BR102018068943B1

BR102018068943B1 - sistema para implantação ou despoluição e revitalização de lagos artificiais ou naturais

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Publication number: BR102018068943B1
Application number: BR102018068943A
Authority: BR
Inventors: Gomes De Oliveira Daniel; Gomes De Oliveira Felipe; Carlos Gomes De Oliveira João; Gomes De Oliveira Netto Procópio
Original assignee: Dt Engenharia De Empreendimentos Ltda
Priority date: 2018-06-13
Filing date: 2018-09-18
Publication date: 2020-06-09
Also published as: BR102018068943A2; US20190382294A1; BR102018068943B8; US10597316B2

Abstract

sistema para implantação ou despoluição e revitalização de lagos artificiais ou naturais inseridos no interior de quadras (q) de loteamentos, com edificações (e) e ruas (r) no seu entorno, visando a modulação (m) nos lagos artificiais ou naturais (l), através de inserção de divisórias (1) por cortina vinílica, diques de terra, muros de concreto, ou outra forma, dividindo o lago artificial ou natural (l) em espaços isolados, de modo que não haja contato entre a água de cada módulo (m), sendo que cada módulo (m) poderá ser utilizado para atividades distintas, tais como banho (mb), esportes náuticos (me), pesca (mp), etc., sendo que a água do lago artificial ou natural (l) é despoluída através de unidade de tratamento móvel ou estacionária (7) e preferencialmente acondicionada em contêineres (7), conforme figs. 14 e 15.

Description

“SISTEMA PARA IMPLANTAÇÃO OU DESPOLUIÇÃO E REVITALIZAÇÃO DE LAGOS ARTIFICIAIS OU NATURAIS”.

CAMPO TÉCNICO

[001] Trata o presente sistema elaborado para implantar ou despoluir e revitalizar lagos artificiais ou naturais, de modo a torná-los próprios para utilização pela população, para banho, esportes náuticos, pesca, contemplação, etc.

HISTÓRICO DA TÉCNICA

[002] A ocupação imobiliária é uma realidade, onde as áreas naturais existentes são substituídas por loteamentos, com a construção de ruas, avenidas, alamedas e, logicamente, casas, tanto para moradia, como para veraneio.

[003] Em diversas regiões, em virtude das características de terrenos alagadiços, para a construção das edificações, é necessária a extração de grandes quantidades de areia das referidas quadras, de modo a aterrá-las.

[004] Essa extração de areia faz com que as ruas e edificações fiquem em um nível mais elevado, enquanto que, no interior das referidas quadras, sejam formados lagos artificiais, que ficam em um nível inferior aos das edificações e ruas.

[005] Estes lagos artificiais são incorporados à quadra ocupada pelas edificações, tornando-se parte integrante de sua estrutura urbanística.

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[006] A água destes lagos artificiais é proveniente do próprio lençol freático, e fica represada, sem vazão afluente constante ou perene, recebendo apenas cargas pluviais intermitentes.

[007] Como não existe circulação nem tratamento apropriado, as águas destes lagos artificiais degradam e ficam impróprias para a utilização pelas pessoas.

[008] Além da degradação natural da água estagnada, estes lagos artificiais, por estarem em um ponto mais baixo da quadra, recebem toda poluição difusa proveniente das edificações, terrenos circunvizinhos e das ruas e avenidas.

[009] As margens dos lagos artificiais, em sua grande maioria, são compostas por gramados, que são tratados com fertilizantes a base de NPK (nitrogênio, fósforo e potássio).

[010] A água da chuva lava estes gramados e carrega para o lago artificial, este NPK, bem como, toda a poluição difusa dos arredores, como folhas das árvores e lixo urbano.

[011] Os nutrientes (NPK), bem como, as matérias orgânicas provenientes das poluições difusas depositadas nos lagos artificiais fomentam a proliferação de algas, que ajudam a degradar a água do referido lago artificial.

[012] As algas são responsáveis pela eliminação do oxigênio da água, já que estas algas respiram à noite, consumindo o oxigênio da água, não permitindo a criação de peixes e causando o aumento do mau cheiro do lago em questão, fenômeno denominado de eutrofização.

[013] Isto também ocorre no caso de lagos naturais, em que as edificações são construídas no entorno do referido lago, que no início é um atrativo para a

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3/15 implantação do empreendimento, porém, com o passar do tempo ocorrem as cargas de poluição mencionados anteriormente, tornando o lago um problema para as edificações, em função da piora na qualidade de suas águas.

[014] Para amenizar este problema, são eventualmente instalados aeradores nos referidos lagos artificiais ou naturais, de modo a promover a oxigenação da água.

[015] Porém, estes aeradores, além de serem movidos à energia elétrica, acarretando alto custo para os proprietários dos imóveis circunvizinhos, os referidos aeradores não eliminam o problema da degradação dos lagos, já que não conseguem despoluí-los para a utilização humana.

[016] Diversas tecnologias já são largamente utilizadas para a desinfecção e/ou tratamento de massas d'água, porém, a maioria destas tecnologias é de alto custo, sendo impraticáveis para utilização em lagos artificiais ou naturais situados em quadras de loteamentos urbanos.

[017] Nenhuma destas tecnologias prevê a implantação e/ou revitalização ou despoluição de lagos artificiais ou naturais, a baixíssimo custo de implantação, de forma modulada e móvel, permitindo a revitalização plena para utilização do referido lago artificial ou natural, para o banho, esportes aquáticos, pesca e contemplação, podendo esses usos ser concomitantes.

[018] Além disso, a manutenção do sistema deve ser feita em períodos de tempo mais alongados, de modo que possua baixo custo de operação.

[019] Outro fator a ser destacado é permitir a eliminação dos aeradores já existentes nos lagos artificiais ou naturais, através de tratamento que elimine as causas da proliferação das algas e mantenha a oxigenação da água.

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ANÁLISE DO ESTADO DA TÉCNICA

[020] Métodos e processos de despoluição de cursos d'água ou de manutenção da qualidade de grandes corpos d'água já são conhecidos, destacando-se outras patentes e pedidos de patentes de invenção deste mesmo requerente nos Estados Unidos, que possui grande experiência nessa área da engenharia, com destaque para o documento US6802978B2, que apresenta um processo ambiental, incluindo uma micro aplicação de material flutuante / coagulante no curso de água, seguido de micro floculação para agregar partículas em suspensão a jusante, definindo flocos de maiores dimensões; submetem-se as partículas agregadas, a dissolução e a injeção de ar, causando uma micro flutuação de partículas agregadas; permitindo uma micro agregação do material flutuante a jusante; em seguida, o fluxo de água é jogado em uma corrente / efluente secundário, submetido a injeção ou aeração de ar; uma aplicação média de material de floculação / coagulação neste curso de água secundário para agregar partículas a jusante, evidenciando flocos de maiores dimensões; submetem-se partículas agregadas a jusante para dissolução e injeção de ar, submetendo o curso de água urbano a injeção de ar ou a intercalação de aeração, causando uma flutuação macro de partículas agregadas e uma macro agregação do material flutuante a jusante; removendo esse material ao longo de uma seção urbana antes que o efluente atinja a barragem de água para o abastecimento urbano.

[021] O documento CN1256250, que apresenta um processo de purificação de água através da microfloculação, com um floculante inorgânico e filtração de alto peso molecular e de profundidade direta.

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[022] O documento JP59222294 prevê um processo de purificação para água de rios e lagos, através de bombeamento da água. Este processo prevê a limpeza do lago, através do bombeamento de água, passando por uma tubulação embalada, equivalente a um filtro.

[023] O documento JP4115008 visa a limpeza de lagos que contém comunicação com o mar, permitindo a passagem de água do mar para o lago e o retorno para o mar.

[024] O documento US7820055B2 protege um sistema de limpeza de grandes corpos d'água, no qual a limpeza é efetuada, no máximo, a cada 7 (sete) dias, sendo o ideal a cada 4 (quatro) dias, bem como, a renovação de toda a água a cada 150 (cento e cinqüenta) dias. Este documento prevê a substituição da filtragem por um dispositivo de sucção e skimmers, mais a aplicação de pulsos de oxidação controlados, que são partes essenciais do processo.

[025] O documento US8465651B2 prevê um sistema de tratamento de massas d'água, provendo a utilização de banhistas no limite de 0,05 banhos por metro cúbico de água, ocorrendo a limpeza em intervalos de 7 (sete) dias. Este processo prevê o tratamento de uma pequena parcela da água do lago, que, ao ser devolvida para o lago, esta água limpa se mistura com a água não limpa do lago e dilui-se a contaminação, tornando a água utilizável para um pequeno número de banhista (0,05 banhos por metro cúbico de água, no máximo).

[026] O documento US8753520B1 prevê o tratamento de uma pequena porção de água, dentro de uma massa maior de água. Esta pequena porção é separada da porção maior de água e é tratada, inclusive com produtos químicos, sendo que a utilização é restrita a esta pequena porção tratada, enquanto que a porção restante (maior) não recebe nenhum tipo de tratamento.

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OBJETIVOS E VANTAGENS DA INVENÇÃO

[027] Assim, pensando em proporcionar a melhora do meio ambiente e a utilização pela população circunvizinha dos lagos artificiais ou naturais existentes, o requerente desenvolveu um sistema de baixo custo para implantação ou despoluição e revitalização de lagos artificiais ou naturais.

[028] Como é de conhecimento público, existem milhares de lagos artificiais ou naturais espalhados pelo mundo, e principalmente pelos Estados Unidos, decorrentes da extração de areia para o aterro de loteamentos imobiliários e viários.

[029] Estes lagos artificiais ou mesmo os naturais sofrem com a degradação de suas águas, tornando-as impróprias para uso humano ou mesmo para contemplação.

[030] O presente sistema prevê a implantação ou despoluição de lago artificial ou natural, contemplando o tratamento das águas, bem como, a sua revitalização através de subdivisão do lago artificial ou natural, em módulos para banho, prática de esportes náuticos, pesca, contemplação, etc, de acordo com a necessidade e/ou desejo da população circunvizinha.

[031] O tratamento da água será realizado através de unidade de tratamento de água modular e compacta, externa ao lago artificial ou natural e que pode ser estacionária no local ou preferencialmente móvel e acondicionada

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7/15 preferencialmente em contêineres ou de outra forma, já que não há necessidade de tratamento diário da massa de água, podendo, este tratamento, ser efetuado em intervalos de tempo, de acordo com a necessidade e leitura das condições da massa de água.

[032] A unidade de tratamento móvel é deslocada para o lago artificial ou natural, executa o tratamento e, ao final, é deslocada para outro lago artificial ou natural, para nova tarefa e assim, sucessivamente, reduzindo-se drasticamente os custos de manutenção e operação.

[033] Por ser modular, podem ser utilizadas quantas unidades de tratamento móvel forem necessárias para atender a despoluição de cada lago artificial ou natural específico, dependendo do seu tamanho e volume de água à ser tratado.

[034] Além de tratar a água do próprio lago artificial ou natural, é possível realizar a captação, o tratamento e a adução de outra fonte de água externa, como de outro lago, rio, represa, baía ou mar, podendo a água ser doce, salobra ou salgada, e inclusive ser fonte poluída com esgoto sanitário não coletado, muito comum em corpos d'água urbanos. Dessa forma, além da despoluição, a unidade de tratamento móvel poderá realizar a reposição de água em lagos artificiais ou naturais que estejam com problema de redução de seu volume em função de tempos de seca ou qualquer outro tipo de problema técnico que resulte na redução de seu volume.

[035] O processo de tratamento em si é realizado em um canal de tratamento com curso de água continuo, que inclui a micro aplicação de material floculante ou coagulante no curso de água; seguida de micro floculação, de modo que a jusante ocorra uma agregação de partículas em suspensão, definindo flocos de maiores dimensões; submetendo estas partículas agregadas e de maiores

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8/15 dimensões à jusante de curso de água a, pelo menos, a uma etapa de dissolução e injeção de ar ou oxigênio concentrado, ocasionando uma micro flotação das ditas partículas agregadas; permitindo que a jusante ocorra uma micro aglomeração do material flotado, o qual é removido desse curso de água; podendo eventualmente como última etapa do tratamento ser adicionado hipoclorito de sódio ou outro agente oxidante à água tratada para sua desinfecção.

[036] A divisão do lago artificial ou natural em módulos pode ser constituída preferencialmente através de cortinas vinílicas fixadas nas margens do lago, e que possuem flutuadores de superfície e lastros de fundo, de modo que não haja troca de água entre as separações, a divisão ainda pode ser realizada através de diques de terra, paredes de concreto ou outra forma.

[037] Para revitalização do lago artificial ou natural, é criada uma praia artificial no módulo destinado aos banhistas, além do tratamento adequado da água, é necessário a injeção de hipoclorito de sódio ou outro agente oxidante para garantir a balneabilidade, além disso, o lago artificial ou natural também recebe impermeabilização de fundo, através de manta vinílica, concreto, ou qualquer outro meio, para que não haja contaminação da água tratada com a água do lençol freático.

[038] Para conformação da praia artificial, sobre a impermeabilização de fundo é adicionada uma camada de areia fina, além de configuração paisagística e urbanística através de equipamentos comuns a uma praia urbana.

[039] Este sistema permite a eliminação completa dos aeradores dos lagos artificiais ou naturais, uma vez que a água tratada retorna ao lago saturada de oxigênio, além da remoção do odor, da matéria orgânica e dos nutrientes,

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9/15 inerente ao processo de tratamento por micro coagulação, micro floculação e micro flotação.

[040] Quando do tratamento da água, o lodo resultante da despoluição do lago artificial ou natural, que está saturado de nutrientes e matéria orgânica, é acondicionado na parte superior da unidade de tratamento móvel, em tubos geotêxtis, que eliminam a água do lodo, assim ele poderá ser transportado seco para aterro sanitário, ou reciclado e utilizado como fertilizante em outras regiões, por exemplo, em áreas de reflorestamento ou de plantações.

DESCRIÇÃO DAS FIGURAS

[041] Para complementar a presente descrição de modo a obter uma melhor compreensão das características do sistema para implantação ou despoluição e revitalização de lagos artificiais ou naturais, e de acordo com uma preferencial realização prática do mesmo, acompanha a descrição, em anexo, um conjunto de desenhos, onde, de maneira exemplificada, embora não limitativa, se representou o seguinte:

a fig. 1 é uma vista aérea de um loteamento, com uma quadra contendo lagos artificiais ou naturais poluídos;

a fig. 2 é uma vista aérea de um loteamento, com uma quadra contendo lagos artificiais ou naturais já despoluídos pela unidade de tratamento móvel;

a fig. 3 é uma vista aérea de um lago artificial ou natural, com seu uso definido exclusivamente para utilização para o banho, criando uma praia artificial e com o sistema de tratamento da água em funcionamento;

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10/15 a fig. 4 é uma vista aérea de um lago artificial ou natural, com seus vários módulos definidos, para banho, esportes náuticos e pesca, com o sistema de tratamento da água em funcionamento;

a fig. 5 é uma vista aérea de um lago artificial ou natural, com seus vários módulos definidos, para banho, esportes náuticos e pesca, com o sistema de tratamento da água em funcionamento, porém captando água de uma fonte externa, como outro lago, rio, represa, baía ou mar;

a fig. 6 é um corte transversal de um lago artificial ou natural com a separação das águas através de cortina vinílica, criando os módulos distintos;

a fig. 7 é um corte transversal da cortina vinílica para separação das águas, mostrando a areia da praia e a impermeabilização de fundo do lago artificial ou natural;

a fig. 8 é uma vista aérea de um módulo da unidade de tratamento móvel sobre o caminhão para transporte;

a fig. 9 é uma vista interna de um módulo da unidade de tratamento móvel sobre o caminhão para transporte;

a fig. 10 é uma corte longitudinal de um módulo da unidade de tratamento móvel sobre o caminhão para transporte;

a fig. 11 é uma corte transversal de um módulo da unidade de tratamento móvel sobre o caminhão para transporte;

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11/15 a fig. 12 é uma vista lateral de um módulo da unidade de tratamento móvel acondicionado em contêineres e sobre o caminhão para transporte;

a fig. 13 é uma vista traseira de um módulo da unidade de tratamento móvel acondicionado em contêineres e sobre o caminhão para transporte;

a fig. 14 é uma vista lateral de um módulo da unidade de tratamento móvel acondicionado em contêineres e descarregada sobre o solo de um local próximo ao lago artificial ou natural à ser tratado.

a fig. 15 é uma vista traseira de um módulo da unidade de tratamento móvel acondicionado em contêineres e descarregada sobre o solo de um local próximo ao lago artificial ou natural à ser tratado.

DESCRIÇÃO DETALHADA DO OBJETO

[042] Com referências aos desenhos ilustrados, o presente privilégio se refere a um “SISTEMA PARA IMPLANTAÇÃO OU DESPOLUIÇÃO E REVITALIZAÇÃO DE LAGOS ARTIFICIAIS OU NATURAIS”, mais precisamente, trata-se de sistema para implantação ou despoluição e revitalização de lagos artificiais ou naturais (L), inseridos no interior de quadras (Q) de loteamentos, com edificações (E) e ruas (R) no seu entorno, visando a modulação (M) nos lagos artificiais ou naturais (L), através de inserção de divisórias (1) por cortina vinílica, diques de terra, muros de concreto, ou outra forma, dividindo o lago artificial ou natural (L) em espaços isolados, de modo que não haja contato entre a água de cada módulo (M), sendo que cada módulo (M) poderá ser utilizado para atividades distintas, tais como banho (MB), esportes náuticos (ME), pesca (MP), etc., sendo que a água do lago artificial ou natural (L) é despoluída através de unidade de

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12/15 tratamento móvel ou estacionária (7) e preferencialmente acondicionada em contêineres (7), conforme Figs. 14 e 15.

[043] Segundo o presente, compreende sistema para implantação ou despoluição e revitalização de lagos artificiais ou naturais (L), de divisórias (1) constituídas preferencialmente por cortinas vinílicas, que possui flutuadores de superfície (8) e lastros de fundo (9), ou por diques de terra e paredes de concreto, para a formação de módulos (M) de utilização diversa, tais como, banho (MB), esportes náuticos (ME), pesca (MP) e etc.

[044] A modulação (M) do lago artificial ou natural (L) pode ser efetuada em qualquer escala, dimensão ou número, sendo limitado apenas pela área do próprio lago artificial ou natural (L).

[045] O módulo (M) dimensionado para o banho (MB), recebe tratamento da água compatível, sendo que a manutenção de sua balneabilidade é garantida por tratamentos periódicos e dosagem de hipoclorito de sódio ou outro agente oxidante.

[046] Para a formação da praia artificial (2) no módulo de banho (MB), o fundo (3) do módulo de banho (MB) é impermeabilizado (4) através manta vinílica, concreto, ou outro material.

[047] No módulo de banho (MB), areia fina (5) em quantidade suficiente é depositada desde a margem (6) até o limite da área alagada destinada para o banho (1) (Fig. 6), formando a praia artificial (2) propriamente dita, sendo que a camada de areia fina (5) fica estacionaria, uma vez que o lago artificial ou natural (L) não possui vazão afluente considerável.

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[048] A unidade de tratamento móvel (7) pode ficar estacionada próxima ao lago artificial ou natural (L) ou ser utilizado em um caminhão de transporte (10), que chega ao lago artificial ou natural (L), executada o tratamento e, ao final, é transportado para outro lago artificial ou natural (L) onde o ciclo de tratamento se reinicia. A água é captada em um ponto do lago artificial ou natural (L) através de bombeamento por tubulação flexível (11A), em seguida a água é despoluída na unidade de tratamento móvel (7), em um curso de água contínuo, e retorna tratada para o lago através de outra tubulação flexível de adução (11B), preferencialmente, a água tratada deve retornar para o lado oposto de onde a água poluída foi captada no lago artificial ou natural (L), criando um fluxo de água, facilitando assim a despoluição completa do lago artificial ou natural (L).

[049] Além de tratar a água do próprio lago artificial ou natural (L), é possível realizar a captação por tubulação flexível (11A), o tratamento na unidade de tratamento móvel (7) e a adução por tubulação flexível (11B) de outra fonte de água externa (F), como de outro lago, rio, represa, baía ou mar, podendo a água ser doce, salobra ou salgada, e inclusive ser de fonte poluída com esgoto sanitário não coletado, muito comum em corpos d'água urbanos. Dessa forma, além da despoluição, a unidade de tratamento móvel (7) poderá realizar a reposição de água em lagos artificiais ou naturais (L) que estejam com problema de redução de seu volume em função de tempos de seca ou qualquer outro tipo de problema técnico que resulte na redução de seu volume.

[050] O processo de tratamento em si é realizado em um canal de tratamento (12) com curso de água contínuo circunscrito internamente na unidade de tratamento (7), que inclui a micro aplicação de material floculante ou coagulante (13) no curso de água (12); seguida de micro floculação (15), de modo que a jusante ocorra uma agregação de partículas em suspensão, definindo flocos de maiores dimensões; submetendo estas partículas agregadas

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14/15 e de maiores dimensões à jusante de curso de água a, pelo menos, uma etapa de dissolução e injeção de ar ou oxigênio concentrado (16), ocasionando uma micro flotação das ditas partículas agregadas; permitindo que a jusante ocorra uma micro aglomeração do material flotado (17), o qual é removido desse curso de água (12) por calha flutuante (18); podendo, eventualmente, como última etapa do tratamento, ser adicionado hipoclorito de sódio ou outro agente oxidante (19) na água tratada, para garantir sua desinfecção e utilização para balneabilidade. Este processo de tratamento apresenta eficiências de remoção de poluentes superiores a 95%, eliminando, inclusive, o odor e liberando a água saturada de oxigênio, além de não haver necessidade de realizar nenhum tipo de processo de filtração da água, o que encareceria de sobremaneira os custos de operação.

[051] O canal de tratamento (12) não possui qualquer divisão física ou espaço entre as etapas de tratamento, criando um curso de água contínuo, garantindo uma capacidade máxima de tratamento, aumentando o tempo de detenção hidráulica e por consequência a maior capacidade de tratamento, reduzindo assim os custos de implantação e de operação. Além disso, o canal de tratamento (12) circunscrito internamente na estação de tratamento (7) é a forma mais eficiente por combinar maior capacidade de tratamento por área instalada.

[052] As etapas de micro coagulação (13) e micro floculação (15) são realizadas no fluxo contínuo do canal de tratamento (12) com controle preciso da energia aplicada na mistura através da injeção de bolhas finas, médias e grossas (14) com intensidade variável e controlada, o que aumenta a eficiência da mistura do coagulante e do floculante na água, bem como, na formação dos coágulos e posteriormente dos flocos, reduzindo, assim, o consumo desses produtos químicos, e conseqüentemente, seu volume de estoque e o custo de operação.

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[053] Os tanques de produtos químicos (20) para coagulante, floculante e hipoclorito de sódio ou outro agente oxidante, bem como, os equipamentos de processos (21), necessários para operação do sistema, como bombas, sopradores, compressores e misturadores ar/água, estão dispostos, preferencialmente, no piso superior da unidade de tratamento móvel (7), possibilitando que o canal de tratamento (12) fique situado no piso inferior da referida unidade de tratamento (7) e possa ser acessado facilmente pelo operador do sistema.

[054] Durante o procedimento de limpeza da água do lago artificial ou natural (L), o lodo removido da água pela unidade de tratamento móvel (7), através de calha flutuante (18), possui alto teor de sólidos, cerca de 4%, o que reduz o volume de armazenamento de lodo, aumentando a autonomia do sistema e reduzindo os custos. Além disso, esse lodo saturado de nutrientes, é acondicionado na parte superior da unidade de tratamento móvel (7) em tubos geotêxtis (22), que eliminam a água do lodo, podendo receber luz solar acelerando o processo, e assim o lodo poderá ser transportado seco para aterro sanitário ou reciclado e utilizado como fertilizante em outras regiões, por exemplo, em áreas de reflorestamento ou de plantações.

Claims

REIVINDICAÇÕES

1 - “SISTEMA PARA IMPLANTAÇÃO OU DESPOLUIÇÃO E REVITALIZAÇÃO DE LAGOS ARTIFICIAIS OU NATURAIS”, caracterizado pelo fato de ser provida de uma modulação (M) nos lagos artificiais ou naturais (L), através de inserção de divisórias (1) por cortina vinílica, diques de terra, muros de concreto, ou outra forma, dividindo o lago artificial ou natural (L) em espaços isolados, de modo que não haja contato entre a água de cada módulo (M), sendo que cada módulo (M) poderá ser utilizado para atividades distintas, tais como banho (MB), esportes náuticos (ME), pesca (MP), ou outra utilização, sendo que a água do lago artificial ou natural (L) é despoluída através de unidade de tratamento móvel ou estacionária (7) e preferencialmente acondicionada em contêineres (7), conforme Figs. 14 e 15.
2 - “SISTEMA PARA IMPLANTAÇÃO OU DESPOLUIÇÃO E REVITALIZAÇÃO DE LAGOS ARTIFICIAIS OU NATURAIS”, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que as divisórias (1) constituídas preferencialmente por cortinas vinílicas, possui flutuadores de superfície (8) e lastros de fundo (9), ou por diques de terra e paredes de concreto, para a formação de módulos (M) de utilização diversa, tais como, banho (MB), esportes náuticos (ME), pesca (MP), ou outra utilziação.
3 - “SISTEMA PARA IMPLANTAÇÃO OU DESPOLUIÇÃO E REVITALIZAÇÃO DE LAGOS ARTIFICIAIS OU NATURAIS”, de acordo com as reivindicações anteriores, caracterizado pelo fato de que, o módulo (M) dimensionado para o banho (MB), recebe tratamento da água compatível,

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2/6 sendo que a manutenção de sua balneabilidade é garantida por tratamentos periódicos e dosagem de hipoclorito de sódio ou outro agente oxidante (19).
4 - “SISTEMA PARA IMPLANTAÇÃO OU DESPOLUIÇÃO E REVITALIZAÇÃO DE LAGOS ARTIFICIAIS OU NATURAIS”, de acordo com as reivindicações anteriores, caracterizado pelo fato de que, para a formação da praia artificial (2) no módulo de banho (MB), o fundo (3) do módulo de banho (MB) é impermeabilizado (4) através manta vinílica, concreto, ou outro material.
5 - “SISTEMA PARA IMPLANTAÇÃO OU DESPOLUIÇÃO E REVITALIZAÇÃO DE LAGOS ARTIFICIAIS OU NATURAIS”, de acordo com as reivindicações anteriores, caracterizado pelo fato de que, no módulo de banho (MB), areia fina (5) em quantidade suficiente é depositada desde a margem (6) até o limite da área alagada destinada para o banho (1), formando a praia artificial (2) propriamente dita, sendo que a camada de areia (5) fica estacionaria, uma vez que o lago artificial ou natural (L) não possui vazão afluente considerável.
6 - “SISTEMA PARA IMPLANTAÇÃO OU DESPOLUIÇÃO E REVITALIZAÇÃO DE LAGOS ARTIFICIAIS OU NATURAIS”, de acordo com as reivindicações anteriores, caracterizado pelo fato de que, a unidade de tratamento móvel (7) pode ficar estacionada próxima ao lago artificial ou natural (L) ou ser utilizado em um caminhão de transporte (10), que chega ao lago artificial ou natural (L), executada o tratamento e, ao final, é transportado para outro lago artificial ou natural (L) onde o ciclo de tratamento se reinicia, sendo que a água é captada em um ponto do lago artificial ou natural (L) através de bombeamento por tubulação flexível (11A), em seguida a água é despoluída

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3/6 na unidade de tratamento móvel (7), em um curso de água contínuo, e retorna tratada para o lago através de outra tubulação flexível (11B), preferencialmente, a água tratada deve retornar para o lado oposto de onde a água poluída foi captada no lago artificial ou natural (L), criando um fluxo de água, facilitando assim a despoluição completa do lago artificial ou natural (L).
7 - “SISTEMA PARA IMPLANTAÇÃO OU DESPOLUIÇÃO E REVITALIZAÇÃO DE LAGOS ARTIFICIAIS OU NATURAIS”, de acordo com as reivindicações anteriores, caracterizado pelo fato de que, além de tratar a água do próprio lago artificial ou natural (L), é possível realizar a captação por tubulação flexível (11A), o tratamento na unidade de tratamento móvel (7) e a adução por tubulação flexível (11B) de outra fonte de água externa (F), como de outro lago, rio, represa, baía ou mar, podendo a água ser doce, salobra ou salgada, e inclusive ser de fonte poluída com esgoto sanitário não coletado, sendo que, além da despoluição da fonte de água externa (F), a unidade de tratamento móvel (7) poderá realizar a reposição de água em lagos artificiais ou naturais (L) que estejam com problema de redução de seu volume em função de tempos de seca ou qualquer outro tipo de problema técnico que resulte na redução de seu volume.
8 - “SISTEMA PARA IMPLANTAÇÃO OU DESPOLUIÇÃO E REVITALIZAÇÃO DE LAGOS ARTIFICIAIS OU NATURAIS”, de acordo com as reivindicações anteriores, caracterizado pelo fato de que, o processo de tratamento é realizado em um canal de tratamento (12) com curso de água contínuo circunscrito internamente na estação de tratamento (7), que inclui a micro aplicação de material floculante ou coagulante (13) no curso de água (12); seguida de micro floculação (15), de modo que a jusante ocorra uma agregação de partículas em suspensão, definindo flocos de maiores dimensões;

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4/6 submetendo estas partículas agregadas e de maiores dimensões à jusante de curso de água (12) a, pelo menos, uma etapa de dissolução e injeção de ar ou oxigênio concentrado (16), ocasionando uma micro flotação das ditas partículas agregadas; permitindo que a jusante ocorra uma micro aglomeração do material flotado (17), o qual é removido desse curso de água (12) por calha flutuante (18); podendo eventualmente como última etapa do tratamento, ser adicionado hipoclorito de sódio ou outro agente oxidante (19) na água tratada, para garantir sua desinfecção e utilização para balneabilidade, apresentando, este processo de tratamento, eficiências de remoção de poluentes superiores a 95%, eliminando, inclusive, o odor e liberando a água saturada de oxigênio, além de não haver necessidade de realizar nenhum tipo de processo de filtração da água.
9 - “SISTEMA PARA IMPLANTAÇÃO OU DESPOLUIÇÃO E REVITALIZAÇÃO DE LAGOS ARTIFICIAIS OU NATURAIS”, de acordo com as reivindicações anteriores, caracterizado pelo fato de que, o canal de tratamento (12) não possui qualquer divisão física ou espaço entre as etapas de tratamento, criando um curso de água contínuo (entrada em 11A e saída em 11B), garantindo uma capacidade máxima de tratamento, aumentando o tempo de detenção hidráulica e, por conseqüência, a maior capacidade de tratamento, reduzindo assim os custos de implantação e de operação, sendo que o canal de tratamento (12), circunscrito internamente nas unidades de tratamento (7), é a forma mais eficiente por combinar maior capacidade de tratamento por área instalada.
10 - “SISTEMA PARA IMP LANTAÇÃO OU DESPOLUIÇÃO E REVITALIZAÇÃO DE LAGOS ARTIFICIAIS OU NATURAIS”, de acordo com

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5/6 as reivindicações anteriores, caracterizado pelo fato de que, as etapas de micro coagulação (13) e micro floculação (15) são realizadas no fluxo contínuo do canal de tratamento (12), com controle preciso da energia aplicada na mistura, através da injeção de bolhas finas, médias e grossas (14), com intensidade variável e controlada, o que aumenta a eficiência da mistura do coagulante e do floculante na água, bem como, na formação dos coágulos e posteriormente dos flocos, reduzindo assim o consumo desses produtos químicos, e, conseqüentemente, seu volume de estoque e o custo de operação.
11 - “SISTEMA PARA IMPLANTAÇÃO OU DESPOLUIÇÃO E REVITALIZAÇÃO DE LAGOS ARTIFICIAIS OU NATURAIS”, de acordo com as reivindicações anteriores, caracterizado pelo fato de que, os tanques de produtos químicos (19) para coagulante, floculante e hipoclorito de sódio ou outro agente oxidante, bem como, os equipamentos de processos (20) necessários para operação do sistema, como bombas, sopradores, compressores e misturadores ar/água, estão dispostos preferencialmente, no piso superior da unidade de tratamento móvel (7), possibilitando que o canal de tratamento (12) fique situado no piso inferior e possa ser acessado facilmente pelo operador do sistema.
12 - “SISTEMA PARA IMPLANTAÇÃO OU DESPOLUIÇÃO E REVITALIZAÇÃO DE LAGOS ARTIFICIAIS OU NATURAIS”, de acordo com as reivindicações anteriores, caracterizado pelo fato de que, durante o procedimento de limpeza da água do lago artificial ou natural (L), o lodo removido da água pela unidade de tratamento móvel (7), através de calha flutuante (18), possui alto teor de sólidos, cerca de 4%, o que reduz o volume de armazenamento de lodo, aumentando a autonomia

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6/6 do sistema e reduzindo os custos, sendo esse lodo saturado de nutrientes, acondicionado na parte superior da unidade de tratamento móvel (7) em tubos geotêxtis (22), que eliminam a água do lodo, podendo receber luz solar acelerando o processo, e assim, o lodo poderá ser transportado seco para aterro sanitário ou reciclado e utilizado como fertilizante em outras regiões, por exemplo, em áreas de reflorestamento ou de plantações.