BR102022014856A2

BR102022014856A2 - Aplicador com unidade dosadora

Info

Publication number: BR102022014856A2
Application number: BR102022014856-2A
Authority: BR
Inventors: Andreas Fech; Frederik Kleber; Walter Linzenbold
Original assignee: Erbe Elektromedizin Gmbh
Priority date: 2021-08-10
Filing date: 2022-07-27
Publication date: 2023-02-14
Also published as: JP2023025684A; KR20230023573A; US20230050388A1; EP4134113A1; CN115702960A

Abstract

APLICADOR COM UNIDADE DOSADORA. O instrumento (10), de acordo com a invenção, compreende uma unidade dosadora (16) que é conectada à alça ou ao alojamento (12) do instrumento (10). Em se fazendo isso, o comprimento da linha de suprimento para a substância medicamente efetiva a ser aplicada é notavelmente reduzido em comparação com as soluções nas quais a unidade dosadora é parte do aparelho de suprimento. A unidade dosadora (16) pode consistir, substancialmente, em um acionador reutilizável que compreende uma unidade de acionamento (25) e um cartucho descartável que compreende um cilindro e pistão, por exemplo, tal como uma seringa médica. O cartucho descartável pode ser abastecido por meio do usuário propriamente dito diretamente antes da intervenção ou pode ser pré-abastecido pelo fabricante. É simplesmente inserido no instrumento. Para essa finalidade, a unidade dosadora (16) é colocada em uma posição aberta desviada do alojamento (12). Isso é realizado, visto que o elemento deslizante de trava (37) é operado e a unidade dosadora é puxada na direção proximal. Após a inserção do cartucho (recipiente de fluido (22)), a unidade dosadora pode ser colocada na posição fechada, isso é, movida na direção do alojamento (12). Dessa forma, uma conexão impermeável a fluido entre o cartucho e o segundo canal de fluido (47) é estabelecida. Dessa forma, o elemento deslizante de trava (37) trava a unidade dosadora (16) nessa posição.

Description

APLICADOR COM UNIDADE DOSADORA

[0001] A presente invenção refere-se a um instrumento para aplicação de um líquido médico a um corpo animal ou humano. Adicionalmente, a invenção se refere a um aparelho para operar o instrumento, além de a um método para criar um fluxo de fluido a partir de dois fluidos diferentes.

[0002] Por exemplo, para aplicar, sem o uso de agulhas, medicamentos, além de outros líquidos efetivos médicos, no tecido de corpos humanos ou animais, dispositivos que utilizam um fluido fornecido sob pressão, para penetração na pele do paciente, e para criar um canal de penetração sem o uso de agulhas, onde, então, um fluido de tratamento sob baixa pressão é introduzido, são utilizados.

[0003] A partir de EP 3.015.076 A1, um aplicador é conhecido por meio do qual um fluido de tratamento, por exemplo, um líquido hemostático, é atomizado por meio de ar pressurizado, ou outro gás, sob pressão, e pode ser aplicado à área a ser tratada dessa forma. O aplicador compreende um retentor possuindo um canal de fluido no qual uma válvula é disposta e que pode ser conectada a uma fonte de pressão de gás. Uma seringa comum pode ser fixada ao aplicador. Se o usuário retiver o aplicador em sua mão, o mesmo pode liberar a válvula para o canal de ar com um dedo e pode acionar o êmbolo da seringa com o seu polegar, de modo que o líquido contido na seringa seja orientado na direção do bocal de atomização e seja descarregado na forma de pulverização.

[0004] Adicionalmente, US 2013/0102957 A1 descreve um instrumento para injetar, sem o uso de agulha, uma substância em um corpo. O instrumento compreende um reservatório para armazenar a substância a ser injetada e é conectado a um bocal de injeção através de um canal de fluido. Para se descarregar o fluido de tratamento em um jato preciso e curto, um acionador eletrodinâmico é designado a um êmbolo disposto no reservatório que cria um progresso de pressão de fluido no bocal de injeção com um flanco anterior muito íngreme. O aumento de pressão gera um jato de líquido preciso que é adequado para penetração da pele. Depois do aumento íngreme da pressão, a pressão cai para um nível inferior para inserção do líquido no tecido, a fim de, finalmente, retornar para zero após a finalização do ciclo de operação.

[0005] Adicionalmente, para a injeção, sem o uso de agulha, de líquidos de tratamento, EP 3.714.926 A1 propõe um instrumento que possui múltiplos canais de fluido que canalizam diferentes líquidos para um bocal de injeção. Particularmente, se fornece um canal central para a injeção de um fluido para abrir um canal de penetração, onde o canal central é cercado por um segundo canal por meio do qual o fluido de tratamento é canalizado na direção do bocal de injeção.

[0006] O instrumento é basicamente bem adequado para ser utilizado em pacientes. No entanto, dessa forma, o canal fornecido para o fluido de tratamento precisa ser completamente abastecido com esse fluido. Se um fluido de tratamento específico de paciente for utilizado, uma quantidade do fluido de tratamento precisa ser fornecida, sendo superior à quantidade de fluido a ser aplicada ao paciente.

[0007] Isso também se aplica ao sistema, de acordo com EP 3.040.101 B1, a partir do qual um instrumento com dois canais de fluido se tornou conhecido. Um primeiro canal orienta um fluido de injeção e um segundo canal, um fluido de tratamento, para um bocal de aplicação. Para fins de suprimento, um aparelho possuindo um reservatório de pressão e múltiplas válvulas é fornecido e supre, particularmente, o fluido de injeção com um regime de pressão predefinido para o instrumento.

[0008] É um objetivo da invenção se fornecer um conceito aperfeiçoado para a aplicação, sem o uso de agulhas, de fluidos de tratamento.

[0009] Esse objetivo é solucionado por meio de um instrumento, de acordo com a reivindicação 1, um aparelho, de acordo com a reivindicação 12, além de um método, de acordo com a reivindicação 15:

[0010] O instrumento, de acordo com a invenção, serve para injetar um líquido médico em um corpo animal ou humano, onde o instrumento é configurado para aplicar dois fluidos diferentes. Um primeiro fluido serve para abrir, sem o uso de agulhas, um canal em um tecido a ser tratado (canal de penetração), e é ejetado com um impulso de pressão que possui um aumento de pressão íngreme em seu flanco anterior. O instrumento compreende, adicionalmente, uma unidade dosadora que possui um compartimento para um recipiente de fluido com o segundo fluido. O segundo fluido é preferivelmente um fluido de tratamento, por exemplo, um líquido medicinal, uma suspensão de célula ou qualquer outro líquido servindo para o tratamento de um corpo humano ou animal ou tecido. A unidade dosadora compreende uma unidade de acionamento por meio da qual o recipiente de fluido pode ser colocado sob pressão ou pode ser especificamente reduzido em volume. Por exemplo, o recipiente de fluido pode ser especificamente influenciado por meio da unidade de acionamento, de modo que o volume do recipiente de fluido seja reduzido a fim de descarregar suavemente o segundo fluido.

[0011] Depois que o recipiente de fluido é disposto na unidade dosadora diretamente no instrumento, o volume morto é minimizado. Em se fazendo isso, as perdas do líquido de tratamento, que são particularmente indesejáveis durante o uso do líquido de tratamento específico de paciente, são evitadas. Além disso, a preparação do instrumento, além da preparação do aparelho de suprimento, são simplificadas. O perigo de resíduos de um líquido de tratamento de um tratamento anterior permanecerem nos canais, bombas ou válvulas e, dessa forma, contaminarem o líquido de tratamento de um paciente subsequente é minimizado.

[0012] O controle e a descarga do primeiro fluido e do segundo fluido por meio de um mesmo aparelho permite a descarga coordenada e cuidadosa do fluido. Por exemplo, o segundo fluido pode conter células vivas que não devem ser submetidas a variações de alta pressão, nem a forças de cisalhamento, e que podem ser aplicadas de forma particularmente cuidadosa com o instrumento, de acordo com a invenção, com o auxílio do aparelho, de acordo com a invenção.

[0013] A unidade dosadora pode ser fixada de forma liberável ao instrumento. Dessa forma, é particularmente vantajoso se a unidade dosadora, propriamente dita, não compreender uma parte que entre em contato com o primeiro ou segundo fluido. Por exemplo, a unidade dosadora pode consistir em um alojamento possuindo um compartimento para o recipiente de fluido e possuindo uma unidade de acionamento para aplicar força ou pressão ao recipiente de fluido. Se a unidade dosadora for removida do instrumento, o instrumento pode ser esterilizado ou pode, também, ser completamente substituído sem precisar se substituir a unidade dosadora. A unidade dosadora pode ser reutilizada. Se necessário, pode ser limpa e também esterilizada.

[0014] O instrumento pode possuir uma haste que compreende uma seção dobrável em sua extremidade distal, onde, para se controlar a dobra da haste, um elemento de operação pode ser fornecido no alojamento. Tal instrumento é adequado, por exemplo, para inserção em um ureter, ou outro lúmen do corpo, e para injeção do líquido portador contendo as células vivas, por exemplo, em um esfíncter. Para essa finalidade, o canal de fluido pode compreender uma saída com foco no jato que se abre em sua extremidade distal.

[0015] Uma disposição de válvula pode ser fornecida no alojamento do instrumento a fim de criar um impulso de alta pressão de fluido no canal de fluido. No entanto, essa disposição de válvula também pode fazer parte de um aparelho que supre o instrumento.

[0016] Enquanto o primeiro fluido é canalizado a partir do aparelho, através de uma mangueira, até o instrumento, a unidade dosadora pode ser conectada ao instrumento através de uma linha elétrica. O controle da unidade dosadora é, então, realizado por meio do aparelho ao qual o instrumento é conectado.

[0017] O alojamento do instrumento pode compreender um conector de fluido para o recipiente de fluido e um conector tipo bujão mecânico para um dispositivo de bujão fornecido na unidade dosadora. Em se fazendo isso, o recipiente de fluido, por exemplo, na forma de um cartucho, ou seringa, pode ser conectado por fluido com o alojamento e pode se projetar para dentro da unidade dosadora para acionamento mecânico. Dessa forma, é vantajoso se o dispositivo de bujão e o conector de bujão compreenderem instruções de operação correspondentes. Isso resulta na unidade dosadora pressionar simultaneamente o recipiente de fluido contra o conector de fluido e, dessa forma, estabelecer uma conexão de fluido quando a unidade dosadora é conectada ao alojamento, se o recipiente de fluido for inserido no compartimento. Por exemplo, o recipiente de fluido pode ser um cartucho ou qualquer outro recipiente com êmbolo móvel.

[0018] A unidade acionadora da unidade dosadora compreende, preferivelmente, um motor de acionamento, por exemplo, um motor escalonador, que é disposto a fim de influenciar o recipiente de fluido através de uma engrenagem. Por exemplo, a engrenagem é uma engrenagem tipo eixo que transfere o movimento de rotação do motor de acionamento em um movimento linear por meio do qual um êmbolo, que é parte do recipiente de fluido, pode ser movido especificamente e de uma forma controlada. Por meio de um controle respectivo do motor de acionamento, a saída da unidade de acionamento, que age no recipiente de fluido, pode ser movida ao longo de um comprimento de distância definido, onde uma quantidade de líquido definida é descarregada.

[0019] Para se suprir o instrumento, um aparelho pode ser fornecido compreendendo uma unidade de controle que é configurada para iniciar a descarga do primeiro fluido com um primeiro impulso de alta pressão primeiro, e, subsequentemente, com pressão mais baixa e que é adicionalmente configurado para ativar a unidade dosadora depois do impulso de alta pressão para criar um impulso de baixa pressão, a fim de descarregar o segundo fluido com menos pressão através do canal de fluido.

[0020] Com esse conceito, um canal é aberto no tecido por meio do primeiro fluido. Posteriormente, após a atenuação do primeiro impulso de pressão, o líquido de tratamento (o segundo fluido) é canalizado no primeiro fluido a fim de ser cuidadosamente introduzido no tecido. O aparelho pode fornecer o primeiro fluido em um recipiente de pressão a partir do qual pode ser enviado em impulsos por meio de uma válvula de comutação rápida. Adicionalmente, o aparelho pode possuir um conector elétrico para a unidade dosadora do instrumento.

[0021] Detalhes adicionais das modalidades vantajosas da invenção são assunto do desenho ou da descrição, além das reivindicações dependentes. Os desenhos ilustram:

[0022] A figura 1 é um instrumento, de acordo com a invenção, e um aparelho de suprimento em uma ilustração básica esquemática;

[0023] A figura 2 é uma modalidade modificada do instrumento em uma ilustração básica esquemática;

[0024] A figura 3 é a unidade dosadora do instrumento, de acordo com a figura 1 ou 2, em uma ilustração de corte longitudinal na parte;

[0025] A figura 4 é uma interface entre o instrumento e a unidade dosadora em uma ilustração básica em corte longitudinal;

[0026] A figura 5 é um plano funcional do instrumento e um aparelho, de acordo com as figuras 1 e 2; e

[0027] A figura 6 é o aumento de pressão ilustrado de uma forma idealizada durante a descarga do primeiro e do segundo fluido na forma de um diagrama.

[0028] Um instrumento 10 para injeção de um líquido médico em um corpo humano ou animal, particularmente a injeção, sem o uso de agulhas, de tal líquido no tecido do corpo, é ilustrado na figura 1. O instrumento 10 é conectado a um aparelho 11 que serve para suprir, a fim de suprir o instrumento com energia e/ou meio, por exemplo, uma solução de cloreto de sódio.

[0029] O instrumento 10 compreende um alojamento 20 a partir do qual uma haste 13 se estende na direção distal até sua extremidade distal 14, onde uma abertura de injeção 14a é disposta a fim de expelir um jato de fluido. No alojamento 12, uma alça 15 pode ser fornecida para proporcionar a orientação manual do instrumento 10.

[0030] Para se tratar o paciente, por exemplo, para expelir o fluido médico que deve ser injetado em seu tecido, o instrumento 10 é, adicionalmente, fornecido com uma unidade dosadora 16 para essa finalidade. A unidade dosadora 16 pode ser disposta em qualquer local adequado do alojamento 12, por exemplo, em uma lateral, em seu lado superior, em uma alça 15 ou, como ilustrado na figura 1, em seu lado posterior proximal, oposto à haste 13.

[0031] O instrumento 10, fornecido para injetar, sem o uso de agulhas, o líquido médico no tecido vivo utiliza um primeiro fluido para abrir um canal de penetração no tecido. É um líquido que deve ser aplicado com alta pressão e que pode ser suprido pelo aparelho 11 através de uma linha de fluido 17 através da qual o aparelho 11 é conectado ao instrumento 10.

[0032] Um segundo fluido, por exemplo, um líquido medicamente efetivo, é introduzido especificamente no tecido do paciente por meio da unidade dosadora. Para se controlar a unidade dosadora 16, o aparelho 11 pode ser conectado ao instrumento 10 através de uma linha elétrica 18 que é criada por meio de um cabo de dois ou múltiplos núcleos, por exemplo.

[0033] Para se ativar o instrumento 10, um comutador pode ser fornecido no mesmo que é, então, conectado através de uma linha de controle não ilustrada ou outra conexão de controle com o aparelho 11. Alternativamente, outros comutadores também podem ser utilizados, tal como um comutador de pé ou similares.

[0034] O instrumento 10, que é ilustrado na figura 1 de uma forma particularmente simples, pode possuir funcionalidades adicionais, tal como uma extremidade distal dobrável 14, onde a dobra pode ser realizada por meio de uma alavanca de controle 19, por exemplo. A alavanca de controle 19 pode ser disposta nas proximidades da alça 15 ou também no outro local do instrumento 10. É adicionalmente possível se dispor a haste 13 no alojamento 12 de forma rotativa, onde um conector de giratório respectivo 20 pode ser fornecido para essa finalidade. Além disso, as explicações referentes ao instrumento 10, de acordo com a figura 1, também se aplicam ao instrumento 10, de acordo com a figura 2.

[0035] A unidade dosadora 16 do instrumento 10 compreende um compartimento 21 para um recipiente de fluido 22 que contém líquido de tratamento médico, por exemplo, uma suspensão de célula com células vivas ou um líquido médico, ou similar. O compartimento 21 pode se estender para dentro do alojamento 12. Por exemplo, o recipiente de fluido 22 pode ser configurado na forma de uma seringa de pistão e compreende, para essa finalidade, um cilindro 23 que possui um pistão 24 disposto no mesmo, a haste de pistão do qual se projeta para fora do cilindro 23.

[0036] Como fica aparente a partir da figura 2, a unidade dosadora 16 compreende uma unidade de acionamento 25 que pode ser configurada como um motor possuindo um rotor rotativo 25a que move de forma linear um êmbolo 26 através de uma engrenagem, por exemplo, uma engrenagem de elevação tipo eixo 25b. Dessa forma, a unidade de acionamento 25 é particularmente configurada para mover o êmbolo 26 gradualmente a fim de deslocar o pistão no cilindro 23 (lentamente) por meio do êmbolo 26 através da haste de pistão 24. Um deslocamento "lento" da haste de pistão 24 significa, dessa forma, tais movimentos que não resultam em um aumento de pressão no recipiente de fluido 22 que é prejudicial para o fluido de tratamento.

[0037] O compartimento 21 se estende com uma seção 21' para dentro do alojamento 12, como ilustrado na figura 4. Dentro do alojamento 12, uma ramificação de conexão 27 pode ser fornecida no fundo do compartimento 21, 21' que é adequada para conexão do recipiente de fluido 22. A ramificação de conexão 27 é ilustrada de forma esquemática apenas na figura 4. Em qualquer caso, a ramificação de conexão 27 é configurada para combinar com a conexão do recipiente de fluido 22 a fim de estabelecer uma conexão impermeável a fluido tão logo o recipiente de fluido 22 seja inserido no compartimento 21 e seja movido na direção da ramificação de conexão 27. Os recintos ou vedações em potencial do recipiente de fluido 22 podem, dessa forma, ser penetrados.

[0038] A unidade dosadora 16 é particularmente fornecida para poder permutar recipiente de fluido 22. De acordo com a figura 4, para essa finalidade, uma interface especial pode ser fornecida entre o alojamento 12 e a unidade dosadora 16, que pode ser particularmente configurada para manter, seletivamente, a unidade dosadora 16 apoiada contra o alojamento 12, para deslocar a mesma apenas ligeiramente do alojamento 12 ou para remover a mesma completamente do alojamento 12.

[0039] Por essa razão, a unidade dosadora 16 pode ser fixada ao alojamento 12 por meio de um acoplamento de trava 28. Em uma modalidade simples e rápida, o acoplamento de trava 28 pode compreender dois pinos de trava 29, 30, por exemplo, aos quais as aberturas de trava 31, 32 são projetadas e configuradas no alojamento 12. Os pinos de trava 29, 30 podem possuir uma seção transversal circular ou também qualquer outra seção transversal adequada, por exemplo, uma seção transversal oval ou poligonal, e podem ser fornecidos ao longo de uma parte de seu comprimento respectivamente com recessos, isso é, por exemplo, áreas planas 33, 34, 35. Por exemplo, o pino de trava 29 compreende uma área plana longa, enquanto o pino de trava 30 pode ser fornecido com duas áreas planas tipo sulco, curtas 34, 35, dispostas a uma distância axial uma da outra. Os elementos deslizantes de trava 36, 37 podem ser designados às áreas planas 33 a 35 a fim de travar ou liberar seletivamente os pinos de trava 29, 30 dentro das aberturas de trava 31, 32. Dessa forma, os elementos deslizantes de trava 36, 37, além das áreas planas 33 a 35, são dispostos um com relação ao outro, de modo que uma liberação do elemento deslizante de trava 37 permita o movimento da unidade dosadora 16 para longe do alojamento 12 dentro do comprimento axial da área plana 33. Se o elemento deslizante 37 estiver travado na área plana 35, o elemento deslizante de trava 36 é posicionado no flanco proximal da área plana 33. Se o elemento deslizante de trava 37 estiver travado na área plana 34, o elemento deslizante de trava 36 é posicionado no flanco distai da área plana 33. Apenas através da liberação de ambos os elementos deslizantes de trava 36, 37, a unidade dosadora 16 pode ser removida do alojamento 12. As áreas planas e os elementos deslizantes de trava, no entanto, não são necessários.

[0040] A capacidade de remoção da unidade dosadora 16 do instrumento 10 permite que se configure o instrumento 10 como um instrumento descartável ou como um instrumento esterilizável, ao passo que a unidade dosadora 6 pode ser configurada basicamente de modo a ser reutilizada. Em uma modalidade modificada, a parte reutilizável pode, no entanto, compreender também o alojamento, a alça 15 ou partes da mesma. Além disso, o instrumento pode ser configurado para ser totalmente esterilizável.

[0041] A figura 5 ilustra as unidades de função e componentes do instrumento 10 e do aparelho 11 em sua cooperação. Dessa forma, é notado que alguns ou todos os componentes e unidades do aparelho 11 descritos a seguir também podem ser integrados completamente ou parcialmente ao instrumento 10. No entanto, o instrumento 10 compreende, pelo menos, a haste 13, o alojamento 12 e a unidade dosadora 16.

[0042] O instrumento 10 compreende um primeiro canal de fluido 40 que é configurado para descarregar um primeiro fluido na extremidade distal 14 com pressão tão alta e como jato concentrado que pode penetrar, sem a assistência de uma agulha, o tecido vivo e pode abrir um canal no tecido. O primeiro fluido é preferivelmente e, por meio de exemplo, uma solução aquosa de cloreto de sódio, onde, no entanto, outros fluidos podem ser utilizados. O primeiro fluido é suprido sob pressão a partir de um reservatório não ilustrado por meio de uma bomba 41 em um recipiente de pressão 42 que é conectado ao primeiro canal de fluido 40 através de uma válvula 43. O recipiente de pressão 42 também pode ser configurado apenas pela linha de suprimento, de modo que um recipiente de pressão separado possa ser opcionalmente omitido.

[0043] A válvula 43 é controlada, isso é, controlada por circuito aberto, por meio de um dispositivo de controle 44 e pode, dessa forma, ser seletivamente aberta ou fechada. Na condição de descanso (no início da aplicação), a válvula 43 está fechada. Uma válvula adicional 45, fechada na condição de descanso, ramifica para fora do canal de fluido 40. A mesma serve para aliviar a pressão do canal de fluido 40 e conecta o canal de fluido 40, seletivamente, através de um acelerador 46 com uma saída. A válvula 45 e, se desejável, também o acelerador 46, podem ser conectados ao dispositivo de controle 44 a fim de serem controlados pelo mesmo.

[0044] A unidade dosadora 16 compreende, particularmente, a unidade de acionamento 25 e o recipiente de fluido 22 servindo como a bomba de pistão e componentes funcionais. Os últimos são conectados a um segundo canal de fluido 47 que se estende a partir da conexão de ramificação 17 até a extremidade distal 14 da haste 13. Os canais de fluido 40, 47 podem, alternativamente, ser unidos na extremidade distal 14 da haste 13 dentro da haste 13 ou dentro do alojamento 12.

[0045] O instrumento 10 descrito até agora e o aparelho 11 operam juntos como segue:

[0046] Para a inicialização e preparação de uma injeção de líquido de tratamento no tecido, a primeira unidade dosadora 16 é fornecida com o líquido de tratamento. Para essa finalidade, o recipiente de fluido 22 é inserido no compartimento 21. Para simplificar ou permitir esse processo, a unidade de acionamento 25 move o êmbolo 26 na posição proximal. Isso pode ser respectivamente iniciado por meio do dispositivo de controle 44, de acordo. O usuário pode, agora, remover a unidade dosadora 16 parcialmente do alojamento 12 operando-se pelo menos o elemento de deslizamento de trava 37 e, dessa forma, realizando a inserção do recipiente de fluido 22 juntamente com a haste de pistão do pistão 24 que se projeta a partir desse local para dentro do compartimento 21. Se isso for realizado, o elemento deslizante 37, que esteve travado na área plana 34 até agora, pode ser liberado e a unidade dosadora 16 pode ser empurrada contra o alojamento 12 até que o elemento deslizante 37 trave na área plana 35. Em se fazendo isso, o recipiente de fluido 22 conecta com a ramificação de conexão 27, de modo que o recipiente de fluido 22 esteja agora se comunicando com o segundo canal 47.

[0047] Adicionalmente, o dispositivo de controle 44 ativa a bomba 41 a fim de abastecer o recipiente de pressão 42 com fluido de injeção e para colocar o mesmo sob pressão. O abastecimento do recipiente de pressão pode ser parte do processo de aplicação. Como uma medida de preparação, adicionalmente, o primeiro canal de fluido 40 pode ser abastecido com o primeiro fluido, isso é, o fluido de injeção, e, dessa forma, pode ser ventilado. Se isso tiver sido realizado, o instrumento 10 está pronto para uso.

[0048] Para a aplicação do líquido de tratamento, a haste 13 é agora inserida no corpo do paciente, por exemplo, em um lúmen do mesmo, por exemplo, no ureter ou outro canal naturalmente fornecido. A parte de tecido na qual o líquido de tratamento deve ser aplicado é encontrada pela extremidade distal 14. Se a localização for alcançada, o primeiro fluido (líquido de injeção) e o segundo fluido (líquido de tratamento) são enviados, de acordo com o esquema da figura 6. O progresso das pressões dependentes de tempo dos dois fluidos é ilustrado de uma forma idealizada:

[0049] Primeiro, o primeiro fluido é descarregado com um flanco de pressão íngreme 50, visto que a válvula 43 é aberta enquanto a válvula 45 é fechada. Dessa forma, um jato de líquido direto é criado na extremidade distal 14 que penetra as camadas de tecido e entra no tecido. Depois do final de um período curto (alguns milissegundos), a válvula 45 abre, onde uma redução de pressão no fluido de injeção é realizada por meio do flanco posterior 51. Então, o primeiro fluido é suprido continuamente com uma pressão reduzida como indicado pela linha curva 52 na figura 6. Enquanto isso, o dispositivo de controle 44 ativa a unidade de acionamento 25 a fim de descarregar o segundo fluido (líquido de tratamento) na extremidade distal 14 com baixa pressão, como indicado de uma forma idealizada pela linha curva 53. O fluido de tratamento é, então, portado pelo fluido de injeção e introduzido no tecido.

[0050] O tratamento de injeção é completado posteriormente. A unidade de acionamento 25 é desativada e a primeira válvula 43 e, pouco tempo depois, ou simultaneamente, a válvula 45 é fechada.

[0051] O processo de injeção pode ser novamente realizado de forma similar, ou idêntica, no mesmo local, ou em outro local, até que o recipiente de fluido 22 seja esvaziado. Alternativamente, a redução da pressão pode ser realizada pela redução da pressão, isso é, com um flanco posterior íngreme. Subsequentemente ao flanco posterior, a válvula 45 é fechada enquanto a válvula 43 ainda permanece aberta.

[0052] Para a continuação do tratamento, a unidade de dosagem 16 pode ser removida sob uso adequado de elementos deslizantes de trava 36, 37 do alojamento 12, parcial ou totalmente, a fim de substituir o recipiente de fluido 22. Posteriormente, o tratamento pode ser continuado como descrito.

[0053] O instrumento 10, de acordo com a invenção, compreende uma unidade dosadora 16 que é conectada à alça ou ao alojamento 12 do instrumento 10. Em se fazendo isso, o comprimento da linha de suprimento para a substância medicamente efetiva ser aplicada é reduzido de forma notável em comparação com as soluções nas quais a unidade dosadora é parte do aparelho de suprimento. A unidade dosadora 16 pode consistir, substancialmente, de um acionador reutilizável que compreende uma unidade de acionamento 25 e um cartucho descartável que compreende um cilindro e um pistão, por exemplo, tal como uma seringa médica. O cartucho descartável pode ser abastecido por meio do usuário propriamente dito diretamente antes da intervenção, ou pode ser pré-abastecido pelo fabricante. O mesmo é simplesmente inserido no instrumento. Para essa finalidade, a unidade dosadora 16 é colocada em uma posição aberta desviada do alojamento 12. Isso é realizado, visto que o elemento de trava 37 é operado e a unidade dosadora é puxada na direção proximal. Depois da inserção do cartucho (recipiente de fluido 22), a unidade dosadora pode ser colocada na posição fechada, isso é, movida na direção do alojamento 12. Dessa forma, uma conexão impermeável a fluido entre o cartucho e o segundo canal de fluido 47 é estabelecida. Dessa forma, o elemento deslizante de trava 37 trava a unidade dosadora 16 nessa posição.
Lista de Sinais de Referência
10 instrumento
11 aparelho
12 alojamento
13 haste
14 extremidade distal da haste 13
14a abertura de injeção
15 alça
16 unidade dosadora
17 linha de fluido
18 linha elétrica
19 alavanca de controle
20 conector giratório
21 compartimento
21' seção de compartimento
22 recipiente de fluido
23 cilindro
24 pistão com haste de pistão
25 unidade de acionamento
25a rotor
25b engrenagem de elevação tipo eixo
26 êmbolo
27 ramificação de conexo
28 acoplamento de trava/dispositivo de bujão
29, 30 pino de trava
31, 32 abertura de trava
33-35 áreas planas/recessos
36, 37 elemento deslizante de trava
40 primeiro canal de fluido
41 bomba
42 recipiente de pressão
43 válvula
44 dispositivo de controle
45 válvula
46 aceleração
47 segundo canal de fluido
50 aumento de pressão íngreme
51 flanco posterior
52, 53 linhas curvas

Claims

Instrumento (10) para injeção de um líquido médico em um corpo animal ou humano, caracterizado pelo fato de
possuir um alojamento (12), no qual uma alça (15) é fornecida para reter e orientar o instrumento (10);
possuir uma haste (13) que se estende na direção distai e que compreende pelo menos um canal de fluido (40),
possuir uma linha de fluido (17) que é configurada para conectar um aparelho de suprimento (11) para suprir o instrumento (10) com um primeiro fluido pressurizado,
possuir uma unidade dosadora (16) que compreende um compartimento (21) para um recipiente de fluido (22), contendo um segundo fluido e compreendendo uma unidade de acionamento (25) para aplicar pressão ao recipiente de fluido (22).
Instrumento, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de a unidade dosadora (16) ser fixada de forma liberável ao alojamento (12).
Instrumento, de acordo com a reivindicação 2, caracterizado pelo fato de a haste (13) compreender uma seção dobrável em sua extremidade distai (14) e pelo menos um elemento operacional (19) para controlar e dobrar a haste (13) ser fornecido no alojamento (12) do instrumento (10).
Instrumento, de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, caracterizado pelo fato de o canal de fluido (40) compreender uma abertura de saída de foco de jato em sua extremidade distai.
Instrumento, de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, caracterizado pelo fato de o instrumento (10) ou 0 aparelho (11) compreender uma disposição de válvula (43, 45) a fim de criar um impulso de alta pressão (50) no canal de fluido (40).
Instrumento, de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, caracterizado pelo fato de a unidade dosadora (16) compreender uma linha elétrica (18) que pode ser conectada a um dispositivo de controle (44).
Instrumento, de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, caracterizado pelo fato de o alojamento (12) compreender uma conexão de fluido (27) com o recipiente de fluido (22) e uma conexão de bujão mecânico (31, 32) para um dispositivo de bujão (28) fornecido na unidade dosadora (16).
Instrumento, de acordo com a reivindicação 7, caracterizado pelo fato de a conexão por fluido (27) e o dispositivo de bujão (28) possuírem direções de operação coincidentes.
Instrumento, de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, caracterizado pelo fato de o recipiente de fluido (22) compreender um pistão móvel (24).
Instrumento, de acordo com qualquer uma das reivindicações 8 e 9, caracterizado pelo fato de a direção de movimento do pistão (24) coincidir com a direção de operação.
Instrumento, de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, caracterizado pelo fato de a unidade de acionamento (25) compreender um servomotor que é disposto para agir no recipiente de fluido (22) através de uma engrenagem.
Aparelho (11) para operar o instrumento (10), de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, caracterizado pelo fato de possuir um dispositivo de controle (44), que é configurado para:
- - Iniciar, primeiramente, uma descarga do primeiro fluido com um primeiro impulso de alta pressão (50) e, subsequentemente, com pressão mais baixa através do canal de fluido (40) e
- - ativar a unidade de dosagem (16) para produzir um impulso de baixa pressão (53) depois do impulso de alta pressão (50) a fim de descarregar ο segundo fluido com pressão mais baixa através do canal de fluido (47).
Aparelho, de acordo com a reivindicação 12, caracterizado pelo fato de o aparelho (11) compreender um recipiente de pressão (42) para produzir o impulso de alta pressão (50) que pode ser abastecido por meio de uma bomba (41) com o primeiro fluido sob alta pressão e que pode ser conectado ao instrumento (10) através de uma válvula de liberação (43).
Aparelho, de acordo com qualquer uma das reivindicações 12 ou 13, caracterizado pelo fato de o aparelho (11) compreender uma saída de fluido para conexão da linha de fluido (17) do instrumento (10), como definido na reivindicação 1, além de uma conexão elétrica para a unidade dosadora (16).
Método para produzir um fluxo de fluido a partir de dois fluidos diferentes, caracterizado pelo fato de o primeiro fluido ser fornecido em um recipiente de pressão (42) sob uma primeira pressão e ser canalizado para dentro de uma linha de fluido (40) por meio de uma válvula de abertura súbita (43), e
onde um segundo fluido é fornecido em um recipiente (22) de uma forma sem pressão e é canalizado para dentro da linha de fluido (47) após a abertura da válvula (43) pela redução do volume do recipiente (22) sob uma segunda pressão inferior à primeira pressão;
onde uma unidade de acionamento (25), possuindo um servomotor, é fornecida para reduzir o volume do recipiente (22) e onde a unidade de acionamento (25) e a válvula (43) são controladas por um dispositivo de controle comum (44).