BR102012027244A2 - Disposição construtiva introduzida em queimador a gás - Google Patents

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    • F23DBURNERS
    • F23D14/00Burners for combustion of a gas, e.g. of a gas stored under pressure as a liquid
    • F23D14/02Premix gas burners, i.e. in which gaseous fuel is mixed with combustion air upstream of the combustion zone
    • F23D14/04Premix gas burners, i.e. in which gaseous fuel is mixed with combustion air upstream of the combustion zone induction type, e.g. Bunsen burner
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Abstract

DISPOSIÇÃO CONSTRUTIVA INTRODUZIDA EM QUEIMADOR A GÁS A presente invenção refere-se a uma nova disposição construtiva introduzida em um queimador a gás, a qual é responsável pela equalização das chamas, além de ser isenta de cantos vivos. Tais características acabam por otimizar a eficiência e a limpeza do queimador em questão. O queimador a gás (1) compreende uma pluralidade de pórticos (4) definidos a partir interação entre as múltiplas ranhuras substancialmente verticais (32) da capa (3) e a parede contornante (21) da base (2) e pelo menos um canal de ligação (6) disposto entre pelo menos dois pórticos (4) definido a partir da interação entre a base (2) e a capa (3).

Description

Relatório Descritivo de Patente de Invenção para “DISPOSIÇÃO CONSTRUTIVA INTRODUZIDA EM QUEIMADOR A GÁS”.
Campo da Invenção
A presente invenção refere-se a uma nova disposição construtiva introduzida em 5 um queimador a gás, o qual é normalmente utilizado em dispositivos de cocção, como por exemplo, fogões a gás e cooktops a gás. Em linhas gerais, o queimador a gás ora revelado possui uma construtividade otimizada, a qual é responsável pela equalização das chamas. Além disto, esta mesma construtividade otimizada é substancialmente isenta de cantos vivos.
Fundamentos da Invenção
Como é do conhecimento dos técnicos versados no assunto, queimadores a gás compreendem elementos capazes de proporcionar e sustentar a combustão de um gás de forma estável, limpa e segura. Portanto, um queimador a gás prevê pelo menos uma tubulação de entrada de gás e pelo menos um pórtico de saída de gás.
Convencionalmente, queimadores a gás são utilizados em equipamentos de cocção
residenciais ou industriais, como por exemplo, fogões a gás e cooktops a gás.
Neste sentido, nota-se que o atual estado da técnica é compreendido por uma infinidade de modelos de queimadores a gás, entretanto, a maioria destes modelos é baseada em princípios construtivo-funcionais semelhantes. Segundo estes princípios, grande parte dos queimadores a gás é composta por dois corpos distintos e passíveis de associação funcional entre si.
Deste modo, e em linhas gerais, tais queimadores a gás são fundamentalmente conformados por (ou pela união de) uma base e uma tampa. Nestes casos, a tubulação de entrada de gás é normalmente vinculada à base do queimador, e os pórticos de saída de gás são conformados na tampa do queimador, ou ainda, entre a tampa e a base do queimador.
Um exemplo de concretização convencional, e até mesmo obsoleta, de um queimador a gás pode ser observada no documento JP 57010630, onde é descrito um queimador compreendido por uma base, uma capa e uma tubulação interna projetada entre 30 o topo interno da capa e o fundo interno da base. Nesta concretização, são definidos pórticos inferiores e pórticos superiores. Os pórticos inferiores (pórticos de queima) são definidos ao longo do espaço entre a expansão da base e toda região inferior da tubulação interna e possuem, cada um, um formato substancialmente ondulado. Os pórticos superiores (pórticos de chama piloto) são definidos entre a parede contornante e duas 35 regiões de topo da tubulação interna, e mais particularmente, apenas nas áreas onde existem furos de conexão com os pórticos inferiores. Os referidos pórticos superiores possuem, cada um, um formato substancialmente semi-ondulado. Segundo esta concretização, e de acordo com os ensinamentos descritos no documento JP 57010630, o gás introduzido na base é imediatamente obstruído pela tubulação interna, preenchendo assim o espaço entre a base e a tubulação e fluindo para o ambiente externo através dos pórticos inferiores e pórticos superiores.
Outro exemplo de concretização convencional e igualmente obsoleta de um
queimador a gás pode ser observada no documento US 5152276, onde é descrito um queimador compreendido por uma base e uma robusta capa. Nesta concretização, também são definidos pórticos inferiores e pórticos superiores. Os pórticos inferiores e os pórticos superiores são definidos por furos dispostos em um trecho longitudinal da parede 10 contornante da capa, e possuem, cada um, um formato um contorno substancialmente circular. Segundo esta concretização, e de acordo com os ensinamentos descritos no documento US 5152276, o gás introduzido na base preenche todo o volume interno do queimador e flui para o ambiente externo através dos pórticos inferiores e pórticos superiores.
Um exemplo de concretização convencional, porém contemporânea, de um
queimador a gás é observada no documento US 2010 0175683, onde é também descrito um queimador compreendido por uma base e uma capa. Nesta concretização, são definidos pórticos primários e pórticos secundários. Os pórticos primários são definidos por ranhuras verticais dispostas na parede da contornante da base. Os pórticos secundários são definidos 20 por ranhuras horizontais também dispostas na parede da contornante da base. Na verdade, as ranhuras verticais e horizontais podem ser entendidas como pórticos apenas quando a tampa encontra-se adequadamente disposta sobre a base. Segundo esta concretização, e de acordo com os ensinamentos descritos no documento US 2010 0175683, os pórticos primários e secundários são substancialmente isolados entre si por projeções estruturais 25 definidas pela própria geometria da base do queimador a gás em questão. Neste sentido, o gás introduzido na base preenche todo o volume interno do queimador e flui para o ambiente externo através dos mencionados pórticos primários e secundários.
Outro exemplo de concretização convencional e contemporânea de um queimador a gás é pormenorizada no documento Pl 0804615-8, onde é descrito um queimador 30 compreendido por uma base e uma capa. Nesta concretização, são também definidos pórticos primários e pórticos secundários, ambos radialmente projetados a partir do centro da base e localizados na periferia mais externa da capa. Em linhas gerais, os pórticos primários, estes sendo côncavos, e os pórticos secundários, estes sendo convexos, são definidos pela face lateral da tampa, a qual é provida de rebaixos côncavos e ressaltos 35 convexos intercaladamente dispostos. Na verdade, estes rebaixos e ressaltos podem ser entendidos como pórticos apenas quando a tampa encontra-se adequadamente alojada no interior da base. Segundo esta concretização, e de acordo com os ensinamentos descritos no documento Pl 0804615-8, o gás introduzido na base preenche todo o volume interno do queimador e flui para o ambiente externo através dos mencionados pórticos primários e secundários.
Os documentos acima citados tratam-se apenas de exemplos de concretizações já 5 pertencentes ao atual estado da técnica, entretanto, demais concretizações atualmente existentes também estão sujeitas aos dois principais aspectos passíveis de melhoria existentes nos queimadores exemplificados nos documentos JP 57010630, US 5152276, US 2010 0175683 e Pl 0804615-8, a saber: a deficiência no que diz respeito à comunicação fluida entre pórticos do mesmo “nível” ou “tipo”, e a dificuldade de limpeza do queimador 10 propriamente dito.
No que diz respeito à deficiência de comunicação fluida entre pórticos do mesmo “nível” ou “tipo”, observa-se duas situações extremamente opostas.
No caso do queimador descrito no documento US 5152276, todos os pórticos independentemente do “nível” ou “tipo” - estão em comunicação fluida, e impossibilita que pórticos de diferentes “níveis” ou “tipos” trabalhem com vazões distintas.
Já no caso dos queimadores descritos nos documentos JP 57010630, US 2010 0175683 e Pl 0804615-8, nota-se que pórticos do mesmo “nível” ou “tipo” são separados ou isolados entre si por pórticos de outro “nível” ou “tipo” (pórticos primários ou superiores espaçados entre si por pórticos secundários ou inferiores). Quando se observa apenas a 20 “separação” de pórticos do mesmo “nível” ou “tipo” por pórticos de outro “nível” ou “tipo” existe a problemática de espaçamento físico entre os mesmos, e consequentemente, a falta de alimentação de ar (secundário, por difusão) destes pórticos. Quando se observa o “isolamento” de pórticos do mesmo “nível” ou “tipo” por pórticos de outro “nível” ou “tipo” existe a problemática relacionada à propagação de chama, afinal, a ignição se dá, via de 25 regra, em um pórtico, ou conjunto de pórticos, havendo portanto a necessidade de comunicação entre os pórticos afim de que todos os pórticos de todo perímetro do queimador estejam em combustão.
No que diz respeito à dificuldade de limpeza dos queimadores, nota-se que, com exceção ao queimador descrito no documento Pl 0804615-8, os pórticos são definidos por furos ou rasgos de cantos vivos, e estas conformações dificultam sobremaneira a limpeza dos citados pórticos e, consequentemente, a limpeza dos queimadores propriamente ditos.
Dentro deste contexto, resta ainda evidenciar o queimador a gás descrito no documento Pl 1105194-9, o qual é fundamentalmente composto por uma base, por um anel intermediário e por uma tampa, sendo os três corpos concentricamente alojados um sobre o 35 outro. Neste caso, as ranhuras definidas na parede interna do anel intermediário em conjunto com a capa acabam por definir os pórticos do queimador, e a parede externa do anel intermediário em conjunto com a parede interna da base acaba por definir um anel contínuo de “chama piloto”. Como as ranhuras definidas na parede interna do anel intermediário são isentas de cantos vivos, e como os pórticos do queimador são radialmente próximos do anel contínuo de “chama piloto”, pode-se dizer que o queimador descrito no documento Pl 1105194-9 resolve os principais aspectos negativos (dificuldade de limpeza e dificuldade de manutenção de chama) acima citados, permitindo ainda que a vazão dos pórticos seja diferente da vazão do anel contínuo de “chama piloto”. Entretanto, os pórticos deste queimador ainda são fluidamente isolados entre si, e além disto, este queimador só alcança os benefícios mencionados pelo fato de ser composto por três corpos distintos, os quais demandas, consequentemente, três distintos meios de produção (três moldes de injeção de material, ou ainda, três programas distintos de usinagem). É com base neste contexto que surge a presente invenção.
Objetivos da Invenção
Desta forma, é um dos objetivos da presente invenção apresentar uma nova disposição construtiva introduzida em queimador a gás capaz de alcançar benefícios equivalentes aos benéficos do queimador descrito no documento Pl 1105194-9 através de uma concretização mais simples.
É então um dos objetivos da presente invenção que o queimador a gás ora proposto seja fundamentalmente composto por apenas dois corpos. Portanto, são ainda objetivos da presente invenção que este queimador a gás composto por apenas dois corpos seja de fácil limpeza e apresente alta eficiência energética, além de excelente manutenção das chamas dos pórticos.
É ainda outro objetivo da presente invenção que os pórticos do queimador ora revelado apresentem comunicação fluida entre si, e comunicação fluida com os meios de manutenção de suas chamas.
É também um dos objetivos da presente invenção revelar uma nova disposição construtiva introduzida em queimador a gás capaz de prever a existência de pórticos e meios de manutenção de chamas dos pórticos a partir da interação de apenas dois corpos, ou seja, a partir da interação da base e tampa.
Sumário da Invenção
Estes e outros objetivos da invenção ora revelada são totalmente alcançados por meio da disposição construtiva introduzida em queimador a gás, o qual compreende pelo menos uma base, pelo menos uma capa, uma pluralidade de pórticos e pelo menos um espaçador. A capa é passível de alojamento concêntrico no interior da base, e os pórticos são definidos a partir interação entre as múltiplas ranhuras substancialmente verticais da capa e a parede contornante da base
De acordo com os conceitos e objetivos da presente invenção, vale destacar que a base compreende pelo menos uma parede contornante e pelo menos uma placa de fundo. A capa compreende pelo menos uma parede contornante e pelo menos uma placa de topo, sendo que a parede contornante da referida capa prevê múltiplas ranhuras substancialmente verticais definidas em sua face externa. Neste sentido, cada duas ranhuras substancialmente verticais são espaçadas entre si por pelo menos uma projeção.
De acordo com as características inéditas da presente invenção, verifica-se que o queimador a gás ora revelado compreende ainda pelo menos um canal de ligação disposto entre pelo menos dois pórticos, sendo que cada canal de ligação é definido a partir da interação entre a base e a capa. Mais especificamente, cada canal de ligação é definido a 10 partir da interação entre pelo menos uma projeção da capa e pelo menos um trecho da parede contornante da base. Neste sentido, observa-se então que cada canal de ligação compreende o espaçamento existente entre pelo menos uma projeção da capa e pelo menos um trecho da parede contornante da base.
Preferencialmente, o espaçamento existente entre pelo menos uma projeção da capa e pelo menos um trecho da parede contornante da base é definido pelo espaçador, o qual pode ser associado à base do queimador, ou ainda, à tampa do queimador. Opcionalmente, o referido espaçador compreende ainda o guia de montagem da tampa sobre a base.
Em relação aos pórticos do queimador a gás ora revelado, vale destacar que os mesmos possuem, de forma preferencial, um perfil substancialmente semi-circular, um perfil substancialmente semi-elíptico, um perfil substancialmente senoidal, ou ainda, um perfil substancialmente semi-senoidal.
No mais, e de forma preferencial, o ângulo de saída dos pórticos é definido pela inclinação das múltiplas ranhuras substancialmente verticais da capa e da parede contornante da base, sendo que preferencialmente, estas as múltiplas ranhuras substancialmente verticais da capa e esta parede contornante da base são paralelas entre si.
Em relação aos canais de ligação do queimador a gás ora revelado, vale destacar que os mesmos compreendem um canal de chama piloto que também cumpre a função de 30 propagar a chama - após o início do processo de combustão, dado por um agente externo por todo o perímetro do queimador onde pórticos se fazem presentes. Preferencialmente, o referido queimador a gás ora revelado prevê pelo menos um canal de ligação contornante. No mais, e de forma preferencial, o ângulo de saída de cada canal de ligação é definido pela inclinação de pelo menos uma projeção da capa e de pelo menos um trecho da parede 35 contornante da base, sendo que preferencialmente, pelo menos uma projeção da capa e de pelo menos um trecho da parede contornante da base são paralelos entre si
Descrição Resumida dos Desenhos A presente invenção será pormenorizadamente descrita com base nas figuras abaixo relacionadas, as quais:
Afigura 1 ilustra o queimador ora tratado, visto em perspectiva isométrica;
Afigura 2 ilustra o queimador ora tratado, visto em perspectiva explodida;
Afigura 3 ilustra a base do queimador ora tratado, vista superiormente;
A figura 4 ilustra a capa do queimador ora tratado, vista superiormente;
Afigura 5 ilustra a capa do queimador ora tratado, vista perspectiva isométrica; e Afigura 6 ilustra a capa do queimador ora tratado, vista lateralmente.
Descrição Detalhada da Invenção Conforme anteriormente mencionado, é o objetivo principal da presente invenção
apresentar um queimador a gás provido de todos os benefícios funcionais presentes no queimador a gás descrito no documento Pl 1105194-9 e, ao mesmo tempo, isento de todos eventuais aspectos negativos ou Iimitativos presentes neste mesmo queimador a gás.
Portanto, é revelado um queimador a gás 1 fundamentalmente compreendido por uma base 2 e uma tampa 3.
O fato do referido queimador a gás 1 ser composto por apenas dois corpos pode ser traduzido em melhoria relevante frente ao queimador a gás descrito no documento Pl 1105194-9. Entretanto, e para que o queimador a gás 1 em tela apresente as duas grandes vantagens do queimador a gás descrito no documento Pl 1105194-9 (concretização isenta 20 de cantos vivos e de fácil limpeza, e existência de um anel de chama piloto responsável pela manutenção das chamas dos pórticos), é cabal que o mesmo seja provido de pórticos funcionais e pelo menos um canal de ligação entre os postiços funcionais, sendo ambos definidos a partir da simples interação entre a referida base 2 e a tampa 3 (evidentemente, a capa 3 é passível de alojamento concêntrico no interior da base 2).
Neste sentido, o queimador a gás 1 prevê, além da base 2 e da tampa 3, uma
pluralidade de pórticos 4, pelo menos um espaçador 5 e pelo menos um canal de ligação 6 disposto entre pelo menos dois pórticos 4. Vale então destacar que um dos grandes méritos da presente invenção refere-se ao fato de que cada canal de ligação 6 é definido a partir da interação entre a base 2 e a capa 3.
De acordo com a concretização preferencial da presente invenção, e conforme o
ilustrado nas figuras 1, 2 e 3, nota-se então que a referida base 2 compreende uma parede contornante 21, uma placa de fundo 22 e um anel externo 23. Evidentemente, a mencionada placa de fundo 22 possui também um furo passante 24 hábil de ser vinculado a meios de fornecimento de gás (já pertencentes ao atual estado da técnica).
A capa 3, por sua vez, compreende pelo menos uma parede contornante e pelo
menos uma placa de topo 31. A parede contornante da referida capa 3 é fundamentalmente troco-cônica, sendo iniciada a partir da borda externa da placa de topo 31, e estendendo-se verticalmente para baixo de modo apresentar um diâmetro continuamente decrescente. A mencionada parede contornante da capa 3 prevê ainda, em sua face externa, múltiplas ranhuras substancialmente verticais 32, as quais são radialmente espaçadas entre si por uma projeção 33.
De acordo com a concretização preferencial da presente invenção, e visando alcançar os objetivos referente à isenção de cantos vivos (característica relacionada à facilidade de limpeza), observa-se que as múltiplas ranhuras substancialmente verticais 32 possuem um perfil substancialmente semí-circular. Opcionalmente, este perfil pode ser também substancialmente semi-elíptico. Ainda neste sentido, cada projeção 33 compreende uma face substancialmente lisa com arestas laterais suavizadas.
Vale ainda destacar que tanto as ranhuras substancialmente verticais 32 quanto as projeção 33 acompanham a inclinação fundamental da parede contornante da capa 3 que, conforme anteriormente mencionado, é substancialmente troco-cônica.
Desta forma, a construtividade da tampa 3 acaba por conformar, em conjunto com a parede contornante 21 da base 2, os pórticos 4 e o canal de ligação 6.
Especificamente em relação aos pórticos 4, nota-se que estes são definidos a partir interação entre as múltiplas ranhuras substancialmente verticais 32 da capa 3 e a parede contornante 21 da base 2. Dentro deste contexto, é importante esclarecer que o termo “interação” refere-se à montagem e espaçamento existente entre a base 2 e a tampa 3, bem como à montagem e espaçamento existente entre porções específicas destes componentes.
Especificamente em relação ao canal de ligação 6, ou ainda, aos canais de ligação
6 (considerando que o queimador 1 pode prever um único canal de ligação 6 contornante (estendido initerruptamente ao longo do perímetro onde os pórticos 4 são “formados”) e contínuo, ou ainda, trechos ou seções de canais de ligação 6 independentes entre si) é definido a partir da interação entre pelo menos uma projeção 33 da capa 3 e pelo menos um trecho da parede contornante 21 da base 2. Também neste caso, o termo “interação” referese à montagem e espaçamento existente entre a base 2 e a tampa 3, bem como à montagem e espaçamento existente entre porções específicas destes componentes. Portanto, é possível verificar que, em linhas gerais, em interpretado como canal de ligação 6 todo e qualquer espaço (desde que disposto entre pelo menos dois pórticos 4) existente entre pelo menos uma projeção 33 da capa 3 e pelo menos um trecho da parede contornante 21 da base 2.
De acordo com a concretização preferencial da presente invenção, o espaço existente entre pelo menos uma projeção 33 da capa 3 e pelo menos um trecho da parede contornante 21 da base 2 e, consequentemente, o espaço contornante existente entre a base 2 e a tampa 3, é definido por um espaçador 5, o qual compreende uma projeção existente na base 2 (em pelo menos uma porção ou trecho interno da base 2) ou na tampa 3 (em pelo menos uma porção ou trecho externo da tampa 3). O referido espaçador 5 pode ainda ser utilizado, se projetado para tal, como guia de referência de montagem, objetivando garantir o correto posicionamento da tampa 3 (normalmente removível) sobre a base 2 (normalmente fixa ao equipamento de cocção não ilustrado).
Vale ainda destacar que tanto o ângulo de saída dos pórticos 4 quanto do canal de
ligação 6 é definido pela inclinação das paredes paralelas da base 2 e tampa 3.
Conforme previamente citado, o canal de ligação 6 compreende um canal de chama piloto, isto é, compreendem um canal que, além de conformar a comunicação fluida entre os pórticos 4, possibilita a saída do gás combustível passível de combustão. 10 Evidentemente, o gás que sai pelo canal de ligação 6 se mistura com o gás de sai pelos pórticos 4, proporcionando assim, um anel contínuo de chamas com pontos mais altos (em função da maior vazão de gás que sai pelos pórticos 4) e “pontos piloto” (em função da menor vazão de gás que sai pelo próprio canal de ligação 6).
Portanto, o canal de ligação 6 impede que a eventual extinção das chamas dos pórticos 4, e assim, os principais objetivos da invenção em questão são alcançados.
Tendo sido descrito um exemplo de concretização preferencial da presente invenção, resta evidenciar que o escopo da mesma abrange outras possíveis variações, sendo estas limitadas tão somente pelo teor das reivindicações, aí incluídos os possíveis meios equivalentes.

Claims (17)

1. Disposição construtiva introduzida em queimador a gás (1), compreendendo: pelo menos uma base (2), pelo menos uma capa (3), uma pluralidade de pórticos (4) e pelo menos um espaçador (5); a base (2) compreendendo pelo menos uma parede contornante (21) e pelo menos uma placa de fundo (22); a capa (3) compreendendo pelo menos uma parede contornante e pelo menos uma placa de topo (31); a parede contornante da referida capa (3) prevendo múltiplas ranhuras substancialmente verticais (32) definidas em sua face externa; cada duas ranhuras substancialmente verticais (32) sendo espaçadas entre si por pelo menos uma projeção (33); a capa (3) sendo passível de alojamento concêntrico no interior da base (2); os pórticos (4) sendo definidos a partir interação entre as múltiplas ranhuras substancialmente verticais (32) da capa (3) e a parede contornante (21) da base (2); o queimador a gás (1) sendo CARACTERIZADO pelo fato de compreender ainda: pelo menos um canal de ligação (6) disposto entre pelo menos dois pórticos (4); e cada canal de ligação (6) sendo definido a partir da interação entre a base (2) e a capa (3).
2. Disposição construtiva introduzida em queimador a gás (1), de acordo com a reivindicação 1, CARACTERIZADA pelo fato de que cada canal de ligação (6) é definido a partir da interação entre pelo menos uma projeção (33) da capa (3) e pelo menos um trecho da parede contornante (21) da base (2).
3. Disposição construtiva introduzida em um queimador a gás (1), de acordo com a reivindicação 2, CARACTERIZADA pelo fato de que cada canal de ligação (6) compreende o espaçamento existente entre pelo menos uma projeção (33) da capa (3) e pelo menos um trecho da parede contornante (21) da base (2).
4. Disposição construtiva introduzida em um queimador a gás (1), de acordo com a reivindicação 1 ou 3, CARACTERIZADA pelo fato de que o espaçamento existente entre pelo menos uma projeção (33) da capa (3) e pelo menos um trecho da parede contornante (21) da base (2) é definido por pelo menos um espaçador (5).
5. Disposição construtiva introduzida em um queimador a gás (1), de acordo com a reivindicação 1 ou 4, CARACTERIZADA pelo fato de que o espaçador (5) encontra-se associado à base (2).
6. Disposição construtiva introduzida em um queimador a gás (1), de acordo com a reivindicação 1 ou 4, CARACTERIZADA pelo fato de que o espaçador (5) encontra-se associado à tampa (3).
7. Disposição construtiva introduzida em um queimador a gás (1), de acordo com a reivindicação 1, CARACTERIZADA pelo fato de que o espaçador (5) compreende ainda o guia de montagem da tampa (3) sobre a base (2).
8. Disposição construtiva introduzida em queimador a gás (1), de acordo com a reivindicação 1, CARACTERIZADA pelo fato de que os pórticos (4) possuem um perfil substancialmente semi-circular.
9. Disposição construtiva introduzida em queimador a gás (1), de acordo com a reivindicação 1, CARACTERIZADA pelo fato de que os pórticos (4) possuem um perfil substancialmente senoidal.
10. Disposição construtiva introduzida em queimador a gás (1), de acordo com a reivindicação 1, CARACTERIZADA pelo fato de que os pórticos Afigura 5 ilustra a capa do queimador ora tratado, vista (4) possuem um perfil substancialmente semi-senoidal.
11. Disposição construtiva introduzida em queimador a gás (1), de acordo com a reivindicação 1, CARACTERIZADA pelo fato de que os pórticos (4) possuem um perfil substancialmente semi-elíptico.
12. Disposição construtiva introduzida em queimador a gás (1), de acordo com a reivindicação 1, CARACTERIZADA pelo fato de que pelo menos um canal de ligação (6) compreende um canal de chama piloto.
13. Disposição construtiva introduzida em queimador a gás (1), de acordo com a reivindicação 1, CARACTERIZADA pelo fato de compreender pelo menos um canal de ligação (6) contornante.
14. Disposição construtiva introduzida em queimador a gás (1), de acordo com qualquer uma das reivindicações de 1 a 14, CARACTERIZADA pelo fato de que o ângulo de saída dos pórticos (4) é definido pela inclinação das múltiplas ranhuras substancialmente verticais (32) da capa (3) e da parede contornante (21) da base (2).
15. Disposição construtiva introduzida em queimador a gás (1), de acordo com a reivindicação 14, CARACTERIZADA pelo fato de que as múltiplas ranhuras substancialmente verticais (32) da capa (3) e a parede contornante (21) da base (2) são paralelas entre si.
16. Disposição construtiva introduzida em queimador a gás (1), de acordo com qualquer uma das reivindicações de 1 a 13, CARACTERIZADA pelo fato de que o ângulo de saída de cada canal de ligação (6) é definido pela inclinação de pelo menos uma projeção (33) da capa (3) e de pelo menos um trecho da parede contornante (21) da base (2).
17. Disposição construtiva introduzida em queimador a gás (1), de acordo com a reivindicação 16, CARACTERIZADA pelo fato de que pelo menos uma projeção (33) da capa (3) e de pelo menos um trecho da parede contornante (21) da base (2) são paralelos entre si.
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