BR112018005721B1

BR112018005721B1 - Aparelho

Info

Publication number: BR112018005721B1
Application number: BR112018005721-5A
Authority: BR
Inventors: Cortney E. Henderson; Tamara S. Vetro Widenhouse; Charles J. Scheib
Original assignee: Ethicon Llc
Priority date: 2015-09-24
Filing date: 2016-09-21
Publication date: 2022-11-16
Also published as: EP3146913B1; WO2017053354A2; JP2018528024A; US20170086825A1; BR112018005721A2; JP6821666B2; EP3146913A3; CN108135617A; EP3146913A2; US10307165B2; CN108135617B; WO2017053354A3; US20180085894A1

Abstract

APARELHO E MÉTODO PARA AGRUPAR RADIALMENTE UM LÚMEN CORPORAL A presente invenção refere- se a um aparelho que inclui uma porção de trava, uma porção de tração flexível, um corpo flexível e uma pluralidade de recursos farpados que se estendem lateralmente a partir do corpo. A porção de trava é configurada para receber a porção de tração. A porção de tração é configurada para engatar e trasladar em relação à porção de trava após a porção de trava ter recebido a porção de tração. O corpo flexível estende-se a partir da porção de trava até a porção de tração. O corpo flexível é configurado para formar um laço quando a porção de tração engata na porção de trava. O laço é configurado para diminuir de tamanho em resposta à tração da porção de tração em relação à porção de trava. Os recursos farpados são configurados para engatar em uma região tubular do tecido e, dessa forma, formar pregas na região tubular do tecido.

Description

ANTECEDENTES

[0001] Em alguns procedimentos cirúrgicos (por exemplo, colorretal, bariátrico, torácico, etc.), as porções do trato digestivo de um paciente (por exemplo, o trato gastrointestinal e/ou esôfago, etc.) podem ser cortadas e removidas para eliminar o tecido indesejável ou por outras razões. Uma vez que o tecido é removido, as porções restantes do trato digestivo podem ser acopladas em uma anastomose de extremidade a extremidade. A anastomose de extremidade a extremidade pode fornecer uma trajetória de fluxo substancialmente desobstruída de uma porção do trato digestivo para a outra porção do trato digestivo, sem também fornecer qualquer tipo de vazamento no local da anastomose.

[0002] Um exemplo de um instrumento que pode ser usado para fornecer uma anastomose de extremidade a extremidade é um grampeador circular. Alguns desses grampeadores funcionam de modo a prender camadas de tecido, cortar através das camadas de tecido presas e fazer com que os grampos atravessem as camadas presas de tecido para selar substancialmente as camadas de tecido em conjunto perto das extremidades separadas das camadas de tecido, unindo, assim, duas extremidades separadas de um lúmen anatômico em conjunto. O grampeador circular pode ser configurado para cortar o tecido e selar o tecido substancialmente simultaneamente. Por exemplo, o grampeador circular pode separar o tecido em excesso, que está na parte interna de uma matriz anular de grampos em uma anastomose, para fornecer uma transição substancialmente suave entre as seções de lúmen anatômico que são unidas na anastomose. Os grampeadores circulares podem ser usados em procedimentos abertos ou em procedimentos endoscópicos. Em alguns casos, uma porção do grampeador circular é inserida através do orifício que ocorre naturalmente em um paciente.

[0003] Exemplos de grampeadores circulares são descritos na Patente US N° 5.205.459, intitulada "Surgical Anastomoseis Stapling Instrument", concedida em 27 de abril de 1993; na Patente US N° 5.271.544, intitulada "Surgical Anastomosis Stapling Instrument", concedida em 21 de dezembro de 1993; na Patente US N° 5.275.322, intitulada "Surgical Anastomosis Stapling Instrument", concedida em 4 de janeiro de 1994; na Patente US N° 5.285.945, intitulada "Surgical Anastomosis Stapling Instrument", concedida em 15 de fevereiro de 1994; na Patente US N° 5.292.053, intitulada "Surgical Anastomosis Stapling Instrument", concedida em 8 de março de 1994; na Patente US N° 5.333.773, intitulada "Surgical Anastomosis Stapling Instrument", concedida em 2 de agosto de 1994; na Patente US N° 5.350.104, intitulada "Surgical Anastomosis Stapling Instrument", concedida em 27 de setembro de 1994; na Patente US N° 5.533.661, intitulada "Surgical Anastomosis Stapling Instrument", concedida em 9 de julho de 1996; e na Patente US N° 8.910.847, intitulada "Low Cost Anvil Assembly for a Circular Stapler", publicada em 16 de dezembro de 2014. A descrição de cada uma das patentes US supracitadas está incorporada na presente invenção a título de referência.

[0004] Alguns grampeadores circulares podem incluir um mecanismo de acionamento motorizado. Exemplos de grampeadores circulares com mecanismos de acionamento motorizados são descritos na publicação de patente US. n° 2015/0083772, intitulada "Surgical Stapler with Rotary Cam Drive and Return," publicada em 26 de março de 2015; publicação US n° 2015/0083773, intitulada "Surgical Stapling Instrument with Drive Assembly Having Toggle Features," publicada em 26 de março de 2015; publicação US n° 2015/0083774, intitulada "Control Features for Motorized Surgical Stapling Instrument," publicada em 26 de março de 2015; e na publicação US n° 2015/0083775, intitulada "Surgical Stapler with Rotary Cam Drive," publicada em 26 de março de 2015. A divulgação de cada um dos Pedidos de Patente US supracitados está incorporada na presente invenção a título de referência.

[0005] Apesar de vários tipos de instrumentos de grampeamento cirúrgico e componentes associados terem sido produzidos e usados, acredita-se que ninguém antes do(s) inventor(es) tenha produzido ou usado a invenção descrita nas reivindicações em anexo.

BREVE DESCRIÇÃO DOS DESENHOS

[0006] Embora o relatório descritivo conclua com reivindicações que especificamente indicam e distintamente reivindicam esta tecnologia, acredita-se que esta tecnologia será mais bem compreendida a partir da descrição a seguir de certos exemplos, tomada em conjunto com os desenhos anexos, nos quais números de referência iguais identificam elementos iguais, e em que:

[0007] a Figura 1 representa uma vista em perspectiva de um grampeador circular exemplificador;

[0008] a Figura 2 representa uma vista em perspectiva do grampeador circular da Figura 1, com uma bateria removida de um conjunto de cabo e uma bigorna removida de um conjunto de cabeça de grampeamento;

[0009] a Figura 3 representa uma vista em perspectiva da bigorna do grampeador circular da Figura 1;

[0010] a Figura 4 representa uma vista em perspectiva do conjunto de cabeça de grampeamento do grampeador circular da Figura 1;

[0011] a Figura 5 representa uma vista em perspectiva explodida do conjunto de cabeça de grampeamento da Figura 4;

[0012] a Figura 6 representa uma vista em perspectiva explodida do grampeador circular da Figura 1, com as porções do conjunto de eixo mostradas separadamente umas das outras;

[0013] a Figura 7 representa uma vista esquemática de uma porção inferior do trato gastrointestinal de um paciente, com um grampeador endocortador sendo utilizado para grampear e cortar o trato gastrointestinal em um primeiro local, e o grampeador endocortador sendo utilizado para grampear e cortar o trato gastrointestinal em um segundo local, dividindo, assim, o trato gastrointestinal em uma porção superior, uma porção transeccionada, e uma porção inferior durante um procedimento cirúrgico;

[0014] a Figura 8 representa uma vista esquemática do trato gastrointestinal da Figura 7 durante outra etapa do procedimento cirúrgico da Figura 7, que mostra a bigorna da Figura 3 posicionada na porção superior do trato gastrointestinal e o conjunto de cabeça de grampeamento da Figura 4 posicionado na porção inferior do trato gastrointestinal, com a bigorna, o conjunto de cabeça de grampeamento e as regiões adjacentes do trato gastrointestinal mostrados em seção transversal;

[0015] a Figura 9 representa uma vista esquemática do trato gastrointestinal da Figura 7 durante outra etapa do procedimento cirúrgico da Figura 7, que mostra a porção superior e a porção inferior do trato gastrointestinal do paciente sendo comprimidas entre a bigorna e o conjunto de cabeça de grampeamento do grampeador circular da Figura 1, com a bigorna, o conjunto de cabeça de grampeamento e as regiões adjacentes do trato gastrointestinal mostrados em seção transversal;

[0016] a Figura 10 representa uma vista esquemática do trato gastrointestinal da Figura 7 após a finalização do procedimento cirúrgico da Figura 7, com as porções superior e inferior do trato gastrointestinal do paciente unidas por grampos instalados a partir do grampeador circular da Figura 1, fornecendo uma anastomose entre as porções superior e inferior do trato gastrointestinal do paciente, com a anastomose e as regiões adjacentes do trato gastrointestinal mostradas em seção transversal;

[0017] a Figura 11 representa uma vista em perspectiva de um membro de cilhamento farpado exemplificador;

[0018] a Figura 12 representa uma vista em perspectiva de um recurso farpado exemplificador do membro de cilhamento da Figura 11;

[0019] a Figura 13 representa uma vista em seção transversal do recurso farpado da Figura 12, tomada ao longo da linha 13-13 da Figura 12;

[0020] a Figura 14 representa uma vista em seção transversal do recurso farpado da Figura 12, tomada ao longo da linha 14-14 da Figura 12;

[0021] a Figura 15 representa uma vista de extremidade de um recurso farpado alternativo que pode ser incorporado ao membro de cilhamento da Figura 11;

[0022] a Figura 16A representa uma vista em perspectiva em seção transversal parcial do membro de cilhamento farpado da Figura 11 posicionado adjacente a um cólon, com uma bigorna similar a um cilindro exemplificadora dentro do cólon, e com o membro de cilhamento farpado em uma configuração reta;

[0023] a Figura 16B representa uma vista em perspectiva em seção transversal parcial do membro de cilhamento farpado da Figura 11 enrolado em torno do cólon e do mandril da Figura 16A;

[0024] a Figura 16C representa uma vista em perspectiva do membro de cilhamento farpado da Figura 11 enrolado em torno do cólon da Figura 16A, com o mandril removido, e com o membro de cilhamento farpado apertando o cólon;

[0025] a Figura 16D representa uma vista em perspectiva do membro de cilhamento farpado da Figura 11 enrolado em torno do cólon da Figura 16A, com o conjunto de cabeça de grampeamento da Figura 4 sendo posicionado na porção inferior do cólon, abaixo da região cilhada do cólon;

[0026] a Figura 16E representa uma vista em perspectiva do membro de cilhamento farpado da Figura 11 enrolado em torno do cólon da Figura 16A, com o conjunto de cabeça de grampeamento da Figura 4 posicionado na porção inferior do cólon abaixo da região cilhada do cólon, com a bigorna da Figura 3 posicionada em uma porção superior do cólon, com as porções superior e inferior do cólon separadas uma da outra;

[0027] a Figura 17 representa uma vista em perspectiva explodida de um conjunto de grampeamento de tecido exemplificador;

[0028] a Figura 18 representa uma vista lateral em seção transversal do conjunto de grampeamento de tecido da Figura 17, com uma bigorna do conjunto de adesão de tecido fixada à parte externa de um cólon, e o cartucho de grampos e o acionador de grampo do conjunto de grampeamento de tecido situados dentro do cólon;

[0029] a Figura 19 representa uma vista lateral em seção transversal ampliada do conjunto de grampeamento de tecido da Figura 17, com a bigorna fixada à parte externa do cólon e o cartucho de grampos e o acionador de grampo situados dentro do cólon;

[0030] a Figura 20 representa uma vista em perspectiva em recorte parcial do conjunto de grampeamento de tecido da Figura 17 fixado ao cólon;

[0031] a Figura 21 representa uma vista em perspectiva de uma sutura e de grampos do conjunto de grampeamento de tecido da Figura 17 fixados ao cólon, com o cólon contraído em uma configuração cilhada; e

[0032] a Figura 22 representa uma vista em perspectiva da sutura e dos grampos da Figura 21 fixados ao cólon, com o conjunto de cabeça de grampeamento da Figura 4 posicionado na porção inferior do cólon abaixo da região cilhada do cólon, com a bigorna da Figura 3 posicionada em uma porção superior do cólon, com as porções superior e inferior do cólon separadas uma da outra.

[0033] Os desenhos não pretendem ser limitadores de modo algum e contempla-se que várias modalidades da tecnologia podem ser executadas em uma variedade de outras maneiras, incluindo aquelas não necessariamente representadas nos desenhos. Os desenhos incorporados em anexo e formando uma parte do relatório descritivo ilustram vários aspectos da presente tecnologia e, em conjunto com a descrição, servem para explicar os princípios da tecnologia; entende- se, entretanto, que esta tecnologia não se limita precisamente às disposições mostradas.

DESCRIÇÃO DETALHADA

[0034] A descrição a seguir de certos exemplos da tecnologia não deve ser usada para limitar o seu escopo. Outros exemplos, recursos, aspectos, modalidades e vantagens da tecnologia se tornarão evidentes aos versados na técnica com a descrição a seguir, que é por meio de ilustrações, um dos melhores modos contemplados para realização da tecnologia. Conforme será compreendido, a tecnologia aqui descrita é capaz de outros aspectos diferentes e óbvios, todos sem desconsiderar a invenção. Consequentemente, os desenhos e as descrições devem ser considerados como de natureza ilustrativa e não restritiva.

I. Visão geral do instrumento cirúrgico de grampeamento circular exemplificador

[0035] As Figuras 1 a 2 representam um instrumento de grampeamento circular cirúrgico exemplificador 10 que pode ser usado para fornecer uma anastomose de extremidade a extremidade entre duas seções de um lúmen anatômico, como uma porção do trato digestivo de um paciente. O instrumento 10 deste exemplo compreende um conjunto de cabo 100, um conjunto do eixo 200, um conjunto de cabeça de grampeamento 300, uma bigorna 400 e uma bateria removível 120. Cada um destes componentes será descrito com mais detalhes abaixo. Deve-se compreender que, em adição a ou em lugar do que se segue, o instrumento 10 pode ser adicionalmente construído e operável de acordo com ao menos alguns dos ensinamentos do pedido de Patente US N° 14/751.506, intitulado "Anvil Stabilization Features for Surgical Stapler", depositado em 26 de junho de 2015; Patente US N° 5.205.459; Patente US N° 5.271.544; Patente US N° 5.275.322; Patente US N° 5.285.945; Patente US N° 5.292.053; Patente US N° 5.333.773; Patente US N° 5.350.104; Patente US N° 5.533.661; e/ou a Patente US N° 8.910.847, cuja revelação está aqui incorporada a título de referência. Ainda outras configurações adequadas serão evidentes para um versado na técnica em vista dos ensinamentos aqui descritos.

A. Recursos de engate de tecido exemplificadores do instrumento de grampeamento circular

[0036] Conforme se pode observar melhor na Figura 3, a bigorna 400 do presente exemplo compreende uma cabeça 410 e uma haste 420. A cabeça 410 inclui uma superfície proximal 412 que define uma pluralidade de bolsos formadores de grampos 414. Os bolsos formadores de grampos 414 estão dispostos em duas matrizes anulares concêntricas no presente exemplo. Os bolsos formadores de grampos 414 são configurados para deformar os grampos conforme os grampos são movidos pra dentro dos bolsos formadores de grampos 414 (por exemplo, deformam um grampo em formato genericamente de "U" em um formato de "B", conforme é conhecido na técnica). A haste 420 define um orifício ou lúmen 422 e inclui um par de membros de trava pivotantes 430 posicionados no orifício 422. Cada membro de trava 430 inclui recursos que possibilitam que a bigorna 400 seja presa de modo removível a um trocarte 330 do conjunto de cabeça de grampeamento 300, conforme será descrito com mais detalhes abaixo. Deve-se compreender, no entanto, que a bigorna 400 pode ser presa de modo removível a um trocarte 330 com o uso de quaisquer outros componentes, recursos ou técnicas.

[0037] O conjunto de cabeça de grampeamento 300 está localizado na extremidade distal do conjunto de eixo 200. Como mostrado nas Figuras 1 e 2, a bigorna 400 está configurada para se acoplar de modo removível ao conjunto do eixo 200, adjacente ao conjunto de cabeça de grampeamento 300. Conforme será descrito com mais detalhes abaixo, a bigorna 400 e o conjunto de cabeça de grampeamento 300 estão configurados para cooperar com a manipulação do tecido de três maneiras, incluindo apertando o tecido, cortando o tecido e grampeando o tecido. Conforme se pode observar melhor nas Figuras 4 e 5, o conjunto de cabeça de grampeamento 300 do presente exemplo compreende um invólucro tubular 310 que abriga um membro acionador de grampo deslizante 350. Um membro de núcleo interno cilíndrico 312 se estende distalmente dentro do invólucro tubular 310. O invólucro tubular 310 é preso de modo fixo a uma bainha externa 210 do conjunto de eixo 200, de modo que o invólucro tubular 310 serve como um solo mecânico para o conjunto de cabeça de grampeamento 300.

[0038] O trocarte 330 está posicionado coaxialmente dentro do membro de núcleo interno 312 do invólucro tubular 310. O trocarte 330 é operável para trasladar distal e proximalmente em relação ao invólucro tubular 310 em resposta à rotação de um botão 130 situado na extremidade proximal do conjunto de cabo 100. O trocarte 330 compreende um eixo 332 e uma cabeça 334. A cabeça 334 inclui uma ponta pontiaguda 336 e uma superfície proximal que se estende para dentro 338. A cabeça 334 e a porção distal do eixo 332 estão configuradas para inserção no furo 422 da bigorna 420. A superfície proximal 338 está configurada para complementar os recursos dos membros de trava 430 para fornecer um encaixe por pressão entre a bigorna 400 e o trocarte 330.

[0039] O membro acionador de grampo 350 é operável para atuar longitudinalmente dentro do invólucro tubular 310 em resposta à ativação do motor 160 como será descrito em maior detalhe abaixo. O membro acionador de grampo 350 inclui duas matrizes anulares concêntricas apresentadas distalmente de acionadores de grampos 352. Os acionadores de grampos 352 estão dispostos para corresponder com a disposição dos bolsos formadores de grampos 414 descritos acima. Assim, cada acionador de grampo 352 está configurado para acionar um grampo correspondente para um bolso formador de grampos correspondente 414 quando o conjunto de cabeça de grampeamento 300 é acionado. O membro acionador de grampo 350 também define um furo 354 que está configurado para receber coaxialmente um membro de núcleo 312 de invólucro tubular 310.

[0040] Um membro de faca cilíndrico 340 está posicionado coaxialmente dentro do membro acionador de grampo 350. O membro de faca 340 inclui uma borda de corte circular afiada, apresentada distalmente 342. O membro de faca 340 é dimensionado de tal modo que o membro de faca 340 define um diâmetro externo que é menor que o diâmetro definido pela matriz anular interna dos acionadores de grampos 352. O membro de faca 340 também define uma abertura que está configurada para receber coaxialmente um membro de núcleo 312 de invólucro tubular 310.

[0041] Um membro de plataforma 320 está preso fixamente ao invólucro tubular 310. O membro de plataforma 320 inclui uma superfície de plataforma apresentada distalmente 322 que define duas matrizes anulares concêntricas de aberturas de grampos 324. As aberturas de grampos 324 estão dispostas para corresponder com a disposição dos acionadores de grampos 352 e os bolsos formadores de grampos 414 descritos acima. Dessa forma, cada abertura de grampo 324 está configurada para fornecer uma trajetória para um correspondente acionador de grampo 352 para acionar um grampo correspondente através do membro de plataforma 320 e para dentro de um bolso formador de grampos correspondente 414 quando o conjunto de cabeça de grampeamento 300 é acionado. Deve-se compreender que a disposição das aberturas de grampos 322 pode ser modificada exatamente como a disposição de bolsos formadores de grampos 414 como descrito acima. Também deve ser entendido que várias estruturas e técnicas podem ser usadas para conter os grampos dentro do conjunto de cabeça de grampeamento 300 antes do conjunto de cabeça de grampeamento 300 ser acionado. O membro de plataforma 320 define um diâmetro interno que é apenas um pouco maior que o diâmetro externo definido pelo membro de faca 340. O membro de plataforma 320 é assim configurado para permitir que o membro de faca 340 se transforme distalmente para um ponto em que a borda de corte 342 é distal à superfície de plataforma 322.

[0042] A Figura 6 mostra vários componentes do conjunto de eixo 200, que estende-se distalmente a partir do conjunto de cabo 100 e que acopla os componentes do conjunto de cabeça de grampeamento 300 com os componentes do conjunto de cabo 100. Em particular, e como mencionado acima, o conjunto de eixo 200 inclui uma bainha externa 210 que se estende entre o conjunto de cabo 100 e o invólucro tubular 310. No presente exemplo, a bainha externa 210 é rígida e inclui uma seção curva pré-formada que é configurada para facilitar o posicionamento do conjunto de cabeça de grampeamento 300 dentro do cólon de um paciente.

[0043] O conjunto de eixo 200 inclui ainda uma haste de acionamento de trocarte 220 e um conjunto de banda de acionamento de trocarte 230. A extremidade distal do conjunto da banda de acionamento do trocarte 230 é presa fixamente à extremidade proximal do eixo de trocarte 332. A extremidade proximal do conjunto de banda de acionamento do trocarte 230 é presa de modo fixo à extremidade distal da haste de acionamento do trocarte 220, de modo que o trocarte 330 traslada longitudinalmente em relação à bainha externa 210 em resposta à translação do conjunto de banda de acionamento do trocarte 230 e da haste de acionamento do trocarte 220 em relação à bainha externa 210. O conjunto de banda de acionamento de trocarte 230 está configurado para se flexionar, de modo que o conjunto de banda de acionamento de trocarte 230 pode seguir ao longo da curva pré-formada no conjunto de eixo 200 à medida que o conjunto de banda de acionamento de trocarte 230 é transladado longitudinalmente em relação à bainha externa 210. Entretanto, o conjunto de banda de acionamento de trocarte 230 tem uma resistência de coluna e resistência à tração suficientes para transferir forças distal e proximal da haste de acionamento de trocarte 220 para o eixo de trocarte 332. A haste de acionamento do trocarte 220 é rígida. Um grampo 222 está preso fixamente à haste de acionamento de trocarte 220 e está configurado para cooperar com as características complementares dentro do conjunto de cabo 100 para impedir que a haste de acionamento de trocarte 220 gire dentro do conjunto de cabo 100 enquanto ainda permite que haste de acionamento de trocarte 220 translade longitudinalmente dentro do conjunto de cabo 100. A haste de acionamento do trocarte 220 inclui ainda um roscamento helicoidal grosso 224 e um roscamento helicoidal fino 226.

[0044] O conjunto de eixo 200 inclui ainda um acionador de conjunto de cabeça de grampeamento 240 que é recebido de modo deslizante dentro da bainha externa 210. A extremidade distal do acionador de conjunto de cabeça de grampeamento 240 é presa fixamente à extremidade proximal do membro acionador de grampo 350. A extremidade proximal do acionador de conjunto da cabeça de grampeamento 240 é presa a um suporte de acionamento 250 através de um pino 242. Deve-se, portanto, entender que o membro acionador de grampo 350 translada longitudinalmente em relação à bainha externa 210 em resposta à translação do acionador de conjunto de cabeça de grampeamento 240 e do suporte de acionamento 250 em relação à bainha externa 210. O acionador de conjunto de cabeça de grampeamento 240 está configurado para se flexionar, de modo que o acionador de conjunto de cabeça de grampeamento 240 pode seguir ao longo da curva pré-formada no conjunto de eixo 200 à medida que o acionador de conjunto de cabeça de grampeamento 240 é transladado longitudinalmente em relação à bainha externa 210. Entretanto, o acionador de conjunto de cabeça de grampeamento 240 tem uma resistência de coluna suficiente para transferir forças distais do suporte de acionamento 250 para o membro acionador de grampo 350.

B. Recursos de entrada do usuário exemplificadores do instrumento de grampeamento circular

[0045] Como mostrado na Figura 1, o conjunto de cabo 100 inclui uma empunhadura da pistola 112 e vários componentes que são operáveis para atuar a bigorna 400 e o conjunto de cabeça de grampeamento 300. Em particular, o conjunto de cabo 100 inclui um botão 130, um gatilho de segurança 140, um gatilho de disparo 150, um motor 160 e um módulo de ativação do motor 180. O botão 130 é acoplado à haste de acionamento do trocarte 220 através de uma porca não mostrada, de modo que a rosca helicoidal grossa 224 engata seletivamente em um recurso de engate de rosca dentro do interior da porca; e de modo que a rosca helicoidal fina 226 encaixa seletivamente em um recurso de engate de rosca dentro do interior do botão 130. Essas estruturas complementares são configuradas de modo que a haste de acionamento do trocarte 220 transladará primeiro proximalmente a uma taxa relativamente baixa, e, então, transladará proximalmente a uma taxa relativamente rápida, em resposta à rotação do botão 130.

[0046] Deve-se compreender que quando a bigorna 400 está acoplada com o trocarte 330, a rotação do botão 130 fornecerá a translação correspondente da bigorna em relação ao conjunto de cabeça de grampeamento 300. Deve-se também compreender que o botão 130 pode ser girado em uma primeira direção angular (por exemplo, no sentido horário) para retrair a bigorna 400 em direção ao conjunto de cabeça de grampeamento 300; e em uma segunda direção angular (por exemplo, no sentido anti-horário) para avançar a bigorna 400 na direção oposta ao conjunto de cabeça de grampeamento 300. O botão 130 pode, portanto, ser usado para ajustar a distância de vão entre superfícies opostas 412, 322 da bigorna 400 e o conjunto de cabeça de grampeamento 300 até que uma distância de vão adequada d tenha sido alcançada.

[0047] O gatilho de disparo 150 é operável para ativar o motor 160 para acionar, assim, o conjunto de cabeça de grampeamento 300. O gatilho de segurança 140 é operável para bloquear seletivamente o acionamento do gatilho de disparo 150 com base na posição longitudinal da bigorna 400 em relação ao conjunto de cabeça de grampeamento 300. O conjunto de cabo 100 inclui também componentes que são operáveis para bloquear seletivamente ambos os gatilhos 140, 150 com base na posição da bigorna 400 em relação ao conjunto de cabeça de grampeamento 300. Quando os gatilhos 140, 150 são bloqueados, o gatilho de disparo 150 é impedido de iniciar a atuação do conjunto de cabeça de grampeamento 300. Dessa forma, o gatilho 150 é operável apenas para iniciar o acionamento do conjunto de cabeça de grampeamento 300 quando a posição da bigorna 400 em relação ao conjunto de cabeça de grampeamento 300 está dentro de uma faixa pré-definida.

[0048] No presente exemplo, o gatilho de disparo 150 do presente exemplo inclui uma pá de acionamento integral, como a pá mostrada e descrita no pedido de Patente US N° 14/751.231, intitulado "Surgical Stapler with Reversible Motor", depositado em 26 de junho de 2015, cuja revelação está aqui incorporada a título de referência. A pá é configurada para acionar uma chave do módulo de acionamento de motor 180 (Figura 1) quando o gatilho de disparo 150 é articulado para uma posição disparada. O módulo de acionamento de motor 180 está em comunicação com a bateria 120 e o motor 160, de modo que o módulo de acionamento de motor 180 está configurado para fornecer o acionamento do motor 160 com energia elétrica da bateria 120 em resposta à pá que aciona a chave do módulo de acionamento de motor 180. Dessa forma, o motor 160 será ativado quando o gatilho de disparo 150 for girado. Este acionamento do motor 160 vai atuar o conjunto de cabeça de grampeamento 300, como descrito em maior detalhe abaixo.

[0049] A bateria 120 é operável para fornecer energia elétrica a um motor 160, conforme observado acima. A bateria 120 pode ser acoplada de modo removível ao conjunto de cabo 100 através de um encaixe por pressão ou qualquer outro meio adequado. Deve-se compreender que a bateria 120 e o conjunto de cabo 100 podem ter contatos elétricos complementares, pinos e soquetes e/ou outros recursos que fornecem trajetórias para a comunicação elétrica da bateria 120 com componentes alimentados eletricamente no conjunto de cabo 100 quando a bateria 120 é acoplada ao conjunto de cabo 100. Também deve ser entendido que, em algumas versões, a bateria 120 é incorporada de forma unitária dentro do conjunto de cabo 100, de modo que a parte posterior da bateria 120 não pode ser removida do conjunto de cabo 100.

C. Procedimento de anastomose exemplificador com um instrumento de grampeamento circular

[0050] As Figuras 7 a 10 mostram um procedimento cirúrgico exemplificador para fornecer uma anastomose cirúrgica com o uso do instrumento 10. Em vários casos, uma anastomose pode ser feita para remover uma seção do trato gastrointestinal (GI) de um paciente. No presente exemplo, múltiplas porções do cólon de um paciente são cortadas e grampeadas para ressecar uma porção doente C’ do cólon C. As porções cortadas e grampeadas remanescentes do cólon C são então anastomosadas juntas, conforme discutido com mais detalhes abaixo.

[0051] Conforme mostrado na Figura 7, múltiplos grampeadores endocortadores 1000 podem ser inseridos em um paciente para cortar e grampear porções do cólon de um paciente C. Somente a título de exemplo, grampeadores endocortadores 1000 podem ser construídos e operáveis de acordo com ao menos alguns dos ensinamentos da Patente US N° 4.805.823, intitulada "Pocket Configuration for Internal Organ Staplers", concedida em 21 de fevereiro de 1989; Patente US N° 5.415.334, intitulada "Surgical Stapler and Staple Cartridge", concedida em 16 de maio de 1995; Patente US N° 5.465.895, intitulada "Surgical Stapler Instrument", concedida em 14 de novembro de 1995; Patente US N° 5.597.107, intitulada "Surgical Stapler Instrument", concedida em 28 de janeiro de 1997; Patente US N° 5.632.432, intitulada "Surgical Instrument", concedida em 27 de maio de 1997; Patente US N° 5.673.840, intitulada "Surgical Instrument", concedida em 7 de outubro de 1997; Patente US N° 5.704.534, intitulada "Articulation Assembly for Surgical Instruments", concedida em 6 de janeiro de 1998; Patente US N° 5.814.055, intitulada "Surgical Clamping Mechanism", concedida em 29 de setembro de 1998; Patente US N° 6.978.921, intitulada "Surgical Stapling Instrument Incorporating an E-Beam Firing Mechanism", concedida em 27 de dezembro de 2005; Patente US N° 7.000.818, intitulada "Surgical Stapling Instrument Having Separate Distinct Closing and Firing Systems", concedida em 21 de fevereiro de 2006; Patente US N° 7.143.923, intitulada "Surgical Stapling Instrument Having a Firing Lockout for an Unclosed Anvil", concedida em 05 de dezembro de 2006; Patente US N° 7.303.108, intitulada "Surgical Stapling Instrument Incorporating a Multi-Stroke Firing Mechanism with a Flexible Rack", concedida em 4 de dezembro de 2007; Patente US N° 7.367.485, intitulada "Surgical Stapling Instrument Incorporating a Multistroke Firing Mechanism Having a Rotary Transmission", concedida em 6 de maio de 2008; Patente US N° 7.380.695, intitulada "Surgical Stapling Instrument Having a Single Lockout Mechanism for Prevention of Firing", concedida em 3 de junho de 2008; Patente US N° 7.380.696, intitulada "Articulating Surgical Stapling Instrument Incorporating a Two-Piece E-Beam Firing Mechanism", concedida em 03 de junho de 2008; Patente US N° 7.404.508, intitulada "Surgical Stapling and Cutting Device", concedida em 29 de julho de 2008; Patente US N° 7.434.715, intitulada "Surgical Stapling Instrument Having Multistroke Firing with Opening Lockout", concedida em 14 de outubro de 2008; Patente US N° 7.721.930, intitulada "Disposable Cartridge with Adhesive for Use with a Stapling Device", concedida em 25 de maio de 2010; Patente US N° 8.408.439, intitulada "Surgical Stapling Instrument with An Articulatable End Effector", concedida em 2 de abril de 2013; e Patente US N° 8.453.914, intitulada "Motor-Driven Surgical Cutting Instrument with Electric Actuator Directional Control Assembly", concedida 4 de junho de 2013. A descrição de cada uma das patentes US supracitadas está incorporada na presente invenção a título de referência.

[0052] No exemplo mostrado, grampeadores endocortadores 1000 são inseridos no corpo laparoscopicamente através de respectivos trocartes. O grampeador endocortador 1000 compreende um eixo 1120 e um atuador de extremidade 1110 que se estende a partir do eixo 1120. O atuador de extremidade 1110 compreende uma primeira garra 1112 e uma segunda garra 1114. A primeira garra 1112 compreende um cartucho de grampos 1140. O cartucho de grampos 1140 é inserível na e removível da primeira garra 1112, embora algumas variações possam fornecer um cartucho de grampos que não é removível da ou ao menos prontamente substituível a partir da primeira garra 1112. A segunda garra 1114 compreende uma bigorna 1130 configurada para deformar grampos ejetados a partir do cartucho de grampos 1140. A segunda garra 1114 é pivotante em relação à primeira garra 1112, embora algumas variações possam fornecer a primeira garra 1112 como sendo pivotante em relação à segunda garra 1114. Os grampeadores endocortadores 1000 podem ser configurados e operáveis de acordo com ao menos alguns dos ensinamentos da publicação US n° 2013/0168435, intitulada "Surgical Stapling Instrument with an Articulatable End Effector", publicada em 4 de julho de 2013, cuja descrição está aqui incorporada a título de referência. Embora o atuador de extremidade 1110 seja reto e, portanto, configurado para aplicar uma linha reta de grampos 185 no presente exemplo, em outros exemplos, o atuador de extremidade 1110 pode ser curvo e pode, portanto, aplicar uma linha curva de grampos 185.

[0053] A bigorna 1130 do grampeador endocortador 1000 pode ser aberta de modo que a bigorna 1130 e o cartucho de grampos 1140 do grampeador endocortador 1000 são posicionadas em relação ao cólon do paciente C. Quando a bigorna 1130 é movida para uma posição fechada, a bigorna 1130 aperta o cólon C contra o cartucho de grampos 1140. Com referência agora à Figura 7, o grampeador endocortador 1000 pode ser operado para cortar e grampear o cólon C em um primeiro local, ou local superior. No exemplo mostrado, três fileiras lineares de grampos 185 são implantadas no lado superior da porção superior cortada UC do cólon C, e três fileiras de grampos 185 são implantadas na região adjacente da porção doente C’ do cólon C. O mesmo grampeador endocortador 1000 se recarregado com outro cartucho 1140, ou outro grampeador endocortador 1000, pode ser operado para cortar e grampear o cólon C em um segundo local, ou local inferior. No presente exemplo, três fileiras lineares de grampos 285 são implantadas no lado inferior da porção inferior cortada LC do cólon C, e três fileiras de grampos 285 são implantadas na região adjacente da porção doente C’ do cólon C. Entretanto, em outros exemplos, outras configurações adequadas de grampos podem ser implantadas na porção superior UC e/ou na porção inferior LC do cólon C. Quando o cólon C tiver feito a transeção e grampeado no local superior e no local inferior, a seção doente C' do cólon pode ser removida do paciente, conforme ilustrado nas Figuras 8 a 10.

[0054] Novamente com referência às Figuras 8 e 9, um grampeador circular 10 pode ser usado para anastomosar a porção superior UC e a porção inferior LC do cólon C. Um operador insere uma porção da haste 210 e do conjunto de cabeça de grampeamento 300 no reto R do paciente para dentro da porção inferior LC do cólon C. No exemplo mostrado, um usuário insere, então, o trocarte 330 através das fileiras de grampos 285. O trocarte 330 do grampeador circular 10 pode, então, ser posicionado na porção superior do cólon C. Em vários casos, a parede lateral da porção superior do cólon C pode ser cortada, e o trocarte 330 pode, então, ser posicionado dentro da porção superior. A bigorna 400 pode, então, ser direcionada para dentro da porção superior do cólon C e conectada ao trocarte 330 da maneira discutida acima e conforme mostrado na Figura 8.

[0055] O operador pode, então, mover a bigorna 400 em direção ao conjunto de cabeça de grampeamento 300, da maneira descrita acima (por exemplo, utilizando o botão 130), movendo também, dessa forma, a porção de cólon superior UC em direção à porção de cólon inferior LC. O operador pode, então, retrair o trocarte 330 até que o tecido da porção de cólon superior UC e da porção de cólon inferior LC sejam comprimidos contra a plataforma 320, conforme mostrado na Figura 9. Deve-se também compreender que o botão 130 pode ser girado em uma primeira direção angular por exemplo, no sentido horário para retrair a bigorna 400 em direção ao conjunto de cabeça de grampeamento 300; e em uma segunda direção angular por exemplo, no sentido anti-horário para avançar a bigorna 400 na direção oposta ao conjunto de cabeça de grampeamento 300. O botão 130 pode, portanto, ser usado para ajustar a distância do vão entre as superfícies opostas da bigorna 400 e o conjunto de cabeça de grampeamento 300 até que uma distância de vão adequada tenha sido alcançada, de acordo com a maneira discutida no pedido de Patente US N° 14/751.506, cuja revelação está aqui incorporada a título de referência. Conforme mostrado na Figura 9, regiões de aba FR são formadas na porção inferior LC do cólon C conforme a bigorna 400 é movida em direção ao conjunto de cabeça de grampeamento 300. Essas regiões de aba FR estendem-se para fora a partir da região do tecido comprimida entre a bigorna 400 e o conjunto de cabeça de grampeamento 300.

[0056] Conforme discutido acima, o conjunto de cabeça de grampeamento 300 é configurado para aplicar matrizes de grampos anulares 385 no tecido capturado entre a bigorna 400 e o conjunto de cabeça de grampeamento 300. O membro de faca 340 é avançado em direção à bigorna 440 para cortar o tecido posicionado radialmente para dentro em relação às matrizes de grampos anulares 385 aplicadas pelo instrumento de grampeamento circular 10. Após os grampos 385 terem sido disparados e o tecido ter sido cortado, a bigorna 400 e o conjunto de cabeça de grampeamento 300 podem ser retirados juntos do reto do paciente R. A incisão que foi usada para inserir a bigorna 400 na porção superior UC do cólon C pode ser fechada por meio de uma sutura ou com o uso de outra técnica adequada.

[0057] Conforme mostrado na Figura 10, a porção superior UC do cólon C e a porção inferior LC do cólon C são mantidas juntas pela matriz de grampos anular 385 instalada pelo instrumento de grampeamento circular 10. A matriz de grampos anular 385 liberada forma uma anastomose A que possibilita uma comunicação à prova de fluidos entre a porção superior UC do cólon C e a porção inferior LC do cólon C. Alguns grampos 285 que são liberados pelo grampeador endocortador 1000 serão removidos com o tecido que foi transeccionado pelo membro de faca 340 durante o acionamento do conjunto de cabeça de grampeamento 300. Entretanto, neste exemplo, existem alguns grampos 285 que permanecem nas regiões de aba FR que se projetam para fora na porção inferior LC do cólon C, fora da anastomose A. Isto se deve ao fato de que as regiões de aba FR definem uma largura a que é substancialmente maior que o diâmetro b do membro de faca 340, conforme se pode observar melhor na Figura 9. As regiões de aba FR podem, no entanto, permanecer vedadas por estes grampos remanescentes 285.

II. Aparelho e métodos exemplificadores para agrupar radialmente um lúmen corporal

[0058] Em alguns casos, os grampos 385 que são instalados pelo instrumento de grampeamento circular 10 podem se sobrepor a ao menos alguns dos grampos 285 que foram instalados pelo grampeador endocortador 1000 no procedimento descrito acima com referência às Figuras 7 a 10. Tal sobreposição pode evitar a formação adequada dos grampos 385, o que pode comprometer a integridade da anastomose A a longo prazo. Além disso, ou alternativamente, ao menos alguns dos grampos 285 que foram instalados pelo grampeador endocortador 1000 podem interferir com a compressão do tecido entre a bigorna 400 e o membro de plataforma 320 e/ou a passagem do membro de faca 340 através do tecido, o que também pode comprometer a integridade da anastomose A a longo prazo. Adicionalmente, pode haver casos em que a vedação fornecida pelos grampos 285 nas regiões de aba FR da porção inferior LC do cólon C pode eventualmente falhar ao longo do tempo. Portanto, pode ser desejável fornecer recursos que evitam a extensão para fora das regiões de aba FR, e pode ser também desejável posicionar todos os grampos 285 e as regiões de aba FR dentro do diâmetro b do membro de faca 340. Vários exemplos de tais recursos serão descritos com mais detalhes abaixo.

A. Membro de cilhamento farpado com uma bigorna similar a um cilindro

[0059] As Figuras 11 a 16E mostram recursos que podem ser usados para evitar extensão para fora das regiões de aba FR e posicionar todo o tecido na extremidade cortada da porção de cólon inferior LC dentro do diâmetro b do membro de faca 340. Em particular, as Figuras 11 a 16E mostram um membro de cilhamento flexível 500 que pode ser usado para contrair um lúmen corporal, como o cólon C, para dentro, enquanto forma uma matriz de pregas espaçadas angularmente no lúmen corporal. Conforme se pode observar melhor na Figura 11, o membro de cilhamento flexível 500 inclui uma fenda 502 que tem uma porção de trava 506, uma extremidade de tração 504 com uma porção afilada 508, cristas 510 configuradas para encaixar na porção de trava 506 e recursos farpados 512 separados por porções de conexão 514. As porções de conexão 514 e a extremidade de tração 504 são ambas produzidas a partir de material flexível, de modo que a porção afilada 508 pode se flexionar para passar através da fenda 502

[0060] A porção afilada 508 é mais estreita em comparação com a porção restante da extremidade de tração 504, a fim de possibilitar que um operador guie de forma mais adequada a extremidade de tração 504 dentro dos limites da fenda 502. Conforme será descrito com mais detalhes abaixo, a extremidade de tração 504 é configurada para entrar na fenda 502 para possibilitar que as cristas 510 engatem a porção de trava 506, evitando, assim, que a extremidade de tração 504 e a porção afilada 508 saiam da fenda 502 ao longo de uma direção que é oposta à direção ao longo da qual a extremidade de tração 504 entra na fenda 502. Somente a título de exemplo, a porção de trava 506 pode incluir um recurso de lingueta que se encaixa ao longo das cristas 510 conforme a extremidade de tração 504 atravessa a fenda 502, similar a uma disposição encontrada em uma braçadeira convencional. Quando as cristas 510 engatam na porção de trava 506, os recursos farpados 512 e as porções de conexão 514 definem um laço configurado para abranger um lúmen corporal, como o cólon C, ao se formar o laço. Quanto mais longe a extremidade de tração 504 passa através da fenda 502, menor o laço se torna. A porção de trava 506 cooperará com as cristas 510 para prender o membro de cilhamento 500 em uma configuração cilhada, prendendo, assim, a porção de cólon inferior LC em uma configuração pregueada e agrupada, conforme descrito abaixo.

[0061] As Figuras 12 a 14 mostram o recurso farpado 512 do presente exemplo com mais detalhes. Conforme mostrado, o recurso farpado 512 tem uma base 520 integrada com as porções de conexão 514, um par de braços inclinados para cima 518, um par de braços inclinados para baixo 519 e um par de braços de conexão 522. Os braços de conexão 522 são fixados à base 520 e fornecem uma conexão entre os braços inclinados para cima 518 e os braços inclinados para baixo 519. Entretanto, os braços de conexão 522 são meramente opcionais. Adicionalmente, a base 520 e as porções de conexão podem ser substituídas por uma sutura tradicional. Ambos os pares de braços inclinados para cima 518 e de braços inclinados para baixo 519 se estendem a partir dos braços de conexão 522 para formar uma ponta perfurante 526. A ponta perfurante 526 se conecta a uma face inclinada 524 e a uma face vertical 528. Conforme será descrito com mais detalhes abaixo, a ponta perfurante 526, a face inclinada 524 e a face vertical 528 são projetadas para trabalhar em conjunto para formar uma farpa que perfura e ancora um tecido, como o tecido do cólon C. Conforme a ponta perfurante 526 perfura o cólon C, os braços inclinados para cima 518 e os braços inclinados para baixo 519 entram em contato com a superfície externa do cólon C, formando pregas 534 similares àquelas formadas por uma disposição de sutura em bolsa convencional. Embora o exemplo atual mostre apenas quatro recursos farpados 512, deve-se compreender que o membro de cilhamento 500 pode ter qualquer número desejado de recursos farpados 512.

[0062] Os recursos farpados 512 do presente exemplo são projetados de modo que as porções de conexão 514 são acopladas uniformemente à extremidade de tração 504. Portanto, conforme a extremidade de tração 504 passa através da fenda 502 a fim de que as cristas 510 engatem na porção de trava 506, a extremidade de tração 504 desenvolve uma cauda que se estende a partir do laço configurada para abranger um lúmen corporal como o cólon C. Neste exemplo, as cristas 510 são parte integral da extremidade de tração 504.

[0063] Alternativamente, conforme mostrado na Figura 15, os recursos farpados 512 podem ser projetados de modo a possibilitar que a extremidade de tração 504 não seja uniformemente acoplada às porções de conexão 514 e aos recursos farpados 512. Neste exemplo, retentores 530 estendem-se a partir dos braços inclinados para cima 518 e dos braços inclinados para baixo 519. Os retentores 530, os braços inclinados para cima 518, os braços inclinados para baixo 519 e a base 520 definem juntos um vão de retenção 532. O vão de retenção 532 abriga a extremidade de tração 504 enquanto possibilita que a extremidade de tração 504 se mova em relação às porções de conexão 514, aos recursos farpados 512 e à fenda 502. Entretanto, a extremidade de tração 504 é, ainda, contida suficientemente dentro do recurso farpado 512 para conferir força sobre os recursos farpados 512, a fim de forçar os recursos farpados 512 e as porções de conexão 514 para definir um laço, enquanto a extremidade de tração 504 passa através da fenda 502. Entretanto, quando a extremidade de tração 504 consegue deslizar em relação aos recursos farpados 512, conforme a extremidade de tração 504 passa através da fenda 502, eventualmente a extremidade de tração 504 se desconecta do restante do membro de cilhamento 500, não deixando nenhuma cauda no final do laço. Neste exemplo, as cristas 510 podem fazer parte integral das porções de conexão 514 ao invés de da extremidade de tração 504, a fim de se assegurar que as porções de conexão 514 e os recursos farpados 512 permaneçam no laço recém-formado.

[0064] As Figuras 16A a 16E mostram o membro de cilhamento 500 sendo enrolado em torno de um cólon C. Primeiro, conforme mostrado na Figura 16A, o conjunto de bigorna 550 é inserido de maneira transanal no cólon C. O conjunto de bigorna 550 deste exemplo compreende uma cabeça de bigorna similar a um cilindro 552 que está posicionada na extremidade distal de um eixo 554. Em algumas outras variações, um instrumento de grampeamento 10 é usado no lugar do conjunto de bigorna 550. Em particular, o conjunto de eixo 200 do instrumento pode servir como o eixo 554 do conjunto de bigorna 550; e a superfície externa do conjunto de cabeça de grampeamento 300 pode servir como a cabeça da bigorna 552. No presente exemplo, quando a cabeça da bigorna 552 é posicionada no local desejado, o membro de cilhamento 500 é enrolado em torno do cólon C no local da cabeça da bigorna 552. A cabeça da bigorna 552 fornece resistência suficiente contra o membro de cilhamento 500 para possibilitar que o membro de cilhamento 500 enrole concentricamente em torno do cólon C.

[0065] Conforme mostrado na Figura 16B, a extremidade afunilada 508 é inserida na fenda 502 e puxada para que a extremidade de tração 504 fique situada dentro da fenda 502. Dessa forma, o membro de cilhamento 500 forma um laço ao redor do cólon C. Neste ponto, o movimento da extremidade de tração 504 força os recursos farpados 512 e as porções de conexão 514 para abranger o cólon C e o conjunto de bigorna 550. Cada ponta perfurante 526 penetra no cólon C, enquanto a face inclinada 526 a segue. Quando a face vertical 528 atravessa a parede perfurada do cólon C, a face vertical 528 entra em contato com a superfície interna do cólon C, ancorando efetivamente os recursos farpados 512 ao cólon C. A cabeça da bigorna 552 fornece suporte estrutural ao tecido do cólon C para assegurar que os recursos farpados 512 perfurarão o cólon C totalmente.

[0066] Conforme mostrado na Figura 16C, quando cada recurso farpado 512 é ancorado ao cólon C, o conjunto de bigorna 550 é removido do cólon C. A extremidade de tração 504 é então puxada ainda mais em relação à fenda 502. As cristas 510 engatam no mecanismo de travamento 506, evitando que os recursos farpados 512 se soltem em relação ao cólon C. Conforme a extremidade de tração 504 é adicionalmente avançada em relação à fenda 502, os braços inclinados para cima 518 e os braços inclinados para baixo 519 engatam adicionalmente no cólon C para formar pregas maiores 534. Neste estágio, o cólon C está em uma configuração agrupada e pregueada 534. Deve-se compreender que o diâmetro reduzido c da região agrupada do cólon C é menor que o diâmetro b do membro de faca 340, de modo que o tecido agrupado contendo pregas 534 e o membro de cilhamento 500 cabem dentro do plano cilíndrico definido pelo membro de faca 340 neste estágio. No presente exemplo, o membro de cilhamento 500 está posicionado em um local do cólon C que situa-se entre uma porção doente C’ do cólon C e o reto do paciente R.

[0067] Conforme mostrado na Figura 16D, a extremidade de tração 504 é então removida (por exemplo, cortada) em um local próximo à fenda 502. O conjunto de cabeça de grampeamento 300 está situado dentro do cólon C, logo abaixo da região cilhada onde o membro de cilhamento 500 está situado. Em versões nas quais o conjunto de cabeça de grampeamento 300 é usado como a cabeça da bigorna 552, deve-se compreender que o conjunto de cabeça de grampeamento 300 pode ser avançado distalmente dentro do cólon C até uma primeira posição para as etapas mostradas nas Figuras 16A e 16B, então retraído proximalmente dentro do cólon C até uma segunda posição para a etapa mostrada na Figura 16C, então avançado distalmente dentro do cólon C até uma terceira posição para a etapa mostrada na Figura 16D. Neste estágio (ou logo antes do estágio mostrado na Figura 16D), o operador pode usar um grampeador endocortador 1000 para separar uma região superior da porção doente C’ do cólon C a partir de uma porção superior UC do cólon C, conforme descrito acima com referência à Figura 7. Entretanto, ao invés de se usar um grampeador endocortador 1000 para separar uma região inferior da porção doente C’ do cólon C da região inferior LC do cólon C, conforme descrito acima com referência à Figura 7, o operador pode simplesmente usar um instrumento de corte convencional (por exemplo, uma tesoura, faca, etc.) para cortar a porção doente C’ do cólon C a partir da porção inferior LC do cólon C, logo acima da região agrupada do cólon C que é mostrada na Figura 16D.

[0068] Conforme mostrado na Figura 16E, o operador pode, então, inserir a bigorna 400 na porção superior UC do cólon C, conforme descrito acima com referência à Figura 8; e inserir o conjunto de cabeça de grampeamento 300 na porção inferior LC do cólon C, conforme também descrito acima com referência à Figura 8. O trocarte 330 pode ser avançado até uma posição em que ele 330 passa através da região agrupada do cólon C e se projeta a partir da extremidade cortada da porção inferior LC do cólon C. O operador pode, então, prender a haste 420 da bigorna 400 ao trocarte 330 e prender as regiões adjacentes do tecido, conforme descrito acima com referência à Figura 9. Conforme observado acima, o diâmetro reduzido c da região agrupada do cólon C é menor que o diâmetro b do membro de faca 340, de modo que o tecido agrupado contendo pregas 534 e o membro de cilhamento 500 cabem dentro do plano cilíndrico definido pelo membro de faca 340 neste estágio.

[0069] O operador pode, então, acionar o gatilho 150 para acionar o conjunto de cabeça de grampeamento 300, resultando no grampeamento e corte do tecido de maneira similar àquela mostrada na Figura 9 para formar uma anastomose A. Entretanto, devido ao cilhamento do tecido na extremidade cortada da porção de cólon inferior LC, com o tecido e o membro de cilhamento 500 estando radialmente para dentro da linha de corte da faca circular 340 conforme discutido acima, todo o tecido na extremidade cortada da porção de cólon inferior LC é cortado, e não existem regiões de aba FR que se estendem para fora a partir do local da anastomose A. A porção cortada do tecido que inclui o membro de cilhamento 500 pode ser removida pelo operador através do reto do paciente.

B. Matriz de grampos com uma sutura tipo "pull-through" para cilhamento em bolsa de tabaco

[0070] As Figuras 17 a 20 mostram recursos que podem ser usados para evitar a extensão para fora das regiões de aba FR e posicionar todo o tecido na extremidade cortada da porção de cólon inferior LC dentro do diâmetro b do membro de faca 340. Em particular, as Figuras 17 a 20 mostram um conjunto de aplicação de sutura e grampo 600 que inclui um colar da bigorna 610, um invólucro de sutura e grampos circular 630 e um acionador 680.

[0071] Conforme se pode observar melhor na Figura 17, o colar da bigorna 610 inclui uma primeira metade 612 e uma segunda metade 614 que são conectadas juntas por meio de uma dobradiça 616. A primeira metade 612 e a segunda metade 614 são configuradas para girar uma em direção à outra, na direção oposta uma da outra, por meio da dobradiça 616. A primeira metade 612 e a segunda metade 614 contêm, cada uma, recursos de trava complementares 618 configurados para possibilitar que a primeira metade 612 e a segunda metade 614 se acoplem e desacoplem seletivamente uma da outra. A primeira metade 612 e a segunda metade 614 podem, assim, girar ao redor da dobradiça 616 para se acoplar ou desacoplar uma da outra por meio dos recursos de trava 618. A primeira metade 612 e a segunda metade 614 incluem superfícies externas 628, 626, respectivamente. A primeira metade 612 e a segunda metade 614 incluem também superfícies internas 623, 625, respectivamente, que são configuradas para estar em posição limítrofe contra a superfície externa do cólon C. A primeira metade 612 e a segunda metade 614 também incluem superfícies de formação de grampos 622, 624, respectivamente, que são configuradas para formar grampos 640, conforme será descrito com mais detalhes abaixo.

[0072] O invólucro 630 é configurado para abrigar os grampos 640 e a sutura 638 até que o acionador 680 acione os grampos 640 para dentro do cólon C para, dessa forma, fixar radialmente os grampos 640 e a sutura 638 para dentro do cólon C. Conforme mostrado nas Figuras 17 a 19, o invólucro 630 inclui uma superfície de topo 632, uma superfície superior de aterramento 634, uma superfície inferior de aterramento 636, uma reentrância anular 642 que separa a superfície superior de aterramento 634 da superfície inferior de aterramento 636, uma pluralidade de orifícios 699 espaçados de maneira angular um em relação ao outro ao redor da reentrância anular 642, uma sutura 638 enrolada em torno da reentrância anular 642, grampos 640 alojados dentro da reentrância anular 642, uma parede interna superior 649, uma parede interna anular 648, uma reentrância interna 650 definida pela parede interna superior 649, uma parede anular interna 648, uma pluralidade de acionadores de grampos 646 alojados de maneira deslizante dentro dos orifícios 699 e uma trava de acionador 654 situada no fundo da parede anular interna 648. Os acionadores de grampos 646 são, cada um, posicionados para entrar em contato com os respectivos grampos individuais 640 antes de o conjunto 600 ser acionado. Conforme será descrito abaixo, os acionadores de grampos 646 são configurados para se mover radialmente para fora a fim de empurrar os grampos 640 na direção oposta à reentrância anular 642. Adicionalmente, a sutura 638 é enrolada ao redor da reentrância anular 642, de maneira que a sutura 638 entra em contato com os grampos 640. Devido ao contato entre os grampos 640 e a sutura 638, a sutura 638 se move radialmente para fora com os grampos 640 quando os acionadores de grampos 646 empurram os grampos 640 radialmente para fora.

[0073] O acionador 680 inclui um topo 682, uma superfície de came vertical 684, uma superfície de came inclinada 686 e uma haste de acionamento 688 que se estende a partir do fundo da superfície de came inclinada 686. Conforme mostrado nas Figuras 18 e 19, a reentrância interna 650 do invólucro 650 é configurada para alojar o topo 682, a superfície de came vertical 684 e a superfície de came inclinada 686. A haste de acionamento 688 é configurada para transladar as superfícies de came 684, 686 em relação ao invólucro 630. Entretanto, a trava de acionador 654 do invólucro 630 é configurada para entrar em contato com a superfície de came inclinada 686 quando o acionador 680 está em uma posição proximal; enquanto a parede interna superior 649 do invólucro de sutura e do grampo circular 630 é configurada para entrar em contato com o topo 682 quando o acionador 680 está em uma posição distal. Dessa forma, o invólucro 630 restringe a faixa de movimento longitudinal do acionador 680 em relação ao invólucro 630, de modo que o acionador 680 só pode se mover em relação ao invólucro 630 enquanto está confinado dentro do invólucro 630.

[0074] Conforme mostrado na Figura 18, o operador pode inserir o invólucro 630 e o acionador 680 de maneira transanal no cólon C. O invólucro 630 é dimensionado de modo que as superfícies de aterramento 634, 636 engatam na parede lateral do cólon C. Em algumas versões, as superfícies 634, 636 apresentam um diâmetro externo que é maior que o diâmetro interno natural do cólon C, de modo que o cólon C inchará para fora em resposta ao invólucro 630 sendo inserido no cólon C. Esse inchaço pode facilitar a visualização da posição longitudinal do invólucro 630 dentro do cólon C a partir da parte externa do cólon C. Além disso, ou alternativamente, o invólucro 630 pode incluir um ou mais recursos de emissão de luz que fornecem transiluminação através da parede do cólon C, facilitando, assim, a visualização da posição longitudinal do invólucro 630 dentro do cólon C a partir da parte externa do cólon C.

[0075] Quando o operador situa o invólucro 630 e o acionador 680 na posição desejada dentro do cólon C, o operador pode, então, prender o colar da bigorna 610 ao redor da parte externa do cólon C, no local do invólucro 630. O operador pode determinar o local do invólucro 630 pela visualização de um inchaço no cólon C criado pelo invólucro 630, pela visualização da luz emitida pelo invólucro 630 através da parede do cólon C ou pelo uso de quaisquer outros recursos ou técnicas adequados. Para prender o colar da bigorna 610, o operador gira a primeira metade 612 e a segunda metade 614 ao redor da dobradiça 616 para capturar o cólon C entre as metades 612, 614, e então prende os recursos de trava 618 um ao outro. O colar da bigorna 610 deve estar posicionado de modo que as superfícies de formação de grampos 622, 624 fiquem verticalmente alinhadas com a reentrância anular 642. Este alinhamento assegura que os grampos 640 entrarão em contato com as superfícies de formação 622, 624 quando os grampos 640 forem movidos radialmente para fora pelos acionadores de grampos 646. Em algumas versões, o colar da bigorna 610 e as superfícies 634, 636 compreendem recursos complementares (por exemplo, superfícies em ângulo, etc.) que fornecem a orientação do came até o colar da bigorna 610 à medida que as metades 612, 614 são giradas para a posição fechada ao redor do cólon C, orientando, assim, o colar da bigorna 610 na posição longitudinal adequada em relação ao invólucro 630. Várias formas adequadas que tais recursos de orientação podem assumir serão evidentes aos versados na técnica em vista dos ensinamentos da presente invenção. Deve-se compreender também que pode-se contar com tais recursos para manter o posicionamento longitudinal adequado do colar da bigorna 610 em relação ao invólucro 630 durante o funcionamento adicional do conjunto 600, conforme descrito abaixo.

[0076] Com o colar da bigorna 610 preso à parte externa do cólon C e o invólucro 630 adequadamente posicionado dentro do cólon C, o acionador de grampos 680 pode ser acionado para baixo pelo operador puxando-se a haste de acionamento 688. Conforme o operador puxa a haste de acionamento 688, o operador também pode agarrar o colar da bigorna 610, a fim de manter a posição longitudinal do colar da bigorna 610 em relação ao cólon C. Várias formas adequadas nas quais o operador pode proporcionar tal pega aterrada no colar da bigorna 610 serão evidentes aos versados na técnica em vista dos ensinamentos da presente invenção. De modo similar, o operador pode prender o invólucro 630 em uma posição fixa em relação ao cólon C conforme o operador puxa a haste de acionamento 688 proximalmente. Somente a título de exemplo, um tubo, ou uma bainha, de aterramento externo pode ser posicionado coaxialmente em torno da haste de acionamento 688 e pode engatar o invólucro 630 de modo a fornecer um aterramento mecânico ao invólucro 630, evitando qualquer movimento proximal do invólucro 630 em resposta à tração proximal na haste de acionamento 688.

[0077] Conforme mostrado na Figura 19, a superfície de came inclinada 686 entra em contato com o acionador de grampos 646 conforme a haste de acionamento 688 é puxada proximalmente. Assim, a superfície de came 686 aciona o grampo 640 radialmente para fora através do cólon C e contra qualquer superfície de formação de grampo 622, 624. A superfície de came vertical 684 entra eventualmente em contato com o acionador de grampos 646 e, dessa forma, assegura que o acionador de grampos 646 acionou o grampo 640 para o local adequado. Deve-se compreender, portanto, que o acionador 680 age como um mandril neste exemplo, agindo em todos os acionadores 646 e grampos 640 no conjunto angular simultaneamente. As superfícies de formação de grampos 622, 624 deformam os grampos 640 de modo que os grampos estão agora fixados ao cólon C. Conforme mencionado acima, a sutura 638 se move com os grampos 640, e é, assim, fixada ao interior do cólon C ao ser capturada entre as coroas dos grampos 640 e o tecido do cólon C.

[0078] O colar da bigorna 610, o invólucro 630 e o acionador 680 são, então, removidos do cólon C. Em particular, o operador desacopla os recursos de trava 618 e gira as metades 612, 614 do colar da bigorna 610 uma para longe da outra a fim de remover o colar da bigorna 610 da parte externa do cólon C. Então, o operador simplesmente puxa o invólucro 630 e o acionador de grampos 680 proximalmente para fora do cólon C de maneira transanal. A Figura 21 mostra a sutura 638 presa à parede do cólon C através dos grampos 640 depois que o colar da bigorna 610, o invólucro 630 e o acionador 680 foram removidos do cólon C. Conforme mostrado, os grampos 640 estão dispostos em uma matriz anular, de modo que a sutura 638 estende-se ao longo da parede do cólon C em uma trajetória arqueada. Além disso, a sutura presa 638 fornece extremidades livres 639 que podem ser pegas e puxadas proximalmente pelo operador. Quando isto é feito, a sutura 638 e os grampos 640 cooperam para puxar o cólon C para dentro, formando pregas 674.

[0079] Dessa forma, neste estágio, conforme mostrado nas Figuras 21 e 22, o cólon C está em uma configuração agrupada e pregueada 674. Deve-se compreender que o diâmetro reduzido d da região agrupada do cólon C é menor que o diâmetro b do membro de faca 340, de modo que o tecido agrupado contendo pregas 674, a sutura 638 e os grampos 640 cabem dentro do plano cilíndrico definido pelo membro de faca 340 neste estágio. No presente exemplo, a sutura 638 e os grampos 640 estão posicionados em um local do cólon C que situa-se entre uma porção doente C’ do cólon C e o reto do paciente R.

[0080] Conforme mostrado também na Figura 22, o conjunto de cabeça de grampeamento 300 está posicionado dentro do cólon C, logo abaixo da região cilhada onde a sutura 638 e os grampos 640 estão situados. Um pouco antes de se chegar no estágio mostrado na Figura 22, o operador usa um grampeador endocortador 1000 para separar uma região superior da porção doente C’ do cólon C a partir de uma porção superior UC do cólon C, conforme descrito acima com referência à Figura 7. Entretanto, ao invés de se usar um grampeador endocortador 1000 para separar a região inferior da porção doente C’ do cólon C da região inferior LC do cólon C, conforme descrito acima com referência à Figura 7, o operador pode simplesmente usar um instrumento de corte convencional (por exemplo, uma tesoura, faca, etc.) para cortar a porção doente C’ do cólon C a partir da porção inferior LC do cólon C, logo acima da região agrupada do cólon C que é mostrada nas Figuras 21 e 22.

[0081] Conforme também mostrado na Figura 22, o operador pode, então, inserir a bigorna 400 na porção superior UC do cólon C, conforme descrito acima com referência à Figura 8; e inserir o conjunto de cabeça de grampeamento 300 na porção inferior LC do cólon C, conforme também descrito acima com referência à Figura 8. O trocarte 330 pode ser avançado até uma posição em que ele 330 passa através da região agrupada do cólon C e se projeta a partir da extremidade cortada da porção inferior LC do cólon C. O operador pode, então, prender a haste 420 da bigorna 400 ao trocarte 330 e prender as regiões adjacentes do tecido, conforme descrito acima com referência à Figura 9. Conforme observado acima, o diâmetro reduzido d da região agrupada do cólon C é menor que o diâmetro b do membro de faca 340, de modo que o tecido agrupado contendo pregas 674, a sutura 638 e os grampos 640 cabem dentro do plano cilíndrico definido pelo membro de faca 340 neste estágio.

[0082] O operador pode, então, acionar o gatilho 150 para acionar o conjunto de cabeça de grampeamento 300, resultando no grampeamento e corte do tecido de maneira similar àquela mostrada na Figura 9 para formar uma anastomose A. Entretanto, devido ao cilhamento do tecido na extremidade cortada da porção de cólon inferior LC, com o tecido, a sutura 638 e os grampos 640 estando radialmente para dentro da linha de corte da faca circular 340 conforme discutido acima, todo o tecido na extremidade cortada da porção de cólon inferior LC é cortado, e não existem regiões de aba FR que se estendem para fora a partir do local de anastomose A. A porção cortada do tecido que inclui a sutura 638 e os grampos 640 pode ser removida pelo operador através do reto do paciente.

111. Combinações exemplificadoras

[0083] Os exemplos a seguir se referem a várias formas não exaustivas nas quais os ensinamentos da presente invenção podem ser combinados ou aplicados. Deve-se compreender que os exemplos a seguir não se destinam a restringir a cobertura de quaisquer reivindicações que possam ser apresentadas a qualquer momento neste pedido ou em depósitos subsequentes a este pedido. Não se pretende fazer nenhuma renúncia de direitos. Os exemplos a seguir são fornecidos apenas para propósitos meramente ilustrativos. Contempla- se que os vários ensinamentos da presente invenção podem ser dispostos e aplicados de várias outras formas. Contempla-se também que algumas variações podem omitir certos recursos referidos nos exemplos abaixo. Portanto, nenhum dos aspectos ou recursos referidos abaixo devem ser considerados críticos, salvo indicação explícita em contrário em uma data posterior feita pelos inventores ou por um sucessor de interesse dos inventores. Se quaisquer reivindicações forem apresentadas no presente pedido ou em depósitos subsequentes relacionados a este pedido que incluam recursos adicionais além dos referidos abaixo, não se presume que esses recursos adicionais tenham sido adicionados por qualquer motivo relacionado à patenteabilidade.

Exemplo 1

[0084] Um aparelho, que compreende: (a) uma porção de trava; (b) uma porção de tração flexível, sendo que a porção de trava é configurada para receber a porção de tração, sendo que a porção de tração é configurada para engatar e transladar em relação à porção de trava após a porção de trava ter recebido a porção de tração; (c) um corpo flexível, sendo que o corpo flexível estende-se da porção de trava até a porção de tração, sendo que o corpo flexível é configurado para formar um laço quando a porção de tração engata na porção de trava, sendo que o laço é configurado para diminuir de tamanho em resposta à tração da porção de tração em relação à porção de trava; e (d) uma pluralidade de recursos farpados que se estendem lateralmente a partir do corpo, sendo que os recursos farpados são configurados para engatar numa região tubular do tecido e, dessa forma, formar pregas na região tubular do tecido.

Exemplo 2

[0085] O aparelho, de acordo com o Exemplo 1, em que a porção de trava é configurada para restringir a translação da porção de tração para uma única direção.

Exemplo 3

[0086] O aparelho, de acordo com qualquer um dos Exemplos 1 a 2, em que ao menos um recurso farpado da pluralidade de recursos farpados compreende um primeiro par de braços inclinados.

Exemplo 4

[0087] O aparelho, de acordo com o Exemplo 3, em que ao menos um recurso farpado da pluralidade de recursos farpados compreende uma primeira ponta perfurante situada na extremidade do primeiro par de braços inclinados, sendo que a primeira ponta perfurante é configurada para perfurar o tecido.

Exemplo 5

[0088] O aparelho, de acordo com o Exemplo 4, em que ao menos um recurso farpado da pluralidade de recursos farpados compreende adicionalmente uma face inclinada que se estende a partir da primeira ponta perfurante em direção ao corpo.

Exemplo 6

[0089] O aparelho, de acordo com o Exemplo 5, em que ao menos um recurso farpado da pluralidade de recursos farpados compreende adicionalmente uma face vertical conectada à face inclinada, sendo que a face vertical é configurada para ancorar o ao menos um recurso farpado ao tecido perfurado.

Exemplo 7

[0090] O aparelho, de acordo com qualquer um dos Exemplos 5 a 6, em que o ao menos um recurso farpado da pluralidade de recursos farpados compreende adicionalmente um segundo par de braços inclinados e uma segunda ponta perfurante.

Exemplo 8

[0091] O aparelho, de acordo com o Exemplo 7, em que o primeiro par de braços inclinados é conectado ao segundo par de braços inclinados por um par de braços de conexão.

Exemplo 9

[0092] O aparelho, de acordo com qualquer um dos Exemplos 7 a 8, em que o primeiro e o segundo braços inclinados são paralelos um ao outro.

Exemplo 10

[0093] O aparelho, de acordo com qualquer um dos Exemplos 1 a 9, em que a porção de tração é acoplada unitariamente ao corpo.

Exemplo 11

[0094] O aparelho, de acordo com qualquer um dos Exemplos 1 a 10, em que o corpo compreende uma pluralidade de cristas, em que a porção de trava é configurada para engatar progressivamente nas cristas em resposta à tração da porção de tração em relação à porção de trava.

Exemplo 12

[0095] O aparelho, de acordo com o Exemplo 11, em que a porção de trava compreende um recurso de lingueta, sendo que o recurso de lingueta é configurado para encaixar ao longo das cristas em resposta à tração da porção de tração em relação à porção de trava.

Exemplo 13

[0096] O aparelho, de acordo com o Exemplo 12, em que o recurso de lingueta e as cristas são configurados para possibilitar que a porção de tração passe através da porção de trava em uma primeira direção, sendo que o recurso de lingueta e as cristas são configurados para evitar que a porção de tração se desloque através da porção de trava em uma segunda direção, sendo que a segunda direção é oposta à primeira direção.

Exemplo 14

[0097] O aparelho, de acordo com qualquer um dos Exemplos 1 a 13, compreendendo adicionalmente um mandril, em que o corpo é configurado para enrolar em torno do mandril.

Exemplo 15

[0098] O aparelho, de acordo com o Exemplo 14, em que o mandril é configurado para encaixar dentro de um cólon, em que o corpo flexível é configurado para encaixar em torno do cólon. Exemplo 16

[0099] Um método para criar uma sutura em bolsa em torno de um cólon, sendo que o método compreende: (a) enrolar um corpo flexível ao redor da parte externa do cólon, sendo que o corpo flexível inclui uma pluralidade de recursos farpados, sendo que os recursos farpados estendem-se para dentro em direção ao cólon; (b) cilhar o corpo flexível ao redor do cólon para reduzir um diâmetro externo do cólon, criando, assim, uma região cilhada do cólon; (c) perfurar o cólon com os recursos farpados, ancorando, assim, o corpo flexível ao cólon; (d) posicionar um conjunto de cabeça de grampeamento de um grampeador circular no cólon, sendo que o conjunto de cabeça de grampeamento é posicionado abaixo da região cilhada do cólon; e (e) acionar o conjunto de cabeça de grampeamento, cortando, assim, a região cilhada do cólon.

Exemplo 17

[0100] O método, de acordo com o Exemplo 16, sendo que o método compreende adicionalmente: (a) avançar um mandril distalmente através do cólon até uma posição avançada, sendo que o ato de enrolar o corpo flexível em torno de uma parte externa do cólon é realizado em um local que corresponde à posição avançada do mandril no cólon; e (b) retrair o mandril proximalmente através do cólon, sendo que o ato de agrupar o corpo flexível ao redor do cólon é realizado após o mandril ser retraído proximalmente através do cólon.

Exemplo 18

[0101] Um aparelho, que compreende: (a) um colar de bigorna; (b) um invólucro que compreende: (i) uma pluralidade de acionadores de grampos posicionados em uma matriz apresentada lateralmente e espaçada de maneira angular, (ii) uma pluralidade de grampos, sendo que cada grampo dentre a pluralidade de grampos está posicionado adjacente a um acionador de grampos correspondente da pluralidade de acionadores de grampos, e (iii) uma sutura enrolada ao redor da pluralidade de grampos; e (c) um mandril posicionado de maneira deslizante dentro do invólucro, sendo que o mandril compreende uma superfície de came inclinada apresentada lateralmente, sendo que a superfície de came é configurada para acionar a pluralidade de acionadores de grampos simultaneamente para, dessa forma, acionar a pluralidade de grampos e a sutura para fora a partir do invólucro.

Exemplo 19

[0102] O aparelho, de acordo com o Exemplo 18, sendo que o mandril compreende: (i) uma cabeça, sendo que a superfície de came anular é parte da cabeça, e (ii) um eixo de acionamento que se estende proximalmente a partir da cabeça, sendo que o eixo de acionamento estende-se adicionalmente de modo proximal em relação ao invólucro. Exemplo 20

[0103] O aparelho, de acordo com o Exemplo 18, em que o colar da bigorna é configurado para deformar a pluralidade de grampos em resposta aos grampos serem acionados para fora a partir do invólucro pelo mandril.

IV. Diversos

[0104] Deve-se compreender também que qualquer um ou mais dentre os ensinamentos, as expressões, as modalidades, os exemplos, etc. aqui descritos podem ser combinados com qualquer um ou mais dentre os outros ensinamentos, expressões, modalidades, exemplos, etc. que são aqui descritos. Os ensinamentos, expressões, modalidades, exemplos, etc. descritos acima não devem, portanto, ser vistos isolados uns dos outros. Várias maneiras adequadas, pelas quais os ensinamentos da presente invenção podem ser combinados, se tornarão prontamente evidentes aos versados na técnica tendo em vista dos ensinamentos da presente invenção. Essas modificações e variações são destinadas a serem incluídas no escopo das reivindicações anexas.

[0105] Pelo menos alguns dos ensinamentos da presente invenção podem ser prontamente combinados com um ou mais dos ensinamentos da Patente US N° 7.794.475, intitulada "Surgical Staples Having Compressible Or Crushable Members for Securing Tissue Therein And Stapling Instruments for Deploying the Same", concedida em 14 de setembro de 2010, cuja descrição está aqui incorporada a título de referência; publicação US n° 2014/0151429, intitulada "TransOral Circular Anvil Introduction System with Dilation Feature", publicada em 5 de junho de 2014, cuja descrição está aqui incorporada a título de referência; publicação US n° 2014/0144968, intitulada "Surgical Staple with Integral Pledget for Tip Deflection", publicada em 29 de maio de 2014, cuja descrição está aqui incorporada a título de referência; publicação US n° 2014/0158747, intitulada "Surgical Stapler with Varying Staple Widths along Different Circumferences", publicada em 12 de junho de 2014, cuja descrição está aqui incorporada a título de referência; publicação US n° 2014/0144969, intitulada "Pivoting Anvil for Surgical Circular Stapler", publicada em 29 de maio de 2014, cuja revelação está aqui incorporada a título de referência; publicação US n° 2014/0151430, intitulada "Circular Anvil Introduction System with Alignment Feature", publicada em 5 de junho de 2014, cuja descrição está aqui incorporada a título de referência; publicação US n° 2014/0166717, intitulada "Circular Stapler with Selectable Motorized And Manual Control, Including a Control Ring", publicada em 19 de junho de 2014, cuja descrição está aqui incorporada a título de referência; publicação US n° 2014/0166728, intitulada "Motor Driven Rotary Input Circular Stapler with Modular End Effector", publicada em 19 de junho de 2014, cuja descrição está aqui incorporada a título de referência; e/ou da Publicação US n° 2014/0166718, intitulada "Motor Driven Rotary Input Circular Stapler with Modular End Effector", publicada em 19 de junho de 2014, cuja descrição está aqui incorporada a título de referência; Várias formas adequadas através das quais tais ensinamentos podem ser combinados serão evidentes aos versados na técnica.

[0106] Embora os exemplos da presente invenção sejam fornecidos no contexto de um instrumento de grampeamento circular, deve-se entender que os vários ensinamentos da presente invenção podem ser prontamente aplicados a vários outros tipos de instrumentos cirúrgicos. Apenas a título de exemplo, os vários ensinamentos aqui mencionados podem ser prontamente aplicados a dispositivos de grampeamento linear (por exemplo, endocortadores). Por exemplo, vários ensinamentos aqui mostrados podem ser prontamente combinados com vários ensinamentos da Publicação US n° 2012/0239012, intitulada "Motor-Driven Surgical Cutting Instrument with Electric Actuator Directional Control Assembly", publicada em 20 de setembro de 2012, cuja descrição está aqui incorporada a título de referência e ou da Publicação US n° 2010/0264193, intitulada "Surgical Stapling Instrument with An Articulatable End Effector", publicada em 21 de outubro de 2010, cuja descrição está aqui incorporada a título de referência, como será aparente para o versado na técnica. Como outro exemplo meramente ilustrativo, os vários ensinamentos da presente invenção podem ser prontamente aplicados a um dispositivo eletrocirúrgico motorizado. Por exemplo, vários ensinamentos aqui mostrados podem ser prontamente combinados com vários ensinamentos da Publicação US n° 2012/0116379, intitulada "Motor Driven Electrosurgical Device with Mechanical and Electrical Feedback", publicada em 10 de maio de 2012, cuja descrição está aqui incorporada a título de referência, como será aparente para o versado na técnica. Outros tipos adequados de instrumentos em que os ensinamentos da presente invenção podem ser aplicados e várias formas em que os ensinamentos da presente invenção podem ser aplicados a tais instrumentos serão aparentes para o versado na técnica.

[0107] Deve-se compreender que qualquer patente, publicação, ou outro material de revelação tidos como incorporados à presente invenção a título de referência, total ou parcialmente, estão incorporados à presente invenção somente na medida em que o material incorporado não entrar em conflito com as definições, declarações ou outro material revelado apresentados nesta revelação. Desse modo, e na medida em que for necessário, a revelação como explicitamente aqui apresentada substitui qualquer material conflitante incorporado à presente invenção a título de referência. Qualquer material, ou porção do mesmo, tido como aqui incorporado a título de referência, mas que entre em conflito com as definições, declarações, ou outros materiais de revelação existentes aqui apresentados estará aqui incorporado apenas na medida em que não haja conflito entre o material incorporado e o material de revelação existente.

[0108] Versões dos dispositivos descritos acima podem ter aplicação em tratamentos médicos convencionais e procedimentos conduzidos por um profissional médico, bem como aplicação em tratamentos e procedimentos médicos assistidos por robótica. Somente a título de exemplo, vários ensinamentos da presente invenção podem ser prontamente incorporados a um sistema cirúrgico robótico como o sistema DAVINCI™ pelo Intuitive Surgical, Inc., de Sunnyvale, Califórnia, EUA.

[0109] As versões descritas acima podem ser projetadas para serem descartadas após um único uso ou podem ser projetadas para serem usadas múltiplas vezes. As versões podem, em qualquer um ou em ambos os casos, ser recondicionadas para reutilização após ao menos uma utilização. O recondicionamento pode incluir qualquer combinação das etapas de desmontagem do dispositivo, seguida de limpeza ou substituição de peças específicas e a subsequente remontagem. Especificamente, algumas versões do dispositivo podem ser desmontadas em qualquer número de peças particulares ou partes do dispositivo podem ser seletivamente substituídas ou removidas em qualquer combinação. Com a limpeza e/ou substituição de partes particulares, algumas versões do dispositivo podem ser remontadas para uso subsequente em uma instalação de recondicionamento ou por um usuário imediatamente antes de um procedimento cirúrgico. Os versados na técnica compreenderão que o recondicionamento de um dispositivo pode usar uma variedade de técnicas de desmontagem, limpeza/substituição e remontagem. O uso de tais técnicas e o dispositivo recondicionado resultante estão dentro do escopo do presente pedido.

[0110] Apenas a título de exemplo, as versões aqui descritas podem ser esterilizadas antes e/ou depois de um procedimento. Em uma técnica de esterilização, o dispositivo é colocado em um recipiente fechado e vedado, como um saco plástico ou de TYVEK. O recipiente e o dispositivo podem então ser colocados em um campo de radiação, como radiação gama, raios X ou elétrons de alta energia, que pode penetrar no recipiente. A radiação pode exterminar bactérias no dispositivo e no recipiente. O dispositivo esterilizado pode, então, ser guardado em um recipiente estéril para uso posterior. O dispositivo pode também ser esterilizado com o uso de qualquer outra técnica conhecida, incluindo, mas não se limitando a, radiação beta ou gama, óxido de etileno ou vapor d'água.

[0111] Tendo mostrado e descrito várias modalidades da presente invenção, outras adaptações dos métodos e sistemas descritos na presente invenção podem ser realizadas por meio de modificações adequadas por uma pessoa versada na técnica sem se afastar do escopo da presente invenção. Várias dessas possíveis modificações foram mencionadas, e outras ficarão evidentes aos versados na técnica. Por exemplo, os exemplos, modalidades, geometria, materiais, dimensões, proporções, etapas e similares discutidos acima são ilustrativos e não são obrigatórios. Consequentemente, o escopo da presente invenção deve ser considerado de acordo com os termos das reivindicações a seguir e entende-se que o mesmo não está limitado aos detalhes da estrutura e operação mostrados e descritos no relatório descritivo e nos desenhos.

Claims

1. Aparelho (500), que compreende: (a) uma porção de trava (506); (b) uma porção de tração flexível (504), em que a porção de trava é configurada para receber a porção de tração, em que a porção de tração é configurada para engatar e transladar em relação à porção de trava após a porção de trava ter recebido a porção de tração; (c) um corpo flexível (514), em que o corpo flexível estende- se da porção de trava até a porção de tração, em que o corpo flexível é configurado para formar um laço quando a porção de tração engata na porção de trava, em que o laço é configurado para diminuir de tamanho em resposta à tração da porção de tração em relação à porção de trava; e (d) uma pluralidade de recursos farpados (512) que se estendem lateralmente a partir do corpo, em que os recursos farpados são configurados para engatar em uma região tubular do tecido anatômico e, dessa forma, formar pregas na região tubular do tecido anatômico; caracterizado pelo fato de que pelo menos um recurso farpado na pluralidade de recursos farpados compreende um primeiro par de braços inclinados (518, 519) e uma primeira ponta perfurante (526) localizada na extremidade do primeiro par de braços inclinados, em que a primeira ponta perfurante é configurada para perfurar o tecido anatômico.

2. Aparelho, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que a porção de trava (506) é configurada para restringir a translação da porção de tração (504) para uma única direção.

3. Aparelho, de acordo com a reivindicação 1 ou reivindicação 2, caracterizado pelo fato de que ao menos um recurso farpado da pluralidade de recursos farpados (512) ainda compreende uma face inclinada (524) que se estende a partir da primeira ponta perfurante (526) em direção ao corpo.

4. Aparelho, de acordo com a reivindicação 3, caracterizado pelo fato de que ao menos um recurso farpado na pluralidade de recursos farpados (512) ainda compreende uma face vertical (528) conectada à face inclinada (524), em que a face vertical é configurada para ancorar o ao menos um recurso farpado ao tecido anatômico perfurado.

5. Aparelho, de acordo com a reivindicação 4, caracterizado pelo fato de que o ao menos um recurso farpado da pluralidade de recursos farpados (512) ainda compreende um segundo par de braços inclinados (518, 519) e uma segunda ponta perfurante (526).

6. Aparelho, de acordo com a reivindicação 5, caracterizado pelo fato de que o primeiro par de braços inclinados é conectado ao segundo par de braços inclinados por um par de braços de conexão (522).

7. Aparelho, de acordo com a reivindicação 5 ou reivindicação 6, caracterizado pelo fato de que o primeiro e o segundo braços inclinados (518, 519) são paralelos um ao outro.

8. Aparelho, de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, caracterizado pelo fato de que a porção de tração (504) é acoplada unitariamente ao corpo (514).

9. Aparelho, de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, caracterizado pelo fato de que o corpo (514) compreende uma pluralidade de cristas (510), em que a porção de trava (506) é configurada para engatar progressivamente nas cristas em resposta à tração da porção de tração em relação à porção de trava.

10. Aparelho, de acordo com a reivindicação 9, caracterizado pelo fato de que a porção de trava (506) compreende um recurso de lingueta, em que o recurso de lingueta é configurado para encaixar ao longo das cristas (510) em resposta à tração da porção de tração em relação à porção de trava.

11. Aparelho, de acordo com a reivindicação 10, caracterizado pelo fato de que o recurso de lingueta e as cristas (510) são configurados para possibilitar que a porção de tração (504) passe através da porção de trava (506) em uma primeira direção, em que o recurso de lingueta e as cristas são configurados para evitar que a porção de tração se desloque através da porção de trava em uma segunda direção, em que a segunda direção é oposta à primeira direção.