BR112018009541B1

BR112018009541B1 - Dispositivo de agitação e de retirada de amostras de líquidos biológicos adaptado para triagem e processo de agitação e de retirada de tubos

Info

Publication number: BR112018009541B1
Application number: BR112018009541-9A
Authority: BR
Inventors: Florent Beauducel; Philippe Benezeth
Original assignee: Horiba Abx Sas
Priority date: 2015-11-13
Filing date: 2016-11-09
Publication date: 2022-07-26
Also published as: BR112018009541A2; CN108603891A; FR3043782A1; JP2018533737A; US20180326376A1; EP3374774B8; CN108603891B; JP6824980B2; WO2017081411A1; FR3043782B1; EP3374774B1; EP3374774A1

Abstract

DISPOSITIVO DE AGITAÇÃO E DE RETIRADA DE AMOSTRAS DE LÍQUIDOS BIOLÓGICOS ADAPTADO PARA TRIAGEM. Um dispositivo de agitação e de retirada de amostras de líquidos biológicos compreende um agitador (30) de racks (8) de tubos (10), um órgão de amostragem (51, 52) próprio para realizar uma retirada de amostra de líquidos biológicos dentro de um tubo (10), e um passador (34) capaz de pegar um tubo (10) em um rack (8) recebido no agitador (30) e de deslocar o mesmo até o órgão de amostragem (51, 52). O agitador (30) é capaz de agitar pelo menos três racks (8) simultaneamente, e o dispositivo compreende por outro lado um planejador capaz de determinar dados de destino para um tubo (10) e dados de destino para o rack (8) que recebe esse tubo (10), e de determinar para cada tubo (10) um local final em função dos dados de destino do tubo (10) e dos dados de destino dos racks (8) recebidos no dispositivo, local final esse que designa um rack (8) recebido no agitador (30) e uma posição nesse rack (8) e pode ser diferente do local do tubo (10) quando o rack (8) que o recebia foi introduzido no dispositivo (1), e disposto para comandar o passador (34) para pegar um tubo (10), apresentar o mesmo ao órgão de amostragem (51, 52) e recolocar o mesmo depois de retirada no dito local final.

Description

[0001] A invenção refere-se ao domínio da retirada de amostras de líquidos biológicos, em especial um fluido corporal, por exemplo sangue.

[0002] No decorrer das últimas décadas, os aparelhos de análise dos produtos sanguíneos conheceram uma automatização crescente. A fim de satisfazer as demandas de análises de sangue, as necessidades em capacidade de retirada e de multianálise explodiram. Isso se traduz pelo fato de que os aparelhos modernos são avaliados em função de seu ritmo de análise (número de tubos por hora), e de sua capacidade para realizar vários tipos de testes em uma só máquina.

[0003] Os desenvolvimentos do domínio primeiramente favoreceram o ritmo de tratamento, e depois o acréscimo de diferentes tipos de testes. Certas tarefas da sequência a realizar pelo dispositivo vêm restringir a capacidade de aumentar o ritmo pelo acréscimo de recursos materiais.

[0004] Assim, é necessário agitar os tubos durante um certo tempo a fim de que o produto sanguíneo retirado seja homogêneo no momento da retirada. Ao contrário, uma amostra agitada não deve permanecer tempo demais em repouso antes da retirada, sob pena de perder os benefícios da agitação. Além disso, a agitação não pode ser acelerada acima de uma certa velocidade, senão a amostra corre o risco de ser deteriorada e/ou a mistura obtida será insatisfatória.

[0005] A fim de aumentar o ritmo levando para isso em consideração essas restrições, foram previstos agitadores de dois tubos, e depois suportes de tubos, também chamados de racks, a fim de agitar vários tubos ao mesmo tempo. Os racks foram projetados com diversas disposições, até atingir os limites ligados à agitação e ao volume.

[0006] Em seguida, os agitadores foram modificados a fim de poder receber dois racks simultaneamente. Assim, a manutenção do ritmo foi melhorada por ocasião da transição entre dois racks sucessivos, ao mesmo tempo em que permite manter uma agitação satisfatória. Progressivamente, os dispositivos foram automatizados até os limites do tratamento sequencial dos racks. No entanto, essas melhorias atingiram agora seus limites em termos de ritmo puro, mas também em termos de gestão de casos excepcionais.

[0007] Por caso excepcional, é entendido por exemplo quando um rack só contém um tubo, ou quando um tubo deve ser examinado com urgência, sem levar em consideração os racks já tratados, ou ainda quando um tubo que já foi objeto de uma retirada e de uma análise deve ser analisado de novo pois uma suspeita existe sobre o resultado de uma análise (por exemplo, medição na margem de um limite de detecção, etc.).

[0008] A situação do "tubo único" é encontrada também quando um rack contém tubos que demandam análises não geridas pelo dispositivo, e que um só tubo em um rack pode ser efetivamente analisado pelo dispositivo.

[0009] Esse aumento dos ritmos é acompanhado pela integração crescente de dispositivos dentro de uma mesma instalação. A gestão da distribuição dos tubos entre os diversos dispositivos, assim como o arquivamento dos mesmos uma vez que os testes desejados foram realizados se apresenta de maneira premente.

[0010] Para resolver esse problema, aparelhos especializados, chamados de "separadores" foram desenvolvidos. Esses aparelhos têm como única função fazer a triagem de racks de tubos a fim de agrupar juntos os tubos destinados a locais similares, como a arquivagem.

[0011] Esses dispositivos são muito volumosos, apresentam grandes problemas de dimensionamento, representam um custo suplementar considerável. Além desses defeitos, desde que a instalação muda de amanho, os separadores se tornam super ou subdimensionados, constituindo assim um sinônimo de inadequação ou gargalo de estrangulamento.

[0012] Com essa finalidade, a invenção propõe um dispositivo de agitação e de retirada de amostras de líquidos biológicos que compreende um agitador de racks de tubos, um órgão de amostragem próprio para realizar uma retirada de amostra de líquidos biológicos dentro de um tubo, e um passador capaz de pegar um tubo em um rack recebido no agitador e de deslocar o mesmo até o órgão de amostragem.

[0013] O agitador é capaz de agitar pelo menos três racks simultaneamente, e o dispositivo compreende por outro lado um planejador capaz de determinar dados de destino para um tubo e dados de destino para o rack que recebe esse tubo, e de determinar para cada tubo um local final em função dos dados de destino do tubo e dos dados de destino dos racks recebidos no dispositivo, local final esse que designa um rack recebido no agitador e uma posição nesse rack e pode ser diferente do local do tubo quando o rack que o recebia foi introduzido no dispositivo, e disposto para comandar o passador para pegar um tubo, apresentar o mesmo ao órgão de amostragem e recolocar o mesmo depois de retirada no dito local final.

[0014] Esse dispositivo é especialmente vantajoso pois ele vem totalmente mudar a maneira pela qual é considerada a gestão dos tubos. De fato, na técnica anterior, os tubos eram sempre analisados de maneira sequencial de acordo com o local dos mesmos nos racks, do mesmo modo que os racks eram sempre tratados de maneira sequencial. Os dispositivos eram vistos como máquinas mecânicas automatizadas que deviam tratar o mais rapidamente possível os racks que o usuário introduzia.

[0015] A invenção vem mudar radicalmente a maneira pela qual funcionam os dispositivos de retirada, permitindo para isso um tratamento não mais estritamente sequencial, mas sim indexado para manter um ritmo pleno qualquer que seja a situação. De fato, o planejador permite tratar os tubos nos racks de acordo com uma ordem inteligente que depende do estado geral de tratamento do dispositivo, mas também em função das operações e análises a realizar nos tubos, ou ainda em função de outros parâmetros.

[0016] Não é mais questão de máquinas mecânicas automatizadas que tratam os tubos uns após os outros o mais rapidamente possível, mas sim de uma máquina inteligente que se adapta às condições de operação a fim de manter um ritmo máximo, quaisquer que sejam essas condições.

[0017] De acordo com diversas variantes, o dispositivo poderá apresentar uma ou várias das características seguintes: - o planejador é disposto, para um tubo dado, para escolher o local final entre os locais livres em um rack que apresente os mesmos dados de destino que o tubo dado, - o planejador é disposto para determinar como local final em um rack dado o primeiro local vazio no rack dado, - o planejador é disposto para zerar os dados de destino associados a um rack dado por ocasião de sua introdução no dispositivo, - o planejador é disposto, quando nenhum rack apresenta os mesmos dados de destino que um tubo pego pelo passador, para atribuir os dados de destino associados a esse tubo a um rack ao qual nenhum dado de destino está associado, - o planejador é disposto para comandar o passador para deslocar verticalmente um tubo recebido em um rack em função dos dados de destino associados a esse tubo, - o planejador é disposto para comandar o passador para fazer um rack sair do dispositivo, e para dispor o mesmo em uma posição de saída que varia em função dos dados de destino associados ao rack, - o planejador é disposto para fazer um rack que apresenta locais vazios sair do dispositivo, em resposta a um comando do usuário ou em resposta à ultrapassagem de um tempo escolhido, - o planejador é disposto, depois de ter feito sair um rack que apresenta locais vazios, para fazer entrar no dispositivo um rack que apresenta um número de locais vazios pelo menos igual, e - o dispositivo compreende por outro lado uma zona para a conexão a um transportador de racks. A invenção também se refere a um processo de agitação e de retirada de tubos que compreende as operações seguintes: a. introduzir pelo menos um rack que recebe pelo menos um tubo que contém pelo menos um líquido biológico dentro de um dispositivo de agitação e de retirada de amostras de líquidos biológicos, b. determinar dados de destino para cada tubo dentro do dispositivo e dados de destino para cada rack que recebe um desses tubos, c. determinar para cada tubo recebido dentro do dispositivo um local final em função dos dados de destino do tubo e dos dados de destino dos racks recebidos dentro do dispositivo, local final esse que designa um rack recebido dentro do dispositivo e uma posição nesse rack, e pode ser diferente do local do tubo quando o rack que o recebia foi introduzido dentro do dispositivo, d. realizar a retirada de amostras de líquidos biológicos em cada tubo recebido dentro do dispositivo, e. colocar o tubo em seu local final depois da operação d).

[0018] Outras características e vantagens da invenção aparecerão melhor com a leitura da descrição que se segue, tirada de exemplos dados a título ilustrativo e não limitativo, tirados dos desenhos nos quais:

[0019] - a Figura 1 representa uma vista em perspectiva de um dispositivo de acordo com a invenção,

[0020] - a Figura 2 representa uma vista em perspectiva de uma parte dos elementos do dispositivo da Figura 1,

[0021] - a Figura 3 representa uma vista de lado da parte de dentro do dispositivo da Figura 1,

[0022] - as Figuras 4 e 5 representam respectivamente uma vista em perspectiva e uma vista de lado de um agitador representado nas Figuras 2 e 3,

[0023] - as Figuras 6 e 7 representam uma vista em perspectiva de um rack de tubos das Figuras 4 e 5 respectivamente sem e com tubo,

[0024] - a Figura 8 representa uma vista em perspectiva do passador da Figura 2,

[0025] - a Figura 9 representa um exemplo de uma função executada pelo planejador, e

[0026] - a Figura 10 representa uma vista esquemática de uma instalação que compreende vários dispositivos dos quais um pelo menos é de acordo com a Figura 1.

[0027] Os desenhos e a descrição abaixo contêm, essencialmente, elementos de caráter seguro. Eles poderão portanto não somente servir para fazer compreender melhor a presente invenção, mas também contribuir para sua definição, se for o caso.

[0028] A Figura 1 representa uma vista em perspectiva de um dispositivo 1 de acordo com a invenção. Uma referência XYZ permite determinar as diversas orientações nas Figuras nas quais ela é reproduzida.

[0029] O dispositivo 1 compreende uma caixa 2 de forma geral paralelepipédica, que apresenta dois entalhes respectivamente para uma prateleira de carregamento 4 e uma prateleira de descarregamento 6. As prateleiras 4 e 6 permitem respectivamente introduzir e extrair racks 8 de tubos 10 que contêm os líquidos biológicos como produtos sanguíneos que o dispositivo 1 deve amostrar e analisar. Os racks 8 são dispostos paralelamente uns aos outros sobre as prateleiras 4 e 6, no sentido de seu comprimento, quer dizer de acordo com o eixo Y.

[0030] No exemplo representado na Figura 1, os racks são introduzidos na máquina da direita para a esquerda sobre a prateleira de carregamento 4, quer dizer que é o rack 8 que está mais à esquerda da prateleira de carregamento 4 que será o primeiro a ser inserido, e o que está mais à direita que será o último a ser inserido. Para a prateleira de descarregamento 6, a situação é inversa: é o rack 8 que está o mais à direita que foi o primeiro a ser ejetado, enquanto que o rack 8 que está o mais à esquerda é aquele que foi ejetado mais recentemente. No exemplo descrito aqui, devido à disposição interna do dispositivo 1, a prateleira de carregamento 4 está situada na parte inferior do dispositivo 1, enquanto que a prateleira de descarregamento 6 está situada na parte superior. Em variante, as funções das prateleiras 4 e 6 poderiam ser invertidas, ou as prateleiras poderiam ter papéis que dependem do modo de funcionamento do dispositivo 1, servindo assim para o carregamento ou para o descarregamento dos racks 8 em função da situação.

[0031] A caixa 2 apresenta também uma tela 12 que permite comandar o dispositivo 1 assim como acompanhar o estado de funcionamento desse último. Finalmente, a caixa 2 apresenta uma portinhola 14 que permite a introdução de um "tubo urgente". Um tubo urgente é um tubo único que um usuário deseja tratar em prioridade em relação aos outros. Como pode ser visto nas Figuras 2 e 8, esse tubo é recebido em um tambor 15 que faz parte do dispositivo 1. A portinhola 14 pode também ser utilizada para introduzir tubos dos quais o tratamento é incompatível com a utilização de um rack, por exemplo tubos pediátricos.

[0032] A Figura 2 representa uma vista em perspectiva de uma parte dos elementos contidos na parte de dentro da caixa 2 do dispositivo 1. Como pode ser visto nessa figura, o dispositivo 1 recebe uma parede 16 que se exprime principalmente de acordo com a direção Y e é situada substancialmente ao nível da extremidade da prateleira de carregamento 4. A parede 16 apresenta dois braços 18 que permitem sua fixação à caixa 1, e uma abertura 20 que deixa ver um carregador 22.

[0033] O carregador 22 é ligado à parede 16 substancialmente ao nível da prateleira de carregamento 4, no lado oposto a essa última. Quando um rack 8 é empurrado de acordo com uma flecha 21 a partir da prateleira 4, ele é recebido diretamente no carregador 22. O carregador 22 compreende um macaco 24, próprio para se deslocar de acordo com a direção Y, que comanda um dedo (não representado) através da abertura 20 que vem empurrar um rack 8 recebido no carregador 22 de acordo com uma flecha 25 para dentro do dispositivo 1, como será visto mais embaixo.

[0034] O dispositivo 1 compreende também um agitador 30, um elevador 32 e um passador 34. O agitador 30 tem como função misturar os racks de tubos 8 que ele recebe, por rotação de acordo com um eixo substancialmente paralelo a Y.

[0035] Como pode ser visto nas Figuras 4 e 5, o agitador 30 pode receber 4 racks 8, dispostos cada um deles a cerca de 90° uns dos outros. Em variante, o agitador 30 poderia ser disposto para só receber 3 racks 8, ou mais de 4 racks. O agitador 30 compreende um motor 36 que é disposto para aplicar uma rotação que permite misturar o conteúdo dos tubos 10 recebidos nos racks 8 que ele sustenta.

[0036] Como será visto na sequência, o motor 36 pode também ser comandado para apresentar um rack 8 escolhido em frente ao passador 34. Para receber os racks 8, o agitador 30 compreende quatro suportes 38 que apresentam cada um deles uma guia 40 alongada de acordo com a direção Y. Os suportes 38 são ligados ao motor 36, de modo que a rotação desse último aciona a rotação dos suportes 38 e dos racks 8 que eles recebem.

[0037] Como pode ser visto nas Figuras 6 e 7, os racks 8 apresentam uma base 42 em forma de T que vem se alojar em uma das guias 40 do agitador 30. Assim, para introduzir um rack 8, basta posicionar o suporte 38 desejado do agitador 30 em frente ao carregador 22, e o macaco 24 é acionado para empurrar o rack 8 para o lugar na guia 40 correspondente.

[0038] O agitador 30 é deslocado dentro do dispositivo 1 pelo elevador 32 de acordo com a flecha 35 na Figura 2. O elevador 32 faz evoluir o agitador 30 de acordo com o eixo Z entre uma posição baixa na qual ele pode receber um rack 8 do carregador 22 e uma posição alta na qual o passador 34 pode retirar um tubo 10 em um rack 8. O elevador 32 é acionado por uma correia 43 e um motor 44.

[0039] A Figura 8 mostra uma vista em perspectiva do passador 34, de acordo com um eixo em espelho em relação à vista da Figura 2.

[0040] O passador 34 compreende um motor 45 que aciona uma correia 46 que é ligada a uma porção de fixação 47. O passador 34 apresenta rodas 49 que são recebidas em um trilho 48 visível na Figura 2 montado sobre a parede 16. Assim, o passador 34 se desloca de acordo com o eixo Y como representado pela flecha 50.

[0041] O passador 34 tem como função principal a retirada de um tubo 10 a partir do rack 8 recebido no agitador 30, e a condução desse tubo 10 na direção de um primeiro órgão de amostragem 51 ou um segundo órgão de amostragem 52 (visíveis na Figura 3).

[0042] A fim de realizar a retirada dos tubos 10, o passador 34 compreende uma pinça 54 que é deslocada de acordo com o eixo X por meio de um acionador 56. Para identificar o tubo 10 a retirar, o passador 34 utiliza um sensor 58 que lê um código de barras ou um outro meio de identificação óptica levado pelos tubos 10. A pinça 54 poderia também ser substituída por um outro órgão de preensão, por exemplo um sugador a vácuo, um órgão magnético, etc. O sensor 58 poderia também ser diferente, e ser por exemplo um sensor RFID.

[0043] O passador 34 compreende finalmente um batente alto 60 e um batente baixo 64 que limitam o deslocamento do tubo por ocasião da introdução e da extração da agulha para a retirada, assim como um botão impulsor 62. O botão impulsor 62 permite realizar a ejeção de um rack 8 do agitador 30 na direção da prateleira de descarregamento 6.

[0044] Para levar um tubo 10 do agitador 30 para um dos órgãos de amostragem 51 e 52, o elevador 32 desloca o agitador 30 para a posição alta ao nível do passador 34, e o motor 36 do agitador 30 apresenta o rack 8 procurado em frente ao passador 34. Em seguida, o passador 34 se desloca de acordo com o eixo Y até identificar o tubo 10 procurado por meio do sensor 58. Uma vez que o tubo 10 foi identificado, o acionador 56 desloca a pinça 54 que pega o tubo 10, e o elevador 32 comanda uma descida do agitador 32 de acordo com a direção Z, de modo que o tubo 10 é extraído do rack 8. O passador 34 é então deslocado de acordo com a direção Y embaixo do primeiro órgão de amostragem 51 ou do segundo órgão de amostragem 52. Uma vez que o passador 34 parou, a agulha do órgão de amostragem se desloca de acordo com o eixo Z como representado pelas flechas 65 para realizar a retirada no tubo 10. Finalmente por uma sequência de operações inversas, o tubo 10 é recolocado no rack 8 sobre o agitador 30.

[0045] Para extrair um rack 8 do agitador 30, o passador 34 é deslocado o mais para a esquerda de acordo com o eixo Y de acordo com a vista das Figuras 2 e 3. Em seguida, o elevador 32 desloca o agitador 30 para a posição alta ao nível do passador 34, e o motor 36 do agitador 30 apresenta o rack 8 procurado em frente ao passador 34. Finalmente, o passador 34 é deslocado para a direta de acordo com o eixo Y, o botão impulsor 62 empurrando progressivamente o rack 8 para fora do suporte 38 que o recebe, até uma zona de descarregamento 66 da prateleira de descarregamento 6, e um acionador não representado desloca o rack 8 extraído de acordo com o eixo X como representado pela flecha 67 para extrair o rack 8 do dispositivo 1.

[0046] Todas essas ações são coordenadas por um planejador que pode ser realizado sob a forma de um programa informático. O planejador tem como função a coordenação do carregador 22, do agitador 30, do elevador 32 e do passador 34 assim como dos órgãos de amostragem 51 e 52 a fim de introduzir os racks 8, de agitar os mesmos, e de realizar as retiradas.

[0047] No exemplo descrito aqui o planejador é integrado dentro da caixa do dispositivo 1. Em variante, o planejador poderia ser desviado, e ser executado a partir de um computador ou um controlador situado fora da caixa do dispositivo 1, e em comunicação com essa última de maneira filar ou sem fio. Além disso, um tal computador ou controlador poderia comandar uma pluralidade de dispositivos 1 aos quais ele seria ligado, independentemente uns dos outros.

[0048] Quando um rack 8 é carregado no agitador 30, ele é deslocado pelo elevador 32 ao nível do passador 34, que utiliza o sensor 58 para determinar os tubos 10 que estão presentes no rack 8, assim como as análises que são exigidas para esses tubos.

[0049] Assim, o planejador sabe exatamente quais tubos estão presentes nos racks 8, e pode definir uma sequência de retirada e de análise que permite otimizar o ritmo do dispositivo 1.

[0050] De fato, se um tubo urgente é introduzido pela portinhola 14, o planejador pode "colocar em pausa" a sequência em curso, e preparar a retirada do tubo urgente desde que a retirada do tubo em curso está terminada e que esse último foi recolocado em seu rack.

[0051] A Figura 9 representa um exemplo de uma função executada pelo planejador.

[0052] Essa Figura representa um circuito de funcionamento do planejador, que começa com uma operação 900 na qual uma função Ev() testa a presença de um evento de lançamento de análise.

[0053] Quando um tal evento é detectado, uma função PopR() é executada em uma operação 905. A função PopR() recebe como argumento uma lista Rk. A lista Rk contém os identificadores dos racks 8 de tubos 10 atualmente recebidos pelo dispositivo 1. No exemplo descrito aqui, os racks 8 são dispostos por ordem de prioridade na lista Rk, de modo que o primeiro rack 8 é aquele que deve ser tratado em prioridade etc.

[0054] A gestão da lista Rk e da introdução dos racks 8 nessa última pode ser gerida pelo planejador ou ser automatizada. No exemplo descrito aqui, os racks 8 recebidos na prateleira de carregamento 4 são classificados por ordem de proximidade à entrada do dispositivo 1, enquanto que quando um rack urgente ou um tubo urgente é introduzido, ele é colocado no topo da lista Rk. Outros métodos de gestão da lista Rk poderão ser utilizados.

[0055] A função PopR() desempilha a lista Rk e o identificador de rack 8 que resulta é estocado em uma variável R. Em seguida, em uma operação 910, uma função Intro() é executada. A função Intro() recebe a variável R como argumento e retorna uma lista Tub e uma variável L.

[0056] No exemplo descrito aqui, a função Intro() comanda o dispositivo 1 para introduzir o rack 8 do qual o identificados é dado pela variável R, assim como para proceder à mistura dos tubos 10 que ele leva.

[0057] No exemplo descrito aqui, essa introdução compreende a leitura de etiquetas levadas pelos tubos 10 que permitem determinar os identificadores dos tubos 10 em questão, assim como as análises que são exigidas. Os identificadores dos tubos 10 são estocados na lista Tub para a análise ulterior dos mesmos. A leitura dos tubos 10 permite também determinar o tempo necessário para as análises a realizar para o rack 8 designado pela variável R, e esse tempo é acrescentado à variável L, que recebe o tempo estimado para analisar todos os tubos carregados no dispositivo 1.

[0058] A função Intro() é suscetível de modificar a lista Tub em função da evolução dos tratamentos a partir da execução precedente da função Intro(), em função de um ou vários dos critérios seguintes: - o tipo de testes a realizar nos tubos recentemente introduzidos, - o estatuto de urgência de um ou de vários dos tubos recentemente introduzidos, - o grau de agitação dos tubos dentro do dispositivo, - a origem do rack dos tubos recentemente introduzidos (prateleira, tubo urgente, etc.), - o tempo de presença de cada tubo presente dentro do dispositivo.

[0059] Outros critérios poderão ser levados em consideração de acordo com as circunstâncias.

[0060] Em seguida, em uma operação 915, um teste compara a variável L a um limite LT. O limite LT corresponde ao tempo estimado para agitar os tubos de um rack 8. De fato, se o tempo total das análises restantes é inferior a esse tempo (da ordem de dois minutos no exemplo aqui descrito), é desejável carregar um novo rack, a fim de agitar esse último o mais rápido possível e de assegurar o funcionamento em ritmo máximo do dispositivo 1.

[0061] Se L é inferior a LT, então a operação 910 é repetida. No caso contrário, a análise de um tubo é testada. Para isso, em uma operação 920, um teste determina se a lista Tub está vazia por meio de uma função PopT() que recebe a lista Tub como argumento.

[0062] Se a lista Tub não está vazia, então a função PopT() determina aquele dos tubos que deve ser o próximo a ser testado. Por exemplo, no caso de um rack urgente ou de um tubo urgente introduzido na operação 910, a lista Tub pode receber os identificadores desses tubos em um local tal que esses últimos serão tratados primeiro desde que sua agitação estiver terminada. Nesse caso em questão, a lista Tub é simplesmente desempilhada, e o identificador do tubo correspondente é retornado para uma variável T.

[0063] Em outros modos de realização, a função PopT() pode ser mais complexa, e decidir em função de algoritmos intrínsecos e/ou extrínsecos qual o próximo tubo a analisar.

[0064] Em seguida, em uma operação 925, uma função Shk() determina se o tubo designado pela variável T foi suficientemente agitado. Se esse não for o caso, então uma agitação suplementar é realizada.

[0065] O tubo designado pela variável T é em seguida analisado em uma operação 930 por uma função Proc(). A função Proc() comanda o dispositivo 1 para vir buscar o tubo de identificador T em seu rack, para levar o mesmo até um dos dois órgãos de amostragem 51 e 52, e para recolocar o mesmo em seu rack uma vez que a análise tiver sido realizada. Para ir buscar o tubo de identificador T, o dispositivo 1 pode comandar a leitura das etiquetas dos tubos no rack considerado, ou utilizar uma tabela intermediária que associa cada tubo recebido dentro do dispositivo 1 a um local dado sobre uma face do agitador 30. No exemplo descrito aqui, o órgão de amostragem 51 é dedicado às análises diretas, enquanto que o órgão de amostragem 52 é dedicado às repetições de testes.

[0066] A função Proc() atualiza também a lista Tub, seja suprimindo para isso o identificador T, seja substituindo para isso esse último se uma repetição de teste for necessária. A variável L é também atualizada em consequência disso, subtraindo-se para isso a essa última o tempo da análise que estava previsto para o tubo de identificador T.

[0067] Finalmente em uma operação 935, uma função Emp() determina se a lista Tub está vazia. Se esse não for o caso, então o circuito retoma com a operação 915 para determinar se um novo rack deve ser carregado. Senão, em uma operação 940 uma operação idêntica à operação 910 é realizada. Se não houver mais racks, então todas as análises foram realizadas, e o dispositivo 1 retoma com a espera de um próximo evento na operação 900. Senão, o circuito retoma com a operação 910 para introduzir esse rack.

[0068] Quando o agitador 30 apresenta quatro suportes de recepção de rack, um deles pode ser deixado vazio em permanência a fim de servir de tampão que é utilizado para estocar um tubo de maneira temporária de acordo com as necessidades.

[0069] O fato de que o agitador 30 pode receber pelo menos três racks 8 permite garantir um ritmo ótimo em caso de necessidade de repetição de teste (também chamado Rerun/Reflex). Assim, mesmo se os três racks só contêm um tubo "útil", a continuidade do ritmo é assegurada.

[0070] De fato, antes de ser o objeto de uma retirada, os tubos devem ser o objeto de uma agitação suficiente a fim de assegurar a homogeneidade da mistura dentro de cada tubo. Isso significa que, quando um rack é introduzido dentro do dispositivo, é preciso primeiro agitar os tubos. Ora, essa operação necessita o equivalente de 4 operações de retiradas. Por consequência disso, quando dois racks podem ser recebidos, uma certa continuidade de ritmo pode ser assegurada começando para isso a agitar os tubos do segundo rack enquanto que os últimos tubos do primeiro rack são o objeto de uma retirada.

[0071] Entretanto, no caso de um tubo urgente ou de uma operação de tipo Rerun/Reflex, o ritmo é suscetível de cair, o tempo de agitar convenientemente esses tubos. O terceiro rack permite continuar a tratar um ou dois racks, ao mesmo tempo em que agita o tubo urgente ou o tubo de operação de tipo Rerun/Reflex. Assim, esses últimos são tratados o mais rápido possível, ao mesmo tempo em que se mantém um ritmo de funcionamento máximo para o dispositivo.

[0072] Quando o agitador 30 recebe 4 suportes ou mais, novas possibilidades se abrem, como a utilização de um rack tampão descrito acima, ou a possibilidade de deixar um suporte vazio em permanência, a fim de permitir a utilização de "rack urgente", quer dizer não mais um tubo, mas sim um rack inteiro de tubos que serão retirados e analisados em prioridade.

[0073] Finalmente, o dispositivo 1 pode também receber um segundo agitador similar ao agitador 30. Isso permite a utilização de tampões suplementares, e o elevador 32 e o passador 34 permitirão a transferência de um rack para um outro, no mesmo agitador ou entre os dois agitadores.

[0074] Graças ao novo paradigma proposto pela invenção, é tornado possível manter um ritmo real de 120 retiradas por hora, mesmo utilizando para isso tubos urgentes ou tendo-se racks com um só tubo útil. Para além do ritmo real melhorado, a concepção do dispositivo de acordo com a invenção abre um campo novo de tratamento das análises, visto que se torna possível determinar o caminho de retirada mais rápido, independentemente da composição dos racks e da ordem de introdução dos mesmos dentro do dispositivo 1. Em função dos dimensionamentos escolhidos para os componentes do dispositivo, o ritmo poderia ser aumentado, por exemplo para 240 retiradas por hora ou mais.

[0075] No âmbito da invenção, a Requerente aprofundou a análise mecânica e funcional dos elementos do dispositivo a fim de nivelar o funcionamento o máximo possível.

[0076] Isso levou a Requerente a definir ciclos de ação de 15 segundos, e a definir as ações seguintes: a. - carregamento de um rack a partir da prateleira dianteira e identificação desse rack e dos tubos que ele recebe, b. - agitação, c. - verificação de identificador de um tubo, preensão desse tubo, fornecimento à amostragem e recolocação no lugar desse tubo, d. - ejeção de um rack na direção da prateleira dianteira.

[0077] As ações a. a d. permitem a gestão simples das interações dentro de um dispositivo não ligado a um transportador e não próprio para fazer a triagem dos tubos e/ou racks. O planejador é disposto para gerir essas ações de acordo com uma ordem que permite otimizar o ritmo de funcionamento do dispositivo.

[0078] A Requerente também descobriu que essas ações podiam ser estendidas para automatizar a conexão do dispositivo a um transportador (referenciado 1000 na Figura 10) que permite enviar os mesmos para um outro dispositivo de agitação e de retirada (referenciado 1100 na Figura 10) que pode ser conforme ao dispositivo 1 de acordo com a invenção ou ser diferente desse último, assim como para automatizar a triagem dos tubos 10 e/ou dos racks 8 de tubos 10, para um tratamento ulterior automatizado ou manual.

[0079] Nesse caso, novas ações podem ser definidas para a gestão pelo planejador: e. carregamento de um rack a partir do transportador e identificação desse rack, f. verificação de identificador de um tubo, preensão desse tubo, fornecimento à amostragem e depois recolocação no lugar desse tubo, e carregamento simultâneo de um rack a partir da zona de espera do transportador, g. verificação de identificador de um tubo, preensão desse tubo, fornecimento à amostragem e depois recolocação no lugar desse tubo, e ejeção simultânea de um rack para a zona de espera do transportador, h. agitação e identificação de um rack, i. ejeção de um rack para o transportador, j. ejeção de um rack com decalagem para a prateleira dianteira, k. decalagem vertical de um ou vários tubos de um rack e ejeção desse rack para a prateleira dianteira com ou sem decalagem do rack, l. verificação de identificador de um tubo, preensão desse tubo, fornecimento à amostragem e recolocação no lugar desse tubo em um outro local diferente daquele de origem (rack e/ou posição no rack), m. verificação de identificador de um tubo, preensão desse tubo, fornecimento à amostragem e depois recolocação no lugar desse tubo em um outro local diferente daquele de origem (rack e/ou posição no rack), e carregamento simultâneo de um rack (a partir da zona de espera do transportador ou a partir de um outro local), n. verificação de identificador de um tubo, preensão desse tubo, fornecimento à amostragem e depois recolocação no lugar desse tubo em um outro local diferente daquele de origem (rack e posição no rack), e ejeção simultânea de um rack (na direção da zona de espera do transportador ou para um outro local), e o. verificação de identificador de um tubo, preensão desse tubo, e recolocação no lugar desse tubo em um outro local diferente daquele de origem (rack e posição no rack).

[0080] As ações e. a i. permitem gerir a conexão do dispositivo da invenção a uma instalação mais complexa em um laboratório de análises. Nesse caso, o dispositivo é suscetível de receber tubos 10 e/ou racks 8 de outros dispositivos 1100 dentro da instalação. Essa transmissão é realizada por um transportador 1000 que leva os tubos 10 e/ou os racks 8 a uma zona de espera dedicada do dispositivo 1.

[0081] As ações j. e k. permitem gerir os tubos e/ou racks para uma triagem manual na saída. De fato, um operador que vê na saída um tubo deslocado verticalmente e/ou um rack deslocado saberá que esses últimos deverão ser o objeto de um tratamento distinto, seja ele uma análise complementar ou uma reanálise. Evidentemente as dimensões do dispositivo (comprimento da prateleira, altura de saída do rack) devem estar adaptadas em consequência disso.

[0082] As ações a. a k. não necessitam de nenhuma adaptação da lógica do dispositivo descrito mais acima. A introdução de um rack (função Intro() da Figura 9), o tratamento de um tubo (função Proc() da Figura 9) e/ou de um rack (função Empt() da Figura 9) são adaptadas para introduzir uma ou várias das ações a. a k. de acordo com as necessidades.

[0083] As ações l. a o. permitem por sua parte realizar uma triagem totalmente automatizada dos tubos e/ou dos racks. De fato, permitindo para isso recolocar um tubo em um local distinto de seu local de origem, é tornado possível reorganizar de uma só vez os tubos nos diferentes racks para levar em consideração os testes que restam a realizar.

[0084] Isso apresenta várias vantagens. Os dispositivos de triagem, sejam eles dedicados ao arquivamento ou à circulação dos tubos entre vários dispositivos de uma mesma instalação são extremamente custosos, ocupam muito espaço, e necessitam ser dimensionados com precisão em relação à instalação.

[0085] Além disso, se a instalação muda de tamanho (acréscimo de outros dispositivos, ou redução de tamanho), o dispositivo de triagem se torna inadaptado, e mesmo deve ser substituído. Com a invenção, o dispositivo dedicado à triagem é pura e simplesmente suprimido, pois a triagem é internalizada. Isso significa menos custos, menos espaço, menos tempo de concepção (dimensionamento), e uma maior flexibilidade de escala (qualquer que seja o tamanho da instalação, a triagem é integrada).

[0086] Finalmente, como a triagem é integrada, um ganho de tempo considerável pode ser realizado ao nível do enchimento dos racks. De fato, não é mais necessário preparar racks que agrupam tubos com análises similares a realizar para fazer uma pré-triagem dos tubos. Os usuários podem colocar os tubos em desordem nos racks quaisquer que sejam as análises, e o dispositivo otimizará a distribuição dos tubos nos racks.

[0087] Esse tipo de tratamento automatizado é tornado possível por duas características.

[0088] A primeira característica é a capacidade do agitador de agitar pelo menos três racks simultaneamente, que permite utilizar em permanência um dos três racks como destino de ajuste.

[0089] Assim, desde que é determinado que um tubo deve ser o objeto de uma análise diferente dos tubos de seu rack de origem depois da análise corrente, esse último é recolocado depois de análise no rack de ajuste. Desde que um outro tubo é determinado como devendo ser o objeto da mesma análise, ele é também recolocado nesse rack, e assim por diante até que o rack de ajuste esteja cheio ou que um limite de tempo seja excedido, depois do que o rack de ajuste é extraído do dispositivo, na direção do transportador se houver um, ou com decalagem para a prateleira para indicar ao usuário o destino desse rack.

[0090] Por ocasião do funcionamento clássico do dispositivo, o número total de locais "vazios" nos racks recebidos (quer dizer o número de locais que não recebem tubo), é constante, visto que os tubos que são deslocados para um outro rack ou para um outro local diferente de seu local de origem deixam esse último vazio. Isso permanece o caso enquanto os racks de ajuste forem ejetados desde que eles estão cheios e que eles forem substituídos por um outro rack cheio na entrada.

[0091] Quando o rack de ajuste é extraído por solicitação do usuário ou depois de ultrapassagem de um limite de tempo, um rack vazio deve então ser introduzido no dispositivo para permitir recobrar a capacidade de ajuste.

[0092] De uma maneira geral, cada rack suplementar gerido pelo agitador permite gerir um destino de ajuste diferente. Quatro racks permitiram, portanto, gerir dois destinos de ajuste, e a adição de um segundo agitador permitirá aumentar o número de destinos de ajuste.

[0093] A segunda característica é uma mudança na gestão da lógica do dispositivo. De fato, no caso descrito em referência às ações a. a k., o dispositivo é totalmente independente do resto da cadeia, visto que um rack saíra como ele entrou, mesmo se os tubos que ele contém não serão obrigatoriamente tratados na ordem dos mesmos no rack ou se um outro rack poderá ser tratado em prioridade. Dito de outro modo, o dispositivo constitui um universo fechado não influenciado pelos outros dispositivos, mesmo quando ele está conectado a um transportador.

[0094] No caso das ações l. a o., o dispositivo é um elo de uma cadeia formada pela instalação. A esse título, a gestão pelo dispositivo é influenciada pelo estado geral da instalação.

[0095] Assim, quando um rack é introduzido no dispositivo, esse último lê as informações relativas a cada um dos tubos desse rack, tira daí para cada um deles um dado de destino, e atualiza a lista de ações a executar para cada tubo. O dado de destino indica o próximo dispositivo para o qual o tubo deve ser transportado uma vez que ele foi tratado, ou o arquivamento se não houver análise suplementar. No exemplo descrito aqui, o dado de destino é determinado a partir do identificador do tubo tendo-se acesso para isso a uma base de dados local ou deslocada. Em variante, ele pode fazer parte das informações lidas sobre o tubo.

[0096] Em seguida, quando chega o momento de realizar a análise de um tubo dado, quer dizer no momento em que o dispositivo comanda que a pinça vá pegar o tubo no rack, uma nova leitura das informações relativas ao tubo é feita para determinar se o dado de destino desse último depois da análise corrente é idêntico àquele do rack que o recebe. Se esse for o caso, então é a ação c., f., ou g. que é executada de acordo com o que é previsto para otimizar o ritmo. Senão, é a ação l., m. ou n. que é executada.

[0097] Inicialmente, nenhum rack tem um dado de destino. É por ocasião da retirada do primeiro tubo que ele recebe que ele pode se ver atribuir um dado de destino. De fato, de acordo com a invenção, quando nenhum rack apresenta um dado de destino idêntico àquele de um tubo, o rack mais antigo se vê dar esse dado de destino.

[0098] Em variante, os racks poderiam se ver atribuir um dado de destino em função dos dados de destino dos tubos que eles recebem assim como dos dados de destino dos outros racks já carregados por ocasião do carregamento do rack no dispositivo.

[0099] Assim, à medida que os tubos são tratados, a disposição dos tubos e a distribuição dos mesmos nos racks carregados no dispositivo são modificadas. Por exemplo, quando um tubo foi recolocado em um rack diferente de seu rack de origem, o tubo seguinte do rack de origem, se ele está recolocado no rack de origem, não será recolocado em seu local de origem, mas sim no local deixado vazio pelo tubo precedente.

[00100] De maneira semelhante, quando um tubo de um rack dado não deve ser o objeto de uma análise, mas que seu dado de destino é diferente daquele do rack que o recebe, um deslocamento específico do tubo pela pinça pode ser efetuado (ação o.). Esse é também o caso se um tubo recebido em um rack já carregado no dispositivo vê sua análise ser modificada e não mais corresponder à ou às análises para as quais o dispositivo é previsto.

[00101] Dentre as ações descritas acima, a ação o. é a única suscetível de impactar o ritmo na medida em que ela não prevê nenhuma análise. No entanto, esse tipo de situação deveria ser bastante raro na prática, e não pode ser evitado.

[00102] É evidente, portanto, que, se o dispositivo funciona de acordo com os mesmos princípios que aqueles expostos precedentemente, e permite obter vantagens similares, sua lógica é diferente pois eventos exteriores são suscetíveis de impactar seu funcionamento.

[00103] Por exemplo, o usuário pode decidir acrescentar um teste complementar não previsto na origem para um tubo que já está na instalação. Nesse caso, esse tubo será muito verossimilmente deslocado para um rack de destino de ajuste no decorrer de um de seus tratamentos. Além disso, todos os tubos seguintes serão também deslocados para um local distinto de seu local original. Apesar disso, graças ao dispositivo da invenção, o ritmo permanecerá máximo.

[00104] Os exemplos dados para a execução das operações l. a o. foram descritos em referência a uma instalação que compreende vários dispositivos ligados por um transportador. No entanto, elas são inteiramente combináveis com as operações j. e k. na ausência de um transportador. De fato, os racks que têm dados de destino escolhidos poderão ser deslocados para a prateleira 4 ou 6 de acordo com uma distância característica do destino em questão. Por outro lado, a informação de destino correspondente poderá ser exibida em proximidade para cada rack.

[00105] No que precede, o tempo das operações foi fixado em 15 segundos, o que oferece um bom compromisso entre granularidade das operações e eficácia de planejamento, notadamente tendo em vista o ritmo procurado de 120 retiradas por hora. Em variante, outros tempos de ações poderão ser escolhidos, em função dos compromissos e dos ritmos procurados.

[00106] De uma maneira geral, a cada vez que um rack que tinha sido introduzido vazio no dispositivo é tirado "à força" do dispositivo, quer dizer por solicitação do usuário, ou em consequência da ultrapassagem de um limite de tempo, seja isso na direção de um transportador ou na direção de uma prateleira, ele deve ser substituído. Essa substituição pode ser manual ou automatizada (por exemplo via o transportador).

[00107] O dispositivo que foi descrito acima é previsto para realizar um certo número de análises depois da amostragem dos tubos. Em variante, o dispositivo poderia estar limitado somente à amostragem, e o analisador estar deslocado.

[00108] A descrição que precede foi realizada em referência a produtos sanguíneos, no entanto a invenção encontra sua aplicação com o tratamento de todos os tipos de líquidos biológicos e em especial os fluidos corporais.

Claims

1. Dispositivo de agitação e de retirada de amostras de líquidos biológicos que compreende um agitador (30) de racks (8) de tubos (10), um órgão de amostragem (51, 52) próprio para realizar uma retirada de amostra de líquidos biológicos dentro de um tubo (10), e um passador (34) capaz de pegar um tubo (10) em um rack (8) recebido no agitador (30) e de deslocar o mesmo até o órgão de amostragem (51, 52), caracterizado pelo fato de que o agitador (30) é capaz de agitar pelo menos três racks (8) simultaneamente, e de que compreende por outro lado um planejador capaz de determinar dados de destino para um tubo (10) e dados de destino para o rack (8) que recebe esse tubo (10), e de determinar para cada tubo (10) um local final em função dos dados de destino do tubo (10) e dos dados de destino dos racks (8) recebidos no dispositivo, local final esse que designa um rack (8) recebido no agitador (30) e uma posição nesse rack (8) e pode ser diferente do local do tubo (10) quando o rack (8) que o recebia foi introduzido no dispositivo (1), e disposto para comandar o passador (34) para pegar um tubo (10), apresentar o mesmo ao órgão de amostragem (51, 52) e recolocar o mesmo depois de retirada no dito local final.

2. Dispositivo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que o planejador é disposto, para um tubo (10) dado, para escolher o local final entre os locais livres em um rack (8) que apresente os mesmos dados de destino que o tubo (10) dado.

3. Dispositivo de acordo com a reivindicação 2, caracterizado pelo fato de que o planejador é disposto para determinar como local final em um rack (8) dado o primeiro local vazio no rack (8) dado.

4. Dispositivo de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, caracterizado pelo fato de que o planejador é disposto para zerar os dados de destino associados a um rack (8) dado por ocasião de sua introdução no dispositivo (1).

5. Dispositivo de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, caracterizado pelo fato de que o planejador é disposto, quando nenhum rack (8) apresenta os mesmos dados de destino que um tubo (10) pego pelo passador (34), para atribuir os dados de destino associados a esse tubo (10) a um rack (8) ao qual nenhum dado de destino está associado.

6. Dispositivo de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, caracterizado pelo fato de que o planejador é disposto para comandar o passador (34) para deslocar verticalmente um tubo (10) recebido em um rack (8) em função dos dados de destino associados a esse tubo (10).

7. Dispositivo de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, caracterizado pelo fato de que o planejador é disposto para comandar o passador (34) para fazer um rack (8) sair do dispositivo (1), e para dispor o mesmo em uma posição de saída que varia em função dos dados de destino associados ao rack (8).

8. Dispositivo de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, caracterizado pelo fato de que o planejador é disposto para fazer um rack (8) que apresenta locais vazios sair do dispositivo (1), em resposta a um comando do usuário ou em resposta à ultrapassagem de um tempo escolhido.

9. Dispositivo de acordo com a reivindicação 7 ou 8, caracterizado pelo fato de que o planejador é disposto, depois de ter feito sair um rack (8) que apresenta locais vazios, para fazer entrar no dispositivo (1) um rack (8) que apresenta um número de locais vazios pelo menos igual.

10. Dispositivo de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, caracterizado pelo fato de que compreende por outro lado uma zona para a conexão a um transportador de racks (8).

11. Processo de agitação e de retirada de tubos caracterizado pelo fato de que compreende as operações seguintes: a. introduzir pelo menos um rack (8) que recebe pelo menos um tubo (10) que contém pelo menos um líquido biológico dentro de um dispositivo (1) de agitação e de retirada de amostras de líquidos biológicos como definido na reivindicação 1, b. determinar dados de destino para cada tubo (10) dentro do dispositivo (1) e dados de destino para cada rack (8) que recebe um desses tubos (10), c. determinar para cada tubo (10) recebido dentro do dispositivo (1) um local final em função dos dados de destino do tubo (10) e dos dados de destino dos racks (8) recebidos dentro do dispositivo (1), local final esse que designa um rack (8) recebido dentro do dispositivo (1) e uma posição nesse rack (1), e pode ser diferente do local do tubo (10) quando o rack (8) que o recebia foi introduzido dentro do dispositivo (1), d. realizar a retirada de amostras de líquidos biológicos em cada tubo (10) recebido dentro do dispositivo (1), e. colocar o tubo (10) em seu local final depois da operação d.