BR112014000317B1

BR112014000317B1 - conjunto e sistema

Info

Publication number: BR112014000317B1
Application number: BR112014000317-3A
Authority: BR
Inventors: Alexis Drouin; Thomas Charrue
Original assignee: Premium Protector
Priority date: 2011-07-08
Filing date: 2012-04-03
Publication date: 2020-12-01
Also published as: EP2729654A1; BR112014000317A2; MX2014000320A; US20140130928A1; CN103827437A; EA201490217A1; JP5951763B2; EP2729654B1; MX343285B; WO2013007404A1; JP2014520978A; ES2647666T3; US8985156B2; FR2977628B1; CN103827437B; FR2977629A1; FR2977628A1; FR2977629B1; NO2729654T3; EA025354B1

Abstract

CONJUNTO E SISTEMA. A presente invenção refere-se ao campo dos tubos para a extração de petróleo e gás. O conjunto que compreende um tubo de extração (2) de petróleo munido de uma rosca nas suas extremidades, e dois protetores (1) de rosca do referido tubo de extração (2), cada um dos referidos protetores compreende um corpo tubular, uma rosca complementar ao referido segmento do tubo de extração e uma extremidade livre; sendo o referido conjunto compreende, pelo menos, um módulo (3) apropriado para conter uma informação relativa a pelo menos uma propriedade de um tubo de extração (2), sendo o referido módulo um suporte RFID que compreende um identificador RFID correspondente à referida propriedade do tubo de extração (2) e ligado de modo amovível ao referido tubo de extração (2).

Description

CONJUNTO E SISTEMA

CAMPO DA INVENÇÃO

[001] A presente invenção refere-se ao campo dos tubos para a extração de petróleo e gás.

ANTECEDENTES DA INVENÇÃO

[002] Os tubos de extração de petróleo e gás são utilizados para a realização de perfurações de poços e de extração, a fim de atingir grandes profundidades.

[003] Esses tubos apresentam, em cada uma das suas extremidades, roscas que permitem que sejam ligados entre si diretamente ou por meio de elementos intermediários.

[004] As extremidades dos tubos rosqueadas externamente são chamadas extremidades macho, enquanto que as extremidades dos tubos rosqueadas internamente são chamadas extremidades fêmeas. No conjunto do presente pedido de patente, falar-se-á de maneira geral, de extremidades rosqueadas de um tubo de extração, que designam indiferentemente as extremidades rosqueadas externa ou externamente dos tubos de extração.

[005] De acordo com a prática de um técnico no assunto, um protetor que venha se adaptar a uma extremidade macho de um tubo é chamado protetor macho (ou Pin), e um protetor que venha a se adaptar a uma extremidade fêmea de um tubo é chamado protetor fêmea (ou Box).

[006] Outra problemática com tubos de extração comumente utilizados para as operações de perfuração e de extração de petróleo e gás é o seu controle logístico e a determinação de suas propriedades ou das informações sobre eles.

[007] De fato, os tubos de extração são tipicamente condicionados na forma de lotes, o que torna complexa a manipulação e as medições em um único tubo entre sua fabricação e sua utilização no local.

[008] Vários estudos têm tentado modificar os tubos de extração, a fim de implantar neles meios de marcação ou de rastreamento. No entanto, esses estudos, realizados há 5 a 10 anos, não deram resultado na medida em que levavam sistematicamente a uma deterioração das propriedades mecânicas do tubo, o que deve ser evitado.

[009] A presente invenção tem como objetivo propor uma solução para essas problemáticas de gerenciamento logístico e de identificação de tubos de extração que não tenha impacto sobre as propriedades mecânicas dos referidos tubos de extração ou dos equipamentos associados a eles.

DESCRIÇÃO DA INVENÇÃO

[010] Para esse fim, a presente invenção propõe um conjunto que compreende:

- um tubo de extração de petróleo equipado com uma rosca em suas extremidades, e

dois protetores de rosca para o referido tubo de extração, e cada um dos referidos protetores compreende um corpo tubular e uma rosca complementar à referida rosca do tubo de extração,
o qual conjunto se caracterizada pelo fato de que compreende pelo menos um módulo apropriado para conter uma informação relativa a pelo menos uma propriedade de um tubo de extração, e referido módulo está ligado de modo amovível ao referido tubo de extração.

[011] Como variante, o referido conjunto apresenta uma ou mais das seguintes características, consideradas isoladamente ou em combinação:

- o referido módulo é um suporte RFID, montado no referido protetor, que compreende um identificador RFID que corresponde à referida propriedade do tubo de extração;
- o referido conjunto compreende ainda um meio de localização geográfica;
- os referidos protetores são formados por injeção de policarbonato ou de poliuretano termoplástico;
- o referido conjunto compreende ainda uma tampa ligada a cada um dos referidos protetores, e o módulo é apropriado para ser posicionado sobre a referida tampa do protetor; ele compreende, então, tipicamente uma correia flexível ligada ao tubo por meio de uma braçadeira divisível, sendo que o módulo está disposto sobre a referida correia, e a referida correia e os protetores são dotados de meios de fixação complementares.

[012] A presente invenção também se refere a um sistema que compreende:

- um tubo de extração que apresenta uma extremidade macho e uma extremidade fêmea,
- dois protetores de tubos de extração, respectivamente macho e fêmea, montados nas extremidades macho e fêmea do tubo de extração,
- dois suportes RFID que compreendem um identificador RFID que corresponde a pelo menos uma propriedade do referido tubo de extração, e os referidos identificadores RFID estão associados entre si em uma base de dados externa e estão também associados com propriedades do referido tubo de extração no qual os referidos protetores estão montados;
- meios de comunicação apropriados para lerem o identificador RFID, e exibi-lo.

[013] Como variante, o referido identificador RFID corresponde às propriedades do tubo de extração da seguinte lista: comprimento útil do tubo, diâmetro interno ou externo do tubo, identificador único do tubo.

[014] A presente invenção também se refere a um processo para o controle de um tubo de extração dotado de um protetor associado a um módulo apropriado para conter uma informação relativa ao referido tubo, que consiste em:

- ler a informação do referido módulo,
- processar a referida informação, comparando-a com as informações contidas em uma base de dados existente;
- selecionar um valor na referida base de dados que corresponde a uma solicitação do usuário,
- exibir o referido valor.

[015] Como variante, o referido processo compreende uma etapa prévia de associação entre pelo menos um módulo que compreende um identificador único e um tubo de extração, e o referido identificador do módulo e as informações relativas ao protetor estão compilados em uma base de dados.

[016] A presente invenção também se refere a um conjunto que compreende:

- um tubo de extração de petróleo dotado de uma rosca nas suas extremidades, e
- dois protetores de rosca do referido tubo de extração, e cada um dos referidos protetores compreende um corpo tubular, uma rosca complementar à rosca do tubo de extração e uma extremidade livre,

e o referido conjunto se caracteriza pelo fato de que compreende pelo menos um módulo apropriado para conter uma informação relativa a pelo menos uma propriedade de um tubo de extração, sendo o referido módulo é um suporte RFID, que compreende um identificador RFID que corresponde à referida propriedade do tubo de extração e ligado de modo amovível ao referido tubo de extração.

[017] Como variante, o referido módulo está ligado a um conjunto de tiras que compreende um cinto apropriado para ser fixado ao redor do referido tubo de extração e meios de posicionamento do referido módulo apropriados para posicionar o referido módulo de modo amovível a uma extremidade livre de um protetor.

[018] Os referidos meios de posicionamento são, então, tipicamente duas alças que se estendem a partir do cinto, e uma das referidas alças serve de suporte ao referido módulo, as quais alças apresentam, cada uma, meios de preensão complementar apropriados para permitir prender as referidas alças juntas à extremidade livre do protetor.

[019] O referido cinto compreende, então, tipicamente um revestimento elastomérico, por exemplo, de neoprene ou de neoprene alveolar em sua face interna, apropriada para estar em contato com o referido tubo de extração.

[020] De acordo com outra variante, a ligação amovível entre o referido tubo de extração e o módulo compreende um elemento de fechamento apropriado para formar um indicador de ruptura da ligação entre o módulo e o tubo de extração.

[021] De acordo ainda com outra variante, o referido módulo está associado a um meio de localização geográfica.

[022] De acordo ainda com outra variante, os referidos protetores são formados por injeção de policarbonato ou poliuretano termoplástico.

[023] De acordo ainda com outra variante, o referido conjunto compreende, além disso, uma tampa ligada a cada um dos referidos protetores, e o módulo é apropriado para ser posicionado sobre a referida tampa do protetor.

[024] A presente invenção também se refere a um sistema que compreende:

- um tubo de extração que apresenta uma extremidade macho e uma extremidade fêmea,
- dois protetores de tubos de extração, respectivamente macho e fêmea montados nas extremidades macho e fêmea do tubo de extração,
- dois suportes RFID que compreendem um identificador RFID que corresponde a pelo menos uma propriedade do referido tubo de extração, e os referidos identificadores RFID estão associados entre si em uma base de dados externa e estão igualmente associados com as propriedades do referido tubo de extração sobre o qual os referidos protetores estão montados;
- meios de comunicação dispostos nas proximidades de um poço de perfuração, apropriados para ler o identificador RFID de um tubo de extração destinado a ser utilizado no referido poço de perfuração, e exibir sequencialmente os identificadores RFID dos tubos de extração utilizados no referido poço de perfuração, bem como uma seleção das propriedades dos referidos tubos de extração.

BREVE DESCRIÇÃO DOS DESENHOS

[025] Outras características, objetivos e vantagens da presente invenção aparecerão na descrição a seguir, a qual é meramente ilustrativa e não limitativa e que deve ser lida em relação aos desenhos anexos, nos quais:

- as figuras 1, 2 e 3 apresentam duas variantes de um conjunto que compreende um tubo de extração, um protetor de rosca e um módulo de acordo com um aspecto da presente invenção;
- as figuras 4 e 5 apresentam outra variante de um conjunto que compreende um tubo de extração, um protetor de rosca e um módulo de acordo com um aspecto da presente invenção;
- a figura 6 apresenta uma representação esquemática de um processo de acordo com um segundo aspecto da presente invenção;
- a figura 7 mostra uma vista esquemática de um sistema de acordo com um terceiro aspecto da presente invenção.

DESCRIÇÃO DE REALIZAÇÕES DA INVENÇÃO

[026] A figura 1 apresenta um protetor 1 de rosca de um tubo de extração 2 associado a um módulo 3 que permite armazenar uma informação.

[027] O protetor 1 tal como é apresentado é vantajosamente realizado por injeção de matéria plástica e/ou compósita (tal como os protetores metaloplásticos), que pode ser transparente ou opaca, tipicamente policarbonato ou um poliuretano termoplástico.

[028] Como variante, o protetor 1 é realizado em polipropileno ou em Acrilonitrila Butadieno Estireno, e pode ser reforçado com partes metálicas, metaloplásticas ou compósitas.

[029] O protetor 1 tal como apresentado compreende um corpo tubular 11, dotado de uma rosca externa ou uma rosca interna 12 complementar à rosca externa ou à rosca interna do tubo de extração 2, e um anel externo 13, que define um alargamento do diâmetro externo do protetor 1 a fim de amortecer os eventuais choques que o tubo 2 pode sofrer. Várias cavidades 14 são definidas entre o corpo tubular 11 e o anel externo 13, essas cavidades são tipicamente delimitadas por nervuras 15 radiais.

[030] O protetor 1 tal como representado está associada a uma tampa 16 disposta na extremidade livre do protetor.

[031] A tampa 16 compreende uma placa central 17 e linguetas 18, e as referidas linguetas são apropriadas para cooperar com meios de bloqueio, tais como pinos dispostos sobre o corpo do protetor 1, e manter, assim, a tampa 16 em posição sobre o protetor 1.

[032] A placa central 17 pode assumir várias formas. No modo de realização representado, trata-se de um disco que permite obturar totalmente a abertura localizada na extremidade livre do protetor 1, garantindo assim a sua estanqueidade. Como variante, a placa central 17 pode não obturar completamente a abertura na referida extremidade livre do protetor 1, trata-se, por exemplo, de uma faixa de acordo com um diâmetro do protetor 1.

[033] A figura 1 representa uma variante na qual o módulo 3 está fixado no protetor 1. Como variante, o módulo 3 pode ser fixado na tampa 16, ou ainda sobre o tubo 2, tal como será visto posteriormente na figura 2. A fixação do módulo de 3 pode ser realizada por meio de qualquer técnica apropriada, de modo a garantir que ele seja mantido em posição, sem danificar o módulo 3, o protetor 1, o tubo 2 ou a tampa 16.

[034] Em particular, os seguintes modos de realização podem ser citados:

- o protetor 1 define uma cavidade interna 14, em que o módulo 3 é disposto, a ou as cavidade(s) interna(s) 14 do protetor pode(m), a seguir, ser preenchida(s) com resina, o que faz com que seja possível, em particular, assegurar que o módulo 3 seja mantido na referida cavidade 14 do protetor 1;
- o módulo 3 é colado ou soldado no referido protetor 1 ou tampa 16;
- o módulo 3 é fixado sobre o referido protetor 1 ou tampa 16 por meio de fixadores (tais como rebites ou um conjunto parafuso-porca, de preferência em matéria plástica para limitar qualquer tipo de corrosão);
- o protetor 1 ou a tampa 16 pode ter uma saliência em forma de haste em a sua superfície. O módulo 3 na forma de anel (ou cuja forma comporta um anel) pode ser posicionado ao redor da saliência. A extremidade superior da saliência é, a seguir, aquecida para se deformar, e, assim, para obter-se um diâmetro maior do que o diâmetro do módulo 3 (ou do anel do módulo 3), de modo a travar o módulo 3;
- o módulo 3 pode ser encaixado no protetor 1 e na tampa 16, e a montagem do módulo 3 é realizada à força;
- o módulo 3 pode ser conectado por um anel de plástico, de elastômero, de metal ou de corda ao protetor 1 ou à tampa 16;
- o módulo pode ser costurado, particularmente sobre a correia 31, que será descrita posteriormente com referência às figuras 2 e 3;
- o módulo 3 pode ser soldado no referido protetor 1 ou tampa 16 (tais como as soldagens por ultrassom, fricção ou por espelho);
- o protetor 1 ou a tampa 16 pode ser sobremoldado em torno do referido módulo 3, sendo este último, se for o caso, vantajosamente disposto em um invólucro protetor durante a moldagem de modo a evitar a deterioração do módulo.

[035] Como variante, o protetor 1 é realizado fechado, isto é, com uma parede feita diretamente por injeção no local da tampa 16 mostrada na figura 1. Dependendo do uso pretendido, esta parede pode ser conservada ou retirada por usinagem, a fim de se obter um protetor 1 "aberto", como mostrado nas figuras 1 a 3, ao qual se associa, tipicamente, uma tampa 16.

[036] Se essa parede for mantida, o módulo pode ser aplicado diretamente sobre essa parede, o que é vantajoso em termos de custo de fabricação, e torna o módulo 3 indissociável do protetor 1.

[037] As figuras 2 e 3 apresentam duas variantes, em que o protetor 1 é munido de com uma tampa 16 montada de modo a poder girar por meio de uma dobradiça.

[038] A figura 2 apresenta uma vista explodida de uma primeira variante, enquanto a figura 3 mostra uma vista de conjunto de uma segunda variante.

[039] Aqui, a tampa 16 é composta de uma placa central 17, dotada de duas linguetas 18 em ambos os lados dessa placa central 17, e uma primeira dessas linguetas é dotada de saliências 19 apropriadas para cooperar com as perfurações 20 feitas no protetor 1, aqui, no seu anel externo 13, de modo a formar uma dobradiça, a segunda desses linguetas forma um meio de retenção 21 nos meios complementares 22 do protetor 1, que pode ser desinserido pelo usuário, de modo a permitir a rotação da tampa 16 ao redor da referida dobradiça.

[040] Além disso, o tubo 2 está igualmente equipado com uma braçadeira 30 montada firmemente em torno do referido tubo 2, ao qual está fixada uma correia 31 que apresenta uma extremidade livre, na proximidade da qual está fixado o módulo 3. Essa braçadeira 30 é vantajosamente realizada em um material que pode ser seccionado por um usuário, por exemplo, de plástico, de modo a oferecer uma resistência suficiente para garantir a manutenção da braçadeira 30 sobre o tubo 2 em caso de choques ou solicitações acidentais, mantendo-se destacável pelo usuário.

[041] Toda ou parte da braçadeira 31 poderá ser protegida contra impactos por uma adaptação do protetor 1, tipicamente uma saliência para proteger a ou as cabeças de fixação da braçadeira 31. Assim, antes da inserção do tubo 2 em um poço de perfuração, o usuário pode seccionar a braçadeira 30, de modo a retirá-la do tubo 2.

[042] Essa correia 31 é tipicamente uma correia autoadesiva, por exemplo, do tipo voltas e ganchos, por exemplo, as tiras autoadesivas, vendidas sob o nome de VelcroTM, ou quaisquer outros meios adequados, por exemplo, fixadores removíveis, em forma de cogumelo, que se fixam entre si (comumente vendidos com o nome de "dual LockTM”), de faixas magnéticas complementares ou um sistema incluindo uma correia 31 trapezoidal fixando-se pela força em uma forma adaptada do protetor em forma de cauda de andorinha. Pode-se, também, utilizar uma combinação de elementos, vendidos com os nomes de VelcroTM e Dual LockTM, por exemplo, associando a parte de voltas ou a parte de ganchos de uma fita Velcro™ com uma tira autoadesiva Dual LockTM. O protetor 1 e a tampa 16 são, então, tipicamente providos de meios de fixação complementares, respectivamente, 32 e 33, que permitem ao usuário fixar a correia 31 do protetor 1 e à tampa 16, quando eles estão dispostos na extremidade do tubo 2.

[043] A correia 31 está vantajosamente dimensionada de modo que, quando ela é fixada ao protetor 1 e à tampa 16, o módulo 3 está posicionado sensivelmente no centro da placa central 17 da tampa 16.

[044] No modo de realização representado na figura 2, o protetor 1 inclui uma fenda feita no seu anel externo 13, a fim de permitir a passagem da correia 31 de modo a que ela seja protegida pelo protetor 1 de choques ou de solicitações externas. O protetor 1 também pode incluir nervuras, por exemplo, sobre o corpo 11 do protetor 1, assim como para proteger a correia 31.

[045] Na variante representada na figura 3, essa passagem para a correia 31 corresponde à porção do anel externo 13, que compreende os meios complementares 22 ao meio de retenção 21 da tampa 16. Esta variante permite, além disso, manter a tampa 16 fechada, enquanto a tira 31 está no lugar.

[046] Nesta variante, o protetor 1 compreende também entalhes 24 que se projetam a partir da extremidade livre do protetor 1, esses entalhes 24 que são tipicamente apropriados para permitir que um usuário introduza uma ferramenta dentro deles para aparafusar ou desaparafusar o protetor 1 do tubo 2, e realizam, além disso, uma proteção adicional contra impactos longitudinais.

[047] As figuras 4 e 5 apresentam outro modo de realização, em que o módulo 3 está associado com um conjunto de tiras que permite sua fixação ao protetor 2 e seu posicionamento na extremidade livre do protetor 2, sem exigir meios específicos no protetor 1 ou no tubo 2.

[048] Mais precisamente o conjunto de tiras 5 compreende um cinto 51, de onde se estendem duas alças, respectivamente, 52 e 53. O conjunto de tiras 5 é tipicamente realizado em poliéster e/ou em neoprene.

[049] O cinto 51 apresenta duas extremidades livres 54 e 55 que apresentam meios de preensão complementares 56 e 57, tipicamente elementos autoaderentes, tais como os descritos anteriormente. Estes meios complementares de preensão 56 e 57 estão tipicamente dispostos em duas faces opostas do cinto 51, de modo que ao se sobrepor as duas extremidades livres 54 e 55 do cinto 51, os referidos meios de preensão complementares 56 e 57 podem se engatar.

[050] As extremidades livres 54 e 55 compreendem, também, vantajosamente, cada uma um orifício, respectivamente, 58 e 59, apropriados para se alinharem quando as duas extremidades livres 54 e 55 do cinto são sobrepostas e os meios de preensão complementares 56 e 57 engatados, a fim de neles inserir um elemento de fechamento 60 do cinto 51, tipicamente um rebite tal como mostrado na Figura 5.

[051] O cinto 51 do conjunto de tiras 5 está dimensionado de modo que o elemento de fechamento 60 o mantenha firmemente preso a um protetor 2 que possui um determinado diâmetro, de tal modo que a remoção do cinto 51 do protetor 2 necessita a remoção do elemento de fechamento 60.

[052] As duas alças 52 e 53 estendem-se a partir do cinto 51, de modo a serem diametralmente opostas, quando o cinto está fechado em torno de um tubo 2. O comprimento da parte do cinto 51 que separa as duas alças 52 e 53 é, assim, vantajosamente igual à metade do contorno externo do tubo 2 sobre o qual o conjunto de tiras 5 se destina a ser fixado. Cada uma destas alças apresenta, assim, uma extremidade livre, respectivamente 61 e 62.

[053] As duas alças 52 e 53, tais como apresentadas, podem ser definidas como uma alça suporte 52 e uma alça de fixação 53.

[054] A alça suporte 52 compreende o módulo 3, tal como apresentado anteriormente, tipicamente disposto próximo à extremidade livre 61 da alça suporte 52.

[055] As extremidades livres 61 e 62 das alças 52 e 53 estão vantajosamente equipadas com meios de preensão complementares 63 e 64, tipicamente elementos autofixantes, tais como descritos anteriormente. Estes meios de preensão complementares 63 e 64 são cada um tipicamente disposto sobre uma face distinta, de modo que ao se sobrepor as duas extremidades livres 63 e 64 das alças 52 e 53, os referidos meios de preensão complementares significa 63 e 64 possam se engatar. As alças 52 e 53 e o módulo 3 são vantajosamente dimensionados e posicionados de modo que quando o conjunto de tiras está preso a um tubo 2 e que as duas alças são fixadas por intermédio de seus meios de preensão complementares 63 e 64, o módulo 3 esteja posicionado na extremidade livre do protetor, tipicamente sobre sua tampa 16.

[056] Na figura 5, na qual apresentado um tubo 2 na extremidade do qual está disposto um protetor 1, como descrito anteriormente, o tubo 2 é envolvido por meio do cinto 51 do conjunto de tiras 5; a seguir, as duas alças 52 e 53 são fixadas ao nível do protetor 2, em sua extremidade livre; se for o caso, em sua tampa 16. Em seguida, é possível bloquear o posicionamento do conjunto de tiras 5 no tubo 2, utilizando um elemento de fechamento 60, como descrito anteriormente.

[057] Esse modo de realização particular permite, assim, equipar com um módulo 3 um conjunto de tubo 2 e protetor 1 sem qualquer meio de fixação dedicado, e sem necessitar que o protetor 1 seja de um determinado material, ou que as superfícies de fixação do módulo 3 sejam especialmente preparadas ou limpas para permitir a sua fixação.

[058] Além disso, o elemento de fechamento 60 faz com que seja possível garantir que o módulo 3 permaneça solidário ao tubo 2 selecionado: separar o módulo 3 do tubo 2 requer, na verdade, a destruição do conjunto de tiras 5, do módulo 3, ou do elemento de fechamento 60. O usuário pode, assim, identificar claramente um módulo 3, que foi separado do tubo 2 no qual foi inicialmente fixado; servindo o elemento de fechamento 60 como um indicador de ruptura ou de vedação.

[059] Além disso, as alças 52 e 53, que podem vantajosamente ser montadas e separadas uma da outra via seus meios de preensão complementares 63 e 64, o usuário poderá sempre realizar operações de verificação e de controle no tubo 2, tais como a operação de Drift. Na verdade, ele só precisa separar as duas alças 52 e 53 que permanecem bem presas ao tubo 2 através do cinto 51, retirar, se for o caso, a tampa 16, do protetor ou todo o protetor 1, realizar as suas operações de controle, e depois recolocar a tampa 16 ou o protetor 1 no lugar e, finalmente, reapertar as duas alças 52 e 53 entre si.

[060] Além disso, o uso de um cinto 51 que compreende um revestimento elastomérico interno, tal como neoprene ou de neoprene alveolar, faz com que seja possível criar um efeito ventosa sobre o contorno do tubo 2, e assim reforçar a sua manutenção em posição ao redor do tubo 2.

[061] Finalmente, assegurando o posicionamento do módulo 3 na extremidade livre do protetor 1, isto é, em uma extremidade do tubo 2, a leitura das informações contidas no módulo 3 é consideravelmente facilitada em comparação com um módulo fixado na circunferência do tubo de 2 ou do protetor 1.

[062] Nesses modos de realização, o módulo 3 está ligado ao tubo 1, o que permite evitar qualquer risco de separação acidental entre o módulo 3 e o tubo 2 associado, por exemplo, quando da retirada de protetores 1 para uma operação de controle ou de limpeza, sem deterioração do tubo 2.

[063] De modo mais geral, caso se trate do modo de realização representado na figura 1, na figura 2, na figura 3, ou nas figuras 4 e 5, o módulo 3 está ligado de maneira amovível ao tubo 2, quer por intermédio do protetor 1 ou de sua tampa 16, ou de meios de fixação, tais como uma braçadeira 30.

[064] O posicionamento do módulo 3 na tampa 16 apresenta várias vantagens. De fato, a emissão do módulo 3 pode ser dificultada devido à natureza metálica do tubo 2. Assim, através do posicionamento do módulo 3 na tampa 16 do protetor 1, afasta-se, ao máximo, o módulo 3 do tubo 2 e, assim, são reduzidas as interferências que este último pode causar nas emissões do módulo.

[065] No caso em que o módulo 3 está disposto na tampa 16 do protetor 1, a referida tampa 16 é, então, vantajosamente ligada ao corpo do protetor 1, de tal modo que ele não pode dela se dissociar. Tal ligação pode, por exemplo, ser realizada por meio de uma pequena corrente, um cabo, uma corda ou mesmo uma ligação articulada, tal como no modo de realização da figura 2.

[066] O módulo 3 é vantajosamente disposto de modo a não ficar exposto a choques ou forças externas que seriam suscetíveis de danificá-lo, por exemplo, nos reforços ou cavidades.

[067] O módulo 3 é tipicamente um módulo RFID que contém uma etiqueta RFID, vantajosamente do tipo UHF (ultra- alta frequência), ou seja, módulos RFID que utilizam frequências compreendidas na faixa de 860 MHz - 960 MHz. O módulo 3 pode igualmente ser associado com um módulo de posicionamento do tipo GPS ou um módulo de GPRS, sendo tais módulos bem conhecidos no estado da técnica e permitem localizar o tubo associado ao módulo, o que permite, por exemplo, realizar a monitorização em tempo real dos comandos ou de fornecimentos de tubos, ou até mesmo a localização de estoques.

[068] Tal módulo de posicionamento GPS ou GPRS é tipicamente associado com um "feixe" de tubos, ou seja, a um lote de tubos ligados entre si por lingas e braçadeiras para seu acondicionamento ou seu transporte. O módulo de posicionamento é vantajosamente posicionado em uma linga ou uma braçadeira do feixe de tubos a fim de ser bem separado, de modo a não entravar a emissão do módulo de posicionamento.

[069] Pode-se, assim, controlar geograficamente um determinado lote, de seu acondicionamento até ao local de utilização, graças ao módulo de posicionamento, ao passo que o controle individual dos vários tubos no local de utilização é, a seguir, é realizada pelo módulo 3, que é por exemplo do tipo RFID.

[070] Ao associar, assim, um módulo de posicionamento com um "feixe" de tubos, o número de módulos de posicionamento necessários é reduzido, tais módulos são mais caros do que os módulos do tipo RFID.

[071] O módulo de posicionamento geográfico e os diferentes módulos dos tubos do feixe de tubos em questão são vantajosamente associados, por exemplo, em uma base de dados, durante seu acondicionamento.

[072] Nota-se que a tecnologia RFID (em inglês "Radio Frequency Identification”), na qual se baseia a tecnologia NFC (em inglês, "Near-Field Communication”) é bem conhecida do estado da técnica e não será descrita aqui em detalhe. A tecnologia RFID emprega módulos comumente chamados "marcadores", que podem ser colados ou incorporados em objetos, compreendendo uma antena associada a um chip eletrônico que lhes permite receber e responder às consultas de rádio emitidas por um transmissor-receptor.

[073] De acordo com um modo de realização particular, utiliza-se a tecnologia conhecida com o nome "passiva UHF”, de ultra-altas frequências, ou seja, é tipicamente de 860 MHz a 960 MHz, na qual o módulo 3 não inclui uma bateria, ou um módulo ativo de ultra- alta frequência, equipado com uma bateria.

[074] O módulo compreende, por exemplo, uma informação codificada em 512 bits. Pode-se, tipicamente, utilizar a seguinte codificação:

- um identificador único codificado em 30 bits, o que permite codificar identificadores únicos para 2 a 4 milhões de tubos por ano durante, em um período de 50 anos;
- o comprimento do tubo: em metros, com uma precisão próxima ao centímetro, para os comprimentos de tubos que variam de 0 a 15 m = 1.500 valores em 2048, isto é, 11 bits;
- os diâmetros do tubo: normalmente 10 valores de diâmetro em 32 valores, ou seja, 5 bits;
- o tipo de rosca: 10 tipos de rosca diferentes codificados em 32 valores, ou seja, 5 bits;
- a espessura do tubo: 50 valores de espessura codificados em 64 valores, ou seja, 6 bits;
- o nome ou um identificador abreviado do fabricante de tubos: tipicamente codificados em 6 bits;
- o nome ou um identificador abreviado de um cliente (o destinatário do tubo, por exemplo): tipicamente codificado em 8 bits;

ou seja, um total de 71 bits de ocupados por essas informações.

[075] Os bits restantes dos 512 bits de memória do módulo servirão para armazenar os últimos eventos vividos pelo tubo (local, data, leitor, ação), sendo cada um desses eventos tipicamente codificado em uma centena de bits. Pode-se, então, tipicamente gravar o módulo entre 3 e 5 dos últimos acontecimentos da vida do tubo.

[076] De acordo com um modo de realização particular, o protetor 1 e/ou o tubo 2 compreende um segundo meio de identificação, tipicamente em forma de um número de série ou de um código de barras, sendo tal segundo meio tipicamente utilizado apenas em caso de falha do módulo 3.

[077] Nota-se que as figuras 1, 2, 3, 4 e 5 apresentam uma única extremidade de um tubo de extração 1 equipada com um protetor 2. Será facilmente compreendido que uma disposição similar é encontrada na outra extremidade do tubo 2.

[078] Por exemplo, no caso de um tubo de extração 2 que compreende uma extremidade macho e uma extremidade fêmea, estas duas extremidades são respectivamente munidas de um protetor macho e de um protetor fêmea, sendo, então, cada um destes protetores 1, vantajosamente provido de um módulo 3.

[079] Assim, a presente invenção torna possível que se disponha de meios que permitem a identificação rápida e automatizada dos tubos de extração, sem ter impacto negativo sobre as propriedades dos próprios tubos de extração. Na verdade, a implantação do módulo 3 que contém informações relativas ao tubo 2 sobre o ou os protetor(es) 1 ou a(s) tampa(s) 16 do/dos protetor(es) associado(s) ao tubo 2 torna possível não se realizar qualquer modificação estrutural do próprio tubo 2, ao contrário de anteriores abordagens do Perito no assunto que iria naturalmente tentar implantar um meio de identificação do tubo diretamente no tubo.

[080] A figura 6 ilustra esquematicamente um processo para a monitorização de um tubo de extração associado a um protetor e a um módulo, tal como definido anteriormente.

ETAPA E1 DE ASSOCIAÇÃO DO TUBO COM O MÓDULO

[081] Esta etapa E1 está situada tipicamente após a fabricação do tubo, durante o seu acondicionamento.

[082] Então, um ou mais módulos estão associados, como descrito anteriormente, por exemplo, um módulo em cada extremidade do tubo. Distinguem-se duas variantes, dependendo do fato de o módulo estar fixado no próprio tubo ou no protetor.

[083] No caso em que o módulo está associado ao protetor, o que corresponde, por exemplo, ao modo de realização representado na figura 1, protetores de rosca estão associados ao referido tubo, tipicamente um protetor em cada uma das suas extremidades, antes do seu acondicionamento em lote e de seu transporte ou de seu armazenamento.

[084] No caso em que o módulo está associado ao tubo, o que corresponde, por exemplo, ao modo de realização representado nas figuras 2 a 5, um ou mais módulos são associados ao tubo, por exemplo, fixando-os por meio de correias de plástico, que são apertadas sobre o corpo do tubo, perto das suas extremidades ou por meio de arneses tais como apresentados anteriormente .

[085] Durante esta associação entre o tubo de extração e o(s) módulo(s), uma ou várias informações relativas ao tubo são aplicadas ao(s) módulo(s).

[086] Vários modos de realização são possíveis para executar essa etapa E1.

[087] O tubo, por exemplo, pode ser marcado com um identificador único, tipicamente definido pelo seu fabricante. Esse identificador, então, pode também ser aplicado ao(s) módulo(s).

[088] Como variante, a(s) informação(ões) contida(s) no módulo corresponde(m), de modo vantajoso, a uma ou várias das seguintes propriedades do tubo associado:

- o comprimento do tubo,
- o diâmetro interior e exterior do tubo,
- o tipo de rosca interna ou de rosca externa do tubo,
- a espessura do tubo,
- as propriedades geométricas da rosca externa do tubo,
- a identificação de um cliente,
- a rastreabilidade do histórico do tubo (fazendo referência, em particular, aos vários lugares, datas e ações),
- um tipo de revestimento presente na rosca do tubo,
- um número de pedido,
- um número de tubo único.

[089] Como variante, o(s) módulo(s) já estão munidos de um identificador único; liga-se, então, o identificador do tubo ou as suas propriedades (por exemplo, seu fabricante, suas dimensões, ou quaisquer outras propriedades que permitam caracterizá-los) e aquele do(s) módulo(s) que lhe são associados em uma base de dados. A utilização de identificadores únicos permitirá identificar de maneira unívoca os protetores, por meio do seu identificador.

[090] No caso de o módulo compreender um identificador único do tubo ou do protetor, esse identificador é, em seguida, associado a uma base de dados, incluindo os identificadores dos diferentes tubos e protetores munidos de tais módulos, assim como as informações associadas aos referidos tubos ou módulos.

[091] Em particular, podem ser citadas como informações:

- as propriedades geométricas do tubo,
- os relatórios dos controles efetuados no tubo,
- o lote do qual provém o tubo ou seu local de fabricação.
- o histórico das ações referentes ao tubo e/ou ao módulo.

[092] Estando a informação referente a uma propriedade do tubo de extração inscrita no módulo durante o acondicionamento do tubo e, portanto, durante a colocação dos protetores nas extremidades rosqueadas do tubo, certifica-se que as informações contidas no módulo correspondem efetivamente ao tubo em que o módulo é disposto.

ETAPA E2 DE LEITURA DA INFORMAÇÃO CONTIDA NO MÓDULO

[093] A informação contida no módulo é lida pelos meios de comunicação adequados.

[094] Esta leitura da informação contida no módulo pode ocorrer em várias situações, entre as quais podem ser citadas de modo não limitativo:

- os controles de estoques ou inventários,
- o acompanhamento de pedidos ou lotes de tubos de extração,
- antes da utilização dos tubos em um local de perfuração ou de extração, durante a retirada dos protetores de rosca do tubo, a fim de identificar e referenciar os tubos utilizados no local.

[095] A leitura das informações contidas no módulo pode ser realizada a pedido ou de modo automatizado, durante a passagem do protetor na proximidade de um determinado local.

[096] Em caso de falha do módulo 3, a informação que ele contém não pode então, tipicamente ser lida, ou é apenas parcialmente lida. Neste caso, se o protetor 1 e/ou o tubo 2 está equipado com um segundo meio de identificação, tal como um número de série ou um código de barras, o operador pode identificar o tubo e/ou o protetor por meio deste segundo meio de identificação.

ETAPA E3 DE PROCESSAMENTO DA INFORMAÇÃO CONTIDA NO MÓDULO

[097] Após a leitura da informação contida no módulo, essa informação é processada pelos meios de comunicação, os quais são, vantajosamente, adequados para realizar a totalidade ou parte das seguintes operações:

- segmentar a informação lida, a fim dela extrair unicamente uma informação específica pretendida pelo usuário,
- comparar a informação lida com informações armazenadas em uma base de dados.

[098] Nos modos de realização em que a informação lida é comparada com os dados armazenados em uma base de dados, os meios de comunicação são tipicamente apropriados para extraírem os dados da referida base de dados correspondente a um pedido do usuário.

[099] Esta etapa E3 é tipicamente seguida por uma etapa de exibição E4 da informação desejada.

[0100] A figura 7 mostra um exemplo de sistema 10 apropriado para aplicar o processo tal como definido anteriormente.

[0101] O sistema 10 compreende vários tubos 2, cada um dos referidos tubos estando munido de protetores 1 e de módulos 3, tal como apresentado anteriormente nas figuras 1 a 5, bem como meios de comunicação 4 que permitem ler, processar e exibir a informação contida no módulo 3.

[0102] Os meios de comunicação 4 compreendem tipicamente uma ou várias antenas 41 projetadas para detectar os módulos 3 e ler a informação que eles contêm a uma distância definida.

[0103] Essa distância e, portanto, a natureza da antena 41 utilizada é tipicamente selecionada de acordo com a localização e função da antena 41.

[0104] Como exemplo, para uma antena 41 posicionada em uma área de armazenamento, selecionar-se-á, vantajosamente, uma antena 41, que é capaz de detectar os módulos 3 que se encontram em toda a superfície da área de armazenamento.

[0105] Para uma antena 41 posicionada em uma área específica, tal como a área para a preparação dos tubos 2 para sua descida ao poço ou em uma área de armazenamento, na qual se encontra o próximo tubo 2 destinado a descer ao poço de perfuração, selecionar-se-á vantajosamente uma antena 41 de curto alcance, de modo a garantir que apenas os módulos 3 dos tubos 2, que são conduzidos nessa área são detectados e lidos.

[0106] Antenas de curto alcance 41 podem também ser dispostas em ferramentas usadas para desaparafusar os protetores 1, o que os leva, assim, à proximidade dos módulos 3 ligados aos tubos, aos protetores ou às tampas.

[0107] Também é possível posicionar as antenas 41 em recipientes de protetores, nos quais os protetores 1 são armazenados após a utilização do tubo no qual eles estavam fixados no caso do modo de realização apresentado na figura 1, ou em um contêiner que compreende as diferentes correias, arneses e módulos associados após a sua remoção do tubo, no caso do modo de realização apresentado nas figuras 2 a 5. Tal antena permite assim, por exemplo, confirmar que os tubos 2, desceram realmente ao poço de perfuração ou estão prestes a descer. A detecção e a leitura das informações contidas nos módulos 3 são, então, realizadas diretamente durante o desaparafusamento dos protetores 1 do tubo 2 a fim de assegurar que apenas os módulos 3 associados aos tubos 2, que são efetivamente utilizados sejam identificados e lidos.

[0108] Os meios de comunicação 4 incluem tipicamente um meio de processamento 42, tal como um processador apropriado para processar a informação que está no módulo, bem como a meios de exibição 43 que permitem ao usuário visualizar a informação desejada.

EXEMPLOS DE EXECUÇÃO

[0109] Um primeiro exemplo de execução de um aspecto da presente invenção refere-se às operações de controle dos tubos de extração.

[0110] Um usuário pode querer controlar as propriedades dos tubos de extração que são armazenados em lote antes de sua utilização ou de seu encaminhamento a um local de utilização.

[0111] O usuário é, então, tipicamente munido de um dispositivo portátil para a leitura das informações contidas nos módulos dos diferentes protetores associados aos tubos em questão, que pode ser tipicamente associado a um aparelho, tal como um computador portátil, um tablet ou um PDA.

[0112] As informações lidas sobre os módulos dos diversos tubos são, a seguir, comparadas com as informações inseridas em uma base de dados que compreende tipicamente as seguintes informações:

- uma referência do tubo,
- referências dos protetores associados ao referido tubo,
- propriedades do tubo como, por exemplo, seu diâmetro interno, seu diâmetro externo, seu comprimento efetivo, seu peso, seu fabricante, as propriedades das roscas nas suas extremidades,
- relatórios relativos ao tubo ou aos protetores associados; por exemplo, relatórios dos controles realizados no tubo (tipicamente operações de controle no interior do tubo, comumente chamadas de "Drift"),
- os números dos pedidos associados ao tubo, ou ao lote de tubos, permitindo, assim, determinar o destino do tubo ou do lote de tubos.

[0113] O usuário que deseja controlar as propriedades de tubos em uma área de armazenamento, ou, mais geralmente, realizar um inventário, pode passar perto de tubos equipados com módulos com um leitor portátil que lê o conjunto de identificadores contidos nos módulos, a seguir se conecta a uma base de dados existente a fim de obter as informações correspondentes aos tubos identificados.

[0114] No caso de leitura dupla de um tubo, por exemplo, lendo duas vezes o mesmo identificador ou lendo dois módulos de um mesmo tubo, no caso em que o tubo compreende um módulo posicionado em cada uma das suas extremidades, este conflito é gerenciado ao nível da base de dados, que liga essas múltiplas medidas ao mesmo tubo.

[0115] O usuário pode efetuar controles dos tubos de extração, por exemplo, controles de suas dimensões, por meio de ferramentas de medição, como um telêmetro a laser, e depois cruzar essas medidas com as informações contidas nos módulos dos diferentes tubos diferentes.

[0116] Um segundo exemplo de execução de um aspecto da presente invenção refere-se à utilização dos tubos no local, por exemplo, no caso de uma perfuração.

[0117] Os tubos são encaminhados para o local de perfuração por lotes, em seguida, conduzidos para os poços de perfuração poço onde são montados a fim de serem ajustados ponta a ponta, e descidos a um poço de perfuração.

[0118] Meios de comunicação, tais como antenas são então vantajosamente dispostos em uma área de preparação e montagem dos tubos antes de sua descida ao poço de perfuração.

[0119] Os meios de comunicação detectam, então, automaticamente, ou em decorrência de uma solicitação do usuário, os protetores que são conduzidos para essa área de preparação, e, por conseguinte, identificam os tubos que para lá são conduzidos e que serão, portanto, descidos ao poço de perfuração.

[0120] O usuário pode, assim, preparar uma lista dos diferentes tubos que desceram ao poço, em ordem cronológica. Ele pode, assim, ter acesso aos diferentes tipos de informações, como, por exemplo, identificar o posicionamento dos tubos nos poços de perfuração, relacionando os comprimentos dos diferentes tubos, conhecer o comprimento total dos tubos que desceram ao poço de perfuração.

[0121] A tabela 1 abaixo mostra um exemplo de tal execução, de modo a se obter uma tabela diretamente utilizável pelo usuário.

[0122] No exemplo ilustrado, o usuário pode, assim, visualizar os diferentes tubos introduzidos nos poços de perfuração e aqueles que estão prestes a ser introduzidos, e dispõe de informações relativas à sua ordem de introdução, seus comprimentos individuais e cumulativos, e a que profundidade eles se encontram.

[0123] Essa tabela é vantajosamente atualizada em tempo real, à medida que os diferentes meios de comunicação detectam os módulos na área de preparação antes da descida. O usuário pode, em seguida, por exemplo, validar os diferentes tubos à medida que eles descem, efetivamente, aos poços. Essa tabela é vantajosamente partilhada através dos meios de comunicação tal como a Internet, permitindo assim a qualquer pessoa autorizada consultar a evolução do poço, vantajosamente, em tempo real.

[0124] As informações assim exibidas reproduzem tipicamente os seguintes dados: o número de tubos, o tipo rosca, o diâmetro do tubo, o comprimento do tubo, a soma dos comprimentos dos tubos que desceram ao poço.

[0125] Para este tipo de aplicações, limita-se vantajosamente á leitura da informação contida no módulo, sem consulta ou ligação a uma base de dados, a fim de que o sistema não seja afetado em caso de um corte da rede, o que é particularmente vantajoso, considerando os locais onde os tubos de extração são utilizados.

[0126] A presente invenção apresenta numerosas vantagens em relação ao dispositivo e processos convencionais.

[0127] Em primeiro lugar, a presente invenção propõe realizar um controle e um rastreamento de tubos de extração, o que permite acessar rápida e facilmente as propriedades e informações a respeito de um tubo de extração. A presente invenção também torna possível garantir a indissociabilidade "acidental" do tubo e do módulo que contém a informação que lhe diz respeito, ao mesmo tempo em que permite a sua remoção antes da descida ao poço.

[0128] O usuário pode, assim, ter acesso a essas informações a partir da informação contida no módulo. Assim, não é mais necessário realizar operações de medição no local, as informações geométricas sobre o tubo de extração em questão podem ser rapidamente recuperáveis, graças à informação contida no módulo.

[0129] O número de manipulações efetuadas no tubo e nos protetores é, portanto, reduzida consideravelmente.

[0130] As operações de monitoramento de estoque e de pedidos são simplificadas e podem ser atualizadas em tempo real. As operações de contagem são igualmente simplificadas.

[0131] Além disso, no caso de complicação ou de um incidente relacionado à utilização de um tubo, a presente invenção permite uma rastreabilidade dos diferentes controles de qualidade do tubo em questão.

[0132] Por exemplo, se, durante a perfuração de um poço, um incidente é detectado a uma dada profundidade, as informações relativas aos comprimentos efetivos dos diferentes tubos descidos sucessivamente ao poço permitem determinar qual o tubo que está localizado na profundidade do incidente. O usuário pode, então, ter acesso às diversas informações sobre o tubo, como, por exemplo, os relatórios dos diferentes controles realizados nos tubos, como os "Drifts”.

Claims

CONJUNTO, que compreende:
- - um tubo de extração (2) de petróleo munido de uma rosca nas suas extremidades, e
- - dois protetores (1) de rosca do tubo de extração (2), cada um dos protetores (1) compreende um corpo tubular, uma rosca complementar ao segmento do tubo de extração e uma extremidade livre;
sendo o conjunto caracterizado por compreender, pelo menos, um módulo (3) apropriado para conter uma informação relativa a pelo menos uma propriedade de um tubo de extração (2), sendo o módulo um suporte RFID que compreende um identificador RFID correspondente à propriedade do tubo de extração (2) e ligado de modo amovível ao tubo de extração (2),
em que o módulo (3) é fixado em um conjunto de tiras (5) que inclui um cinto (51) apropriado para ser fixado em torno do tubo de extração (2), e meios de posicionamento (31, 52, 53) do módulo (3), apropriados para posicionar o módulo (3) de modo amovível, a uma extremidade livre de um protetor (1).
CONJUNTO, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelos meios de posicionamento serem duas alças (52, 53) que se estendem a partir do cinto (51), sendo que uma das alças (52) serve de suporte para o módulo (3), apresentando cada uma das alças (52, 53) meios de preensão complementares (63, 64), apropriados para permitir fixar as alças juntas na extremidade livre do protetor (2).
CONJUNTO, de acordo com a reivindicação 2, caracterizado pelo cinto (51) compreender um revestimento elastomérico na sua face interna, apropriado para estar em contato com o tubo de extração (2).
CONJUNTO, de acordo com a reivindicação 3, caracterizado pelo revestimento elastomérico ser do tipo neoprene ou de neoprene alveolar.
CONJUNTO, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 4, caracterizado pela ligação amovível entre o tubo de extração (2) e o módulo (3) compreender um elemento de fechamento (60) apropriado para formar um indicador de ruptura da ligação entre o módulo (3) e o tubo de extração (2).
CONJUNTO, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 5, caracterizado pelo módulo (3) ser associado a um meio de localização geográfica.
CONJUNTO, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 6, caracterizado pelos protetores (1) são formados por injeção de policarbonato, de poliuretano termoplástico, de Polietileno de Alta Densidade, de Polipropileno ou de Acrilonitrila Butadieno Estireno, que podem ser reforçados por partes metálicas, metaloplásticas ou compósitas.
CONJUNTO, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 7, caracterizado por compreender, ainda, uma tampa (16) conectada a cada um dos protetores (1), sendo o módulo (3) apropriado para ser posicionado na tampa (16) do protetor (1).
SISTEMA, caracterizado por compreender:
- - o conjunto conforme definido em qualquer uma das reivindicações 1 a 8, em que
- - o tubo de extração (2) apresenta uma extremidade macho e uma extremidade fêmea,
- - um outro suporte RFID (3), que compreende um identificador RFID que corresponde a, pelo menos, uma propriedade do tubo de extração, estando os identificadores RFID dos dois suportes RFID (3) associados entre si em uma base de dados externa e estando igualmente associados às propriedades do tubo de extração (2) em que os protetores (1) são montados;
- - meios de comunicação dispostos nas proximidades de um poço de perfuração, apropriados para ler o identificador RFID de um tubo de extração (2) destinado a ser utilizado no poço de perfuração e para exibir sequencialmente identificadores RFID dos tubos de extração (2) utilizados no poço de perfuração, bem como uma seleção de propriedades dos tubos de extração (2).
SISTEMA, de acordo com a reivindicação 9, caracterizado por incluir dois protetores de tubos de extração (1), respectivamente macho e fêmea, montados nas extremidades macho e fêmea do tubo de extração (2).