BR112017020666B1

BR112017020666B1 - Emplastro eletricamente aquecido, seu método de fabricação e uso

Info

Publication number: BR112017020666B1
Application number: BR112017020666-8A
Authority: BR
Inventors: Peter Klaffenbach
Original assignee: Lts Lohmann Therapie-Systeme Ag
Priority date: 2015-04-08
Filing date: 2016-04-08
Publication date: 2022-12-06
Also published as: CN107530198A; ES2743313T3; WO2016162481A1; HK1242954B; CA2981397C; US11364153B2; CA2981397A1; JP2018513736A; EP3280371B1; EP3280371A1; US20180125723A1; US20230031210A1; JP6772179B2; BR112017020666A2

Abstract

EMPLASTRO ELETRICAMENTE AQUECIDO. A presente invenção refere-se a emplastros eletricamente aquecidos, que compreendem uma camada de contato na pele auto-adesiva, um tecido têxtil eletricamente condutor em que fibras eletricamente condutoras estão em contato entre si, como um elemento de aquecimento, e a opcionalmente pelo menos uma substância ativa, bem como um método para a produção e ao uso dos mesmos para a terapia de calor local e/ou aplicação transdérmica de substância ativa.

Description

[001] A presente invenção refere-se a emplastros, inclusive a em plastros de substâncias ativas, e a métodos de sua fabricação. A invenção refere-se, em particular, a emplastros de substâncias ativas e adesivas, que são eletricamente aquecíveis.

[002] O calor é considerado como tendo um efeito de cura. Tera pias com calor pertencem, assim, aos procedimentos médicos mais antigos. Diferindo da hipertermia terapêutica, a terapia com calor medicinal é usada localmente, por exemplo, para doenças do sistema locomotor ou para dano de sobrecarga. O calor é considerado no campo médico como tendo, acima de tudo, os seguintes efeitos: relaxamento muscular, melhoramento da circulação, redução da viscosidade do fluido sino- vial, aperfeiçoamento da extensibilidade do tecido de ligação de colá- geno e alívio da dor.

[003] Para a terapia com calor local, certos veículos, que foram anteriormente aquecidos, são comumente aplicados, como reservas de calor latente por uma série de minutos até umas poucas horas, sobre a área do corpo a ser tratada. Exemplos de reservas de calor latente são sacos de grão, embalagens com lama ou géis de armazenagem de calor. Almofadas de aquecimento podem, no entanto, também ser usadas para a terapia com calor local, cujo conteúdo fornece calor por até 24 horas por meio de um processo de oxidação acelerado. Além do mais, receptores de pele específicos podem também ser estimulados com um veículo, por exemplo, uma pomada ou um emplastro, contendo uma capsaicina a fim de produzir uma sensação subjetiva de calor.

[004] Emplastros são particularmente adequados para a terapia com calor local porque eles podem ser fixados sobre a ou à pele de um paciente com sua superfície auto-adesiva de modo que eles não escor-reguem, mesmo quando o paciente se move, e mantêm seu contato com a superfície da pele do paciente.

[005] É também conhecido que o fornecimento de calor pode aper feiçoar a administração transdérmica de uma substância farmaceutica- mente ativa. No entanto, reservas de calor latentes usadas para estas finalidades, não permitem um fornecimento monitorado e/ou controlável de calor porque, por exemplo, nem um ajuste preciso de uma temperatura alvo nem a manutenção constante de uma temperatura alvo pré- determinada em um período mais longo de tempo até poucas horas é possível. Se o fornecimento de calor latente for fixadamente integrado em um emplastro, a interrupção do fornecimento de calor sem ter de remover o emplastro a partir da pele do paciente não é possível.

[006] Foi, portanto, o objetivo da presente invenção prover um em plastro para o fornecimento local de calor, em que o emplastro permite uma administração de temperatura controlável mesmo por mais do que poucas horas sem ter de remover o emplastro a partir de seu sítio de aplicação.

[007] A publicação WO 99/15101 A1 revela um curativo de feri mento de múltiplas camadas com as propriedades de promoção de cura do ferimento e alívio de dor. Este curativo de ferimento inclui pelo menos uma boa camada eletricamente condutora, que é flexível e é constituída de fibras laminadas com prata e fibras não metalizadas.

[008] O relatório publicado WO 03/039417 A2 revela um curativo de ferimento aquecido, que inclui um elemento de aquecimento têxtil eletricamente condutor e um circuito de controle para o controle do têxtil eletricamente condutor. O têxtil eletricamente condutor ou entra diretamente em contato com a pele do paciente ou a camada que entra em contato com a pele do paciente está disposta adjacente a ele.

[009] A publicação WO 94/15668 A1 descreve uma embalagem de corpo de estimulação elétrica com uma bolsa flexível, que é constituída por um tecido de isolamento elétrico, e um dispositivo para receber um meio de transferência de calor. A bolsa tem uma primeira superfície com uma barreira de umidade para a separação de um meio de transferência de calor arrefecido de um corpo em contato com ela e uma segunda superfície com um dispositivo de isolamento para a separação de um meio de transferência de calor aquecido de um corpo em contato com ela a fim de evitar queimaduras de pele. O dispositivo para disposição e pressionamento da primeira superfície da bolsa flexível contra uma parte de corpo é construído de tal maneira que ela comprime ou a primeira ou a segunda superfície da bolsa flexível contra uma parte de corpo. A embalagem de corpo tem ulteriormente um eletrodo de estimulação de músculo e nervo, elétrico, flexível, que é fixado à bolsa flexível em uma posição que permite contato direto entre o eletrodo de estimulação e a parte do corpo quando ou a primeira ou a segunda superfície da bolsa flexível é comprimida contra a parte de corpo, em que um fio condutor está eletricamente ligado ao eletrodo de estimulação de músculo e nervo flexível.

[010] A patente US 2003/0186608 A1 revela um tecido com propri edades de alívio de dor, que é produzido de um fio condutor elétrico e de um fio eletricamente não condutor. O tecido pode ser incorporado em produtos têxteis, tais como bandagens, bandagens de suporte e coberta.

[011] A publicação WO 2004/107816 A1 revela um aparelho que é adequado para a administração tópica de uma substância ativa e inclui um elemento de aquecimento respirável. O elemento de aquecimento respirável é um tecido metalizado. O elemento de aquecimento laminar é aplicado a uma pele ou camada de contato de ferimento e é coberto por uma camada adesiva. O elemento de aquecimento é uma trilha con- dutora metálica de ferimento em um tecido causticado ("etched"). A camada de contato com a pele pode conter uma substância ativa micro- encapsulada, que pode ser liberada por ativação por calor das micro- cápsulas, que são, então, fundidas, e são fornecidas à pele. A trilha condutora metálica do ferimento que constitui um elemento de aquecimento resulta, no entanto, em uma distribuição de calor que não é suficientemente homogênea.

[012] Têxteis eletricamente condutores com uma distribuição de fi bra tridimensional são propostos na DE 20 2013 006 258 U1 como um aparelho para a produção de superfície aquecível para o aquecimento uniforme de moldes plásticos na fabricação para o aquecimento uniforme de moldes plásticos na fabricação de componentes compósitos de plástico de fibra duroplástica ou termoplástica.

[013] Foi, portanto, o objeto da presente invenção prover um em plastro, que fosse capaz de produzir calor, em que a distribuição de calor sobre a superfície, particularmente a superfície de contato da pele do emplastro, fosse tão homogênea quanto possível.

[014] O objeto é atingido de acordo com o primeiro aspecto da in venção por um emplastro eletricamente aquecido, que inclui uma camada auto-adesiva de contato com a pele e uma folha de têxtil eletricamente condutora, em que fibras eletricamente condutoras estão em contato entre si.

[015] De acordo com um segundo aspecto, a invenção refere-se a um método para a fabricação de emplastros eletricamente aquecidos, que incluem uma camada auto-adesiva de contato com a pele e uma folha têxtil eletricamente condutora, em que fibras eletricamente condutoras estão em contato entre si.

[016] De acordo com um terceiro aspecto, a invenção refere-se ao uso de uma folha têxtil eletricamente condutora, em que fibras eletrica- mente condutoras estão em contato entre si, para a fabricação de emplastros eletricamente aquecidos.

[017] De acordo com um outro aspecto, a invenção refere-se ao uso de emplastros eletricamente aquecidos incluindo uma camada auto- adesiva de contato com a pele e uma folha têxtil eletricamente condutora, em que fibras eletricamente condutoras estão em contato entre si, para terapia com calor local.

[018] De acordo com um outro aspecto, a invenção refere-se ao uso de emplastros eletricamente aquecidos incluindo uma camada auto- adesiva de contato com a pele e uma folha têxtil eletricamente condutora, em que fibras eletricamente condutoras estão em contato entre si, para aperfeiçoar a permeação na pele para uma substância ativa contida no emplastro.

[019] De acordo com um outro aspecto, a invenção refere-se ao uso de emplastros incluindo uma camada auto-adesiva de contato com a pele e uma folha têxtil eletricamente condutora, em que fibras eletricamente condutoras estão em contato entre si, para a administração de pelo menos uma substância ativa contida no emplastro a e/ou sobre a pele de um mamífero.

[020] De acordo com um outro aspecto, a invenção refere-se um métodos para a administração de calor e/ou pelo menos uma substância ativa a e/ou sobre a pele de um mamífero por meio de um emplastro eletricamente aquecido, que inclui uma camada de contato com a pele, auto-adesiva, e uma folha têxtil eletricamente condutora, em que fibras eletricamente condutoras estão em contato entre si.

[021] O termo emplastro de acordo com o primeiro aspecto deve ser entendido como elementos laminar, flexível, de preferência auto- adesivo, que podem ser aplicados sobre ou à pele de um mamífero, de preferência um ser humano. No contexto da presente revelação, o termo "emplastros" inclui não apenas emplastros adesivos assim chamados mas também emplastros medicinais assim chamados. Emplastros adesivos são tiras têxteis adesivas, que são comumente usados para fixar curativos ou artigos à pele de um paciente. Emplastros medicinais devem ser entendidos como elementos laminar, flexível, de preferência auto-adesivo, que contêm pelo menos uma substância ativa farmacêutica, que é liberada a partir deles depois da aplicação do emplastro medicinal e é administrada a ou sobre a pele do paciente.

[022] No contexto da presente invenção, emplastros não servem para cobrir ferimentos mas são fixados à pele intacta. O termo "emplastro" no contexto da presente invenção assim inclui nos curativos de ferimento ligeiro pré-fabricado, em que um pedaço do curativo está ligado com uma tira adesiva de material têxtil ou de plástico.

[023] O emplastro de acordo com o primeiro aspecto é um emplas tro eletricamente aquecido. Isto significa que o emplastro pode gerar calor quando uma corrente elétrica flui através de pelo menos uma porção ou componente do emplastro.

[024] O emplastro de acordo com o primeiro aspecto inclui uma camada de contato com a pele, auto-adesiva, e uma folha têxtil, eletricamente condutora, em que fibras eletricamente condutoras estão em contato entre si. A camada de contato com a pele, auto-adesiva, é a camada do emplastro com o qual é fixado a ou sobre a pele de um paciente. A camada de contato com a pele inclui ou consiste de um adesivo compatível com a pele. O adesivo compatível com a pele pode ser selecionado do grupo de adesivos que inclui poliacrilatos, polimetacrila- tos, silicones, poliisobutilenos e suas misturas.

[025] O emplastro ulteriormente inclui uma folha têxtil eletrica mente condutora, em que fibras eletricamente condutoras estão em contato entre si. Esta folha é capaz de gerar calor se for parte de um circuito de corrente elétrica e corrente elétrica flui através dela. A folha têxtil eletricamente condutora é flexível e pode assim se adaptar ao contorno da superfície à qual o emplastro é aderido de modo que tão uniforme quanto possível um aquecimento da área da pele pode ser garantido e o emplastro não é percebido pelo paciente como um corpo estranho excessivamente intrusivo.

[026] Em uma concretização do emplastro, a folha têxtil eletrica mente condutora, em que fibras eletricamente condutoras estão em contato entre si, constitui a camada da parte de trás do emplastro. Esta concretização representa a construção mais simples do emplastro, que pode ser feita comparativamente simplesmente e economicamente.

[027] Em uma concretização alternativa, o emplastro inclui uma camada de contato com a pele, auto-adesiva, uma folha têxtil eletricamente condutora e adicionalmente uma camada da parte de trás. Nesta concretização, a folha têxtil eletricamente condutora, em que fibras ele-tricamente condutoras estão em contato entre si, não constitui a camada da parte de trás do emplastro. Nesta concretização, a folha têxtil eletricamente condutora é uma folha adicional. Esta concretização é particularmente vantajosa nas concretizações de emplastros de acordo com a invenção que contêm uma substância ativa farmacêutica porque a camada da parte de trás pode ser selecionada tal que seja impermeável â substância ativa.

[028] De acordo com uma concretização adicional e/ou alternativa, a camada da parte de trás adicional seja uma folha têxtil ou uma película de polímero, de preferência uma película de polímero impermeável à substância ativa. Em uma outra concretização, a folha é uma estrutura tricotada de fibras naturais, de fibras sintéticas ou de uma mistura de fibras natural e sintética de acordo com uma outra concretização, a película de polímero é perfurada. A folha têxtil ou uma película de polímero perfurada como a camada da parte de trás do emplastro diminui a troca de gases ou o fornecimento de oxigênio à pele menor do que uma camada da parte de trás de uma película de polímero não perfurada.

[029] Em uma concretização adicional e/ou alternativa, o emplas tro inclui uma camada de isolamento térmico. Uma camada de isolamento térmico garante que o calor gerado com o emplastro seja fornecido substancialmente na direção da pele. A superfície livre do emplastro, depois da aplicação do emplastro, se aquece menos fortemente, o que é percebido pelo paciente como agradável. Além do mais, menos energia elétrica é exigida a fim de se manter uma temperatura predeterminada. Assim, uma dada fonte de energia pode ser usada por mais tempo ou podem ser usadas fontes de energia de energia mais baixa, que são comumente também menores e/ou mais leves.

[030] A camada de isolamento térmico é redisposta no emplastro sobre a superfície da folha têxtil eletricamente condutora afastada da pele do paciente. Em uma forma desta concretização, a camada da parte de trás do emplastro é construída como uma camada de isolamento térmico, particularmente em concretizações de emplastros em que a folha têxtil eletricamente condutora não constitui a camada da parte de trás do emplastro. Em uma forma alternativa da concretização, a camada de isolamento térmico é uma camada que está presente na adição à camada da parte de trás e é assim disposta entre a folha têxtil eletricamente condutora e a camada da parte de trás. A emplastro de acordo com esta concretização assim tem uma camada de contato com a pele, auto-adesiva, uma folha têxtil eletricamente condutora, uma camada de isolamento térmico e uma camada da parte de trás.

[031] A camada de isolamento térmico pode, por exemplo, ser uma camada de uma espuma de polímero. A espuma de polímero para a camada de isolamento térmico pode ser uma espuma de por aberto, isto é, uma espuma de polímero em que os poros têm uma ligação aberta entre si, ou uma espuma de poro fechado, em que os poros individuais não são ligados abertamente entre si.

[032] Em uma concretização adicional e/ou alternativa, o emplas tro tem uma camada protetora removível, que cobre a camada de contato com a pele, auto-adesiva, do emplastro antes dele ser usado. A camada protetora removível deve ser removida a partir da superfície auto-adesiva do emplastro antes dele ser usado.

[033] De acordo com uma concretização adicional e/ou alternativa, a folha têxtil eletricamente condutora é redisposta entre a camada de contato com a pele, auto-adesiva, e a camada da parte de trás. Em uma outra concretização, a folha têxtil eletricamente condutora está embutida na camada de contato com a pele, auto-adesiva,.

[034] A folha têxtil eletricamente condutora é uma folha têxtil com uma folha de distribuição de fibra tridimensional. Isto significa que as fibras cruzam ou sobrepõem na folha têxtil. As fibras eletricamente condutoras da folha têxtil estão assim em contato entre si na folha têxtil de modo que uma corrente elétrica pode fluir sobre a área total da folha têxtil e pode aquecer folha têxtil tão uniformemente quanto possível. O termo "estão em contato entre si" inclui não apenas o toque mútuo direto de fibras elétricas em seus pontos de interseção mas também designs em que um material eletricamente condutor está situado nos pontos de interseção entre duas fibras condutoras elétricas cruzadas da folha têxtil.

[035] A folha têxtil é de preferência um tecido, uma estrutura trico tada, uma estrutura crochetada, uma estrutura entrelaçada, um tecido bidirecional ou multidirecionado, um feltro ou um velo (velo de fibras ou velo fiado) de fibras.

[036] De acordo com uma concretização preferida, o tecido é um tecido em ponto de tafetá, tecido de sarja ou tecido de cetim. O tecido é particularmente de preferência um tecido de cetim de cinco arnês ("five- harness") ou de oito arnês ("eight-harness"). A vantagem de tecido de cetim reside, por um lado, no fato de que é particularmente confortável e, por outro lado, no fato de que no emplastro pode ser disposta orientada de tal modo que tanto quanto possível uma série de fibras eletricamente condutoras estão situadas tão perto quanto possível do emplastro, que entra em contato com a pele do paciente.

[037] Em uma concretização alternativa e/ou adicional, a folha têx til eletricamente condutora é selecionada do grupo de folhas têxteis que consiste de (a) fibras exclusivamente eletricamente condutoras; (b) misturas de fibras eletricamente condutoras e eletricamente não condutoras; e (c) uma ou mais folhas têxteis eletricamente não condutoras, que é/são equipadas com aglutinante(es) adesivo(s), eletricamente con- dutor(es) e partículas eletricamente condutoras, de preferência partículas de metal, que são tridimensionalmente e fixadas de forma durável na folha têxtil.

[038] "Fibras eletricamente condutoras" devem ser entendidas como fibras que podem conduzir uma corrente elétrica de fibras eletri-camente condutoras são, por exemplo, fibras que consiste de um material eletricamente condutor, por exemplo, um metal, uma liga ou um material plástico eletricamente condutor. O termo "fibras eletricamente condutoras" é, no entanto, capaz de entender como fibras que incluem pelo menos um núcleo eletricamente condutor, que é revestido por um material eletricamente não condutor. O pelo menos um núcleo eletricamente condutor das fibras eletricamente condutoras consiste de um material eletricamente condutor, por exemplo, um metal, uma liga ou um material plástico eletricamente condutor. O termo "fibras eletricamente condutoras" deve também ser entendido como fibras que incluem pelo menos um núcleo eletricamente não condutor, que é revestido com um material eletricamente condutor. O material eletricamente condutor para a folha eletricamente condutora pode ser um metal, uma liga, ou um material plástico eletricamente condutor. Um exemplo de tais fibras é fibras de poliamida revestidas com prata.

[039] O emplastro de acordo com o primeiro aspecto da invenção é um emplastro eletricamente aquecido. Isto significa que pela aplicação de uma voltagem elétrica à folha têxtil eletricamente condutora do emplastro e o calor de fluxo de corrente resultante pode ser produzido. A temperatura, que pode ser produzida com a folha têxtil eletricamente condutora, de preferência medida na superfície da folha têxtil eletricamente condutora, em uma dada voltagem ou uma densidade de corrente pode ser ajustada pela natureza e proporção das fibras eletricamente condutoras na folha têxtil eletricamente condutora ou na mistura de fibras eletricamente condutoras ou de folha de metal e as fibras eletricamente não condutoras. Em geral, é o caso que a menor proporção de fibras eletricamente condutoras e/ou partículas na folha têxtil eletricamente condutora a mais alta é a temperatura a ser conseguida.

[040] Alternativamente e/ou adicionalmente, o grau do aqueci mento com um dado, folha têxtil eletricamente condutora, pode ser ajustado por meio da voltagem e/ou a densidade de corrente, que é aplicada à folha têxtil eletricamente condutora. De acordo com uma concretização, a voltagem que é aplicada à folha têxtil eletricamente condutora durante a aplicação do emplastro é pelo menos 1,35 V e de preferência menor do que 3,6 V, particularmente de preferência menor do que 3,0 V. Quando do uso de baterias convencionais, a voltagem é, dependente da bateria, cerca de 1,35 V, cerca de 1,4 V, cerca de 1,5 V, cerca de 1,55 V ou cerca de 3,0 V.

[041] Em uma concretização, o aquecimento da folha têxtil eletri camente condutora pode ser assim ajustado que a temperatura, medida na superfície da folha têxtil eletricamente condutora, não excede um valor de 50°C. O aquecimento da folha têxtil eletricamente condutora é de preferência assim ajustado que a temperatura, medida na superfície da folha têxtil eletricamente condutora, não excede um valor de 45°C, de preferência um valor de 40°C, particularmente de preferência um valor de 37°C, mais particularmente de preferência um valor de 35°C e mais extremamente de preferência um valor de 32°C.

[042] A resistência de folha ou de superfície da folha têxtil eletrica mente condutora e assim o tempo de aquecimento em uma dada voltagem e área de aquecimento pode ser ajustado de um modo específico de aplicação por seleção do componente de fibra eletricamente não condutor.

[043] Quanto maior a proporção de fibras eletricamente não con dutoras na mistura de fibras revestidas de metal ou eletricamente condutoras e fibras eletricamente não condutoras, menor é o tempo de aquecimento com uma dada voltagem e área de aquecimento a fim de conseguir uma temperatura de superfície predeterminada sobre a folha têxtil.

[044] De acordo com uma concretização adicional e/ou alternativa, a folha têxtil eletricamente condutora está embutida em uma camada de resina ou uma camada de polímero. De acordo com uma outra concretização adicional e/ou alternativa, a folha têxtil eletricamente condutora é impregnada ou saturada com uma resina ou um polímero.

[045] De acordo com uma concretização adicional, a resina ou o polímero inclui pelo menos um material de enchimento eletricamente condutor. O pelo menos um material de enchimento eletricamente condutor pode ser selecionado do grupo que consiste de grafite, fuligem, nanotubos de carbono e partículas de metal. Como um resultado do pelo menos um material de enchimento eletricamente condutor, uma folha eletricamente condutora é produzida com base em uma resina ou um polímero, com o qual uma distribuição de calor particularmente homogênea sobre a superfície da folha (têxtil ou reforçado com têxtil) pode ser conseguida.

[046] Em uma concretização adicional e/ou alternativa, a folha têx til eletricamente condutora é provida em posições adequadas com eletrodos, por meio do qual contato da folha têxtil eletricamente condutora com uma fonte de voltagem e/ou um componente eletrônico para controlar o fornecimento de energia da folha têxtil eletricamente condutora pode ocorrer.

[047] O contato da folha têxtil eletricamente condutora com eletro dos pode ser efetuado por costura, soldagem ou colagem dos eletrodos a/sobre a folha têxtil eletricamente condutora. O contato seria efetuado tal que a resistência de contato entre o contato elétrico e o têxtil eletricamente condutor é tão pequeno quanto possível a fim de evitar com segurança perdas de energia e posições com aquecimento mais forte. Os eletrodos estão de preferência dispostos na foram de condutores em paralelo sobre a folha têxtil eletricamente condutora.

[048] Em uma concretização adicional e/ou alternativa, o emplas

[049] Em uma concretização adicional e/ou alternativa, o emplas tro inclui um interruptor, com o qual o circuito de corrente entre a folha têxtil eletricamente condutora e a uma fonte de voltagem pode ser fechada e/ou interrompida novamente. Nesta concretização, o emplastro pode, depois de sua aplicação à pele do paciente, gerar calor em qualquer tempo desejado e a geração de calor pode ser interrompida quando exigida sem o emplastro tendo de ser removido da pele.

[050] Em uma concretização adicional e/ou alternativa, o emplas tro inclui, além de uma fonte de voltagem, uma tira de isolamento, que interrompe o circuito de corrente entre a fonte de voltagem e a folha têxtil eletricamente condutora. Esta tira de isolamento consiste de um material eletricamente não condutor, de preferência um material de plástico eletricamente não condutor. A tira de isolamento é redisposta como sendo removível. Isto significa que a tira de isolamento pode ser retirada sem um revestimento ou semelhantes tendo de ser aberta e como um resultado da remoção da tira de isolamento o circuito de corrente entre a fonte de voltagem e a folha têxtil eletricamente condutora é fechado. Esta tira de isolamento pode ser removida diretamente antes do uso do emplastro.

[051] Em uma concretização adicional e/ou alternativa, o emplas tro inclui um sistema eletrônico de regulagem e controle, como qual a temperatura da folha têxtil pode ser mantida constante.

[052] Em uma concretização adicional e/ou alternativa, o emplas tro inclui uma exibição de função ótica. A exibição de função ótica serve para indicar ao usuário que o emplastro está funcionando adequadamente. A exibição de função ótica pode ser uma luz diodo, que ilumina contanto que o circuito de corrente entre a fonte de voltagem e a folha eletricamente condutora é fechado e a corrente elétrica está fluindo. Uma exibição de função ótica alternativa e/ou adicional pode ser uma tira de medição de temperatura, que indica a temperatura, de preferência a temperatura da superfície da folha têxtil eletricamente condutora.

[053] De acordo com uma concretização adicional e/ou alternativa, o emplastro inclui pelo menos uma substância ativa farmacêutica. Emplastros contendo uma substância ativa farmacêutica são também chamados de sistemas terapêuticos transdérmicos ou emplastros de substâncias ativas. Estes são dispositivos que são adequados para o fornecimento de uma substância ativa, de preferência uma substância farmacêutica, por um período mais longo de tempo em uma taxa constante ou pelo menos aproximadamente constante a e sobre a pele do usuá- rio/paciente.

[054] Em uma concretização do emplastro contendo substância ativa, a camada de contato com a pele, auto-adesiva, é constituída por uma matriz de polímero auto-adesiva, que também contém a pelo menos uma substância ativa ou pelo menos uma das substâncias ativas. Em uma concretização adicional e/ou alternativa, a camada de contato com a pele, auto-adesiva, é uma camada de contato auto-adesiva separada, que pode conter a pelo menos uma substância ativa mas não funciona como um emplastro ou reservatório de substância ativa. A camada de emplastro separada é aplicada a pelo menos uma região da superfície sobre o lado da pele de um reservatório de substância ativa, que está adicionalmente presente.

[055] A pelo menos um reservatório de substância ativa de um sis tema terapêutico transdérmico ou é uma matriz de polímero, em que pelo menos uma substância ativa está contida, ou um reservatório em forma de bolsa, que é definido por uma folha e contém uma preparação de substância ativa substancialmente líquida. O termo "líquido" inclui preparações de baixa viscosidade, de alta viscosidade e de tipo gel. A folha do reservatório em forma de bolsa inclui, pelo menos em seu lado a ser dirigido em direção à pele, uma membrana semipermeável, via que a substância ativa contida no reservatório pode ser fornecida e que opcionalmente tem um controle de função da taxa de liberação da substância ativa. Se a pelo menos uma substância ativa está contida em uma matriz de polímero do sistema terapêutico transdérmico, esta matriz de polímero deve ser considerada como um reservatório de substância ativa.

[056] O emplastro contendo substância ativa contém pelo menos uma substância ativa, de preferência pelo menos uma substância ativa farmacêutica. A substância ativa farmacêutica pode ser qualquer substância ativa farmacêutica desejada, transdermicamente administrável. Por exemplo, a pelo menos uma substância ativa farmacêutica pode ser selecionada do grupo que inclui fármacos anti-reumáticos não esteroi- dais (NSAID's), fármacos anticolinérgicos, fármacos parassimpatolíti- cos, fármacos antimicóticos, inibidores de MAO-B, antagonistas de se- rotonina, agonistas de alfa2-receptor, fotossensibilizadores, hormônios e/ou proteínas.

[057] Os fármacos anti-reumáticos não esteroidais (NSAR ou NSA), também antipflogísticos não esteroidais (NSAP) ou NSAID (fár- macos anti-inflamatórios não esteroidais), são analgésicos (analgésicos não opioides), que são usados de uma matéria relacionada com o sintoma também para terapia de reumatismo devido ao seu efeito anti-in- flamatório (antipfogístico). Em uma concretização, o fármaco antirreu- mático não esteroidal é selecionado do grupo, que consiste de derivados de ácido antranílico, por exemplo, ácido mefenamínico, ácido flufe- nâmico, etofenamato e ácido meclofenâmico, inibidores de COX-2 seletivos, por exemplo, celecoxib, etoricoxib, rofecoxib, lumiracoxib e val- decoxib, derivados de ácido acético e derivados de ácido arilacético, por exemplo, aceclofenaco, acematimina, bufexamac, diclofenaco, etodo- lac, indometamina e cetorolac, oxicans, por exemplo, lornoxicam, me- loxicam, piroxicam e tenoxicam, derivados de ácido propiônico, por exemplo, ibuprofeno, dexibuprofeno, naproxen, cetoprofeno, dexceto- profeno, flurbiprofeno, benoxaprofeno e ácido tiaprofênico, salicilatos, por exemplo, ácido acetil salicílico, carbasalato de cálcio, acetilsalicilato de lisina e ácido salicílico e nabumetona e nimesulida.

[058] A pelo menos uma substância ativa farmacêutica está pre sente na forma de sua base livre e/ou pelo menos um de seus sais far- maceuticamente aceitáveis. O termo "sal farmaceuticamente aceitável " também inclui sais de adição de ácido farmaceuticamente aceitáveis da substância ativa. Se a pelo menos uma substância ativa é uma substância quiral, a substância ativa está presente ou na forma de um racemato ou na forma de seu enantiômero farmaceuticamente ativo no sistema terapêutico transdérmico.

[059] Em uma concretização adicional e/ou alternativa, o sistema terapêutico transdérmico inclui pelo menos um melhorador de permea- ção, que aperfeiçoa a permeação da pelo menos uma substância ativa através da pele do paciente.

[060] Em uma concretização, o emplastro contendo substância ativa inclui uma camada da parte de trás impermeável a substância ativar. A camada da parte de trás impermeável a substância ativa consiste comumente de uma película de polímero, que é impermeável à substância ativa contida no emplastro. A camada da parte de trás impermeável a substância ativa provê proteção para a camada contendo substância ativa. A camada da parte de trás adicionalmente previne o paciente ou a uma outra pessoa involuntariamente entrando em contato com a substância ativa contida no emplastro e garante que a substância ativa é liberada de um modo dirigido sobre a pele do paciente.

[061] Sistemas terapêuticos transdérmicos são formas de forneci mento complexos, em que exigências parcialmente opostas devem ser preenchidos. Por exemplo, o teor de substância ativa no sistema terapêutico transdérmico deve ser grande o suficiente a fim de ser capaz de fornecer uma quantidade de substância ativa necessária para o benefício terapêutico por tempo unitário por um período de tempo relativamente longo. Nesta ligação, há, no entanto, limites ao tamanho de um sistema terapêutico transdérmico, causado em particular por exigências na fabricação, manipulação e concordância do paciente.

[062] A fim de aperfeiçoar a administração transdérmica de uma substância ativa, melhoradores de permeação assim chamados, por exemplo, podem ser usados. Há substâncias que estão contidas no sistema terapêutico transdérmico e tornam a pele mais permeável à substância ativa também contida no emplastro. Em uma concretização, o emplastro contendo substância ativa adicionalmente inclui pelo menos um melhorador de permeação e/ou pelo menos um excipiente farma- ceuticamente aceitável.

[063] No entanto, o uso de melhoradores de permeação pode ser acompanhado por efeitos colaterais indesejáveis, como irritações da pele. Sem excluir o uso de melhoradores de permeação e/ou outros ex- cipientes farmaceuticamente aceitáveis no emplastro, o emplastro eletricamente aquecido permite uma aperfeiçoamento na permeação na pele de uma substância ativa contida no emplastro por aquecimento da área da pele, em que a substância ativa deve ser administrada percuta- neamente com o auxílio do emplastro eletricamente aquecido. O teor de melhorador de permeação no emplastro pode assim, se apropriado, ser menor do que em um emplastro não aquecível a fim de conseguir a mesma taxa de permeação.

[064] Em uma concretização, a folha têxtil eletricamente condutora é redisposta entre a folha contendo a substância ativa e a camada da parte de trás impermeável a substância ativa do emplastro contendo substância ativa.

[065] Em uma concretização alternativa, a folha têxtil eletrica mente condutora é separada da camada contendo substância ativa por uma camada impermeável a substância ativa.

[066] De acordo com o segundo aspecto, a invenção refere-se a um método de fabricação de emplastros eletricamente aquecidos de acordo com o primeiro aspecto, isto é, emplastros eletricamente aquecidos, que incluem uma camada de contato com a pele, auto-adesiva, e uma folha têxtil eletricamente condutora, em que fibras eletricamente condutoras estão em contato entre si.

[067] Em uma concretização do método, o método de fabricação inclui pelo menos as seguintes etapas: - a condição de que uma folha têxtil eletricamente condutora, - a laminação da folha têxtil eletricamente condutora sobre uma camada auto-adesiva, - a separação dos emplastros individuais, e - a ligação dos contatos ao lado não laminado da folha têxtil eletricamente condutora.

[068] Em uma concretização adicional e/ou alternativa, o método também inclui laminação de pelo menos uma outra camada. Em uma forma desta concretização, a pelo menos uma outra camada é uma película de polímero, uma película de polímero perfurada ou uma folha têxtil, tal como têxtil, estrutura tricotada, tecido ou velo ou uma camada de um material de espuma de poro aberto ou um material de espuma de poro fechado, que é de preferência aplicado à superfície da folha têxtil, eletricamente condutora que é afastada da camada auto-adesiva, que constitui a camada de contato com a pele do emplastro. Em uma outra e/ou concretização adicional, a pelo menos uma outra camada é uma camada de polímero, que é redisposta, por exemplo, como um reservatório contendo substância ativa entre a camada auto-adesiva e folha têxtil, eletricamente condutora.

[069] Uma concretização adicional e/ou alternativa, método inclui montagem de uma fonte de voltagem e/ou um interruptor comutador liga e desliga e/ou uma tira de isolamento.

[070] Em uma concretização do método, a camada adesiva auto- adesiva inclui nenhuma substância ativa farmacêutica. Em uma concretização alternativa, a camada adesiva auto-adesiva inclui pelo menos uma substância ativa farmacêutica e opcionalmente pelo menos um me- lhorador de permeação e/ou pelo menos um excipiente farmaceutica- mente aceitável.

[071] Em uma concretização adicional e/ou alternativa, a camada adesiva auto-adesiva está ligada, antes da laminação da folha têxtil ele-tricamente condutora, a uma película de polímero, que constitui, por exemplo, a película protetora removível do emplastro acabado.

[072] O método de fabricação do emplastro comumente inclui a condição de que as camadas ou os estratos individuais do emplastro antes da ligação deles entre si na forma rolos ou material de folha. As folhas diferentes são colocadas entre si no processo de fabricação e são ligadas entre si para formar um laminado. A separação dos emplastros do laminado em forma de folha pode ser efetuada por estampagem ou por corte.

[073] De acordo com o terceiro aspecto, a invenção refere-se ao uso de uma folha têxtil eletricamente condutora em que fibras eletricamente condutoras estão em contato entre si, para fabricar emplastros eletricamente aquecidos, de preferência para a fabricação de emplastros eletricamente aquecidos que contêm pelo menos uma substância ativa farmacêutica.

[074] Como um resultado do uso de uma folha têxtil eletricamente condutora como o elemento de aquecimento em um emplastro, uma dis-tribuição de calor homogênea pode ser conseguida de modo que apesar das baixas voltagens, um espaçamento pequeno do elemento de aquecimento da pele do paciente e opcionalmente apenas um leve aumento da temperatura para uma temperatura, que é apenas alguns graus acima da temperatura da superfície da pele do paciente, nenhuma não homogeneidade indesejadas na distribuição de temperatura sobre a superfície do emplastro. Um aquecimento particularmente uniforme da pele e um resultado de terapia particularmente boa pode assim ser conseguido.

[075] De acordo com um dos outros aspectos, a invenção refere- se ao uso dos emplastros eletricamente aquecidos descritos acima, que incluem uma camada de contato com a pele, auto-adesiva, e uma folha têxtil, em que fibras eletricamente condutoras estão em contato entre si, para a terapia com calor local. A invenção assim estende também a métodos para a terapia com calor local, em que um dos emplastros descrito acima é usado, de preferência a emplastro livre de substância ativa, que inclui uma superfície de contato na pele auto-adesiva e uma folha têxtil eletricamente condutora, em que fibras eletricamente condutoras estão em contato entre si.

[076] De acordo com um outro dos aspectos, a invenção refere-se ao uso dos emplastros descritos acima, que incluem uma camada de contato com a pele, auto-adesiva, e uma folha têxtil eletricamente condutora, em que fibras eletricamente condutoras estão em contato entre si, para aperfeiçoar a permeação na pele de uma substância ativa contida no emplastro. A invenção assim estende também a métodos para o aumento da permeação na pele para uma substância ativa, de preferência para uma substância ativa farmacêutica, em que um emplastro de acordo com o primeiro aspecto é usado, que tem uma camada de contato com a pele, auto-adesiva, uma folha têxtil eletricamente condutora, em que fibras eletricamente condutoras estão em contato entre si, e uma substância ativa.

[077] De acordo com um outro dos outros aspectos, a invenção refere-se ao uso de emplastros como descritos acima, que incluem uma camada de contato com a pele, auto-adesiva, uma folha têxtil eletricamente condutora, em que fibras eletricamente condutoras estão em contato entre si, e pelo menos uma substância ativa, para a administração da pelo menos uma substância ativa e/ou sobre a pele de um mamífero. A invenção assim estende a métodos para a administração transdér- mica de uma substância ativa, de preferência uma substância ativa farmacêutica, em que um emplastro, que contém a substância ativa e é eletricamente aquecida é fixada sobre ou à pele de um paciente.

[078] No uso do emplastro de acordo com a invenção, a folha têxtil funciona como um elemento de aquecimento com o qual o emplastro e a área da pele do paciente coberta pelo emplastro é aquecida. No uso, a utilização do calor é importante e nenhuma ação da corrente elétrica per se necessária para o aquecimento da folha têxtil do corpo ou a área do corpo coberta pelo emplastro. Neste aspecto, o uso de acordo com a invenção dos emplastros de acordo com a invenção difere da terapia de regulação de corrente de interferência, em que a cura de ferimentos, por exemplo, lesões no epitélio ou também ferimentos operacionais dentro do corpo de um paciente é acelerado por meio de eletroestimulação em combinação com cuidado de ferimento convencional por comparação com standard cuidado de ferimento padrão.

[079] Com os usos e/ou métodos de acordo com os outros aspec tos da invenção, o circuito de corrente entre a uma fonte de voltagem e a folha têxtil, eletricamente condutora é fechada diretamente antes ou depois que o emplastro for fixado sobre ou à pele de um mamífero, de preferência um ser humano. Como um resultado de fechamento do circuito de corrente, corrente elétrica flui através da folha têxtil, eletricamente condutora, que aquece como uma consequência como um resultado da voltagem aplicada e sua resistência. O aquecimento tem um efeito terapêutico ou resulta em um aumento na permeação na pele de uma substância ativa potencialmente contida no emplastro.

Concretizações Exemplares

[080] Exemplo 1: Emplastro com Ibuprofeno com uma camada da parte de trás eletricamente aquecida

[081] 174,32 g de Durotak 387-2353 (teor de sólidos de 37%) fo ram diluídos com 8,07 g de acetato de etila e 31,6 g de uma solução de 10% de hidróxido de potássio em metanol foram adicionados. Depois da misturação completa, 16,63 g de ácido oleico foram adicionados. 1,2 g de acetil acetonato de alumínio e 1 g de acetil acetona foram então adicionados. Depois de todos os componentes foram bem misturados entre si, 16,63 g de ibuprofeno (racemato) foram adicionados. A composição foi agitada a temperatura ambiente até que todos os componentes fossem totalmente dissolvidos. A composição adesiva foi então espalhada sobre uma película de PET siliconizada de 100 μm por meio de um raspador de modo que um peso seco de 60 g/m2 fosse conseguido. Os solventes foram evaporados a cerca de 80°C. O laminado foi então coberto com o material de fibra aquecido que foi um velo girado com fibras eletricamente condutoras.

Exemplo 2: Emplastro de diclofenaco com uma camada da parte de trás eletricamente aquecida

[082] 94,92 g de Durotak 387-2287 (teor de sólidos de 50%) foram misturados com uma solução de 0,72 g de acetil acetonato de alumínio em 13 g de acetato de etila. 0,12 g de α-tocoferol dissolvido em 0,4 g de acetato de etila foi adicionado a esta composição e homogeneamente foi agitada. 2,4 g de diclofenac-Na foram dissolvidos em 5,4 g metanol e foram adicionados à composição. A composição foi agitada a temperatura ambiente até que os sólidos tinham totalmente dissolvidos. A composição adesiva foi espalhada sobre uma película de PET siliconi- zada de 100 μm por meio de um raspador tal que um peso seco de 80 g/m2 fosse conseguido. Os solventes foram evaporados a cerca de 75°C. O laminado foi então coberto com o material de fibra aquecido que foi um velo girado com fibras eletricamente condutoras.

Exemplo 3: Emplastro de diclofernaco com uma camada da parte de trás eletricamente aquecida

[083] 118,57 g de Durotak 387-2051 (teor de sólidos de 50%) fo ram neutralizados com 24 g de uma solução de 2,4 g de hidróxido de potássio em 21,6 g de metanol, 90,66 g da solução adesiva assim neutralizada foram misturados com 2,26 g de uma solução de 0,3 g acetil acetonato de alumínio em 1,75 g metanol e 0,3 g acetato de etila. 7,5 g de ácido oléico e 0,25 g de α-tocoferol foram adicionados e foram agitados para completar dissolução. 6,38 g da solução de 2,0 g de diclofenac- Na em 4,38 g de metanol foram adicionados a ele. A composição foi agitada a temperatura ambiente até que a totalidade de sólidos se dissolvessem. A composição adesiva foi espalhada sobre uma película de PET siliconizada de 100 μm por meio do raspador de modo que um peso seco de 80 g/m2 fosse conseguido. Os solventes foram primeiramente separados por expansão abrupta por cerca de 10 minutos a temperatura ambiente e então foram evaporados a cerca de 60°C. O laminado foi então coberto com o material de fibra aquecido, que era um velo girado com fibras eletricamente condutoras.

Exemplo 4: Comportamento das experiências de permeação na pele

[084] Para o comportamento dos testes de permeação in-vitro, uma célula de difusão modificada de acordo com Keshary-Chien foi usada. A célula consiste de duas regiões horizontalmente divididas, a região doadora e a região aceitante. A temperatura da célula de difusão foi mantida a 32°C por meio de um banho maria. O meio aceitante (tampão de fosfato, pH 5,5) foi constantemente agitado durante o teste por meio de um agitador magnético.

[085] A pele foi apertada entre as duas regiões, pelo que o estrato córneo da pele apontou de modo ascendente em direção à região doadora. O emplastro estava posicionado sobre a amostra da pele com a camada adesiva em direção ao estrato córneo da pele.

[086] O meio aceitante foi totalmente removido a partir da região aceitante nos tempos de remoção especificados e foi mantido para a determinação quantitativa subsequente da substância ativa nela dissolvida. A mesma quantidade de meio aceitante fresco foi então adicionada. Foi assim garantido que a cinética de permeação não foi influenciada por potencialmente conseguindo a solubilidade de saturação no meio aceitante.

[087] Pele humana dermatomizada (800 μm) foi usada para todas as experiências de permeação na pele. A área da abertura na célula foi de 1,54 cm2.

[088] A determinação quantitativa das substâncias ativas permea das no meio aceitante foi efetuada por meio de cromatografia líquida de alto desempenho (HPLC).

[089] Para a análise de diclofenaco, uma mistura de acetonitrila e 0,025 m de KH2PO4 (50:50, p/p) foi usada como a fase móvel. O valor de pH foi ajustado para 3,0. Uma coluna de separação de 150 x 4,6 mm embalada com Zorbax SB C8 80 A 5 μm, foi usada como a fase estacionária. A taxa de fluxo de 1,5 ml/min, a temperatura da coluna foi de 30°C. O volume de injeção foi de 50 μl, o comprimento de onda do detector foi ajustado para 225 nm.

[090] Para a análise de ibuprofeno, uma coluna de separação 150 x 4,0 mm embalada com Novapack C18 5 μm foi usada. Uma mistura de acetonitrila:água-tetrametila:hidróxido de amônio em uma razão de misturação de 55:45:1,5 foi usada como a fase móvel. O valor de pH foi ajustado para 3,0. A taxa de fluxo foi de 1,0 ml/min., a temperatura de coluna foi de 25°C. O volume de injeção foi de 50 μl, o comprimento de onda de detecção foi ajustado para 214 nm.

[091] O cálculo foi efetuado por meio do Método Padrão Externo usando-se substâncias de referência certificadas.

[092] Os emplastros foram fabricados tão grandes que suas bor das projetadas significativamente para fora das células de difusão. O contato com a camada da parte de trás aquecida foi efetuado por folhas têxteis eletricamente condutoras costuradas. Corrente contínua (POWER SUPPLY HM 7042-5, da company HAMEG) foi aplicada a elas por meio de clipes de crocodilo. A fim de conseguir uma temperatura de superfície de 42°C, a voltagem foi ajustada para 3V. A fim de conseguir uma temperatura de superfície de 50°C, a voltagem foi ajustada para 6 V. A força da corrente resultante foi cerca de 200 Ma para 3 V e 42°C e cerca de 50 mA para 6V e 50°C.

[093] Uma medição paralela sem a aplicação de energia foi efetu ada como uma referência.

[094] Os resultados das experiências de permeação na pele para os plásticos de diclofenaco descritos no Exemplo 2 são mostrados gra-ficamente na Figura 1. É evidente a partir desta ilustração que o aquecimento da camada da parte de trás do emplastro de diclofenaco para uma temperatura de cerca de 42°C ou de cerca de 50°C resulta em uma permeação significativamente aperfeiçoada do diclofenaco contido no emplastro sobre a pele em comparação com a referência chamada de "passiva", com a qual nenhuma corrente contínua foi aplicada.

Claims

1. Emplastro eletricamente aquecido incluindo uma camada de contato com a pele, auto-adesiva, e uma folha têxtil, eletricamente condutora, em que uma folha eletricamente condutora é provida com contatos elétricos, em que a folha têxtil, eletricamente condutora é um tecido, uma estrutura tricotada, uma estrutura crochetada, uma estrutura entrelaçada, um tecido bidirecional ou multidirecional, um veludo ou um velo de fibras em que fibras eletricamente condutoras estão em contato entre si, caracterizado pelo fato de que a folha têxtil eletricamente condutora constitui a camada da parte de trás do emplastro e em que o emplastro eletricamente aquecido inclui pelo menos uma substância ativa farmacêutica na camada de contato com a pele, auto-adesiva.

2. Emplastro, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que a folha têxtil é selecionada do grupo de folhas têxteis que consiste em a) exclusivamente fibras eletricamente condutoras, de preferência fibras metálicas; b) misturas de fibras eletricamente condutoras e de fibras eletricamente não condutoras; e/ou c) uma ou mais folhas têxteis eletricamente não condutoras, que é/são equipada(s) com aglutinante(s) adesivo(s), eletricamente condutor(es) e partículas eletricamente condutoras, de preferência partículas de metal, que estão fixadas tri-dimensionalmente e duravelmente na folha têxtil.

3. Emplastro, de acordo com a reivindicação 1 ou 2, caracterizado pelo fato de que a folha eletricamente condutora está embutida em uma camada de resina ou camada de polímero.

4. Emplastro, de acordo com a reivindicação 3, caracterizado pelo fato de que a camada de resina ou camada de polímero inclui pelo menos um material de enchimento eletricamente condutor.

5. Emplastro, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 4, caracterizado pelo fato de que inclui uma fonte de voltagem, de preferência uma fonte de corrente contínua.

6. Emplastro, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 5, caracterizado pelo fato de que inclui um sistema eletrônico de controle e regulagem, com o qual a temperatura da folha têxtil pode ser mantida constante.

7. Método de fabricação de um emplastro eletricamente aquecido, como definido em qualquer uma das reivindicações 1 a 6, caracterizado pelo fato de que inclui as etapas: prover uma folha têxtil eletricamente condutora em que a folha têxtil eletricamente condutora é um tecido, uma estrutura tricotada, uma estrutura crochetada, uma estrutura entrelaçada, um tecido bidirecional ou multidirecionado, um feltro ou um velo de fibras, em que as fibras eletricamente condutoras estão em contato entre si, laminar a folha têxtil eletricamente condutora sobre uma camada de contato com a pele, auto-adesiva, que inclui pelo menos uma substância ativa farmacêutica, - separar os emplastros individuais, e - aplicar os contatos ao lado não laminado da folha têxtil eletricamente condutora.

8. Método de acordo com a reivindicação 7, caracterizado pelo fato de que inclui ainda a provisão do laminado com pelo menos uma outra camada.

9. Uso de uma folha têxtil eletricamente condutora, em que a folha têxtil eletricamente condutora é um tecido, uma estrutura tricotada, uma estrutura crochetada, uma estrutura entrelaçada, um tecido bidirecional ou multidirecionado, um feltro um velo de fibras, em que fibras eletricamente condutoras estão em contato entre si, em que a folha têxtil eletricamente condutora é provida com contatos elétricos, caracterizado pelo fato de ser na fabricação de emplastros eletricamente aquecidos, como definidos em qualquer uma das reivindicações 1 a 6.