BR102012010869A2

BR102012010869A2 - Dispositivo de fechamento para latas

Info

Publication number: BR102012010869A2
Application number: BR102012010869-0A
Authority: BR
Inventors: Alvares Antonio Carlos Teixeira; Da Cunha Silverio Candido
Original assignee: Brasilata Embalagens Metalicas
Priority date: 2012-05-08
Filing date: 2012-05-08
Publication date: 2014-04-08
Also published as: AR090962A1; WO2013166573A1; UY34787A

Abstract

DISPOSITIVO DE FECHAMENTO PARA LATAS. O dispositivo em questão é aplicado a uma lata que compreede: uma porção de corpo (11); uma porção de pescoço (13), incorporando um ressalto periférico externo (15) e sendo unida à porção de corpo (11) por uma porção de transição (14); e uma tampa (20) carregando uma nervura periférica externa (25). Um anel de retenção (40) é assentado sobre a nervura periférica externa (25), envolvendo essa última e sendo travado sob ressalto periférico externo (15). Uma cinta-lacre (50), interrompida por uma fenda axial (FA), tem uma borda superior (50a) unida, por uma região de junção enfraquecida (50c), ao anel de retenção (40). Um dos extremos da cinta-lacre (50) incorpora um primeiro extremo (53a) de uma projeção circunferencial (53) que é superiormente unida, por meios de ligação rompíveis (52), ao anel de retenção (40) e que tem um extremo oposto livre (53b), sobreposto ao outro extremo da cinta lacre (50).

Description

I "DISPOSITIVO DE FECHAMENTO PARA LATAS"

Campo da invenção

Refere-se a presente invenção a um dispositivo de fechamento a ser aplicado em latas formadas em folha 5 metálica e que compreendem uma porção de corpo tubular, geralmente de seção circular e carregando uma parede de fundo, uma porção de pescoço superior, de contorno menor do que aquele da porção de corpo e uma porção de transição, unindo as porções de corpo e de pescoço. A 10 porção de pescoço apresenta uma borda extrema que define o contorno de uma abertura superior da lata, abertura essa na qual é encaixada uma tampa removível.

Antecedentes da invenção

São bem conhecidas da técnica as latas tubulares em folha 15 metálica e que compreendem uma porção de corpo, de seção transversal circular ou poligonal, inferiormente fechada por uma parede de fundo e superiormente unida, por uma porção de transição, a uma porção de pescoço cuja seção transversal e cuja altura são reduzidas em relação 20 àquelas da porção de corpo.

A provisão da porção de transição na região superior da lata provê um considerável aumento na resistência estrutural dessa última, permitindo a eliminação da parede superior anelar, com a abertura superior da lata 25 correspondendo à seção transversal interna da porção de pescoço. Nessa construção, basta que a borda extrema superior da lata, ou seja, da porção de pescoço, seja curvada, ou de outro modo trabalhada, para formar uma virola ou ressalto periférico externo, geralmente 30 tubular, contornando a abertura superior da lata e definindo, em conjunto com a borda extrema superior dessa última, uma sede de assentamento de uma tampa removível, a qual compreende uma porção de painel que incorpora uma porção tubular periférica a ser encaixada, de modo justo, 35 com interferência, na abertura superior, no interior da porção de pescoço, dita porção tubular periférica tendo uma borda superior livre que é curvada, ou de outro modo trabalhada, para formar uma virola ou nervura periférica externa, de formato parcialmente tubular, inferiormente aberta e alojando uma gaxeta anelar, a qual é assentada e pressionada contra o ressalto periférico externo da 5 porção de pescoço, quando do encaixe da porção tubular periférica da tampa na abertura superior da lata.

Essa construção da técnica anterior pode ser observada nos documentos PCT/BR2011/000166 (da ora requerente) e DE 4021211 Al.

Essas latas podem ter seus elementos de fechamento compreendendo ainda um anel de retenção, de material plástico, tendo uma porção anelar superior a ser assentada sobre a nervura periférica externa da tampa e uma porção de saia pendente, envolvendo a nervura 15 periférica externa da tampa e o ressalto periférico externo da porção de pescoço e incorporando uma projeção circunferencial interna a ser assentada e axialmente travada sob o ressalto periférico externo da porção de pescoço, para reter a nervura circunferencial externa da 20 tampa, assentada contra o ressalto periférico externo da porção de pescoço, conforme descrito e ilustrado no já citado documento PCT/BR2011/000166.

Apesar de o anel de retenção poder ser construído de modo a dificultar a retirada da tampa sem que fique evidenciada a abertura da lata e o acesso ao seu conteúdo, as construções conhecidas não chegam a prover um efetivo lacre de inviolabilidade, de construção simples e a ser necessariamente rompido para permitir e evidenciar a ocorrência de uma primeira abertura da lata. Ainda outra deficiência das soluções conhecidas diz respeito à necessidade de se prover um empilhamento estável e sem intertravamento dos anéis de retenção e dos anéis de suspensão nos magazines de alimentação dos mesmos nos equipamentos de montagem mecanizada dos mencionados anéis de retenção e de suspensão na nervura periférica da tampa e em torno da porção de pescoço da lata, respectivamente. Sumário da invenção

Em razão das limitações das soluções conhecidas, é um objetivo da presente invenção prover um dispositivo de fechamento para uma lata do tipo provido de uma porção de 5 pescoço de seção reduzida, apresentando uma construção simples que permita um fechamento estanque e seguro da lata com um elevado grau de estanqueidade e ainda a provisão de um lacre de inviolabilidade e cuja abertura manual é indispensável para permitir uma primeira 10 abertura da tampa.

A invenção prove ainda um dispositivo de fechamento tal como acima mencionado e que torna mais fácil e segura a montagem mecanizada do dispositivo de fechamento na lata. 0 dispositivo de fechamento em questão é aplicado a latas 15 que compreendem: uma porção de corpo que é unida, por uma porção de transição, a uma porção de pescoço tendo uma borda extrema superior definindo uma abertura superior da lata e incorporando um ressalto periférico externo; e uma tampa tendo uma borda superior que carrega uma nervura 20 periférica externa.

De acordo com a invenção, o dispositivo compreende: um anel de retenção, em material plástico, tendo uma porção anelar superior, assentada e retida sobre a nervura periférica externa e envolvendo superior e lateralmente 25 essa última, e uma porção de saia periférica que envolve, externamente, a nervura periférica externa e o ressalto periférico externo. A porção de saia periférica incorpora: um cordão periférico interno, assentado e retido sob a nervura periférica externa, uma projeção 30 circunferencial interna, a ser assentada e retida sob o ressalto periférico externo, e uma cinta-lacre, interrompida por uma fenda axial e tendo uma borda superior unida, através de meios de ligação rompiveis, à borda inferior da porção de saia periférica, um dos 35 extremos da cinta-lacre incorporando um primeiro extremo de uma projeção circunferencial superiormente unida, através de meios de ligação rompiveis, à porção de saia periférica, e tendo um extremo oposto livre, sobreposto e radialmente afastado em relação ao outro extremo da cinta lacre.

A construção acima definida permite que o fechamento da lata seja obtido por uma construção simples, com o travamento axial da tampa pelo anel de retenção e com a provisão de um meio capaz de evidenciar uma primeira abertura da tampa, dito meio sendo definido pela cinta- lacre que se estende desde a saia periférica do anel de retenção até junto à porção de transição da lata, tornando praticamente impossível a liberação do anel de retenção de seu travamento sob o ressalto periférico da porção de pescoço e, consequentemente, a abertura da tampa, sem o rompimento da projeção circunferencial da cinta-lacre.

Breve descrição dos desenhos

A invenção será descrita a seguir, fazendo-se referência aos desenhos anexos, dados a título de exemplo de uma concretização da invenção e nos quais:

A figura 1 representa uma vista em planta superior de uma lata, na condição fechada por uma tampa, estando essa última retida, em sua condição fechada, por um anel de retenção. perifericamente travado sob o ressalto periférico externo da porção de pescoço da lata;

A figura 2 representa uma vista em corte longitudinal parcial da lata, tomado segundo a linha II-II na figura

1, com a tampa na posição fechada e ilustrando ainda o fundo de uma outra lata idêntica, empilhada sobre a primeira;

A figura 2A representa um detalhe ampliado da porção superior da lata ilustrada na figura 2;

A figura 2B representa uma vista semelhante àquela da figura 2A, porém com o corte parcial da porção superior da lata tendo sido tomado segundo a linha IIB-IIB na 35 figura 1, dita vista ilustrando a região da fenda axial da cinta-lacre, sobre a qual é provida a projeção circunferencial dessa última; A figura 3 representa uma vista em perspectiva do anel de retenção ainda não incorporado à tampa, vista essa tendo sido tomada de modo a ilustrar a fenda axial da cinta- lacre e sua projeção circunferencial; e 5 A figura 4 representa uma vista em corte diametral parcial de uma pilha de anéis de retenção já montados, cada um, a uma respectiva tampa, sendo os conjuntos de anel de retenção + tampa empilhados do modo como alimentados no magazine de uma máquina de montagem de 10 referidos conjuntos sobre as latas já enchidas com o produto a ser embalado, para prover o fechamento mecanizado das latas.

Descrição da invenção

Conforme já anteriormente descrito e ilustrado nos 15 desenhos anexos, o dispositivo de fechamento, proposto pela invenção, é aplicado a uma lata 10 formada em folha metálica, geralmente folha de flandres, apresentando seção transversal, geralmente circular, mas que pode ser poligonal, apesar dessa configuração não ser ilustrada

nos desenhos.

A lata 10, de formato tubular, compreende: uma porção de corpo 11, em cuja borda extrema inferior Ila é fixada, geralmente por recravação, a borda periférica de uma parede de fundo 12; uma porção de pescoço 13 tendo um 25 contorno concêntrico, semelhante e reduzido em relação àquele de porção de corpo 11 e uma borda extrema superior 13a definindo o contorno de uma abertura superior "A" para a lata 10; e uma porção de transição 14 com perfil inclinado em relação ao eixo geométrico da lata 10 e 30 unindo as porções de corpo 11 e de pescoço 13.

A borda extrema superior 13a da porção de pescoço 13 incorpora um ressalto periférico externo 15 que, na condição ilustrada, toma a forma de uma virola de seção transversal tubular, obtida por dobramento da folha 35 metálica, radialmente para fora, na região da borda extrema superior 13a. Nos desenhos, a seção transversal da virola é circular, devendo ser entendido que poderá ser formado um ressalto periférico com diferentes seções transversais, tubulares ou não.

A formação da porção de corpo 11 é iniciada pela formação de um corpo tubular tendo seção transversal 5 correspondente àquela da porção de pescoço 13 e que é então expandido radialmente, em parte de sua altura, para definir as porções de corpo 11 e de transição 14, segundo métodos conhecidos da técnica. Preferivelmente, a porção de transição 14 fica inferiormente unida, à porção de 10 corpo 11, por uma região de junção, em arco convexo 14a, e superiormente unida, à porção de pescoço 13, por uma região de junção em arco côncavo 14b.

A lata 10 compreende ainda uma tampa 20 formada em peça única de folha metálica estampada, apresentando uma 15 porção de painel 21, ocupando grande parte da área de seção transversal da abertura superior A e incorporando uma porção tubular periférica 22, a qual é configurada e dimensionada para ser encaixada, de modo justo e com interferência, na abertura superior A, no interior da 20 porção de pescoço 13.

A referida porção tubular periférica 22 apresenta uma borda superior 22a na qual é incorporada uma nervura periférica externa 25, configurada para ser assentada sobre o ressalto periférico externo 15 da porção de pescoço 13.

Conforme ilustrado, a tampa 20 é preferivelmente construída com sua porção de painel 21 incorporando uma saia pendente 21a, geralmente tronco-cônica, que forma, com a porção tubular periférica 22, uma canaleta periférica 24, separando radialmente a porção de painel

21 da porção tubular periférica 22, ficando a porção de painel 21 disposta em um plano elevado em relação à parede de fundo 24a da canaleta periférica 24.

De acordo com um aspecto da invenção, a nervura periférica externa 25 apresenta um formato parcialmente tubular, inferiormente aberto e tendo: uma borda radialmente interna 25a que é unida, à borda superior 22a da porção tubular periférica 22 da tampa 20; e uma borda radialmente externa 25b, afastada da borda radialmente interna 25a, sendo que a nervura periférica externa 25 carrega, em seu interior, uma. gaxeta anelar 30, 5 preferivelmente na forma de um cordão de resina, por exemplo ''Plastisol", moldado no interior da nervura periférica externa 25 da tampa 20.

A gaxeta anelar 30 é configurada, no interior da nervura periférica externa 25, para ser assentada e comprimida, contra o ressalto periférico externo 15 da porção de pescoço 13, quando do encaixe da tampa 20 na abertura superior A da lata.

Apesar de os desenhos ilustrarem apenas uma nervura periférica externa 25 em forma de virola parcialmente tubular, com seção transversal em arco elíptico, deve ser entendido que poderão ser utilizadas outras formas de seção transversal.

De acordo com a construção ilustrada, a borda radialmente interna 25a e a borda radialmente externa 25b da nervura 20 periférica externa 25 definem, entre si, um alinhamento secante à metade superior do contorno do ressalto periférico externo 15 da porção de pescoço 13. Essa forma construtiva permite que a porção superior do ressalto periférico externo 15 penetre, ligeiramente, no interior 25 do contorno inferior da nervura periférica externa 25, comprimindo a gaxeta anelar 30 e garantindo um alto grau de estanqueidade ao fechamento da tampa 20, quando de seu encaixe na abertura superior A da lata.

Visando imprimir certo grau de interferência entre a 30 gaxeta anelar 30 e a porção superior do ressalto periférico externo 15, a gaxeta anelar 30 é configurada para ser inferiormente tangente ou seccionada pelo alinhamento definido pelas bordas, radialmente interna 25a e radialmente externa 25b, da nervura periférica 35 externa 25 da tampa 20.

Conforme ilustrado nas figuras de desenho, o dispositivo de fechamento em questão compreende um anel de retenção 40, em peça única de material plástico e tendo: uma porção anelar superior 41 assentada e retida sobre a nervura periférica externa 25 da tampa 20, envolvendo superior e lateralmente a referida nervura periférica 5 externa 25; e uma porção de saia periférica 42, pendente da porção anelar superior 41 e envolvendo, externamente e de modo justo, a nervura periférica externa 25 da tampa 20 e o ressalto periférico externo 15 da porção de pescoço 13.

0 anel de retenção 40 apresenta uma face externa 42d definida na porção de saia periférica 42, sendo que essa última apresenta uma borda inferior 42a e incorpora uma projeção circunferencial interna 43, a ser assentada e axialmente retida sob o ressalto periférico externo 15.

Na configuração ilustrada, a projeção circunferencial interna 43 apresenta um perfil em forma de rampa inclinada para baixo e radialmente para dentro, para definir uma espécie de dente atuando sob o ressalto periférico externo 15 do pescoço 13, para prover um 20 seguro travamento axial da tampa 20 ao corpo 10 da lata. Para que o anel de retenção 40 permaneça seguramente fixado à tampa 20, a saia periférica 42 incorpora ainda, em seu interior, um cordão periférico 44 configurado para ser assentado, de modo justo, sob a borda externa 25b da 25 nervura periférica externa 25. Com isso, o anel de retenção 40 é incorporado à tampa 20 antes desta ser encaixada na abertura superior A da lata, após o envase dessa última com o produto a ser enlatado.

Na forma construtiva ilustrada, o anel de retenção 40 30 incorpora ainda, em sua porção anelar superior 41, uma projeção tubular superior 46, radialmente recuada em relação à face externa 42d do anel de retenção 40, e sobre o qual é assentada a parede de fundo 12 de outra lata idêntica, apoiada sobre a primeira em uma pilha de 35 referidas latas, a face externa 42d do anel de retenção 40 atuando como batente de guia radial interno para a borda extrema inferior Ila da porção de corpo 11 da referida outra lata empilhada sobre a primeira.

0 anel de retenção 40 compreende ainda uma cinta-lacre 50 interrompida por uma fenda axial FA e tendo uma borda superior 50a que é unida, em peça única e através de uma 5 região de junção enfraquecida 50c, à borda inferior 42a. Um dos extremos da cinta-lacre 50 incorpora, em peça única, um primeiro extremo 53a de uma projeção circunferencial 53, apresentando uma borda superior 53d que é unida, em peça única e através de meios de ligação 10 rompiveis 52, à borda inferior 42a da porção de saia periférica 42, dita projeção circunferencial 53 tendo um extremo oposto livre 53b, sobreposto e radialmente afastado em relação ao outro extremo da cinta-lacre 50, para definir uma lingueta de pega. Os meios de ligação 15 rompiveis 52 tomam preferivelmente a forma de pequenas pontes axiais, unindo a borda inferior 42a da porção de saia periférica 42 à borda superior 53d da projeção circunferencial 53.

De acordo com a construção ilustrada, a cinta-lacre 50 é 20 disposta de modo a envolver perifericamente uma região inferior da porção de pescoço 13 e uma região superior da porção de transição 14, sendo que a cinta-lacre 50 apresenta um perfil arqueado, externamente côncavo e tendo uma borda inferior 50b tangenciando uma região 25 inferior da porção de transição 14, o que torna praticamente impossível a retirada do anel de retenção 40 de seu encaixe sob o ressalto periférico 15 da porção de pescoço 13, sem o evidente rompimento da cinta-lacre 50 a partir de sua projeção circunferencial 53.

Para tornar mais fácil a pega da projeção circunferencial 53 da cinta-lacre 50, ela tem seu primeiro extremo 53a unido, por uma aba radial 54, ao adjacente extremo da cinta-lacre 50.

Em razão do perfil arqueado da cinta-lacre 50, a aba radial 54 apresenta o contorno de um triângulo retângulo, tendo uma hipotenusa arqueada e incorporada a uma região superior da cinta-lacre 50 e um cateto vertical definindo o primeiro extremo 53a da projeção circunferencial 53 da cinta-lacre 50.

Visando facilitar o inicio do rompimento da cinta-lacre 50, sua projeção circunferencial 53 tem o extremo oposto livre 53b provido em uma região extrema· de menor altura 53c de dita projeção circunferencial 53, definindo uma lingueta de pega.

Ainda de acordo com a configuração ilustrada nos desenhos, a projeção circunferencial 53 da cinta-lacre 50 10 é definida por uma respectiva porção de superfície cilíndrica, radialmente distanciada para fora da adjacente porção da cinta-lacre 50, sendo a projeção circunferencial 53 verticalmente alinhada com uma face externa 42d do anel de retenção 40, na região da porção 15 de saia periférica 42.

Com a construção acima descrita, após a retirada da cinta-lacre 50, a porção de saia periférica 42 do anel de retenção 40 pode ser elasticamente deformada para fora, para liberar o engate entre sua projeção circunferencial 20 interna 43 e o ressalto periférico externo 15 da porção de pescoço 13 da lata, permitindo o deslocamento ascendente do anel de retenção 40 e a conseqüente retirada da tampa 20.

Assim, para que ocorra uma primeira abertura da lata, é necessário o rompimento e a retirada da cinta-lacre 50, rompimento esse que evidencia, de modo claro, a violação do lacre de fechamento da lata.

Conforme ilustrado na figura 4, os anéis de retenção 40 são construídos para permitir seu empilhamento estável em 30 um magazine de uma máquina de montagem, em torno da porção de pescoço 13 em uma lata já envasada e do tipo aqui considerado, de ditos anéis de retenção 40 já incorporados a cada respectiva tampa 20.

Para tanto, a projeção tubular superior 46, radialmente recuada em relação à face externa 42d do anel de retenção

40, define, com a porção anelar superior 41, um degrau periférico 46a sobre o qual é assentada a borda inferior 50b da cinta-lacre 50 de um outro anel de retenção 40 disposto sob o primeiro, em um empilhamento de anéis de retenção 40 já incorporados, cada um a uma respectiva tampa 20, com a dita projeção superior 46 do anel de 5 retenção 40 inferior atuando como batente de guia interno para a região inferior da cinta-lacre 50 do anel de retenção 40 superior no empilhamento.

Apesar de ter sido ilustrada apenas uma concretização para o arranjo de fechamento e suspensão em questão, deve 10 ser entendido que poderão ser feitas diferentes alterações de forma e de disposição em suas partes componentes, sem que tais alterações fujam do conceito construtivo definido nas reivindicações que acompanham o presente relatório.

Claims

1. Dispositivo de fechamento para latas que compreendem: uma porção de corpo (11); uma porção de pescoço (13) tendo uma borda extrema superior (13a) definindo uma abertura superior (A) da lata e incorporando um ressalto periférico externo (15); uma porção de transição (14), unindo as porções de corpo (11) e de pescoço (13); e uma tampa (20) incluindo uma porção tubular periférica (22) a ser encaixada na abertura superior (A) e tendo uma borda superior (22a) carregando uma nervura periférica externa (25), sendo o dispositivo caracterizado pelo fato de compreender: um anel de retenção (40), em material plástico, tendo uma porção anelar superior (41) assentada e retida sobre a nervura periférica externa (25) e envolvendo superior e lateralmente essa última, uma porção de saia periférica (42) envolvendo, externamente e de modo justo, a nervura periférica externa (25) e o ressalto periférico externo (15), dita porção de saia periférica (42) tendo uma borda inferior (42a) e incorporando: um cordão periférico interno (44), assentado e axialmente retido sob a nervura periférica externa (25), uma projeção circunferencial interna (43), a ser assentada e axialmente retida sob o ressalto periférico externo (15), e uma cinta-lacre (50), interrompida por uma fenda axial (FA) e tendo uma borda superior (50a) unida, em peça única e através de uma região de junção enfraquecida (50c), à borda inferior (42a) da porção de saia periférica (42), um dos extremos da cinta-lacre (50) incorporando, em peça única, um primeiro extremo (53a) de uma projeção circunferencial (53) apresentando uma borda superior (53d) que é unida, em peça única e através de meios de ligação rompiveis (52), à borda inferior (42a) da porção de saia periférica (42), dita projeção circunferencial (53) tendo um extremo oposto livre (53b), sobreposto e radialmente afastado em relação ao outro extremo da cinta lacre (50).

2. Dispositivo, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato a cinta-lacre (50) envolver perifericamente uma região inferior da porção de pescoço (13) e uma região superior da porção de transição (14) e apresentar um perfil arqueado, externamente côncavo e tendo uma borda inferior (50b) tangenciando a região inferior da porção de transição (14).

3. Dispositivo, de acordo com a reivindicação 2, caracterizado pelo fato de a projeção circunferencial (53) da cinta-lacre (50) ter seu primeiro extremo (53a) unido, por uma aba radial (54), ao adjacente extremo da cinta-lacre (50).

4. Dispositivo, de acordo com a reivindicação 3, caracterizado pelo fato de a aba radial (54) apresentar o contorno de um triângulo retângulo, tendo uma hipotenusa arqueada e incorporada a uma região superior da cinta- lacre (50) e um cateto vertical definindo o primeiro extremo (53a) da projeção circunferencial (53) da cinta- lacre (50) .

5. Dispositivo, de acordo com qualquer uma reivindicações1 a 4, caracterizado pelo fato de a projeção circunferencial (53) da cinta-lacre (50) ter seu extremo oposto livre (53b) provido em uma região extrema de menor altura (53c) de dita projeção circunferencial (53), definindo uma lingueta de pega.

6. Dispositivo, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 5, caracterizado pelo fato de a projeção circunferencial (53) da cinta-lacre (50) ser definida por uma respectiva porção de superfície cilíndrica radialmente distanciada para fora da adjacente 30 porção da cinta-lacre (50) .

7. Dispositivo, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 6, caracterizado pelo fato de a projeção circunferencial (53) da cinta-lacre (50) ser verticalmente alinhada com uma face externa (42d) da porção de saia periférica (42) do anel de retenção (40).

8. Dispositivo, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 7, caracterizado pelo fato de a nervura periférica externa (25) da tampa (20) apresentar um formato parcialmente tubular, inferiormente aberto e tendo uma borda radialmente interna (25a) e uma borda radialmente externa (25b) e carregando, em seu interior, uma gaxeta anelar (30), a ser assentada e comprimida contra o ressalto periférico externo (15) da porção de pescoço (13), quando do encaixe da tampa (20) na abertura superior (A) da lata.

9. Dispositivo, de acordo com a reivindicação 8, caracterizado pelo fato de a nervura periférica externa (25) ter sua borda radialmente interna (25a) e sua borda radialmente externa (25b) definindo, entre si, um alinhamento secante à metade superior do contorno do ressalto periférico externo (15) da porção de pescoço (13) .

10. Arranjo, de acordo com a reivindicação 9, caracterizado pelo fato de a gaxeta anelar (30) ser inferiormente tangente ou seccionada pelo alinhamento definido pelas bordas, radialmente interna (25a) e radialmente externa (25b), da nervura periférica externa (25) da tampa (20).

11. Dispositivo, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 10, caracterizado pelo fato de a porção de corpo (11) apresentar uma borda extrema inferior (Ila) na qual é recravada uma parede de fundo (12) da lata, sendo que o anel de retenção (40) apresenta uma face externa (42d) em sua porção de saia periférica (42) e incorpora ainda, em sua porção anelar superior (41), uma projeção tubular superior (46) sobre a qual é assentada a parede de fundo (12) de outra lata idêntica, apoiada sobre a primeira em uma pilha de referidas latas, a face externa (42d) do anel de retenção (40) atuando como batente de guia radial interno para a borda extrema inferior (Ila) da porção de corpo (11) da referida outra lata.

12. Dispositivo, de acordo com a reivindicação 11, caracterizado pelo fato de a projeção tubular superior (46) ser radialmente recuada em relação à face externa (42d) do anel de retenção (40) e definir, com a porção anelar superior (41), um degrau periférico (46a) sobre o qual é assentada a borda inferior (50b) da cinta-lacre (50) de um outro anel de retenção (40) disposto sob o primeiro, em um empilhamento de anéis de retenção (40) já incorporados, cada um a uma respectiva tampa (20), com a dita projeção superior (46) do anel de retenção (40) inferior atuando como batente de guia interno para a região inferior da cinta-lacre (50) do anel de retenção (40) superior no empilhamento.