BR112015019428B1 - Método para a produção de uma parede vedada e termicamente isolante para um tanque de armazenamento de fluido, parede vedada e termicamente isolante para um tanque de armazenamento de fluido criogênico, tanque de armazenamento de líquidos, navio para transportar um produto líquido refrigerado, método para carregar e descarregar um navio e sistema de transferência para um produto líquido refrigerado - Google Patents

Método para a produção de uma parede vedada e termicamente isolante para um tanque de armazenamento de fluido, parede vedada e termicamente isolante para um tanque de armazenamento de fluido criogênico, tanque de armazenamento de líquidos, navio para transportar um produto líquido refrigerado, método para carregar e descarregar um navio e sistema de transferência para um produto líquido refrigerado Download PDF

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MÉTODO DE PRODUÇÃO DE UMA BARREIRA VEDADA E TERMICAMENTE ISOLANTE PARA UM TANGUE DE ARMAZENAMENTO. A invenção relaciona-se a um método para produção de um parede vedada e termicamente isolante para um tanque de armazenamento de fluido, compreendendo das seguintes etapas: fixação de uma pluralidade de elementos de ancoragem (1) a uma estrutura de suporte (2); instalação de elementos de forma modulares (3) sobre a estrutura de suporte (2), os elementos modulares de forma modulares (3) possuindo um formato que se projeta em relação à estrutura de suporte (2) e que define, juntamente com a estrutura de suporte (2) e com a pluralidade de peças de ancoragem (1), compartimentos (4) que se abrem para o lado oposto à estrutura de suporte; pulverização de espuma isolante dentro dos compartimentos (4) mencionados através da lateral aberta para formar uma pluralidade de setores isolantes (5) formados por espuma isolante pulverizada; disposição de elementos de junção isolantes (8) em uma posição tensionada, na qual estes são tensionados entre os referidos setores isolantes (5) e capazes de se expandir quando estes setores isolantes (5) se contraem, garantindo assim a continuidade do isolamento térmico; e fixação de uma membrana de vedação (9) a estes elementos de ancoragem (1).

Description

[001] A invenção relaciona-se ao campo de tanques com membrana selados e termicamente isolados para armazenamento e/ou transporte de fluidos, como o fluido criogênico. A invenção está mais particularmente relacionada à produção de tanques com membrana selados, nos quais o isolamento térmico é parcialmente formado através da pulverização de espuma isolante in situ.
[002] Tanques com membrana selados e termicamente isolados são utilizados notavelmente para o armazenamento de gás natural liquefeito (GNL). Esses tanques podem ser instalados em terra ou sobre uma estrutura flutuante. No caso de uma estrutura flutuante, o tanque pode ser destinado para o transporte de gás natural liquefeito ou para receber gás natural liquefeito utilizado como combustível para a propulsão da estrutura flutuante.
[003] Na arte previamente existente, existem métodos conhecidos de fabricar tais tanques a partir de painéis isolantes pré-fabricados. Esses painéis isolantes possuem uma camada de espuma isolante, opcionalmente reforçada com fibra de vidro, prensada entre duas chapas de compensado. A fabricação de uma barreira termicamente isolante a partir destes painéis pré-fabricados é um processo bastante demorado e dispendioso, pois os painéis pré-fabricados precisam ser transportados e posteriormente instalados um por um.
[004] Na arte previamente existente, existe também um método de fabricação de barreiras isolantes in situ contra uma estrutura de apoio.
[005] A US 3 759 209 apresenta a produção de uma barreira isolante do lado externo do casco de um navio para transporte de gás natural liquefeito. Esse documento propõe afixar uma forma composta de membros horizontais e verticais definindo uma pluralidade de compartimentos ao casco externo do navio, e posteriormente inserir espuma isolante nos compartimentos. A forma é mantida no lugar e uma membrana de vedação é afixada a ela. Entretanto, a forma não permite a compensação da contração térmica sofrida pela espuma e, consequentemente, a continuidade do isolamento térmico entre os diferentes compartimentos de espuma não é garantida quando a parede está sujeita à temperaturas criogênicas.
[006] A FR 2,191,064 também divulga um método para produzir um tanque para transporte de gás natural liquefeito. Esse documento propõe anexar espaçadores a uma estrutura de suporte e após formar uma grade de cabos de fibra de vidro ou fios de metal, os quais são esticados e suportados pelos espaçadores. Uma chapa de compensado é então afixada na parte superior dos espaçadores e uma solução de uretano expansível é injetada no espaço entre a chapa de compensado e a estrutura de suporte.
[007] A invenção é baseada na ideia de propor um método para produzir, através da pulverização de espuma in situ, uma barreira isolante para um tanque para armazenamento de líquido criogênico, o qual por um lado, pode ser utilizado para formar uma parede, fornecendo continuidade ao isolamento térmico e que, por outro lado, é fácil de instalar.
[008] De acordo com um primeiro aspecto, a invenção se relaciona a um método de produzir uma parede selada e termicamente isolada para um tanque de armazenamento de fluidos, compreendendo as seguintes etapas: • fixação de uma pluralidade de elementos de ancoragem a uma estrutura de suporte; • instalação de elementos modulares da forma sobre a estrutura de suporte, tais elementos modulares da forma possuindo um formato que se projeta em relação à estrutura de suporte e que define, juntamente com a estrutura de suporte e com a pluralidade de peças de ancoragem, compartimentos que se abrem para o lado oposto à estrutura de suporte; • pulverização de espuma isolante dentro dos compartimentos mencionados através do lado aberto, para formar uma pluralidade de setores isolantes formados por espuma isolante pulverizada; • disposição de elementos de junção isolantes em uma posição tensionada, na qual estes são tensionados entre os referidos setores isolantes e capazes de se expandir quando estes setores isolantes se contraem, garantindo assim a continuidade do isolamento térmico; e • fixação de uma membrana de vedação a estes elementos de ancoragem.
[009] Portanto, este método de produzir uma parede se beneficia das vantagens do uso de uma forma, pois é fácil de ser realizado e permite que a camada de isolamento térmico seja dividida, de forma a limitar as tensões mecânicas devido a diferenças de temperatura entre as suas superfícies interna e externa, enquanto garante a continuidade do isolamento térmico quando a parede está sujeita a baixas temperaturas.
[0010] Em uma configuração, o método compreende uma etapa para retirar os elementos da forma modular. Vantajosamente, os elementos combinados são posicionados sobre a estrutura de suporte, um elemento combinado compreendendo um elemento de forma modular e um elemento de junção, abrigado, sob tensão, dentro do elemento de forma modular, e o elemento de junção isolante é mantido em posição tensionada entre os referidos setores isolantes quando os elementos de forma modulares são removidos. Portanto, a remoção dos elementos modulares e o posicionamento dos elementos de junção isolantes são realizados simultaneamente.
[0011] Em outra configuração, os elementos combinados são posicionados sobre a estrutura de suporte, um elemento combinado compreendendo um elemento de forma modular e um elemento de junção isolante, o elemento de forma modular compreendendo duas laterais de forma permanentes entre os quais um elemento de junção isolante é abrigado sob tensão, e um dispositivo de liberação para comprimir as laterais, e o elemento e junção isolante, abrigado sob tensão entre as duas laterais de forma permanentes, é posicionado em sua posição tensionada após a liberação do mecanismo de compressão lateral, o elemento de isolamento em sua posição tensionada causando o engajamento das duas laterais de forma permanentes com os setores isolantes entre os quais o elemento combinado é localizado.
[0012] De acordo com outras configurações vantajosas: • Os elementos de junção isolantes são compressíveis. • Os compartimentos são adjacentes uns aos outros e cada dois compartimentos adjacentes são separados por um elemento de forma modular, posicionado entre estes. • Um elemento de forma modular possui um revestimento antiaderente. • Um elemento de junção isolante compreende um elemento perfilado contendo duas abas resilientes, as quais em uma posição tensionada entre os setores isolantes, são tensionados um em direção ao outro e exercem uma força reativa tendendo a separá-los um do outro. • O elemento perfilado possuindo duas abas resilientes é produzido a partir de uma espuma feita de um polímero selecionado entre poliuretano, melamina, polietileno, polipropileno, poliestireno e silicone. • Um elemento de junção isolante compreende uma tira feira de um material compressível selecionado entre lã de vidro, enchimento de poliéster e espumas de poliuretano, melamina, polietileno, polipropileno ou silicone. • O método compreende uma etapa para aparar os setores isolantes. • Um elemento de ancoragem é um bloco equipado com um membro para se apoiar à estrutura de suporte, e um elemento para afixar a membrana de vedação, e possuindo pelo menos uma camada termicamente isolante. • A camada termicamente isolante do bloco é feita de espuma polimérica possuindo uma densidade de mais de 100 kg/m3, ou de madeira. • O método compreende uma etapa de fixação das placas de ancoragem entre os blocos de ancoragem adjacentes, e uma etapa de soldagem da membrana de vedação sobre as referidas placas de ancoragem. • Durante a instalação dos elementos de forma modulares sobre a estrutura de suporte, os elementos de forma modulares são afixados à estrutura de suporte e/ou aos elementos de ancoragem.
[0013] De acordo com um segundo aspecto, a invenção também fornece uma parede selada e termicamente isolante para um tanque para armazenagem de fluidos, construída através de um processo de produção de acordo com o primeiro aspecto da invenção.
[0014] Em outras palavras, a parede selada e termicamente isolante compreende: • uma estrutura de suporte; • uma pluralidade de elementos de ancoragem, fixados à estrutura de suporte; • uma pluralidade de setores isolantes feitos de espuma isolante, produzidos pela pulverização de espuma isolante através da lateral aberta do compartimento definido pelos elementos de forma modulares, a estrutura de suporte e a pluralidade de peças de ancoragem; • elementos de junção isolantes dispostos em uma posição tensionada na qual eles são tensionados entre os referidos setores isolantes e capazes de se expandir quando tais setores isolantes se contraem, de forma a garantir a continuidade do isolamento térmico; e • uma membrana de vedação fixada aos referidos elementos de ancoragem.
[0015] Vantajosamente, os setores isolantes são aderidos à estrutura de suporte. Portanto, devido à capacidade adesiva da espuma pulverizada, os setores isolantes são mantidos no local em relação à estrutura de suporte, simplificando assim a execução do método. Essa característica também torna possível impedir os setores isolantes de exercer uma pressão sobre a membrana quando a parede é uma parede vertical ou um teto.
[0016] De acordo com um terceiro aspecto, a invenção está relacionada a um tanque de armazenamento de líquido criogênico compreendendo pelo menos uma parede de acordo com o segundo aspecto da invenção.
[0017] De acordo com uma configuração, um navio para transporte de um produto líquido refrigerado compreende um tanque de armazenamento do tipo mencionado acima.
[0018] Em uma configuração, o navio possui um casco único ou duplo e um tanque do tipo mencionado acima disposto no casco único ou duplo.
[0019] Em outra configuração, o navio possui um convés e o tanque mencionado acima está disposto sobre o convés. Nesse caso, a estrutura de suporte do tanque pode consistir de uma estrutura de chapas de metal arranjadas sobre o convés do navio. Tanques desse tipo possuem, por exemplo, um volume entre 5.000 e 30.000 m3, e podem ser utilizados para fornecer combustível para a sala de motores.
[0020] O tanque pode ser utilizado para armazenar gás natural liquefeito sob pressão atmosférica em sobrepressão relativa, de acordo com a resistência compressiva da espuma utilizada, por exemplo, 3 bar para uma espuma possuindo uma resistência compressiva de 0,3 MPa.
[0021] De acordo com uma configuração, a invenção também fornece um método de carregar e descarregar um navio deste tipo, através da qual um produto líquido refrigerado é transmitido através de dutos isolados a partir, ou em direção a uma instalação de armazenamento flutuante ou em terra em direção ou a partir do tanque do navio.
[0022] De acordo com uma configuração, a invenção também fornece um sistema de transferência para um produto líquido refrigerado, sendo o sistema compreendido pelo navio mencionado acima, dutos isolados dispostos de forma a conectar o tanque instalado no casco do navio a uma instalação de armazenamento flutuante ou terrestre e uma bomba para propelir o fluxo de produto líquido refrigerado através dos dutos isolados a partir ou em direção da instalação de armazenamento flutuante ou terrestre, em direção ou a partir do tanque do navio.
[0023] A invenção será melhor compreendida, e outros objetos, detalhes, características e vantagens destes serão mais aparentes a partir da seguinte descrição de algumas configurações específicas da invenção, fornecidas unicamente com propósitos ilustrativos e de forma não limitante, com referência aos desenhos em anexo.
[0024] Nesses desenhos: • A Figura 1 é uma vista em perspectiva de elementos de forma modulares, os quais juntamente com uma pluralidade de blocos de ancoragem e uma estrutura de suporte definem compartimentos para receber a espuma pulverizada. • A Figura 2 é uma vista em perspectiva similar à Figura 1, na qual a espuma foi pulverizada dentro dos compartimentos. • A Figura 3 é uma vista em perspectiva similar à Figura 2, na qual os elementos de forma modulares foram removidos. • A Figura 4 é uma vista em perspectiva similar à Figura 3, na qual os elementos de junção isolantes foram dispostos entre os setores de espuma pulverizados. • A Figura 5 é uma vista superior exibindo os setores de espuma pulverizada, blocos de ancoragem e elementos de junção isolantes dispostos entre os referidos setores de espuma pulverizada. • A Figura 6 é uma vista em perspectiva de um bloco de ancoragem de acordo com a primeira configuração. • A Figura 7 é uma vista em perspectiva de um bloco de ancoragem de acordo com a segunda configuração, adaptado para a produção de uma parede possuindo dois níveis sucessivos, nomeadamente um nível primário e um secundário, de vedação e isolamento térmico. • A Figura 8 é uma visão superior exibindo os blocos de ancoragem e placas de ancoragem para fixação de uma membrana de vedação. • A Figura 9 é uma vista lateral de um bloco de ancoragem dando suporte às placas de ancoragem. • A Figura 10 é uma vista lateral de um bloco de ancoragem de acordo com uma terceira configuração. • A Figura 11é uma vista lateral de um bloco de ancoragem de acordo com a quarta configuração. • A Figura 12 é uma ilustração detalhada do bloco de ancoragem da Figura 11. • A Figura 13 é uma visão esquemática da seção de um elemento de junção isolante de acordo com uma configuração. • A Figura 14 é uma visão esquemática da seção de um elemento de junção isolante de acordo com outra configuração. • A Figura 15 é uma vista da seção de um elemento de forma modular de acordo com uma configuração. • A Figura 16 é uma vista da seção de um elemento de forma modular de acordo com a segunda configuração. • A Figura 17 é uma vista da seção de um elemento de forma modular de acordo com a terceira configuração. • A Figura 18 é uma vista em perspectiva de um plano para aparar a superfície superior dos setores isolantes de espuma pulverizada. • A Figura 19 é uma representação esquemática exibindo blocos de ancoragem e um elemento de forma modular equipado com membros fixação aos blocos de ancoragem. • A Figura 20 é uma vista lateral exibindo um bloco de ancoragem e um elemento de forma modular equipado com membros para fixação ao referido bloco de ancoragem, de acordo com uma configuração. • A Figura 21 é uma vista em perspectiva exibindo um bloco de ancoragem equipado de sulcos para fixação dos elementos de forma modular, de acordo com outra configuração. • A Figura 22 é uma vista superior de um elemento de forma modular equipado com encaixes de fixação concebidos para interagir com os sulcos do bloco de ancoragem exibido na Figura 21. • A Figura 23 é uma vista em perspectiva exibindo a conexão entre o bloco de ancoragem da Figura 21 e o elemento de forma modular da Figura 22. • A Figura 24 é uma vista em perspectiva exibindo elementos de forma modulares equipados com membros para fixação à estrutura de suporte. • A Figura 25 é uma vista externa de um elemento de forma modular da Figura 24. • A Figura 26 é uma vista em perspectiva de um elemento de forma modular da Figura 24. • A Figura 27 é uma vista esquemática em corte de um transporte de tanque de gás natural e um terminal para carga e descarga desse tanque.
[0025] Convencionalmente, os termos “externo” e “interno” são utilizados para definir as posições relativas de um elemento com relação a outro, em referência ao interior e exterior do tanque.
[0026] Cada parede do tanque possui, sucessivamente, através da espessura, a partir de dentro em direção ao exterior do tanque, pelo menos uma membrana de vedação em contato com o fluido contido no tanque, uma barreira termicamente isolante e uma estrutura de suporte. Em uma configuração particular, a parece compreende dois níveis de vedação e isolamento térmico. Neste caso, a parede compreende sucessivamente, a partir do interior em direção ao exterior, uma membrana de vedação primária, uma barreira isolante primária, uma membrana de vedação secundária, uma barreira isolante secundária e uma estrutura de suporte. Os termos “primário” e “secundário” são utilizados para descrever elementos pertencentes aos níveis primário e secundário.
[0027] Com relação às Figuras de 1 a 4, um método é descrito para produzir uma parede selada e termicamente isolante de acordo com uma configuração. Paredes seladas deste tipo podem ser utilizadas para produzir um invólucro para confinamento ou tanque para armazenamento e/ou transporte de um fluido criogênico, como um gás liquefeito por exemplo, metano.
[0028] Os blocos de ancoragem (1), também chamados acopladores, são regularmente posicionados e afixados à estrutura de suporte externo (2). Essa estrutura de suporte (2) pode notavelmente ser um estrutura de chapas metálicas autossuportadas ou, mais geralmente, qualquer tipo de divisão rígida que possua propriedades mecânicas apropriadas, como uma parede de concreto em uma construção terrestre.
[0029] Os elementos de forma modulares são dispostos contra a estrutura de suporte (2) entre os blocos de ancoragem (1). Os elementos de forma modulares (3), portanto possuem um formato que se projeta para dentro em relação ao plano da estrutura de suporte (2). Os elementos de forma modular (3) constituem juntamente com os blocos de ancoragem (1) e a estrutura de suporte (2), a pluralidade de compartimentos (4). Os compartimentos possuem um lado aberto oposto à estrutura de suporte (2). Os elementos de forma modulares (3) são vigas longitudinais dispostas perpendicularmente umas às outras, com o objetivo de criar os compartimentos (4) no formato de quadriláteros de ângulo reto. Os elementos de forma modulares (3) podem ser equipados com membros de fixação destacáveis, os quais são descritos abaixo em relação às Figuras 19 a 26, para fixá-los à estrutura de suporte (2) e/ou aos blocos de ancoragem (1).
[0030] Como apresentado na Figura 2, os compartimentos (4) são então preenchidos com a pulverização de espuma através da lateral aberta dos compartimentos, para formar uma pluralidade de setores isolantes (5) feitos a partir de espuma isolante pulverizada. Os compartimentos 4, portanto criam uma forma para a criação dos referidos setores isolantes 5. A espuma pulverizada pode ser, por exemplo, uma espuma de poliuretano. Em uma configuração, fibras curtas como as fibras de vidro são pulverizadas simultaneamente durante a pulverização da espuma. Essa adição de fibras ajuda a reduzir a contração térmica da espuma quando o tanque é refrigerado.
[0031] A superfície interna dos setores isolantes de espuma pulverizada 5, é então submetida a uma operação de aparamento. Essa operação pode ser utilizada para remover irregularidades da superfície e assim nivelar a superfície interna dos setores isolantes 5. As operações de aparamento são, por exemplo, desempenhadas com o uso de um plano 6, apresentado na Figura 18. Um plano 6 desse tipo é tipicamente fornecido com as alças dianteira 61 e traseira 62, uma sola 63 para interagir com a superfície a ser aplainada e uma ferramenta 64 posicionada alinhada com a sola 63 para tratar as irregularidades da superfície. Nesta configuração, a ferramenta 64 é um cilindro equipado com lâminas ou uma fresa acionada por um motor. Em uma configuração a ferramenta de aplainar é uma ferramenta automática cujo movimento é orientado por um dispositivo guia como cabos ou correias, os quais são fixados aos blocos de ancoragem 1. Adicionalmente, em uma configuração vantajosa, um sistema de extração para recuperação de poeira é utilizado nas operações de aparamento.
[0032] Na Figura 3, os elementos de forma modulares 3 são removidos. Neste estágio, os setores isolantes são separados pelos interstícios 7 formados nas localizações anteriores dos elementos de forma modulares 3.
[0033] Para garantir a continuidade do isolamento térmico, os interstícios 7 entre os setores isolantes 5 são alinhados com os elementos de junção isolantes 8, exibidos nas Figuras 4 e 5. Os elementos de junção isolantes 8 também estão dispostos a temperatura ambiente, sob tensão compressiva, entre os setores isolantes 5. Portanto, os referidos elementos de junção isolantes 8 são capazes de se expandir e preencher o espaço entre os setores isolantes 5 quando este último se contrai sobe o efeito de baixas temperaturas.
[0034] De acordo com uma configuração, os elementos de junção isolantes 8 são tiras feitas de um material flexível como fibra de vidro, enchimento de poliéster, ou espumas de poliuretano (PU), melamina, polietileno (PE), polipropileno (PP) ou silicone. A espessura dessas tiras é determinada de forma que a temperatura ambiente elas estejam sujeitas a uma tensão compressiva entre os setores isolantes 5.
[0035] De acordo com outras configurações diferentes, apresentados nas Figuras 13 e 14, os elementos de junção isolantes 8 são elementos perfilados possuindo duas abas resilientes 29. As flanges resilientes 29 possuem uma elasticidade e dimensões de forma que a temperatura ambiente elas estejam sujeitas a uma tensão compressiva entre os setores isolantes 5. Em outras palavras, na posição tensionada, as flanges resilientes 29 são tensionadas pelos setores isolantes uma em direção à outra e exercem uma força reativa tendendo a separar as referidas flanges resilientes 29. As referidas flanges resilientes podem ser conectadas pela sua região central, de forma que o perfil é substancialmente em formato H (Figura 13) ou podem ser conectadas em uma das pontas de forma que o perfil tem formato de U (Figura 14). Para facilitar o posicionamento dos elementos de junção isolantes 8 antes de serem colocados na posição de tensão, eles podem ser equipados com um dispositivo de pré-tensionamento desconectável. Esses dispositivos são, por exemplo, amarras 30 as quais aproximam as flanges resilientes. Após as referidas amarras 30 terem sido quebradas, as flanges resilientes 29 podem ser expandidas. Esses elementos de junção isolantes 8 são, por exemplo, produzidos a partir de uma espuma feita de poliuretano (PU), melamina, polietileno (PE), polipropileno (PP), poliestireno (PS) ou silicone.
[0036] Para garantir a vedação da parede, uma membrana de vedação 9, cobrindo os setores isolantes 5 e os elementos de junção isolantes 8, é fixada aos blocos de ancoragem 1. Essa membrana de vedação 9 é parcialmente exibida nas Figuras 9, 10 e 11. A membrana de vedação 9 é composta de uma pluralidade de chapas, soldadas aresta a aresta, cujos cantos são fixados sendo soldados aos blocos de ancoragem 1. De forma conhecida, as chapas podem ser feitas de aço inoxidável e podem possuir uma série de ranhuras perpendiculares para absorver forças devido à contração térmica do aço inoxidável, ou podem ser de Invar®, ou seja, uma liga de ferro e níquel cuja principal propriedade é possuir um baixíssimo coeficiente de expansão.
[0037] Portanto, o método pode ser utilizado para produzir uma parede compreendendo uma membrana de vedação 9 e uma barreira termicamente isolante. Se a parede possui dois níveis, nomeadamente um nível primário e um secundário, de vedação e isolamento térmico, a barreira termicamente isolada e a membrana de vedação 9 construídas dessa maneira formam componentes secundários, e o método é repetido com os blocos de ancoragem 1 e os elementos de forma modulares 3 dispostos contra a segunda membrana de vedação 9, após o qual a espuma é injetada dentro dos compartimentos cujas bases são formadas pela referida membrana de vedação 9. Preferencialmente, neste caso, a membrana de vedação secundária 9 é coberta previamente com um revestimento para impedir a espuma pulverizada de aderir à membrana de vedação secundária 9, e para impedi-la de criar tensões mecânicas adicionais dessa maneira. Esse revestimento pode possuir baixa aderência e/ou baixa resistência mecânica, para que se rompa quando sujeito a baixas tensões e, portanto não transmita grandes forças entre a membrana e a espuma pulverizada.
[0038] As Figuras de 6 a 11 apresentam o dispositivo de ancoragem de acordo com configurações alternativas.
[0039] A Figura 6 apresenta um bloco de ancoragem 1 compreendendo uma camada rígida de isolamento térmico 10. Essa camada de isolamento rígido 10 pode, notavelmente, ser constituída de compensado ou de espuma isolante, como uma espuma de poliuretano, possuindo uma densidade de mais de 100 kg/m3, por exemplo aproximadamente 130 kg/m3. Essa camada rígida de isolamento 10 é, neste caso, comprimida entre dois painéis opcionais de compensado 10 e 11. Um pino (13) fixado à estrutura de suporte 2, através de soldagem por exemplo, permite ao bloco de ancoragem 1 ser anexado à estrutura de suporte 2. Com este objetivo, o painel de compensado externo 12 é equipado com uma abertura para receber o referido pino 13. O bloco de ancoragem 1 possui um orifício para a inserção de uma porca 14 a ser parafusada na porção rosqueada do pino 13. Quando a porca 14 é posicionada, o orifício é vantajosamente preenchido com uma peça de conexão isolante 15, possuindo um formato correspondente ao orifício. Uma chapa de metal 16, a qual possibilita que os cantos da membrana de vedação 9 sejam fixados por soldagem, é então fixada ao bloco de ancoragem. Neste caso, a chapa de metal 16 é fixada ao painel de compensado interno 11 com o uso de rebites.
[0040] A Figura 7 apresenta um bloco de ancoragem secundário 1, adaptado para a produção de uma parede possuindo dois níveis sucessivos, nomeadamente um nível primário e outro secundário. O bloco de ancoragem 1 é fixado à estrutura de suporte 2 de forma similar ao bloco de ancoragem exibido na Figura 7. Entretanto, nesta configuração a porca 14 interage com a porção rosqueada do pino 13 e também interage com a haste rosqueada 16. A haste 16 passa através da peça conectora isolante 15 através de uma perfuração feita para este fim. A haste 16 possui uma ponta externa que é aparafusada à porca 14 e uma ponta interna que carrega um pino de metal 17 com um rebordo. O rebordo do pino 17 pode ser utilizado para fixar os cantos das chapas da membrana de vedação 9 por soldagem. O pino 17 também pode ser utilizada pra fixar um bloco de ancoragem primário 1 (não mostrado), o qual é adicionado através do empilhamento do bloco de ancoragem secundário 1 exibido na Figura 7. O bloco de ancoragem primário 1 pode notadamente ser similar ao bloco de ancoragem 1 da Figura 6, e é fixado ao pino 17 do bloco de ancoragem 1 da barreira secundária, assim como descrito para o pino 13 fixado à estrutura de suporte 2.
[0041] O bloco de ancoragem 1, exibido na Figura 10, compreende uma camada rígida de isolamento 10 e um painel externo de compensado 12. O bloco de ancoragem 1 é também fixado através de um pino 13, fixado à estrutura de suporte 2 e uma porca 14 interagindo com uma porção rosqueada do referido pino 13. As chapas da membrana de vedação 9 são fixadas através de uma tampa de metal 18, a qual é instalada sobre o bloco de ancoragem 1 por deslizamento. A tampa 18 possui uma face externa 180 prolongada pelas abas laterais 181 e 182 estendendo-se para ambos os lados do referido bloco de ancoragem 1. As abas laterais 181 e 182 possuem as bordas dobradas 183 e 184 que deslizam nos sulcos 19 e 20 formados nas faces laterais do bloco de ancoragem 1.
[0042] As Figuras 11 e 12 apresentam uma configuração alternativa do dispositivo de suporte e fixação, através de soldagem, das chapas da membrana de vedação 9. Nesta configuração, uma arruela de metal 21, concebido para receber os cantos das chapas da membrana de vedação 9, é instalada sobre o pino 13 através de uma peça de fixação vedada 22, exibida em detalhes na Figura 12. A peça de fixação vedada 22 possui um elemento interno 220 e um elemento externo 221. O elemento interno 220 possui uma perfuração rosqueada 224 para fixação ao pino 13. O elemento interno 220 também possui uma cavilha com rosca 222 passando através de uma abertura formada na arruela de metal 21 e interagindo com um orifício rosqueado 223 formado no elemento externo 221. Para garantir a vedação da montagem, o elemento externo 221 é um elemento de metal fixado por um cordão de solda 225 à arruela de metal 21. O elemento externo 221 é equipado, neste caso, com um orifício 226 para receber um pino para fixação de um bloco de ancoragem primário (não mostrado). Vantajosamente, o elemento interno 220 pode ser feito de um material que possua propriedades de isolamento térmico.
[0043] Para fornecer uma melhor ancoragem da membrana de vedação 9, as placas de ancoragem 23, apresentadas nas Figuras 8 e 9, podem ser utilizadas. As placas de ancoragem 23 consistem de tiras de metal fixadas aos blocos de ancoragem 1. Os blocos de ancoragem 1 também possuem, em suas faces internas, uma placa de metal 24 para a fixação das referidas placas de ancoragem 23. As placas de ancoragem 23 se estendem ao longo das bordas das chapas de metal da membrana de vedação 9, as referidas bordas sendo fixadas através de soldagem contínua ou descontínua às placas de ancoragem 23. Na junção entre duas chapas de metal adjacentes, uma única placa de ancoragem 23 pode ser fornecida para a fixação de apenas uma das duas chapas de metal, ou duas placas de ancoragem 23 podem ser fornecidas, como na Figura 8, cada uma das duas placas de ancoragem 23 sendo utilizadas, nesse caso, para fixar uma respectiva chapa de metal da membrana de vedação 9. Em uma configuração, a placa de metal 24 para a fixação das referidas placas de ancoragem 23 e do pino flangeado 17 pode ser feita em peça única.
[0044] As Figuras 15 a 17 apresentam configurações alternativas dos elementos de forma modulares.
[0045] Na Figura 1, o elemento de forma modular 3 é uma viga de madeira, metal ou plástico, possuindo um revestimento antiaderente. O revestimento antiaderente é neste caso um filme (25), o qual pode ser separado do elemento de forma modular (3) quando este último é removido. Alternativamente, o elemento de forma modular (3) pode ser feito, inteiramente ou em parte, de um um material antiaderente como politetrafluoretileno (PTFE). Neste caso, nenhum filme é necessário.
[0046] A Figura 16 apresenta um elemento combinado compreendendo um elemento de forma modular (3) e um elemento de junção isolante (8). Esses elementos combinados são instalados sobre a estrutura de suporte (2). O elemento de forma modular (3) possui duas laterais (26) fixas uma à outra, entre as quais um elemento de junção isolante (8), descrito acima, é abrigado sob tensão. Quando elemento de forma modular (3) é removido, uma força direcionada para fora, originada por exemplo de um dispositivo de empurrar, o qual não é mostrado, é exercida sobre o elemento de junção (8) de tal forma que quando os elementos modulares (3) são removidos, os elementos de junção isolantes (8) são deixados entre os setores isolantes de espuma pulverizada (5). Assim como no caso anterior, os elementos de junção isolantes (8) são tencionados à temperatura ambiente entre os setores isolantes 5 e são capazes de se expandir para preencher a lacuna ocasionada pela contração térmica dos setores isolantes (5) quando o tanque é refrigerado.
[0047] Um elemento combinado compreendido pelo elemento de forma modular (3) e um elemento de junção isolante (8) é apresentado na Figura 17. Esse elemento combinado é utilizado de forma diferente do elemento combinado da Figura 16, pois este é concebido para permanecer, pelo menos parcialmente, permanentemente na parede. O elemento modular (3) possui duas laterais de forma permanentes (27), entre as quais um elemento de junção isolante (8) é abrigado sobre tensão. Como as laterais (27) são concebidas para constituírem uma parte integral da barreira termicamente isolantes, elas são feitas e um material isolante, como compensado de madeira. O elemento de forma modular (3) compreende um mecanismo de liberação para pinçar as laterais, esse mecanismo sendo constituído pelas amarras (28)na configuração ilustrada. Quando a espuma houver sido pulverizada e os setores isolantes (5) tiverem sido formados, as amarras (28) podem ser cortadas para liberar o elemento de junção isolante (8). Esse elemento é então comprimido, em uma posição tensionada, entre os setores isolantes (5), dentro do qual ele pode se expandir quando a contração térmica dos setores isolantes de espuma pulverizada (8) acontecer.
[0048] As Figuras 19 a 26 apresentam os membros destacáveis para fixar os elementos de forma modulares (3). Esses membros de fixação podem ser utilizados para fixar os elementos de forma modulares (3), notadamente para a produção de paredes verticais ou do teto do tanque. Evidentemente, os membros de fixação devem ser destacáveis para permitir a remoção dos referidos elementos de forma modulares (3).
[0049] Na Figura 19, o elemento de forma modular (3) é equipado com encaixes (31a, 31b) para fixação dos blocos de ancoragem (1) de acordo com configurações alternativas. Os encaixes de ficação (31a, 31b) são peças perfiladas, possuindo perfis com um formato complementar a pelo menos uma parte do perfil dos referidos blocos de ancoragem (1). Os encaixes de ancoragem (31a, 31b) são dispostos de forma a interagir com a face superior dos blocos de ancoragem (1), e assim formar ganchos para reter os elementos de forma modulares (3). Os encaixes de fixação (31a, 31b) podem ser feitos de metal ou plástico.
[0050] Em uma configuração não mostrada os membros de fixação podem compreender amarras para fixar os elementos de forma 3 aos blocos de ancoragem (1).
[0051] Na Figura 20, o elemento de forma modular (3) compreende um encaixe de fixação (32) equipado com uma abertura concebida para receber um pino (17) que se projeta a partir da face interna do bloco de ancoragem (1). Vantajosamente, o pino (17) para fixar os elementos de forma modulares (3), também pode servir para fixar o referido bloco de ancoragem (1) à estrutura de suporte (2). O pino (17) pode compreender uma porção rosqueada para permitir o encaixe de uma porta (não mostrada) adaptada para reter o encaixe de fixação (32) contra a face interna do bloco de ancoragem (1).
[0052] Na configuração das Figuras 21 a 23, o bloco de ancoragem (1) possui dois sulcos (33) adaptados para receber dois encaixes (34) possuindo formatos complementares, formado em uma ou mais pontas dos elementos de forma modulares (3). Os sulcos (33) se abrem para dentro das faces internas dos blocos de ancoragem (1).
[0053] É possível também notar que nessa configuração, os elementos de forma modulares (3) são equipados com alças (35) para facilitar o manuseio e posicionamento contra a estrutura de suporte (2).
[0054] Na configuração das Figuras 24 à 26, os elementos de forma modulares (3) são equipados com membros para fixação da estrutura de suporte (2). Neste caso, os membros para fixação da estrutura de suporte possuem abas (36) formadas nas faces externas dos elementos de forma modulares (3). As abas (36) são equipadas com aberturas concebidas para receber pinos, os quais são fixados através de soldagem, por exemplo, à estrutura de suporte (2). Cada um dos pinos é rosqueado propositalmente para receber uma porca. Neste caso, os elementos modulares de forma (3) são pelo menos parcialmente ocos, para permitir o acesso às porcas através de suas faces internas.
[0055] O método de produção de uma parede descrito acima pode ser utilizado apra produzir uma, várias ou todas as paredes de um tanque vedado termicamente isolante para armazenar e/ou transportar fluidos criogênicos.
[0056] De acordo com uma configuração, o método é aplicado a uma parede estrutural plana instalada horizontalmente. Após a barreira isolante e a membrana de vedação serem instaladas sobre essa parede plana, ela forma uma parede isolante vedada, a qual pode ser manipulada como uma peça única. É então possível produzir um tanque poliédrico através da montagem uma pluralidade de paredes estruturais, encaixadas umas às outras, para formar um tanque, as paredes sendo, por exemplo, uma parede inferior, paredes laterais e uma parede do teto. O método pode então ser utilizado para produzir a barreira isolante e a membrana de vedação em cada uma das paredes estruturais.
[0057] Um tanque deste tipo pode formar parte de uma instalação de armazenamento terrestre para armazenar LNG, por exemplo, ou pode ser instalado sobre uma estrutura flutuante em águas costeiras ou profundas, notadamente em um navio de transporte de gás, um armazenamento flutuante e uma unidade de regaseificação (FSRU), uma unidade flutuante de produção, armazenamento e descarga (FPSO), entre outros.
[0058] Com relação à Figura 27, uma vista em corte de um navio transportador de gás (70) apresenta um tanque isolado vedado (71) na forma aproximada de um prisma, instalado sobre o casco duplo (72) do navio. A parede do tanque (71) compreende uma barreira primária vedada concebida para estar em contato com o LNG contido no tanque, uma barreira secundária vedada disposta entre a barreira primária vedada e o casco duplo (72) do navio, e duas barreiras isolantes dispostas, respectivamente, entre a barreira primária vedada e a barreira secundária vedada e entre a barreira secundária vedada e o cosco duplo (72).
[0059] Como já se sabe, os dutos de carregamento e descarregamento (73) posicionados sobre o convés superior do navio podem ser conectados, com o uso de conectores apropriados, a um terminal marítimo ou portuário para transferir uma carga de LNG a partir do tanque ou para este (71).
[0060] A Figura 27 apresenta um exemplo de um terminal marítimo composto de uma estação de carregamento e descarregamento (75), um duto submarino (76) e uma instalação terrestre (77). A estação de carregamento e descarregamento (75) é uma instalação fixa off-shore compreendendo um braço móvel (74) e uma torre (78), a qual suporta o braço móvel (74). O braço móvel (74) carrega um conjunto de mangueiras isoladas flexíveis (79) que podem ser conectadas aos dutos de carregamento e descarregamento (73). O braço móvel (74), o qual pode ser orientado como necessário, é adequado para todos os tamanhos de transportadores de gás. Um duto de conexão, não mostrado, estende-se para dentro da torre (78). A estação de carregamento e descarregamento (75) permite ao transportador de gás (70) ser carregado ou descarregado a partir ou para a instalação terrestre (77). Essa última é compreendida por tanques de armazenamento de gás liquefeito (80) e dutos conectores (81) ligados ao duto submarino (76) para o carregamento e descarregamento da estação (75). O duto submarino (76) permite que o gás liquefeito seja transferido entre a estação de carregamento e descarregamento (75) e a instalação terrestre (77) por uma longa distância, por exemplo 5 km, permitindo que o navio transportador de gás (70) seja mantido a uma longa distância da costa durante as operações de carregamento e descarregamento.
[0061] Para gerar a pressão necessária para transferir o gás liquefeito, as bombas a bordo do navio (70) e/ou as bombas presentes na instalação terrestre (77) e/ou as bombas presentes na estação de carregamento e descarregamento (75) são utilizadas.
[0062] Apesar de a invenção ter sido descrita em referência a configurações particulares, ela não está evidentemente limitada sob qualquer forma a essas configurações, e compreende todos os equivalentes técnicos dos dispositivos descritos e suas combinações quando esses recaiam sobre o escopo dessa invenção.
[0063] O uso do verbo "ter", "compreender" ou "incluir" e quaisquer de suas formas conjugas não exclui a presença de elementos ou etapas diferentes daquelas afirmadas em uma reivindicação. O uso do artigo indefinido "um" para um elemento ou etapa não exclui a presença de uma pluralidade de tais elementos ou etapas, a menos quando especificado em contrário.
[0064] Nas reivindicações, qualquer símbolo de referência em parênteses não deve ser interpretado como uma limitação da reivindicação.

Claims (18)

1. Método para a produção de uma parede vedada e termicamente isolante para um tanque de armazenamento de fluido, caracterizado pelo fato de que compreende as seguintes etapas: • fixar uma pluralidade de elementos de ancoragem (1) a uma estrutura de suporte (2); • Instalar elementos modulares de forma (3) sobre a estrutura de suporte (2), os elementos modulares de forma (3) possuindo um formato que se projeta em relação à estrutura de suporte (2) e que definem, juntamente com a estrutura de suporte (2) e com a pluralidade de peças de ancoragem (1), compartimentos mutuamente adjacentes (4) tendo uma lateral aberta oposta à estrutura de suporte, dois compartimentos mutuamente adjacentes sendo separados, em casa caso, por um elemento de forma modular posicionado entre eles; • Pulverizar espuma isolante dentro dos compartimentos (4) através da lateral aberta para formar uma pluralidade de setores isolantes (5) formados por espuma isolante pulverizada; • remover os elementos de forma modulares (3); • dispor elementos de junção isolantes compressíveis (8) no lugar dos elementos de forma modulares (3), os elementos de junção isolantes (8) estando dispostos em uma posição tensionada, na qual estes são tensionados entre os referidos setores isolantes (5) e capazes de se expandir quando estes setores isolantes (5) se contraem, garantindo assim a continuidade do isolamento térmico; e • Fixar uma membrana de vedação (9) a estes elementos de ancoragem (1).
2. Método para a produção de uma parede vedada e termicamente isolante para um tanque de armazenamento de fluido, caracterizado pelo fato de que compreende as seguintes etapas: • fixar uma pluralidade de elementos de ancoragem (1) a uma estrutura de suporte (2); • instalar elementos combinados sobre a estrutura de suporte (2), cada elemento combinado composto de um elemento de forma modular (3) e um elemento de junção isolante compressível (8), abrigados sob tensão dentro do elemento de forma modular (3); os elementos de forma modulares (3) possuindo um formato que se projeta em relação à estrutura de suporte (2) e que definem, juntamente com a estrutura de suporte (2) e com a pluralidade de peças de ancoragem (1), compartimentos mutuamente adjacentes (4) possuindo uma lateral aberta oposta à estrutura de suporte (2), dois compartimentos mutuamente adjacentes separados, em casa caso, por um elemento de forma modular posicionado entre eles; • pulverizar espuma isolante dentro dos compartimentos (4) mencionados através da lateral aberta para formar uma pluralidade de setores isolantes (5) formados por espuma isolante pulverizada; • remover os elementos de forma modulares (3); os elementos de junção isolantes (8) mantidos, em uma posição tensionada, entre os referidos setores isolantes (5) quando os elementos de forma modulares (3) são removidos, os elementos de junção isolantes (8) estando em suas posições tensionados entre os referidos setores isolantes (5) e capazes de se expandir quando os referidos setores isolantes (5) se contraem, para garantir a continuidade do isolamento térmico; e • fixar uma membrana de vedação (9) a estes elementos de ancoragem (1).
3. Método para a produção de uma parede vedada e termicamente isolante para um tanque de armazenamento de fluido, caracterizado pelo fato de que compreende as seguintes etapas: • fixar uma pluralidade de elementos de ancoragem (1) a uma estrutura de suporte (2); • instalar elementos combinados sobre a estrutura de suporte (2), cada elemento combinado composto de um elemento de forma modular (3) e um elemento de junção isolante compressível (8), o elemento de forma modular (3) possuindo duas laterais de forma permanentes (27) entre as quais o elemento de junção isolante (8) é abrigado sob tensão, e um mecanismo destacável (28) para pinçar as laterais (27), esse mecanismo sendo capaz de pinçar as duas laterais de forma permanentes (27) contra o elemento de junção isolante (8) em um estado não liberado e, capaz de não mais pinçar as duas laterais de forma permanentes (27) em um estado liberado; os elementos de forma modulares (3) possuindo um formato que se projeta em relação à estrutura de suporte (2) e que define, juntamente com a estrutura de suporte (2) e com a pluralidade de peças de ancoragem (1), compartimentos mutuamente adjacentes (4) possuindo uma lado aberto oposto à estrutura de suporte (2), dois compartimentes mutuamente adjacentes separados, em casa caso, por um elemento de forma modular (3) posicionado entre eles; • pulverizar espuma isolante dentro dos compartimentos (4) mencionados através da lateral aberta para formar uma pluralidade de setores isolantes (5) formados por espuma isolante pulverizada; • liberar o mecanismo (28) para pinçar as laterais (27) e forma a colocar os elementos de junção isolantes (8) em uma posição tensionada, na qual eles são tensionados entre os referidos setores isolantes (5) e capazes de se expandir quando os referidos setores isolantes (5) se contraem, de forma a garantir a continuidade do isolamento térmico; cada elemento de junção isolante (8), em sua posição tensionada, fazendo as duas laterais de forma permanentes (27) do elemento combinado ao qual pertence, se engajar com os setores isolantes (5) entre os quais as duas referidas laterais de forma permanentes estão localizadas; e • fixar uma membrana de vedação (9) a estes elementos de ancoragem (1).
4. Método de produção de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 3, caracterizado pelo fato de que um elemento de forma modular (3) possui um revestimento antiaderente (25).
5. Método de produção de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 4, caracterizado pelo fato de que um elemento de junção isolante (8) compreende um elemento perfilado possuindo duas flanges resilientes (29), as quais em uma posição tensionada entre os setores isolantes (5) são tensionadas uma em direção à outra e exercem uma força reativa tendendo a separar um do outro.
6. Método de produção de acordo com a reivindicação 5, caracterizado pelo fato de que o elemento perfilado possuindo duas flanges resilientes é produzido a partir de uma espuma feita por um polímero selecionado entre poliuretano, melamina, polietileno, polipropileno, poliestireno e silicone.
7. Método de produção de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 4, caracterizado pelo fato de que um elemento de junção isolante (8) compreende uma tira feita de um material compressível selecionado entre lã de vidro, enchimento de poliéster e espumas de poliuretano, melamina, polietileno, polipropileno e silicone.
8. Método de produção de acordo com qualquer uma das reivindicações de 1 a 7, caracterizado pelo fato de que compreende uma etapa para aparar os setores isolantes (5).
9. Método de produção de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 8, caracterizado pelo fato de que um elemento de ancoragem é um bloco (1) equipado com um membro (13, 14) para ancoragem à estrutura de suporte (2) e um elemento (16, 17, 18, 21) para fixar a membrana de vedação (9) e possuindo pelo menos uma camada termicamente isolante (10).
10. Método de produção de acordo com a reivindicação 9, caracterizado pelo fato de que a camada termicamente isolante (10) do bloco (1) é feita de uma espuma polimérica possuindo densidade maior do que 100 kg/m3, ou de madeira.
11. Método de produção de acordo com a reivindicação 9 ou 10, caracterizado pelo fato de que compreende uma etapa de fixação das placas de ancoragem (23) entre os blocos de ancoragem (1) e uma etapa de soldagem da membrana de vedação (9) sobre as placas de ancoragem (23).
12. Método de produção conforme reivindicado em qualquer uma das reivindicações 1 a 11, caracterizado pelo fato de que durante a instalação dos elementos de forma modulares (3) sobre a estrutura de suporte (2), os elementos de forma modulares (3) são fixados à estrutura de suporte (2) e/ou aos elementos de ancoragem (1).
13. Parede vedada e termicamente isolante para um tanque de armazenamento de fluido criogênico, feita por um processo de produção como definido na reivindicação 1 ou 2, caracterizado pelo fato de que compreende: • uma estrutura de suporte (2); • uma pluralidade de elementos de ancoragem (1), fixados à estrutura de suporte (2); • uma pluralidade de setores isolantes feitos de espuma isolante, produzidos pela pulverização de espuma isolante contra a estrutura de suporte (2), cada setor isolante (5) ocupando o espaço interior de um compartimento definido pela estrutura de suporte (2), a pluralidade de elementos de ancoragem (1) e interstícios separando os setores isolantes (5), os setores isolantes feitos de espuma isolante pulverizada aderida diretamente sobre a estrutura de suporte (2); • elementos de junção isolantes dispostos nos interstícios separando os setores isolantes (5) em uma posição tensionada na qual eles são tensionados entre os referidos setores isolantes e capazes de se expandir quando tais setores isolantes se contraem, de forma a garantir a continuidade do isolamento térmico; e • uma membrana de vedação fixada aos referidos elementos de ancoragem.
14. Parede vedada e termicamente isolante para um tanque de armazenamento de fluido criogênico, feita por um processo de produção como definido na reivindicação 3, caracterizado pelo fato de que compreende: • uma estrutura de suporte (2); • uma pluralidade de elementos de ancoragem (1), fixados à estrutura de suporte (2); • uma pluralidade de setores isolantes feitos de espuma isolante, produzidos pela pulverização de espuma isolante contra a estrutura de suporte (2), em um compartimento definido pela estrutura de suporte (2), a pluralidade de elementos de ancoragem (1) e elementos combinados separando os compartimentos, os setores isolantes feitos de espuma isolante pulverizada aderida diretamente sobre a estrutura de suporte (2); • os elementos combinados compreendendo, cada um, um elemento de forma modular (3) e um elemento de junção isolante compressível (8), o elemento de forma modular (3) tendo duas laterais de forma permanentes (27) entre as quais o elemento de junção isolante (8) é abrigado sob tensão, em uma posição tensionada na qual eles são tensionados entre as laterais de forma permanentes e capazes de se expandirem quando os ditos setores isolantes se contraem, de modo a garantir a continuidade do isolamento térmico e um mecanismo destacável (28) para pinçar as laterais (27) em um estado não destacado no qual estes não pinçam as duas laterais de forma permanentes (27) ; e • uma membrana de vedação fixada aos referidos elementos de ancoragem.
15. Tanque de armazenamento de líquidos caracterizado pelo fato de que compreende pelo menos uma parede como definida na reivindicação 13 ou 14.
16. Navio (70) para transportar um produto líquido refrigerado, o navio caracterizado pelo fato de que compreende um tanque (71) como definido na reivindicação 15.
17. Método para carregar e descarregar um navio (70) como definido na reivindicação 16, caracterizado pelo fato de que um produto líquido refrigerado é transportado através de dutos isolantes (73, 79, 76, 81) a partir ou para uma instalação de armazenamento flutuante ou terrestre (77), para ou a partir do tanque do navio (71).
18. Sistema de transferência para um produto líquido refrigerado, o sistema caracterizado pelo fato de que compreende um navio (70) como definido na reivindicação 16, dutos isolados (73, 79, 76, 81) dispostos de forma a conectar o tanque (71) instalado no casco do navio a uma instalação de armazenamento flutuante ou terrestre (77), e uma bomba para propelir o fluxo de produto líquido refrigerado através dos dutos isolantes a partir ou em direção da instalação de armazenamento flutuante ou terrestre, para ou a partir do tanque do navio.
BR112015019428-1A 2013-02-22 2014-02-21 Método para a produção de uma parede vedada e termicamente isolante para um tanque de armazenamento de fluido, parede vedada e termicamente isolante para um tanque de armazenamento de fluido criogênico, tanque de armazenamento de líquidos, navio para transportar um produto líquido refrigerado, método para carregar e descarregar um navio e sistema de transferência para um produto líquido refrigerado BR112015019428B1 (pt)

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