BR112017004289B1

BR112017004289B1 - Sistema de conexão topo a topo de dois tubos, e, conjunto de conexão de dois tubos

Info

Publication number: BR112017004289B1
Application number: BR112017004289-4A
Authority: BR
Inventors: Fabrice Prevot; Nicolas Rigollet; Stéphane Drivon
Original assignee: Etablissements Caillau
Priority date: 2014-09-04
Filing date: 2015-09-03
Publication date: 2021-03-30
Also published as: FR3025581A1; EP3189261B1; US10563799B2; RU2017110959A3; WO2016034820A1; ES2708589T3; EP3189261A1; CN107076004B; TR201901233T4; BR112017004289A2; RU2017110959A; US20170284578A1; CN107076004A; RU2684052C2; FR3025581B1

Abstract

o sistema compreende um colar de aperto (10) que tem uma tira de aperto (14) adaptada para ser apertada em torno das extremidades (12a, 12a) que encostam nos dois tubos (12, 12'). o colar (10) compreende uma aba de retenção (30) que apresenta uma porção de fixação (32), por meio da qual a dita aba de retenção (30) está fixada à tira (14) do colar e que se estende substancialmente de maneira axial na direção uma porção de afixação (34) da dita aba de retenção (30), por meio da qual a dita aba de retenção está adaptada para ser afixada ao primeiro tubo (12) adjacente à primeira extremidade (12a) deste último.

Description

[001] A presente invenção refere-se a um sistema de conexão topo a topo de dois tubos, o sistema compreendendo um colar de aperto que tem uma tira de aperto adequada para ser apertada em torno das extremidades encostadas de dois tubos.

[002] Mais precisamente, a invenção refere-se a um sistema de aperto do tipo especificado acima que é adequado para ser pré-afixado à extremidade do primeiro tubo antes de encostá-lo no segundo tubo e apertar a tira.

[003] Um sistema de aperto desse tipo é conhecido dos Documentos EP 1 451 498 e EP 2 598 785, para a situação particular em que os tubos têm superfícies de apoio e a periferia interior do colar define um rebaixo que recebe essas superfícies.

[004] Nos documentos de patente mencionados acima, o sistema de aperto inclui meios de pré-afixação que, no estado não apertado do colar, servem para prender o colar ao primeiro tubo antes de ser acoplado ao segundo tubo. O colar é assim, por assim dizer, deixado em repouso na extremidade do primeiro tubo de modo a facilitar o acoplamento do primeiro e do segundo tubos, e depois apertar os dois tubos acoplados.

[005] Os sistemas de aperto descritos nos documentos de patente mencionados acima apresentam uma arruela que é presa ao colar, cuja arruela tem abas ou similares para pré-afixação do conjunto, que compreende o colar e sua arruela, com o primeiro tubo.

[006] Os sistemas desse tipo satisfazem, mas exigem o uso de uma arruela. A arruela pode ter outras funções que não a de contribuir para a pré- afixação, em particular pode contribuir para vedar o acoplamento entre os dois tubos depois de terem sido apertados. No entanto, em certos sistemas, é possível usar uma arruela de vedação de formato mais simples, ou mesmo para evitar o uso de qualquer uma dessas arruelas, em particular se os tubos são de um formato que por si só intensifica a vedação onde os tubos são acoplados entre si, ou se o nível de vedação necessário for baixo.

[007] O documento EP 1 840 439 descreve um sistema de conexão topo a topo de dois tubos, o sistema compreendendo um colar de aperto que tem uma tira de aperto adequada para ser apertada em torno das extremidades que se encostam dos dois tubos, o colar tendo uma aba de retenção que apresenta uma porção de fixação pela qual dita aba de retenção é fixada à tira do colar e que se estende substancialmente axialmente em direção a uma porção de afixação da dita aba de retenção, pela qual a dita aba de retenção é adequada para ser afixada ao primeiro tubo na proximidade da sua primeira extremidade.

[008] De acordo com o documento EP 1 840 439, antes de o colar ser apertado, essa aba pode ser afixada a um dos tubos, por exemplo, por soldadura, a fim de colocar o sistema em repouso no tubo, isto é, em uma situação pré-afixada, antes de encostar o tubo com o outro tubo e depois apertar o colar.

[009] No entanto, esse sistema gera um problema de eficácia. Especificamente, a fim de posicionar corretamente o sistema pré-afixado, é necessário que a aba seja suficientemente rígida. Infelizmente, tal rigidez evita que a aba de retenção seja deformada facilmente ao apertar o colar, complicando assim a operação de aperto e, no extremo, que pode ser prejudicial para a eficácia do aperto.

[0010] Em contraste, se a aba é muito flexível, de modo que possa ser facilmente deformada durante o aperto, corre o risco de não manter o sistema corretamente na posição pré-afixada, complicando assim as operações de encosto dos tubos e de aperto e que pode igualmente ser prejudicial para a eficácia do aperto. A presente invenção procura propor um sistema do tipo especificado acima para conectar dois tubos, cujo sistema é substancialmente livre das desvantagens mencionadas acima.

[0011] Dessa forma, a invenção provê um sistema de conexão topo a topo de dois tubos, o sistema compreendendo um colar de aperto que tem uma tira de aperto adequada para ser apertada em torno das extremidades que se encostam dos dois tubos, o colar tendo uma aba de retenção que apresenta uma porção de fixação pela qual dita aba de retenção é fixada à tira do colar, a porção de fixação se estendendo substancialmente axialmente em direção a uma porção de afixação da dita aba de retenção, pela qual a dita aba de retenção é adequada para ser afixada ao primeiro tubo na proximidade da sua primeira extremidade, em cujo sistema a aba de retenção apresenta uma ondulação situada entre sua porção de fixação e sua porção de afixação.

[0012] Desse modo, de acordo com a invenção, o sistema pode ser fornecido com a aba de retenção fixada à tira do colar e pode ser manipulada como uma unidade. Para pré-afixação, basta colocar o colar na frente da extremidade do primeiro tubo enquanto o orienta de modo a direcionar a porção de afixação da aba de retenção em direção ao tubo, depois passar a tira em torno da extremidade do primeiro tubo e, finalmente, afixar a aba de retenção ao primeiro tubo. Dessa forma, o sistema está em repouso na extremidade do primeiro tubo, que pode ser manipulado como uma unidade juntamente com o colar que está afixado ao mesmo de modo a ficar encostado ao segundo tubo.

[0013] Além disso, a aba de retenção pode ser flexionada, em particular para acompanhar a redução do diâmetro do colar devido ao aperto da tira e, opcionalmente, para ultrapassar a saliência radial do primeiro tubo. A ondulação mencionada acima facilita essa flexão formando um tipo de mola incorporada na aba de retenção. Por ser encruada, essa ondulação atua como uma mola de retorno resiliente. A mola é suficientemente dura para assegurar que, no estado não apertado da tira, a aba de retenção mantenha naturalmente o colar na posição de pré-afixação desejada, enquanto dá à aba de retenção a flexibilidade desejada.

[0014] A ondulação é situada em uma porção intermediária da aba de retenção que forma uma transição entre a porção de afixação, que é substancialmente situada no diâmetro da tira da braçadeira, e a porção de fixação, que é substancialmente situada no diâmetro do primeiro tubo, ou mais precisamente, no diâmetro definido por uma região do primeiro tubo na proximidade do colar, mas não coberta pelo colar.

[0015] A aba de retenção pode ser semirrígida, isto é, em primeiro lugar, apresenta rigidez suficiente quando está afixada ao primeiro tubo para manter a tira do colar na posição desejada na extremidade do primeiro tubo, em particular uma posição na qual o eixo geométrico do colar está substancialmente em alinhamento com o eixo geométrico do primeiro tubo e em que um espaço anular é definido entre a periferia interior da tira e a periferia exterior do colar. Em segundo lugar, a aba de retenção pode ser flexionada durante o aperto, de modo a acompanhar a redução no diâmetro do colar que ocorre durante o aperto, permanecendo fixada à tira do colar e permanecendo afixada ao primeiro tubo. Essa capacidade da aba de retenção de ser suficientemente rígida para manter a tira do colar na posição desejada e ser capaz de deformar por flexão durante o aperto são facilitadas pela ondulação mencionada acima.

[0016] Opcionalmente, a ondulação apresenta um vértice situado entre a porção de afixação e a porção de fixação e, por exemplo, substancialmente a meio caminho entre essas porções.

[0017] Opcionalmente, a ondulação se projeta radialmente.

[0018] A ondulação sendo orientada de modo a se projetar radialmente facilita assegurar que as forças de retorno resilientes que provê atuem na direção que vai em direção ao eixo geométrico do colar. Além disso, a altura da saliência radial da ondulação pode ser determinada de maneira a permanecer geralmente dentro da extensão radial do colar, evitando assim a formação de uma saliência que é excessiva. O vértice da ondulação é então convexo quando visto do exterior da aba, isto é, ao lado do primeiro tubo distante do colar.

[0019] Opcionalmente, a ondulação é inclinada em relação a um plano radial, de modo que ir em direção ao vértice da ondulação envolve o afastamento da porção de fixação.

[0020] Sob tais circunstâncias, a ondulação pode ser de amplitude considerável, embora ainda tendo uma extensão radial limitada. Além disso, uma vez que é orientada na direção especificada, a ondulação não interfere com a colocação do colar no lugar em torno da extremidade do primeiro tubo. Além disso, quando o colar é apertado sobre os tubos de encosto, seu diâmetro diminui e a aba deforma para acompanhar essa diminuição de diâmetro. A inclinação da ondulação permite assegurar que, durante essa deformação da aba, sua porção de fixação que suporta o colar se move essencialmente radialmente enquanto permanece substancialmente na posição axial que ocupou no estado pré-afixado, antes de apertar o colar. Dessa forma, a aba tem pouca ou nenhuma tendência de impulsionar o colar para longe de sua posição axial apropriada em relação às extremidades de encosto dos tubos.

[0021] Em sua definição geral, a invenção provê pelo menos uma aba de retenção. Especificamente, é possível prover uma pluralidade de abas de retenção, por exemplo, duas ou três abas de retenção que são distribuídas angularmente de maneira regular a fim de estimular centralização precisa do colar em torno da extremidade do primeiro tubo antes do aperto.

[0022] No entanto, e como explicado abaixo, a presença de uma pluralidade de abas de retenção não é essencial para a invenção e, pelo contrário, é vantajoso prover apenas uma aba de retenção.

[0023] Por exemplo, a tira do colar é feita de metal, em particular de aço inoxidável, de tipo austenítico ou ferrítico, e a aba é feita do mesmo material e apresenta espessura que é substancialmente igual à espessura da tira.

[0024] Opcionalmente, a periferia interior do colar apresenta um rebaixo adequado para receber uma saliência radial formada na extremidade do primeiro tubo. Em particular, a saliência radial é anular e ocupa toda a circunferência do primeiro tubo de modo que a posição precisa da aba de retenção, quando considerada angularmente, não é de importância particular, facilitando assim a fabricação e a montagem. A título de exemplo, a saliência radial pode ser na forma de uma superfície de apoio análoga às descritas nos Documentos EP 1 451 498 e EP 2 598 785, projetando-se em relação à superfície exterior cilíndrica do primeiro tubo.

[0025] Opcionalmente, a porção de afixação da aba de retenção se estende a uma distância do eixo geométrico do colar que é menor que ou igual ao diâmetro interno de dita tira no estado não apertado.

[0026] O diâmetro interno da tira no estado não apertado é definido de modo que a tira possa ser engatada na extremidade do primeiro tubo sem a saliência radial do primeiro tubo ser um obstáculo para tal engate. Em particular, o diâmetro interno da tira não é menor que a dimensão diamétrica do primeiro tubo como definida por sua saliência radial. Sob tais circunstâncias, uma vez que o colar foi afixado ao primeiro tubo pela porção de afixação da aba de retenção, e como a distância do eixo geométrico do colar (isto é, do eixo geométrico definido pela volta formada pela tira do colar) é menor que ou igual ao diâmetro interno de dita tira no estado não apertado, a aba de retenção mantém naturalmente a tira do colar em torno da extremidade do primeiro tubo sem que a tira seja um obstáculo para o acoplamento dos tubos. Quando o colar é colocado no lugar em torno do primeiro tubo, a porção de afixação da aba pode ser flexionada para fora a fim de ultrapassar o obstáculo formado pela saliência radial do primeiro tubo, ou então, em particular quando apenas uma aba de retenção está presente, o colar pode ser inclinado de modo a mover a porção de afixação da aba para longe do eixo geométrico do primeiro tubo e assim permitir que a porção de afixação ultrapasse a saliência radial, após a qual o colar é endireitado a fim de colocar seu eixo geométrico em alinhamento com o eixo geométrico do primeiro tubo e a porção de afixação da aba de retenção é então afixada ao primeiro tubo.

[0027] Opcionalmente, o colar apresenta duas extremidades adequadas para serem movidas em relação uma à outra a fim de apertar o colar, e a aba de retenção é substancialmente diametralmente oposta a essas extremidades.

[0028] A aba de retenção assim coopera com uma porção do colar que é distante do meio usado para apertar o colar e, portanto, não interfere nesse meio.

[0029] Opcionalmente, a porção de fixação é formada na extremidade livre da aba de retenção distante de sua porção de afixação.

[0030] Em particular, as porções de fixação e afixação podem ser formadas nas extremidades opostas da aba de retenção.

[0031] A porção de fixação da aba de retenção pode ser fixada ao colar por qualquer meio apropriado, em particular por pelo menos um dos modos de fixação que compreendem soldadura, crimpagem, encalcamento, enganchamento ou grampeamento.

[0032] Opcionalmente, o colar apresenta duas extremidades que se projetam radialmente e uma haste de aperto rosqueado que coopera com ditas extremidades para movê-las em relação uma à outra em apertar o colar por aparafusamento.

[0033] A invenção também provê um conjunto para acoplamento de dois tubos, o conjunto compreendendo um primeiro tubo e um sistema da invenção para acoplamento de dois tubos, cujo primeiro tubo é afixado à porção de afixação da aba de retenção e é adequado para ser encostado a um segundo tubo, a tira do colar se estendendo em torno da extremidade do primeiro tubo.

[0034] Esse conjunto compreende um sistema da invenção e o primeiro tubo que tem o sistema pré-afixado em sua extremidade em um estado em que a tira do colar, no estado não apertado, se estende em torno da extremidade do primeiro tubo.

[0035] Opcionalmente, a porção de afixação da aba de retenção é afixada ao primeiro tubo por soldadura ou brasagem.

[0036] Isso pode ser feito por qualquer meio conhecido, em particular por soldadura, isto é, por fusão parcial da porção de afixação da aba de retenção. Pode em particular compreender um ou mais pontos de solda, já que as forças às quais a soldadura é submetida são pequenas.

[0037] Opcionalmente, a porção de afixação da aba de retenção é afixada ao primeiro tubo por um colar de afixação.

[0038] O colar de afixação pode ser simples e barato, já que sua função é afixar a aba de retenção ao primeiro tubo, sem ser submetido a restrições graves, em particular mecanicamente ou em relação à vedação.

[0039] Opcionalmente, no estado não apertado, a tira do colar é radialmente espaçada da extremidade do primeiro tubo.

[0040] Dessa forma, um espaço anular é definido entre a tira do colar e a extremidade do primeiro tubo, em cujo espaço a extremidade do segundo tubo pode ser inserida a fim de conectar e acoplar os tubos.

[0041] A invenção pode ser bem compreendida e suas vantagens aparecem melhor mediante a leitura da seguinte descrição detalhada de uma modalidade dada a título de exemplo não limitativo. • A Figura 1 é uma vista em perspectiva que mostra o colar pré-afixado na extremidade do primeiro tubo, antes de apertar o colar; • a Figura 2 é uma vista seccional no plano II da Figura 1, esse plano sendo definido pelo eixo geométrico do tubo e por um diâmetro do tubo que passa através da aba de retenção; • a Figura 2A mostra uma variante para fixar a aba de retenção à tira do colar, na zona IIA da Figura 2; • a Figura 3 é uma vista de extremidade diagramática vista ao longo da seta III da Figura 2; • a Figura 4 é uma vista análoga à Figura 1, mas que mostra o colar apertado e o primeiro tubo acoplado a um segundo tubo; e • a Figura 5 é uma vista seccional no plano V da Figura 4, esse plano sendo análogo ao plano II da Figura 1.

[0042] A descrição começa com as Figuras 1 e 2, que mostram um colar de aperto 10 pré-afixado à extremidade 12A de um primeiro tubo 12. Especificamente, o colar é geralmente do mesmo tipo que o descrito pelos documentos EP 1 451 498 e EP 2 598 785. No entanto, deve-se compreender que a invenção não se limita a esse tipo de colar.

[0043] Abaixo, o termo “interior” é usado para designar elementos que se voltam em direção ao eixo geométrico A do tubo 12 ou que são mais próximos de dito eixo geométrico em relação a outros elementos que são ditos “exteriores”, elementos “exteriores” sendo também os que se voltam na direção oposta ao eixo geométrico A.

[0044] Especificamente, o colar 10 compreende uma tira 14 que tem uma periferia interior que define um rebaixo 16 no qual é possível inserir superfícies de apoio, respectivamente uma superfície de apoio 18 que pertence ao primeiro tubo 12 e uma superfície de apoio 18’ que pertence ao segundo tubo 12’ (ver Figura 5). Esse rebaixo e essas superfícies de apoio são de formatos de modo que o aperto da tira do colar restrinja as extremidades dos tubos para aproximação uma da outra. Dessa forma, a tira 14 apresenta uma seção que é vantajosamente em formato de V, enquanto as superfícies de apoio 18 e 18’ são de um diâmetro que aumenta gradualmente indo em direção às extremidades livres de tubos voltados um para o outro, e são, por exemplo, de formato troncocônico.

[0045] A tira 14 do colar apresenta respectivas extremidades 14A e 14B que se projetam substancialmente radialmente de modo a formar abas de apoio. Essas abas são perfuradas de modo a permitir que a haste 24A de um parafuso 24 seja passada através das abas. A cabeça do parafuso 24 é ajustada em relação à aba de apoio 14B, enquanto uma porca 26 é mantida em relação à outra aba de apoio 14A. Nas figuras, a cabeça do parafuso não é visível, mas pode ser análoga à mostrada nos Documentos EP 1 451 498 e EP 2 598 785. Especificamente, uma arruela de ajuste 26A é interposta entre a aba de apoio 14A e a porca 26, essa arruela tendo um entalhe que a ajusta em relação à ponta do formato de V formado pela tira 14 a fim de evitar que gire em relação à mesma quando o parafuso é girado.

[0046] Com referência à Figura 5, pode ser visto que a extremidade 12’A do segundo tubo 12’ é uma extremidade fêmea, sua periferia interior sendo alargada. Em contraste, a extremidade 12A do primeiro tubo 12 é uma extremidade macho que, além da superfície de apoio 18, apresenta uma periferia exterior 23 de diâmetro que diminui indo em direção à extremidade livre. A porção de extremidade 12A conforme formada desse modo pode então ser inserida como um formato substancialmente complementar dentro do alargamento 17 formado na extremidade do tubo 12’. Esse formato, possivelmente associado a uma arruela interposta entre a periferia exterior 23 da extremidade livre do primeiro tubo e a periferia interior do alargamento 17 do segundo tubo, pode servir para vedar a conexão entre os dois tubos, quando o sistema de aperto está apertado. Tal arruela não precisa ser necessária, por exemplo, se um material é selecionado para os dois tubos que permite uma pequena quantidade de deformação das superfícies que entram em contato sob o efeito do aperto, provendo assim a vedação necessária, em particular quando o nível exigido de vedação não é extremamente alto.

[0047] O colar de aperto 10 tem uma aba de retenção 30 que, no estado pré-afixado do colar, é fixado ao primeiro tubo 12. Essa aba 30 apresenta uma porção de fixação 32 pela qual é fixada à tira do colar, e uma porção de afixação 34 pela qual é fixada ao tubo 12. Especificamente, a porção de fixação 32 é no formato de um gancho que tem sua extremidade livre apontando em direção ao eixo geométrico A. Vista em seção axial, essa porção de fixação apresenta um formato que é substancialmente conformado em V (vista em seção axial), adequada para receber em sua ranhura o formato de V da tira do colar. Pode também ser visto que a porção de fixação 32 é especificamente formada na extremidade livre da aba de retenção distante de sua porção de afixação 34. A aba 30 é geralmente orientada substancialmente axialmente afastando-se de sua porção de fixação e para sua porção de afixação, e se estende em direção à traseira do colar, isto é, na direção ao longo do tubo 12 afastando-se de sua extremidade 12A.

[0048] No estado livre, isto é, antes da pré-afixação do colar 10 no tubo 12, ou no estado pré-afixado, a porção de afixação 34 da aba de retenção 30 se estende a uma distância D1 do eixo geométrico do colar (coincidindo na figura com o eixo geométrico A do tubo 12), cuja distância é menor que ou igual ao diâmetro interno D2 da tira do colar (cujo diâmetro interno é então medido naturalmente enquanto o colar está no estado não apertado).

[0049] A porção de fixação 32 da aba de retenção 30 pode ser fixada à tira 14 por qualquer meio apropriado. Dessa forma, pode ser soldada na tira, e na Figura 2 podem ser vistos dois pontos de solda 32’ situados em respectivos flancos do formato de V.

[0050] Como mostrado na Figura 2A, também é possível considerar algum outro modo de fixação como encalcamento ou crimpagem. Dessa forma, a Figura 2A mostra a porção de fixação 32 da aba 30 que apresenta dois entalhes 32’’, respectivamente em cada uma das ramificações do formato de V, com o material da tira 14 do colar sendo forçada nelas a fim de formar saliências 14’’ que penetram nos entalhes.

[0051] Com o formato de V mencionado acima para a seção da tira 14 e para a porção de fixação 32 da aba de retenção 30, é vantajoso prover um ponto de fixação em cada ramificação do formato de V.

[0052] A título de exemplo, a fixação poderia igualmente bem ser conseguida por enganchamento, com os entalhes 32’’ sendo substituídos por pequenos ganchos que penetram nos entalhes formados nas posições das saliências 14’’, ou vice-versa, ou por grampeamento, por exemplo, usando grampos ou clipes separados (não mostrados).

[0053] De maneira geral, podem ser considerados inúmeros modos de fixação, em princípio a fixação entre a aba de retenção e a tira do colar não sendo submetida a tensões altas.

[0054] O conjunto de colar, que compreende a tira e a aba de retenção, é manipulado como uma unidade e pode ser fornecido em um estado montado.

[0055] A porção de afixação 34 da aba de retenção permite que o colar seja afixado ao primeiro tubo 12 na situação pré-afixada.

[0056] Especificamente, pode ser visto que a porção de afixação 34 é orientada axialmente, estando situada distante da porção de fixação 32 e sendo fixada contra a periferia exterior do tubo 12. Em particular, a porção de afixação da aba de retenção 30 pode ser afixada ao primeiro tubo 12 por soldadura, tendo um ou mais pontos de solda 34’.

[0057] No entanto, é possível considerar outras formas de afixação da porção de afixação ao tubo. Por exemplo, como mostrado por linhas pontilhadas em cadeia, a porção de afixação 34 pode ser presa a um colar de afixação 40 que é ele próprio afixado em torno do tubo 12. Em particular, pode ser um colar do tipo que tem duas extremidades que se engancham umas às outras. Dessa forma, esse colar é inicialmente aberto de modo a ser passado em torno do tubo, e é então fechado e apertado contra o tubo. A título de exemplo, pode ser um colar do tipo descrito no Documento de patente europeia EP 0 003 192. A porção de afixação 34 da aba de retenção pode ser fixada a esse colar por qualquer meio apropriado, em particular por soldadura, grampeamento, crimpagem ou encalcamento.

[0058] Quando é usado um colar de afixação 40, o conjunto constituído pelo colar de aperto 10, incluindo a aba de retenção 30 e o colar de afixação 40, pode ser fornecido como uma unidade e pré-afixado na extremidade do tubo 12.

[0059] A aba de retenção 30 apresenta uma ondulação 36 que é situada entre sua porção de afixação 34 e sua porção de fixação 32. Essa ondulação projeta-se radialmente para fora do primeiro tubo 12. É situada em uma porção intermediária da aba 30 que forma uma transição entre a porção de afixação 34, que é substancialmente situada no diâmetro do colar, e a porção de fixação 32, que é substancialmente situada no diâmetro contínuo do primeiro tubo. A ondulação apresenta um vértice 36S situado na porção intermediária, substancialmente a meio caminho entre as porções de afixação e de fixação. Vista em um plano radial, a ondulação forma uma porção de um laço ou de um formato em V arredondado. Especificamente, é convexa quando vista do lado de fora. Pode também ser visto que a ondulação 36 é inclinada em relação a um plano radial P (ver Figura 2), de modo que ir em direção ao vértice 36S da ondulação envolve o afastamento da porção de fixação 32. Especificamente, o ângulo de inclinação α no estado não apertado do colar é da ordem de 30 graus a 60 graus. Esse ângulo é medido entre o plano P e um plano médio M da ondulação que passa através de seu vértice 36S. A ondulação estende-se sobre toda a largura da aba de retenção, cuja largura é medida perpendicularmente ao plano da Figura 2, e assim forma uma onda da aba de retenção.

[0060] A aba de retenção é formada em uma faixa, em particular uma faixa de material metálico que é dobrada e endurecida de maneira adequada. Com referência em particular às Figuras 2 e 4, pode ser visto que, tanto no estado não apertado como no estado apertado do colar, a ondulação está geralmente contida dentro da extensão radial do sistema de aperto, uma vez que o vértice 36S da ondulação projeta-se pouco ou não se projeta radialmente para fora além do vértice 32S do gancho formado na porção de fixação 32.

[0061] Na modalidade mostrada, uma única aba de retenção 30 é suficiente para reter o colar no estado pré-afixado na primeira extremidade 12A do tubo 12. Com referência às Figuras 2 e 3, pode ser visto que no estado pré-afixado do colar 10 na extremidade 12A do tubo 12 existe um espaço anular E formado entre a periferia exterior do tubo 12 e a periferia interior da tira 14 do colar. Também pode ser visto na Figura 3 que no estado pré-afixado o colar é substancialmente centrado em relação ao tubo, o eixo geométrico do colar nessa figura coincidindo com o eixo geométrico A do tubo.

[0062] Dessa forma, o espaço anular E permite que a extremidade 12’A do segundo tubo 12’ seja inserida sob a tira 14 do colar e permite que os dois tubos sejam acoplados (ver Figuras 4 e 5).

[0063] Dessa forma, a aba de retenção 30 é suficientemente rígida para transportar a tira do colar em uma posição em cantiléver para mantê-la corretamente posicionada em relação ao primeiro tubo 12. Além disso, a aba de retenção 30 pode ser flexionada elasticamente, em primeiro lugar para facilitar a pré-afixação do colar no primeiro tubo, se necessário, e em segundo lugar para permitir que a aba acompanhe a redução no diâmetro do colar quando o colar é apertado. A ondulação 36 intensifica essa flexibilidade elástica. Na Figura 2 pode ser visto que a ondulação está aberta, isto é, que as suas duas pernas 36’ e 36” que se estendem de cada lado de seu vértice 36S respectivamente para a porção de fixação 32 da aba de retenção 30 e para sua porção de afixação 34 para afixação ao primeiro tubo. Em contraste, na Figura 5, pode ser visto que as duas pernas 36’ e 36” se moveram uma em direção à outra.

[0064] Como mencionado acima, a aba de retenção pode ser fabricada usando o mesmo material que a tira do colar ou usando um material que apresenta as mesmas propriedades mecânicas gerais. Em particular, pode ser um metal como o aço, o qual pode ser um aço inoxidável, dependendo da aplicação em questão. Por exemplo, quando a invenção é aplicada a tubos de escape para veículos a motor, pode ser preferível selecionar aço inoxidável. Na Figura 3, pode ser visto que a aba de retenção cobre um setor angular β de alguns graus, por exemplo, da ordem de 2° a 10°. Em inúmeras circunstâncias, se o colar tiver um diâmetro da ordem de 60 milímetros (mm) a 100 mm (como acontece, por exemplo, quando é usado para unir dois tubos de escape para um motor de veículo), a aba de retenção pode ter uma largura (medida na direção conferencial do colar) que é da ordem de 10 mm a 20 mm. A aba de retenção pode ter uma espessura análoga à espessura da tira do colar. Em particular, pode ter uma espessura da ordem de 1 mm a 1,5 mm.

[0065] Uma vez que o colar está na posição de repouso, isto é, na situação pré-afixada, na extremidade 12A do primeiro tubo 12, pode ser manuseado como uma unidade em conjunto com o primeiro tubo. A fim de montar o primeiro tubo 12 com o segundo tubo 12’, o segundo tubo é levado em direção à extremidade 12A do primeiro tubo e sua extremidade 12’A é inserida no espaço anular E mencionado acima, após o que o colar é apertado de maneira convencional. Especificamente, os meios de aperto do colar compreendem o parafuso mencionado acima que, quando a porca é aparafusada na haste rosqueada do parafuso, reduz o espaço entre as abas de apoio 14A e 14B. Naturalmente, podem ser considerados outros meios de aperto, e em particular meios de enganchamento ou de pinçamento.

Claims

1. Sistema de conexão topo a topo de dois tubos (12, 12'), o sistema compreendendo um colar de aperto (10) que tem uma tira de aperto (14) adequada para ser apertada em torno das extremidades (12a, 12’a) que encostam nos dois tubos (12, 12'), o colar (10) compreende uma aba de retenção (30) que tem uma porção de fixação (32), por meio da qual a dita aba de retenção (30) é fixada à tira (14) do colar, a porção de fixação se estendendo de modo axial a uma porção de afixação (34) da dita aba de retenção (30), por meio da qual a dita aba de retenção é adequada para ser afixada ao primeiro tubo (12) adjacente à sua primeira extremidade (12A), caracterizado pelo fato de que a aba de retenção (30) tem uma ondulação (36) situada entre a sua porção de fixação (32) e a sua porção de afixação (34).

2. Sistema de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que a ondulação apresenta um vértice situado entre a porção de afixação e a porção de fixação.

3. Sistema de acordo com a reivindicação 2, caracterizado pelo fato de que o vértice está situado a meio caminho entre a porção de afixação e a porção de fixação.

4. Sistema de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 3, caracterizado pelo fato de que (36) a ondulação se projeta radialmente.

5. Sistema de acordo com qualquer uma das reivindicações 2 a 4, caracterizado pelo fato de que a ondulação (36) é inclinada em relação a um plano radial, de modo que, quando vai para o vértice (36S) da ondulação (36) se afasta da porção de fixação (32).

6. Sistema de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 5, caracterizado pelo fato de que a periferia interior do colar (10) apresenta um rebaixo (16) adequado para receber uma saliência radial (18) formada na extremidade (12A) do primeiro tubo.

7. Sistema de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 6, caracterizado pelo fato de que a porção de afixação (34) da aba de retenção (30) se estende a uma distância (D1) do eixo geométrico (A) o colar (10) que é menor do que ou igual ao raio interior (D2) da dita tira (14) no estado não apertado.

8. Sistema de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 7, caracterizado pelo fato de que o colar (10) tem duas extremidades (14a, 14b), adequadas para serem deslocadas uma em relação à outra para apertar o colar, e em que a aba de retenção (30) é diametralmente oposta às ditas extremidades.

9. Sistema de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 8, caracterizado pelo fato de que a porção de fixação (32) é formada na extremidade livre da aba de retenção (30) remota à sua porção de afixação (34).

10. Sistema de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 9, caracterizado pelo fato de que a porção de fixação (32) da aba de retenção (30) está fixada à tira (14) do colar (10) por pelo menos um dos modos de fixação incluindo a soldadura, crimpagem, encalcamento, enganchamento ou grampeamento.

11. Conjunto de conexão de dois tubos (12, 12’), caracterizado pelo fato de que compreende um sistema como definido em qualquer uma das reivindicações 1 a 10 e um primeiro tubo (12), o qual está afixado à porção de afixação (34) da aba de retenção (30) e que está adequada para ser encostada com um segundo tubo (12’), a tira (14) do colar se estendendo em torno da extremidade (12A) do primeiro tubo.

12. Conjunto de acordo com a reivindicação 11, caracterizado pelo fato de que a porção de afixação (34) da aba de retenção (30) está afixada ao primeiro tubo (12) por soldagem ou brasagem.

13. Conjunto de acordo com a reivindicação 11, caracterizado pelo fato de que a porção de afixação (34) da aba de retenção (30) está afixada ao primeiro tubo (12) por um colar de afixação (40).

14. Conjunto de acordo com qualquer das reivindicações 11 a 13, caracterizado pelo fato de que, no estado não apertado, a tira (14) do colar está espaçada radialmente (E) a partir da extremidade (12a) do primeiro tubo (12).