho no presente pedido, o mesmo denota proteínas brutas.
[0106] De preferência, a solução aquosa é uma solução tampão, cujo pH é compreendido entre 6 e 8, vantajosamente entre 7,2 e 7,6. Preferencialmente, a solução tampão é uma solução tampão fosfato-salino, cujo pH é igual a 7,4 +/- 0,2.
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15/42 [0107] Além disso, a etapa de concentração da fração aquosa é duplamente benéfica, i=uma vez que torna possível:
- economizar vapor d’água: na ausência da etapa de concentração 5, a água teria que ser evaporada durante a etapa de secagem 7 descrita doravante no presente documento, com um secador, cujo consumo de vapor d’água específico é superior àquele de um concentrador conforme descrito acima; e
- evitar contaminação microbiológica, em virtude de uma redução no volume e na pressão osmótica devido à concentração de material seco alta da fração aquosa concentrada.
Etapa 6: Mistura da fração aquosa concentrada e/ou das cutículas com a fração sólida [0108] Todas ou parte das cutículas obtidas na etapa 2 e/ou toda ou parte da fração aquosa concentrada obtida na etapa 5 pode ser misturada opcionalmente parcial ou totalmente com a fração sólida obtido na etapa 4 a fim de obter uma mistura.
[0109] Vantajosamente, a mistura é homogeneizada a fim de facilitar o tratamento posterior da mesma.
[0110] Os misturadores que podem ser usados são, por exemplo, misturadores de parafuso cônicos, como aqueles da Vrieco-Nauta®, ou agitadores de pêndulo, como aqueles da PMS.
[0111] Será observado que uma média, para um quilograma de fração sólida obtida, de 500 a 650 g de cutículas é obtida, por exemplo, aproximadamente 550 g, e de 250 a 350 g de fração aquosa, por exemplo, aproximadamente 300 g.
Etapa 7: Secagem da fração sólida obtida na etapa 4 ou da mistura obtida na etapa 6 [0112] A fração sólida obtida na etapa 4 ou a mistura obtida na etapa 6 pode ser seca a fim de obter uma fração sólida seca ou uma mistura seca.
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16/42 [0113] Vantajosamente, a secagem é executada como uso de um secador de disco, um secador tubular, a secador de hélice, um secador do tipo flash, um secador de camada fina ou um secador por aspersão.
[0114] De preferência, a secagem é executada com o uso de um secador de disco ou um secador tubular.
[0115] Secadores tubulares adequados são, por exemplo, aqueles da Tummers (Simon Dryers Technology).
[0116] Secadores de disco adequados são, por exemplo, aqueles da Haarslev.
[0117] A secagem pode ser executada por entre 1 e 10 horas, de preferência, entre 3 e 5 horas.
[0118] Vantajosamente, a secagem é executada a uma temperatura compreendida entre 60 e 225 °C, de preferência, entre 80 e 100 °C.
[0119] De preferência, a evaporação é executada a pressão atmosférica.
Etapa 8: Moagem da fração sólida seca ou da mistura seca obtida na etapa 7 [0120] Após a secagem, a moagem pode ser executada e um pó é obtido.
[0121] Por “pó” entende-se uma composição sob forma de partículas.
[0122] De preferência, o pó de acordo com a invenção é um pó de inseto, isto é, um pó preparado apenas a partir de insetos e opcionalmente de água.
[0123] Um moedor, como um moinho de martelo ou um moinho de cone (como os moinhos de cone da Kemutec), pode ser, por exemplo, usado.
[0124] Vantajosamente, no final dessa moagem, o tamanho das partículas é menor que 0,5 cm (tamanho de partícula maior observável com o uso de um microscópio), de preferência, na ordem de 1 mm. Mais particularmente, o tamanho de partícula é compreendido entre 300 pm e 1 mm, ainda mais preferencialmente, entre 500 e 800 pm.
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17/42 [0125] Quando o pó é moído a um tamanho de partícula aceitável para nutrição humana ou animal, o mesmo por ser chamado de “refeição” e, em particular, “refeição com inseto”. Por “tamanho de partícula aceitável para nutrição humana ou animal” entende-se um tamanho de partícula compreendido entre 100 pm e 1,5 mm, preferencialmente, compreendido entre 300 pm e 1 mm, mais preferencialmente, entre 500 e 800 pm.
[0126] De acordo com o fato de as etapas opcionais 5 e/ou 6 serem implementadas ou não, pós diferentes podem ser obtidos, a saber:
- um pó resultante apenas da fração sólida (etapa 6 não implementada);
- um pó resultante da mistura da fração sólida e de todas ou parte das cutículas;
- um pó resultante da mistura da fração sólida e de toda ou parte da fração aquosa concentrada;
- um pó resultante da mistura da fração sólida, de todas ou parte das cutículas e de toda ou parte da fração aquosa concentrada.
[0127] A invenção se refere também aos produtos que se originam do processo de acordo com a invenção.
[0128] A invenção se refere também a uma fração sólida obtenível pelo processo para tratar insetos de acordo com a invenção.
[0129] A invenção se refere também a uma fração sólida que compreende pelo menos 71% em peso de proteínas e entre 0,1 e 2% em peso de quitina, as porcentagens em peso sendo indicadas em relação ao peso seco total da fração sólida.
[0130] De preferência, a fração sólida compreende pelo menos 73% em peso, mais preferencialmente, pelo menos 74% em peso, ainda mais preferencialmente, pelo menos 75% em peso de proteínas, as porcentagens em peso sendo indicadas em relação ao peso seco total da fração sólida.
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18/42 [0131] Vantajosamente, a fração sólida compreende entre 0,5 e 1.7% em peso de quitina em relação ao peso seco total da fração sólida.
[0132] Vantajosamente, a fração sólida compreende entre 5 e 17% em peso de lipídeos, de preferência, entre 10 e 15% em peso de lipídeos em relação ao peso seco total da fração sólida.
[0133] De preferência, a fração sólida compreende entre 1 e 10% em peso, de preferência, entre 2 e 6% em peso de cinza em relação ao peso seco total da fração sólida.
[0134] O método para determinar o teor de cinza é bem conhecido para um elemento versado na técnica. De preferência, o teor de cinza foi determinado de acordo com o método estabelecido pelo Regulamento EC 152/2009 de 27 de janeiro de 2009.
[0135] Além disso, a fração sólida compreende de preferência, entre 5 e 15% em peso, mais preferencialmente, entre 7 e 13% em peso de carboidratos em relação ao peso seco total da fração sólida.
[0136] Mais particularmente, a fração sólida compreende de preferência, pelo menos 0,2% em peso, mais preferencialmente, pelo menos 0,3% em peso, ainda mais preferencialmente, pelo menos 0,35% em peso, ainda mais preferencialmente pelo menos 0,5% em peso e ainda mais preferencialmente pelo menos 0,7% em peso de trealose em relação ao peso seco total da fração sólida.
[0137] Além disso, a digestibilidade de proteínas em seres humanos e animais é condicionada significativamente pelo tamanho das proteínas. Em nutrição animal, é comum reduzir o tamanho das proteínas a fim de facilitar a digestão por animais. Essa redução no tamanho das proteínas é, em geral, executada por processo de hidrólise (por exemplo, enzimática), cuja implementação é particularmente dispendiosa.
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19/42 [0138] A fração sólida compreende proteínas solúveis, cujo tamanho é reduzido suficientemente a fim de facilitar a digestão por animais.
[0139] Vantajosamente, pelo menos 75%, preferencialmente, pelo menos 80%, mais preferencialmente, pelo menos 85% das proteínas solúveis da fração sólida tem um tamanho inferior ou igual a 12400 g/mol.
[0140] Mais particularmente, pelo menos 55%, de preferência, pelo menos 60%, mais preferencialmente, pelo menos 65% das proteínas solúveis da fração sólida tem um tamanho menor que 550 g/mol.
[0141] A invenção se refere também a uma fração aquosa obtenível pelo processo para tratar insetos de acordo com a invenção.
[0142] A invenção se refere também a uma fração aquosa que compreende pelo menos 48% em peso de proteínas, pelo menos 2% em peso de trealose e tendo um teor de lipídeo menor que 7% em peso, as porcentagens em peso sendo indicadas em relação ao peso seco total da fração aquosa.
[0143] De preferência, a fração aquosa compreende pelo menos 55% em peso, mais preferencialmente, pelo menos 60% em peso, ainda mais preferencialmente, pelo menos 65% em peso de proteínas em relação ao peso seco total da fração aquosa.
[0144] Vantajosamente, a fração aquosa compreende pelo menos 2,5% em peso, mais preferencialmente, pelo menos 3% em peso de trealose em relação ao peso seco total da fração aquosa.
[0145] De preferência, a fração aquosa tem um teor de lipídeo menor que 6% em peso, mais preferencialmente, menor que 4% em peso, ainda more preferencialmente, menor que 2% em peso em relação ao peso seco total da fração aquosa.
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20/42 [0146] Vantajosamente, a fração aquosa compreende entre 5% e 20% em peso de cinza, de preferência, entre 7% e 15% em peso de cinza em relação ao peso seco total da fração aquosa.
[0147] Além disso, a fração aquosa compreende menos que 2% em peso de sedimentos insolúveis, de preferência, menos que 1% em peso de sedimentos insolúveis, preferencialmente menos que 0,5% em peso de sedimentos insolúveis em relação ao peso total da fração aquosa.
[0148] A fração aquosa não compreende quitina.
[0149] De uma maneira similar à fração sólida, a fração aquosa compreende proteínas solúveis, cujo tamanho é reduzido suficientemente a fim de facilitar a digestão por animais.
[0150] Vantajosamente, pelo menos 90%, preferencialmente, pelo menos 95%, mais preferencialmente, pelo menos 97% das proteínas solúveis da fração aquosa tem um tamanho inferior ou igual a 12400 g/mol.
[0151] Mais particularmente, pelo menos 45%, de preferência, pelo menos 50%, mais preferencialmente, pelo menos 53%, preferencialmente pelo menos 60% das proteínas solúveis da fração aquosa tem um tamanho menor que 550 g/mol.
[0152] Mais particularmente, a fração aquosa tem um teor de material seco compreendido entre 5 e 15% em peso em relação ao peso total da fração aquosa.
[0153] Quando concentrada, a fração aquosa concentrada tem um teor de material seco compreendido entre 55 e 75% em peso em relação ao peso total da fração aquosa concentrada.
[0154] A invenção se refere também a uma fração aquosa concentrada obtenível pelo processo para tratar insetos de acordo com a invenção, então, o dito processo de tratamento que compreende a etapa de concentração opcional.
[0155] A invenção se refere também a uma fração de gordura obtenível pelo processo para tratar insetos de acordo com a invenção.
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21/42 [0156] A invenção se refere também a um pó obtenível pelo processo para tratar insetos que compreende as etapas a seguir:
- separar as cutículas da parte macia dos insetos,
- separar a parte macia dos insetos em uma fração de gordura, uma fração sólida e uma fração aquosa,
- concentrar opcionalmente a fração aquosa,
- misturar opcionalmente a fração sólida com:
- toda ou parte da fração aquosa concentrada; e/ou
- todas ou parte das cutículas, a fim de obter uma mistura,
- secar a fração sólida ou a mistura a fim de obter uma fração sólida seca ou uma mistura seca respectivamente;
- moer a fração sólida seca ou a mistura seca.
[0157] Esse processo para tratar insetos pode compreender também uma ou mais das características descritas acima.
[0158] A invenção se refere mais particularmente a um pó obtenível pelo processo para preparar um pó e, em particular, a um pó de inseto de acordo com a invenção conforme descrito acima.
[0159] Conforme indicado acima, de acordo com o fato de as etapas 5 e/ou 6 do processo para tratar insetos de acordo com a invenção, a saber, a etapa de concentração da fração aquosa e a etapa de mistura de todas ou parte das cutículas e/ou de toda ou parte da fração aquosa concentrada com a fração sólida, serem implementadas ou não, e quando necessário de acordo com as condições da sua implementação, pós diferentes podem ser obtidos.
[0160] A invenção também se refere a um pó e, em particular, um pó de inseto, que compreende pelo menos 71% em peso de proteínas e entre 0,1 e 4% em
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22/42 peso de quitina, as porcentagens em peso sendo indicadas em relação ao peso seco total de pó.
[0161] De preferência, esse pó tem um teor de proteína maior que ou igual a 72% em peso, mais preferencialmente, maior que ou igual a 74% em peso, ainda mais preferencialmente, maior que ou igual a 75% em peso em relação ao peso seco total de pó.
[0162] Mais particularmente, esse pó tem um teor de quitina compreendido entre 0,5 e 3% em peso, mais preferencialmente, compreendido entre 0,8 e 2% em peso, ainda mais preferencialmente, compreendido entre 0,8 e 1.7% em peso em relação ao peso seco total de pó.
[0163] De preferência, esse pó compreende entre 5 e 20% em peso, de preferência, entre 7 e 17% em peso de lipídeos em relação ao peso seco total de pó.
[0164] Mais particularmente, esse pó compreende entre 1 e 10% em peso, de preferência, entre 2 e 6% em peso de cinza em relação ao peso seco total de pó.
[0165] Além disso, esse pó de preferência, compreende entre 3 e 20% em peso de carboidratos em relação ao peso seco total de pó.
[0166] Mais particularmente, esse pó compreende, de preferência, pelo menos 0,1% em peso, mais preferencialmente, pelo menos 0,2% em peso de trealose em relação ao peso seco total de pó.
[0167] Quando as etapas opcionais 5 e/ou 6 não são implementadas e, em particular, um pó de inseto é obtido resultando apenas da fração sólida.
[0168] Esse pó compreende pelo menos 71% em peso de proteínas e entre 0,1 e 2% em peso de quitina, as porcentagens em peso sendo indicadas em relação ao peso seco total de pó.
[0169] De preferência, esse pó tem um teor de proteína maior que ou igual a 72% em peso, mais preferencialmente, maior que ou igual a 74% em peso, ainda
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23/42 mais preferencialmente, maior que ou igual a 75% em peso em relação ao peso seco total de pó.
[0170] Mais particularmente, esse pó tem um teor de quitina compreendido entre 0,5 e 1.7% em peso de quitina em relação ao peso seco total de pó.
[0171] De preferência, esse pó compreende entre 5 e 17% em peso, de preferência, entre 10 e 15% em peso de lipídeos em relação ao peso seco total de pó.
[0172] Mais particularmente, esse pó compreende entre 1 e 10% em peso, de preferência, entre 2 e 6% em peso de cinza em relação ao peso seco total de pó.
[0173] Além disso, esse pó de preferência, compreende entre 5 e 15% em peso, mais preferencialmente, entre 7 e 13% em peso de carboidratos em relação ao peso seco total de pó.
[0174] Mais particularmente, esse pó de preferência, compreende pelo menos 0,2% em peso, mais preferencialmente, pelo menos 0,3% em peso, ainda mais preferencialmente, pelo menos 0,35% em peso de trealose em relação ao peso seco total de pó.
[0175] Quando as etapas 5 e 6 do processo de acordo com a invenção são implementadas, um pó resultante da mistura de fração sólida, todas ou parte das cutículas e toda ou parte da fração aquosa concentrada pode ser obtido.
[0176] Assim, a invenção se refere também a um pó e, em particular, um pó de inseto que compreende pelo menos 65% em peso de proteínas , pelo menos 10% em peso de carboidratos e entre 0,1 e 2% em peso de quitina, as porcentagens em peso sendo indicadas em relação ao peso seco total de pó.
[0177] De preferência, esse pó tem um teor de proteína maior que ou igual a 70% em peso, mais preferencialmente, maior que ou igual a 74% em peso em relação ao peso seco total de pó.
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24/42 [0178] Mais particularmente, esse pó tem um teor de quitina compreendido entre 0.2 e 1.5% em peso, mais preferencialmente, entre 0,5 e 1,3% em peso em relação ao peso seco total de pó.
[0179] De preferência, esse pó tem um teor de carboidrato maior que ou igual a 12% em peso, mias preferencialmente, maior que ou igual a 14% em peso em relação ao peso seco total de pó.
[0180] Mais particularmente, esse pó compreende, de preferência, pelo menos 0,7% em peso, mais preferencialmente, pelo menos 0,9% em peso, ainda mais preferencialmente, pelo menos 1% em peso e ainda mais preferencialmente, pelo menos 1,2% em peso de trealose em relação ao peso seco total de pó.
[0181] De preferência, esse pó compreende entre 5 e 15% em peso, de preferência, entre 7 e 13% em peso de lipídeos em relação ao peso seco total de pó.
[0182] Mais particularmente, esse pó compreende entre 3 e 10% em peso, de preferência, entre 4 e 8% em peso de cinza em relação ao peso seco total de pó.
[0183] O nível de umidade residual dos pós de acordo com a invenção é compreendido entre 2 e 15%, de preferência, entre 5 e 10%, mais preferencialmente, entre 4 e 8%. Esse nível de umidade pode ser, por exemplo, determinado de acordo com o método que se origina do Regulamento EC 152/2009 de 27 de janeiro de 2009 (103 °C/4 h).
[0184] Vantajosamente, as proteínas dos pós de acordo com a invenção têm um digestibilidade maior que ou igual a 85% em peso em relação ao peso total de proteínas brutas.
[0185] A digestibilidade é uma digestibilidade da pepsina medida pelo método descrito na Descritiva 72/199/EC.
[0186] De preferência, a digestibilidade é maior que ou igual a 88%, mais preferencialmente, maior que ou igual a 92%.
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25/42 [0187] A invenção se refere também ao uso como aromatizante de uma fração aquosa de acordo com a invenção, de uma fração aquosa concentrada de acordo com a invenção ou do pó que compreende pelo menos 65% proteínas, pelo menos 10% em peso de carboidratos e entre 0,1 e 2% em peso de quitina de acordo com a invenção descrito acima vantajosamente em nutrição animal.
[0188] Finalmente, a invenção se refere ao uso de um pó de acordo com a invenção em nutrição, de preferência, em nutrição animal.
[0189] Outras características e vantagens da invenção se tornarão aparentes a partir dos exemplos a seguir, dados mediante a ilustração, com referência às Figuras:
[0190]- A Figura 1 é um diagrama que ilustra o processo detalhado para tratar insetos de acordo com a invenção;
[0191] - A Figura 2 compreende dois fotografias da parte macia, por um lado, na saída do reator após a etapa de maturação (Figura A) e, por outro lado, após centrifugação a fim de separar as fases (Figura B);
[0192] - A Figura 3 é uma curva de calibração usada a fim de realizar o ensaio de trealose;
[0193] - A Figura 4 é um diagrama que ilustra o teor de umidade da fração de gordura obtida pelo processo de acordo com a invenção e da fração de gordura obtida pelos processos comparativos;
[0194] - A Figura 5 é um diagrama que ilustra o teor de sedimentos da fração de gordura obtida pelo processo de acordo com a invenção e da fração de gordura obtida pelos processos comparativos;
[0195] - A Figura 6 é um diagrama que ilustra o valor de peróxido da fração de gordura obtida pelo processo de acordo com a invenção e da fração de gordura obtida por um processo comparativo;
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26/42 [0196] - A Figura 7 é um diagrama que ilustra o teor de matéria seca da fração aquosa obtida pelo processo de acordo com a invenção e da fração aquosa obtida pelos processos comparativos;
[0197] - A Figura 8 é um diagrama que ilustra o teor de sedimentos da fração aquosa obtida pelo processo de acordo com a invenção e da fração aquosa obtida por um processo comparativo;
[0198] - A Figura 9 é um diagrama que ilustra a porcentagem de emulsão presente na fração aquosa obtida pelo processo de acordo com a invenção e na fração aquosa obtida por um processo comparativo;
[0199]- A Figura 10 é um diagrama que ilustra a porcentagem (como porcentagem de matéria seca) de lipídeos presente na fração aquosa obtida pelo processo de acordo com a invenção e na fração aquosa obtida por processos comparativos;
[0200] - A Figura 11 é um diagrama que ilustra a digestibilidade de pepsina das proteínas da fração aquosa obtida pelo processo de acordo com a invenção e aquela das proteínas da fração aquosa obtida por processos comparativos;
[0201] - A Figura 12 é um diagrama que ilustra o teor de trealose da fração aquosa obtida pelo processo de acordo com a invenção e da fração aquosa obtida pelos processos comparativos;
[0202] - A Figura 13 compreende três fotografias que ilustram a cor da fração aquosa obtida pelo processo de acordo com a invenção e aquela da fração aquosa obtida por processos comparativos;
[0203] - A Figura 14 é um diagrama que ilustra o teor de trealose da fração sólida obtida pelo processo de acordo com a invenção e da fração sólida obtida pelos processos comparativos;
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27/42 [0204] - A Figura 15 é um diagrama que ilustra a porcentagem da porção solúvel em água da fração sólida obtida pelo processo de acordo com a invenção e da fração sólida obtida por processos comparativos;
[0205] - A Figura 16 é um diagrama que ilustra a porcentagem da porção solúvel na fase móvel, da fração sólida obtida pelo processo de acordo com a invenção e da fração sólida obtida por processos comparativos; e [0206] - A Figura 17 é um diagrama que ilustra a distribuição de tamanho das proteínas na fração sólida obtida pelo processo de acordo com a invenção e na fração sólida obtida por processos comparativos.
EXEMPLO 1: Processo para tratar insetos de acordo com a invenção [0207] As larvas de Tenebrio molitor foram usadas. Após o recebimento das larvas, as mesmas podem ser armazenadas a 4 °C por 0 a 15 dias nos seus tanques de criação sem maior degradação antes de serem exterminadas. O peso das larvas (idade) usadas é variável e como um resultado, sua composição pode variar conforme ilustrado naTabe a 1 abaixo:
Biomassa (insetos) | mg | 23 | 35 | 58 | 80 | 108 | 154 |
Material seco | %* | 34 | 34 | 34,2 | 37,9 | 39,6 | 39,5 |
Cinza | %* | 1,59 | 1,52 | 1,6 | 1,75 | 1,67 | 1,43 |
Proteínas brutas | %* | 22,6 | 22,2 | 22 | 23,2 | 23,1 | 23,2 |
Lipídeos | %* | 6,62 | 6,88 | 7,98 | 10,3 | 10,9 | 11,7 |
As %s são expressadas em peso seco em relação ao peso úmido de larvas.
Tabela 1: Composição bioquímica das larvas de Tenebrio molitor de acordo com o peso das mesmas.
Etapa 1: Extermínio dos insetos [0208] Larvas vivas (+4 °C a + 25 °C) são transportadas em camadas com uma espessura compreendida entre 2 e 10 cm, em uma correia transportadora perfurada (1 mm) para uma câmara de branqueamento. Assim, os insetos são branqueados com vapor d’água (bicos ou leito de vapor d’água) a 98 °C sob
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28/42 ventilação forçada ou com água a 92 a 95 °C (bicos de aspersão) ou em modo misturado (água + vapor d’água). O tempo de retenção em uma câmara de branqueamento é compreendido entre 5 segundos e 15 minutos, idealmente 5 min.
[0209] A temperatura das larvas após a branqueamento é compreendida entre 75 °C e 98 °C.
Etapa 2: Separação da parte macia das cutículas dos insetos [0210] As larvas, uma vez branqueadas, são transportadas para o funil de alimentação de um separador de correia, a fim de separar as cutículas da parte macia das larvas.
[0211] Vantajosamente, a separação é realizada imediatamente após o extermínio de modo que as larvas não tenham tempo para resfriar até a temperatura ambiente.
[0212] O separador de correia usado é um separador de correia 601 da Baader.
[0213] O diâmetro das perfurações do tambor é 1,3 mm.
[0214] A parte macia dos insetos é recuperada em um tanque.
[0215] As cutículas são recuperadas com o uso de uma lâmina raspadora.
[0216] Determinação da quantidade de trealose das cutículas [0217] A quantidade de trealose nas cutículas recuperadas na etapa 2 foi medida da maneira a seguir:
[0218] A trealose é analisada por GC-MS.
[0219] Programa de temperatura: 150 °C, seguida por um aumento de 10 °C/min até 260 °C, após 5 minutos nessa temperatura, um aumento de 25 °C/min até 310 °C e mantendo essa temperatura por 2 minutos. A temperatura do injetor: 280 °C, da interface: 250 °C, a razão de partição é 10, o volume de injeção é 1 pl. Por exemplo, uma coluna sH-RXI-5mS de 30 m x 0,25 mm x 0,25 pm é usada.
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29/42 [0220] A preparação da amostra para análise é executada da maneira a seguir: uma quantidade precisa da amostra (entre 10 e 300 mg) é pesada em um tubo Falcon, 9,75 ml de metanol são adicionados à mesma assim como 250 μΙ de uma solução padrão interna (mio inositol, 25 pg/ml) em DMSO. A mistura é agitada a 80 °C por 10 minutos, então, 100 μΙ de BSTFA são adicionados e a mistura de reação é agitada por 30 minutos adicionais a temperatura ambiente, então, 1 ml de acetonitrila é adicionado e, então, a amostra preparada é injetada em um dispositivo de GC-MS.
[0221 ] A quantidade medida é 1,2 mg de trealose por g de material seco.
Etapa 3: Maturação da parte macia dos insetos [0222] A parte macia dos insetos é deixada em repouso no tanque de coleta da etapa 2, sob agitação por 1 h e a temperatura de aproximadamente 90 °C.
Etapa 4: Separação da parte macia em uma fração sólida, uma fração aquosa e uma fração de gordura [0223] Então, a parte macia é separada em três frações com o uso de decantador trifásico. O decantador usado é o Tricanter® Z23 da Flottweg.
[0224] Condições de separação:
- Taxa de Fluxo: até 500 Kg/h;
- Velocidade de tigela: 4806 rpm (3000 G);
- Y mínimo: 5% (1,4 rpm).
[0225] Três frações são obtidas no final dessa fase de separação: uma fração de gordura, uma fração sólida e uma fração aquosa.
[0226] Essas frações têm as características indicadas na Tabela 2 abaixo:
Material Seco (%) | Proteínas (%)* | Óleo (%)* | Cinza (%)* | Carboidratos (%)* | |
Fração sólida | 56 | 74,1 | 12,9 | 4 | 10 |
Fração Aquosa | 10 | 57 | 4 | 9 | 23 |
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30/42
Fração de Gordura | >99,5 | <0,5 | >99,5 | <0,25 | <0,25 |
* Resultados médios calculados sobre várias amostras de cada uma das frações, expressados em relação ao % de material seco
Tabela 2: Características da fração de gordura, da fração sólida e da fração aquosa.
[0227] Determinação dos tamanhos das proteínas solúveis da fração sólida e da fração aquosa [0228] Preparação da amostra sólida (fração sólida): 30 mg da amostra são solubilizados em 1 L de fase móvel e filtrados com o uso do filtro Chromafil Xtra PES-45/25.
[0229] Preparação da amostra líquida (fração aquosa): 400 μΙ são solubilizados em 1600 μΙ da fase móvel e filtrados com o uso do filtro Chromafil Xtra PES-45/25, logo antes da injeção. Então, 1,5 ml da amostra preparada são centrifugados por 15 min a 12000 rpm (10625 g).
[0230] As condições para implementar a cromatografia (HPLC Nexera XR da Shimadzu) são conforme a seguir: a coluna usada é uma Superdex Peptide GL 10/300 (GE Healthcare), a detecção é executada por um detector DAD a 215 nm, a velocidade da fase móvel é 0,3 ml/min e a mesma é composta por ACN (acetonitrila)/H20/TFA (ácido trofluoroacético) (30/70/0,1), a análise é executada a 25 °C.
[0231] A distribuição de tamanho das proteínas solúveis da fração sólida é mostrada na Tabela 3 abaixo:
Peso Molecular (kDa) | O/ /o |
> 12,4 | i 13,8 |
12,4 a 6,5 | i 14 |
6,5 a 1,4 | | 3,8 |
1,4 a 0,55 | 2,1 |
<0,55 | i 67,3 |
Tabela 3: A distribuição de tamanho das proteínas solúveis na fração sólida
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31/42 [0232] A distribuição de tamanho das proteínas solúveis da fração aquosa é mostrada na Tabela 4 abaixo:
Peso molecular (kDa) % >12.4[2Ϊ.7
12.4 a 6,5 |13,4
6,5 a 1,419
1.4 a 0,55 |11,5 <0,55 |53,4
Tabela 4: A distribuição de tamanho das proteínas solúveis na fração aquosa [0233] Determinação da quantidade de trealose na fração sólida e na fração aquosa [0234] A quantidade de trealose nessas frações foi medida da maneira a seguir:
[0235] A trealose é analisada por GC-MS.
[0236] Programa de temperatura: 150 °C, seguida por um aumento de até 10 °C/min até 260 °C, após 5 minutos nessa temperatura, um aumento de 25 °C/min até 310 °C e mantendo nessa temperatura por 2 minutos. A temperatura do injetor: 280 °C, da interface: 250 °C, a razão de partição é 10, o volume de injeção é 1 μΙ.
[0237] A preparação da amostra para análise é executada da maneira a seguir: uma quantidade precisa da amostra (entre 10 e 300 mg) é pesada em um tubo Falcon, 9,75 ml de metanol são adicionados à mesma assim como 250 μΙ de uma solução padrão interna (mio inositol, 25 pg/ml) em DMSO. A mistura é agitada a 80 °C por 10 minutos, então, 100 μΙ de BSTFA são adicionados e a mistura de reação é agitada por 30 minutos adicionais a temperatura ambiente, então, 1 ml de acetonitrila é adicionado e, então, a amostra preparada é injetada em um dispositivo de GC-MS.
[0238] A quantidade medida na fração sólida é 3,82 mg de trealose por g de material seco.
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32/42 [0239] A quantidade medida na fração aquosa é 33,2 mg de trealose por g de material seco.
[0240] Além disso, a fração aquosa compreende menos que 1% em peso de sedimentos insolúveis em relação ao peso total da fração aquosa.
Etapa 5: Concentração da fração aquosa [0241] Então, a fração aquosa obtida na etapa 4 é concentrada por evaporação, com o uso de um evaporador de filme descendente.
[0242] A fração aquosa concentrada obtida tem uma concentração de material seco de aproximadamente 65%.
Etapa 6 (opcional): Mistura da fração aquosa concentrada e/ou das cutículas com a fração sólida [0243] A etapa 6 não foi implementada nesse exemplo.
Etapa 7:Secagem da fração sólida [0244] A fração sólida obtida na etapa 4 é seca com o uso de um secador de disco da Haarslev por 5 h a fim de obter uma fração sólida seca ou uma mistura seca.
[0245] A partir de uma perspectiva microbiológica, a fração sólida compreende menos que 10 UFC/g de enterobactéria.
Etapa 8: Moagem [0246] A fração sólida seca é moída finalmente com o uso de um moinho de martelo contínuo (6 partes móveis reversíveis, 8 mm de espessura). O moedor é alimentado por um funil com uma aba de controle de taxa de fluxo (180 kg/h). A grade perfurada usada para controlar a granulometria de saída é 0,8 mm. A velocidade de rotação do motor é 3000 rpm (motorização elétrica, potência absorvida de 4 kW (5.5 HP)).
[0247] As características de um pó de inseto obtido são dadas na Tabela 5 abaixo.
Proteínas | Quitina | Cinza | Lipídeos | Carboidratos | Trealose |
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75,1% | 1,3% | 4% | 12,5% | 10% | 0,38% |
* As porcentagens indicadas são porcentagens em peso em relação ao peso seco total do pó de inseto.
Tabela 5: Características de um pó de inseto obtido no Exemplo 1.
EXEMPLO 2: Processo para tratar insetos de acordo com a invenção [0248] As etapas 1 a 5 foram implementadas conforme descrito no Exemplo
1.
Etapa 6 (opcional): Mistura da fração aquosa concentrada e das cutículas com a fração sólida [0249] Toda (100%) a fração aquosa concentrada obtida na etapa 5 assim como 0,05% em peso de cutículas recuperadas na etapa 2 foram misturadas com toda a fração sólida obtida na etapa 4 a fim de obter uma mistura.
[0250] Um misturador de parafuso cônico da Vrieco-Nauta® foi usado.
Etapa 7: Secagem da mistura [0251] A mistura obtida na etapa 6 é seca com o uso de um secador de disco da Haarslev por 5 h a fim de obter uma mistura seca.
[0252] A partir de uma perspectiva microbiológica, a mistura seca compreende menos que 10 UFC/g de enterobactéria.
Etapa 8: Moagem [0253] A mistura seca é moída finalmente com o uso de um moinho de martelo contínuo (6 partes móveis reversíveis, 8 mm de espessura). O moedor é alimentado por um funil com uma aba de controle de taxa de fluxo (180 kg/h). A grade perfurada usada para controlar a granulometria de saída é 0,8 mm. A velocidade de rotação do motor é 3000 rpm (motorização elétrica, potência absorvida de 4 kW (5.5 HP)).
[0254] As características de um pó de inseto obtido são dadas na Tabela 6 abaixo.
Proteínas | Quitina | Cinza | Lipídeos | Carboidratos | Trealose |
66% | 1% | 6% | 11% | 13% | 1,1% |
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34/42 * As porcentagens indicadas são porcentagens em peso em relação ao peso seco total do pó de inseto.
Tabela 6: Características do pó de inseto obtido no Exemplo 2.
EXEMPLO 3: Processo de acordo com a invenção e processos comparativos
I. Preparação das amostras [0255] O processo de acordo com a invenção para transformar a polpa de larvas de Tenebrio molitor em óleo (fração de gordura ou “TMO” para óleo de Tenebrio Molitor), uma fase aquosa (fração aquosa ou “SW” para água pastosa) e proteínas sólidas (fração sólida ou “SPC” para torta de proteína sólida) e um processo comparativo foi reproduzido.
[0256] O objetivo consiste em comparar a qualidade dos produtos obtidos pelos 2 processos.
1. Processo de acordo com a invenção [0257] As larvas são exterminadas primeiramente por branqueamento (vaporização), então, as cutículas das larvas são separadas da parte macia (“descuticulada”) por meio de um separador de correia da Baader.
[0258] 8 kg da parte macia resultantes da etapa de separação são, então, enviados para maturação em um reator piloto com uma capacidade de 10 litros, o dito reator sendo pré-aquecido a 50 °C sob agitação mecânica a 350 rpm a fim de assegurar homogeneização dentro da parte macia. Após um aumento progressivo na temperatura da parte macia, a temperatura é regulada diretamente a 90 °C na massa da mesma. Após uma hora de aquecimento a 90 °C, o reator é esvaziado. Então, a parte macia aquecida é separada. Uma vez que o uso de um tricanter não é possível no nível de laboratório, a parte macia é centrifugada a 10000 g por 15 minutos a fim de separar as fases diferentes obtidas (consultar a Figura 2). Cada
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35/42 fase (TMO, SW e SPC) é coletada manualmente e armazenada a -20 °C aguardando análise físico-química.
2. Processo comparativo [0259] 8 kg da parte macia resultantes da etapa de separação são usados. Essa parte macia originada da mesma batelada de parte macia como aquela usada para o processo de acordo com a invenção.
[0260] O processo comparativo difere daquele de acordo com a invenção por duas etapas:
- no final da separação, uma etapa adicional de coagulação da parte macia é executada a partir de 4 kg de parte macia, em um reator piloto, sob agitação (350 rpm) com uma temperatura de parede de reator fixa a 100 °C por 20 minutos; então,
- a parte macia é diluída por adição de água e aquecida. Duas diluições da parte macia foram executadas para esses ensaios, 1:0.5 (w/w, peso/peso) e 1:0.75 (w/w). Em termos concretos, um volume de água a 50 °C (2 litros ou 3 litros como uma função da diluição) é adicionado ao reator piloto. A temperatura na massa de polpa é regulada a 90 °C por uma hora, então, o reator é esvaziado. Então, a parte macia diluída é centrifugada sob as mesmas condições conforme acima e as 3 fases coletadas e armazenadas a -20 °C aguardando análise físico-químico.
II. Análise das amostras
Determinação do material seco das amostras [0261] O material seco do TMO, SW e SPC é determinado por secagem a massa constante a 105 °C de acordo com o padrão ISO 6496. A diferença de peso do produto antes e após da secagem serve como uma medida do teor de material seco. Esses teores são expressados como uma porcentagem em peso. O teor de umidade é obtido por subtração do material seco do valor 100.
Determinação do valor de peróxido em TMO
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36/42 [0262] O valor de peróxido é determinado de acordo com o padrão francês NF EN ISO 3960 (junho de 2010) e expressado em mg de oxigênio ativo /kg de óleo.
Teor de sedimentos no TMO e na SW [0263] O filtro usado é uma peneira de aço inoxidável com poros de 50 pm, calibrada antecipadamente. A quantificação dos sedimentos é executada após a passagem de 300 ml de TMO ou 750 ml de SW (750 ml) por pesagem dos resíduos na peneira.
[0264] No caso da SW, o material seco dos sedimentos é, então, determinado conforme descrito acima.
Avaliação da emulsão na SW [0265] A avaliação da emulsão na SW é executada após a centrifugação de 50 ml de SW coletada. A coleta da emulsão (sobrenadante) é executada após a colocação dos tubos a -20 °C a fim de facilitar a separação. Então, a emulsão é pesada e o resultado é expressado como a porcentagem de emulsão na água pastosa.
Determinação da gordura na SW [0266] A determinação da gordura ou lipídeos nas amostras de SW é executada por extração com éter de petróleo após a hidrólise de acordo com o Regulamento EC 152/2009. A quantidade de lipídeos é relativa ao material seco da amostra considerada (SW ou SPC).
Determinação da digestibilidade de pepsina da SW [0267] A digestibilidade de pepsina é determinada na SW de acordo com a Diretiva 72/199/EC sem desengorduramento.
Ensaio de trealose na SW e na SPC [0268] A trealose é determinada na SW e na SPC após sua liofilização. 40 mg de amostra seca é extraída com o uso de 2 ml de DMSO por 1 hora, sob agitação a 80 °C. 250 μΙ do extrato são, então, misturados com 50 μΙ de mio inositol,
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37/42 usado como um padrão interno (1 g/L em DMSO). Após a homogeneização, 100 μΙ dessa mistura são derivatizados com 100 μΙ de BSTFA-TMCS (99:1) diretamente no frasco de GC-MS por 30 minutos a 60 °C. Antes da injeção, 600 μΙ de acetonitrila são adicionados ao frasco de GC-MS. Os resultados são expressados em mg de trealose/g de seco com o uso de uma faixa padrão de trealose executada sob as mesmas condições (Figura 3).
[0269] Os extratos derivatizados e os pontos diferentes da faixa padrão são analisados em uma GC-MS-QP2010 da Shimadzu. A coluna usada em uma coluna SH-Rxi 5 ms (Shimadzu), com um comprimento de 30 m, um diâmetro de 0,25 mm e uma espessura de 0,25 pm. O programa de temperatura da GC-MS é como a seguir: 100 °C, seguida de um aumento de 10 °C/min até 300 °C, mantendo por 2 min.
[0270] A temperatura do injetor é 280 °C, a temperatura da interface é 250 °C, a razão de partição é 10, o volume de injeção é 1 pl. A detecção é executada em modo de SIM (monitoramento de íon selecionado) com valores de m/z específicos de 305 para mio inositol e de 361 para trealose.
Medição da cor da SW liofilizada [0271] A cor foi comparada com uma paleta de cores (paleta de cores RAL Classic K7) e caracterizada pelo código de cor dessa paleta de cores.
Determinação da fração solúvel da SPC [0272] Os experimentos foram executados a partir de SPCs liofilizadas. 1 g de amostra é pesada (mi) em um tubo de 50 ml calibrado antecipadamente. 30 ml de água a temperatura ambiente são adicionados e o tube é sacudido (vórtice) por vários minutos. Após a centrifugação, o líquido sobrenadante é removido e uma segunda lavagem é executada com 30 ml de água sob as mesmas condições como na primeira. Após o sobrenadante ter sido removido, o pélete de sobrenadante lavado é colocado na estufa a 60 °C por 48 horas, então, pesado. Um controle (SPC
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38/42 não lavado) é colocado também na estufa a fim de determinar a porcentagem de material seco real e corrigir o peso inicial de amostras antes da lavagem (%DM).
[0273] A porcentagem de parte solúvel é determinada como:
(nií X %DM)· — mSPC lavado e seco mi X %DM
Determinação do tamanho das proteínas solúveis da SPC [0274] O tamanho das proteínas solúveis das SPCs é determinado por cromatografia de exclusão estérica.
[0275] 40 mg de amostra liofilizada são solubilizados na fase móvel composta por acetonitrila/HUO/TFA (ácido trofluoroacético) (30/70/0,1) a fim de atingir uma concentração de 30 mg/ml e filtrados a 45 pm após a centrifugação com o uso do filtro Chromafil Xtra PES-45/25. Simultaneamente, a solubilidade da SW seca e SPC seca na fase móvel é determinada após a secagem dos resíduos de centrifugação na estufa.
[0276] As condições para implementar a cromatografia executada em uma cadeia Nexera XR HPLC da Shimadzu são conforme a seguir: a coluna usada é uma Superdex Peptide GL 10/300 (GE Healthcare), a detecção é executada por um detector DAD a 215 nm, a velocidade da fase móvel (modo isocrático) é 0,3 ml/min. A mesma é composta por uma mistura de acetonitrila/H20/TFA (ácido trofluoroacético) (30/70/0,1), a análise é executada a 25 °C.
[0277] A fim de determinar a distribuição de peso molecular, quatro proteínas “padrão” de peso molecular conhecido foram injetadas primeiramente a fim de definir intervalos de tempo de retenção correspondentes a pesos moleculares diferentes. A fim de analisar a distribuição molecular das amostras, a área total do cromatograma é integrada primeiramente a 215 nm, então, separada em frações correspondentes às cinco categorias de peso molecular. Os resultados são expressados como uma porcentagem de proteínas solúveis por categoria de tamanho molecular.
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39/42 [0278] A determinação da porção solúvel na fase móvel é obtida de uma maneira análoga àquela em água, mas a 25% (temperatura de análise).
III. Resultados
1. Fração de Gordura [0279] Os resultados para a fração de gordura são mostrados nas Figuras 4, 5 e 6.
[0280] Em relação ao teor de umidade e ao teor de sedimentos, as Figuras 4 e 5 demonstram que a separação da fração de gordura é aprimorada notavelmente no processo de acordo com a invenção. De fato, observa-se a partir dessas figuras que há um teor de umidade superior e um teor de sedimentos superior na fração de gordura de acordo com o processo comparativo. Esse resultado é inesperado, pois é bem conhecido para um elemento versado na técnica que o aumento de uma fase e/ou aquecimento torna usualmente possível aprimorar a separação das fases em um meio complexo.
[0281] Além disso, na Figura 6, observa-se que o valor de peróxido da fase gordurosa obtida pelo processo de acordo com a invenção é inferior àquele da fase gordurosa obtida pelo processo comparativo. A fase gordurosa obtida pelo processo de acordo com a invenção tem, assim, uma capacidade de conservação aprimorada. Isso é particularmente vantajoso uma vez que torna possível evitar ou reduzir a adição de um conservante como antioxidantes.
2. Fração aquosa [0282] Os resultados para a fração aquosa são mostrados nas Figuras 7 a
13.
[0283] Na Figura 7, observa-se que há um teor de umidade inferior para a fração aquosa obtida pelo processo de acordo com a invenção. Devido à diluição, o teor de material seco é inferior no processo comparativo, o que exige consequentemente um equipamento maior a fim de recuperar a porção (material
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40/42 seco) que é de interesse e tem um consumo de energia e consumo de água mais intensos em particular.
[0284] Em relação ao teor de sedimentos, ao teor de emulsão e ao teor de lipídeo, as Figuras 8 a 10 demonstram que a separação da fração aquosa é aprimorada notavelmente no processo de acordo com a invenção. De fato, observase a partir dessas figuras que há um teor de sedimentos, de emulsão e de lipídeos superior na fração de gordura de acordo com o processo comparativo. Esse resultado é inesperado, pois é bem conhecido para um elemento versado na técnica que o aumento de uma fase e/ou aquecimento torna usualmente possível aprimorar a separação das fases em um meio complexo.
[0285] Observa-se também que:
[0286] - na Figura 11, a digestibilidade de pepsina das proteínas da fração aquosa obtida pelo processo de acordo com a invenção é melhor que aquela obtida pelo processo comparativo; e [0287]- na Figura 12, o teor de trealose da fração aquosa obtida pelo processo de acordo com a invenção é melhor que aquela obtida pelo processo comparativo.
[0288] A presença de trealose é de interesse devido à trealose ter a capacidade de estabilizar as proteínas e é, devido a isso, considerada um conservante biológico natural.
[0289] Finalmente, a Figura 13 propõe 3 fotografias da fração aquosa obtida pelo processo de acordo com a invenção ou pelo processo comparativo, e liofilizada. A fração aquosa obtida pelo processo de acordo com a invenção tem uma cor notavelmente mais clara. A partir dessas figuras, surge assim que um produto diferente é obtido pelo processo de acordo com a invenção. Essa diferença na cor pode ser explicada potencialmente pela reação de Maillard que pode ocorrer durante as etapas de coagulação e de aquecimento em meio aquoso que são executadas no
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41/42 processo comparativo. Durante a reação de Maillard, as proteínas de tamanho pequeno presentes no meio são mais suscetíveis a reagir, reduzindo, assim, o teor de proteínas de tamanho pequeno do meio. Isso por resultar, em particular, em uma redução da digestibilidade da fração aquosa.
3. Fração sólida [0290] Os resultados para a fração sólida são mostrados nas Figuras 14 a
17.
[0291] Na Figura 14, pode ser observado que o teor de trealose da fração sólida obtida pelo processo de acordo com a invenção é melhor que aquele obtido pelo processo comparativo.
[0292] Na Figura 15, pode ser observado que o teor de porção solúvel da fração sólida obtida pelo processo de acordo com a invenção é melhor que aquele obtido pelo processo comparativo. É de interesse ter um teor de porção solúvel significativo, devido à porção solúvel facilitar a formulação das rações e confere uma biodisponibilidade aprimorada, em particular, pela liberação das proteínas de tamanho menor.
[0293] Nas Figuras 16 e 17, é demostrado que o teor de proteínas pequenas, isto é, proteínas menores que 550 Da, é superior na fração sólida obtida pelo processo de acordo com a invenção que naquelas obtidas pelo processo comparativo.
[0294] Assim, pode ser observado que as proteínas de tamanho pequeno são mais bem conservadas pelo processo de acordo com a invenção. Isso se traduz em uma solubilidade em água ou na fase móvel superior e em uma proporção de proteínas de tamanho pequeno maior nessa fração sólida, o processo comparativo tendo contribuído aparentemente para a destruição desses produtos durante as fases de coagulação e de aquecimento.
4. Consumo de energia
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42/42 [0295] Finalmente, os cálculos de consumo de energia foram executados a fim de comparar o processo de acordo com a invenção com os dois processos comparativos.
[0296] O processo comparativo a uma diluição de 1:0.5 gera um custo 19,8 vezes superior àquele do processo de acordo com a invenção e o processo comparativo a uma diluição de 1:0,75 gera um custo 20,2 vezes superior àquele do processo de acordo com a invenção.
Claims (16)
- REIVINDICAÇÕES1. Processo para tratar insetos CARACTERIZADO pelo fato de que compreende:- uma etapa de separação das cutículas da parte macia dos insetos, em que a separação é realizada com o uso de um separador de correia, e- uma etapa de maturação da parte macia dos insetos, em que a dita etapa é realizada sem qualquer diluição da parte macia dos insetos em um solvente.
- 2. Processo, de acordo com a reivindicação 1, CARACTERIZADO pelo fato de que compreende uma etapa de separação da parte macia dos insetos em uma fração de gordura, uma fração sólida e uma fração aquosa.
- 3. Fração sólida CARACTERIZADA pelo fato de que é obtenível pelo processo, conforme definido na reivindicação 2.
- 4. Fração sólida CARACTERIZADA pelo fato de que compreende pelo menos 71% em peso de proteínas e compreende entre 0,1 e 2% em peso de quitina, em que as porcentagens em peso são indicadas com relação ao peso seco total da fração sólida.
- 5. Processo, de acordo com a reivindicação 2, CARACTERIZADA pelo fato de que compreende uma etapa de concentração da fração aquosa.
- 6. Fração aquosa CARACTERIZADA pelo fato de que é obtenível pelo processo, conforme definido em qualquer uma das reivindicações 2 ou 5.
- 7. Fração aquosa CARACTERIZADA pelo fato de que compreende pelo menos 48% em peso de proteínas, pelo menos 2% em peso de trealose e que tem um teor de lipídeo menor que 7% em peso, em que as porcentagens em peso são indicadas com relação ao peso seco total da fração aquosa.
- 8. Processo, de acordo com qualquer uma das reivindicações 2 ou 5, CARACTERIZADO pelo fato de que também compreende uma etapa de mistura da fração sólida com:Petição 870190060477, de 28/06/2019, pág. 59/702/2 toda ou parte da fração aquosa concentrada; e/ou todas ou parte das cutículas, a fim de obter uma mistura.
- 9. Processo, de acordo com qualquer uma das reivindicações 2 ou 8, CARACTERIZADO pelo fato de que compreende uma etapa de secagem da fração sólida ou a mistura a fim de obter uma fração sólida seca ou uma mistura seca, respectivamente.
- 10. Processo, de acordo com a reivindicação 9, CARACTERIZADO pelo fato de que compreende uma etapa de moagem da fração sólida seca ou a mistura seca.
- 11. Pó CARACTERIZADO pelo fato de que é obtenível pelo processo, conforme definido na reivindicação 10.
- 12. Pó CARACTERIZADO pelo fato de que compreende pelo menos 71% em peso de proteínas e que compreende entre 0,1 e 4% em peso de quitina, em que as porcentagens em peso são indicadas com relação ao peso seco total de pó.
- 13. Pó CARACTERIZADO pelo fato de que compreende pelo menos 65% em peso de proteínas, pelo menos 10% em peso de carboidratos que compreende entre 0,1 e 2% em peso de quitina, em que as porcentagens em peso são indicadas com relação ao peso seco total do pó.
- 14. Uso de uma fração aquosa, conforme definido em qualquer uma das reivindicações 6 ou 7, ou do pó, conforme definido na reivindicação 13, CARACTERIZADO pelo fato de que é como um aromatizante.
- 15. Uso de um pó, conforme definido em qualquer uma das reivindicações 11 a 13, CARACTERIZADO pelo fato de que é em nutrição.
- 16. Uso, conforme definido em qualquer uma das reivindicações 14 ou 15, CARACTERIZADO pelo fato de que é em nutrição de animais.
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