BR112018076170B1 - Embarcação de lazer - Google Patents

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Abstract

a presente invenção refere-se a uma embarcação de lazer (1) e, mais particularmente, a uma embarcação de lazer de luxo, como tal um iate. a embarcação (1) de acordo com a invenção compreende um casco (3), um convés (5) e uma superestrutura (7) dispostos no referido convés em uma posição assimétrica com relação ao plano de simetria (l) da embarcação, deixando assim uma passagem lateral livre (9) no referido convés. de modo a prover à embarcação um perfil aerodinâmico substancialmente simétrico e ocultar o arranjo assimétrico da referida superestrutura (7), a embarcação (1) de acordo com a invenção compreende pelo menos um anteparo (11) que é disposto e dimensionado de modo que a embarcação ofereça ao ar e ao olho de um observador uma superfície frontal simétrica e substancialmente contínua na direção de navegação. graças à invenção, todas as vantagens práticas derivadas do arranjo assimétrico da superestrutura (7) podem ser totalmente exploradas, mantendo ao mesmo tempo uma boa estabilidade direcional e uma aparência agradável e de prestígio.

Description

Campo técnico
[0001] A presente invenção refere-se a uma embarcação de lazer.
[0002] Mais particularmente, a presente invenção refere-se a uma embarcação de lazer de luxo, tal como um iate.
Estado da técnica
[0003] São conhecidas embarcações de lazer que compreendem um casco e um convés, no qual é provida uma superestrutura, que pode acomodar, por exemplo, a cabine de passageiros e / ou a casa piloto do proprietário do navio.
[0004] Em alguns tipos conhecidos de embarcações, a supramencionada superestrutura estende-se por toda a largura transversal do convés, de modo que as paredes laterais da referida superestrutura estão substancialmente alinhadas com o casco em ambos os lados da embarcação.
[0005] Esta configuração (também conhecida como “Full Beam”) tem a vantagem de permitir maximizar o espaço dentro da superestrutura, permitindo assim a obtenção de ambientes maiores e mais confortáveis.
[0006] No entanto, como a superestrutura se estende por toda a largura do convés, isso envolve a necessidade de passar através dela ou acima dela para mover a partir da popa do convés para a proa do convés, ou vice-versa. Essa é uma grande desvantagem, tanto do ponto de vista da praticidade quanto do ponto de vista da privacidade dos usuários, especialmente quando a superestrutura acomoda uma cabine de passageiros.
[0007] Em outros tipos conhecidos de embarcações, a superestrutura tem uma largura menor do que a do convés, de modo que as passagens laterais ou corredores são obtidos em ambos os lados da referida superestrutura, entre as suas paredes laterais e as paredes laterais da embarcação.
[0008] Essa segunda configuração (também conhecida como “Walk Around”) tem a vantagem de permitir a fácil movimentação da popa para a proa do convés, sem a necessidade de passar pela superestrutura.
[0009] Por outro lado, envolve uma redução significativa em termos de espaço que pode ser utilizada dentro da superestrutura com relação a uma configuração "Full Beam".
[0010] A fim de encontrar um compromisso entre as duas configurações descritas acima, é possível prover uma passagem lateral apenas para mover da popa do convés para a proa do convés, permanecendo fora da superestrutura: em um dos flancos da embarcação, a parede lateral da superestrutura será substancialmente nivelada com o casco; ao contrário, no flanco oposto da embarcação, a superestrutura terminará antes de chegar ao casco, deixando um corredor livre no convés entre a parede lateral oposta da superestrutura e a parede lateral da embarcação.
[0011] Esta solução de compromisso, por um lado, permite uma maior praticidade ao mover de uma área para outra área do convés e, por outro lado, provê - para um determinado tamanho do convés - um espaço dentro da superestrutura maior do que no caso de uma configuração “Walk Around”.
[0012] Embarcações de lazer compreendendo uma superestrutura projetada dessa maneira são descritas, por exemplo, nos documentos WO 2013/034935 e US 4 064 584.
[0013] No entanto, mesmo esta solução não está isenta de desvantagens.
[0014] Em particular, o arranjo assimétrico da superestrutura em relação ao casco envolve um desequilíbrio aerodinâmico, uma vez que a embarcação possui uma superfície frontal exposta ao ar na direção de navegação que não é simétrica em relação ao casco, com a consequente formação de turbulências diferentes nos dois lados opostos do casco.
[0015] Consequentemente, em vez de avançar diretamente para a frente, a embarcação tem a tendência para virar para o lado em que a superestrutura está disposta, isto é, para o lado em que oferece uma maior resistência ao ar. Consequentemente, a fim de manter o navio avançando sempre em frente, são necessárias correções contínuas na roda da embarcação.
[0016] Quanto maior a velocidade de navegação, mais evidente é essa desvantagem.
[0017] Além disso, quanto maior o tamanho da embarcação, mais evidente é essa desvantagem.
[0018] Tal desvantagem deve ser evitada especialmente em embarcações de lazer de luxo (tal como iates), em que o preço de venda alto deve garantir desempenhos ótimos.
[0019] Além disso, se a embarcação estiver provida de uma ponte suspensa sobre a superestrutura, o arranjo assimétrico faz com que a referida ponte suspensa seja suspensa no lado da passagem lateral, o que pode levar a possíveis fenômenos de flutuações de pressão que têm que ser suprimidos ambas as estruturas de sustentação, que estariam penalizando em termos de peso, ou adicionando pilares separados (suportes) que seriam inestéticos.
[0020] Ainda assim, o arranjo assimétrico da superestrutura em relação ao casco confere à embarcação uma estrutura geral áspera e desajeitada, o que significa uma aparência desagradável.
[0021] O arranjo assimétrico não pode ser evidentemente percebido quando a embarcação é vista de lado. Por outro lado, é evidente quando a embarcação é vista frontalmente ou por trás, por exemplo, quando a embarcação está atracada, com sua proa ou popa em direção ao píer.
[0022] Também neste caso, esta desvantagem tem uma importância notável no caso de iates e embarcações de lazer de luxo semelhantes, em que a aparência é um dos parâmetros que determinam o sucesso (ou falha) de um modelo no mercado.
[0023] Como um resultado, apesar das vantagens práticas que podem ser obtidas, uma solução que provê um arranjo assimétrico da superestrutura em relação ao convés é impraticável, pelo menos no que diz respeito à aplicação a embarcações de luxo, tais como iates, em que altos padrões são necessários tanto do ponto de vista técnico e do ponto de vista estético.
Breve descrição da invenção
[0024] O principal objetivo da presente invenção é ultrapassar os inconvenientes da técnica anterior, provendo uma embarcação de lazer que permite combinar soluções práticas vantajosas com estabilidade direcional durante a navegação e uma aparência agradável e atrativa.
[0025] Este e outros objetivos são conseguidos pela embarcação de lazer como reivindicado nas reivindicações anexas.
Sumário da invenção
[0026] A embarcação de lazer de acordo com a invenção compreende um casco e um convés em que é provida uma superestrutura, cuja superestrutura é disposta assimetricamente em relação ao plano de simetria - isto é, o plano disposto na proa - direção da popa - da embarcação, de modo que um primeiro flanco da embarcação, a parede lateral da superestrutura é substancialmente nivelada com o casco, enquanto no segundo flanco oposto, uma passagem ou corredor livre é deixado no convés entre a parede lateral da superestrutura e a parede lateral da embarcação.
[0027] Graças ao fato de a invenção prover pelo menos um anteparo que se estende a partir do referido segundo flanco do casco em uma direção substancialmente transversal ao plano de simetria da embarcação e possuindo uma largura escolhida adequadamente, a superfície frontal oferecida ao ar na direção de navegação não compreende substancialmente qualquer folga entre o referido anteparo e a referida superestrutura.
[0028] Em virtude de tal solução, qualquer desequilíbrio (mesmo mínimo) no perfil aerodinâmico da embarcação é compensado, e a embarcação não mostra nenhuma tendência para desviar da rota predeterminada durante a navegação.
[0029] Além disso, sempre graças ao anteparo de acordo com a invenção, quando um observador olha para a embarcação em uma direção paralela ao plano de simetria da própria embarcação, devido a essa solução, o efeito óptico sobre o observador é aquele de uma estrutura global substancialmente simétrica.
[0030] Portanto, graças à invenção, o arranjo assimétrico da superestrutura não afeta negativamente o perfil aerodinâmico ou a aparência estética da embarcação e todas as vantagens práticas resultantes desta disposição podem ser totalmente exploradas, mantendo uma estabilidade direcional durante a navegação (sem a necessidade de correções contínuas) e uma aparência de prestígio.
[0031] O referido pelo menos um anteparo é substancialmente coplanar a uma das paredes transversais da superestrutura, em particular a parede transversal no lado da proa.
[0032] Desta forma, o anteparo atua como um defletor e dá, ao seu lado do casco, um comportamento aerodinâmico completamente semelhante ao provido pela superestrutura no lado oposto do referido casco, eliminando assim (ou pelo menos reduzindo drasticamente) o desequilíbrio no perfil aerodinâmico.
[0033] Em uma modalidade preferida da invenção, o referido pelo menos um anteparo é substancialmente em formato de "L" e compreende uma primeira parede disposta substancialmente coplanar a uma das paredes transversais da superestrutura, nomeadamente a parede transversal no lado da proa, e uma segunda parede disposta substancialmente ortogonal à primeira parede e que se estende ao longo do flanco do casco, em direção ao centro da superestrutura.
[0034] De fato, testes experimentais mostraram que um anteparo provido apenas com a primeira parede substancial mente coplanar a uma das paredes transversais da superestrutura pode não ser suficiente para suprimir a tendência da embarcação de se desviar da rota predeterminada, ao passo que no caso de um anteparo em formato de “L”, a segunda parede que se estende ao longo do flanco do casco contribui efetivamente para garantir um perfil aerodinâmico satisfatório.
[0035] Em uma modalidade preferida da invenção, são providos dois anteparos, um dos quais é substancialmente coplanar à parede transversal da superestrutura no lado da proa e o outro é substancialmente coplanar à parede transversal da superestrutura no lado da popa.
[0036] Em uma variante particularmente preferida da referida modalidade, ambos os anteparos são substancialmente em formato de "L" e compreendem uma primeira parede substancialmente coplanar à parede transversal correspondente da superestrutura e uma segunda parede substancialmente ortogonal à primeira parede e que se estende ao longo do flanco do casco, em direção ao centro da superestrutura.
[0037] Em uma modalidade preferida da invenção, é provida uma ponte suspensa sobre a superestrutura, a referida ponte suspensa estendendo-se transversalmente ao longo de toda a largura da ponte, desde o flanco até ao flanco da embarcação: graças à presença de tal ponte suspensa, o arranjo assimétrico da superestrutura não é visível quando a embarcação é vista de cima.
[0038] Vantajosamente, quando uma ponte suspensa é provida, a pelo menos um anteparo da embarcação de acordo com a invenção desempenha um importante papel estrutural, uma vez que suporta o lado da ponte suspensa oposto àquele em que a superestrutura está disposta: na ausência de tal anteparo, a ponte suspensa seria apoiada na superestrutura subjacente (mais estreita), o que resultaria em esforços de flexão consideráveis ou na necessidade de aumentar as estruturas dos mancais, o que seria penalizante em termos de peso, ou de acréscimo de montantes separados, inestéticos.
Breve descrição das figuras
[0039] Outras características e vantagens serão mais evidentes a partir de uma descrição detalhada de algumas modalidades preferidas da invenção, dadas a título de exemplo não limitativo com referência aos desenhos anexos, em que: - A figura 1 é uma vista esquemática em perspectiva de uma embarcação de lazer de acordo com uma primeira modalidade da invenção; - A figura 2 é uma outra vista em perspectiva esquemática da embarcação da figura 1, vista de um ângulo diferente; - A figura 3 é uma vista plana da embarcação das figuras 1 e 2; - A figura 4 é uma vista frontal da embarcação das figuras 1 e 2; - A figura 5 é uma vista esquemática em perspectiva de uma embarcação de lazer de acordo com uma segunda modalidade da invenção; - A figura 6 é uma vista plana da embarcação da figura 5, na qual a ponte suspensa foi removida por uma questão de clareza.
Descrição detalhada de algumas modalidades preferidas
[0040] Com referência às figuras 1 a 4, é mostrada uma embarcação de lazer de acordo com uma primeira modalidade da invenção, cuja embarcação é indicada como um todo pela referência 1.
[0041] A embarcação 1 compreende um casco 3 no qual estão definidos uma proa 3a, uma popa 3b e dois flancos 3c, 3d conectando a proa 3a e a popa 3b em lados opostos do casco 3.
[0042] A embarcação 1 compreende também um convés 5 sobre o qual é provida uma superestrutura 7 destinada a acomodar uma ou mais cabines de passageiros e / ou uma casa piloto para o proprietário do navio.
[0043] De acordo com a invenção, a superestrutura 7 está disposta no convés 5 em uma posição assimétrica em relação ao plano de simetria L da embarcação 1, isto é, o plano que é perpendicular ao convés 5 e passa através da proa 3a e do ponto central da popa 3b. Em particular, o perímetro externo da referida superestrutura 7 compreende: uma primeira parede lateral 7c que se estende ao longo de um certo comprimento ao longo de um primeiro flanco 3c do casco entre a proa e a popa, substancialmente alinhada com o referido primeiro flanco do casco; uma primeira parede transversal 7a que se estende a partir da extremidade virada para a frente da referida primeira parede lateral 7c em uma direção substancialmente transversal ao plano de simetria L da embarcação; uma segunda parede transversal 7b que se estende a partir da extremidade virada para a frente da referida primeira parede lateral 7c em uma direção substancial mente transversal ao plano de simetria L da embarcação; uma segunda parede lateral 7d unindo as extremidades das paredes transversais 7a, 7b opostas àquelas conectadas à primeira parede lateral 7c.
[0044] A distância entre as paredes laterais 7c, 7d da superestrutura 7 - ou, por outras palavras, a largura W' da superestrutura 7 - ao longo de um eixo transversal ao plano de simetria L da embarcação é, em cada ponto da superestrutura, menor que a distância entre os flancos 3c, 3d do casco 3 - ou, por outras palavras, que a largura W do convés 5 - ao longo de um eixo transversal ao plano de simetria L da embarcação, de modo que uma passagem lateral livre 9 é deixada no convés 5 entre a segunda parede lateral 7d da superestrutura 7 e o segundo flanco 3d do casco 3. A referida passagem lateral teria uma largura suficiente para permitir pelo menos a passagem de um indivíduo.
[0045] Em qualquer caso, a fim de obter espaço suficiente dentro da superestrutura 7, a referida superestrutura se estenderá - em uma direção perpendicular ao plano de simetria L - do primeiro flanco 3c do casco para o segundo flanco 3d do casco além do referido plano de simetria, pelo menos ao longo de uma porção substancial do seu comprimento.
[0046] Além disso, pelas razões que se tornarão aparentes mais tarde, de preferência a superestrutura 7 não tem uma largura uniforme na direção perpendicular ao plano de simetria L da embarcação, mas tem uma largura reduzida, isto é, é afunilada, pelo menos em uma das suas extremidades na direção longitudinal.
[0047] Mais particularmente, na modalidade preferida mostrada nas figuras 1 a 4, a superestrutura 7 compreende uma porção com uma largura reduzida na sua extremidade voltada para a proa da embarcação. Correspondentemente, a largura da primeira parede transversal 7a é menor do que a largura da segunda parede transversal 7b em uma direção transversal ao plano de simetria L da embarcação e a segunda parede lateral 7d compreende uma primeira porção 7d' que se estende a partir da extremidade da segunda parede transversal 7b em uma direção substancialmente paralela ao plano de simetria L da embarcação e uma segunda porção 7d'' que se estende em uma direção oblíqua e une a primeira porção 7d' da segunda parede lateral 7d à primeira parede transversal 7a. Em outras palavras, o plano da superestrutura 7 tem o formato de um retângulo com um trapézio escaleno sobreposto possuindo sua base menor voltada para a proa (vide figura 3).
[0048] Esta configuração não deve ser considerada como limitativa e várias variantes diferentes são possíveis. Por exemplo, em vez de ser formada por duas porções orientadas de maneira diferente, a segunda parede lateral 7d da superestrutura 7 poderia ter um perfil curvado para a proa.
[0049] Em geral, a primeira parede transversal 7a terá uma largura ao longo de um eixo perpendicular ao plano de simetria L menor que a largura máxima W" da superestrutura 7, isto é, à distância máxima entre as referidas primeira e segunda paredes laterais da referida superestrutura ao longo de um eixo perpendicular ao plano de simetria L.
[0050] A partir do exposto, é evidente que a embarcação de lazer 1 de acordo com a invenção tem uma estrutura global que é fortemente assimétrica.
[0051] Tal assimetria é relevante quando a embarcação é vista frontalmente (ou por trás), isto é, em uma direção paralela ao plano de simetria L (direção da proa - popa).
[0052] Como mencionado acima, o arranjo assimétrico da superestrutura 7 envolve vantagens práticas relevantes e, em particular, permite aumentar o espaço disponível dentro da referida estrutura se comparado com um arranjo simétrico com passagens laterais em ambos os lados (configuração “Walk Around”). Especificamente, para o mesmo tamanho do convés, na embarcação de acordo com a invenção, o espaço dentro da superestrutura 7 pode ser 12 a 15% maior do que em uma configuração “Walk Around”.
[0053] Contudo, o arranjo assimétrico da superestrutura 7 provoca um desequilíbrio do ponto de vista aerodinâmico, uma vez que a porção da embarcação entre o plano de simetria L e o lado 3c do casco 3 (isto é, a porção completamente ocupada pela superestrutura 7) oferece uma resistência significativamente maior ao ar do que a porção da embarcação entre o plano de simetria L e o lado oposto 3d do casco 3 (isto é, a porção apenas parcialmente ocupada pela superestrutura 7) e diferentes turbulências são criadas nos dois lados opostos do casco; quanto maior a velocidade da embarcação e quanto maior o tamanho da embarcação, mais relevantes são os efeitos de tal desequilíbrio.
[0054] Além disso, o arranjo assimétrico da superestrutura 7 dá à embarcação 1 um perfil desajeitado e gera no observador uma impressão desagradável do ponto de vista estético.
[0055] De modo a eliminar este desequilíbrio no perfil aerodinâmico e a esconder o arranjo assimétrico da superestrutura 7, a embarcação de lazer 1 de acordo com a invenção provê a presença no convés 5 de um anteparo 11 que compreende pelo menos uma primeira parede 11a que se estende a partir do segundo flanco 3d do casco 3 em uma direção substancialmente transversal ao plano de simetria L da embarcação 1 e substancialmente coplanar à primeira parede transversal 7a da superestrutura 7 e possuindo uma tal largura que a distância d da extremidade da referida primeira parede 11a da referido anteparo 11 adjacente à primeira parede transversal 7a da superestrutura 7 a partir do plano de simetria L da embarcação é igual ou menor do que a distância máxima d' do segundo lado da lateral 7d da superestrutura 7 do referido plano de simetria L.
[0056] A altura da primeira parede 11a do anteparo 11 é de preferência substancialmente igual à altura das paredes 7a a 7d da superestrutura 7.
[0057] Graças a esta solução, quando a embarcação 1 é vista frontalmente, não existe folga entre a parede 11a do anteparo 11 e a superestrutura 7, o referido anteparo atua como um deflector e a embarcação oferece ao ar uma superfície de impacto simétrica, substancialmente contínua, eliminando assim qualquer desequilíbrio no perfil aerodinâmico e dando, como resultado, estabilidade direcional à embarcação.
[0058] Além disso, a presença do anteparo 11 reduz a impressão de forte assimetria no observador e gera uma impressão mais agradável em tal observador.
[0059] Considerando a presença do anteparo 11, será evidente para o versado na técnica porque a superestrutura 7 tem uma porção com uma largura reduzida na sua extremidade virada para a proa, isto é, próximo da referida primeira parede transversal 7a: graças a esta configuração, a passagem lateral 9 estende-se continuamente da popa à proa, sem a necessidade de prover portas ou passagens na primeira parede 11a do anteparo 11. Mais particularmente, a referida passagem lateral 9 compreende uma primeira porção 9' que se estende ao longo da primeira porção 7d' da segunda parede lateral 7d, em uma direção substancialmente paralela ao plano de simetria L da embarcação, e uma segunda porção 9" que se estende ao longo da segunda porção 7d'' da segunda parede lateral 7d, em uma direção oblíqua; a abertura 9a da passagem lateral 9 em direção à proa, que se estende entre a primeira parede transversal de 7a da superestrutura 7 e a primeira parede 11a do anteparo 11, estará a uma distância do plano de simetria L da embarcação menor do que a distância máxima entre o referido plano de simetria L e a segunda parede lateral 7d da superestrutura 7.
[0060] Vantajosamente, como pode ser visto na figura 3, a abertura 9a da passagem lateral 9 está em uma posição central em relação à direção transversal ao plano de simetria L (isto é, montado no referido plano de simetria), o que contribui ainda mais para suprimir assimetrias no perfil aerodinâmico da embarcação de lazer 1.
[0061] Como pode ser visto na figura 4, não obstante do arranjo assimétrico da superestrutura 7, ao considerar a embarcação de lazer 1 de acordo com a invenção frontalmente, será apreciado que ela oferece a melhor aproximação possível de uma superfície frontal contínua, formada por - em sequência - a primeira parede transversal 7a da superestrutura 7, a segunda porção 7d'' da segunda parede lateral 7d da referida superestrutura (visível por trás da abertura 9a da passagem lateral 9) e a primeira parede 11a do anteparo 11.
[0062] A abertura 9a da passagem lateral 9 pode ser provida com uma porta (por exemplo, uma porta deslizante ou uma porta basculante) para aumentar a simetria da estrutura.
[0063] Na modalidade preferida mostrada nas figuras 1 a 4, o anteparo 11 tem um perfil substancialmente em formato de "L" e compreende - além da primeira parede 11a - uma segunda parede 11b que se estende ao longo do segundo flanco 3d do casco 3, em uma direção substancialmente ortogonal à referida primeira parede 11a e na direção da popa 3b.
[0064] A presença da referida segunda parede 11b contribui para "acompanhar" o fluxo de ar ao longo do flanco 3d do casco, simetricamente ao que ocorre ao longo do flanco oposto 3c do casco em virtude da presença da parede lateral 7c da superestrutura 7.
[0065] Além disso, a referida segunda parede 11b pode, com vantagem, esconder a presença de uma porta de acesso (não mostrada nas figuras) à superestrutura 7 na segunda porção 7d’’ da segunda parede lateral 7d a um observador externo que vê a embarcação do lado.
[0066] De um modo preferido, o anteparo 11 compreenderá ainda uma terceira parede 11c que se estende paralela à segunda porção 7d’ da segunda parede lateral 7d da superestrutura 7 e que une as extremidades livres das referidas primeira e segunda paredes 11a, 11b da referido anteparo.
[0067] Graças a este arranjo, a passagem lateral livre 9 terá uma largura substancialmente uniforme ao longo de todo o seu comprimento.
[0068] Além disso, o volume encerrado pelas paredes 11a a 11c do anteparo 11 pode ser vantajosamente utilizado como espaço de armazenamento, por exemplo, para equipamento de atracação e / ou equipamento de segurança.
[0069] Na modalidade mostrada nas figuras 1 a 4, a embarcação 1 compreende ainda uma ponte aérea ou ponte suspensa 13 cobrindo a superestrutura 7 e estendendo-se em uma direção transversal ao plano de simetria L da embarcação, ao longo de toda a largura do convés 5.
[0070] Graças à presença desta ponte suspensa 13, o arranjo assimétrico da superestrutura 7 não é visível quando a embarcação 1 de acordo com a invenção é vista de cima.
[0071] De um modo vantajoso, nesta modalidade, o anteparo 11 atua como um suporte para a ponte suspensa 13, perto da sua extremidade voltada para a proa, no lado do convés oposto àquele ao longo do qual a superestrutura 7 está disposta. Um montante 15 pode ser provido para suportar a ponte suspensa 13 perto da sua extremidade voltada para a popa.
[0072] Nesta modalidade, o anteparo 11 desempenha um importante papel estrutural, uma vez que na sua ausência a ponte 13 seria apoiada na superestrutura subjacente 7, o que envolveria tensões de flexão relevantes ou a necessidade de aumentar as estruturas de suporte, com um consequente aumento peso, ou da adição de montantes separados, inestéticos.
[0073] Em uma modalidade preferida da invenção, o anteparo 11 é permanentemente montado de maneira fixa no convés 5.
[0074] No entanto, em uma modalidade alternativa da invenção, o referido anteparo pode ser montado móvel ou mesmo removivelmente no convés 5.
[0075] Com referência agora às figuras 5 e 6, é mostrada esquematicamente uma segunda modalidade da embarcação de lazer 1 de acordo com a invenção.
[0076] A referida segunda modalidade difere da modalidade descrita anteriormente, na medida em que provê dois anteparos 11, 21, um na extremidade voltada para a proa da superestrutura 7 e o outro na extremidade voltada para a proa da superestrutura 7.
[0077] Graças à presença dos referidos dois anteparos, a embarcação oferecerá uma superfície substancialmente contínua tanto na sua proa quanto na sua popa e a impressão ótica de uma superfície simétrica será muito forte, tanto ao ver a embarcação frontalmente quanto ao vê-la por trás.
[0078] Nesta segunda modalidade, também, a superestrutura 7 está disposta no convés 5 em uma posição assimétrica e a largura da superestrutura 7 em uma direção transversal ao plano de simetria L da embarcação - isto é, a distância máxima entre as paredes laterais 7c, 7d da referida superestrutura - é, em cada ponto da superestrutura 7, menor do que a largura do convés 5 em uma direção transversal ao plano de simetria L da embarcação, pelo que uma passagem lateral livre 9 é deixada entre a segunda parede lateral 7d da superestrutura 7 e do segundo flanco 3d do casco 3.
[0079] Nesta modalidade, a superestrutura 7 compreende uma primeira porção com largura reduzida na sua extremidade voltada para a proa e uma segunda porção com largura reduzida na sua extremidade voltada para a popa. Correspondentemente, a segunda parede lateral 7d da referida superestrutura compreende uma primeira porção central 7d' estendendo-se em uma direção substancialmente paralela ao plano de simetria L da embarcação, uma segunda porção 7d'' estendendo-se em uma direção oblíqua e unindo a primeira porção 7d' da segunda parede lateral 7d à primeira parede transversal 7a e uma terceira porção 7d"' estendendo-se em uma direção oblíqua e unindo a primeira porção 7d' da segunda parede lateral 7d à primeira parede transversal 7a e uma terceira porção 7d"' estendendo-se em uma direção oblíqua e unindo a primeira porção 7d' da segunda parede lateral 7d à segunda parede transversal 7b.
[0080] Nesta modalidade, no convés 5 é provido um primeiro anteparo 11, que compreende pelo menos uma primeira parede 11a, substancialmente coplanar em relação à primeira parede transversal 7a da superestrutura 7 e estendendo-se a partir do segundo flanco 3d do casco 3 em uma direção substancial mente transversal ao plano de simetria L da embarcação 1 e possuindo uma tal largura que a distância da extremidade da referida primeira parede 11a do referido anteparo 11 adjacente à primeira parede transversal 7a da superestrutura 7 a partir do plano de simetria L da embarcação é igual ou menor do que a distância máxima da segunda parede lateral 7d da superestrutura 7 a partir do referido plano de simetria L; no convés 5 é ainda provido um segundo anteparo 21, que compreende pelo menos uma primeira parede 21a, substancialmente coplanar em relação à segunda parede transversal 7b da superestrutura 7 e estendendo-se a partir do segundo flanco 3d do casco 3 em uma direção substancial mente transversal ao plano de simetria L da embarcação 1 e possuindo uma tal largura que a distância da extremidade da referida primeira parede 21a da referido anteparo 21 adjacente à segunda parede transversal 7b da superestrutura 7 a partir do plano de simetria L da embarcação é igual a ou menor que a distância máxima da segunda parede lateral 7d da superestrutura 7 a partir do referido plano de simetria L.
[0081] A altura das primeiras paredes 11a, 21a dos referidos anteparos 11, 21 é de preferência igual à altura das paredes 7a a 7d da superestrutura 7.
[0082] Portanto, a passagem lateral 9 se estenderá continuamente da popa à proa e compreende uma porção do meio 9' que se estende em uma direção substancial mente paralela ao plano de simetria L da embarcação, e porções oblíquas 9", 9’’’ que se estendem ao longo das segunda e terceira porções 7d'', 7d"', respectiva mente, da segunda parede lateral 7d. As aberturas 9a, 9b da passagem lateral 9 em direção à proa e à popa estarão a uma distância do plano de simetria L da embarcação menor do que a distância máxima entre a referida segunda parede lateral 7d da superestrutura 7 e o referido plano de simetria L.
[0083] Como um resultado, não obstante o arranjo assimétrico da superestrutura 7, o observador que observa a embarcação de lazer 1 de acordo com a invenção, frontalmente ou por trás, terá a impressão de uma superfície contínua.
[0084] Nesta modalidade, também, cada anteparo 11, 21 tem um perfil substancialmente em formato de “L” e compreende - além da primeira parede 11a, 21 - uma segunda parede 11b, 21b, estendendo-se ao longo do segundo flanco 3d do casco 3, em uma direção substancialmente ortogonal à referida primeira parede 11a, 11b e para o centro da superestrutura 7, isto é, para a popa e para a proa, respectivamente. De um modo preferido, cada anteparo 11, 21 compreenderá ainda uma terceira parede 11c, 21c unindo as extremidades livres das paredes de cada anteparo correspondente e definindo um volume fechado correspondente que pode ser utilizado com vantagem como espaço de armazenamento.
[0085] Nesta modalidade, também, os anteparos 11, 21 são permanentemente montados de modo fixo no convés 5, mas em uma modalidade alternativa podem ser móveis, ou mesmo removivelmente, montados no convés 5.
[0086] Se a embarcação 1 compreende uma ponte suspensa 13 que cobre a superestrutura 7 e se estende em uma direção transversal ao plano de simetria L da embarcação ao longo de toda a largura do convés 5, os anteparos 11, 21 atuam como suportes da ponte suspensa 13, tanto na popa como na proa, para que a ponte suspensa não seja apoiada na superestrutura subjacente e não seja necessária a presença de montantes separados ou para um aumento nas estruturas de mancais, com o consequente aumento de peso.
[0087] Com particular referência à figura 6, são proivdas algumas proporções preferidas entre os diferentes elementos da embarcação de acordo com a invenção (mais particularmente entre a superestrutura 7 e os anteparos 11, 21), cujas proporções não devem de modo algum ser limitativas: - a razão entre a distância da extremidade da primeira parede transversal 7a da superestrutura 7 do plano de simetria L (segmento ED na figura 6) e a distância correspondente do segundo flanco 3d do casco 3 do referido plano de simetria L (segmento EB na figura 6) está compreendido entre 0,3 e 0,6; a referida razão pode ser considerada como um "índice de assimetria" da configuração da embarcação de acordo com a invenção; - a largura mínima da primeira parede 11a do anteparo 11 é igual à distância entre o segundo flanco 3d do casco 3 e a projeção do ponto mais afastado do plano de simetria L da segunda parede lateral 7d da superestrutura 7 (A) na referida primeira parede 11a do anteparo 11 e, portanto, corresponde ao segmento A'B na figura 6; a largura da primeira parede 11a do anteparo 11 (segmento CB’ na figura 6) é de preferência igual à referida largura mínima mais um chamado" fator de cobertura ”(segmento CA’ na figura 6); - o referido "fator de cobertura" (segmento CA' na figura 6) é de preferência igual a 15 a 40% da distância entre a extremidade da primeira parede transversal 7a da superestrutura 7 e a projeção do ponto mais distante do plano de simetria L da segunda parede lateral 7d da superestrutura 7 (A) na primeira parede 11a do anteparo 11 (segmento DA' na figura 6); - o ângulo α formado entre a segunda porção oblíqua 9” da passagem lateral 9 e a primeira porção 9’ da referida passagem lateral, isto é, o plano de simetria L da embarcação 1, é de preferência igual a 20 a 45°; - a razão entre a largura b’ da segunda porção oblíqua 9’’ da passagem lateral 9 e a largura b da primeira porção 9’ da referida passagem lateral está preferivelmente compreendida entre 0,9 e 1,1.
[0088] Proporções similares também podem ser providas para o segundo anteparo 21.
[0089] Será evidente a partir do acima exposto que a embarcação de lazer de acordo com a invenção permite alcançar os objetivos indicados acima e combinar as vantagens práticas derivadas de um arranjo assimétrico da superestrutura com um perfil aerodinâmico substancialmente simétrico e uma boa estabilidade direcional e uma agradável aparência.
[0090] Será também evidente para o versado na técnica que a descrição detalhada provida acima foi dada a título de exemplo não limitativo e várias modificações e variantes são possíveis sem se afastar do âmbito de proteção como definido pelas reivindicações anexas.

Claims (10)

1. Embarcação de lazer (1), compreendendo: - um casco (3), incluindo uma proa (3a), uma popa (3b), um plano de simetria (L) e dois flancos (3c, 3d) conectando a referida proa (3a) à referida popa (3b) em lados opostos do referido casco em relação ao plano de simetria (L); - um convés (5) perpendicular ao plano de simetria; - uma superestrutura (7) disposta no referido convés (5), o perímetro externo da referida superestrutura compreendendo uma primeira parede lateral (7c) que se estende sobre um primeiro flanco (3c) do referido casco em uma direção paralela ao plano de simetria (L) da referida embarcação e está alinhada com o referido primeiro flanco do referido casco, uma primeira parede transversal (7a) que se estende a partir da extremidade da referida primeira parede lateral (7c) voltada para a proa (3a) em um plano transversal ao plano de simetria (L) da referida embarcação, uma segunda parede transversal (7b) que se estende a partir da extremidade da referida primeira parede lateral (7c) voltada para a popa (3b) em um plano transversal ao plano de simetria (L) da referida embarcação; e uma segunda parede lateral (7d) conectando as extremidades das referidas primeira e segunda paredes transversais (7a, 7b) opostas às suas extremidades conectadas à referida primeira parede lateral (7c), em que a largura (W') entre as referidas primeira e segunda paredes laterais (7c, 7d) da referida superestrutura ao longo de um eixo perpendicular ao plano de simetria é menor do que a largura (W) entre os referidos primeiro e segundo flancos (3c, 3d) do referido casco ao longo do mesmo eixo, sendo assim definida uma passagem lateral (9) entre a referida segunda parede lateral (7d) da referida superestrutura (7) e o referido segundo flanco (3d) do referido casco (3), em que a largura ao longo de um eixo perpendicular ao plano de simetria de pelo menos a referida primeira parede transversal (7a) da superestrutura é menor do que a largura máxima (W") entre as referidas primeira e segunda paredes laterais (7c, 7d) da referida superestrutura , caracterizada por pelo menos um anteparo (11) estar disposta no referido convés (5), a referido anteparo compreendendo pelo menos uma primeira parede (11a) que se estende a partir do referido segundo flanco (3d) da referida proa (3) e sendo coplanar com a referida primeira parede transversal (7a) da referida superestrutura, em que a referida primeira parede (11a) da referido anteparo (11) tem uma tal largura ao longo de um eixo perpendicular ao referido plano de simetria (L) que a distância (d) da extremidade da primeira parede (11a) do referido anteparo (11) adjacente à referida primeira parede transversal do referido plano de simetria (L) é igual ou menor que a distância máxima (d') da referida segunda parede lateral (7d) da referida superestrutura (7) do referido plano de simetria (L); e por as referidas paredes transversais (7a, 7b) e as referidas paredes laterais (7c, 7d) da referida superestrutura (7) terem todas a mesma altura e a altura da referida primeira parede (11a) do referido anteparo (11) é igual à altura das referidas paredes (7a a 7d) da referida superestrutura.
2. Embarcação de lazer (1), de acordo com a reivindicação 1, caracterizada por a referida superestrutura (7) ter uma porção possuindo uma largura menor perto da referida primeira parede transversal (7a).
3. Embarcação de lazer (1), de acordo com a reivindicação 1, caracterizada por o referido anteparo (11) compreender adicionalmente uma segunda parede (11b) que se estende em direção à referida popa (3b) em uma direção ortogonal à referida primeira parede (11a) do referido anteparo e está alinhado com o referido segundo flanco (3d) da referida proa.
4. Embarcação de lazer (1), de acordo com a reivindicação 1, caracterizada por um segundo anteparo (21) ser adicionalmente provido no referido convés (5), cujo segundo anteparo compreende pelo menos uma primeira parede (21a) que se estende a partir do referido segundo flanco (3d) do referido casco (3) e sendo coplanar com a referida segunda parede transversal (7b) da referida superestrutura (7), em que a referida primeira parede (21a) do referido segundo anteparo (21) tem uma tal largura ao longo de um eixo perpendicular ao referido plano de simetria (L) que a distância (d) da extremidade da referida primeira parede (21a) do referido segundo anteparo (21) adjacente à referida segunda parede transversal a partir do referido plano de simetria (L) é igual ou menor que a distância máxima (d') da referida segunda parede lateral (7d) da referida superestrutura (7) a partir do referido plano de simetria (L).
5. Embarcação de lazer (1), de acordo com a reivindicação 4, caracterizada por as referidas paredes transversais (7a, 7b) e as referidas paredes laterais (7c, 7d) da referida superestrutura (7) terem todas a mesma altura e em quem a altura da referida primeira parede (21a) do referido segundo anteparo (21) é igual à altura das referidas paredes (7a a 7d) da referida superestrutura.
6. Embarcação de lazer (1), de acordo com a reivindicação 4, caracterizada por a referida superestrutura (7) ter uma segunda porção possuindo uma largura menor perto da referida segunda parede transversal (7b).
7. Embarcação de lazer (1), de acordo com a reivindicação 4, caracterizada por o referido segundo anteparo (21) compreender adicionalmente uma segunda parede (21b) que se estende em direção à referida proa (3a) em uma direção ortogonal à referida primeira parede (21a) do referido anteparo e está alinhado com o referido segundo flanco (3d) do referido casco.
8. Embarcação de lazer (1), de acordo com a reivindicação 3, caracterizada por o referido anteparo (11) compreender adicionalmente uma terceira parede (11c) unindo as extremidades livres das referidas primeira e segunda paredes (11a, 11b) do referido anteparo.
9. Embarcação de lazer (1), de acordo com a reivindicação 7, caracterizada por o referido segundo anteparo (21) compreender adicionalmente uma terceira parede (21c) unindo as extremidades livres das referidas primeira e referidas segunda parede (21a, 21b) do referido anteparo.
10. Embarcação de lazer (1), de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, caracterizada por a referida embarcação (1) compreender uma ponte suspensa (13) cobrindo a referida superestrutura (7) e se estendendo em uma direção transversal ao plano de simetria (L) da embarcação ao longo de toda a largura do referido convés (5) e em que o referido anteparo (11) e, se provido, o referido segundo anteparo (21) atua como um suporte para a referida ponte suspensa (13).
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