BR112012013643B1 - Unidade de queima para instalações siderúrgicas - Google Patents

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Abstract

unidade de queima para instalações siderúrgicas a presente invenção propõe uma unidade de queima (10) para instalações siderúrgicas, em particular para uso em associação com um gerador de calor degenerativo ou recuperativo, sendo que a unidade de queima (10) compreende uma zona de mistura (18); uma pluralidade de canais de alimentação de combustível (32) para suprir combustível à zona de mistura (18); e uma pluralidade de canais de alimentação de ar (34) para suprir ar comburente à zona de mistura (18). de acordo com um importante aspecto da invenção, a unidade de queima (10) compreende um queimador primário (42) com uma montagem de alimentação anular (30) que compreende canais de alimentação de combustível (32) e canais de alimentação de ar (34) circularmente alternados; um canal central (44) através da montagem de alimentação anular (30) e um queimador secundário (46) disposto no canal central (44) da unidade de queima (10), sendo o canal central (44) coaxial com a montagem de alimentação anular (30).

Description

Introdução
[001] A presente invenção se refere a uma unidade de queima para instalações siderúrgicas. Mais particularmente, a presente invenção se refere a uma unidade de queima externa de um gerador de calor regenerativo ou recuperativo. O gerador de calor regenerativo pode, por exemplo, ser uma estufa de pré-aquecimento de um alto-forno.
[002] O pré-aquecimento de ar para altos-fornos é tradicionalmente realizado em geradores de calor regenerativos adjacentes conhecidos como estufas de pré-aquecimento. Tais estufas geralmente compreendem uma câmara de combustão e um eixo de retenção de calor. No caso de uma estufa com câmara de combustão interna, a câmara de combustão e o eixo de retenção de calor são separados entre si por uma parede construída a partir de tijolos refratários. Uma unidade de queima fica geralmente localizada em uma seção inferior da câmara de combustão. Ar comburente e combustível, geralmente gases combustíveis, são fornecidos à unidade de queima e uma mistura de ar comburente e combustível é queimada na câmara de combustão da estufa. Os gases de combustão que emanam da combustão sobem dentro da câmara se combustão, são desviados através de uma cúpula e então passam através do eixo de retenção de calor preenchido com tijolos de retenção. O calor dos gases de combustão é absorvido pelos tijolos de retenção. Os gases de combustão agora esfriados escapam da estufa através de uma câmara de gás de descarga e de ao menos uma porta de descarga.
[003] Uma vez que os tijolos de retenção tenham sido aquecidos até uma temperatura suficiente, o suprimento de ar comburente e combustível é interrompido e ar é soprado através da estufa na direção oposta. O ar é aquecido enquanto passa pelo eixo de retenção de calor que contém os tijolos de retenção quentes, desviado através de uma cúpula para dentro da câmara de combustão, onde sai da estufa através de uma saída de ar pré-aquecido no envoltório da estufa para ser suprido ao alto-forno.
[004] Geralmente, a unidade de queima compreende um queimador cerâmico disposto dentro da estufa, isto é, na seção inferior de sua câmara de combustão. É também possível o fornecimento de unidades de queima externas, que são instaladas fora do envoltório da estufa. Uma ou mais dessas unidades de queima externas podem ser utilizadas ao invés de um queimador cerâmico interno. Alternativamente, tais unidades de queima externas podem ser utilizadas como aquecedores adicionais se utilizadas em conjunto com um queimador cerâmico interno.
[005] Uma vantagem das unidades de queima externas está em que elas são facilmente acessíveis, por exemplo, para propósitos de manutenção ou regulagem. Com efeito, pode ser vantajoso regular a unidade de queima a fim de atingir diferentes temperaturas ou composições de gás de combustão diferentes. Isso é particularmente de interesse se a estufa estiver sendo utilizada para propósitos experimentais.
Objetivo da invenção
[006] Consequentemente, o objetivo da presente invenção é fornecer uma unidade de queima aprimorada para instalações siderúrgicas, particularmente em associação com geradores de calor regenerativos ou recuperativos. Esse objetivo é alcançado por uma unidade de queima como descrita aqui.
[007] Uma unidade de queima de acordo com o preâmbulo da reivindicação 1 é, por exemplo, descrita no documento US 2942655 A, que se refere a um queimador de aquecimento de vidro que compreende um queimador primário tendo canais de alimentação de oxigênio e combustível em um arranjo circunferencialmente alternado, um queimador secundário central e canais de alimentação de oxigênio adicionais.
[008] O documento EP 1205710 A descreve um queimador para uso na produção de aço compreendendo um queimador primário tendo canais de alimentação de ar e combustível em um arranjo circunferencialmente alternado e um queimador secundário central.
Descrição geral da invenção
[009] A fim de alcançar esse objetivo, a presente invenção propõe uma unidade de queima para instalações siderúrgicas, em particular para uso associado a um gerador de calor regenerativo ou recuperativo, sendo que a unidade de queima compreende uma zona de mistura, uma pluralidade de canais de alimentação de combustível para suprir combustível à zona de mistura; e uma pluralidade de canais de alimentação de ar para suprir ar comburente à zona de mistura. A unidade de queima compreende um queimador primário com uma montagem de alimentação anular que compreende canais de alimentação de combustível e canais de alimentação de ar circularmente alternados; um canal central através da montagem de alimentação anular, e um queimador secundário disposto no canal central da unidade de queima, sendo o canal central coaxial com a montagem de alimentação anular.
[0010] O queimador primário pode ser considerado o queimador principal, com dimensões projetadas para funcionar geralmente como um queimador convencional. O queimador secundário pode ser considerado um queimador auxiliar para realizar tarefas adicionais como, por exemplo, aquecimento da unidade de queima antes de o queimador primário ser ligado ou o auxílio da combustão do queimador primário. Com efeito, o queimador secundário pode ser utilizado como um queimador de pós- combustão para esgotar qualquer excesso de combustível ou ar comburente do queimador primário, alterando assim a composição dos gases de combustão que saem da unidade de queima. Como nas unidades de queima convencionais somente um tipo de combustível e um tipo de ar comburente podem ser utilizados a cada vez, a regulação da composição dos gases de combustão pode ser difícil. Uma mistura de diferentes tipos de combustível ou de ar comburente pode ser realizada antes de fornecê-los à unidade de queima. Isso é, entretanto, geralmente inconveniente e às vezes perigoso. A presente invenção permite, através do uso do queimador secundário, a mistura de diferentes tipos de combustível ou de ar comburente dentro da unidade de queima, ou seja, dois tipos diferentes de combustível ou de ar comburente podem ser fornecidos à zona de mistura, desse modo alterando- se as condições de queima e a temperatura e/ou composição dos gases de combustão. A unidade de queima de acordo com a presente invenção é portanto muito mais flexível, no que diz respeito aos modos de operação, do que as unidades de queima convencionais.
[0011] A unidade de queima pode ser utilizada para suprir diretamente fumaças de uma composição particular à instalação siderúrgica à qual está conectada.
[0012] Deve ser observado que os canais de alimentação de ar podem também ser referidos como canais de alimentação de oxigênio. Com efeito, ao invés de ar comburente, oxigênio (O2) pode ser suprido através dos canais de alimentação de ar à zona de mistura.
[0013] De acordo com a invenção, a unidade de queima compreende ainda canais de alimentação auxiliares para fornecer combustível e/ou ar comburente à zona de mistura, sendo que os canais de alimentação auxiliares possuem seções transversais menores do que as seções transversais dos canais de alimentação de combustível ou dos canais de alimentação de ar.
[0014] Vantajosamente, os canais de alimentação auxiliares compreendem canais de alimentação de combustível auxiliares para alimentar combustível à zona de mistura, com os canais de alimentação de combustível auxiliares possuindo seções transversais menores do que as seções transversais dos canais de alimentação de combustível do queimador primário. De forma semelhante, os canais de alimentação auxiliares podem compreender também canais de alimentação de ar auxiliares para alimentar ar comburente à zona de mistura, sendo que os canais de alimentação de ar auxiliares possuem seções transversais menores do que as seções transversais dos canais de alimentação de ar do queimador primário. Tanto os canais de alimentação de combustível auxiliares como os canais de alimentação de ar auxiliares são portanto preferivelmente canais de taxa de fluxo baixa enquanto que os canais de alimentação de combustível e os canais de alimentação de ar são preferivelmente canais de taxa de fluxo elevada.
[0015] Os canais de alimentação auxiliares permitem a alimentação de combustível e/ou ar comburente adicional à zona de mistura, desse modo alterando as condições de combustão do queimador primário.
[0016] O combustível ou ar comburente adicional pode ser do mesmo tipo daquele suprido através dos canais de alimentação de combustível e ar principais, ajustando-se assim as condições de combustão do queimador primário. Preferivelmente, contudo, o combustível ou ar comburente adicional é de um tipo diferente daquele suprido através dos canais de alimentação de combustível e ar principais, desta forma alterando- se também a composição dos gases de combustão. O combustível ou ar comburente adicional pode também fornecer uma mistura não estequiométrica ao queimador primário, com o que o queimador primário atinge apenas uma combustão parcial da mistura. O queimador secundário pode então ser utilizado para completar a combustão da mistura.
[0017] Os canais de alimentação auxiliares contribuem assim para a flexibilidade da unidade de queima.
[0018] O combustível suprido através dos canais de alimentação de combustível pode ser gás de alto-forno e/ou o ar comburente suprido através dos canais de alimentação de ar pode ser ar ou um gás de baixo poder calorífico.
[0019] O combustível suprido através dos canais de alimentação de combustível auxiliares pode ser um gás de alto poder calorífico, tal como gás natural ou gás de coque e/ou o ar comburente suprido através dos canais de alimentação de ar auxiliares pode ser oxigênio.
[0020] O queimador secundário preferivelmente compreende linhas de alimentação de ar e combustível, desse modo permitindo-se que o queimador secundário seja utilizado independentemente do queimador primário. Deve ser observado, contudo, que não está descartado o fornecimento do queimador secundário com apenas uma dentre as linhas de alimentação de ar e combustível. Com efeito, o queimador secundário pode ser utilizado como um queimador de pós-combustão, recebendo ar ou combustível dos gases de combustão provenientes do queimador primário.
[0021] O queimador secundário pode ser de qualquer tipo apropriado, dependendo do combustível a ser utilizado. Tal combustível pode ser selecionado a partir da lista não exaustiva que compreende óleo, gás de coque, gás de pré-aquecimento ou gás natural.
[0022] De acordo com uma modalidade da invenção, os canais de alimentação de combustível auxiliares e/ou os canais de alimentação de ar auxiliares passam através de uma parede circular da unidade de queima. As câmaras de alimentação anulares podem ser dispostas em torno de uma parede exterior da unidade de queima, sendo as câmaras de alimentação anulares dispostas para suprirem combustível ou ar comburente aos canais de alimentação de combustível auxiliares e aos canais de alimentação de ar auxiliares.
[0023] De acordo com uma outra modalidade da invenção, os canais de alimentação de combustível auxiliares e/ou os canais de alimentação de ar auxiliares passam através de uma parede posterior da unidade de queima, sendo os canais de alimentação de combustível auxiliares e/ou os canais de alimentação de ar auxiliares dispostos paralelamente ao eixo da unidade de queima. Os canais de alimentação de combustível auxiliares e/ou os canais de alimentação de ar auxiliares podem ser dispostos entre a montagem de alimentação anular do queimador primário e o queimador secundário. Alternativamente, os canais de alimentação de combustível auxiliares e/ou os canais de alimentação de ar auxiliares podem ser dispostos dentro da montagem de alimentação anular do queimador primário.
[0024] A montagem de alimentação anular é formada por um canal anular que compreende uma pluralidade de canais internos, que dividem o canal anular nos canais de alimentação de combustível e canais de alimentação de ar circularmente alternados, sendo o canal anular conectado para conduzir um dentre o combustível e o ar comburente, e os canais internos são utilizados para conduzir o outro dentre o combustível e o ar comburente. Através do fornecimento de canais internos dispostos no canal anular, uma separação estanque pode ser formada entre os canais de alimentação de combustível e os canais de alimentação de ar, impedindo-se assim qualquer vazamento de um canal para outro dentro da montagem de alimentação anular.
[0025] Os canais de alimentação de ar e os canais de alimentação de combustível são preferivelmente paralelos ao eixo central da unidade de queima. Outras configurações, entretanto, não devem ser excluídas. Os canais de alimentação de ar e combustível podem, por exemplo, ser enrolados em torno do eixo central, o que pode acarretar uma agitação em vórtice do combustível e do ar comburente ao entrarem na zona de mistura. Embora geralmente não seja desejada, em alguns casos tal agitação pode ser vantajosa. Deve ser observado que outros meios de se obter um vórtice também podem ser utilizados.
[0026] Deve ser observado que, embora o presente pedido descreva principalmente uma unidade de queima associada a uma estufa de pré-aquecimento, a unidade de queima também pode ser utilizada em associação com outras instalações siderúrgicas, tais como, por exemplo, instalações de injeção de carvão pulverizado (ICP), ou trocadores de calor recuperativos diretos.
Breve descrição dos desenhos
[0027] A presente invenção ficará mais evidente a partir da descrição a seguir de uma modalidade não limitativa com referência aos desenhos anexos. Nesses desenhos, em que números de referência idênticos são utilizados para indicar elementos idênticos ou similares: - a Figura 1 é um corte através de uma unidade de queima de acordo com uma primeira modalidade da presente invenção; - a Figura 2 é uma vista de seção parcial através da unidade de queima ao longo da linha A-A da Figura 1; - a Figura 3 é um corte através de uma unidade de queima de acordo com uma segunda modalidade da presente invenção; e - a Figura 4 é uma vista de seção parcial através da unidade de queima ao longo da linha B-B da Figura 3.
Descrição detalhada com relação às figuras
[0028] A Fig. 1 mostra um corte através de uma unidade de queima 10 de acordo com uma primeira modalidade da presente invenção. A unidade de queima 10 compreende uma seção frontal 12 com uma câmara de combustão 14 e uma seção posterior 16 com linhas de alimentação para o fornecimento de combustível e ar comburente a uma zona de mistura 18 da câmara de combustão 14. A seção frontal 12 compreende uma abertura 20 para fornecer gases de combustão provenientes da unidade de queima 10 a uma instalação siderúrgica, tal como, por exemplo, uma estufa de pré- aquecimento (não mostrada). A unidade de queima 10 é conectada à estufa de pré-aquecimento através de um flange de conexão 22. Na seção frontal 12, um material refratário 24 é aplicado de encontro à superfície interna 26 da parede circular 28 para proteger esta do calor gerado na câmara de combustão 14.
[0029] A seção posterior 16, que compreende as linhas de alimentação, é mais facilmente descrita com referência às Figs. 1 e 2, sendo esta última uma vista de seção parcial ao longo da linha A-A da Fig. 1. A seção posterior 16 compreende uma montagem de alimentação anular 30 que compreende alternadamente canais de alimentação de combustível 32 e canais de alimentação de ar 34. Os canais de alimentação de combustível e de ar 32, 34 são dispostos circularmente, de forma alternada, de preferência em setores regulares. Os canais de alimentação de combustível 32 e os canais de alimentação de ar 34 respectivamente levam combustível e ar comburente a partir de uma entrada de combustível 36 e de uma entrada de ar 38 até a zona de mistura 18 da câmara de combustão 14. Na zona de mistura 18, o combustível e o ar comburente se encontram e a sua mistura é inflamada para formar uma primeira combustão, representada por chamas 40. A montagem de alimentação anular 30 com seus canais de alimentação de combustível e de ar 32, 34 forma um queimador primário 42 da unidade de queima 10.
[0030] A montagem de alimentação anular 30 circunda um canal central 44, que é configurado para receber um queimador secundário 46. A montagem de alimentação anular 30 e o canal central 44 são coaxiais com um eixo central 47 da unidade de queima 10. O canal central 44 é revestido com material refratário 48. O queimador secundário 46 fornece combustível e ar comburente à zona de mistura 18, onde uma mistura destes se inflama para formar uma segunda combustão, representada pela chama 50. O queimador secundário 46 é inserido na unidade de queima 10 através de um compartimento 52 em uma parede posterior 54 da unidade de queima 10.
[0031] A construção da montagem de alimentação anular 30 do queimador primário 42 pode ser mais facilmente descrita com referência à Fig. 2. A montagem de alimentação anular 30 é formada por dois tubos coaxiais - um tubo externo 56 e um tubo interno 58 - entre os quais um canal anular 60 é formado. Dentro do canal anular 60, uma pluralidade de canais internos 61 é formada pela inserção de elementos tubulares 62 conectados ao tubo interno 58. Os elementos tubulares 62 formam uma parede de separação estanque entre os canais internos 61 e o canal anular 60, desse modo formando os canais de alimentação de combustível 32 e os canais de alimentação de ar 34.
[0032] Canais de alimentação de combustível auxiliaries 64 e canais de alimentação de ar auxiliares 66 podem ser fornecidos para suprir mais combustível e mais ar comburente à zona de mistura 18. Embora a Fig. 1 mostre tanto os canais de alimentação de combustível auxiliares 64 como os canais de alimentação de ar auxiliares 66, deve ser observado que é também possível fornecer à unidade de queima 10 somente um desses canais de alimentação auxiliares 64, 66.
[0033] Os canais de alimentação de combustível auxiliaries 64 são dispostos de modo a suprir mais combustível a partir de uma câmara de alimentação de combustível anular 68 conectada a uma entrada de combustível 70 através da parede circular 28 da unidade de queima 10 para dentro da zona de mistura 18. De forma semelhante, os canais de alimentação de ar auxiliares 66 são dispostos de modo a suprir mais ar comburente a partir de uma câmara de alimentação de ar anular 72 conectada a uma entrada de ar 74 através da parede circular 28 da unidade de queima 10 para dentro da zona de mistura 18.
[0034] Os canais de alimentação de combustível e de ar auxiliares 64, 66 são canais de baixa taxa de fluxo dispostos para distribuir gases de alto poder calorífico, tais como gás natural ou gás de coque ou oxigênio à zona de mistura 18, desse modo alterando as condições de combustão do queimador primário 42. O combustível e/ou ar adicional alimentado à zona de mistura 18 pode estar em quantidades tais que a mistura na zona de mistura 18 não seja estequiométrica, desse modo atingindo apenas uma combustão parcial com o queimador primário 42. Outra combustão dos gases de combustão da primeira combustão pode então ser obtida com o auxílio do queimador secundário 46.
[0035] As Figs. 3 e 4 mostram uma unidade de queima 10 de acordo com uma segunda modalidade da invenção, sendo a Fig. 4 uma vista de seção parcial ao longo da linha B-B da Fig. 3. Essa unidade de queima é muito similar à mostrada nas Figs. 1 e 2 e portanto não será descrita aqui em detalhes. Os mesmos números de referência indicam recursos idênticos em ambas as modalidades. A unidade de queima das Figs. 3 e 4 difere da primeira modalidade na localização dos canais de alimentação auxiliares.
[0036] Um canal de alimentação de ar auxiliar 76 fica disposto entre os canais de alimentação de combustível 32 e os canais de alimentação de ar 34 da montagem de alimentação anular 30 e o material refratário 48 do canal central 44. Em uma extremidade, o canal de alimentação de ar auxiliar 76 é conectado a uma entrada de ar 78 disposta na parede posterior 54 da unidade de queima 10; na extremidade oposta, o canal de alimentação de ar auxiliar 76 compreende uma porta 80 que se abre para dentro da zona de mistura 18 da unidade de queima 10.
[0037] Embora a Fig. 3 mostre apenas um canal de alimentação de ar auxiliar 76, deve ser observado que é também possível fornecer à unidade de queima um canal de alimentação de combustível auxiliar de forma semelhante.
[0038] Durante uma operação típica da unidade de queima 10, combustível a ar comburente são geralmente supridos através dos canais de alimentação de combustível 32 e dos canais de alimentação de ar 34, de modo a formar uma mistura combustível na zona de mistura 18. Os gases de combustão provenientes da combustão dessa mistura combustível pelo queimador primário 42 são então supridos através da abertura 20 para dentro da estufa de pré-aquecimento.
[0039] Os canais de alimentação de combustível e de ar auxiliares 64, 66 permitem a introdução de combustível e ar comburente adicionais na zona de mistura 18, criando assim uma mistura combustível que potencialmente compreende dois tipos distintos de combustível e dois tipos distintos de ar comburente. A composição do gás de combustão pode portanto ser alterada sem que seja preciso recorrer a uma mistura potencialmente perigosa a montante da unidade de queima 10.
[0040] O queimador secundário não apenas permite a queima de quaisquer componentes em excesso nos gases de combustão do queimador primário, como também permite o aquecimento da unidade de queima e de quaisquer equipamentos a jusante antes de o queimador primário ser ligado.
[0041] Para ajustar a temperatura, a taxa de fluxo ou a composição dos gases de combustão supridos à estufa de pré-aquecimento, diversas combinações de queimadores e de meios de combustão estão disponíveis graças à concepção inovadora da presente unidade de queima.
[0042] Deve ser observado que, no contexto da presente invenção, as expressões “alta taxa de fluxo” e “baixa taxa de fluxo” dos canais de alimentação de combustível e de ar e dos canais de alimentação de combustível e de ar auxiliares são relativas entre si. A taxa de fluxo ou tamanho de seção dos canais de alimentação irá depender fortemente dos meios de combustão utilizados. Puramente com o propósito de oferecer um exemplo, com alta taxa de fluxo, os canais de alimentação de combustível e de ar 32, 34 podem possuir uma seção de cerca de 1.500 cm2; e com baixa taxa de fluxo, os canais de alimentação de combustível e de ar auxiliares 64, 66 podem possuir uma seção de cerca de 200 cm2.
[0043] Uma lista não exaustiva de exemplos para modos de operação da unidade de queima de acordo com a presente invenção é mostrada na Tabela 1. Tabela 1
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Sinais de referência
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Claims (10)

1. Unidade de queima (10) para instalações siderúrgicas, em particular para uso em associação com um gerador de calor regenerativo ou recuperativo, sendo que a referida unidade de queima (10) compreende: - uma zona de mistura (18); - uma pluralidade de canais de alimentação de combustível (32) para suprir combustível à referida zona de mistura (18); e - uma pluralidade de canais de alimentação de ar (34) para suprir ar comburente à referida zona de mistura (18); - um queimador primário (42) com uma montagem de alimentação anular (30) que compreende os referidos canais de alimentação de combustível (32) e os referidos canais de alimentação de ar (34), em que os referidos canais de alimentação de combustível (32) e os referidos canais de alimentação de ar (34) são fornecidos em uma disposição circunferencialmente alternada; - um canal central (44) através da montagem de alimentação anular (30), sendo o referido canal central (44) coaxial com a referida montagem de alimentação anular (30); e - um queimador secundário (46) disposto no referido canal central (44) da referida unidade de queima (10); - a unidade de queima (10) compreende canais de alimentação auxiliares (64, 66, 76) para suprirem combustível e/ou ar comburente à referida zona de mistura (18), caracterizada por os referidos canais de alimentação auxiliares (64, 66, 76) terem uma seção transversal menor do que as seções transversais dos referidos canais de alimentação de combustível (32) ou dos referidos canais de alimentação de ar (34); e - a referida montagem de alimentação anular (30) sendo formada por um canal anular que compreende uma pluralidade de canais internos que dividem o referido canal anular em canais de alimentação de combustível (32) e canais de alimentação de ar (34) circunferencialmente alternados, sendo o referido canal anular conectado para conduzir um dentre o referido combustível ou o referido ar comburente, e sendo os referidos canais internos utilizados para conduzir o outro dentre o referido combustível ou o referido ar comburente.
2. Unidade de acordo com a reivindicação 1, caracterizada por os referidos canais de alimentação auxiliares (64, 66) passarem através de uma parede circular (28) da referida unidade de queima (10).
3. Unidade de acordo com a reivindicação 2, caracterizada por câmaras de alimentação anulares (68, 72) serem dispostas em torno de uma parede exterior da referida unidade de queima (10), sendo as referidas câmaras de alimentação anulares dispostas para suprirem combustível ou ar aos referidos canais de alimentação auxiliares (64, 66).
4. Unidade de acordo com a reivindicação 1, caracterizada por os referidos canais de alimentação auxiliares (76) passarem através de uma parede posterior da referida unidade de queima (10), sendo os referidos canais de alimentação auxiliares (76) dispostos paralelamente ao eixo da referida unidade de queima (10).
5. Unidade de acordo com a reivindicação 4, caracterizada por os referidos canais de alimentação auxiliares (76) serem dispostos entre a referida montagem de alimentação anular (30) do referido queimador primário (42) e o referido queimador secundário (46).
6. Unidade de acordo com a reivindicação 4, caracterizada por os referidos canais de alimentação auxiliares (76) serem dispostos dentro da referida montagem de alimentação anular (30) do referido queimador primário (42).
7. Unidade de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 6, caracterizada por: - o referido combustível ser gás de alto-forno; e/ou - o referido ar comburente ser ar ou um gás de baixo poder calorífico.
8. Unidade de acordo com a reivindicação 1, caracterizada por: - o referido combustível suprido através dos referidos canais de alimentação de combustível auxiliares (64) ser um gás de alto poder calorífico, tal como gás natural ou gás de coque; e/ou - o referido ar comburente suprido através dos referidos canais de alimentação de ar auxiliares (66, 76) ser oxigênio.
9. Unidade de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 8, caracterizada por o referido queimador secundário (46) compreender linhas de alimentação de ar e combustível.
10. Unidade de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 9, caracterizada por os referidos canais de alimentação de ar (34) e combustível (32) serem paralelos ao eixo central da referida unidade de queima (10).
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