BR112018013603B1 - Métodos para mudar a resposta comportamental de um animal dicromático associada com um alvo - Google Patents

Métodos para mudar a resposta comportamental de um animal dicromático associada com um alvo Download PDF

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Abstract

A combinação de um agente repelente ou um agente atraente com um agente indicador visual específico de comprimento de onda foi descoberto para produzir um efeito sinérgico e inesperado de repelência ou atração aumentadas em animais dicromáticos que não são maximamente sensíveis ao comprimento de onda do agente repelente ou atraente. O método da invenção pode ser usado para repelir pragas de animais dicromáticos; ou para prevenir ou minimizar dano monetário, particularmente a produtos agrícolas, recursos naturais ou propriedade privada. O método da invenção também pode ser usado para atrair animais dicromáticos para o propósito de produção agrícola, oportunidades recreativas (por exemplo, alimentadores de roedor selvagem), ou a administração eficaz de farmacêuticos para animais alvos ou técnicas de atenuação.

Description

REFERÊNCIA CRUZADA AOS PEDIDOS RELACIONADOS
[001] O presente pedido reivindica prioridade ao Pedido Provisório dos EUA No 62/274.467, depositado em 4 de janeiro de 2016 e Pedido Provisório dos EUA No 62/364.513, depositado em 20 de julho de 2016, o conteúdo de cada um é, pelo presente, incorporado por referência neste pedido.
CAMPO DA INVENÇÃO
[002] A invenção refere-se a composições e métodos para repelir ou atrair animais dicromáticos a partir de alimentos ou locais alvos.
FUNDAMENTOS DA INVENÇÃO
[003] Visão é fundamental para o comportamento diário da maioria dos animais, incluindo mamíferos, aves e insetos. A maioria dos animais usa a visão para facilitar suas interações sociais, orientação e comportamento de procura de alimento. O sistema visual dos seres humanos foi caracterizado como tricromático, pigmentos visuais humanos são maximamente sensíveis a comprimentos de onda em três regiões (isto é, vermelhos, verdes e azuis). A maioria das aves é tetracromática; pigmentos visuais de aves e gotículas de óleo são sensíveis à ultravioleta ou violeta (UVS, VS), assim como os cones sensíveis a comprimento de onda curto, médio e longo também encontrados em seres humanos (SWS, MSW, LWS). Ao contrário, a maioria de todos os outros animais é sensível apenas a duas regiões de comprimento de onda e como tal são categorizados como dicromáticos.
[004] Vertebrados geralmente têm um único fotopigmento de bastonete e até quatro classes de fotopigmento de cone (isto é, pigmentos visuais sensíveis à onda longa, à média e dois à curta; Cowan et al. 2002). A maioria dos mamíferos são dicromáticos, tendo duas classes de fotopigmento de cone (isto é, pigmentos visuais sensíveis à onda longa e curta; David-Gray et al. 2002). Os pigmentos visuais sensíveis à onda curta (SWS) de fotorreceptores de cone de vertebrado são divididos em duas classes moleculares, SWS1 e SWS2. Apenas a classe SWS1 está presente em mamíferos. A classe SWS1 foi subdividida em pigmentos visuais sensíveis à violeta (VS; pico de absorbância máxima, ou Àmax = 400 a 430 nm) e sensíveis à ultravioleta (UVS, Àmax < 380 nm; Cowing et al. 2002). Embora a sensibilidade à ultravioleta (UV) seja muito comum entre os animais, ela é considerada rara em mamíferos, sendo restrita às poucas espécies que têm Àmax < 400 nm (Douglas e Jeffery 2014). Os animais sem pigmentos visuais UVS, entretanto, serão sensíveis a comprimentos de onda UV se eles tiverem meios oculares que transmitem comprimentos de onda UV, visto que todos os pigmentos visuais absorvem quantidades significativas de UV se o nível de energia for suficiente (Douglas e Jeffery 2014)”.
[005] Embora a maioria dos animais não seja maximamente sensível a comprimentos de onda de espectro amplo (por exemplo, 300 a 1.400 nm), implicações desta tecnologia incluem responsividade comportamental (por exemplo, 5% de repelência ou atração) entre os animais dicromáticos a comprimentos de onda para os quais eles não são maximamente sensíveis. Esta invenção explora a observação nova e não óbvia de responsividade comportamental entre os animais dicromáticos a comprimentos de onda para os quais eles não são maximamente sensíveis (por exemplo, < 400 nm, > 700 nm). Este uso de comprimentos de onda independente daqueles que caracterizam a visão dicromática tem implicações para uma miríade de aplicações para repelentes e atraentes de animais dicromáticos.
SUMÁRIO DA INVENÇÃO
[006] De acordo com esta descoberta, é um objetivo desta invenção fornecer métodos e composições melhorados para repelir e atrair animais dicromáticos a partir de um alvo.
[007] Um objetivo da invenção é fornecer um método para diminuir a resposta comportamental de um animal dicromático associada com um alvo compreendendo: fornecer uma composição repelente compreendendo um agente indicador visual de comprimento de onda específico e um agente repelente em que o agente indicador visual de comprimento de onda específico tem características espectrais suficientemente similares às características espectrais do agente repelente e em que as características espectrais do agente repelente caem fora das faixas dentro das quais o dito animal dicromático é maximamente sensível; aplicar a dita composição repelente ao dito alvo, apresentar o dito alvo ao dito animal dicromático, por meio do qual a dita resposta comportamental do animal dicromático associada com o dito alvo é diminuída em um nível de pelo menos 5% aior do que quando o dito animal dicromático é apresentado com um alvo sobre o qual é aplicada uma composição compreendendo apenas um do dito agente indicador visual de comprimento de onda específico ou dito agente repelente, ou compreendendo quantidades significantemente mais baixas de qualquer um (ou ambos) do dito agente indicador visual de comprimento de onda específico ou do dito agente repelente. O agente indicador visual pode ser aplicado em uma quantidade eficaz a ser visivelmente reconhecida pelos ditos animais dicromáticos.
[008] Um outro objetivo da invenção é um método para diminuir a resposta comportamental de um animal dicromático associada com um alvo por intermédio de uma aplicação de repelente selecionada do grupo consistindo em: (a) uma aplicação inicial de uma quantidade eficaz de um agente repelente ao dito alvo, e uma ou mais aplicações subsequentes ao dito alvo de uma quantidade eficaz de um agente indicador visual de comprimento de onda específico em combinação com a mesma quantidade ou uma quantidade reduzida do agente repelente; ou (b) uma aplicação inicial de uma quantidade eficaz de um agente repelente ao dito alvo, e uma ou mais aplicações subsequentes ao dito alvo de quantidades eficazes de um agente indicador visual de comprimento de onda específico; ou (c) uma ou mais aplicações simultâneas de uma quantidade eficaz de um agente repelente e uma quantidade eficaz de um agente indicador visual de comprimento de onda específico.
[009] Um outro objetivo da invenção é um método para aumentar a resposta comportamental de um animal dicromático associada com um alvo compreendendo: fornecer uma composição atraente compreendendo um agente indicador visual de comprimento de onda específico e um agente atraente em que o agente indicador visual de comprimento de onda específico tem características espectrais suficientemente similares às características espectrais do agente atraente e em que as características espectrais do agente atraente caem fora das faixas dentro das quais o dito animal dicromático é maximamente sensível; aplicar a dita composição atraente ao dito alvo, apresentando o dito alvo ao dito animal dicromático, por meio do qual a dita resposta comportamental do animal dicromático associada com o dito alvo é aumentada em um nível de pelo menos 5% maior do que quando o dito animal dicromático é apresentado com um alvo sobre o qual é aplicada uma composição compreendendo apenas um do dito agente indicador visual de comprimento de onda específico ou do dito agente atraente.
[010] Um outro objetivo da invenção é um método para aumentar a resposta comportamental de um animal dicromático associada com um alvo por intermédio da aplicação de um atraente selecionado do grupo consistindo em: (a) uma aplicação inicial de uma quantidade eficaz de agente atraente ao dito alvo, e uma ou mais aplicações subsequentes ao dito alvo de uma quantidade eficaz de um agente indicador visual de comprimento de onda específico em combinação com a mesma quantidade ou uma quantidade reduzida do agente atraente; ou (b) uma aplicação inicial de uma quantidade eficaz de um agente atraente ao dito alvo, e uma ou mais aplicações subsequentes ao dito alvo de quantidades eficazes de um agente indicador visual de comprimento de onda específico; ou (c) uma ou mais aplicações simultâneas de uma quantidade eficaz de um agente atraente e uma quantidade eficaz de um agente indicador visual de comprimento de onda específico.
[011] Um outro objetivo da invenção é um método para mudar a resposta comportamental de um animal dicromático associada com um alvo compreendendo fornecer uma composição compreendendo um agente indicador visual de comprimento de onda específico e um agente em que o agente indicador visual de comprimento de onda específico tem características espectrais suficientemente similares às características espectrais do agente e em que as características espectrais do agente caem fora das faixas dentro das quais o dito animal dicromático é maximamente sensível, aplicar a dita composição ao dito alvo, apresentar o dito alvo ao dito animal dicromático, por meio do qual a dita resposta comportamental do animal dicromático associada com o dito alvo é mudada em um nível de pelo menos 5 % maior do que quando o dito animal dicromático é apresentado com um alvo sobre o qual é aplicada uma composição compreendendo apenas um do dito agente indicador visual de comprimento de onda específico ou do dito agente. A mudança pode ser uma diminuição na resposta comportamental, em que a composição é uma composição repelente e o agente é um agente repelente. A mudança pode ser um aumento na resposta comportamental, em que a composição é uma composição atraente e o agente é um agente atraente.
[012] Outros objetivos e vantagens desta invenção tornar-se-ão prontamente evidentes a partir da descrição subsequente.
BREVE DESCRIÇÃO DAS FIGURAS
[013] A Figura 1 é um gráfico de barras que ilustra a repelência de um absorvente de UV, repelente pós-ingestivo em um animal dicromático, o rato- do-campo californiano (Microtus californicus Peale). Repelência alimentar média associada com concentrações variadas de um repelente à base de antraquinona (Avipel® Shield, Arkion® Life Sciences, New Castle, DE, USA) oferecida a ratos-do- campo californiano (Microtus californicus Peale). Repelência representa o consumo de teste (dia 4) em relação ao consumo pré-tratamento médio (dias 1 a 3) de aveias integrais não tratadas (n = 8 a 10 ratos-do-campo por concentração de repelente).
[014] A Figura 2 é um gráfico de barras que ilustra a repelência de um repelente pós-ingestivo, absorvente de UV em um animal dicromático, esquilo terrestre de Richardson (Urocitellus richardsonii Sabine). Repelência alimentar média associada com concentrações variadas de um repelente à base de antraquinona (Avipel® Shield; Arkion® Life Sciences, New Castle, DE, USA) oferecido a esquilos terrestres de Richardson (Urocitellus richardsonii Sabine). Repelência representa o consumo de teste (dia 4) em relação ao consumo pré- tratamento médio (dias 1 a 3) de aveias integrais não tratadas (n = 9 a 10 esquilos terrestres por concentração de repelente).
[015] A Figura 3 é um gráfico de barras que ilustra a repelência de um repelente pós-ingestivo, absorvente de UV em um animal dicromático, o rato veadeiro (Peromyscus maniculatus Wagner). Repelência alimentar média associada com concentrações variadas de um repelente à base de antraquinona (Avipel® Shield; Arkion® Lite Sciences, New Castle, DE, USA) oferecido a ratos veadeiros (Peromyscus maniculatus Wagner). Repelência representa o consumo de teste (dia 4) em relação ao consumo pré-tratamento, médio (dias 1 a 3) de aveias integrais não tratadas (n = 8 a 9 ratos por concentração de repelente).
[016] A Figura 4 é um gráfico de barras que ilustra a repelência de um repelente pós-ingestivo, absorvente de UV em um animal dicromático, o coelho- de-cauda-de-algodão (Sylvilagus audubonii). Repelência alimentar média associada com concentrações variadas de um repelente à base de antraquinona (Avipel® Shield; Arkion® Life Sciences, New Castle, DE, USA) oferecido a coelhos- de-cauda-de-algodão (Sylvilagus audubonii Baird). Repelência representa o consumo de teste (dia 4) em relação ao consumo pré-tratamento médio (dias 1 a 3) de aveias integrais não tratadas (n = 10 coelhos por concentração de repelente).
[017] A Figura 5 é um gráfico de barras que ilustra a repelência de um indicador visual absorvente de UV subsequente à exposição a um repelente pós- ingestivo, absorvente de UV em um roedor dicromático, o rato-do-campo californiano (Microtus californicus). O consumo médio (± S.E.M.) de aveias integrais oferecidas a ratos-do-campo californianos (Microtus californicus Peale; n = 8 por grupo de teste). Ratos-do-campo foram oferecidos com aveias integrais não tratadas e aquelas tratadas com 0,2 % de um indicador de alimentação UV (ingrediente ativo: dióxido de titânio; Evonik Goldschmidt Corporation) por todo o teste de quatro dias. O grupo de teste condicionado com repelente foi exposto a um repelente pós-ingestivo, UV antes do teste.
DESCRIÇÃO DETALHADA DA INVENÇÃO
[018] A presente invenção é dirigida a combinações de um agente indicador visual e uma composição atraente ou repelente de roedor que foram descobertas a produzir um efeito sinérgico e inesperado de repelência ou atração aumentadas em animais dicromáticos. A sinergia desta invenção é caracterizada por maior resposta comportamental (por exemplo, >5 % de repelência ou atração) à combinação de um indicador visual e um repelente, ou um indicador visual e um atraente, em relação à resposta comportamental observada para o agente indicador visual e repelente ou atraente quando apresentados independentemente (isto é, não em combinação). O método da invenção pode ser usado para repelir pragas de animais domésticos; ou para prevenir ou minimizar dano monetário, particularmente a produtos agrícolas, recursos naturais, ou propriedade privada. O método da invenção também pode ser usado para atrair animais dicromáticos para o propósito de produção agrícola, oportunidades recreativas (por exemplo, alimentadores de roedor selvagem), ou a administração eficaz de produtos farmacêuticos para animais alvos ou técnicas de atenuação.
[019] Ao contrário da técnica anterior de uma Ultraviolet Strategy for Avian Repellency (isto é, animais tetracromáticos; Patente dos EUA No 9131678), os métodos e composições desta invenção são eficazes para e aplicáveis para diminuir ou aumentar a resposta comportamental de animais dicromáticos associados com um alvo (isto é, alimento ou local) de interesse usando agentes repelentes ou atraentes tendo características espectrais fora da faixa dentro da qual os animais dicromáticos são maximamente sensíveis (por exemplo, comprimentos de onda de < 400 nm, > 700 nm). Ao contrário de repelir roedores com uma quinona policíclica (isto é, Method for Repelling Rodents; Pedido de Patente dos EUA No 14595718), os métodos e composições desta invenção são eficazes para e aplicáveis para diminuir ou aumentar a resposta comportamental de animais dicromáticos associados com um alvo que compreende o uso de uma combinação de um agente indicador visual de comprimento de onda específico e um agente repelente ou atraente.
[020] Em particular, a presente invenção é dirigida a composições e métodos melhorados para repelir e atrair animais dicromáticos pelo uso de agentes repelentes e atraentes de comprimentos de onda específicos em combinação com agentes indicadores visuais, e em certos casos, somente agentes indicadores visuais.
[021] Em uma modalidade da presente invenção, um agente repelente pode ser usado em combinação com agentes indicadores visuais de comprimentos de onda específicos que exibem características espectrais suficientemente similares àquelas do agente repelente tal que animais dicromáticos não diferenciam visivelmente entre os agentes (por exemplo, ± 10 a 50 nm), a quantidade do agente repelente pode ser reduzida enquanto mantendo a capacidade de repelir eficazmente animais dicromáticos (por exemplo, < 95% da quantidade do agente repelente necessária para obter > 5% de repelência sem esta invenção, ou quando o agente repelente ou atraente é usado sem um agente indicador visual).
[022] Em uma modalidade alternativa, um agente atraente pode ser usado em combinação com agentes indicadores visuais de comprimentos de onda específicos que exibem características espectrais suficientemente similares àquelas do agente atraente tal que animais dicromáticos não diferenciam visivelmente entre os agentes (por exemplo, ± 10 a 50 nm), a quantidade do agente atraente pode ser reduzida enquanto mantendo a capacidade de atrair eficazmente animais dicromáticos (por exemplo, < 95 % da quantidade do agente atraente necessária para obter > 5 % de atração sem esta invenção, ou quando o agente atraente é usado sem um agente indicador visual).
[023] Uma descoberta surpreendente da presente invenção é que animais dicromáticos, que não são maximamente sensíveis a sinais UV ou infravermelhos (IR), estão, de fato, respondendo comportamentalmente a sinais UV ou IR quando apresentados de acordo com a presente invenção. Animais dicromáticos não são maximamente sensíveis a comprimentos de onda que são menores do que 400 nm ou maiores do que 700 nm. Entretanto, quando agentes repelentes ou atraentes são apresentados em um alvo em combinação com um agente indicador visual exibindo características espectrais suficientemente similares ao agente, mas caindo fora das faixas às quais os animais dicromáticos são sensíveis, os animais dicromáticos inesperadamente respondem comportamentalmente exibindo uma resposta comportamental diminuída quando apresentados com um agente repelente ou uma resposta comportamental aumentada quando apresentados com um agente atraente de acordo com a presente invenção.
[024] Como usado aqui, o termo “repelência” significa a porcentagem de diminuição em consumo (ou ocupação) de alvo tratado em relação ao alvo não tratado. O termo “repelência eficaz” significa pelo menos 5 % de diminuição em consumo (ou ocupação) de alvo tratado em relação ao alvo não tratado. A repelência eficaz como contemplada aqui pode ser 5 %, 6 %, 7 %, 8 %, 9 %, 10 %, 11 %, 12 %, 13 %, 14 %, 15 %, 16 %, 17 %, 18 %, 19 %, 20 %, 21 %, 22 %, 23 %, 24 %, 25 %, 26 %, 27 %, 28 %, 79 %, 30 %, 31 %, 32 %, 33 %, 34 %, 35 %, 36 %, 37 %, 38 %, 39 %, 40 %, 41 %, 42 %, 43 %, 44 %, 45 %, 46 %, 47 %, 48 %, 49 %, 50 %, 51 %, 52 %, 53 %, 54 %, 55 %, 56 %, 57 %, 58 %, 59 %, 60 %, 61 %, 62 %, 63 %, 64 %, 65 %, 66 %, 67 %, 68 %, 69 %, 70 %, 71 %, 72 %, 73 %, 74 %, 75 %, 76 %, 77 %, 78 %, 79 %, 80 %, 81 %, 82 %, 83 %, 84 %, 85 %, 86 %, 87 %, 88 %, 89 %, 90 %, 91 %, 92 %, 93 %, 94 %, 95 %, 96 %, 97 %, 98 %, 99 %, ou 100 % de diminuição em consumo (ou ocupação) de alvo tratado em relação ao alvo não tratado. Estes valores podem ser usados para definir uma faixa, tal como 50 % a 75 %, ou 75 % a 85 %, ou 25 % a 50 % de diminuição em consumo (ou ocupação) de alvo tratado em relação ao alvo não tratado.
[025] Como usado aqui, o termo “atração” significa a porcentagem de aumento em consumo (ou ocupação) de alvo tratado em relação ao alvo não tratado. O termo “atração eficaz” significa pelo menos 5 % de aumento em consumo (ou ocupação) de alvo tratado em relação ao alvo não tratado. A atração eficaz como contemplada aqui pode ser 5 %, 6 %, 7 %, 8 %, 9 %, 10 %, 11 %, 12 %, 13 %, 14 %, 15 %, 16 %, 17 %, 18 %, 19 %, 20 %, 21 %, 22 %, 23 %, 24 %, 25 %, 26 %, 27 %, 28 %, 29 %, 30 %, 31 %, 32 %, 33 %, 34 %, 35 %, 36 %, 37 %, 38 %, 39 %, 40 %, 41 %, 42 %, 43 %, 44 %, 45 %, 46 %, 47 %, 48 %, 49 %, 50 %, 51 %, 52 %, 53 %, 54 %, 55 %, 56 %, 57 %, 58 %, 59 %, 60 %, 61 %, 62 %, 63 %, 64 %, 65 %, 66 %, 67 %, 68 %, 69 %, 70 %, 71 %, 77 %, 73 %, 74 %, 75 %, 76 %, 77 %, 78 %, 79 %, 80 %, 81 %, 82 %, 83 %, 84 %, 85 %, 86 %, 87 %, 88 %, 89 %, 90 %, 91 %, 92 %, 91 %, 94 %, 95 %, 96 %, 97 %, 98 %, 99 %, ou 100 % de aumento em consumo (ou ocupação) de alvo tratado em relação ao alvo não tratado. Estes valores podem ser usados para definir uma faixa, tal como 50 % a 75 %, ou 75 % a 85 %, ou 25 % a 50 % de aumento em consumo (ou ocupação) de alvo tratado em relação ao alvo não tratado.
[026] O termo “resposta comportamental relevante” como usado aqui refere-se à reação do animal dicromático à repelência eficaz ou atração eficaz. Por exemplo, quando um animal dicromático exibe uma resposta comportamental relevante de consumo diminuído (ou ocupação) de alvo tratado em relação ao alvo não tratado, esta resposta é o resultado de repelência eficaz. Alternativamente, quando um animal dicromático exibe uma resposta comportamental relevante de consumo aumentado (ou ocupação) de alvo tratado em relação ao alvo não tratado, esta resposta é o resultado de atração eficaz. Além disso, os valores percentuais fornecidos nos dois parágrafos que precedem este, podem ser usados com o termo “resposta comportamental relevante”. Por exemplo, 50% de repelência é equivalente a uma resposta comportamental em um nível de 50% de consumo diminuído (ou ocupação) de alvo tratado em relação ao alvo não tratado.
[027] De acordo com a presente invenção, os métodos para repelir animais dicromáticos de um alvo podem ser realizados por pelo menos qualquer uma das seguintes abordagens: (i) a aplicação de um agente indicador visual de comprimento de onda específico a um alvo em uma quantidade eficaz para repelir animais dicromáticos; (ii) a aplicação de um tratamento inicial de um agente repelente de comprimento de onda específico ao alvo em uma quantidade eficaz para repelir animais dicromáticos, e a aplicação subsequente de um agente indicador visual de comprimento de onda específico em combinação com a mesma taxa de aplicação ou taxa de aplicação reduzida do repelente; (iii) a aplicação de um tratamento inicial de um agente repelente de comprimento de onda específico ao alvo em uma quantidade eficaz para repelir animais dicromáticos, e a aplicação subsequente de um agente indicador visual de comprimento de onda específico sem aplicação adicional do repelente; e (iv) a aplicação simultânea de um agente repelente de comprimento de onda específico, e um agente indicador visual de comprimento de onda específico ao alvo em uma quantidade eficaz para repelir animais dicromáticos de interesse. Para cada uma destas aplicações, o agente indicador visual é aplicado em uma quantidade suficiente para evocar uma resposta comportamental relevante no animal dicromático de interesse.
[028] Agentes repelentes que são adequados para o uso na presente invenção incluem mas não são limitados a antraquinonas, futolanil, antranilatos, metiocarbe, cafeína, clorpirifós, cialotrina, metilacetato de fenila, etilacetato de fenila, o-amino acetofenona, 2-amino-4,5-dimetil ecetofenona, veratril amina, aldeído cinâmico, ácido cinâmico, cinamida, isotiocianato de alila, capsaicina, TRPV1, benzoato de denatônio, quebracho, octaacetato de sacarose, quinina, cloridrato de quinina, sulfato de magnésio, o-aminoacetofenona, dicloridrato de emetina, alúmen de amônio, produtos animais putrescentes e voláteis (por exemplo, ovos, urina, farinha de osso, óleo de rícino), produtos vegetais putrescentes e voláteis (por exemplo, óleo de agulha de pinheiro, óleo de alho, sinigrina), d-pulegona, thiram, glicosinolato, poligodial, piperina (por exemplo, Zanthoxilum piperitum), e combinações dos mesmos.
[029] De acordo com a presente invenção, os métodos para atrair animais dicromáticos a partir de um alvo podem ser realizados por pelo menos qualquer uma das seguintes abordagens: (i) a aplicação de um agente indicador visual de comprimento de onda específico a um alvo em uma quantidade eficaz para atrair animais dicromáticos; (ii) a aplicação de um tratamento inicial de um agente atraente de comprimento de onda específico ao alvo em uma quantidade eficaz para atrair animais dicromáticos, e a aplicação subsequente de um agente indicador visual de comprimento de onda específico em combinação com a mesma taxa de aplicação ou taxa de aplicação reduzida do atraente; (iii) a aplicação de um tratamento inicial de um agente atraente de comprimento de onda específico ao alvo em uma quantidade eficaz para atrair animais dicromáticos, e a aplicação subsequente de um agente indicador visual de comprimento de onda específico sem aplicação adicional do atraente; e (iv) a aplicação simultânea de um agente atraente de comprimento de onda específico, e um agente indicador visual de comprimento de onda específico ao alvo em uma quantidade eficaz para atrair animais dicromáticos de interesse. Para cada uma destas aplicações, o agente indicador visual é aplicado em uma quantidade suficiente para evocar uma resposta comportamental relevante no animal dicromático de interesse.
[030] Agentes atraentes que são adequados para o uso na presente invenção incluem mas não são limitados a agentes com base em alimentos (por exemplo, grãos e produtos de grãos, sementes e produtos de sementes, nozes e produtos de nozes, manteiga de noz, fruta e produtos de frutas, produtos lácteos, ingredientes de confeitaria), energia (por exemplo, gorduras vegetais, gorduras animais), proteína, e combinações destes.
[031] Como estabelecido acima, o agente indicador visual preferivelmente exibe características espectrais suficientemente similares àquelas do agente repelente ou atraente dependendo de qual estiver sendo usado. Características espectrais incluem reflectantes, absorventes, retratantes assim como comprimentos de onda em UV e IR. É preferido que o agente indicador visual exibe as características espectrais dentro de 10, 11, 12, 13, 14, 15, 16, 17, 18, 19, 20, 21, 22, 23, 24, 25, 26, 27, 28, 29, 30, 31, 32, 33, 34, 35, 36, 37, 38, 39, 40, 41, 42, 43, 44, 45, 46, 47, 48, 49, ou 50 nm das características espectrais do agente repelente ou atraente. Estes valores podem ser usados para definir uma faixa, tal como um agente indicador visual exibindo características espectrais dentro da faixa de 10 a 15 nm, ou 20 a 35 nm, ou 40 a 50 nm das características espectrais do agente repelente ou atraente. Agentes indicadores visuais adequados da presente invenção preferivelmente exibem características espectrais suficientemente similares ao tratamento com repelente ou atraente previamente ou simultaneamente aplicado tal que o animal dicromático de interesse preferivelmente não diferencia visualmente entre o agente indicador visual e o agente repelente ou atraente ou a formulação da primeira formulação de tratamento contendo o agente repelente ou atraente. Por exemplo, por via de ilustração e sem ser limitado a esta, um repelente eficaz, antraquinona, exibe absorbância em UV-A (320 a 400 nm) e/ou UV-B (280 a 320 nm). Para propósitos da presente invenção, um agente indicador visual adequado pode exibir absorbância, reflectância ou refração em UV ou IR nos, ou suficientemente perto dos, comprimentos de onda do agente repelente ou atraente (por exemplo, ± 10 a 50 nm como descrito acima). Os espectros em UV ou IR dos agentes repelentes ou atraentes e agentes indicadores visuais podem ser facilmente determinados usando técnicas de análise espectroscópica convencionais.
[032] Alguns exemplos de agentes indicadores visuais para o uso na presente invenção incluem, mas não são limitados a, óxidos de titânio (IV) (TiO2), trisiloxanos, siloxanos, outros agentes absorventes de UV e refletivos de UV (100 a 400 nm), e agentes no infravermelho (> 700 nm).
[033] Em certas modalidades, a presente invenção fornece métodos e composições melhorados para repelir animais dicromáticos usando quantidades reduzidas do agente repelente aplicado por todo o período de repelência necessária (por exemplo, < 95% da quantidade do agente repelente necessária para obter > 5% de repelência sem esta invenção).
[034] Em outras modalidades, a presente invenção fornece métodos e composições melhorados para repelir animais dicromáticos utilizando aplicações múltiplas de agentes repelentes em que a quantidade dos agentes repelentes pode ser reduzida depois da aplicação inicial (por exemplo, 95 % da quantidade do agente repelente associado com sua aplicação inicial).
[035] Em uma modalidade da presente invenção, o use de agentes repelentes em combinação com agentes indicadores visuais de comprimentos de onda específicos que exibem características espectrais suficientemente similares ao agente repelente tal que a quantidade do agente repelente pode ser reduzida quando comparado a agente repelente previamente aplicado enquanto mantendo a capacidade de manter a repelência eficaz de animais dicromáticos (por exemplo, < 95% da quantidade do agente repelente ou atraente associada com sua aplicação inicial).
[036] Em modalidades alternativas, a presente invenção fornece métodos e composições melhorados para atrair animais dicromáticos usando quantidades reduzidas do agente atraente aplicado por todo o período de atração necessária (por exemplo, < 95% da quantidade do agente repelente ou atraente necessária para obter > 5% de atração sem esta invenção).
[037] Em outras modalidades, a presente invenção fornece métodos e composições melhorados para atrair animais dicromáticos utilizando aplicações múltiplas de agentes atraentes em que a quantidade dos agentes atraentes pode ser reduzida depois da aplicação inicial (por exemplo, < 95 % da quantidade do agente atraente associada com sua aplicação inicial).
[038] Em uma modalidade alternativa da presente invenção, o uso de agentes atraentes em combinação com agentes indicadores visuais de comprimentos de onda específicos que exibem características espectrais suficientemente similares ao agente atraente tal que a quantidade do agente atraente pode ser reduzida quando comparado ao agente atraente previamente aplicado enquanto mantendo a capacidade de manter a atração eficaz de animais dicromáticos (por exemplo, < 95% da quantidade do agente repelente ou atraente associada com sua aplicação inicial).
[039] Em uma modalidade da presente invenção, a quantidade do agente repelente ou atraente desejado usado pode variar da aplicação inicial a aplicações subsequentes. Nesta modalidade, a quantidade do agente repelente ou atraente a ser usado na aplicação inicial (assim como quaisquer aplicações subsequentes na ausência de agente indicador visual) é selecionada para repelir ou atrair eficazmente o animal dicromático a partir de um alvo tratado (isto é, alimento ou local). Assim, como usado aqui, uma “quantidade eficaz” é definida como aquela quantidade que resulta em “repelência eficaz” ou “atração eficaz” como previamente definido aqui. A quantidade eficaz pode variar dependendo do agente repelente ou atraente particular que é selecionado, assim como das variáveis adicionais seguintes: a formulação do repelente/atraente, o animal dicromático específico de interesse, o material alvo e fatores ambientais (por exemplo, contexto da aplicação incluindo alimentos e locais alternativos, história comportamental). Quantidades eficazes de agentes repelentes e agentes atraentes podem ser 100, 150, 200, 250, 300, 350, 400, 450, 500, 550, 600, 650, 700, 750, 800, 850, 900, 950, 1000, 1500, 2000, 2500, 3000, 3500, 4000, 4500, 5000, 5500, 6000, 6500, 7000, 7500, 8000, 8500, 9000, 9500, 10.000, 15.000, 20.000, 25.000, 30.000, 35.000, 40.000, 45.000, ou 50.000 ppm. Estes valores podem ser usados para definir uma faixa, tais como quantidades eficazes na faixa de 5000 a 20.000 ppm, ou 1000 a 7500 ppm de repelente ou atraente.
[040] A quantidade eficaz pode ser facilmente determinada por experimentação controlada de rotina. Por via de exemplo e sem ser limitado a este, na aplicação inicial, quantidades preferidas de antraquinona (AVIPEL® SHIELD, FLIGHT CONTROLE® PLUS, AV-1011, AV-2022 ou AV-4044) são de aproximadamente 1 a 2 % de ingrediente ativo (p/p) para a maioria dos animais dicromáticos, mas podem ser tão baixas quanto 0,01 % de ingrediente ativo (p/p).
[041] O termo “aplicações subsequentes” é intencionado a ser aquelas aplicações em que o agente repelente ou atraente é combinado com o agente indicador visual desejado depois da aplicação inicial do agente repelente ou atraente. Em certas modalidades, a quantidade do agente repelente ou atraente usado nas aplicações subsequentes pode ser a mesma que a aplicação inicial. Alternativamente, em certas modalidades, a quantidade do agente repelente ou atraente usado nas aplicações subsequentes pode ser reduzida. Nestas aplicações subsequentes, quantidades reduzidas do agente repelente ou atraente podem ser 99 %, 98 %, 97 %, 96 %, 95 %, 94 %, 93 %, 92 %, 91 %, 90 %, 89 %, 88 %, 87 %, 86 %, 85 %, 84 %, 83 %, 82 %, 81 %, 80 %, 79 %, 78 %, 77 %, 76 %, 75 %, 74 %, 73 %, 72 %, 71 %, 70 %, 69 %, 68 %, 67 %, 66 %, 65 %, 64 %, 63 %, 62 %, 61 %, 60 %, 59 %, 58 %, 57 %, 56 %, 55 %, 54 %, 53 %, 52 %, 51 %, 50 %, 49 %, 48 %, 47 %, 46 %, 45 %, 44 %, 43 %, 42 %, 41 %, 40 %, 39 %, 38 %, 37 %, 36 %, 35 %, 34 %, 33 %, 32 %, 31 %, 30 %, 29 %, 28 %, 27 %, 26 %, 25 %, 24 %, 23 %, 22 %, 21 %, 20 %, 19 %, 18 %, 17 %, 16 %, 15 %, 14 %, 13 %, 12 %, 11 %, 10 %, 9 %, 8 %, 7 %, 6 %, 5 %, 4 %, 3 %, 2 %, ou 1 % (p/p) de agente repelente ou atraente. Estes valores podem ser usados para definir uma faixa tal como 95 % a 50 % de repelente ou atraente. É considerado ainda que o repelente ou atraente pode ser reduzido para tão baixo quanto 0,01 %, 0,02 %, 0,03 %, 0,04 %, 0,05 %, 0,06 %, 0,07 %, 0,08 %, 0,09 %, 0,1 %, 0,1 %, 0,2 %, 0,3 %, 0,4 %, 0,5 %, 0,6 %, 0,7 %, 0,8 %, ou 0,9 %, (p/p) de agente repelente ou atraente. Estes valores podem ser usados para definir uma faixa, tal como 0,01 a 0,1 % (p/p) de agente repelente ou atraente. Ainda em outras modalidades, a quantidade do agente repelente ou atraente usado nas aplicações subsequentes pode ser omitida completamente.
[042] É considerado ainda pela presente invenção que em certas modalidades, o um ou mais agentes indicadores visuais desejados usados em combinação com a quantidade original ou reduzida de agente repelente ou atraente é aplicado em quantidades que são eficazes em pelo menos manter o nível de repelência eficaz ou atração eficaz que foi realizada somente pelo repelente ou atraente. A sinergia desta invenção é caracterizada por resposta comportamental maior à combinação de um indicador visual e um repelente ou um indicador visual e um atraente, em relação à resposta comportamental observada para o indicador visual, o repelente ou o atraente quando aplicado independentemente (não em combinação). A quantidade eficaz (tendo o mesmo significado como previamente fornecido) do agente indicador visual pode variar dependendo do agente repelente ou atraente particular que é selecionado, assim como das variáveis adicionais seguintes: a formulação do repelente/atraente, o animal dicromático específico de interesse, o material alvo e fatores ambientais (por exemplo, contexto da aplicação incluindo alimentos e locais alternativos, histórico comportamental). Quantidades eficazes de agentes indicadores visuais podem ser 100, 150, 200, 250, 300, 350, 400, 450, 500, 550, 600, 650, 700, 750, 800, 850, 900, 950, 1000, 1500, 2000, 2500, 3000, 3500, 4000, 4500, 5000, 5500, 6000, 6500, 7000, 7500, 8000, 8500, 9000, 9500, 10.000, 15.000, 20.000, 25.000, 30.000, 35.000, 40.000, 45.000, ou 50.000 ppm. Estes valores podem ser usados para definir uma faixa, tais como quantidades eficazes na faixa de 2000 a 5000 ppm, ou 4000 a 7000 ppm.
[043] Por via de exemplo e sem ser limitado a este, um agente indicador visual eficaz é óxido de titânio (IV), e quantidades eficazes de óxido de titânio (IV) pode variar de 2.000 a 5.000 ppm (AEROXIDE® P25, Evonik Goldschmidt Corp., Hopewell, VA) a 3.500 a 5.000 ppm (Catálogo no 232033 disponível da Aldrich, St. Louis, MO) a 4.000 a 7.000 ppm (Catálogo no 808 disponível da Merck &. Co., Whitehouse Station, NJ; HOMBIKAT UV 100 disponível da Sachtleben, Duisburg, Germany; Catálogo no 89490 disponível da Aldrich, St, Louis, MO.; Catálogo no T315-500 disponível da Fisher Scientific, Pittsburgh, PA),
[044] Em certas modalidades, os agentes repelentes e atraentes podem ser formulados com um ou mais carreadores inertes adequados como é bem conhecido na técnica. Formulações de agentes repelentes e atraentes assim como os agentes indicadores visuais podem variar com o alvo particular e método de aplicação. Os agentes repelentes, atraentes e indicadores visuais podem, por exemplo, ser formulados como soluções, emulsões, concentrados emulsionáveis, concentrados de suspensão, pós umedecíveis, pós, grânulos, pós ou grânulos aderentes, e aerossóis. De maior interesse são aqueles carreadores que são agronomicamente aceitáveis e aqueles adequados para aplicação sobre estruturas, campos ou safras agrícolas, sementes, mudas, pomares, vinhas, ração para animais, fertilizantes, pesticidas, iscas para animais ou insetos, e combinações dos mesmos. O carreador particular selecionado não é crítico, e uma variedade de carreadores de fase líquida e sólida pode ser usada, incluindo mas não limitada a água, misturas de tensoativo aquosas, álcoois, éteres, hidrocarbonetos, hidrocarbonetos halogenados, glicóis, cetonas, ésteres, óleos (naturais ou sintéticos), argilas, caulinita, sílicas, celulose, borracha, talco, vermiculato, e polímeros sintéticos. Os agentes repelentes e atraentes, e o agente indicador visual também podem ser formulados em uma única composição ou formulados em diferentes composições e aplicados separadamente. Os agentes repelentes e atraentes e/ou o agente indicador visual também podem ser formulados em mistura com outros agentes agricolamente benéficos, incluindo mas não limitados a, estabilizadores de UV ou IR, antioxidantes, iscas, adjuvantes, agentes herbicidas, fertilizantes, e pesticidas incluindo inseticidas e fungicidas.
[045] O método da invenção pode ser usado para repelir ou atrair animais dicromáticos em qualquer lugar que eles apresentem um incômodo ou, mais importantemente, para prevenir ou minimizar o dano econômico, particularmente a produtos agrícolas, recursos naturais, ou propriedade privada. Os agentes repelentes e atraentes, e o agente indicador visual podem ser aplicados em qualquer alvo ou local espacial de preocupação do qual ou ao qual os animais dicromáticos devem ser repelidos (ou atraídos). De acordo com esta invenção, alvos preferidos para aplicação incluem, mas não são limitados a, uma ou mais das estruturas, campos ou safras agrícolas, sementes, mudas, pomares, vinhas, ração para animais, fertilizantes, pesticidas, iscas para animais ou insetos, e combinações dos mesmos. Safras incluem, mas não são limitadas a, um ou mais de milho, fruta, grãos, gramíneas, legumes, alface, milhete, aveias, arroz, cultivos em faixas, sorgo, girassol, frutos secos, turfa, vegetais e trigo.
[046] Os tratamentos subsequentes do alvo com o agente repelente ou atraente, e o agente indicador visual são tipicamente aplicados em qualquer momento a seguir da aplicação inicial desejada pelo usuário. Por exemplo, em uma modalidade prevista, os tratamentos subsequentes são aplicados durante períodos quando dano mais severo é previsto. Em prática, o tratamento subsequente é tipicamente aplicado pelo menos uma semana depois do primeiro tratamento (na mesma estação de cultivo).
[047] Animais dicromáticos são aqueles animais que usam apenas dois tipos distintos de fotorreceptores para percepção de cor, geralmente incluindo mamíferos placentários e excluindo mamíferos marinhos (pinípedes e cetáceos; monocromatas), primatas intimamente relacionados a seres humanos (isto é, tricromatas) e a maioria das aves (tetracromatas).
[048] Alvos compreendem estruturas, campos ou safras agrícolas, sementes, mudas, pomares, vinhas, ração para animais, fertilizantes, pesticidas, iscas para animais ou insetos, ou combinações destes. Safras compreendem milho, fruta, grãos, gramíneas, legumes, alface, milhete, aveias, arroz, cultivos em faixas, sorgo, girassol, frutos secos, turfa, vegetais ou trigo.
[049] Os exemplos seguintes são intencionados apenas a ilustrar ainda mais a invenção e não são intencionados a limitar o escopo da invenção que é definida pelas reivindicações.
EXEMPLOS
[050] É entendido que as descrições detalhadas precedentes são fornecidas meramente por via de ilustração e que modificações e variações podem ser feitas na mesma sem divergir do espírito e escopo da invenção. EXEMPLOS - ESTRATÉGIA DE APLICAÇÃO DE REPELENTE PARA ROEDORES SILVESTRES E COELHOS-DE-CAUDA-DE-ALGODÃO
[051] Repelentes químicos eficazes e estratégias de aplicação de repelente são necessárias para controlar danos causados por roedores silvestres e coelhos para recursos agrícolas. Para o propósito de investigar comparativamente a resposta comportamental de roedores silvestres e coelhos a um repelente químico, a relação concentração-resposta de um repelente à base de antraquinona em ratos-do-campo californianos (Microtus californicus Peale), esquilos terrestres de Richardson (Urocitellus richardsonii Sabine), ratos veadeiros (Peromyscus maniculatus Wagner) e coelhos-de-cauda-de-algodão (Sylvilagus audubonii Baird) em cativeiro foi avaliada. 52 a 56 % de repelência alimentar para aveias integrais tratadas com 10.800 ppm de antraquinona ou 18.500 ppm de antraquinona foram observados em ratos e esquilos, e 84 a 85 % de repelência para aveias tratadas com 18.300 ppm de antraquinona ou 19.600 ppm de antraquinona foram observados em ratos-do-campo e coelhos, respectivamente. Além de fornecer as consequências pós-ingestivas negativas necessárias para rejeição condicionada ao alimento, o repelente à base de antraquinona também absorve comprimentos de onda em ultravioleta (UV) que são visíveis à maioria de aves silvestres. Para o propósito de desenvolver uma estratégia de aplicação de repelente para modificar o comportamento de pragas de vertebrados, um experimento de rejeição condicionada foi conduzido oferecendo-se alimento tratado com repelente e UV a ratos-do-campo californianos em um ensaio comportamental subsequente. Em relação aos sujeitos de teste não condicionados (P = 0,3161), ratos-do-campo condicionados com o repelente pós-ingestivo, UV subsequentemente rejeitaram aveias integrais tratadas apenas com um indicador de UV (P = 0,0109). Estas respostas comportamentais a repelentes à base de antraquinona e indicadores alimentares UV são exploradas como uma estratégia de aplicação de repelente para mamíferos silvestres. Tratamentos de sementes pré-plantio e tratamentos de superfície que incluem repelentes pós-ingestivos e indicadores visuais relacionados podem ser usados para a proteção de recursos agrícolas associados com depredação por mamíferos.
[052] O comportamento alimentar oportunista e a fecundidade de alguns roedores silvestres e coelhos causam perdas econômicas anualmente à produção agrícola mundial (Gebhardt et al., 2011, Jacob e Tkadlec, 2010, Johnson e Timm, 1987, Pelz, 2004, Salmon, 2008 e Witmer e Singleton, 2010). Por exemplo, ratos-do-campo (Microtus spp. Schrank e Arvicola spp. Cépède) são conhecidos por causar danos nos Estados Unidos da América e Europa a safras agrícolas tais como alfafa, ervilhas e trigo, e esforços de reflorestamento (Baldwin, 2014, Giusti, 2004, Jacob e Tkadlec, 2010, Sullivan e Sullivan, 2008 e Witmer et al., 2007). Esquilos terrestres (Spermophilus spp. Cuvier) causam danos de milhões de dólares à produção de alfafa no oeste dos Estados Unidos e Canadá (Johnson-Nistler et al., 2005 e Proulx, 2010). Esquilos terrestres causaram $17,9 a 23,9 milhões em perdas de safra e $11,9 a 17,9 milhões (dólares projetados para cotação de 2016) em danos físicos a materiais tais como estruturas, diques e barragens terrestres assim como danos a safras de nozes, árvores frutíferas e forragem de pastagem (Baldwin et al., 2013, Marsh, 1998). Ratos veadeiros (Peromyscus spp. Ginger) causam dano a safras de milho, amêndoas, abacates, cítricos, romã e beterraba (Pearson et al., 2000 e Witmer e Moulton, 2012). coelhos-de-cauda-de-algodão (Sylvilagus floridanus Allen) danificam mudas de árvores, arbustos, feno, soja e forragem de pastagem (Dugger et al, 2004, Johnson e Timm, 1987),
[053] A depredação agrícola causada por roedores silvestres e coelhos é um problema persistente com poucas soluções custo-efetivas. Métodos para aliviar o dano causado por roedores silvestres e coelhos incluem aplicações comportamentais (por exemplo, exclusão física, repelentes químicos) e remoção letal. A necessidade de soluções eficazes para a depredação por mamíferos permanece apesar de avaliações prévias de numerosos repelentes químicos (Agnello et al., 2014, Baldwin et al, 2014, Gurney et al, 1996, Nolte e Barnett, 2000, Nolte et al., 1993, Sutherland, 2000 e Williams e Short, 2014). A efetividade e o desenvolvimento comercial de repelentes para animais selvagens são dependentes da eficácia do repelente sob condições do campo, o custo em relação aos danos esperados de recursos desprotegidos, impactos ambientais, e segurança alimentar (Werner et al., 2009).
[054] Embora antraquinona seja um composto que ocorre naturalmente que foi identificado como um repelente aviário promissor no início dos anos 1940 (Heckrnanns e Meisenheimer, 1944), um tratamento de semente à base de antraquinona (AV-1011; Arkion® Life sciences, New Castle, DE, USA) foi primeiro registrado pela Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos para a proteção de arroz recentemente plantado em janeiro de 2016. Antraquinona foi usada para repelir eficazmente melros (Avery et al., 1997, 1998; Carlson et al., 2013; Cummings et al., 2002a,b, 2011; Neff e Meanley, 1957; Werner et al, 2009, 2011a, 2014b,c), gansos canadenses (Branta canadensis Linnaeus; Blackwell et al., 1999; Dolbeer et al, 1998; Werner et al., 2009), grous-canadenses (Grus canadensis Linnaeus; Blackwell et al., 2001), faisões-comuns (Phasianus colchicus Linnaeus; Werner et al., 2009), estorninhos europeus (Sturnus vulgaris Linnaeus; Tupper et al., 2014), perus-selvagens (Meleagris gallopavo Linnaeus; Werner et al., 2014a), calhandras-cornudas (Eremophila alpestris Linnaeus), quíscalos mexicanos (Quiscalus mexicanus Gmelin) e Corvos-americanos (Corvus brachyrhynchos Brehm; Werner et al., 2015).
[055] Relativamente poucos estudos, entretanto, têm avaliado antraquinona como um repelente mamífero. Santilli et al. (2005) descobriam que javalis (Sus scrofa Linnaeus) consumiram 86,5 % menos milho tratado com 0,64 % de antraquinona do que milho não tratado. Werner et al. (2011b) observaram 24 a 37 % de repelência em cães da pradaria de rabo preto (Cynomys ludovicianus Ord) oferecidos com sementes de milho tratadas com 0,5 a 4,0 % de antraquinona. Cowan et al. (2015) observaram uma aversão a iscas tratadas com antraquinona em ratos-pretos (Rattus rattus Linnaeus; 0,1 % e 0,25 % de antraquinona) e sariquês (Trichosurus vulpecula Kerr; 0,25 % de antraquinona), Em relação ao consumo de iscas de controle (0,01 a 0,03 % de canela, cenouras verdes), o consumo de iscas tratadas com antraquinona foi menor em ratos- castanhos (R. norvegicus Berkenhout; 0,04 % e 0,08 % de antraquinona) e não diferente em sariguês (T. vulpecula, 0,08 % de antraquinona; Clapperton et al, 2015). Embora Hansen et al. (2015) observaram que ratos-do-campo comuns fêmeas (M. arvalis Pallas) consumiram 47 % menos trigo tratado com 5 % de antraquinona e clorofórmio do que trigo tratado apenas com clorofórmio, Hansen et al, (2016) não descobriram nenhuma diferença no consumo de trigo tratado com 15% de antraquinona e clorofórmio em ratos-do-campo comuns machos e maior consumo de trigo tratado com 15 % de antraquinona e clorofórmio em ratos domésticos machos (Mus musculus Linnaeus) em relação ao trigo tratado apenas com clorofórmio.
[056] Investigação comparativa foi realizada sobre a resposta comportamental de roedores silvestres e coelhos a um repelente químico, e uma estratégia de aplicação eficaz para a proteção de recursos agrícolas comumente danificados por estes mamíferos silvestres foi desenvolvida. A investigação incluiu (1) avaliar experimentalmente a relação concentração-resposta de um repelente à base de antraquinona para ratos-do-campo californianos (M. californicus Peale), esquilos terrestres de Richardson (Urocitellus richardsonii Sabine), ratos veadeiros (P. maniculatus Wagner) e coelhos-de-cauda-de- algodão (S. audubonii Baird), e (2) desenvolver uma estratégia de aplicação de repelente explorando-se as respostas comportamentais de roedores silvestres e coelhos a repelentes à base de antraquinona e indicadores visuais associados. A investigação também incluiu a rejeição condicionada de indicadores visuais de UV subsequente à exposição a um repelente pós-ingestivo, UV em ratos-do- campo californianos.
[057] Quatro experimentos de alimentação de concentração-resposta foram conduzidos nas sedes do Centro de Pesquisa Nacional de Animais Selvagens (NWRC) em Fort Collins, Colorado (USA). 38 ratos-do-campo californianos foram capturados adjacentes a campos comerciais de alcachofra na Califórnia, USA, 28 esquilos terrestres de Richardson dentro de campos de alfafa em Montana, e 34 ratos veadeiros e 30 coelhos-de-cauda-de-algodão adjacentes a NWRC-Fort Collins usando permissões de Coleta Científica apropriadas. 8 a 10 sujeitos de teste por grupo de tratamento foram usados (Werner et al, 2009, 2011b) e assim 3 a 4 concentrações para cada uma das quatro espécies testadas com base na disponibilidade dos sujeitos de teste subsequente à captura com vida. A captura, cuidado e uso de todos os sujeitos de teste associados com cada experimento foram aprovados pelo Comitê de Cuidado e Uso de Animais da NWRC (Protocolos de Estudo da NWRC QA-2104, QA-2243, QA-2333; S.J. Werner-Study Director).
[058] Todos os sujeitos de teste foram oferecidos com uma dieta de manutenção por pelo menos uma semana antes de cada um dos experimentos de alimentação (isto é, quarentena, retenção). Para o propósito de investigar comparativamente a eficácia intra- e interespecífica de um repelente químico, todos os sujeitos de teste foram mantidos dentro de gaiolas individuais por todos os experimentos (quarentena, retenção, aclimatação, pré-teste, teste). ratos-do- campo californianos, esquilos terrestres de Richardson e coelhos-de-cauda-de- algodão foram mantidos dentro de gaiolas individuais visualmente isoladas (gaiolas de 23 x 41 x 18 cm para ratos-do-campo, 62 x 50 x 42 cm para esquilos terrestres, 62 x 50 x 42 cm para coelhos) em uma edificação de pesquisa interna de animais da NWRC. Ratos veadeiros foram mantidos dentro de gaiolas individuais (46 x 24x 19 cm) na instalação de pesquisa externa de animais da NWRC por todo o experimento para reduzir a exposição potencial de pesquisadores ao hantavírus. Acesso livre à água e enriquecimento ambiental foram fornecidos a todos os sujeitos de teste por todos os experimentos de alimentação.
[059] Um repelente à base de antraquinona (Avipel® Shield, ingrediente ativo: 9,10-antraquinona sintética; Arkion® Life Sciences, New Castle, DE, USA) foi usado para cada um dos experimentos (Werner et al., 2009, 2010, 2011a,b). Tratamentos de sementes para todos os experimentos de concentração- resposta foram formulados aplicando-se suspensões aquosas (100 ml/kg) à dieta de teste usando um misturador rotativo e equipamento de pulverização doméstica (Werner et al, 2014a). A dieta de teste para cada um dos experimentos de alimentação de concentração-resposta foi aveias integrais. Sem desejar estar vinculado, acredita-se que a repelência seja diretamente relacionada à concentração de repelente durante os experimentos de concentração-resposta. > 80 % de repelência foi operacionalmente definido como eficaz durante os experimentos de alimentação laboratoriais (Werner et al., 2009, 2011a., 2014a,b,c). Como tal, o consumo de tratamentos eficazes (isto é, repelência limiar) é < 20 % do consumo pré-teste médio durante os experimentos de concentração-resposta.
[060] Para cada grupo de teste, a medida dependente dos experimentos de concentração-resposta foi calculada como consumo de teste médio de dieta de teste tratada em relação ao consumo pré-teste médio de dieta de teste não tratada (isto é, porcentagem de repelência). A Unidade de Química Analítica da NWRC usou cromatografia líquida de alta performance para quantificar as concentrações de antraquinona reais (± 10 a 100 ppm de AQ) entre as dietas de teste tratadas com antraquinona (Werner et al, 2009, 2011a, 2014a,b,c, 2015). Um procedimento de regressão não linear foi usado (SAS v9.1) para analisar a porcentagem de repelência como uma função da concentração de antraquinona real (ppm). Quando relações não lineares foram observadas para repelência e concentração de repelente (α < 0,05), foi previsto que a concentração de antraquinona limiar necessitou obter 80 % de repelência alimentar. Estatísticas descritivas foram usadas (x ± S.E.M) para resumir a dosagem de antraquinona quanto à repelência limiar observada (mg de antraquinona/kg de massa corporal [MC]).
EXEMPLO 1 - EXPERIMENTO DE ALIMENTAÇÃO DE RATO-DO-CAMPO CALIFORNIANO
[061] Para o propósito de identificar um repelente químico eficaz para roedores silvestres, este experimento envolveu o teste de concentração- resposta do repelente à base de antraquinona com ratos-do-campo californianos em cativeiro. A dieta de manutenção para ratos-do-campo californianos incluiu iscas para roedores (LabDiet® 5001; Land O’Lakes, St. Louis, MO, USA) e fatias de maçã. Trinta e oito ratos-do-campo californianos (experimentalmente ingênuos) estavam disponíveis para este experimento de alimentação. Todos os ratos-do- campo foram aclimatizados dentro de gaiolas individuais por cinco dias (quarta- feira a domingo). Durante o período de aclimatação, uma tigela para alimentos que continha aveias não tratadas (à vontade) foi apresentada no lado norte de cada gaiola às 0800 h, diariamente.
[062] Durante os três dias subsequentes ao período de aclimatação (segunda-feira a quarta-feira), uma tigela (30,0 g de aveias não tratadas) foi apresentada no lado norte de cada gaiola às 0800 h, diariamente. O consumo diário de alimento (incluindo quantidade derramada e dessecação) foi medido (± 0,1 g) em aproximadamente 0800 h na terça-feira a quinta-feira. Ratos-do- campo foram classificados com base no consumo pré-teste médio e designados a um dos quatro grupos de teste na conclusão do pré-teste (n = 8 a 10 ratos-do- campo por grupo) tal que cada grupo fosse similarmente populado com ratos- do-campo que exibiram consumo diário alto-baixo (Werner et al., 2009, 2010, 2011a,b). Os tratamentos de teste entre os grupos (isto é, unidades experimentais) foram aleatoriamente designados.
[063] No dia subsequente ao pré-teste (quinta-feira), uma tigela (30,0 g de aveias tratadas com antraquinona) foi apresentada no lado norte de cada gaiola às 0800 h. Ratos-do-campo nos Grupos 1 a 4 receberam aveias integrais tratadas com 0,25 %, 0,5 %, 1,0 %, ou 2,0 % de antraquinona, respectivamente (concentrações alvos, p/p). O consumo diário de alimento (incluindo quantidade derramada e dessecação) foi medido em aproximadamente 0800 h na sexta- feira.
[064] Ratos-do-campo californianos expostos a aveias integrais tratadas com 0,25 a 2,0% de antraquinona exibiram 24 a 84% de repelência durante o experimento de concentração-resposta (Fig. 1). Concentrações de antraquinona reais de nossas aveias tratadas com antraquinona variaram de 2.050 a 18.300 ppm de antraquinona (Fig. 1). Assim, ratos-do-campo californianos exibiram 84% de repelência para aveias integrais tratadas com 18.300 ppm de antraquinona, ou 365,0 ± 103,1 mg de antraquinona/kg de MC (MC de rato-do-campo média = 38,1 g). A repelência de rato-do-campo (y) foi uma função da concentração de antraquinona (x): y = 26,828 ln(x) - 174,795 (r2 = 0,95, P = 0,0267). Uma concentração limiar de cerca de 13.400 ppm de antraquinona foi prevista para ratos-do-campo californianos oferecidos com aveias tratadas. Os resultados deste experimento de eficácia laboratorial sugerem que uma concentração limiar de 1,3 % de antraquinona (p/p) pode repelir eficazmente ratos-do-campo californianos do alimento tratado.
[065] Um outro experimento foi conduzido para ilustrar a repelência de um indicador de alimentação absorvente de UV subsequente à exposição de dois dias a um repelente pós-ingestivo absorvente de UV (isto é, 9,10-antraquinona) em um animal dicromático, o rato-do-campo californiano (Microtus californicus). Dezesseis ratos-do-campo californianos (ratos-do-campo) foram cada um oferecido com duas tigelas de aveias não tratadas por três dias. Ratos-do-campo foram classificados com base no consumo pré-teste médio e designados a um dos dois grupos de teste na conclusão do pré-teste (n = 8 ratos-do-campo por grupo de teste). Tratamentos de teste (isto é, expostos ao repelente, não expostos) depois foram aleatoriamente designados entre os grupos de teste.
[066] Durante o período de exposição de dois dias, ratos-do-campo no grupo não exposto foram oferecidos com aveias não tratadas em ambas as tigelas de alimento, diariamente. Para o propósito de estabelecer a associação cognitiva entre o alimento absorvente de UV e sua consequência pós-ingestiva negativa, ratos-do-campo no grupo exposto ao repelente foram oferecidos com aveias tratadas com 0,25 % de antraquinona (concentração alvo; p/p) em ambas as tigelas para alimentos, diariamente (Werner et al. 2008, 2012, 201,4a).
[067] Durante o teste de quatro dias, todos os ratos-do-campo foram oferecidos com uma tigela de aveias não tratadas e uma tigela de aveias tratadas com 0,2 % de um indicador de alimentação absorvente de UV (Werner et al. 2012, 2014a,b). As aveias tratadas com UV foram aleatoriamente colocadas no primeiro dia e posteriormente locais de tratamento alternados dentro de todas as gaiolas de teste, diariamente, por todo o teste. O consumo de aveia diário foi medido no dia subsequente a cada dia de teste.
[068] Um efeito de tratamento estatisticamente significante foi observado entre grupos de tratamento (isto é, interação do grupo-por- tratamento; P = 0,0146). Ratos-do-campo que foram expostos ao repelente pós- ingestivo absorvente de UV subsequentemente rejeitaram aveias absorventes de UV em relação às aveias não tratadas por todo o teste de quatro dias (isto é, 42% de repelência foram observados no grupo exposto ao repelente; P = 0,0109; Figura 5). Ao contrário, ratos-do-campo que não foram expostos ao repelente pós-ingestivo absorvente de UV consumiram quantidades similares de aveias não tratadas e aveias tratadas com o indicador de alimentação absorvente de UV durante o teste (isto é < 1% de repelência foi observado no grupo não exposto ao repelente, ou de controle; P = 0,3161; Figura 5). Assim, um animal dicromático respondeu comportamentalmente a um indicador de alimentação absorvente de UV.
[069] Estes dados demonstram que, na ausência de exposição pré-teste ao repelente, o consumo de alimento tratado com o indicador absorvente de UV não foi diferente daquele do alimento não tratado. Subsequente à exposição ao repelente pós-ingestivo absorvente de UV, entretanto, animais dicromáticos significantemente rejeitaram o indicador absorvente de UV durante o teste. Assim, usando-se agentes indicadores visuais que exibem características espectrais suficientemente similares ao tratamento com repelente previamente aplicado (por exemplo, ± 10 a 50 nm), a quantidade do agente repelente pode ser reduzida (ou ainda omitida; Exemplo 3) e ainda repelir eficazmente os animais dicromáticos. A sinergia observada neste Exemplo foi caracterizada por maior resposta comportamental à combinação de um indicador visual e um repelente em relação à resposta comportamental observada para o indicador visual sozinho (isto é, não em combinação com o repelente).
EXEMPLO 2 - EXPERIMENTO DE ALIMENTAÇÃO DE ESQUILO TERRESTRE DE RICHARDSON
[070] Este experimento envolveu o teste de concentração-resposta do repelente à base de antraquinona com esquilos terrestres de Richardson em cativeiro. A dieta de manutenção para esquilos terrestres de Richardson incluiu iscas para roedores (LabDiet® 5001; Land O’Lakes, St. Louis, MO, USA), fatias de maçã e cenouras. Os procedimentos de teste de nosso experimento de concentração-resposta prévio foram replicados com 28 esquilos terrestres de Richardson (experimentalmente ingênuos) dentro de gaiolas individuais (isto é aclimatação, pré-teste, teste). Os grupos de teste 1 a 3 (n = 9 a 10 esquilos terrestres por grupo) receberam aveias integrais tratadas com 0,5 %, 1,0 %, ou 2,0 % de antraquinona (concentrações alvo, p/p), respectivamente, durante o teste.
[071] 40 a 56% de repelência alimentar foram observados entre os esquilos terrestres de Richardson oferecidos com aveias integrais tratadas com concentrações alvos de 0,5 a 2,0% de antraquinona (Fig. 2). Concentrações de antraquinona reais a partir dos tratamentos de sementes de aveia variaram de 5.380 a 18.500 ppm de antraquinona (Fig. 2). A repelência do esquilo terrestre foi fracamente relacionada a concentrações de antraquinona reais (r2 = 0,95; P = 0,1458). 56 % de repelência foram observados para aveias integrais tratadas com 18.500 ppm de antraquinona em esquilos terrestres de Richardson.
[072] Um experimento adicional foi conduzido para ilustrar a repelência sinérgica de um repelente pós-ingestivo absorvente de UV (isto é, 9,10- antraquinona) combinado com um indicador de alimentação UV (por exemplo, dióxido de titânio) em animais dicromáticos, esquilos terrestres de Richardson (Urocitellus richardsonii) e ratos veadeiros (Peromyscus maniculatus). Até quarenta esquilos terrestres de Richardson (esquilos terrestres) e até quarenta ratos veadeiros (ratos) foram todos oferecidos com uma tigela de aveias não tratadas por três dias. Para cada experimento, sujeitos de teste foram classificados com base no consumo pré-teste médio e designados a um dos quatro grupos de teste na conclusão do pré-teste (n = 10 sujeitos de teste por grupo). Os tratamentos de teste foram então aleatoriamente designados entre os grupos de teste. Durante o teste de um dia, uma tigela de aveias tratadas com repelente foi oferecida a cada sujeito de teste. Os sujeitos de teste nos Grupos 1 a 4 receberam aveias tratadas com 0,05%, 0,1%, 0,25% ou 0,5% de antraquinona durante o teste (isto é, concentrações alvo; p/p). Os tratamentos de teste também incluíram 0,2% de um indicador de alimentação UV (por exemplo, dióxido de titânio). O consumo de aveia diário foi medido no dia subsequente ao teste.
[073] Esquilos terrestres exibiram 30 a 75% de repelência para aveias tratadas com 0,05 a 0,5% de antraquinona e 0,2% de um indicador de alimentação UV. Ratos exibiram 15 a 75 % de repelência para aveias tratadas com 0,05 a 0,5% de antraquinona e 0,2% de um indicador de alimentação UV. Repelência sinérgica foi observada para o alimento tratado com um repelente pós-ingestivo absorvente de UV e um indicador de alimentação UV em animais dicromáticos.
EXEMPLO 3 - EXPERIMENTO DE ALIMENTAÇÃO DE RATO VEADEIRO
[074] Este experimento envolveu o teste de concentração-resposta do repelente à base de antraquinona com ratos veadeiros em cativeiro. A dieta de manutenção para ratos veadeiros incluiu iscas para roedores (LabDiet® 5001; Land O’Lakes, St, Louis, MO, USA) e fatias de maçã. Os procedimentos de teste de nossos experimentos de concentração-resposta prévios foram replicados com 34 ratos veadeiros (experimentalmente ingênuos) dentro de gaiolas individuais (isto é aclimatação, pré-teste, teste). Os grupos de teste 1 a 4(n = 8 a 9 ratos por grupo) receberam aveias integrais tratadas com 0,25 %, 0,5 %, 1,0 %, ou 2,0 % de antraquinona (concentrações alvo, p/p), respectivamente, durante o teste.
[075] Ratos veadeiros expostos a aveias integrais tratadas com concentrações alvos de 0,25 a 2,0% de antraquinona exibiram 19 a 52% de repelência durante o experimento de concentração-resposta (Fig. 3). Concentrações de antraquinona reais de nossos tratamentos de sementes de aveia variaram de 2.820 a 19.900 ppm de antraquinona (Fig. 3). A repelência do rato veadeiro foi fracamente relacionada às concentrações de antraquinona reais (r2 = 0,89; P = 0,0580).
[076] 52% de repelência foram observados para aveias integrais tratadas com 10.800 ppm de antraquinona em ratos veadeiros.
EXEMPLO 4 - EXPERIMENTO DE ALIMENTAÇÃO DE COELHO-DE-CAUDA-DE- ALGODÃO
[077] Este experimento envolveu o teste de concentração-resposta do repelente à base de antraquinona com coelhos-de-cauda-de-algodão em cativeiro. A dieta de manutenção para coelhos-de-cauda-de-algodão incluiu Rabbit Chow® (Purina® Mills, St. Louis, MO, USA), fatias de maçã e feno de alfafa. Os procedimentos de teste de nossos experimentos de concentração-resposta prévios foram replicados com 30 coelhos-de-cauda-de-algodão (experimentalmente ingênuos) dentro de gaiolas individuais (isto é, aclimatação, pré-teste, teste). Os grupos de teste 1 a 3 (n = 10 coelhos por grupo) receberam aveias integrais tratadas com 0,5%, 1,0%, ou 2,0% de antraquinona (concentrações alvos, p/p), respectivamente, durante o teste.
[078] 68 a 85% de repelência alimentar foram observados entre os coelhos-de-cauda-de-algodão oferecidos com aveias integrais tratadas com concentrações alvo de 0,5 a 2,0% de antraquinona (Fig. 4). Concentrações de antraquinona reais de nossos tratamentos de sementes de aveia variaram de 4.790 a 19.600 ppm de antraquinona (Fig. 4). A repelência do coelho foi fracamente relacionada a concentrações de antraquinona reais (r2 = 0,99; P = 0,0757). 85 % de repelência alimentar foram observados, entretanto, entre os coelhos oferecidos com aveias integrais tratadas com 19.600 ppm de antraquinona. Assim, coelhos-de-cauda-de-algodão foram eficazmente repelidos de aveias integrais tratadas com uma concentração alvo de 2,0% de antraquinona (Fig. 4), ou 149,9 ± 28,1 mg de antraquinona/kg de MC (MC de coelho média = 0,8 kg).
[079] 85% de repelência foram observados para aveias integrais tratadas com 19.600 ppm de antraquinona em coelhos-de-cauda-de-algodão. Acredita- se que o teste de eficácia em campo de aplicações de repelente foliar para a proteção de mudas de árvores, arbustos, feno, soja e forragem de pastagem associado com danos causados por coelhos-de-cauda-de-algodão possa ser realizado com êxito. Experimentos de eficácia em campo podem incluir: (1) estratégias de aplicação que são especificamente desenvolvidas para proteger safras agrícolas da depredação por mamíferos; (2) replicatas em campo independente com dano por roedor ou coelho previsto; (3) taxas de aplicação variadas com base nas concentrações limiares espécie específicas, incluindo controles não tratados; (4) química analítica pré-colheita e em colheita; (5) medições de dano à safra; e (6) medições de rendimento da safra (Werner et al., 2011a).
[080] Um outro experimento foi conduzido para ilustrar a repelência de um repelente pós-ingestivo absorvente de UV (isto é, 9,10-antraquinona) em um animal dicromático, o coelho-de-cauda-de-algodão (Sylvilagus audubonii). Trinta coelhos-de-cauda-de-algodão (coelhos) foram cada um oferecidos com uma tigela de aveias não tratadas por três dias. Os coelhos foram classificados com base no consumo pré-teste médio e designados a um dos três grupos de teste na conclusão do pré-teste (n = 10 coelhos por grupo de teste). Tratamentos de teste depois foram aleatoriamente designados entre os grupos de teste. Durante o teste de um dia, uma tigela de aveias tratadas com repelente foi oferecida a cada sujeito de teste. Os coelhos nos Grupos 1 a 3 receberam aveias tratadas com 0,5 %, 1 % ou 2 % de antraquinona durante o teste (isto é, concentrações alvos; p/p). O consumo de aveia diário foi medido no dia subsequente ao teste.
[081] Coelhos exibiram 68%, 75% e 85% de repelência para aveias tratadas com 4.790 ppm, 10.300 ppm e 19.600 ppm de antraquinona, respectivamente (concentrações reais determinadas por intermédio de cromatografia líquida de alta performance; Figura 4). Assim, similar às aves tetracromáticas com cones retinianos que são maximamente sensíveis a comprimentos de onda em UV (Werner et al, 2009, 2011, 2014a,b), um animal dicromático exibiu repelência eficaz para o alimento tratado com um repelente pós-ingestivo absorvente de UV.
[082] Um outro experimento foi conduzido para ilustrar a repelência sinérgica de um repelente pós-ingestivo absorvente de UV (isto é, 9,10- antraquinona) combinado com um indicador de alimentação UV (por exemplo, dióxido de titânio) em um animal dicromático, o coelho-de-cauda-de-algodão (Sylvilagus audubonii). Trinta coelhos-de-cauda-de-algodão (coelhos) foram cada um oferecidos com uma tigela de aveias não tratadas por três dias. Para o primeiro e segundo experimentos, os sujeitos de teste foram classificados com base no consumo pré-teste médio e designados a um de três e um de quatro grupos de teste na conclusão do pré-teste, respectivamente. Tratamentos de teste foram então aleatoriamente designados entre os grupos de teste. Durante o teste de um dia, uma tigela de aveias tratadas com repelente foi oferecida a cada sujeito de teste. Para o primeiro experimento, sujeitos de teste receberam aveias tratadas com 0,5%, 1% ou 2% de antraquinona e 0,2% de um indicador de alimentação UV (dióxido de titânio) durante o teste (isto é, concentrações alvo; p/p). Para o segundo experimento, os Grupos 1 & 2 receberam aveias tratadas com 0,1% ou 0,25% de antraquinona durante o teste (isto é, concentrações alvo; p/p); os Grupos 3 & 4 receberam aveias tratadas com 0,1% ou 0,25% de antraquinona e 0,2% do indicador de alimentação UV. O consumo de aveia diário foi medido no dia subsequente aos testes para cada um dos Experimentos 1 & 2.
[083] Em relação ao experimento 1 anterior, os coelhos no experimento prévio exibiram até 3% mais de repelência para aveias tratadas com 0,5 a 2% de antraquinona e 0,2% de um indicador de alimentação UV. Em relação à repelência de aveias tratadas apenas com o repelente com antraquinona, coelhos no experimento mais tardio exibiram até 5% mais de repelência para aveias tratadas com uma combinação de 0,1 a 0,25% de antraquinona e o indicador de alimentação UV.
[084] Uma repelência sinérgica foi observada para o alimento tratado com um repelente pós-ingestivo absorvente de UV e um indicador de alimentação UV em animais dicromáticos. A sinergia observada neste Exemplo foi caracterizada por resposta comportamental maior para a combinação de um indicador visual e um repelente em relação à resposta comportamental observada para o repelente sozinho (isto é, não em combinação com o indicador visual).
EXEMPLO 5 - EXPERIMENTO DE REJEIÇÃO CONDICIONADA COM INDICADOR DE ALIMENTAÇÃO ULTRAVIOLETA
[085] Diferente da maioria de aves testadas (Aidala et al., 2012, Bennett e Cuthill, 1994 e Cuthill et al., 2000), a maioria dos mamíferos testados não exibe visão em UV (Honkavaara et al., 2002, Hut et al., 2000, Jacobs, 1992, Jacobs e Yolton, 1971, Jacobs et al., 1991 e Tovee, 1995). Repelentes à base de antraquinona fornecem as consequências pós-ingestivas negativas e um indicador de alimentação UV relevante necessário para condicionar rejeição de alimento tratado com UV (Werner et al, 2012, 2014a). A rejeição condicionada de alimento tratado com UV subsequente ao condicionamento com antraquinona foi testada em ratos-do-campo californianos. Os tratamentos de sementes para o experimento de rejeição condicionada foram formulados aplicando-se suspensões aquosas (60 ml/kg) à dieta de teste usando um misturador rotativo e equipamento de pulverização doméstica (Werner et al, 2012, 2014b).
[086] Dezesseis ratos-do-campo californianos (experimentalmente ingênuos) foram usados para este experimento de alimentação. A dieta de manutenção (fatias de maçã e LabDiet® 5001, Land O’Lakes St. Louis, MO, USA) e água foi novamente fornecida a todos os ratos-do-campo dentro de gaiolas individuais, diariamente. O repelente à base de antraquinona (Avipel® Shield; Arkion® Life Sciences, New Castle, DE, USA) e um indicador de alimentação de dióxido de titânio (Aeroxide 125; Acros Organics, Fair Lawn, NJ, U.S.A.) foram usados para o experimento de alimentação condicionada à rejeição (Werner et al., 2012, 2014a,b). Um espectrofotômetro GenesysTM 2, 336002 (Thermo Spectronic US, Rochester, NY, USA) foi previamente usado para determinar que tanto o repelente à base de antraquinona quanto o indicador de alimentação de dióxido de titânio absorvem comprimentos de onda próximos do UV (Werner et al., 2012),
[087] Todos os ratos-do-campo foram aclimatizados dentro de gaiolas individuais por cinco dias (quarta-feira a domingo; Semana 1). Duas tigelas para alimentos (lado oriental e ocidental de cada gaiola) de aveias não adulteradas foram fornecidas por todo o período de aclimatação. Duas tigelas para alimentos (aveias não adulteradas nos lados oriental e ocidental da gaiola) foram apresentadas aproximadamente às 0800 h, diariamente por dois dias subsequente à aclimatação (segunda-feira e terça-feira; Semana 2). As gaiolas foram classificadas com base no consumo pré-teste, gaiolas designadas para um de dois grupos, e tratamentos aleatoriamente designados entre os grupos na conclusão do pré-teste.
[088] Duas tigelas para alimentos (lado oriental e ocidental da gaiola) foram apresentadas aproximadamente às 0800 h, diariamente por dois dias subsequente ao pré-teste (quarta-feira e quinta-feira; Semana 2). Para o propósito de condicionamento comportamental com o repelente pós-ingestivo absorvente de UV, todos os ratos-do-campo no grupo condicionado (Grupo 1; n = 8) foram expostos a aveias tratadas com 0,25 % de antraquinona (concentração alvo, p/p) em ambas as tigelas para alimentos. Todos os ratos-do-campo no grupo não condicionado (Grupo 2; n = 8) foram expostos a aveias não adulteradas em ambas as tigelas para alimentos. Duas tigelas para alimentos foram apresentadas da dieta de manutenção de aproximadamente 0930 h na sexta-feira (Semana 2) até 0800 h na segunda-feira (Semana 3) a todos os sujeitos de teste.
[089] Duas tigelas para alimentos foram apresentadas aproximadamente às 0800 h, diariamente por quatro dias de teste (segunda-feira a quinta-feira; Semana 3). Para o propósito de teste de preferência com o indicador de alimentação absorvente de UV subsequente ao condicionamento comportamental, os Grupos 1 e 2 receberam aveias tratadas com 0,2 % do indicador UV em uma tigela, e aveias não tratadas na tigela alternada, diariamente. Aveias tratadas com UV foram aleatoriamente localizadas no primeiro dia de teste (isto é, lado oriental ou ocidental da gaiola) e posteriormente alternadas diariamente por todo o teste tal que aveias tratadas com UV e não tratadas foram todas oferecidas duas vezes no lado oriental e ocidental de cada gaiola. O consumo de aveia foi individualmente medido nas tigelas orientais ou ocidentais para alimentos em cada gaiola por todo o teste (isto é, aproximadamente 0800 h, terça-feira a sexta-feira; Semana 3),
[090] A medida dependente do experimento condicionado à rejeição foi o consumo de teste médio (isto é, diariamente) de alimento tratado ou não tratado. Depois de conduzir o teste de Levene para variâncias iguais (α = 0,05) e afirmativamente inspecionando a normalidade dos resíduos, dados de consumo foram submetidos a uma análise de variância de Welch. A interação grupo-por- tratamento foi analisada usando um modelo linear geral (SAS v9.1). Comparações múltiplas de Tukey-Kramer foram usadas para separar as médias da interação significativa (α = 0,05). Estatísticas descritivas (x ± S.E.M.) foram usadas para resumir o consumo de alimento tratado ou não tratado por todo o experimento condicionado à rejeição,
[091] Os dois grupos de teste consumiram quantidades diferentes de alimento tratado com UV ou não tratado durante o teste de quatro dias (F3,67 = 4,48, P = 0,0063). Em relação ao consumo de aveias não tratadas, ratos-do- campo condicionados com o repelente pós-ingestivo absorvente de UV consumiram menos aveias tratadas apenas com o indicador absorvente de UV por todo o teste (isto é, condicionado com repelente, Fig. 5). O grupo condicionado com repelente consumiu uma média de 1,6 ± 0,3 g de aveias integrais tratadas com UV e 2,7 ± 0,3 g de aveias não tratadas por dia, por todo o teste (Tukey-Kramer P = 0,0109).
[092] Ao contrário, ratos-do-campo não condicionados consumiram quantidades similares de aveias tratadas com UV e aveias não tratadas por todo o teste (Fig. 5). O grupo não condicionado consumiu uma média de 2,0 ± 0,3 g de aveias integrais tratadas com UV e 2,6 ± 0,2 g de aveias não tratadas por dia, por todo o teste (Tukey-Kramer P = 0,3161). Assim, sem condicionamento prévio com o repelente pós-ingestivo absorvente de UV, o indicador absorvente de UV não foi por si só aversivo para ratos-do-campo californianos. Além disso, embora ratos-do-campo californianos não sejam maximamente sensíveis a comprimentos de onda UV, ratos-do-campo condicionados com o repelente pós- ingestivo absorvente de UV subsequentemente consumiram menos alimento tratado apenas com o indicador absorvente de UV.
[093] Porque ratos-do-campo californianos consumiram menos da dieta de teste tratada apenas com o indicador de alimentação absorvente de UV subsequente ao condicionamento com o repelente pós-ingestivo, absorvente de UV (isto é, em relação ao grupo de controle não condicionado; Fig. 5), nós observamos especificidade em consequência do indicador (Domjan, 1985) para um indicador visual UV e um repelente pós-ingestivo em um roedor dicromático. Assim, similares a melros (Werner e Provenza, 2011), ratos-do-campo californianos associam cognitivamente consequências pré- e pós-ingestivas com indicadores visuais, e integram com segurança experiência visual e gustativa com consequências pós-ingestivas para obter nutrientes e evitar toxinas. Estes indicadores visuais incluem indicadores absorventes de UV e refletivos de UV para o comportamento alimentar mamífero. As respostas comportamentais deste estudo podem ser exploradas como uma estratégia de aplicação de repelente para a proteção de recursos agrícolas. Esta estratégia de aplicação compreende um repelente pós-ingestivo e um indicador de alimentação com características visuais suficientemente similares ao repelente tal que a concentração de repelente possa ser diminuída (isto é, para incluir 0 % do repelente químico subsequente à exposição ao repelente, Fig. 5) embora mantendo ou sinergicamente aumentando a eficácia do repelente (Werner et al., 2014b).
[094] A estratégia de aplicação de repelente descrita aqui (isto é, repelente pós-ingestivo, indicador visual de UV e associado a UV) tem implicações para vários roedores silvestres e coelhos. Embora a função de sensibilidade espectral atinja o máximo em 520 nm em esquilos terrestres californianos (isto é, pigmentos visuais VS; Otospermophilus beecheyi; Anderson e Jacobs, 1972), o cristalino de esquilos terrestres mexicanos (Ictidomys mexicanus) exibe Àmax de 265 a 370 nm (isto é, pigmentos visuais UVS; Cooper e Robson, 1969). Em esquilos terrestres de Richardson, 50 % de iluminação incidente são transmitidos em 462 nm e 0,6 % de luz de 315 a 400 nm é transmitido pelo cristalino (Douglas e Jeffrey, 2014). Embora cones sensíveis a ondas curtas (S) constituam apenas 5 a 15 % dos cones em ratos veadeiros, o sequenciamento parcial do gene opsina S sugeriu sensibilidade UV do pigmento visual de cone S (Arbrogast et al., 2013). Em ratos domésticos, 50 % da iluminação incidente são transmitidos em 313 a 337 nm e 81,7 % da luz de 315 400 nm é transmitido pelo cristalino (Douglas e Jeffrey, 2014). A transmitância óptica máxima (isto é, 94 a 96 %) em coelhos albinos foi encontrada entre 630 e 730 nm; a transmitância diminuiu para 50 % em 400 nm e < 1 % em 380 nm (Algvere et al., 1993). Em coelhos (Oryctolagus cuniculus Linnaeus), 50 % da iluminação incidente são transmitidos em 392 nm e 12,7 % da luz de 315 a 400 nm é transmitido pelo cristalino (Douglas e Jeffrey, 2014). Com base no teste aqui, o desenvolvimento comercial (por exemplo, precificação de formulações otimizadas) de uma estratégia de aplicação de repelente compreendendo um repelente pós-ingestivo UV e um indicador de alimentação UV associado pode ser realizado para roedores silvestres e coelhos.
[095] 52 a 56% de repelência alimentar foram observados para aveias integrais tratadas com 10.800 ppm de antraquinona ou 18.500 ppm de antraquinona em ratos e esquilos, e 84 a 85 % de repelência para aveias tratadas com 18.300 ppm de antraquinona ou 19.600 ppm de antraquinona em ratos-do- campo e coelhos, respectivamente. Variação considerável interespécies foi observada no comportamento alimentar destes mamíferos silvestres oferecidos com alimento tratado com o repelente à base de antraquinona. Similarmente, foi prevista uma concentração limiar de 1.450 a 1.475 ppm de antraquinona para gansos canadenses e tordos-sargentos, 5.200 ppm de antraquinona para corvos- americanos, 9.200 ppm de antraquinona para quíscalos comuns (Quiscalus quiscula Linnaeus) e 10.450 ppm de antraquinona para faisões-comuns (Werner et al, 2009, 2011a, 2015). Assim, a repelência por antraquinona não é inversamente proporcional à massa corporal do animal alvo e variação interespecífica considerável existe para antraquinona entre os mamíferos e aves testados. Eficácia espécie específica pode ser necessária e as quantidades de tratamento determinadas para cada animal alvo adicional sob condições laboratoriais e em campo.
[096] Em relação aos sujeitos de teste não condicionados, ratos-do- campo condicionados com o repelente pós-ingestivo UV subsequentemente rejeitaram aveias integrais tratadas apenas com um indicador de UV. Similarmente, tordos-sargentos condicionados com o repelente pós-ingestivo UV subsequentemente rejeitaram alimento tratado com UV em relação aos tordos não condicionados (Werner et al. 2012). Esta estratégia com ultravioleta para aplicação de repelentes foi recentemente desenvolvida para aves selvagens associadas com a depredação de safra agrícola (Werner, 2015). Em relação à repelência de alimento tratado apenas com o repelente à base de antraquinona, repelência sinérgica (isto é 45 a 115 % de aumento) foi observada quando 0,2% do indicador de alimentação UV foi combinado com 0,02% ou 0,035% de antraquinona (p/p; Werner et al., 2014b). Esta estratégia com ultravioleta para aplicação de repelentes é aplicável para o manejo de danos causados por roedores silvestres e coelhos à agricultura vegetal e animal.
[097] Entre os mamíferos silvestres que nós experimentalmente oferecemos alimento tratado com 0,25 a 2% de antraquinona (p/p), a eficácia classificada de repelentes à base de antraquinona na ordem de repelência alta- baixa estavam os coelhos-de-cauda-de-algodão (68 a 85% de repelência), ratos- do-campo californianos (24 a 84% de repelência), esquilos terrestres de Richardson (40 a 56% de repelência), ratos veadeiros (19 a 52% de repelência) e cães da pradaria de rabo preto (24 a 37% de repelência; Werner et al., 2011b). Interessantemente, a transmitância de comprimentos de onda UVA (315 a 400 nm) através do meio ocular foi estimada como sendo 13 %, 0,6 % e 0 % em coelhos europeus (Oryctolagus cuniculus Linnaeus), esquilos terrestres de Richardson e cães da pradaria de rabo preto, respectivamente (Douglas e Jeffery, 2014). Assim, a eficácia deste repelente pós-ingestivo UV é diretamente proporcional à transmitância conhecida de comprimentos de onda UVA nestes mamíferos silvestres. O desenvolvimento de estratégias de aplicação de repelente UV, não letais para mamíferos silvestres associadas com conflitos entre seres humanos e vida selvagem pode ser realizado.
[098] Porque sucesso inconsistente foi observado entre experiências de repelente para roedor conduzidas sob condições laboratoriais e em campo, uma progressão de experimentos de eficácia (isto é, estudos em gaiola, depois terreno cercado, depois campo) foi recomendada para a medição segura de repelência e o desenvolvimento bem-sucedido de repelentes não letais para animais selvagens (Hansen et al., 2016b). Experimentos em campo cercado podem ser realizados para avaliar adicionalmente repelentes à base de antraquinona e estratégias de aplicação com ultravioleta. Os resultados dos presentes experimentos podem possibilitar o projeto de experimentos de eficácia em campo suplementares e o desenvolvimento de repelentes não letais para roedores silvestres, coelhos e outros animais selvagens associados com conflitos entre seres humanos e vida selvagem.
[099] Os experimentos contidos aqui fornecem uma nova investigação de um repelente à base de antraquinona e indicadores visuais relacionados para roedores silvestres e coelhos associados com danos a recursos agrícolas. 52 a 56% de repelência alimentar foram observados para aveias integrais tratadas com 10.800 ppm de antraquinona ou 18.500 ppm de antraquinona em ratos veadeiros e esquilos de Richardson, e 84 a 85% de repelência para aveias tratadas com 18.300 ppm de antraquinona ou 19.600 ppm de antraquinona em ratos-do-campo californianos e coelhos-de-cauda-de-algodão, respectivamente. Em relação aos sujeitos de teste não condicionados, ratos-do-campo condicionados com o repelente pós-ingestivo UV subsequentemente rejeitaram aveias integrais tratadas apenas com um indicador de UV. Assim, ratos-do- campo californianos associam cognitivamente consequências pré- e pós- ingestivas com indicadores visuais, e integram com segurança experiência visual e gustativa com consequências pós-ingestivas para obter nutrientes e evitar toxinas. Estas respostas comportamentais a repelentes à base de antraquinona e indicadores de alimentação UV são descritas aqui como uma estratégia de aplicação de repelente (ou método) para o manejo não letal de depredação agrícola causada por mamíferos silvestres. Estes métodos podem compreender um repelente pós-ingestivo e um indicador de alimentação com características visuais suficientemente similares ao repelente tal que a concentração de repelente possa ser diminuída embora mantendo ou aumentando a eficácia do repelente.
EXEMPLO 6
[0100] Três experimentos adicionais foram realizados para ilustrar a atratividade de formulações de isca incluindo um indicador de alimentação UV em animais dicromáticos, coelhos-de-cauda-de-algodão (Sylvilagus audubonii), esquilos terrestres de Richardson (Urocitellus richardsonii) e ratos veadeiros (Peromyscus maniculatus). Para cada experimento, até quarenta sujeitos de teste foram cada um oferecido com uma tigela de aveias não tratadas por três dias. Os sujeitos de teste foram classificados com base no consumo pré-teste médio e designados a um dos quatro grupos de teste na conclusão do pré-teste (n = 10 sujeitos de teste por grupo). Tratamentos de teste depois foram aleatoriamente designados entre os grupos de teste. Durante o teste de um dia, uma tigela de aveias tratadas com atraente foi oferecida a cada sujeito de teste. Os sujeitos de teste nos Grupos 1 a 4 receberam aveias tratadas topicamente com um atraente (por exemplo, flavorizante de maçã, melaço ou amendoim) e 0, 0,7, 0,14 ou 0,2% de um indicador de alimentação UV (por exemplo, dióxido de titânio). O consumo de aveia diário foi medido no dia subsequente ao teste.
[0101] Em relação ao consumo pré-teste de aveias não tratadas, coelhos, esquilos terrestres e ratos exibiram 40 a 85% mais de consumo de tratamentos de teste incluindo 0 a 0,2% do indicador de alimentação UV. Uma atração sinérgica foi observada para o alimento tratado com um atraente e um indicador de alimentação UV em animais dicromáticos.
EXEMPLO 7
[0102] A formulação de 9,10-antraquinona abaixo, que é eficaz para animais dicromáticos quando aplicada às superfícies nas taxas apresentadas neste pedido, é adequada para aplicação a qualquer superfície sólida ou vegetal: AQ <0 ,5 % ou >10% Indicador visual 0,1 a 50% Água 25 a 35% Polietileno Glicol 2 a 3% Tensoativos 1 a 3% Espessantes (1 a 3%)
EXEMPLO 8
[0103] A Tabela 1 ilustra a resposta comportamental diminuída (profética) a uma formulação de repelente incluindo um agente repelente de comprimento de onda específico mais um agente indicador visual de comprimento de onda específico em animais dicromáticos, o coelho-de-cauda-de-algodão (Sylvilagus spp., CORA), rato veadeiro (Peromyscus spp., DEMI), camundongo doméstico (Mus spp., HOMI) e esquilo terrestre de Richardson (Urocitellus richardsonii, RGS), Tabela 1: Resposta comportamental diminuída a uma formulação de repelente incluindo um agente repelente de comprimento de onda específico mais um agente indicador visual de comprimento de onda específico em animais dicromáticos
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EXEMPLO 9
[0104] A Tabela 2 ilustra a resposta comportamental aumentada (profética) a uma formulação de atraente incluindo um agente atraente de comprimento de onda específico mais um agente indicador visual de comprimento de onda específico em animais dicromáticos, o coelho-de-cauda- de-algodão (Sylvilagus spp.), rato veadeiro (Peromyscus spp.), camundongo doméstico (Mus spp.) e esquilo terrestre de Richardson (Urocitellus richardsonii). Tabela 2: Resposta comportamental aumentada a uma formulação de atraente incluindo um agente repelente de comprimento de onda específico mais um agente indicador visual de comprimento de onda específico em animais dicromáticos
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Claims (7)

1. Método para mudar a resposta comportamental de um animal dicromático associada com um alvo, caracterizado pelo fato de que compreende: fornecer uma composição compreendendo um agente indicador visual de comprimento de onda específico e um agente repelente em que o agente indicador visual de comprimento de onda específico tem características espectrais suficientemente similares às características espectrais do agente repelente e em que as características espectrais do agente indicador visual de comprimento de onda específico e do agente repelente caem fora das faixas dentro das quais o dito animal dicromático é maximamente sensível de modo que o agente indicador visual de comprimento de onda específico e o agente repelente não são visivelmente reconhecidos pelo dito animal dicromático; aplicar a dita composição ao dito alvo, apresentar o dito alvo ao dito animal dicromático, por meio do qual a dita resposta comportamental do animal dicromático associada com o dito alvo é alterada em um nível 5% maior quando o dito animal dicromático é apresentado com uma combinação do dito agente indicador visual de comprimento de onda específico e o dito agente repelente do que quando apresentado com apenas um do dito agente indicador visual de comprimento de onda específico ou o dito agente repelente; e em que o dito agente indicador visual de comprimento de onda específico e o agente repelente, cada, exibe uma absorbância, reflectância ou refração em UV ou IR em uma faixa de comprimento de onda de 100 - 400 nm ou maior do que 700 nm.
2. Método para mudar a resposta comportamental de um animal dicromático associada com um alvo, caracterizado pelo fato de ser por intermédio de uma aplicação repelente selecionada do grupo consistindo em: a. uma aplicação inicial de um agente repelente ao dito alvo, e uma ou mais aplicações subsequentes ao dito alvo de um agente indicador visual de comprimento de onda específico em combinação com a mesma quantidade ou uma quantidade reduzida do agente repelente; ou b. uma aplicação inicial de um agente repelente ao dito alvo, e uma ou mais aplicações subsequentes ao dito alvo de um agente indicador visual de comprimento de onda específico; ou c. uma ou mais aplicações concorrentes de um agente repelente e um agente indicador visual de comprimento de onda específico; em que o dito agente indicador visual de comprimento de onda específico e o agente repelente, cada, exibe uma absorbância, reflectância ou refração em UV ou IR em uma faixa de comprimento de onda de 100 - 400 nm ou maior do que 700 nm; e por meio do qual a dita resposta comportamental do animal dicromático associada com o dito alvo é alterada em um nível 5% maior quando o dito animal dicromático é apresentado com uma combinação do dito agente indicador visual de comprimento de onda específico e o dito agente repelente do que quando apresentado com apenas um do dito agente indicador visual de comprimento de onda específico ou o dito agente repelente.
3. Método de acordo com a reivindicação 1 ou 2, caracterizado pelo fato de que os ditos animais dicromáticos são aqueles animais que usam apenas dois tipos distintos de fotorreceptores para percepção de cor.
4. Método de acordo com a reivindicação 1 ou 2, caracterizado pelo fato de que os ditos alvos compreendem estruturas, campos ou safras agrícolas, sementes, mudas, pomares, vinhas, ração para animais, fertilizantes, pesticidas, iscas para animais ou insetos, ou combinações destes.
5. Método de acordo com a reivindicação 4, caracterizado pelo fato de que as ditas safras compreendem milho, fruta, grãos, gramíneas, legumes, alface, painço, aveias, arroz, cultivos em faixas, sorgo, girassol, frutos secos, turfa, vegetais ou trigo.
6. Método de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que o dito agente repelente é selecionado do grupo consistindo em antraquinonas, flutolanil, antranilatos, metiocarb, cafeína, clorpirifos, cialotrina, acetato de metilfenila, acetato de etilfenila, o-amino acerofenona, 2-amino-4,5-dimetil ecetofenona, veratroil amina, aldeído cinâmico, ácido cinâmico, cinamida, e combinações destes.
7. Método de acordo com a reivindicação 1 ou 2, caracterizado pelo fato de que o dito agente indicador visual é selecionado do grupo consistindo em materiais absorventes em UV, materiais absorventes em IR, materiais refletivos em UV, materiais refletivos em IR, materiais refrativos em UV, materiais refrativos em IR, materiais humanamente visíveis, materiais de infravermelho, e combinações destes.
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