BR112015014725B1 - Uso cosmético não terapêutico de pelo menos uma linhagem de micro-organismo e uso de uma linhagem de micro-organismo probiótico - Google Patents

Uso cosmético não terapêutico de pelo menos uma linhagem de micro-organismo e uso de uma linhagem de micro-organismo probiótico Download PDF

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Abstract

resumo “utilização cosmética e estirpe de microrganismo probiótico” a presente invenção diz respeito à utilização, por via tópica, de bifidobacterium longum subsp. longum cncm i-2618, como agente pró-pigmentante, nomeadamente na prevenção e/ou no tratamento de alterações da cor da pele e/ou dos cabelos e para homogeneizar a tez.

Description

A presente invenção diz respeito ao uso por via tópica da linhagem de Bifidobacterium longum depositada junto a CNCM I-2618 sob o número I- 2618 para induzir a pigmentação da pele e dos cabelos, e homogeneizar a tez.
A cor dos cabelos e da pele humana depende de diferentes fatores, como as estações do ano, a origem étnica, o sexo e a idade. É principalmente determinada pela concentração e a distribuição, nos queratinócitos, da melanina produzida pelos melanócitos. A melanina, pigmento natural reconhecido pelas suas propriedades antirradiculares e absorventes das radiações solares, é um agente protetor fisiológico da pele, existindo sob duas formas principais: a eumelanina e a feo-melanina.
Os melanócitos são as células especializadas que sintetizam a melanina e, depois, a distribuem aos queratinócitos por meio de organelas específicas, os melanossomas.
Na epiderme, o melanócito está implicado na unidade melânica epidérmica, formando uma rede de distribuição entre melanócitos e queratinócitos, que é constituída por um melanócito rodeado por cerca de 36 queratinócitos vizinhos. Os melanócitos contam entre 5 a 10% das células da camada basal da epiderme. Todos os indivíduos, sem distinção de fenótipo, têm aproximadamente o mesmo número de melanócitos para uma zona cutânea específica. As diferenças de pigmentação entre os indivíduos não são causadas pelo número de melanócitos, mas pela natureza da melanina sintetizada e pelas propriedades bioquímicas e funcionais dos melanossomas.
Os melanossomas são organelas altamente especializadas, cuja única função é a síntese e a transferência de melanina. Nascem do retículo endoplasmático sob forma de vacúolos esféricos denominados pré-melanossomas que contêm um substrato proteico amorfo, mas não enzimas melanogênicas. No decurso da maturação do pré- melanossoma, o substrato amorfo organiza-se numa estrutura fibrilar orientada no eixo longitudinal do melanossoma. Distinguem-se quatro fases do desenvolvimento do melanossoma correspondente à intensidade da melanização. A melanina é colocada de forma uniforme sobre a rede fibrilar interna do melanossoma e a opacidade da organela aumenta até a saturação. Ao longo da síntese da melanina nos melanossomas, estes deslocam-se da região perinuclear para a extremidade das dendrites dos melanócitos. Por fagocitose, a extremidade das dendrites é capturada pelos queratinócitos, as membranas degradam-se e o conteúdo em melanina dos melanossomas é redistribuído nos queratinócitos. A melanina é, desta forma, espalhada na epiderme, o que garante o seu bronzeamento e a sua proteção.
Quanto à cor dos cabelos e dos pelos, esta baseia-se nomeadamente na presença em quantidades e razões variáveis de dois grupos de melaninas: as eumelaninas (pigmentos castanhos a pretos) e as feo- melaninas (pigmentos vermelhos a amarelos). A pigmentação do cabelo e dos pelos requer a presença de melanócitos no bulbo do folículo piloso. O folículo piloso é uma invaginação tubular da epiderme que se enfia até às camadas profundas da derme. A parte interior no bulbo é uma zona de proliferação celular onde se encontram os precursores das células queratinizadas que compõem o cabelo. Os melanócitos a nível do bolbo do folículo piloso estão num estado ativo, ou seja, eles sintetizam melanina. Estes pigmentos são transmitidos aos queratinócitos destinados a formar a haste pilar, o que conduzirá ao crescimento de um cabelo ou de um pelo pigmentado.
Os mecanismos que levam à pigmentação da pele e das fibras queratínicas, nomeadamente pelos e cabelos, são mecanismos altamente regulados, sob a dependência de múltiplos fatores hormonais ou celulares.
A homeostase dos melanócitos, finamente regulada por estes fatores hormonais ou celulares, permite conferir à pele e às fibras queratínicas uma pigmentação natural, homogênea, mais ou menos intensa, conferindo uma aparência estética e cosmética atrativa.
Ora, na maioria das populações, a obtenção de uma coloração castanha da pele e a manutenção de uma coloração constante da cabeleira são aspirações importantes. A manutenção de uma tez bronzeada e de uma cabeleira naturalmente pigmentada são fatores altamente envolvidos na obtenção de uma aparência cosmética atrativa.
Além disso, modificações da fisiologia da epiderme e do folículo piloso, ligados sobretudo à idade, podem alterar a pigmentação da pele, dos cabelos e dos pelos. Em particular, estas modificações podem se traduzir por uma desregulação da homeostase dos melanócitos, que se manifestam por distúrbios da proliferação, da maturação ou da sobrevida, se for caso disso associados a uma anomalia ou um desequilíbrio da melanogênese.
Por outro lado, existem doenças da pigmentação como, por exemplo, o vitiligo que é uma doença autoimune que se caracteriza pelo surgimento na pele de placas brancas ligadas a um defeito de pigmentação.
Existe, pois, uma real necessidade de produto que facilite e/ou melhore a pigmentação da pele e/ou dos pelos e/ou dos cabelos, e utilizável por via tópica.
Foram propostas inúmeras soluções no domínio da coloração artificial através do aporte de corantes exógenos, como a DHA, que deveriam dar à pele e/ou aos pelos e/ou aos cabelos uma coloração mais próxima possível do que ela é naturalmente ou, no domínio da coloração natural, por estimulação das vias naturais de pigmentação, por exemplo, através do uso dos ativos que estimulam a melanogênese com ou sem ação dos UV.
Deste modo, foi proposto utilizar composições contendo um inibidor de fosfodiesterases (WO 95/17161), das prostaglandinas (WO 95/11003), dos fragmentos de ADN (WO 95/01773), do ADN que codifica receptores de MSH (WO 94/04674), dos diacilgliceróis (WO 94/04122), dos derivados de tirosina (EP 0585018), dos extratos de marroio-negro (WO 93/10804) ou dos extratos de xantina (WO 91/07945). Estes diferentes compostos atuam, direta ou indiretamente por meio da D-MSH ou das prostaglandinas, de forma a estimular a biossíntese da melanina, com ou sem ação dos UV.
Excelentes resultados são certamente obtidos pelas soluções propostas no estado da técnica, mas os compostos utilizados apresentam frequentemente efeitos secundários não negligenciáveis ou são misturas complexas sem especificidade.
A descoberta de substâncias alternativas com efeito na pigmentação da pele e/ou dos pelos e/ou dos cabelos continua, pois, a ser um objetivo maior da pesquisa.
Em particular, existe sempre necessidade de dispor de ativos alternativos, em particular cosméticos, podendo, de preferência, ser administrados por via tópica, que induzem fisiologicamente a pigmentação.
Existe ainda uma necessidade de dispor de ativos alternativos que favoreçam a melanogênese.
Existe ainda uma necessidade de dispor de ativos alternativos que permitam regular a síntese ou a acumulação de melanina na epiderme.
Existe ainda uma necessidade de dispor de ativos alternativos que permitam aumentar os depósitos de melanina nos cabelos e/ou nos pelos.
Existe ainda uma necessidade de dispor de ativos alternativos para facilitar e/ou melhorar a pigmentação da pele e/ou dos pelos e/ou dos cabelos no domínio da dermatologia e da cosmética.
Existe ainda uma necessidade de dispor de ativos alternativos úteis para prevenir e/ou limitar e/ou suspender o desenvolvimento do canície, ou mesmo manter a pigmentação natural dos cabelos e/ou dos pelos cinzentos ou brancos. satisfazer estas necessidades.
A presente invenção tem nomeadamente por objeto satisfazer estas necessidades.
Os micro-organismos probióticos, micro-organismos que podem ter um efeito positivo na saúde do sujeito que os ingere, são amplamente utilizados no domínio da cosmética.
Deste modo, o pedido FR 2 756 181 descreve o uso de composições cosméticas à base de cultura inativada de bactérias de tipo Bifidobacterium, de óleo de menta e de um ácido para eliminar as manchas pigmentares.
O pedido EP 1 110 555 descreve o uso de um agente bacteriano, por exemplo de um extrato de bactérias Bifidobacterium, para estabilizar e/ou regenerar o ecossistema cutâneo dos mamíferos, e tratar, entre outros, a pitiríase versicolor.
O pedido FR 2 912 917 descreve o uso de um meio de cultura condicionado, obtido por contacto com células do sangue periférico estimuladas por probióticos, para tratar dos sinais da inflamação e/ou dos distúrbios imunitários, como as hiperpigmentações inflamatórias, o vitiligo ou o canície.
O pedido WO 2008/015343 descreve o uso de extratos de levedura para aumentar a síntese da melanina, e tratar o vitiligo e o canície.
O pedido WO 2007/073122 descreve o uso de um farelo de arroz fermentado com uma bactéria láctica para branquear a pele ao impedir a síntese da melanina.
O pedido US 2002/0168388 descreve o uso de composições que incluem bactérias inativadas e um extrato de matriz extracelular de planta para contrariar os danos induzidos pelas radiações UV.
O pedido WO 02/28402 descreve o uso de composições que incluem probióticos para equilibrar a função imunitária da pele após a exposição a condições de stress.
O pedido FR 2 834 718 descreve o uso de substâncias ativas obtidas por fermentação de sementes vegetais ou de frutos com as bactériasLactobacillus, Lactococcus ou Leuconostoc para proteger a pele dos efeitos nocivos dos raios UV e para regular a melanogênese na pele e nos cabelos.
O pedido FR 2 920 307 descreve a utilização de probióticos para tratar as manifestações de desconforto e/ou de sinais cutâneos associadas a um tratamento cutâneo de superfície, entre os quais o embranquecimento da pele.
O pedido FR 2 920 306 descreve o uso de um lisado de Bifidobacterium para prevenir uma diminuição de e/ou reforçar a função de barreira cutânea e, deste modo, prevenir e/ou diminuir irritações cutâneas ou os sinais do envelhecimento cutâneo.
O pedido FR 2 920 300 descreve o uso de hesperidina em combinação com um probiótico para reforçar a função barreira da pele e, deste modo, tratar os sinais do envelhecimento.
Contudo, não foi sugerido o uso do probiótico Bifidobacterium como agente pró-pigmentante.
A verdade é que os inventores demonstraram aqui de forma surpreendente que a linhagem bacteriana Bifidobacterium longum subsp. longum, depositada em 29 de janeiro de 2001 junto a CNCM I-2618 (Paris, França), sob o número , segundo o Tratado de Budapeste, permitia induzir de forma significativa a pigmentação cutânea ou capilar. Em particular, esta linhagem de probiótico específico permite induzir uma pigmentação mais importante do que outros tipos de probióticos conhecidos, tais como as linhagens de Propionibacterium freudenreichii ou de Bacillus coagulans, mas também outras estirpes de Bifidobacterium longum.
A presente invenção diz, pois, respeito ao uso cosmético não terapêutico de pelo menos uma linhagem de micro-organismo probiótico Bifidobacterium longum subsp. longum, depositada em 29 de janeiro de 2001 junto a CNCM I-2618 (Paris, França) sob o número , segundo o Tratado de Budapeste, para o seu uso, como agente indutor da pigmentação cutânea e/ou capilar, para a prevenção e/ou o tratamento de uma alteração da homogeneidade da cor da pele e/ou dos cabelos de origem patológica, a dita linhagem de micro-organismo probiótico Bifidobacterium longum subsp. longum CNCM sendo administrada por via tópica.
Diz também respeito a uma linhagem de micro-organismo probiótico Bifidobacterium longum subsp. longum, depositada em 29 de janeiro de 2001 junto a CNCM I-2618 (Paris, França) sob o número , segundo o Tratado de Budapeste, para o seu uso, como como agente indutor da pigmentação cutânea e/ou capilar, para a prevenção e/ou o tratamento de uma alteração da homogeneidade da cor da pele e/ou dos cabelos de origem patológica, a dita linhagem de micro-organismo probiótico Bifidobacterium longum subsp. longum CNCM sendo administrada por via tópica.
Descrição detalhada da invenção Bifidobacterium longum subsp. longum CNCM 1-2618
A linhagem de bactéria Bifidobacterium longum utilizada no quadro da presente invenção é um micro-organismo probiótico.
Entende-se por "micro-organismo probiótico" um micro­ organismo vivo que, quando administrado em quantidade adequada, tem um efeito positivo na saúde do respetivo hospedeiro ("Joint FAO/WHO Expert 10 Consultation on Evaluation of Health and Nutritional Properties of Probiotic in Food Including Powder Milk with Live Lactic Acid Bacteria, 6 de outubro de 2001").
No sentido da presente invenção, o micro-organismo abordado pode ser utilizado vivo, ou inativado, incapaz de se replicar. Pode também utilizar-se uma fração deste ou um dos componentes deste micro organismo.
A linhagem de Bifidobacterium longum subsp. longum utilizada no quadro da invenção foi depositada em 29 de janeiro de 2001 junto a CNCM I-2618 (Paris, França) sob o número , segundo o Tratado de Budapeste, e é, por exemplo, descrita em Schell e al. (2002) Proc. Nat. Acad. Sei. USA 99:14422-14427. A sequência do seu genoma é referenciada com o número GenBank AE014295.
No contexto da invenção, as referências GenBank acima citadas são aquelas que estavam disponíveis a 3 de julho de 2012.
Segundo uma variante da invenção, o micro-organismo probiótico Bifidobacterium longum subsp. longum CNCM I-2618 utilizado no quadro da invenção pode ser processado sob uma forma isolada ou purificada, ou seja, não misturado a um ou mais composto(s) suscetível(eis) de lhe ser associado(s) no seu meio de origem ou no seu meio de propagação.
Segundo uma variante da invenção, o micro-organismo probiótico Bifidobacterium longum subsp. longum CNCM I-2618 utilizado no quadro da invenção pode ser processado sob uma forma viva, semiativa, inativada ou morta.
Em particular, o micro-organismo probiótico Bifidobacterium longum subsp. longum CNCM I-2618 utilizado no quadro da invenção pode ser processado sob uma forma viva ou inativada.
Segundo um modo de realização vantajosa da invenção, o micro-organismo probiótico Bifidobacterium longum subsp. longum CNCM I- 2618 pode ser processado sob uma forma inativada ou morta.
No sentido da invenção, um micro-organismo "inativado" é um micro-organismo que deixa de ser capaz, temporária ou definitivamente, de formar colónias em cultura.
No sentido da invenção, um micro-organismo "morto" é um micro-organismo que deixa de ser capaz, definitivamente, de formar colónias em cultura.
Os micro-organismos mortos ou inativados podem ter as membranas celulares intactas ou rompidas. Deste modo, o termo "inativado" designa também os extratos e os lisados de micro-organismos conforme detalhados de seguida. A obtenção de micro-organismos mortos ou inativados pode ser efetuada por qualquer método conhecido do especialista na matéria.
Segundo um modo de realização vantajoso, os micro­ organismos probióticos Bifidobacterium longum subsp. longum CNCM I-2618 processados segundo a invenção são, pelo menos, em parte inativados ou mortos.
Por "micro-organismos probióticos Bifidobacterium longum subsp. longum CNCM I-2618 pelo menos em parte inativados", designa-se uma preparação de micro-organismos probióticos Bifidobacterium longum subsp. longum CNCM em conformidade com a invenção que inclui pelo menos 80%, em particular pelo menos 85%, mais particularmente pelo menos 90%, provavelmente pelo menos 95%, pelo menos 99% ou pelo menos 99,99% de micro-organismos probióticos Bifidobacterium longum subsp. longum CNCM I- 2618 inativados expressos em unidade formadora de colônia (ufc) relativamente à totalidade dos micro-organismos probióticos Bifidobacterium longum subsp. longum CNCM vivos não inativados contidos na preparação inicial antes de ser sujeita a um procedimento de inativação. A taxa de inativação obtida depende das condições de aplicação do método de inativação que são ajustadas pelo especialista na matéria segundo a taxa de inativação a obter. Segundo um modo de realização, a invenção inclui o processamento de uma preparação que inclui um máximo, de preferência 100%, de micro-organismos probióticos Bifidobacterium longum subsp. longum CNCM inativados.
Um micro-organismo probiótico Bifidobacterium longum subsp. longum CNCM I-2618 inativado adequado à invenção pode ser preparado por irradiação, tratamento térmico ou, em determinadas condições, por liofilização de uma preparação de micro-organismos probióticos Bifidobacterium longum subsp. longum CNCM . Estes métodos são conhecidos do especialista na matéria. Outras técnicas conhecidas, entre as quais o tratamento por alta pressão ou a extrusão, podem ser também visadas pelo especialista na matéria.
Mais particularmente, a inativação de micro-organismos probióticos por irradiação pode incluir o processamento de raios gama, de raios X ou uma exposição aos UV. O tipo de radiação, a intensidade, a dose e o tempo de exposição são ajustados pelo especialista na matéria segundo a quantidade e a natureza dos micro-organismos probióticos Bifidobacterium longum subsp. longum CNCM I-2618 a inativar.
A inativação térmica pode ser realizada incubando os micro-organismos probióticos Bifidobacterium longum subsp. longum CNCM I- 2618 da invenção durante um período de tempo indicado, por exemplo, de 10 s a 90 min a uma temperatura de 100 a 150°C. Segundo o micro-organismo a inativar, é possível ponderar um tratamento mais longo, por exemplo, 2 h, a 170 °C.
A inativação térmica pode também ser operada por autoclavagem submetendo os micro-organismos probióticos Bifidobacterium longum subsp. longum CNCM I-2618 da invenção a uma temperatura de 121 °C, durante pelo menos 20 minutos e a uma pressão atmosférica de 2 bar.
Como alternativa, a inativação térmica pode ser efetuada submetendo os micro-organismos probióticos Bifidobacterium longum subsp. longum CNCM I-2618 a uma série de ciclos de congelação-descongelação.
A inativação por liofilização pode ser efetuada por qualquer método conhecido no domínio. Vantajosamente, micro-organismos probióticos Bifidobacterium longum subsp. longum CNCM I-2618 inativados por liofilização podem ser repostos em cultura.
De preferência, um micro-organismo probiótico Bifidobacterium longum subsp. longum CNCM I-2618 adequado à invenção é processado sob uma forma inativada obtida por irradiação, nomeadamente por irradiação gama.
Um micro-organismo probiótico Bifidobacterium longum subsp. longum CNCM I-2618 segundo a invenção pode ser processado sob forma inteira, ou seja, no essencial na sua forma nativa, ou sob forma de extratos ou de lisados incluindo frações e/ou dos metabólitos deste micro organismo.
No sentido da invenção, o termo "fração" designa um fragmento ou componente do dito micro-organismo dotado de uma eficácia de indução da síntese de melanina por analogia com o dito micro-organismo organismo. inteiro.
No sentido da invenção, o termo "metabólito" designa qualquer substância derivada do metabolismo dos micro-organismos, e nomeadamente segregada pelos micro-organismos Bifidobacterium longum subsp. longum CNCM I-2618 considerados segundo a invenção e também dotada de uma eficácia de indução da síntese de melanina.
No sentido da invenção, entende-se por "extrato" uma preparação contendo micro-organismos inativados, cuja estrutura celular não foi sujeita a destruição ou dissolução. As células biológicas não se apresentam, no conjunto, fragmentadas.
Um extrato ou um lisado adequado à invenção pode ser preparado a partir de bactérias Bifidobacterium longum subsp. longum CNCM I- 2618 no final da fase de crescimento.
Segundo um modo de realização, um micro-organismo probiótico Bifidobacterium longum subsp. longum CNCM I-2618 adequado à invenção pode ser preparado sob forma de um lisado.
Um lisado, no sentido da invenção, designa habitualmente um material obtido na sequência da destruição ou dissolução de células biológicas por um fenômeno dito de lise celular que, deste modo, provoca a libertação dos constituintes biológicos intracelulares naturalmente contidos nas células do micro-organismo considerado e de fragmentos de componentes de membrana celular. No sentido da presente invenção, o termo "lisado" é utilizado indiferentemente para designar a totalidade do lisado obtido por inativação do micro-organismo em causa ou apenas uma fração deste. O lisado processado é, pois, formado no todo ou em parte por constituintes biológicos intracelulares e constituintes das paredes e membranas celulares do micro­ organismo probiótico Bifidobacterium longum subsp. longum CNCM I-2618 de interesse.
É possível utilizar vantajosamente no quadro da invenção:
  1. - um extrato contendo micro-organismos inativados da linhagem de micro-organismo em causa, ou
  2. - um lisado obtido por lise ou inativação do micro-organismo em causa.
Esta inativação celular para a obtenção de um extrato ou de um lisado pode ser conseguida através de diferentes tecnologias, tais como, por exemplo, um choque osmótico, um choque térmico, por ultrassons, ou ainda sob constrição mecânica de tipo centrifugação ou combinações destas diferentes tecnologias.
Mais especificamente, este lisado pode ser obtido segundo a tecnologia descrita na patente US 4,464,362 e, nomeadamente, segundo o protocolo seguinte.
Um micro-organismo probiótico considerado é cultivado de forma anaeróbica num meio de cultura adequado, por exemplo, segundo as condições descritas em US 4,464,362 e EP 0 043 128. Quando a fase estacionária do desenvolvimento é atingida, o meio de cultura pode ser inativado por pasteurização, por exemplo, a uma temperatura de 60 a 65 °C durante 30 min. Os micro-organismos podem, então, ser recolhidos por uma técnica de separação convencional, por exemplo, filtração por membrana, centrifugados e eventualmente colocados em suspensão numa solução estéril de NaCI numa concentração fisiológica. No caso de um lisado, este pode, de seguida, ser obtido por desintegração com ultrassons de um tal meio de modo a libertar as frações citoplásmicas, os fragmentos de parede celular e determinados produtos derivados do metabolismo destes micro-organismos. Depois, todos os componentes na sua distribuição natural podem ser estabilizados numa solução aquosa fracamente ácida.
É possível obter, deste modo, um lisado que possui uma concentração da ordem de 0,1 a 50%, em particular de 1 a 20% e nomeadamente de cerca de 5% em peso de matéria(s) ativa(s) relativamente ao seu peso total.
Segundo uma alternativa possível à tecnologia acima descrita, a centrifugação pode ser aplicada no final da fermentação (no início da fase estacionária) antes do tratamento térmico.
É igualmente possível ponderar a recuperação dos micro­ organismos e do sobrenadante e realizar posteriormente o tratamento térmico, sendo possível secar o todo em seguida.
De preferência, um extrato ou um lisado de Bifidobacterium longum subsp. longum CNCM I-2618 utilizado no quadro da invenção é obtido por choque térmico. Tipicamente, quando a fase estacionária do desenvolvimento de Bifidobacterium longum subsp. longum CNCM é atingida, o meio de cultura contendo os micro-organismos pode ser centrifugado. O concentrado de micro-organismos pode, em seguida, ser inativado por tratamento térmico, por exemplo, a temperaturas de 71,7°C a 147°C durante 3 s até vários minutos. A concentração bacteriana contém tipicamente uma parte dos metabólitos produzidos durante o crescimento bem como as paredes bacterianas termicamente tratadas. A solução possui, tipicamente, uma concentração da ordem de 10 a 55%, em particular de 12 a 20% e nomeadamente de cerca de 15% em peso de matéria(s) ativa(s) relativamente ao seu peso total. O tratamento térmico aplicado pode ser efetuado de forma direta (contacto direto entre o produto e a fonte de calor, como o vapor) ou indireta (o produto e a fonte de calor estão separados por uma barreira física). No caso de tratamento térmico direto, os tempos de tratamento podem ser mais curtos, da ordem de alguns segundos (de 1 a 15 s). O meio de cultura contendo os micro-organismos (antes ou após a centrifugação) pode ser concentrado por evaporação. O tratamento térmico pode ser aplicado antes e/ou após a etapa de evaporação.
O extrato ou o lisado pode ser processado sob diferentes formas, como a forma de uma solução ou uma forma pulverulenta, de preferência sob a forma de uma solução. A conservação sob forma líquida pode implicar a aplicação de um tratamento de estabilização, tal como um tratamento a ultra alta temperatura (UAT). Qualquer método de estabilização dos líquidos conhecidos pelo especialista na matéria pode ser ponderado para a solução ou suspensão de Bifidobacterium longum subsp. longum CNCM I- 2618.
Um micro-organismo probiótico Bifidobacterium longum subsp. longum CNCM I-2618 utilizado no quadro da invenção pode ser formulado numa composição à razão de pelo menos 0,0001% expresso em peso seco, em particular à razão de 0,0001 a 20% e mais particularmente à razão de 0,001 a 15%, em particular de 0,01 a 10%, e nomeadamente de 0,1 a 2% relativamente ao peso seco total da composição que o contém.
Um micro-organismo probiótico Bifidobacterium longum subsp. longum CNCM I-2618 utilizado no quadro da invenção é, em particular, formulado numa composição destinada a ser administrada por via oral.
De um modo geral, uma composição com aplicação tópica segundo a invenção pode incluir, geralmente, de 103 a 1012 ufc/g, em particular de 105 a 1010 ufc/g e mais particularmente de 107 a 109 ufc/g de micro­ organismos Bifidobacterium longum subsp. longum CNCM I-2618 vivos por grama de suporte ou em doses equivalentes calculadas para os micro­ organismos Bifidobacterium longum subsp. longum CNCM inativados ou mortos ou para frações de micro-organismo Bifidobacterium longum subsp. longum CNCM ou para metabólitos produzidos.
Pode ser vantajoso processar micro-organismos Bifidobacterium longum subsp. longum CNCM I-2618 sob forma inativada, mesmo morta, apresentando-se nomeadamente sob a forma de um lisado ou de um extrato celular, contendo tipicamente fragmentos celulares e os metabólitos.
Um micro-organismo Bifidobacterium longum subsp.longum CNCM I-2618 pode ser também incluído numa composição sob forma de frações de componentes celulares ou sob a forma de metabólitos, em particular sob a forma de um extrato ou sob a forma de um lisado. O ou o(s) micro-organismo(s) Bifidobacterium longum subsp. longum CNCM , metabólito(s) ou fração(ões) pode(m) também ser introduzido(s) sob a forma de um pó liofilizado, de um sobrenadante de cultura e/ou, se for caso disso, sob uma forma concentrada.
Quando uma composição inclui metabólitos, os teores em metabólitos nas composições correspondem sensivelmente aos teores suscetíveis de serem produzidos pelo equivalente de 103 a 1015 ufc, em particular 105 a 1015 ufc e, mais particularmente, 107 a 1012 ufc de micro­ organismos Bifidobacterium longum subsp. longum CNCM I-2618 vivos por grama de suporte.
A expressão da quantidade de metabólitos ou de frações de um micro-organismo em "ufc", ou de micro-organismos mortos, destina-se a designar a quantidade deste micro-organismo necessário para a produção da dita quantidade de metabólitos ou de frações de micro-organismos.
Composição cosmética
Num modo de realização particular da invenção, a dita, pelo menos, uma linhagem de Bifidobacterium longum subsp. longum CNCM I- 2618, conforme definida na secção "Bifidobacterium longum subsp. longum CNCM " acima, é formulada numa composição cosmética que inclui, além disso, um veículo cosmeticamente aceitável.
Por "veículo cosmeticamente aceitável", entende-se aqui um meio sem odor ou aparência desagradável e que não causa comichão, pele repuxada ou vermelhidão inaceitáveis para o utilizador, quando da sua administração, em particular quando da sua aplicação tópica na pele ou apêndices.
O veículo cosmeticamente aceitável será adaptado à via de administração tópica da composição, em particular à natureza do suporte no qual deve a composição ser aplicada, bem como à forma na qual a composição se destina a ser condicionada, nomeadamente sólida ou fluida à temperatura ambiente e pressão atmosférica.
A composição cosmética utilizada no quadro da invenção pode apresentar-se sob todas as formas galênicas normalmente utilizadas para o modo de administração por via tópica.
Uma composição destinada a uma administração por via tópica pode ser uma solução aquosa, hidroalcoólica ou oleosa, uma solução ou dispersão do tipo loção ou sérum, uma emulsão de consistência líquida ou semilíquida do tipo leite, obtida por dispersão de uma fase graxa numa fase aquosa (H/E) ou inversamente (E/H), uma suspensão ou uma emulsão, de consistência mole, semissólida ou sólida, do tipo creme ou do tipo gel aquoso ou anidro, uma emulsão múltipla (E/H/E ou H/E/H), uma microemulsão, uma nanoemulsão, uma preparação de microcápsulas, uma preparação de micropartículas, ou uma dispersão vesicular de tipo iônico e/ou não iônico, ou uma dispersão de cera/fase aquosa.
Pode também apresentar-se sob a forma de um sistema transdérmico, que permita uma libertação ativa ou passiva do/dos ativo(s) por transdermia, por exemplo, de tipo patch ou gel patch (hidrogel), ou por injeção.
Estas composições são preparadas segundo os métodos habituais.
Uma composição cosmética utilizada no quadro da invenção pode constituir uma composição de tratamento ou de cuidado da pele ou do couro cabeludo, das fibras queratínicas como os cabelos, as pestanas ou as sobrancelhas, ou uma composição de proteção solar ou de bronzeamento artificial, ou ainda um produto de limpeza ou demaquilante da pele, dos cabelos, das sobrancelhas ou das pestanas, um produto desodorizante ou ainda um composto perfumante. De preferência, a composição cosmética utilizada no quadro da invenção é uma composição de proteção solar ou de bronzeamento artificial.
Uma tal composição pode, então, ser não colorida ou fracamente colorida, e pode incluir, eventualmente, ativos cosméticos adicionais, nomeadamente conforme indicado em seguida. Ela pode, então, ser utilizada como base de cuidado para a pele ou os lábios, por exemplo, sob forma de um bálsamo de lábios, que protege os lábios do frio e/ou do sol e/ou do vento, como um creme de cuidado de dia ou de noite para a pele do rosto e/ou do corpo.
Pode também apresentar-se sob forma de xampu de tratamento ou não, corante ou não ou pós-xampu.
Uma composição cosmética utilizada no quadro da invenção pode também constituir uma composição cosmética colorida e, nomeadamente, uma composição de maquilagem da pele, das fibras queratínicas, nomeadamente os cabelos ou as pestanas, e/ou mucosas, em particular uma tal composição pode ser uma base para o rosto, um blush, um pó de arroz ou um rímel, um composto antirrugas em bastão, um batom ou um brilho (g/oss) para lábios, apresentando eventualmente propriedades de cuidado ou de tratamento. De preferência, poderá tratar-se de uma composição de maquilagem colorida (bege ou verde) destinada a corrigir a cor da tez.
Uma composição administrada por via tópica pode, nomeadamente, constituir um creme de limpeza, de proteção, de tratamento ou de cuidado, uma loção, um gel ou uma espuma para o cuidado da pele ou dos cabelos, como uma loção de limpeza ou de desinfecção, uma composição para o banho ou uma composição desodorizante.
Uma composição cosmética utilizada no quadro da invenção pode também consistir numa preparação sólida que constitui um sabão ou um pano de limpeza.
Segundo um modo de realização, uma composição cosmética utilizada no quadro da invenção pode ser vantajosamente formulada para ser administrada no couro cabeludo, cabelos e pestanas e, em particular, ser preparada sob a forma de uma solução, creme, gel, emulsão, espuma ou ainda sob a forma de uma composição para aerossol contendo igualmente um agente propulsor sob pressão.
Segundo um modo de realização, uma composição cosmética por via tópica utilizada no quadro da invenção pode ser vantajosamente formulada sob qualquer forma galênica adequada aos cuidados capilares, nomeadamente sob a forma de uma loção de cuidado capilar, por exemplo, de aplicação diária ou bissemanal, um xampu nomeadamente anticaspa, um pós-xampu, em particular de aplicação semanal ou bissemanal, um desembaraçante, um creme ou um gel capilar, uma loção de tratamento, uma composição de pintura (nomeadamente de oxidação) eventualmente sob forma de xampu corante, loção ou reestruturante para cabelos, composição de permanente, loção ou gel antiqueda, xampu parasitário ou xampu de tratamento, nomeadamente antisseboreico, produto de cuidado do couro cabeludo, nomeadamente antiirritante, antiidade, reestruturante ou ativador da circulação sanguínea, sabonete líquido ou sólido de limpeza do couro cabeludo de aplicação diária, produto de criação de penteados, como uma laca, produto de permanente ou gel para escovação, máscara de tratamento, creme ou gel com espuma de limpeza dos cabelos ou máscara capilar a aplicar com pincel ou pente.
Segundo um modo de realização, para uma aplicação nas pestanas ou nos pelos, uma composição cosmética utilizada no quadro da invenção pode apresentar-se sob a forma de uma máscara, pigmentada ou não, a aplicar com escova nas pestanas ou ainda nos pelos da barba ou do bigode.
Segundo um modo de realização particular, uma composição cosmética utilizada no quadro da invenção pode apresentar-se sob a forma de um creme ou de uma loção capilar, de um xampu ou de um pós- xampu capilar, de uma máscara capilar ou para as pestanas.
Quando uma composição cosmética utilizada no quadro da invenção é uma emulsão, a proporção da fase graxa pode variar de 5 a 80% em peso e, de preferência, de 5 a 50% em peso relativamente ao peso total da composição. Os óleos, os emulsionantes e os coemulsificantes utilizados na composição sob forma de emulsão são escolhidos entre aqueles classicamente utilizados no domínio cosmético.
O emulsificante e o coemulsificante podem estar presentes, na composição cosmética, numa proporção de 0,3 a 30% em peso e, de preferência, de 0,5 a 20% em peso relativamente ao peso total da composição.
Quando a composição cosmética utilizada no quadro da invenção é uma solução ou um gel oleoso, a fase graxa pode representar mais de 90% do peso total da composição.
De forma conhecida, as formas galênicas dedicadas a uma administração tópica podem conter também adjuvantes habituais no domínio cosmético, como os gelificantes hidrófilos ou lipofílicos, os ativos hidrófilos ou lipofílicos, os conservantes, os antioxidantes, os solventes, os perfumes, as cargas, os filtros, os absorventes de odores e os materiais corantes. As quantidades destes diferentes adjuvantes são aquelas classicamente utilizadas no domínio cosmético e, por exemplo, de 0,01 a 20% do peso total da composição.
Estes adjuvantes, segundo a sua natureza, podem ser introduzidos na fase graxa e/ou na fase aquosa.
Como matérias graxas utilizáveis nas composições cosméticas processadas no quadro da invenção, é possível citar os óleos minerais como, por exemplo, o poliisobuteno hidrogenado e o óleo de vaselina, os óleos vegetais como, por exemplo, uma fração líquida da manteiga de karité, óleo de girassol e de amêndoas de damasco, os óleos animais como, por exemplo, o perhidrosqualeno, os óleos de síntese, nomeadamente o óleo de Purcellin, o miristato de isopropilo e o palmitato de etil hexilo, os ácidos graxos insaturados e os óleos fluorados como, por exemplo, os perfluoropoliéteres. É igualmente possível utilizar álcoois graxos como, por exemplo, o ácido esteárico e como, por exemplo, ceras, nomeadamente de parafina, carnaúba e a cera de abelhas. É também possível utilizar compostos siliconados como os óleos siliconados e, por exemplo, as ciclometicona e dimeticona, as ceras, as resinas e as borrachas siliconadas.
Como emulsificantes utilizáveis nas composições cosméticas processadas no quadro da invenção, é possível citar, por exemplo, o estearato de glicerol, o polisorbato 60, a mistura álcool cetilestearílico/álcool cetilestearlílico oxietilenado com 33 moles de óxido de etileno vendida com a designação Sinnowax AO® pela empresa HENKEL, a mistura de PEG-6/PEG- 32/Estearato de Glicol vendida com a designação Tefose® 63 pela empresa GATTEFOSSE, o PPG-3 miristilo éter, os emulsificantes siliconados, tais como a cetildimeticona copoliol e o mono- ou triestearato de sorbitano, o estearato de PEG-40, o monoestearato de sorbitano oxietilenado (20OE).
Como solventes utilizáveis nas composições cosméticas processadas no quadro da invenção, é possível citar os álcoois inferiores, nomeadamente o etanol e o isopropanol, o propilenoglicol.
A composição cosmética utilizada no quadro da invenção pode também conter de forma vantajosa uma água termal e/ou mineral, nomeadamente escolhida entre a água de Vittel, as águas da bacia de Vichy e a água da Roche Posay.
Como gelificantes hidrófilos, é possível citar os polímeros carboxílicos, como o carbômero, os copolímeros acrílicos, tais como os copolímeros de acrilatos/alquilacrilatos, as poliacrilamidas e, nomeadamente, a mistura de poliacrilamida, C Isoparafina e Laureth-7 vendida com a designação Sepigel 305® pela empresa SEPPIC, os polissacarídeos, como os derivados celulósicos, tais como as hidroxialquilceluloses e, em particular, as hidroxipropilcelulose e hidroxietilcelulose, as gomas naturais, como as guar, alfarroba e xantana e as argilas.
Como gelificantes lipofílicos, é possível citar as argilas modificadas como as bentonas, os sais metálicos de ácidos graxos como os estearatos de alumínio e a sílica hidrófoba, ou ainda a etilcelulose e o polietileno.
Num modo de realização particularmente preferido da invenção, a composição cosmética, conforme definida acima, inclui, por outro lado, um ativo cosmético adicional.
Vantajosamente, um tal ativo adicional pode destinar-se a exercer um efeito cosmético, de cuidado ou de higiene na pele, cabelos, pestanas, pelos e/ou couro cabeludo.
Os ativos adicionais são escolhidos pelo especialista na matéria de modo a não prejudicarem o efeito dos micro-organismos probióticos Bifidobacterium longum subsp. longum CNCM I-2618da invenção.
Segundo uma variante de realização, um micro-organismo probiótico Bifidobacterium longum subsp. longum CNCM I-2618 , conforme definido acima na secção "Bifidobacterium longum subsp. longum CNCM I- 2618", pode ser vantajosamente processado com, a título de ativo adicional, um micro-organismo não probiótico, em particular a linhagem Vitreoscilla filiformis.
Um tal micro-organismo não probiótico pode ser processado sob forma viva, semiativa, inativada ou morta, nomeadamente conforme definido na secção "Bifidobacterium longum subsp. longum CNCM I- 2618" acima. Em particular, um micro-organismo de tipo Vitreoscilla filiformis, conforme descrito, nomeadamente, no pedido de patente FR 0 625 782, pode ser processado sob uma forma viva ou sob uma forma de lisado fracionado ou completo com o seu meio de cultura após a evapo-concentração da composição em H2O.
A composição cosmética processada no quadro da invenção pode, além disso, incluir todos os aditivos cosméticos habituais, como a água, os solventes, os óleos, as ceras, os pigmentos, as cargas, os tensoativos, os ativos cosméticos, os filtros UV, os polímeros, os gelificantes, os conservantes e os perfumes. Como é evidente, o especialista na matéria terá o cuidado de escolher este ou estes eventuais compostos complementares, e/ou a sua quantidade, de modo a que as propriedades vantajosas dos constituintes ativos da composição segundo a invenção não sejam, ou não sejam de forma substancial, alteradas pela adição pretendida. De preferência, a composição cosmética processada no quadro da invenção inclui, além disso, filtros UV.
Uso COSMÉTICO NÃO TERAPÊUTICO
De forma surpreendente, os inventores observaram que a aplicação de micro-organismos probióticos de tipo Bifidobacterium longum subsp. longum CNCM I-2618 regula a homeostase dos melanócitos, favorecendo a síntese da melanina, de forma mais eficaz que outros micro­ organismos probióticos, como Propionibacterium freudenreichii ou Bacillus coagulans, ou outras estirpes de Bifidobacterium longum. Deste modo, a pigmentação natural da pele, dos pelos e dos cabelos sai reforçada. A pigmentação cutânea ou capilar assim obtida é vantajosamente homogênea.
A presente invenção diz respeito mais particularmente ao uso cosmético não terapêutico de uma linhagem de Bifidobacterium longum subsp. longum CNCM I-2618, conforme definida na secção "Bifidobacterium longum subsp. longum CNCM I-2618" acima, eventualmente formulada numa composição cosmética, tal como definida na secção "composição cosmética” acima, como agente indutor da pigmentação cutânea e/ou capilar, para induzir fisiologicamente a pigmentação e, deste modo, em particular, prevenir e/ou tratar uma alteração da homogeneidade da cor da pele e/ou dos cabelos, a dita linhagem de micro-organismo probiótico Bifidobacterium longum subsp. longum CNCM I-2618 sendo administrada por via tópica.
A composição cosmética processada no quadro da invenção pode, em particular, ser utilizada em indivíduos saudáveis, tipicamente indivíduos que não apresentam alterações da homogeneidade da cor da pele e/ou dos cabelos de origem patológica.
Pode, em particular em indivíduos saudáveis, ser utilizada como agente de bronzeamento, vantajosamente como agente de bronzeamento independente da luz do sol e/ou dos raios UV, ou para acelerar e/ou intensificar o bronzeamento.
Pode também, em particular nestes indivíduos saudáveis, ser utilizada para tornar a tez e/ou a cor da tez mais homogênea.
A composição cosmética processada no quadro da invenção pode também ser utilizada para prevenir e/ou tratar cosmeticamente um defeito de pigmentação cutânea e/ou capilar resultante de um desequilíbrio da homeostase dos melanócitos.
O desequilíbrio da homeostase dos melanócitos pode ser um desequilíbrio da proliferação e/ou da maturação e/ou da sobrevida dos melanócitos.
A proliferação, a maturação e a sobrevida referem-se às diferentes etapas de vida de uma célula de um tecido de um organismo, ou seja, a sua divisão a partir de uma célula linhagem ou de uma célula mãe, sendo que a sua diferenciação permite-lhe a aquisição de características próprias ao tecido no qual se inscreve como, por exemplo, a expressão das diferentes enzimas e proteínas necessárias para a melanogênese, e a sua manutenção até à senescência e à apoptose. Uma desregulação destas etapas pode traduzir-se por um desequilíbrio da repartição dos melanócitos na epiderme ou no folículo, ou um desequilíbrio da melanogênese que afeta, por exemplo, a cor natural da epiderme, dos cabelos ou dos pelos.
Num modo de realização particular, os defeitos de pigmentação abordados pela invenção resultam de um desequilíbrio da melanogênese.
O desequilíbrio da homeostase dos melanócitos, que se traduz pelos defeitos de pigmentação abordados pela invenção, podem também ser associados ao envelhecimento cutâneo ou do couro cabeludo e, em particular, ser agravados por este envelhecimento.
As perturbações da pigmentação abordadas pela invenção podem referir-se à epiderme, ao couro cabeludo, aos cabelos, aos pelos ou às pestanas.
A título de defeitos de pigmentação capilar cosméticos visados pela invenção, é possível, em particular, citar o canície.
O canície é um embranquecimento natural dos cabelos que surge com a idade e está principalmente associado a uma diminuição da melanina na haste pilar. Mais precisamente, o canície está ligado a uma rarefação específica e progressiva dos melanócitos dos cabelos, que afeta em simultâneo os melanócitos do bolbo piloso e as células precursoras de melanócitos. Vantajosamente, o processamento da invenção permite reduzir, ou até travar ou atrasar, o surgimento dos cabelos brancos e a senilização da cabeleira. Vantajosamente, a presente invenção permite estimular, ou até reativar, a melanogênese, de modo a atrasar, reduzir ou até diminuir o canície.
A composição processada no quadro da invenção pode também ser utilizada em indivíduos que apresentam alterações da homogeneidade da cor da pele e/ou dos cabelos, em particular dos indivíduos com defeitos de pigmentação cutânea e/ou capilar cosméticos ligados a uma acumulação, nomeadamente heterogênea, de melanina, para homogeneizar a cor da pele e/ou dos cabelos.
Tais defeitos de pigmentação cutânea e/ou capilar ligados a uma acumulação heterogênea de melanina incluem o melasma, as sequelas pigmentares de acne, a pigmentação pós-inflamatória, as despigmentações causadas por queimaduras ou pela cirurgia e as discromias benignas do rosto.
Nestas aplicações, as composições processadas no quadro da invenção permitem diminuir as discromias observadas e homogeneizar a cor da pele, em particular aumentando ou melhorando a pigmentação da pele em redor das zonas hiperpigmentadas e/ou aumentando ou melhorando a pigmentação da pele a nível das zones hipopigmentadas.
De preferência, a alteração da homogeneidade da pele e/ou dos cabelos pretendida pela presente invenção é selecionada no grupo constituído por canície, o melasma, as sequelas pigmentares de acne, a pigmentação pós-inflamatória, as despigmentações causadas por queimaduras ou pela cirurgia e as discromias benignas faciais.
A presente invenção diz também respeito a um procedimento de tratamento cosmético não terapêutico para induzir fisiologicamente a pigmentação da pele e/ou dos cabelos e, deste modo, homogeneizar a cor da pele e/ou dos cabelos e, em particular, prevenir e/ou tratar uma alteração da homogeneidade da cor da pele e/ou dos cabelos, na qual se administra a um indivíduo por via tópica uma quantidade cosmeticamente eficaz de uma linhagem de Bifidobacterium longum subsp. longum CNCM I-2618, conforme definida na secção "Bifidobacterium longum subsp. longum CNCM I-2618' acima, eventualmente formulada numa composição cosmética, conforme definida na secção "Composição cosmética" acima.
Por "quantidade cosmeticamente eficaz", entende-se aqui uma quantidade suficiente dos agentes utilizados no quadro da invenção para tratar e/ou prevenir o dito distúrbio cosmético, que não gera efeitos secundários inaceitáveis para o utilizador.
Esta linhagem de Bifidobacterium longum subsp. longum CNCM I-2618, eventualmente formulada numa composição cosmética, é administrada por via oral.
Vantajosamente, a aplicação da composição cosmética faz- se, por exemplo, sob forma de máscara, na pele, couro cabeludo ou cabelos.
A linhagem de Bifidobacterium longum subsp. longum CNCM I-2618, eventualmente formulada numa composição cosmética, processada no quadro da invenção pode, em particular, ser aplicada no rosto ou no corpo.
Aplicações terapêuticas
A presente invenção diz também respeito a um método de prevenção e/ou de tratamento de uma alteração da homogeneidade da cor da pele e/ou dos cabelos de origem patológica num indivíduo, incluindo a administração por via tópica num indivíduo que necessita de uma quantidade terapeuticamente eficaz de uma linhagem de micro-organismo probiótico Bifidobacterium longum subsp. longum CNCM , conforme definida na secção "Bifidobacterium longum subsp. longum CNCM " acima.
A presente invenção diz também respeito à utilização de uma linhagem de Bifidobacterium longum subsp. longum CNCM I-2618, conforme definida na secção "Bifidobacterium longum subsp. longum CNCM I- 2618" acima, para o fabrico de uma composição farmacêutica, administrável por via tópica, destinada à prevenção e/ou ao tratamento de uma alteração da homogeneidade da cor da pele e/ou dos cabelos de origem patológica.
Tal como utilizado no quadro dos modos de realização da invenção associados a uma utilização terapêutica dos micro-organismos probióticos Bifidobacterium longum subsp. longum CNCMI-2618 definidos na secção "Bifidobacterium longum subsp. longum CNCM " acima, o termo "alteração da homogeneidade da cor da pele e/ou dos cabelos de origem patológica" faz referência a uma alteração da homogeneidade da cor da pele e/ou dos cabelos observada quando de afecções dermatológicas, resultantes de um déficit ou de uma ausência de melanina ou de uma divisão heterogénea da melanina, em particular uma despigmentação.
Entende-se por "despigmentação" uma anomalia de origem patológica na formação ou na distribuição de melanina a nível cutâneo ou capilar.
As doenças cutâneas e/ou capilares da pigmentação afastam-se do campo cosmético segundo o grau de gravidade e a intensidade dos sintomas pelos quais se manifestam.
No caso de alterações resultantes de um déficit ou de uma ausência de melanina, os micro-organismos probióticos Bifidobacterium longum subsp. longum CNCM I-2618 acima definidos permitirão homogeneizar a cor da pele, em particular aumentando e/ou melhorando a pigmentação da pele a nível das zonas despigmentadas ou hipopigmentadas.
Tais alterações incluem, em particular, as alterações da homogeneidade da cor da pele associadas ao vitiligo.
No caso de alterações resultantes de um excesso de melanina, os micro-organismos probióticos Bifidobacterium longum subsp.longum CNCM I-2618 acima definidos permitirão homogeneizar a cor da pele, em particular aumentando e/ou melhorando a pigmentação da pele em redor das zonas hiperpigmentadas.
Tais alterações incluem, em particular, as alterações da homogeneidade da cor da pele ou da tez associadas, entre outros, aos lentigos actínicos ou à dermatite de grama do prado (meadow grass dermatitis).
Segundo um modo de realização, as alterações da homogeneidade da cor da pele e/ou dos cabelos de origem patológica são escolhidas entre o lentigo actínico, a dermatite de grama do prado e o vitiligo.
Na descrição e nos exemplos seguintes, salvo indicação em contrário, as percentagens são percentagens em peso e os intervalos de valores marcados sob a forma "entre ... e ..." incluem os níveis inferior e superior precisados. matéria.
Os ingredientes são misturados, antes da sua produção, pela ordem e nas condições facilmente determinadas pelo especialista na matéria.
O teor e a natureza dos ingredientes processados nas composições da invenção são ajustados pelo especialista na matéria de modo a não afetar substancialmente as propriedades necessárias para as composições da invenção.
Os exemplos que se seguem são apresentados a título ilustrativo e não limitativo do domínio da invenção.
Breve descrição da figura
A Figura é um conjunto de histogramas que mostram o nível de melanina, em percentagem, relativamente ao controlo, quantificado em coculturas de queratinócitos primários (NHEK) e melanócitos primários (NHEM) incubadas durante 72 h com um meio de cultura único (controlo), da IBMX de 200 pM (IBMX) como controlo positivo, um lisado ou extrato de Bifidobacterium longum subsp. longum CNCM I-2618 (B. longum CNCM I-2618 1%), um lisado de Bifidobacterium longum Repair Complex CLR® (B. longum CLR 1%), um lisado de Propionibacterium freudenreichii (P. freundenreichii 0,2%) e um lisado de Bacillus coagulans (B. coagulans 0,2 mg/ml).
Exemplos Exemplo 1: Indução da síntese da melanina porBifidqbacterium longum subsp.loa/gumCNCM 1-2618
Este exemplo demonstra a atividade pró- pigmentante do micro-organismo probiótico Bifidobacterium longum subsp. longum CNCM 1-2618.
Melanócitos humanos primários (NHEM) foram inoculados em placas de 24 poços na presença (cocultura) de queratinócitos epidérmicos humanos normais (NHEK) e, em seguida, cultivados durante 24 h. As células foram de seguida tratadas com nada (controlo negativo), IBMX (controlo positivo, 200 pM), um lisado ou extrato de Bifidobacterium longum subsp. longum CNCM I-2618 (1%), um lisado comparativo de uma outra linhagem de Bifidobacterium longum (Repair Complex CLR® 1%), um extrato de Propionibacterium freudenreichii (0,2%) ou um extrato de Bacillus coagulans (2 mg/ml).
Material e métodos
Após o tratamento, as células foram incubadas durante 72 h, todas em condições experimentais realizadas em triplicado. Após 72 h de incubação, as células foram lisadas por uma solução de NaOH 0,5 N para extrair a melanina. A densidade ótica das amostras foi medida a 405 nm, em referência a uma gama de melanina exógena (curva de melanina padrão de 0,39 com 100 pg/ml).
Os resultados são expressos em percentagem de estimulação relativa relativamente ao controlo cultivado em meio de cocultura padrão. Foram analisados com o teste estatístico de Student:
  1. *: 0,01 < p < 0,05 significativo;
  2. **: 0,001 < p < 0,01 muito significativo;
  3. ***: p < 0,001 extremamente significativo
Resultados
Os inventores mostraram, deste modo, que a incubação de coculturas NHEK/NHEM com lisados de micro-organismos probióticos permitia aumentar de forma significativa a produção de melanina pelos melanócitos relativamente à coculturas não tratadas (ver Figura).
Por outro lado, mostram, de forma surpreendente, que a utilização específica de lisados ou de extratos de estirpes de Bifidobacterium longum subsp. longum CNCM I-2618 permitia aumentar de forma ainda mais importante a produção de melanina relativamente à utilização de lisados de outros probióticos, tais com P. freudenrelchii ou B. coagulans e mesmo relativamente a lisados de outras estirpes de Bifidobacterium longum. Com efeito, a incubação das coculturas NHEK/NHEM com lisados de B. longum subsp. longum CNCM I-2618 induz um aumento da produção de melanina de cerca de 1,7 vezes relativamente a um controlo não tratado, ao passo que os lisados de P. freudenreichii e de B. coagulans não permitem atingir um aumento de cerca de 1,1 vezes e o lisado de B. longum Repair Complex CLR® um aumento de cerca de 1,4 vezes. É de notar que o aumento observado e com B. longum subsp. longum CNCM é mesmo superior à obtida com o controlo positivo IBMX.
Deste modo, estes resultados demonstram que o micro-organismo probiótico Bifidobacterium longum subsp. longum CNCM I- 2618 pode ser utilizado de forma muito eficaz como agente pró-pigmentante.
Exemplo 2: Composições tópicas segundo a invenção
Este exemplo descreve composições destinadas a um uso tópico particularmente adaptadas ao processamento da presente invenção.
Salvo indicação em contrário, os valores abaixo são expressos em percentagem em peso relativamente ao peso da composição. Exemplo 2A: Loção para o rosto
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Exemplo 2B: Leite para o cuidado o rosto (reparador do sono)
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Exemplo 2C: Gel para o cuidado do rosto (a conservar a 4 °C)
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Exemplo 2D: Gel para o cuidado do rosto (a conservar a 4 °C)
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Claims (11)

  1. USO COSMÉTICO NÃO TERAPÊUTICO DE PELO MENOSUMA LINHAGEM DE MICRO-ORGANISMO probiótico de Bifidobacteriumlongum subsp. longum, depositada em 29 de janeiro de 2001 junto a CNCM I-2618(Paris, França) sob o número 1-2618, caracterizado por ser como agenteindutor da pigmentação cutânea e/ou capilar, para promover a síntese demelanina assim homogeneizaando a cor da pele e/ou dos cabelos, em que ditapelo menos uma linhagem de micro-organismo probiótico Bifidobacteriumlongum subsp. longum CNCM 1-2618 é administrada por via tópica, e em quedita linhagem de Bifidobacterium longum subsp. longum CNCM 1-2618 está soba forma pelo menos parcialmente inativada e está presente sob a forma de umlisado ou de um extrato celular contendo fragmentos celulares e metabólitos.
  2. USO, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado porser para prevenir e/ou tratar uma alteração da homogeneidade da cor da pelee/ou dos cabelos.
  3. USO, de acordo com a reivindicação 2, caracterizado pelaalteração da homogeneidade da cor da pele e/ou dos cabelos ser selecionadaa partir do grupo que consiste em canície, melasma, sequelas pigmentares deacne, pigmentação pós-inflamatória, despigmentações causadas porqueimaduras ou cirurgia e discromias benignas faciais.
  4. USO, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pordita linhagem de Bifidobacterium longum subsp. longum CNCM 1-2618 serformulada em uma composição cosmética que compreende ainda um veículocosmeticamente aceitável.
  5. USO, de acordo com a reivindicação 4, caracterizado pelacomposição cosmética compreender ainda um ativo cosmético adicional.
  6. USO, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelomicro-organismo de Bifidobacterium longum subsp. longum CNCM 1-2618 estar inativado por tratamento térmico.
  7. USO, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado porcompreender administrar por via tópica pelo menos uma linhagem de microorganismo probiótico de Bifidobacterium longum subsp. longum, depositada em 29 de janeiro de 2001 junto a CNCM I-2618 (Paris, França) sob o número 1-2618, como agente indutor da pigmentação cutânea, para promover a síntese de melanina assim homogeneizando a cor da pele,em que dita linhagem de Bifidobacterium longum subsp. longumCNCM 1-2618 está sob a forma pelo menos parcialmente inativada e estápresente sob a forma de um lisado ou de um extrato celular contendofragmentos celulares e metabólitos.
  8. USO DE UMA LINHAGEM DE MICRO-ORGANISMOPROBIÓTICO, de Bifidobacterium longum subsp. longum, depositada em 29 dejaneiro de 2001 junto a CNCM I-2618 (Paris, França) sob o número 1-2618,caracterizado por ser para a fabricação de um medicamento tópico para induzir pigmentação cutânea e/ou capilar por promover a síntese de melanina, para prevenir e/ou tratar uma alteração da homogeneidade da cor da pele e/ou dos cabelos de origem patológica,em que dita linhagem de Bifidobacterium longum subsp. longumCNCM 1-2618 está sob a forma pelo menos parcialmente inativada e estápresente sob a forma de um lisado ou de um extrato celular contendofragmentos celulares e metabólitos.
  9. USO, de acordo com a reivindicação 8, caracterizado pordita alteração da homogeneidade da cor da pele e/ou dos cabelos serselecionada a partir do grupo que consiste em lentigo actínico, dermatite degrama do prado {meadow grass dermatitis) e vitiligo.
  10. USO, de acordo com a reivindicação 8, caracterizado pordita linhagem estar inativada por tratamento térmico.
  11. USO, de acordo com a reivindicação 8, caracterizado porser para a fabricação de um medicamento tópico para prevenir e/ou tratar umaalteração da homogeneidade da cor da pele de origem patológica.
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