BR112018011498B1 - Dispositivo de conexão para o uso na terapia por pressão negativa de feridas - Google Patents

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Abstract

DISPOSITIVO DE CONEXÃO PARA O USO NA TERAPIA POR PRESSÃO NEGATIVA DE FERIDAS. A invenção refere-se a um dispositivo de conexão (2) para uso em terapia de ferida por pressão negativa, com um meio condutor flexível (6) e com um corpo de conexão (4) de um material flexível elastomérico, que pode ser aplicado sobre um curativo por pressão negativa que cobre a ferida e a fecha hermeticamente em relação à atmosfera, em que o corpo de conexão (4) apresenta uma primeira área disposta centralmente levantada (8) que aloja o meio condutor (6), e uma segunda área (10) em formato de rebordo mais plana em relação à primeira área, que forma um plano de colocação (12) junto ao curativo por pressão negativa, em que, em uma extremidade livre do lúmen de alimentação (42) que desemboca na primeira área central do meio condutor (6), se conecta um segmento condutor (46) fechado por todos os lados, formado pela primeira área central, o qual desemboca somente em uma extremidade distal em um espaço interno (16) da primeira área central (8) e de lá fica em comunicação fluídica com o lúmen de sucção (40) do meio condutor (6), caracterizado pelo fato de que a primeira área central (8) apresenta uma única abertura (20) contígua e que desemboca no plano de colocação (...).

Description

[0001] A invenção refere-se a um dispositivo de conexão para o uso na terapia por pressão negativa de feridas, com um meio condutor flexível que pode ser sujeito a pressão negativa e meios fluidos, com pelo menos dois lúmens e com um corpo conector conectado de modo não removível ao meio condutor, sendo que pelo menos um lúmen como é previsto como lúmen de sucção para ser sujeito a pressão negativa e pelo menos um lúmen como lúmen de alimentação para a condução de um meio fluido, sendo que o corpo de conexão é feito de um material flexível elastomérico e pode ser aplicado a um curativo por pressão negativa que sobre a ferida e a fecha hermeticamente em relação à atmosfera, sendo que o meio condutor se comunica durante o estado de funcionamento do dispositivo de conexão, através do corpo de conexão e através de pelo menos uma abertura no curativo por pressão negativa, com o espaço da ferida, sendo que o corpo de conexão apresenta uma primeira área disposta centralmente levantada, que aloja o meio condutor, e uma segunda área em formato de flange mais plana, oposta à primeira área, e que se estende em uma direção circunferencial em torno da primeira área, que forma um plano de colocação e por meio do qual o corpo de conexão é aplicável de modo plano contra um lado superior afastado da ferida, do curativo por pressão negativa, diretamente ou sob interposição de agente promotor de adesão e fixável hermeticamente, sendo que em uma extremidade livre do lúmen de alimentação que desemboca na primeira área central do meio condutor se acopla um primeiro segmento condutor formado pela primeira área central, fechado por todos os lados, o qual desemboca junto a uma extremidade distal, em um compartimento interno da primeira área central e que de lá fica em comunicação fluídica com o lúmen de sucção do meio condutor.
[0002] No passado recente, o tratamento por pressão negativa de feridas, especialmente de feridas profundas e por essa razão a priori difíceis de serem tratadas, vem alcançado cada vez mais importância. Neste caso, o tratamento por pressão negativa significa que uma área corporal ou de ferida exposta em si à atmosfera circundante é fechada por um curativo à prova de pressão ou à prova de pressão negativa contra o meio circundante, ou seja, a atmosfera na qual nós vivemos e respiramos, sendo que dentro da área da ferida fechada é aplicada uma pressão reduzida em relação à pressão atmosférica, consequentemente, portanto pressão negativa relativa à atmosfera e é mantida constante ou intermitente. Quando a pressão negativa é mencionada no campo em discussão, isto é entendido como uma faixa de pressão que se situa tipicamente entre 0 e 250 mmHg (mm de mercúrio) abaixo da pressão atmosférica ambiente. Tem sido demonstrado que isso é benéfico para a cicatrização de feridas. Para o fechamento estanque á pressão negativa da ferida, é previsto um curativo por pressão negativa, que pode compreender, por exemplo, uma camada de película hermética à pressão ou à pressão negativa, que é tipicamente colada a uma área do corpo intacta em redor da ferida, de modo a ser conseguida um fechamento hermético. A fim de introduzir uma pressão negativa no espaço da ferida a partir de um dispositivo gerador de pressão negativa, ou seja de uma bomba de pressão negativa no sentido mais amplo, e mantê-la ali, podem ser empregados no caso de sistemas em questão, para terapia por pressão negativa de feridas, meios condutores que podem ser sujeitos a pressão negativa, que interagem por meio de um dispositivo de conexão com o curativo por pressão negativa, a fim de aplicar pressão negativa junto ao ou no espaço da ferida.
[0003] Um dispositivo de conexão do tipo inicialmente referido é conhecido a partir de DE 10 2012 214 178 A1. No entanto, os dispositivos de conexão foram propostos em larga escala nos últimos anos. No caso do projeto de tais dispositivos de conexão, existe um conflito de interesse em fazer o dispositivo de conexão, por um lado, de um material maleável flexível para fornecer um alto grau de conforto, mas por outro lado assegurar que sob todas as condições operacionais e cargas o dispositivo de conexão e seu lúmen condutor de pressão negativa e de meios não sejam comprimidos de tal maneira seja essa comunicação, ou seja, um fornecimento e remoção de fluidos, não funcione mais como pretendido. A este respeito, foram propostas modalidades nas quais o dispositivo de conexão se estabelece tridimensionalmente acima do plano de colocação, o que reduz grandemente o risco de empurrar os lúmens e, assim, de enfraquecimento do funcionamento do dispositivo de conexão, uma vez que podem ser previstas paredes de reforço. Por outro lado, isso está associado a uma redução significativa no conforto de uso. Em outros dispositivos de conexão muito planos, um espaço interno do dispositivo de conexão tinha de ser muito limitado espacialmente, ou tinham de ser previstos numerosos elementos de suporte na forma de saliências e nervuras no espaço interno, que se estendiam entre uma parede voltada para a ferida e uma parede afastada da ferida do dispositivo de conexão. Consequentemente, aberturas múltiplas, mas relativamente pequenas, são previstas na parede voltada para as feridas do corpo de conexão para se comunicar com o espaço da ferida.
[0004] A presente invenção tem por objetivo melhorar ainda mais um dispositivo de conexão do tipo mencionado inicialmente em que uma comunicação por pressão negativa é garantida seguramente mesmo em condições difíceis, em que o risco de entupimento das aberturas de entrada ou do espaço interno do dispositivo de conexão não é aumentado, mas sim reduzido.
[0005] Este objetivo é conseguido de acordo com a invenção em um dispositivo de conexão do tipo mencionado inicialmente, pelo fato de que a primeira área central apresenta uma única abertura que desemboca na direção do curativo por pressão negativa, no plano de colocação e se interliga, a qual conecta o espaço interno da primeira área central com pelo menos uma abertura no curativo por pressão negativa, de modo que através dessa abertura que se interliga, pelo menos um lúmen de sucção se comunica com o espaço de ferida, e de que prolongamentos em peça única de extremidades livres e que se estendem para o plano de colocação, se projetam nessa abertura contígua com a primeira área, os quais formam um meio de prevenção contra penetração de materiais de curativos ou de compressas de feridas aspirados para fora do espaço da ferida.
[0006] De preferência, o corpo de conexão incluindo os prolongamentos formados em peça única com ele e que se projetam para dentro da abertura contígua e, de preferência, também os meios condutores são feitos de PVC. PVC em investigações da depositante constitui um compromisso vantajoso entre a estabilidade inerente e elasticidade percebida como agradável e deformabilidade do material.
[0007] Com a presente invenção, verificou-se que, em particular quando se realiza um processo de lavagem, isto é, quando os meios de lavagem fluidos são conduzidos através de uma conexão de instilação ao corpo de conexão e são aspirados de lá novamente, ou quando são exsudadas grandes quantidades de exsudado na ferida, existe um risco considerável de que materiais de curativos ou de compressas de feridas sejam sugados e causem entupimentos no interior do corpo de conexão. Este risco é aumentado ainda mais por suportes dentro do espaço interno do corpo da conexão. A fim de reduzir o risco de penetração de tais materiais no corpo de conexão, desde então pequenas aberturas foram previstas no plano de colocação do corpo de conexão. Como resultado, no entanto, a seção transversal do fluxo é novamente reduzida. Com a presente invenção, no entanto, propõe-se prever uma abertura única e correspondentemente mais expansiva e em si contígua no plano de colocação, que tende a ser muito menos comprimida ou fechada. A fim de enfrentar o problema de materiais que penetram no corpo de conexão, para fora do espaço da ferida, propõe-se ainda que os prolongamentos se projetem nesta abertura contígua e formem um meio de prevenção contra penetração para materiais de curativos ou de compressas de feridas aspirados para fora do espaço de ferida. Estes prolongamentos são integralmente formados com o material flexível do corpo de conexão, eles são planos e são de preferência formados em forma de dedos e, em particular, no essencial paralelos entre si, em vista ortogonal em relação ao plano de colocação. Embora a área da seção transversal livre da abertura seja por sua vez reduzida por estes prolongamentos, uma grande superfície de passagem para a comunicação por pressão negativa e de meios entre o espaço da ferida e o interior do corpo de conexão ainda está disponível, sendo o problema de entupimento referido devido a materiais penetrantes pelos prolongamentos que se projetam para dentro dessa abertura pode ser significativamente reduzido.
[0008] Em uma outra configuração da invenção, mostrou-se como sendo vantajoso, quando os prolongamentos se estendem até no máximo 80%, em particular até no máximo 70%, em particular até no máximo 60% e mais particularmente até no máximo 50% da dimensão da abertura na direção do prolongamento respectivo. Os prolongamentos por sua vez preferencialmente em formato de dedos ou, que seguem em uma direção identificável possuem, portanto, uma distância em relação à limitação nesta direção, da abertura. Entre a extremidade livre da respectiva saliência e a limitação de abertura encontra-se, portanto, uma superfície de passagem transparente, que permite uma boa comunicação de pressão negativa e de meios.
[0009] Também se verifica ser vantajoso quando prolongamentos se estendem como um pente, portanto partindo de um lado da limitação de abertura e, em particular, paralelamente entre si e, neste caso, - conforme anteriormente referido - ficam distantes da limitação de abertura oposta, de modo que ali seja formada uma área contígua não delimitada por prolongamentos.
[00010] Também se mostra vantajoso quando a superfície dos prolongamentos no plano de colocação apresenta no máximo 60%, em particular no máximo 50%, em particular no máximo 40% e mais particularmente no máximo 35% da área cercada pela abertura contínua, incluindo a superfície dos prolongamentos.
[00011] A espessura dos prolongamentos ortogonal em relação ao plano de colocação pode ser, vantajosamente, de 1 a 3 mm.
[00012] Também se mostra vantajoso que os prolongamentos em relação ao plano de colocação sejam elasticamente deflexíveis. Por conseguinte, eles podem ser defletidos transversalmente ou ortogonalmente a este plano de colocação, nomeadamente na direção da ferida, por exemplo quando o fluido de instilação é fornecido na direção da ferida ou para o espaço interno do corpo de conexão, por exemplo como resultado de um forte fluxo de volume após um processo de lavagem ou de instilação ou no início de um tratamento por pressão negativa quando a pressão negativa é estabelecida até o espaço da ferida primeiramente.
[00013] De acordo com um outro conceito da invenção, revela-se vantajoso quando a deflexão dos prolongamentos for limitada pela colocação dos prolongamentos em um lado interior de uma parede afastada da ferida da primeira área central. Para este efeito, revela-se vantajoso quando o lado interno da parede afastada da ferida apresenta uma nervura que se estende na direção da ferida para o espaço interno ou pelo menos uma saliência, contra a qual os prolongamentos podem ser colocados. Desta forma, é suficiente se no espaço interno da primeira área central do corpo de conexão em projeção apenas acima dos prolongamentos for prevista uma saliência a fim de estabilizar o espaço interno para o caso de ser exercida externamente pressão sobre o corpo de conexão.
[00014] É também proposto formar o corpo de conexão e a abertura contígua que desemboca no plano de colocação de modo que esta abertura tenha uma superfície de passagem livre (isto é, sem a superfície dos prolongamentos) de 30% a 60% da área da primeira área central projetada no plano de colocação.
[00015] No que diz respeito a uma forma construtiva plana, revela-se vantajoso quando a primeira área central tiver aproximadamente a forma de um paralelepípedo, de preferência com cantos e bordas arredondados, com a borda mais curta do paralelepípedo se estendendo ortogonalmente para a segunda área em forma de rebordo. O seu comprimento é de preferência no máximo 7 mm, em que o comprimento e a largura das outras bordas estão preferencialmente entre 20 mm e 50 mm, em particular entre 20 mm e 40 mm.
[00016] Também se mostra vantajoso se o corpo de conexão consistir em uma única peça integral moldada por injeção, formando a primeira área central e a segunda área em forma de rebordo. Todo o corpo de conexão é assim formado a partir de um mesmo material moldado por injeção, elasticamente flexível, de preferência PVC. No entanto, ele pode apresentar camadas adesivas adicionais ou sistemas de aplicação a serem descritos abaixo para a aderência à prova de pressão negativa no lado externo afastado da ferida de um curativo por pressão negativa.
[00017] Além disso, revela-se vantajoso se a primeira e/ou segunda área for transparente. A segunda região em forma de rebordo, de preferência, possui uma espessura ortogonal ao plano de colocação de 0,5 a 1,5 mm.
[00018] A primeira área central possui uma altura acima da segunda área em forma de rebordo na direção ortogonal ao plano de colocação de no máximo 12 mm, em particular no máximo 7 mm, com uma dimensão máxima no plano de colocação de no máximo 50 mm, em particular de 35 mm.
[00019] De acordo com um outro conceito da invenção, revela-se particularmente vantajoso que os meios condutores fora da primeira área central não estejam unidos à segunda área em forma de rebordo, de modo que os meios condutores possam ser flexionados flexivelmente em relação à primeira área central devido à sua flexibilidade, sem que forças significativas sejam transferidas para a segunda área em forma de rebordo, o que poderia levar a um comprometimento da conexão da junta ao curativo por pressão negativa.
[00020] Como já indicado, é vantajoso se o corpo de conexão já receber um sistema de aplicação por parte do fabricante. Para este efeito, revela-se vantajoso se o corpo de conexão no lado afastado da ferida ou no lado voltado para a ferida da segunda área em formato de rebordo tiver uma película de fixação não removível que se projeta radialmente para fora sobre uma borda periférica da segunda área em forma de rebordo em pelo menos 5 mm, em particular pelo menos 10 mm e no seu lado voltado para a ferida tiver uma camada adesiva, por meio da qual ele é aderido ao curativo por pressão negativa. Quando o filme de fixação é aplicado ao lado da segunda área em forma de rebordo afastado da ferida, ele também adere à sua camada adesiva nessa segunda área em forma de rebordo.
[00021] Neste caso, mostra-se vantajoso, se o filme de fixação tiver pelo menos um segmento de película protetora removível no lado virado para a ferida e pelo menos um segmento de película de suporte no lado afastado da ferida, que pode ser removida após a aplicação do dispositivo de conexão sobre o curativo por pressão negativa.
[00022] Objetivo da invenção é também um método para produzir um dispositivo de conexão tendo as características da reivindicação 19.
[00023] Além disso, é reivindicada proteção para um sistema para terapia por pressão negativa de feridas com os componentes e características da reivindicação 20.
[00024] Outras características, detalhes e vantagens da invenção tornar-se-ão evidentes a partir das reivindicações anexas e dos desenhos e da seguinte descrição de uma modalidade preferida da invenção.
[00025] No desenho mostra-se: Na Figura 1a, b, vistas em perspectiva de um dispositivo de conexão de acordo com a invenção com um sistema de aplicação; Na Figura 2a, uma vista em planta do dispositivo de conexão de acordo com as Figuras 1a, b sem sistema de aplicação; Na Figura 2b, uma vista do dispositivo de conexão de acordo com a Figura 2a a partir de baixo com uma vista de um plano de colocação voltado para a ferida; Na Figura 2c, uma vista ampliada da Figura 2b; Nas Figuras 3a, b, uma vista em corte dos meios condutores e uma vista em planta dos meios condutores do dispositivo de conexão de acordo com a invenção; Nas Figuras 4a, b, vistas em perspectiva de um corpo de conexão do dispositivo de conexão de acordo com a invenção; Na Figura 4c, uma vista do corpo de conexão com vista para uma abertura de encaixe para o meio condutor; Nas Figuras 4d, e, vistas em corte através do corpo de conexão com planos em corte A-A e B-B na Figura 2b e 4c; Na Figura 5, uma vista em corte através do corpo de conexão de acordo com a Figura 4e, mas com o sistema de aplicação.
[00026] As Figuras mostram um dispositivo de conexão de acordo com a invenção, geralmente designado pelo número de referência 2, para uso na terapia por pressão negativa de feridas. O dispositivo de conexão 2 compreende um corpo de conexão 4, que de um modo preferido, que é colocável de modo aderido e não removível a um curativo de ferida que cobre a ferida e que fecha hermeticamente contra a atmosfera e um meio condutor 6 conectado de modo não removível ao corpo de conexão 4. Através dos meios condutores 6, é preparada uma comunicação de pressão negativa ou de fluxo entre o interior do corpo de conexão 4 e um dispositivo gerador de pressão negativa ou um outro meio condutor ali. A comunicação de pressão negativa ou de fluxo para a ferida é feita por uma abertura a ser descrita no corpo de conexão e uma abertura no curativo por pressão negativa que abrange a ferida. O dispositivo de conexão 2 ilustrado nas Figuras 1a, b também possui um sistema de aplicação 50 ligado ao lado do corpo de conexão 4 afastado da ferida que é descrito em conjunção com a Figura 5 e é descartado a seguir.
[00027] O corpo de conexão 4 compreende uma primeira área central 8, que recebe os meios condutores 6 de uma maneira a ser descrita mais adiante, e uma segunda área 10 em forma de rebordo que se estende continuamente em torno da primeira área 8 em uma direção circunferencial 7 e mais plana. A segunda área 10 em forma de rebordo forma um plano de colocação 12 (FIG. 2b) com o qual o corpo de conexão 4 pode ser aplicado e fixado de um modo plano contra o lado de fora do curativo por pressão negativa. A primeira área central 8 e a segunda área 10 em forma de rebordo são produzidas em uma única peça do mesmo material que uma peça moldada por injeção. A primeira área central 8 eleva-se alguns milímetros a partir do lado afastado da ferida 14 da segunda área em forma de rebordo 10. Ele é projetado a título de exemplo no formato aproximadamente retangular, mas mesmo assim muito plano. Ele compreende um espaço interno 16 (FIG. 4), que é delimitado para cima por uma parede afastada da ferida 18, e desemboca, em direção da ferida através de uma única abertura 20 contígua no plano de colocação 12 na direção da ferida ou da abertura no curativo por pressão negativa que abrange a ferida. Nesta abertura contígua 20 do corpo de conexão 4 uma pluralidade de prolongamentos se projeta em forma de dedos 22. No caso representado a título e exemplo e preferencialmente os prolongamentos 22 em formato de dedos se estendem aproximadamente paralelamente entre si, partindo de um lado 24 que delimita a abertura 20. Os prolongamentos 22 possuem uma direção de extensão 26, como indicado na Figura 2c. Nesta direção 26, eles estão espaçados do lado oposto 28 da abertura 20. Portanto, embora os prolongamentos 22 em formato de dedos se projetam na abertura 20 e terminam ali livres; no entanto, é formada uma superfície de passagem grande livre na área 30 entre uma extremidade livre respectiva 32 dos prolongamentos 22 e o lado oposto 28 ou a limitação de abertura da abertura 20. Os prolongamentos 22 em formato de dedos são deflexíveis de modo elástico e flexível em relação ao plano de colocação 12 do corpo de conexão 4. Eles formam um meio de prevenção contra penetração para materiais de curativos ou de compressas de feridas, tais como espuma, gaze ou similares.
[00028] Quando os prolongamentos 22 em formato de dedos são defletidos para o interior 16 da primeira área central 8, eles podem ser aplicados a uma saliência 34 que se projeta a partir da parede afastada da ferida 18 na direção da ferida, em que esta saliência 34 limita deste modo a capacidade de deflexão dos prolongamentos 22. Esta saliência 34 é formada em particular na forma de uma única nervura que se estende em uma direção longitudinal dos meios condutores 6.
[00029] O espaço interno 16 da primeira área central 8 comunica por um lado através da abertura 20 descrita com o espaço da ferida e por outro lado com pelo menos um lúmen de sucção 40 e pelo menos um lúmen de alimentação 42 dos meios condutores 6 (Figura 3a). Para a conexão por parte do fabricante dos meios condutores 6 à primeira área central 8, forma- se ali uma abertura de inserção 44 que se abre paralelamente ao plano de colocação 12, que corresponde ao contorno externo dos meios condutores 6. O meio condutor 6 pode ser inserido com a sua extremidade livre na abertura de inserção 44 e aí fixado adesivamente e, preferencialmente, de modo não removível para um uso de acordo com as especificações e fixado hermeticamente em relação à pressão negativa. O lúmen de sucção 40 abre para o espaço interno 16 da primeira área central 8. Por outro lado, um segmento condutor 46 formado por todos os lados pela primeira área central 8 se une a uma extremidade livre do lúmen de alimentação 42 do meio condutor 6, que se estende na direção longitudinal através da primeira área central 8 e desemboca apenas na extremidade oposta no espaço interno 16. Mostrou-se vantajoso que, na área da extremidade distal do segmento condutor 46, se forma a abertura contígua 20, de modo que o líquido de instilação aí fornecido possa atingir o espaço da ferida. Se o líquido de lavagem for conduzido até o espaço interno 16 através do lúmen de alimentação 42, revela-se vantajoso que o líquido de lavagem seja introduzido no espaço interno 16 no lado oposto da abertura de inserção 44 para o meio condutor 6.
[00030] O sistema de aplicação 50 já mencionado no início compreende uma película de fixação fina 52 que se projeta radialmente para fora para além de uma borda periférica 54 do corpo de conexão 4 e transporta no seu lado virado para a ferida uma camada adesiva (não mostrada) que é abrangida por segmentos de película protetora sobrepostas entre si removíveis (não mostradas). Além disso, no lado afastado da ferida, é previsto um segmento de película protetora 58 dimensionalmente estável que é destacada após a aplicação do dispositivo de conexão 2 sobre o curativo por pressão negativa. A película de fixação 52 é transparente, razão pela qual o contorno e a borda periférica 54 da segunda área 10 em forma de rebordo podem ser vistos na Figura 1b.
[00031] A película de fixação 52 apresenta preferencialmente uma abertura 60 com a qual ela pode virada através da primeira área central 8, desde que o meio condutor 6 ainda não esteja inserido no corpo de conexão 4 e possa ser aplicado de forma adesiva ao lado 14 afastado da ferida da segunda área 10 em forma de rebordo. A seguir, o meio condutor 10 é inserido na abertura de inserção 44 e fixado hermeticamente.

Claims (20)

1. Dispositivo de conexão (2) para o uso em terapia por pressão negativa de feridas, com um meio condutor (6) flexível que pode ser sujeito a pressão negativa e meios fluidos com pelo menos dois lúmens e com um corpo de conexão (4) conectado ao meio condutor (6) de modo não removível, em que pelo menos um lúmen é previsto como lúmen de sucção (40) para ser sujeito a pressão negativa, e pelo menos um lúmen é previsto como lúmen de alimentação (42) para a condução de um meio fluido, em que o corpo de conexão (4) é feito de um material flexível elastomérico e pode ser aplicado a um curativo por pressão negativa que cobre a ferida e a fecha hermeticamente em relação à atmosfera, em que o meio condutor (6) comunica com o espaço de ferida durante o funcionamento do dispositivo de conexão através do corpo de conexão (4) e através de pelo menos uma abertura no curativo por pressão negativa, em que o corpo de conexão (4) apresenta uma primeira área (8) disposta centralmente, levantada, que aloja o meio condutor (6), e uma segunda área (10) em formato de rebordo mais plana em relação à primeira área, que se estende em uma direção circunferencial (7) em torno da primeira área (8) continuamente, que forma um plano de colocação (12), e por meio do qual o corpo de conexão (4) pode ser colocado de modo plano e fixado hermeticamente contra um lado superior afastado da ferida do curativo por pressão negativa diretamente ou sob interposição de agentes promotores de adesão e, em que um segmento condutor (46) formado pela primeira área central, fechado por todos os lados, se conecta a uma extremidade livre do lúmen de alimentação (42) do meio condutor (6) que desemboca na primeira área central (8), segmento este que desemboca somente em uma extremidade distal em um espaço interno (16) da primeira área central (8) e de lá fica em comunicação fluídica com o lúmen de sucção (40) do meio condutor (6), caracterizado pelo fato de que a primeira área central (8) apresenta uma única abertura (20) contígua e que desemboca, em relação ao curativo por pressão negativa, no plano de colocação (12), a qual conecta o espaço interno (16) da primeira área central (8) com a pelo menos uma abertura no curativo por pressão negativa, de modo que, através dessa abertura (20) contígua, pelo menos um lúmen de sucção (40) comunica com o espaço de ferida, e de que, nessa abertura contígua (20), se projetam prolongamentos em formato de dedo (22) de extremidades livres, em peça única com a primeira área (8) e estendidos no plano de colocação (12), que formam um meio para impedir penetração para materiais de curativos ou de compressas de feridas sugados para fora do espaço da ferida.
2. Dispositivo de conexão, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que o corpo de conexão (4) e, de preferência, também o meio condutor (6) são feitos de PVC.
3. Dispositivo de conexão, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 ou 2, caracterizado pelo fato de que os prolongamentos (22), em vista ortogonal em relação ao plano de colocação (12), são no essencial paralelos entre si.
4. Dispositivo de conexão, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1, 2 ou 3, caracterizado pelo fato de que os prolongamentos (22) se estendem até no máximo 80%, em particular até no máximo 70%, em particular até no máximo 60% e ainda mais em particular até no máximo 50% da dimensão da abertura (20) na direção (20) do respectivo prolongamento (22).
5. Dispositivo de conexão, de acordo com qualquer uma ou várias das reivindicações 1, 2, 3 ou 4, caracterizado pelo fato de que os prolongamentos (22) se estendem como um pente, portanto partindo de um lado da de abertura (24) e, em particular, paralelamente entre si.
6. Dispositivo de conexão, de acordo com qualquer uma ou várias das reivindicações 1, 2, 3, 4 ou 5, caracterizado pelo fato de que a área dos prolongamentos (22), no plano de colocação (12), apresenta, no máximo, 60%, em particular, no máximo, 50%, em particular, no máximo, 40% e, mais em particular, no máximo, 35% da área circundada pela abertura contígua (20), incluindo a área dos prolongamentos.
7. Dispositivo de conexão, de acordo com qualquer uma ou várias das reivindicações 1, 2, 3, 4, 5 ou 6, caracterizado pelo fato de que os prolongamentos (22) apresentam uma espessura ortogonal em relação ao plano de colocação (12) de 1 a 3 mm.
8. Dispositivo de conexão, de acordo com qualquer uma ou várias das reivindicações 1,2, 3, 4, 5, 6 ou 7, caracterizado pelo fato de que os prolongamentos (22) são deflexíveis elasticamente em relação ao plano de colocação (12).
9. Dispositivo de conexão, de acordo com a reivindicação 8, caracterizado pelo fato de que a deflexão dos prolongamentos (22) é limitada pela colocação dos prolongamentos (22) com um lado interno de uma parede afastada da ferida (18) da primeira área central.
10. Dispositivo de conexão, de acordo com a reivindicação 9,caracterizado pelo fato de que o lado interno da parede afastada da ferida (18) apresenta uma nervura que se estende para dentro do espaço interno (16) na direção da ferida ou pelo menos uma saliência (34), contra a qual os prolongamentos (22) podem ser colocados.
11. Dispositivo de conexão, de acordo com qualquer uma ou várias das reivindicações 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9 ou 10, caracterizado pelo fato de que a abertura (20) contígua que desemboca no plano de colocação (12) apresenta uma superfície de passagem livre de 30 a 60% da superfície da primeira área central (8) projetada sobre o plano de colocação.
12. Dispositivo de conexão, de acordo com qualquer uma ou várias das reivindicações 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10 ou 11, caracterizado pelo fato de que a primeira área central (8) é projetada em formato aproximadamente retangular, preferencialmente com arestas e bordas arredondadas, em que a borda mais curta do retângulo se estende ortogonalmente em relação à segunda área em formato de rebordo.
13. Dispositivo de conexão, de acordo com qualquer uma ou várias das reivindicações 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11 ou 12, caracterizado pelo fato de que o corpo de conexão (4) consiste em uma peça única moldada por injeção, projetada em peça única que forma a primeira área central (8) e a segunda área em formato de rebordo (12) e, se necessário, em elementos ou camadas promotoras de adesão.
14. Dispositivo de conexão, de acordo com qualquer uma ou várias das reivindicações 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12 ou 13, caracterizado pelo fato de que a primeira e/ou segunda área (8,10) é projetada transparente.
15. Dispositivo de conexão, de acordo com qualquer uma ou várias das reivindicações 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12, 13 ou 14, caracterizado pelo fato de que a primeira área central (8) apresenta uma altura acima da segunda área (10) em formato de rebordo (10) na direção ortogonal em relação ao plano de colocação (12) de, no máximo, 12 mm, em particular de, no máximo, 7 mm, com uma dimensão máxima no plano de colocação (12) de, no máximo, 50 mm, em particular de, no máximo, 35 mm.
16. Dispositivo de conexão, de acordo com qualquer uma ou várias das reivindicações 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12, 13, 14 ou 15, caracterizado pelo fato de que o meio condutor (6) fora da primeira área central (8) não é unido à segunda área em formato de rebordo (10), de modo que o meio condutor seja deflexível, com base em sua flexibilidade, de modo articulável em relação à primeira área central (8), sem que, com isso, forças importantes sejam transmitidas para a segunda área em formato de rebordo (10).
17. Dispositivo de conexão, de acordo com qualquer uma ou várias das reivindicações 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12, 13, 14, 15 ou 16, caracterizado pelo fato de que o corpo de conexão (4) carrega, de forma não removível, no lado afastado da ferida ou no lado voltado para a ferida (14) da segunda área em formato de rebordo (10), uma película de fixação (52), que se projeta radialmente para fora sobre uma borda circunferencial (54) da segunda área em formato de rebordo (10) em, pelo menos, 5 mm, em particular em, pelo menos, 10 mm, e apresenta, em seu lado voltado para a ferida, uma camada adesiva, por meio da qual ela pode ser aplicada, de modo adesivo, sobre o curativo por pressão negativa.
18. Dispositivo de conexão caracterizado pelo fato de que a película de fixação (52) apresenta, no lado voltado para a ferida, pelo menos, um segmento de película protetora removível e, no lado afastado da ferida, pelo menos, um segmento de película de suporte (58) que é removível após a aplicação do dispositivo de conexão sobre o curativo por pressão negativa.
19. Método para a fabricação de um dispositivo de conexão, conforme definido em qualquer uma ou várias das reivindicações 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12, 13, 14, 15, 16, 17 ou 18, caracterizado pelo fato de que o corpo de conexão (4) é produzido e disponibilizado em peça única com a primeira área central (8) e a segunda área em formato de rebordo (10), e de que, no lado afastado da ferida da segunda área em formato de rebordo (10), é prevista uma película de fixação (52), preferencialmente contínua na direção circunferencial (7), com um rebaixo central (60), em que a película de fixação (52) é virada com seu rebaixo central (60) sobre a primeira área central (8), e a película de fixação (52) é, então, aderida de forma não removível por meio de cola no lado afastado da ferida (14) da segunda área em formato de rebordo (10) para uso adequado e se projeta para fora sobre uma borda circunferencial (54) da segunda área em formato de rebordo (10), e de que, em seguida, o meio condutor (6) é inserido em uma abertura (44) da primeira área central (8) que desemboca aproximadamente paralelamente ao plano de colocação (12) e é fixado adesivamente e de forma resistente à pressão negativa.
20. Sistema para a terapia por pressão negativa de feridas, com um aparelho que compreende um dispositivo gerador de pressão negativa com uma conexão de pressão negativa e com uma conexão de lavagem e de instilação, caracterizado por um dispositivo de conexão (4), conforme definido em qualquer uma ou várias das reivindicações 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12, 13, 14, 15, 16, 17 ou 18, em que um lúmen de volume (40) do meio condutor (6) é fluidicamente conectado à conexão de pressão negativa e o lúmen de alimentação (42) do meio condutor (6) com a conexão de lavagem ou de instilação.
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