BR112016002321B1

BR112016002321B1 - saleiro com bocal de distribuição

Info

Publication number: BR112016002321B1
Application number: BR112016002321-8A
Authority: BR
Inventors: Francesco RIVA
Original assignee: Tacom S.A.
Priority date: 2013-08-02
Filing date: 2014-08-01
Publication date: 2021-05-25
Also published as: EP3027522A1; US9567131B2; WO2015015460A1; JP2016528121A; ITTO20130666A1; US20160167830A1; CN105452115A; CN105452115B; EP3027522B1; JP6513087B2; BR112016002321A2

Abstract

SALEIRO COM BOCAR DE DISTRIBUIÇÃO. É descrito um saleiro compreendendo um invólucro (10) tendo pelo menos uma parede externa (13) apresentando pelo menos uma abertura de distribuição (17), na qual um bocal de distribuição (20) está inserido. O invólucro (10) compreende uma parede interna (15) justaposta à parede externa (13). A parede interna (25) forma um entalhe (26) pelo menos parcialmente alinhado cm a abertura de distribuição ficando ocluída por uma porção (27, 31) da parede interna (25), e uma segunda parte da abertura de distribuição, complementar à primeira parte, cria com entalhe (26) uma única passagem (280 para distribuir o conteúdo do invólucro. O invólucro (10) é formando pela dobragem de um única folha conformada (10 a) que forma, em uma peca única, todas as paredes ou abas que constituem o invólucro. A abertura de distribuição (17) é formada por um recorte (22) feito em uma primeira aba periférica (13 a) da folha conformada (10 a). esta folha conformada (10 a) possui uma segunda aba periférica (25 a) localizada em um lado ou extremidade da folha oposta ao lado que tem a primeira aba periférica (13 a). o entalhe (26) na parede interna (25) é formando na segunda aba periférica (25 a).

Description

CAMPO TÉCNICO

[001] A presente invenção refere-se a um recipiente para distribuição de produtos granulados ou em pó, particularmente um saleiro, provido com um bocal de distribuição.

ESTADO DA TÉCNICA

[002] Sabe-se que os recipientes, na sua maioria feitos de papelão e tendo um formato substancialmente paralelepipédico, providos com bocais de distribuição, são comumente usados para verter diversos tipos de produtos na forma granulada ou em pó, tais como sal, açúcar e produtos alimentícios solúveis. Esses bocais são feitos de material metálico (alumínio), material plástico ou papelão, e ficam fixados a uma aba articulada formada em uma parede do recipiente, possivelmente por meio de um recorte nessa parede tendo o formato de um "U" invertido, com a aba sendo fixada a uma porção central do bocal. O bocal de distribuição fica inserido na abertura de distribuição e pode ser movido entre uma posição retraída, fechada, e uma posição extraída, em que é possível verter uma certa quantidade de um produto contido no recipiente.

[003] Tem sido proposto recentemente que os bocais de distribuição também devem ser aplicados a saleiros que contêm sal de cozinha fino. Esses recipientes, geralmente de formato cilíndrico e feitos de material plástico, têm duas aberturas de distribuição, a saber, uma primeira abertura para verter o sal em grandes quantidades e uma segunda abertura para aspergir uma porção controlada de sal. Esta segunda abertura de distribuição tem um bocal de distribuição associado com uma parede perfurada que recobre a abertura de distribuição, permitindo que o sal saia e passe apenas através das perfurações circulares.

[004] Os saleiros do tipo acima mencionado são limitados, na medida em que um determinado diâmetro das perfurações geralmente provê uma boa distribuição controlada de sal tendo um grau específico de finura, porém essas perfurações impedem que o sal seja vertido caso ele tenha um tamanho de partícula mais grosso, ou permitem que saia sal demais caso ele tenha um tamanho de partícula mais fino. Uma vez que o sal é higroscópico, as perfurações tendem a tornar-se facilmente ocluídas quando há umidade, em especial no caso de sal que não é muito fino. Seria portanto necessário prover diferentes tipos de saleiros, tendo paredes com perfurações cujos diâmetros são diferenciados de acordo com o grau de finura do sal contido.

SUMÁRIO DA INVENÇÃO

[005] Um objetivo geral do presente invento consiste em prover um recipiente que facilita a distribuição controlada. Mais particularmente, um objetivo do invento consiste em produzir, de uma forma simples e econômica, um recipiente que pode ser usado para despejar uma quantidade medida e controlada do seu conteúdo em forma de pó ou similar como, por exemplo, produtos alimentícios ou detergentes em pó, evitando o derramamento acidental de quantidades excessivas.

[006] Este objetivo é alcançado, de acordo com o invento, com um recipiente tendo as características especificadas nas reivindicações anexas.

[007] Resumidamente, o recipiente compreende um invólucro tendo uma abertura de distribuição na qual está inserido um bocal de distribuição. A abertura de distribuição é formada em uma parede externa do invólucro. O invólucro compreende uma parede interna que se justapõe à parede externa e forma um entalhe pelo menos parcialmente alinhado com a abertura de distribuição. Assim, uma primeira parte da abertura de distribuição fica ocluída por uma porção da parede interna, enquanto que uma segunda parte da abertura de distribuição, complementar à primeira parte, cria, com o entalhe, uma única passagem para verter o conteúdo do invólucro. O invólucro é formado pela dobragem de uma única folha conformada, a qual forma em uma peça única todas as paredes ou abas que constituem o invólucro. A abertura de distribuição é formada por um recorte feito em uma primeira aba periférica da folha conformada. A mesma folha possui uma segunda aba periférica, localizada em um lado ou na extremidade da folha oposta ao lado que possui a primeira aba periférica. O entalhe na parede interna é formado na segunda aba periférica.

[008] Devido a essa disposição, o entalhe pode ser preparado e adaptado de uma maneira relativamente simples pelo fabricante do recipiente, de modo a que a parede interna forme, junto com a parede externa, uma passagem de distribuição, que pode ser adaptada para diferentes tipos de sal com modificações mínimas, e sem as desvantagens do estado da técnica anterior.

BREVE DESCRIÇÃO DOS DESENHOS

[009] Algumas formas de realização não limitativas da invenção serão agora descritas, com referência aos desenhos anexos, onde: - A figura 1 é uma vista em perspectiva esquemática de um recipiente de acordo com uma primeira forma de realização, com um bocal de distribuição na posição fechada; - A figura 2 é uma vista em perspectiva do recipiente da figura 1, com o bocal de distribuição na posição completamente aberta; - A figura 3 é uma vista parcial em corte transversal vertical do recipiente da figura 2, com o bocal de distribuição na posição completamente aberta; - A figura 4 mostra uma folha plana a partir da qual o invólucro das figuras 1 e 2 pode ser formado, por dobragem e colagem; - A figura 5 é uma vista em perspectiva que mostra o recipiente das figuras 1 e 4 em uma condição parcialmente montada; - A figura 6 é uma vista em perspectiva que ilustra esquematicamente o recipiente da figura 1, com algumas partes removidas para fins ilustrativos; - A figura 7 é uma vista parcial em corte transversal vertical, semelhante àquele da figura 3, com o bocal de distribuição em uma posição parcialmente aberta; - A figura 8 é uma vista em perspectiva que mostra um recipiente de acordo com uma segunda forma de realização, em uma condição parcialmente montada; - A figura 9 mostra uma folha plana a partir da qual o invólucro da figura 8 pode ser formado, por dobragem e colagem; e - A figura 10 é uma vista em perspectiva que ilustra esquematicamente o recipiente da figura 8, com algumas partes removidas para fins ilustrativos.

DESCRIÇÃO DETALHADA

[010] Fazendo referência inicial às figuras 1 a 7, a letra C indica um recipiente como um todo, particularmente um saleiro. No restante da presente descrição, o recipiente C é definido como um saleiro, mas deve ser entendido que o recipiente pode ser usado para verter qualquer produto granulado, em pó ou na forma de flocos, não necessariamente sal, embora a invenção tenha sido concebida principalmente com o propósito de aspergir sal fino. Por exemplo, o recipiente pode ser usado para verter vários tipos de produtos granulados ou em pó, tais como sal, açúcar, detergentes, e outros.

[011] O recipiente C compreende um invólucro 10 em forma de caixa, de preferência tendo um formato geralmente paralelepipédico, e um bocal de distribuição 20.

[012] Vantajosamente, mas não necessariamente, o invólucro 10 é feito de papelão. De maneira mais geral, o invólucro pode ser feito de uma folha de material tendo uma consistência semi-rígida, tipicamente papelão, cartolina, material polilaminado tal como Tetra Pak®, ou semelhante.

[013] Nos exemplos aqui ilustrados, o invólucro (ou caixa) 10 possui uma parte inferior ou base horizontal retangular 11 (figura 4), uma base horizontal superior retangular 12, e quatro paredes laterais verticais externas 13,14,15,16, duas de quais (13 e 14) são mais estreitas do que as outras.

[014] Uma abertura 17 é formada na parte superior da parede externa estreita 13. O bocal de distribuição 20 fica inserido na abertura 17. A abertura 17 pode ser formada por um recorte 22, substancialmente em formato de "U" invertido e com dois ramos substancialmente verticais 21, em uma parede vertical externa 13. O recorte 22 forma uma aba 23 que, ao ser dobrada para fora em torno de uma linha transversal horizontal de articulação X, abre a abertura 17. Conforme utilizados aqui, os termos "transversal", "longitudinal" e "lateral" devem ser interpretados com referência ao eixo X, salvo indicação em contrário. Termos como "interno" e "externo"referem-se ao interior e ao exterior do recipiente.

[015] A concepção do bocal de distribuição pode variar a partir do exemplo aqui ilustrado. A configuração geral e a operação de abertura e fechamento de um bocal de distribuição são consideradas, geralmente, como conhecidas. No presente exemplo, o bocal 20 forma uma porção central 20a, que é a porção ligada à aba 23, e duas abas laterais 20b, 20c dobradas ao longo de respectivas linhas de dobragem 20b', 20c', ao longo das quais elas ficam unidas à porção central 20a. Na parte superior, nas bordas laterais das abas 20b, 20c, são formadas duas protuberâncias 20d idênticas, que atuam como elementos de parada; as protuberâncias 20d são adaptadas para apoiarem-se contra uma superfície interna 24 do recipiente, para determinarem a posição de abertura máxima do bocal, como mostrado na figura 3.

[016] O bocal de distribuição 20 é móvel entre uma posição retraída, fechada (figura 1), e uma posição extraída, aberta (figura 2), para despejar uma determinada quantidade de um produto granulado, em pó ou na forma de flocos, neste exemplo, sal, contido no interior do invólucro.

[017] O invólucro 10 compreende uma parede interna 25 que fica justaposta à parede externa 13, na condição montada. A parede interna 25 possui um entalhe 26, que fica pelo menos parcialmente alinhado com a abertura 17 formada pela parede externa 13.

[018] Como mostrado na figura 2, quando o bocal está na posição extraída ou aberta, uma primeira parte da abertura 17 é ocluída por uma porção 27 da parede interna 25, enquanto que uma segunda parte da abertura 17, complementar à primeira parte, cria com o entalhe uma única passagem 28 que se estende através do invólucro. A passagem criada pelo alinhamento parcial da abertura 17 com o entalhe 26 apresenta uma área menor do que a da abertura 17. Em outras palavras, a parede interna 25 parcializa a abertura 17. Esta redução ou parcialização está configurada de modo a que a passagem 28 resultante permita que sal fino possa ser vertido de uma maneira controlada.

[019] A título de ilustração, a área da passagem 28 criada pelo alinhamento do entalhe 26 e da abertura 17 pode variar a partir de um mínimo de poucos mm2, até um máximo de cerca de 40 mm2, dependendo do tamanho dos grânulos do produto a ser vertido.

[020] O invólucro 10 pode ser formado pela dobragem de uma única folha conformada 10a que forma, em uma única peça, todas as paredes ou abas que constituem o invólucro, conforme a configuração achatada mostrada, por exemplo, na figura 4.

[021] Na forma de realização da figura 4, o recorte 22 que forma a abertura 17 é feito em uma primeira aba periférica 13a da folha 10a, a qual possui uma segunda aba periférica 25a localizada em um lado ou extremidade da folha 10a, oposta ao lado que tem a primeira aba periférica 13a. O entalhe 26 é formado na segunda aba periférica 25a.

[022] Na condição montada, tridimensional, a segunda aba 25a forma a parede interna 25, e fica sobreposta internamente sobre a primeira aba 13a, a qual forma a parede vertical externa 13. A figura 6 mostra esquematicamente a posição da parede interna 25 por trás da parede externa 13; para fins ilustrativos, o bocal de distribuição 20 e o entalhe 22 na parte externa 13 estão omitidos da figura 6. É mostrada a posição da linha de articulação X da aba externa 23.

[023] Formar todas as abas e paredes do recipiente a partir de uma única folha é particularmente vantajoso em termos de custo e de velocidade de produção.

[024] Em uma forma de realização alternativa (não mostrada), a parede interna 25 pode ser composta por uma aba formada por uma folha separada, unida, por meio de adesivo, por exemplo, à folha que forma a parede externa 13.

[025] Em uma forma de realização, a aba 13a que forma o entalhe 26 possui uma borda livre inferior 29 e um par de recortes 30 que se estendem para cima, a partir da borda inferior 29, de modo a formarem uma aba interna 31 que pode ser sobreposta à aba externa 23. Nesta forma de realização, a porção 27 da parede interna 25, que serve para parcializar a passagem de distribuição 28, é formada pela aba interna 31.

[026] Os recortes 30 podem ficar internamente sobrepostos aos ramos 21 do recorte 22 em formato de "U" invertido, de modo a permitirem que cada uma das abas 20b, 20c do bocal seja inserida através da parede externa 13 e da parede interna 25. As protuberâncias 20d do bocal apoiam-se contra a parede interna 25 na posição de abertura máxima do bocal, conforme mostrado na figura 3.

[027] Na forma de realização da figura 4, o recorte 26 estende-se para cima na aba interna 31 a partir da borda inferior 29, em uma posição intermediária entre os recortes 30.

[028] No exemplo mostrado nas figuras 2, 4 e 5, o entalhe 26 tem o formato de um "V" invertido. Este formato não deve ser considerado como limitativo. Outros formatos, como por exemplo arredondados ou poligonais (por exemplo, retangulares ou trapezoidais) também podem ser adequados para esta finalidade.

[029] A fim de fixar o formato tridimensional do recipiente, uma certa quantidade de adesivo pode ser aplicado à interface G entre a parede interna 25 e a parede externa 13 (figura 5).

[030] Na condição montada ou tridimensional (figura 2), uma porção superior do entalhe 26 projeta-se acima da linha horizontal de articulação X da aba 23. O alinhamento ou sobreposição da parte superior do entalhe 26 e da abertura 17 define a passagem de distribuição 28 restrita.

[031] Quando o bocal está na posição de extração máxima (figuras 2 e 3), o sal ou outro conteúdo solto flui para fora da passagem de distribuição de uma maneira controlada, de modo a ser aspergido sobre um alimento.

[032] A forma de realização das figuras 1 a 7 também permite que o sal (ou outros conteúdos) seja vertido em doses bastante grandes. Este modo de distribuição pode ser provido quando o bocal de distribuição não está totalmente extraído. A aba interna possui uma certa liberdade de movimento, estando fixada apenas pela sua parte superior ao restante do recipiente. A partir da posição de extração máxima (figura 3), o bocal pode ser empurrado para trás para a posição fechada, porém o movimento de empurrar pode ser interrompido a meio curso (figura 7). Quando o bocal se move para a posição fechada, as abas do bocal apoiam-se com uma certa quantidade de atrito sobre os lados da aba interna, movendo-a, assim, apenas em uma pequena porém perceptível extensão em direção ao interior do recipiente. Nesta posição, por conseguinte, há um espaçamento maior entre a aba interna e a superfície do bocal voltada para a aba interna. Nesta posição, o sal não é distribuído apenas através do entalhe 26, mas através de uma passagem 28 mais larga, definida entre a borda inferior da aba interna 31, o entalhe 26, e a linha de articulação X da aba externa 23.

[033] Na forma de realização mostrada nas figuras 8 e 9, o entalhe 26 é formado como um orifício passante delimitado por uma linha fechada através da parede interna 25. Dois recortes 30 também são feitos na parede 25, estes recortes estando adaptados para ficarem internamente sobrepostos sobre os ramos 38 dos recortes em formato de "U" invertido, de modo a permitirem que cada uma das abas do bocal seja inserida através da parede externa 13 e da parede interna 25. Nesta forma de realização, também, as protuberâncias 20d do bocal apoiam-se contra a parede interna 25, na posição de abertura máxima do bocal. Nesta forma de realização, a ausência de uma aba interna móvel não permite que uma configuração de distribuição mais generosa seja provida, enquanto que isto é possível no exemplo das figuras 1 a 7. Portanto, com um recipiente como o das figuras 8 e 9, pode ser apropriado prover um segundo recorte 22a no recipiente (figura 9), de modo a formar uma segunda abertura de distribuição conformada de maneira a permitir uma distribuição de doses mais generosas. Esta segunda abertura de distribuição é inteiramente convencional, não tendo, portanto, nenhuma parede interna de parcialização adjacente a ela.

[034] Em uma forma de realização, o entalhe 26, tendo o formato de um orifício, como mostrado por exemplo nas figuras 8 e 9, pode ser formado de uma maneira e tamanho tais que somente uma parte superior (ou parte ativa) do entalhe fique alinhada com, ou justaposta à, abertura de distribuição, projetando-se acima da linha de articulação X da abertura 17. Uma parte inferior (não ativa) do entalhe 26 fica ocluída pela parede externa 13. Assim, um orifício que não é excessiva mente pequeno pode ser feito por perfuração, e apenas uma parte deste orifício pode ser usado para distribuir o sal. Na indústria de papel e papelão, a formação de orifícios circulares com diâmetros de 2 a 4 mm, por perfuração, causa problemas.

[035] Conforme mostrado esquematicamente na figura 10, a maior parte do entalhe 26 não é utilizada para a distribuição de sal, uma vez que fica ocluída pela parede externa 13. O entalhe 26 é convenientemente formado por um punção ou lâminas de perfuração cujos tamanhos não são excessiva mente pequenos. A figura 10 mostra esquematicamente a posição da parede interna 25 por trás da parede externa 13; para fins ilustrativos, o bocal de distribuição 20 e o entalhe 22 na parede externa 13 estão omitidos da figura 10. É mostrada a posição da linha de articulação X da aba externa 23.

[036] A fim de tornar a abertura de distribuição controlada 17 mais facilmente distinguível da abertura de distribuição descontrolada provida pelo recorte 22a, uma parte da parede interna 25 localizada entre os recortes 30 pode ser decorada com imagens de pequenos orifícios 32 (figura 9), que dão ao usuário a impressão imediata dos orifícios de um saleiro.

[037] Como se observa, o recipiente pode ser produzido de forma relativamente fácil por um fabricante de materiais de papelão. Um determinado entalhe pode servir para a distribuição controlada de vários tipos de material granulado; se for desejado adaptar o recipiente para um produto tendo um tamanho de partícula diferente, isto pode ser feito sem nenhum custo adicional particular, uma vez que será necessário simplesmente utilizar um punção de perfuração menor ou maior; alternativamente, se o mesmo punção for usado para estampar o orifício 26, este punção pode vantajosamente ser movido para uma posição mais alta ou mais baixa, para respectivamente aumentar ou reduzir a área criada pela sobreposição ou justaposição do entalhe 26 em relação à abertura 17 na parede externa do recipiente. Nenhuma alteração apreciável das linhas de produção é necessária.

[038] Vários aspectos e formas de realização do recipiente foram descritas. Deve ser entendido que cada forma de realização pode ser combinada com qualquer outra forma de realização. Além disso, o invento não está limitado às formas de realização descritas, mas pode ser modificado dentro do escopo definido pelas reivindicações anexas.

Claims

1. Recipiente, em particular um saleiro, compreendendo: um invólucro (10) tendo pelo menos uma parede externa (13) possuindo pelo menos uma abertura de distribuição (17); um bocal de distribuição (20) inserido na abertura de distribuição (17), o bocal sendo móvel entre uma posição retraída e uma posição extraída, para verter uma determinada quantidade de um produto granulado, em pó ou na forma de flocos, contido no interior do invólucro (10); o invólucro (10) compreende uma parede interna (25), justaposta à parede externa (13), com a parede interna formando um entalhe (26) pelo menos parcialmente alinhado com a abertura de distribuição (17), em que uma primeira parte da abertura de distribuição fica ocluída por uma porção (27, 31) da parede interna (25), e uma segunda parte da abertura de distribuição, complementar à primeira parte, cria com o entalhe (26) uma única passagem (28) para distribuir o conteúdo do invólucro; o invólucro (10) é formado pela dobragem de uma única folha conformada (10a) que forma, em uma peça única, todas as paredes ou abas que constituem o invólucro; o recipiente sendo caracterizado por a abertura de distribuição (17) ser formada por um recorte (22) feito em uma primeira aba periférica (13a) da folha conformada (10a), com a mesma folha conformada (10a) tendo uma segunda aba periférica (25a), localizada em um lado ou extremidade da folha conformada (10a) oposta ao lado que tem a primeira aba periférica (13a), sendo que o entalhe (26) é formado na segunda aba periférica (25a), sendo que a passagem (28) é uma única passagem com área restrita menor do que a da abertura de distribuição (17), sendo que o bocal de distribuição (20) é um bocal de distribuição externo, inserido a partir do exterior na abertura de distribuição (17) formada na parede externa (13), e sendo que o bocal de distribuição (20) apresenta uma porção (20a), na condição fechada do bocal (20) que fecha a passagem de distribuição (28) restrita.

2. Recipiente, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por a parede interna (25) apresentar uma borda (29), e o entalhe (26) estender-se na parede interna dessa borda (29).

3. Recipiente, de acordo com a reivindicação 2, em que o recorte (22) que forma a abertura (17) na parede externa (13) ter substancialmente o formato de um "U" invertido, com dois ramos substancialmente paralelos (21), com o recorte (22) criando uma aba externa (23) articulável para fora em torno de uma linha de articulação (X), caracterizado por a parede interna (25) possuir um par de recortes (30) que se estendem para cima a partir da borda inferior (29), de modo a formarem uma aba interna, com os recortes (30) estando substancialmente alinhados ou justapostos aos ramos (21) do recorte (22) na parede externa (13).

4. Recipiente, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por o entalhe (26) ser formado como um orifício passante delimitado por uma linha fechada através da parede interna (25).

5. Recipiente, de acordo com a reivindicação 3, caracterizado por uma porção superior do entalhe (26) projetar-se acima da linha de articulação (X) da aba externa (23), com o alinhamento ou sobreposição da parte superior do entalhe (26) e da abertura (17) definindo a passagem de distribuição (28).

6. Recipiente, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 5, caracterizado por a passagem (28) possuir uma área na faixa de aproximadamente 1 mm2 até cerca de 40 mm2.