PT99382B - Produto absorvente contendo monoesteres e diesteres de alcoois alifaticos polihidricos e tampao catamental que o contem - Google Patents

Produto absorvente contendo monoesteres e diesteres de alcoois alifaticos polihidricos e tampao catamental que o contem Download PDF

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Description

DESCRIÇÃO
Âmbito da Invenção
A presente invenção refere-se a produtos absorventes e especialmente a produtos absorventes tais como tam pões, pensos higiénicos, revestimentos de feridas, pensos nasais e análogos que são adaptados para absorverem fluídos corporais tais como fluídos menstruais, sangue e exsudados de feridas.
Mais particularmente, a presente invenção refere-se ã adição de compostos activos, que quando expostos a bactérias nos produtos absorventes reduzem a quantidade de toxinas produzidas pelas bac terias que contactam com eles.
Antecedentes da Invenção
As enterotoxinas de estafilococos são
N.
proteínas extracelulares compostas de cadeias de polipeptídeos sinulares com aproximadamente 30 kd que caracteristicamente pojs suem um anel dissulfureto próximo do meio da molécula. São cla£ sificadas em cinco grupos serológicos, designadas enterotoxina A de Estafilococos (SEA), enterotoxinas B de Estafilococos (SEB) enterotoxina C de Estafilococos (SEC), enterotoxina D de Estaf lococos (SED) e enterotoxina E de Estafilococos (SEE). Com base nas diferenças nos epítopos menores, a SEC ê ainda subdividida em três tipos designados por SEC^, SEC2, SEC^. Um sexto grupo, SEF, foi também descrito e implicado como o agente causal de síndromas de choque tóxico. Deixou assim de ser considerada como uma enterotoxina e foi renomeada como toxina de síndroma de choque tóxico-1 (TSST-1), como referido por J. J. Iandolo em Ann. Rev. of Micro. Vol. 43, págs. 275-402, 1989.
síndroma de choque tóxico que ocorre na menstruação é uma doença multi-sistema grave e muitas vezes fatal associada com infecção ou colonização por bactérias Staphylococcus aureus (S^. aureus) e tem sido associada ã utilização de tampões durante a menstruação. No síndroma de choque tóxico (TSS) associado com menstruação ou não, os síndromas inclu em febre, hipertensão, erupção da pele e escamação da pele. O TSST-1 está muito associado com casos menstruais e foi menos frequentemente isolado a partir de estirpes Staphylococcus aureus em casos não menstruais da doença. Uma vez que a TSST-1 po de induzir muitos aspectos clínicos de TSS em coelhos ou outras espécies pensa-se em geral ser a toxina causal em TSS (Schlievert, Staphylococcal Enterotoxin B and Toxic Shock Syndrome To xin-1 Are Significantly Associated With Non-menstrual TSS, The lancet, Vol. 1(8490), 17 de Maio, 1986, pll49). Contudo, Garbe (Garbe PL, Arko RJ, Reingold AL, et al. Staphylococcus aureus isolates from patientes with non-menstrual toxic shock syndrome: Evidence for additional toxins, JAMA 1985; Vol 253; páginas 2538-42) notou que muitos isolados de TSS a partir de casos não menstruais não expressavam TSST-1 apesar de eles causarem sinto mas semelhantes a TSS no modelo de coelho. Das toxinas formadas por isolados menstruais de S. aureus produziu-se TSST-1 em 40% dos casos referidos por Schlievert, 1986. Além disso, a enterotoxina B foi produzida em 38% de todas as estripes TSS não mens
truais. Além disso, Schlievert refere que aproximadamente 78% de TSS não menstrual ou prováveis isolados TSS expressam TSST-1 ou enterotoxina B em comparação com 20% de isolados não menstruais não TSS (p<0,001). Os isolados de 30 pacientes que sofriam de síndroma de choque tóxico condirmado ou provável foram também examinados para enterotoxinas e toxinas exfoliativas. Ve rificou-se que se produziu a enterotoxina B em 38% de todas as estripes TSS não menstruais. Crass and Bergdoll, 1986 referiu um total de 46 (83,6%) de 55 isolados £5. aureus produzidos por TSST-1: 12 (25,5%) sozinhos, 21 (46,8%) com Enterotoxina A de Estafilococos e 13 (27,7%) com Enterotoxina C de Estafilococos. Oito dos isolados de S^ aureus que não produziram TSST-1 produziram Enterotoxina B de Estafilococos.
Humphreys (1989) referiu os estudos de isolados de S. aureus obtidos de casos de septicemia em que 33 (63%) produziram enterotoxinas A, B, C ou D sozinhas ou em combinação .
A toxina do síndroma de choque tóxico 1 (TSST-1) é classificada como um elemento do grupo exotoxina pirogênica-enterotoxina de estafilococos de toxinas com base nos sintomas de um paciente. Contudo, o TSST-1 e o seu anti-soro idêntico não reage reticularmente com qualquer um dos soros ou protéinas de outros elementos desta família de toxinas. Além disso, a TSST-1 não possui o anel de cisteína presente nos elementos remanescentes da família de toxinas, um aspecto estrutural importante desta família de toxinas. A TSST-1 possui uma ho mologia aminoácido muito pequena com outros elementos desta família de toxinas. A falta de uma relação de sequência fechada entre TSST-1 e outras toxinas pode sugerir que está mais relacionada com o progenitor ancestral desta família ou, alternativamente, está erradamente incluída neste grupo de toxinas (Iandolo, 1989) . Além disso, o TSST-1 suporta uma pequena relação es trutural com outros elementos do grupo exotoxina pirogénica-ente rotoxina de estafilococos (Iandolo, 1989).
Subsequente à publicação de relatórios associando o síndroma de choque tóxico com utilização de tampões, vários investigadores efectuaram estudos concebidos para avaliar o efeito dos tampões no crescimento da bactéria S^ aure3 us assim como o efeito de tampões na produção de TSST-1 por essa bactéria. Os esforços mais recentes para elucidar o papel dos tampões no TSS produziu dados contraditórios. Schlievert et al (Obstet. Gynecol., Vol. 64, páginas 666-670, Novembro 1984) estudou o efeito de tampões em aureus para avaliar se ou não os componentes do tampão aumentavam o crescimento de S^. aureus e a produção da toxina de síndroma tóxico-1. Concluiu-se que, sob estas condições do seu estudo, os componentes do tampão não proporcionam nutrientes para o crescimento do S. aureus do síndroma de choque tóxico nem factores que induzam produção da toxina de síndroma de choque tõxico-1 superiores aos níveis de controlo. Depois de incubação durante 6 horas, alguns dos tampões comercialmente disponíveis que foram ensaiados eram inibidores do crescimento da bactéria e eliminavam a produção da toxina. Outros eliminavam a produção da tóxina mas não inibiam o crescimento de células. Um tampão inibia o crescimento das cêlu las mas aumentava a quantidade da tóxina produzida. Por outro lado, Tierno and Hanna (Contraception, Vol. 31, páginas 185-194, 1985) referiram que os seus tampões experimentais não estimularam aureus a produzir TSST-1.
Reiser et al. (J. Clin. Microbiol., Vol. 25, NQ. 8, páginas 1450-1452, Agosto 1987) referiu depois os-re sultados de ensaios que efectuou para determinar o efeito de quatro marca de tampões na produção da toxina de síndroma de choque tõxico-1. A quantidade de ar disponível para os tampões que foram ensaiados foi limitada à contida em sacos (feitos de invólucros de celulose com um peso molecular inferior a 10000) nos quais se colocaram os tampões durante o ensaio. Pensa-se que este método possui vantagens uma vez que a quantidade limitada de ar disponível foi pensada para imitar mais aproximadamente do que os métodos anteriormente utilizado a condição in vivo na vagina durante a menstruação com um tampão no lugar e uma vez que os tampões que foram ensaiados não foram alterados antes do ensaio. Os resultados dos ensaios efectuados por Reiser et al. indicam que os tampões proporcionam uma área superficial aumentada para a bactéria £3. aureus crescer e oxigénio adequado para a produção de toxina. Não se verificou qualquer inibição significativa do crescimento da bactéria de estafilococos ou
produção de TSST-1 por qualquer um dos tampões.
Robbins et al. publicação em J. Clinicai Microbiol., Vol. 25, NQ. 8, páginas 1446-1449, Agosto 1987 ao mesmo tempo que Reiser et al. referiram o efeito de 17 tampões comercialmente disponíveis na produção de toxinas TSST-1 utilizando um método-de disco-membrana-agar (DMA) com incubação a 37° C durante 19 horas sob 5% de C02 no ar. Inocularam-se por asper são membranas de filtro que revestiam o meio agar (com ou sem sangue) em pequenas placas petri com uma TSST-1 produzida por uma estirpe de S^. aureus. Robbins et al concluiu que o principal papel dos tampões em TSS pode ser de proporcionar uma superfície fibrosa para uma colonização forte e ar suficiente para a produ ção de TSST-1. Em adição, verificaram a evidência da inibição da produção de TSST-1 por aditivos tais como desodorizantes/agen tes tensio-activos utilizados num tampão desodorizado comercia_l mente disponível e uma diminuição na produção de TSST-1 por in_i bição do crescimento de S^. aureus como foi observado no caso de um tampão comercialmente disponível diferente. É de considerar que a inibição da produção de TSST-1 e a inibição do crescimento de £>. aureus pode mostrar-se importante na redução do risco de TSS.
A Patente Norte Americana nQ. 4405323 de Auerbach descreve um tampão concebido para eliminar os riscos de síndroma de choque tóxico e a dismenorreia. Incorporou-se num tampão um agente anti-bacteriano que ê referido como se dij; persando em contacto com fluídos corporais e evitando o desenvolvimento dos organismos que produzem as toxinas que provocam o síndroma de choque tóxico. Entre os materiais anti-bacterianos descritos para utilização são os compostos de povidona-iodo, raer cúrio, zinco, penicilina, eritromicina e nitrofurazona.
tratado de cooperação de patente publicação nQ. WO 86/05388 (publicado em 25 de Setembro de 1986) de Kass ensina que a inclusão de um sal de um catião bivalente não tóxico em enchimentos absorsivos, por exemplo, tampões cata meniais inibem a produção da toxina do síndroma de choque tóxico-1 e outros produtos de estafilococos durante a utilização do referido penso absorsivo. Os sais adequados incluem os de magné sio, bário, cálcio ou estrôncio (preferido) ou de outros catiões
bivalentes tais como zinco, manganês, cobre, ferro, níquel e análogos. A parte aniónica do sal não é crítica. 0 estearato de magnésio e o acetato de magnésio são os sais particularmente preferidos para utilização nesta invenção.
A Patente Norte Americana nQ. 4374522 de Olevsky estabelece que nos esquemas de utilização de tampões catameniais parecem indicar que elevada capacidade de absorção com concomitante período prolongado de utilização de determinados tampões são factores que contribuem para a formação do síndroma de choque tóxico. Esta invenção teoriza que tampões possuindo uma capacidade de absorção limitada e exigindo mudanças relativamente mais frequentes podem ser desejáveis. A Patente de Olesvsky proporciona um tampão feito de material celulósico convencional tais como fibras de rayon que foram comprimidos nu ma forma de bala com uma superfície inferior aberta vedada por uma folha impermeável aos fluídos. A parte inferior impermeável ao fluído e a forma em bala tradicional define uma área de reservatório central de núcleo oco que serve como um reservatório para o excesso de fluído menstrual.
A Patente Norte Americana nQ. 4431427 de Lefren at al. descreve tampões menstruais que incluem ácidos fisiológicamente seguros solúveis em água nas suas formas monoméricas, oligoméricas ou poliméricas. Os ácidos cítrico, glicólico, málico, tartárico e láctico são descritos como sendo adequados na prática desta invenção. A presença de um ou vários dos ácidos anteriormente referidos num tampão é referido como inibindo o crescimento da bactéria responsável pelo choque tóxi. co. Quando um ácido é utilizado na sua forma polimérica, o tampão pode adicionalmente incluir uma enzima para hidrolisar o ácido polimérico ã sua forma monomérica.
A Patente Canadiana nQ. 1123155 de Sipos descreve um tampão catamenial para evitar o síndroma de choque tóxico durante o fluxo menstrual. 0 corpo do tampão, que é aber to na extremidade de inserção e fechado na extremidade de extrac ção é envolvido de forma apertada na sua condição expandida por uma membrana impermeável a fluídos, fina e flexível. Esta membrana que pode ser feita de folha de polietileno, é inclinada contra a parede vaginal durante a utilização do tampão, é neutra
para a mucosa vaginal e é completamente impermeável a bactérias, vírus e produtos de decomposição tóxica do fluxo menstrual.
A Patente Canadiana nQ. 1192701 de Bardhan descreve um tampão para a absorção de fluído menstrual e incluindo uma camada interior de material absorvente de líquido e uma camada exterior que envolve e encerra a camada interior.
A descarga menstrual pode fluir para o interior da camada interior mas a camada exterior é impermeável â passagem do fluído menstrual para fora da camada interior. Uma diversidade de canais absorventes de líquido prolongam-se da camada interior atra vês de aberturas formadas na camada exterior e servem como condutas para o fluxo de descarga menstrual do exterior do tampão para a sua camada interior. A estrutura descrita é referida como minimizando a disponibilidade da descarga exterior do tampão com uma redução resultante na probabilidade de crescimento de £>. aureus e consequentemente a sua produção de toxina. Esta patente descreve também que se pode incluir na camada interior um composto anti-microbiano que é bactericida ou bacterostãtico pa ra S^. aureus. O agente anti-microbiano pode tomar a forma de um antibiótico (tal como penicilina, eritromicina, tetraciclina ou neomicina), um agente quimitoterápico (tal como uma sulfonamida) ou um desinfectante (tal como fenol). A patente estabelece que uma vez que o tampão estã protegido pela sua camada- exterior do contacto com a parede vaginal, o risco de uma reacção alérgica ou outra reacção adversa ao agente anti-microbiano é minimizada e uma vez que o agente anti-microbiano é também protegido pela camada exterior do contacto com a descarga menstrual, existe um risco pequeno da destruição de organismos comensais na vagina ou desenvolvimento de um agente resistente ao agente anti-micro biano por £5. aureus em qualquer descarga menstrual fora da vagj. na.
S. Notermans et al. (Journal of Food sa fety, vol. 3 (1981), páyinas 83-88) refere que um monolaureato de glicerilo quando utilizado na proporção de 5 g por quilo de pasta fluída (pH 6,0 a 6,2) inibe a produção de toxinas por Clostridium botulinum tipo A, tipo B e tipo E. Este artigo não menciona a Staphylococos aureus nem qualquer toxina produzida por ela e não menciona produtos absorventes ou o síndroma de
choque tóxico.
A Patente Norte Americana n°. 4585792 de Jacob et al. descreve que o ácido L-ascórbico quando aplicado topicamente ã area vaginal da mulher, a menstruação inactiva as toxinas conhecidas como contribuindo para o síndroma de choque tóxico. 0 composto ácido ascórbico pode ser transportado por um tampão vaginal. A descrição da Patente Norte Americana ns. 4722937 é no mesmo sentido.
A Patente Norte Americana n°. 4413986 de Jacobs descreve um conjunto tampão embalado para inserção es téril de um tampão na vagina possuindo um tubo guia tipo telescópio ã volta de um tubo de inserção e uma camada flexível liga, da â extremidade inferior do tubo guia e enfiada na extremidade interior do tubo de inserção. Na utilização, quando o tubo de inserção é empurrado através do tubo guia e na vagina, a camada flexível é puxada sobre a extremidade interior do tubo de inser ção e prolonga-se ao longo do seu exterior. A porção do tubo de inserção que é inserida na vagina está sempre completamente revestida pela camada flexível.
Nos casos de síndromas de choque tóxico associados com tampões, a toxina predominante produzida por í3. aureus é a toxina de síndroma de choque tõxico-1 (TSST-1), embo ra em menor extensão, se possam produzir outras enterotoxinas. Estas enterotoxinas não TSST-1 estão principalmente associadas com síndromas de choque tóxico não menstruais.
São conhecidos compostos que afectam a produção de enterotoxinas. J.L. Smith, Μ. M. Bencievengo, R.L. Buchanan, and C.A. Kunsch referiu, num artigo intitulado Effect of Glucose Analogs on the Synthesis of Staphylococcal Enterotoxin A, Journal of Food Safety 8 (198) páginas 139-146 que a gli cose, 2-desoxiglicose e alfa-metil-glicose inibem a síntese da enterotoxina A de estafilococos por Staphylococcus aureus 196E, ao passo que a beta-metil-glicose e 3-0-metil-glicose não inibem a síntese mesmo a concentrações elevadas. A formação da enterotòxina A e B é inibida por glicose sendo a extensão da inibição fortemente influenciada pelo pré-crescimento da bactéria num meio contendo glicose como citado por Smith et al.
Iandolo and Shafer referiram o efeito da
glicose e análogos de glicose, 2-deSOxiglicose e alf a-metil-gli^ cosido na síntese e regulação da produção de enterotoxinas B de estafilococos (Iandolo and Shafer, Regulation of Staphylococcal Enterotoxin Β, Infection and Immunity, Maio de 1977, páginas 610-615). Foi observado um efeito atenuante da glicose na enterotoxina de estafilococos B. Contudo, quando se examinou este efeito com análogos de glicose veri£icou-se a existência de res postas contraditórias. A produção do ácido devido ao metabolismo da glicose mostrou que reduzia a produção de toxinas.
Ibrahim, Radford, Baldock and Ireland relataram dados que indicam que, no queijo sem actividade iniciadora, a inibição do crescimento de S. aureus e produção de enterotoxinas pode ser obtida durante a produção,, não curando o soro de leite no fim do tratamento pelo processo de Chedar, evi tando a compressão ã temperatura ambiente e a temperaturas elevadas e minimizando o tempo de compfessão do soro de leite (Ibrahim,~“et al., Inhibition of Growth os Staphylococcus aureus and Enterotoxin-A Production in Cheddar Cheese Produced with Starter Failure, Journal of Food Protection, Vol. 44, nQ. 3, p. 189-193, March, 1981). Os autores referem também que a armazena gem de queijo curado a 11QC parece ser um risco potencial devido ao aumento significativo em £5. aureus e concentração de ente rotoxinas. Surpreendentemente, os autores referem que o número de aureus diminui sem haver variação na concentração de ente rotoxinas em queijo não curado a 11°C.
Num outro estudo foi referido por J. L. Smith, Μ. M. Bencivengo and C. A. Kunsch que o crescimento ante rior de Staphylococos aureus 196E em glicerol ou maltose origina células com capacidade reprimida para produzir a enterotoxina A de estafilococos (J. L. Smith et al., Enterotoxin A Synthe sis in Staphylococcus aureus: Inhibition by Glicerol and Maltose; Journal of general Microbiology, Vol. 132, páginas 3375-3380, 1986). Foi também referido o cloranfenicol como inibindo totalmente a produção de enterotoxinas B de estafilococos (Robert A. Altenbern, Protease Inhibitors Supress Enterotoxin B Formation by Stapylococcus aureus, FEMS Microbiology Letters, Vol. 3 páginas 199-202, 1978).
A produção de TSST-1 por S^. aureus tem
sido predominantemente associada com o síndroma de choque tóxico mentrual que por seu turno tem sido relacionado com a utilização de tampões. Inesperadamente foi identificado um grupo de compostos que são eficazes para reduzir essencialmente a produção da toxina de síndroma de choque tóxico-1 por S. aureus in vitro e in vivo. Estes compostos e processos e sua utilização em produtos absorventes estão descritos nos pedidos de patentes Norte Americanos co-pendentes série ne. 343965 publicado em 27 de Abril de 1989 e série ne. 316742 publicado em 27 de Abril de 1990.
Contudo, apesar da eficácia dos compostos na inibição da produção de toxinas TSST-1 não existem bases para prever se tais compostos são eficazes quanto ã produção de SEA, SEB e SEC devido ãs diferenças estruturais e químicas entre a toxina TSST-1 e outras enterotoxinas de estafilococos.
Sumário da Invenção
Verificou-se, inesperadamente, que um produto absorvente contendo um composto seleccionado do grupo constituído por:
a) um monoéster de álcool alifático poli-hídrico e um ácido gordo contendo entre 8 e 18 átomos de carbono e em que o re ferido monoéster possui pelo menos um grupo hidroxilo associado com o seu radical álcool alifático;
b) diésteres de um álcool alifático poli-hídrico e um ácido gordo contendo entre 8 e 18 átomos de carbono e em que o re ferido diéster possui pelo menos um grupo hidroxilo associa do com o seu radical álcool alifático; e
c) misturas dos referidos monoésteres e diésteres reduzem a quantidade de enterotoxinas A, B, Ce TSST-1 com enterotoxi^ na A produzida in vitro quando o referido produto absorvente é exposto ã bactéria Staphylococcus aureus.
A porção ácido gordo dos monoésteres e diésteres anteriormente referidos pode ser derivada de acido ca prílico, cáprico, lãurico, mirístico, palmítico e esteárico, que são ácidos gordos saturados cujos comprimentos de cadeia são respectivamente Cg, C1Q, C12, C14, Clg e Clg. A porção ácido
gordo dos monoésteres e diésteres anteriormente referidos pode ser derivada de ácidos gordos insaturados possuindo comprimentos de cadeia de carbono variando também entre Cg e C^g, sendo um exemplo de um tal ácido gordo saturado ãcido oleíco. O ácido gordo preferido para utilização na prática da presente -invenção é o ácido láurico, um ácido gordo saturado cuja fórmula química é CllH23COOH.
Como utilizado nesta memória descritiva e nas reivindicações em apêndice o termo alifático possui o significado normalmente considerado na química orgânica, isto é, alifático refere-se a compostos orgânicos caracterizados por um arranjo de cadeia linear ou ramificada dos átomos de carbono constituintes.
Como utilizado nesta memória descritiva e reivindicações em apêndice, o termo poli-hídrico refere-se ã presença num composto químico de pelo menos dois grupos hidroxi, lo (OH). Assim, um álcool alifático poli-hídrico é um álcool que possui pelo menos 2 grupos hidroxilo e no qual a estrutura de carbono é linear ou ramificada.
Os alcoóis poli-hídricos adequados para a formação de monoésteres e/ou diésteres para utilização na prá tica da presente invenção são 1,2-etanodiol; 1,2,3-propanotriol (glicerol); 1,3-propanodiol; 1,4-butanodiol; 1,2,4-butanotriol e análogos. 0 álcool alifático poli-hídrico preferido para a formação de monoésteres e diésteres para utilização na prática da presente invenção ê 1,2,3-propanotriol (comercialmente chama do glicerol) cuja fórmula é HOC^CH (OH)-CH2OH.
É de notar que os ésteres que são adequa dos na presente invenção possuem pelo menos um grupo hidroxilo associado com o seu radical álcool alifático. Assim, ê de notar que o monoéster de 1,2-etanodiol e um dos ãcidos gordos atrás referidos podem cvcntualmente utilizar-se na prática úa presente invenção uma vez que o referido éster, cuja fórmula geral é
C Ho η -C-0-CHo-CH~0H n 2n+l 2 2 • possui pelo menos um grupo hidroxilo (isto é o grupo hidroxilo . no lado direito mais afastado da forma estrutural atrás apresen
CnH2n+l tada) na porção do éster derivada do álcool alifático 1,2-etano diol. Por outro lado, é de notar que o diéster de 1,2-etanodiol e o diéster dos ácidos gordos anteriormente referidos não se po dem utilizar na prática da presente invenção uma vez que o ref£ rido éster, cuja fórmula geral é copiar CnHOn4.1 -C-O-CHo-CH_0-C n 2n+l 2 2
O não possui pelo menos um grupo hidroxilo na porção do éster derivada do 1,2-etanodiol.
Um monoéster glicerol e um dos ácidos gordos referidos podem eventualmente utilizar-se na prática da presente invenção uma vez que o éster possui 2 grupos hidroxilo associados que são derivados do glicerol. O diéster de glicerol e um dos ácidos gordos referidos podem também utilizar-se uma vez que o éster possui um grupo hidroxilo associado que ê derivado do glicerol de álcool alifático. Na verdade, como se verá adiante, verificou-se que misturas de mono-laureato de glicerilo e di-laureato de glicerol são úteis na prática da presente invenção. Finalmente, é de notar que o triéster de glicerol e um dos ácidos gordos referidos não podem ser utilizados na prática da presente invenção uma vez que o éster não possui pelo menos um grupo hidroxilo na sua porção que é derivada do álcool alifático, isto é, glicerol.
Os ésteres preferidos para utilização na prática da presente invenção são mono-laureato de glicerilo, di-laureato de glicerilo e suas misturas.
Outros ésteres preferidos para utilização de acordo com esta invenção incluem derivados mono-laureato de alcanõis C^, tal como laureato de 3-hidroxi-l-propilo. Os de rivados de di-laureato de alcanõis tal como 1,2-dilaureato de glicerol são tambcm considerados como reduzindo a quantidade de enterotoxinas A, B, Ce TSST-1 com enterotoxina A produzida. Os derivados de etileno-glicol tal como mono-laureato de etileno glicol assim como laureatos de polietileno glicol, por exemplo, mono-laureato de di-etileno glicol e mono-laureato de tri-etileno glicol são também considerados como sendo activos. Determinados polímeros são também considerados como possuindo acti
vidade redutora de toxinas, por exemplo, mono-laureato de polietileno glicol (PM 200), mono-laureato de polietileno glicol (PM 400) , mono-laureato de polietileno glicol (PM 10000) , e lau reatos de propileno glicol tal como mono-laureato de polipropileno glicol.
De acordo com esta invenção, o produto absorvente contém uma quantidade do éster anteriormente descrito que é eficaz para inibir a formação de enterotoxinas A, B, C e TSST-1 com a enterotoxina A quando o referido produto é expo£ to a S. aureus. Por exemplo, verificou-se que quantidades efica zes eram aproximadamente 0,1% e superiores do composto monopoli éster especificado (ou suas misturas), com base no peso do mate rial absorvente que constitui o produto absorvente.
O ingrediente activo contém, de preferência, pelo menos 90% em peso de mono-laureato de glicerilo. Mais preferivelmente, o ingrediente activo contém pelo menos 9% em peso de mono-laureato de glicerilo. Ainda mais preferivelmen te, o ingrediente activo ê essencialmente composto totalmente de mono-laureato de glicerilo.
Podem ser verificadas algumas semelhanças entre as toxinas. A exotoxina pirogénica de estreptococos A (SPEA) está mais relacionada com a enterotoxina de Estafiloco cos. A SPEA possui um anel de cisteína de 9 aminoãcidos semelhante ã da enterotoxina A de estafilococos (SEA) e é também co difiçada por um fago de conversão. Contudo, a SPEA compartilha uma semelhança de sequência de aminoãcidos superior com a enterotoxina B de Estafilococos do que com SEA. Estudos imunológicos mostraram que as proteínas e anti-soro das enterotoxinas são reactivas por reticulação (Iandolo, 1989). Estas semelhanças entre enterotoxinas A e B de Estafilococos e a exotoxina A de estreptococos na estrutura e reactividade levam ã hipótese que a demonstração de um efeito, tal como redução nas enterotoxinas A e B produzidas por Staphylococcus pode ser transportada para um efeito semelhante na exotoxina de estreptococos. Verifi^ cou-se que o mono-laureato de glicerol é eficaz na. redução da produção de SPEA e SPEB in vitro utilizando o método do saco tampão.
Como aqui utilizado, o termo material
absorvente inclui fibras naturais ou sintéticas, películas, es pumas, polpa de madeira, musgo de turfa, polímeros superabsorventes e análogos que são capazes, inerentemente ou devido ã forma como eles estão arranjados, de absorverem líquidos tais como água, urina, fluídos menstruais, sangue, exudados de feridas e análogos.
Descrição das formas de realização preferidas
No Exemplo 1 que se segue, esta inven-
ção é descrita com pormenor em associação com fibras absorventes e uma quantidade de monolaureato de glicerilo que é eficaz para inibir a produção de enterotoxinas A, B, C ou uma combinação de TSST-1 e A produzidas pela bactéria £3. aureus quando a referida bactéria é colocada em contacto com fibras de algodão tais como as utilizadas em produtos catameniais tais como tampões. É de notar que os princípios desta invenção se aplicam também a outros tipos de fibras absorventes tais como produtos absorventes para revestimento de feridas, fraldas descartáveis, pensos higiénicos e outros tipos de tampõestais como os concebidos para utilização médica, cirúrgica, dentária e/ou nasal.
Obtiveram-se fibras de algodão de Barn-
hardt Manufacturing Company of Charlotte, Carolina do Norte. As fibras eram 100% de algodão, de tal forma que as fibras eram essencialmente isentas de todos os acabamentos e aditivos tais como agentes tensio-activos e análogos comummente utilizados na produção comercial. Colocaram-se as fibras de algodão num tamque e aqueceram-se com água a uma temperatura compreendida aproximadamente entre 190S e 2009 F (89 e 94°C) altura em que se adicionou mono-laureato de glicerilo e oleato de sódio (proporção de concentração 4:1) ã água para formar uma emulsão no tanque. Adicionaram-se concentrações variáveis de mono-laureato de glicerilo ãs fibras, de tal maneira que cada uma da série de fibras con tidas nas emulsões possuiam 0,22%; 0,78% 1,12% e 1,89% de mono-laureato de glicerilo, em peso. Fechou-se o tanque e pressuzirou-se a 10 libras (4,5 kg). O sistema decorreu em ciclos 30 minutos. Depois de se completar, centrifugaram-se as fibras húmidas de algodão durante 5 minutos e secaram-se as fibras num for14
-·«»>.-.
no a 1509 F com um tempo de residência de 6,5 minutos e subsequentemente cardaram-se utilizando equipamento de cardar comercialmente disponível numa trama fibrosa pesando aproximadamente 33,6 g/m^.
Obteve-se uma amostra de mono-laureato de glicerilo disponível sob a marca registada Monomuls 90 1-12 de Henkel Corporation da Alemanha e verificou-se que continha 96% em peso de mono-laureato de glicerilo. Não se detectou qual, quer di-laureato de glicerilo. O mono-laureato de glicerilo é um composto GRAS listado pela FDA para utilização como um emulsionante alimentar. Este material é sugerido para utilização em produtos anti-cárie, insecticidas, preparações cosméticas e com posições alimentares.
Os exemplos seguintes são ilustrativos dos efeitos dos produtos absorventes desta invenção na produção de enterotoxinas A, B, C e TSST-1 com enterotoxina A. Naturalmente, estes exemplos ilustram meramente os produtos da invenção sem limitarem o âmbito da invenção.
EXEMPLO 1
Pesaram-se em quantidades de 2,38 gramas, em duplicado, fibras de algodão uniformemente revestidas que tinham sido cardadas contendo, respectivamente, 0,22; 0,78; 1,12 e 1,89% p/p do mono-laureato de glicerilo anteriormente re ferido com base no peso da fibra. Ensaiaram-se depois as fibras tratadas com mono-laureato de glicerilo de acordo com um Tampon Sac Method referido por Reiser et al. no Journal Of Clinicai Microbiology Vol. 25, Agosto de 1987, páginas 1450-1452, cuja des crição é aqui incorporada como referência.
utilizou-se a staphylococcus aureus estirpe FRI-100, uma produtora conhecida de enterotoxinas A de es tafilococos como organismo de ensaio neste exemplo. A estirpe FRI-100 foi originada como um isolado alimentar do Food Research Institute em Madison, WI, A estirpe FRI-100 obteve-se de Dr. Pat Schievert, Dept. of Microbiology of the University of Minnesota Medicai School, Minneapolis, MN. Uma segunda estirpe de aureus
obtida de Dr. Schievert, designada Mn Hoch, foi identificada co mo uma produtora apenas de enterotoxina B. Esta estirpe foi iso lada de um caso não menstrual de síndroma de choque tóxico. Uma terceira estirpe de S. aureus, proporcionada por Dr. Schievert como uma produtora de enterotoxina C designada Mn Don foi também isolada de um caso menstrual de síndroma de choque tóxico. Uma quarta estirpe de £>. aureus proporcionada por Dr. Schievert produz TSST-1 e enterotoxina A designada Mn8. Utilizaram-se como controlos nos ensaios isolados de controlo de S. aureus que não produzem qualquer enterotoxina.
Preparam-se separadamente suspensões de £>. aureus por mistura completa de um (1) miligrama da S. aureus leofilizada com um (1,0) mililitro de caldo de infusão de tecido de coração e cérebro (BHI) (obtido de Difco laboratories, De troit, Mechigan) e transferiu-se a referida mistura para um tubo de ensaio contendo cinco (5) mililitros do caldo BHI. Misturaram-se intensamente as suspensões, de novo, e incubaram-se du rante 24 horas a 377 c antes da utilização.
Colocaram-se 100 mililitros de agar de infusão de tecido coração e cérebro (BHI) também obtido de Difco Laboratories em Detroit, Michigan, U.S.A.) em cada um dos 10 tubos de cultura de 3,8 cm x 20 cm. Fizeram-se sacos de diálise de celulose e esterilizaram-se da forma referida por Reiser et al. Inocularam-se os sacos de celulose estéreis com a suspensão de S. aureus anteriormente referida numa quantidade suficiente para proporcionar no início do ensaio uma concentração de 1,9 x 8
CFU/ml da bactéria Staphylococcus aureus.
Inseriu-se um feixe de fibras de algodão tratado com mono-laureato de glicerilo pesando 2,38 g num saco de diálise estéril contendo a bactéria aureus e depois inseriu-se cada um dos sacos num tubo de cultura contendo agar BHI. Utilizaram-se dois controlos cada um em duplicado. Num con trolo (chamado o controlo de inóculo) colocou-se um saco de diá lise inoculado (sem fibras lã dentro) em cada um dos dois tubos de cultura contendo o agar BHI. No segundo controlo colocaram-se dois feixes não tratados pesando 2,39 g cada (isto é fibras de algodão sem acabamento e exactamente semelhantes ãs fibras de ensaio mas não tratadas com mono-laureato de glicerilo) em tura tubo
horas de diálise que por seu turno se colocaram em tubos de cul contendo agar BHI. Assim, utilizaram-se neste ensaio doze de cultura, contendo quatro os controlos anteriormente re os (dois com fibra de algodão tratada; dois sem fibra) e £ndo os outros as concentrações crescentes anteriormente re as de mono-laureato de glicerilo compreendidas entre 0,22 9% p/p em fibras de algodão em duplicado.
A concentração de células viáveis de S. y estirpe FRI-100 e enterotoxina A no início do ensaio (0 ) e depois de incubação durante 24 horas a 37QC apresentaLo Quadro I
QUADRO 1
EFEIO
RITO
LOCOC
Ό DE FIBRAS DE ALGODÃO TRATADAS COM MONOLAUREATO DE GLICENA FORMAÇÃO DE ENTEROTOXINA-A POR Ξ CRESCIMENTO DE STÃPHY!CUS AUREUS FRI-100
Amos!
ra
Concentração final de S^.
aureus
Concentração final de S.
a— aureus (x 10u CFU/ml) (Log10 CFU/ml)
Quantidade final
Enterotoxina A, b,c (ug)
Sem d (Coni
Fibr3 (Coni
Fibrí (0,2;
Fibrí (0,7í
Fibrí (I,i:
Fibrí ibra rolo) 210 não tratada rolo) 480 tratada % de MLG) 18 tratada % de MLG) 2.0 ι tratada !% de MLG) 12.8 tratada > de MLG) 4.0
10.32
10.68
9.25
8.30
9.10
8.60 a = tf
2.50
3.48
0.029
0.075
0.052
0.005
S de células viáveis de S^. aureus expressas como lOg de ba e 10.
orno determinado pelo método ELISA referido por Reiser et 1. in Applied and Environmental Microbiology, Dezembro de
1982, páginas 1349-1355. c = Determinação média de amostras em duplicado
Os dados do Quadro I mostram que o mono -laureato de glicerilo possui um impacto significativo na produ ção de enterotoxina A comparável ao seu efeito na produção de TSST-1. 0 número total de células reflecte apenas uma redução logarítmica de 1,0-2,0 no número de células de aureus.
Os dados no Quadro I mostram que quando £5. aureus estirpe FRI-100, que produz a enterotoxina A, é expos ta a fibras revestidas com mono-laureto de glicerilo (0,22% p/p) existe uma redução de 99% na formação de enterotoxina A. Com fi^ bras revestidas com 0,78% p/p de mono-laureato de glicerilo observa-se uma redução de 98%. Para concentrações mais elevadas de mono-laureato de glicerilo, tais como 1,12% e 1,89% p/p de mono-laureato de glicerilo observam-se reduções de 99% na forma ção de enterotoxina A. No fim do período de incubação (24 horas) , o logaritmo da concentração de células S. aureus na presença de fibras de algodão de controlo era de 10,68; o logaritmo da concentração de células de Si. aureus na presença de fibras contendo 0,22% de mono-laureato de glicerilo era de 9,25 (13% menos) ; o logaritmo da concentração de células de £3. aureus na presença de fibras de algodão contendo 0,78% de mono-laureato de glicerilo era de 8,30 (22% menos); o logaritmo da concentração de células de S^. aureus na presença de fibras de algodão contendo 1,12% p/p de mono-laureato de glicerilo era de 9,10 (15% menos) ; e o logaritmo da concentração de células de £5. aureus na presença de fibras de algodão contendo 1,89% p/p de mono-laureato de glicerilo era de 8,60 (19% menos). Assim, embora a quantidade de toxina produzida pelas células de S^. aureus fos^ se quase inteiramente eliminada, as fibras revestidas com mono-laureato de glicerilo não reduziram essencialmente o número de células viáveis de £3. aureus.
Além disso, pode notar-se um efeito dose-resposta com mono-laureato de glicerilo relativamente ã quan tidade de toxina produzida no qual quanto maior o conteúdo de mono-laureato de glicerilo menor a quantidade de toxina produzi^ da. Esta mesma tendência pode ser verificada neste íexemplo relativamente ao número de células viáveis.
EXEMPLO 2
Efectuou-se uma segunda experiência para avaliar o efeito do mono-laureato de glicerilo na produção de enterotoxina B por S. aureus estirpe Mn Hoch obtida -de um ca so de síndroma de choque tóxico não menstrual. Transferiram-se os microrganismos, inocularam-se e avaliaram-se utilizando o procedimento experimental descrito e apresentado no Exemplo 1. Pesaram-se em quantidades de 2,38 g fibras de algodão não trata das, fibras de algodão tratadas com 0,22%; 0,78%; 1,12% e 1,89% p/p de mono-laureato de glicerilo e inseriram-se em sacos de diãlise préviamente inoculados com S^ aureus estirpe Mn Hoch e ensaiaram-se como descrito no Exemplo 1. Ensaiaram-se depois em duplicado as fibras de algodão tratadas, as fibras de algodão não tratadas de controlo e os controlos de inoculo duplicado co mo descrito no Exemplo 1. Os resultados do ensaio apresentam-se no Quadro 2
QUADRO 2
EFEITO DE MONOLAUREATO DE GLICERILO NA PRODUÇÃO DE ENTEROTOXINA
B POR STAPHYLOCOCCUS AUREUS Mn Hoch
Amostra Concentração final de S. Concentração final de £3. Quantidade final
aureus aureus Enterotoxina
(χ 108 CFU/ml) (Log10 CFU/ml) A, b,c (ug)
Sem fibra (controlo) 7.20 8.85 41.04
Fibra não tratada (controlo) 16.21 9.21 117.46
Fibra tratada (0,22% de MLG) 2.39 8.38 5.77
Fibra tratada (0,78% de MLG) 10.00 9.00 2.17
Fibra tratada (1,12% de MLG) 0.81 7.91 0.93
Fibra tratada (1,89% de MLG) 0.48 7.69 0.45
a = N2 de células viáveis de S^. aureus expressas como 10 g de base 10.
b = Como determinado pelo método ELISA referido por Reiser et al. in Applied and Environmental Microbiology, Dezembro de 1982, páginas 1349-1355.
c = Determinação média de amostras em duplicado.
Os dados no Quadro 2 mostram que a S.
aureus Mn Hoch produziu significativamente menos enterotoxina B (95% menos do que o controlo não tratado) na presença de fibras de algodão revestidas com mono-laureato de glicerilo (0,22% p/p). As fibras de algodão tratadas com mono-laureato de glicerilo a concentrações de 0,78% p/p originaram uma redução de 98% na produção de enterotoxina B ao passo que se verificaram reduções superiores a 99% com fibras revestidas com 1,12 e 1,89% p/p de mono-laureato de glicerilo. No fim do período de incubação (24 horas), o logaritmo da concentração de células de aureus na presença das fibras de algodão de controlo era de 9,21; o logaritmo da concentração de células aureus na presença de fibras contendo 0,22% de mono-laureato de glicerilo era de 8,38 (9% menos); o logaritmo da concentração de células S. aureus na presença de fibras de algodão contendo 0,78% de mo no-laureato de glicerilo era de 9,00 (2% menos); o logaritmo da concentração de células de aureus na presença de fibras de algodão contendo 1,12% de mono-laureato de glicerilo era de 7,91 (14% menos); o logaritmo da concentração de células S. aureus na presença de fibras de algodão contendo 1,89% p/p de mono-lau reato de glicerilo era 7,69 (16% menos).
EXEMPLO 3
Efectuou-se uma terceira experiência pa ra avaliar o efeito do mono-laureato de glicerilo na produção de enterotoxina C por S. aureus MN Don que era um produtor apenas de enterotoxina C obtido de um indivíduo com síndroma de choque tóxico não menstrual. Transferiu-se o microrganismo, ino culou-se e avaliou-se utilizando o procedimento experimental descrito e apresentado no Exemplo 1. Pesaram-se em quantidades de 2,38 g fibras de algodão não tratadas, fibras de algodão tra tadas com 0,22%; 0,78%; 1,12% e 1,89% p/p e inseriram-se em sa20
cos de diálise inoculados com £3. aureus estirpe Mn Don e ensaia ram-se como descrito no Exemplo 1. As fibras de algodão revesti das, os controlos de fibra de algodão não ttratados, e os controlos de inoculo duplicado foram depois todos ensaiados em duplicado como descrito no Exemplo 1. Os resultados do ensaio apresentam-se no Quadro 3
QUADRO 3
EFEITO DE MONOLAUREATO DE GLICERILO NA PRODUÇÃO DE ENTEROTOXINA C POR STAPHYLOCOCCUS AUREUS Mn DOn
Amostra
Concentração final de £3. aureus (χ 108 CFU/ml)
Concentração final de S. aureus (LOg10 CFU/ml)
Quantidade final
Enterotoxina A,b,c (ug)
Sem fibra (controlo) 69.18
Fibra não tratada (controlo) 17.78
Fibra tratada (0,22% de MLG) 3.80
Fibra tratada (0,78% de MLG) 10.47
Fibra tratada (1,12% de MLG) 4.16
Fibra tratada (1,89% de MLG) 0.33
a = NQ de células viáveis de S
9.84 1.55
9.25 32.27
8.58 1.52
9.02 0.16
8.62 0.02
7.52 0.14
aureus expressas como 10 g de base 10.
b = Como determinado pelo método ELISA referido por Reiser et al. in Applied ans Environmental Microbiology, Dezembro de 1982, páginas 1349-1355.
c = Determinação média de amostras em duplicado.
Os dados apresentados no Quadro 3 mostram que a £3. aureus Mn Don produziu significativamente menos enterotoxina C (95% menos do que o controlo não tratado) na pre • • sença de fibras de algodão revestidas com mono-laureato de gli21
cerilo (0,22% p/p). As fibras de algodão tratadas com mono-laureato de glicerilo em concentrações de 0,78% p/p e superiores originaram reduções de 99% na enterotoxina C formada relativamente à gerada pelo controlo não tratado. 0 logaritmo das concentrações de células S. aureus Mn Don na presença de fibras de algodão de controlo era de 9,25; o logaritmo da concentração de células de S^. aureus na presença de fibras contendo 0,22% de mo no-laureato de glicerilo era de 8,58 (7% menos); o logaritmo da concentração de células S. aureus na presença de fibras de algo dão contendo 0,78% de mono-laureato de glicerilo era de 9,02 (2% menos) ; o logaritmo da concentração de células de Í5. aureus na presença de fibras de algodão contendo 1,12% de mono-laureato de glicerilo era de 8,62 (6% menos); e o logaritmo da concen tração de células de aureus na presença de fibras de algodão contendo 1,89% p/p de mono-laureato de glicerilo era de 7,52 (19% menos).
EXEMPLO 4
Efectuou-se uma quarta experiência para avaliar o efeito do monolaureato de glicerilo na TSST-1 e enterotoxina A produzida em conjunto por S^. aureus Mn8, que é uma produtora de TSST-1 conhecida que produz também enterotoxina A em menores quantidades. Obteve-se um isolado de S. aureus Mn8 a partir do estudo de três situações de um indivíduo com síndroma de choque tóxico. Transferiu-se o microrganismo, inoculou-se e avaliou-se utilizando o procedimento experimental descrito e apresentado no Exemplo 1. Pesaram-se em quantidades de 2,38 g fibras de algodão não tratadas, tratadas com 0,22%; 0,78%; 1,12 % e 1,89% p/p de mono-laureato de glicerilo e inseriram-se em sacos de diálise inoculados com S. aureus estirpe Mn8 e ensaiaram-se como descrito no Exemplo 1. As fibras de algodão revestidas, os controlos de fibras de algodão não tratadas e os controlos de inóculos duplicados foram depois ensaiados em duplicado como descrito no Exemplo 1. Os resultados dos ensaios apresentam -se no Quadro 4.
a = NQ. de células viáveis de £3. aureus expressas como 10 g de base 10.
b = Como determinado pelo método ELISA referido por Reiser et al. in Applied and Environmental Microbiology, Dezembro de 1982, páginas 1349-1355 c = Determinação média de amostras em duplicado.
Os dados do Quadro 4 mostram que a S^. aureus Mn8 produzia significativamente menos TSST-1 e enterotoxina A na presença de fibras tratadas com mono-laureato de glicerilo. Depois da exposição a fibras tratadas com 0,2% p/p de mono-laureato de glicerilo, a S. aureus Mn8 produziu 7,89 ug de TSST-1 que era 76% menos do que o verificado com o controlo de fibras não tratadas. Estas mesmas fibras tratadas (0,22% p/p de mono-laureato de glicerilo) originaram uma redução de 90% na formação de enterotoxina A relativamente ao observado no contro lo. As fibras de algodão tratadas com 0,78% p/p de mono-laureato de glicerilo originou uma redução de 97% na formação de TSST -1 com uma redução de 95% na formação de enterotoxina A. A fibra contendo 1,12% e 1,89% p/p de mono-laureato de glicerilo originou uma redução de 99% na formação de TSST-1 e enterotoxina A.
Ao fim do período de incubação (24 horas) o logaritmo da concen tração das células de S. aureus na presença de fibras de algodão de controlo era de 8,68; o logaritmo da concentração de células de S. aureus na presença de fibras contendo 0,22% p/p de mono-laureato de glicerilo era de 8,16 (6% menos); o logaritmo da concentração de células de S. aureus na presença de fibras de algodão contendo 0,78% de mono-laureato de glicerilo era de 7,79 (10% menos) ; o logaritmo da concentração de células de S^. aureus na presença de fibras de algodão contendo 1,12% p/p de mono-lau reato de glicerilo era de 8,56 (1% menos); e o logaritmo da con centração de células de S. aureus na presença de fibras de algo dão contendo 1,89% p/p de monolaureato de glicerilo era 8,62 (1% menos).
Como se pode verificar dos Exemplos 1 a anteriores, as fibras de algodão foram tratadas com níveis variáveis de mono-laureato de glicerilo, uma mistura comercialmente disponível constituída por 96% em peso de mono-laureato de
glicerilo e sem qualquer di-laureato de glicerilo. Os dados apresentados nas Tabelas 1 a 4 mostram que, dependendo dos níveis de mono-laureato de glicerilo nas fibras, a bactéria £3. aureus produz significativamente menos toxinas, por outras pala vras, são inibidas de produzirem quantidades significativas de toxinas quando comparadas com a quantidade de toxinas produzidas sob as mesmas condições experimentais pela bactéria S. aureus na presença de fibras de controlo sem mono-laureato de glicerilo.
A eficácia do mono-laureato de glicerilo relativamente ã produção de tóxina não depende do tipo de substrato de fibra ao qual se aplicou. Foi mostrado anteriormen te que a lauricidina e análogos relacionados são eficazes na re dução da produção de toxina TSST-1 em produtos absorventes quan do utilizados em vários substratos como mostrado nos pedidos de patente dos Estados Unidos co-pendentes séries ne. 343965 publi. cado em 27 de Abril de 1989 e série nQ 316742 publicada em 27 de Abril de 1990 que são aqui incorporados como referência. Além disso, embora nos exemplos apresentados anteriormente os produtos contenham fibras possuindo um revestimento de aproximadamente 0,22% p/p de mono-laureato de glicerilo, o composto activo de ve ser eficaz para evitar a formação de tóxina a concentrações inferiores, por exemplo, a concentrações aproximadamente inferiores a 0,1% p/p de composto activo.
EXEMPLO 5
Foi efectuada uma experiência por Dr. Patrick Schlievert da Universidade de Minnesota para avaliar o efeito de tampões tratados com mono-laureato de glicerilo em exo toxinas pirogénicas de estreptococos tipos A e Β. O microrganismo utilizado nesta experiência foi estreptococos do Grupo A estirpe C203 que produz exotoxinas pirogénicas A e B de estreptoco cos. Nesta experiência utilizou-se o Tampon Sac Method de Reiser et al. para determinar o efeito do tampão tratado na produção de toxina. Inocularam-se tubos de diálise com colónias de 5 x 10^ unidades formadoras de colónias (CFU) da bactéria num mililitro
de volume (Brain Heart Infusion Broth) com ou sem tampões vaginais marca o.b.. Os tampões utilizados pesavam 3 g e continham 1 mililitro de monolaureato de glicerilo (1,0 p/p) ou os tampões não continham mono-laureato de glicerilo. Submergiram-se os tubos de diálise inoculados em 75 ml de agar de infusão de tecido de coração e cérebro e incubaram-se durante 24 horas a 37QC e 7% de C02. Diluiram-se depois as amostras quatro vezes relativamente ã quantidade do fluído absorvido durante o período de 24 horas e determinaram-se a CFU e as concentrações de to xina. Utilizaram-se contadores de placa para determinar a concentração de CFU e anãlises de mancha Western para medir a tõxi_ na. 0 limite inferior de detecção da tóxina foi de 0,003 ug. Os dados obtidos estão apresentados no Quadro 5.
Os resultados demonstram que a produção de tóxina foi muito baixa na presença de um tampão não tratado e foi não detectável na presença de tampões tratados. A viabiLi dade das células foi também significativamente afectada. Determinou-se que a presença de oxigénio absorvido pelas fibras do tampão, assim como a exposição do microrganismo ao oxigénio atmodférico podem ter contribuído para os níveis baixos da produção de tóxina e para a reduzida viabilidade de células no saco de diálise em que os tampões foram colocados. Decidiu-se propor cionar um ambiente anearóbio para o organismo nos ensaios subse quentes.
QUADRO 5
EFEITO DE TAMPÕES TRATADOS COM MONOLAUREATO DE GLICERILO NO CRESCIMENTO E PRODUÇÃO DE TOXINAS POR ESTREPTOCOCOS
Amostra
UFC3
Tipo SPE (pg/ml)
A B
Controlo (sem θ tampão) 6.5+2.7x10° 12.0 ob 7.5+4.0x106 0.12
6.0
0.06 ob + 1% de Í4LG 40
N.D
N.D aUFC/ml de fluido absorvido no saco. Na presença de um tampão foi absorvido uma média de 2,0 ml. Na ausência observaram-se me
nos que 0,25 ml.
°N.D. não detectado.
EXEMPLO 6
Nesta experiência efectuada por Dr. Patrick Schlievert adicionou-se mono-laureato de glicerilo em con centrações variáveis a 50 ml de caldo de infusão de tecido de coração e cérebro. Estas soluções foram depois inoculadas com 1,0 x 10^ CFU de estreptococos do grupo A C203 ou £5. aureus Mn8 um produtor conhecido de TSST-1. Incubaram-se amostras contendo C203 a 37QC, durante 12 horas, sem agitação de forma a reduzir a exposição ao oxigénio na presença de 7% de CC^- Incubaram-se da mesma forma amostras contendo Mn8 mas sem agitação (a uma ve locidade de 200RPM) e num incubador padrão. Os resultados desta experiência apresentam-se no Quadro 6.
- 9-7 QUADRO 6
EFEITO DO MONOLAUREATO DE GLICERILO NA VIABILIDADE DAS CÉLULAS E PRODUÇÃO DE TOXINAS POR STREPTOCOCCUS C203 E STAPHYLOCOCCUS
AUREUS Mn8
Tipo SPE
Amostra MLG UFC A B TSST-1 mg/100
0 3.1 X 10 6.0 3.0
0.05 3.5 X io8 6.0 3.0
0.1 3.2 X 108 1.5 0.75
0.25 3.3 X io8 N.D. N.D.
0.5 3.2 X io8 N.D. N.D.
0,75 2.0 X 108 N.D. N.D.
1.0 4.0 X 107 N.D. N.D.
1.25 3.5 X io6 N.D. N.D.
1.50 0 N.D. N.D.
1.75 0 N.D. N.D.
2.0 0 N.D. N.D.
5.0 0 N.D. N.D.
10.0 0 N.D. N.D.
0 8.4 X io9 48
0.05 9.0 X io9 48
0.1 9.4 X io9 48
0.25 6.2 X io9 12
0.5 1.8 X io10 N.D.
.75 9.7 X io9 N.D.
1.0 2.1 X io10 N.D.
1.25 7.0 X io9 N.D.
1.5 1.4 X io10 N.D.
1.75 1.1 X io10 N.D.
2.0 4.0 X io5 N.D.
2.25 2.0 X io5 N.D.
2.5 2.3 X 104 N.D.
5.0 2.1 X io4 N.D.
10.0 2.9 X io4 N.D.
EXEMPLO 7
Neste exemplo, efectuado por Dr. Patrick Schlievert avaliaram-se estirpes de estreptococos do grupo A, expressando individualmente SPEA, SPEB ou SPEC e estirpes dos grupos B, F e G para o efeito do mono-laureato de glicerilo na sua produção de exotoxina. Utilizando o método descrito no Exem pio 6, expuseram-se os organismos a concentrações variáveis de mono-laureato de glicerilo num caldo de infusão de tecido de co ração e cérebro. Utilizaram-se as estirpes 594, que produz SPEA, estirpe 86-858 que produz SPEB e estirpe T18P que produz toxinas SPEC respectivamente. Mediu-se a produção de toxinas por p£ ríodos específicos de imuno-mancha de Western durante 96 horas. Os resultados desta experiência para determinar o efeito do mono-laureato de glicerilo na produção de toxinas SPEA, SPEB e SPEC apresentam-se no Quadro 7.
Expôs-se também a S. aureus estirpe Mn8 a mono-laureato de glicerilo. Mediu-se a quantidade de produção de TSST-1 de S. aureus estirpe Mn8. Os resultados destes ensaios apresentam-se no Quadro 8.
Mediram-se a estreptolisinas O e S também produzida pelas estirpes 594, 86-858 e T18P, assim como a he molisina de estreptococos do Grupo B, hemolisina de estreptococos do Grupo F e hemolosina de estreptococos do Grupo G por lise de 0,1% de eritocitos de carneiro e 0,014% de 2-mercapto-eta nol como um agente redutor formado em 0,75% de agarose em solução tampão de fosfato (PBS), 4,5 ml/lãmina. O PBS era composto por fosfato de sódio 0,005 Molar, NaCl 0,15 Molar a um pH de 7,0. Utilizou-se a hemólise induzida por 20 ul de cultura isenta de células adicionados a tubos perfurados em lâminas depois de 24 horas como uma medida da produção da hemolisina. Mediu-se a lipase da mesma forma como a hemolisina com excepção que se utilizou 0,1% de tributirina como padrão.
Os resultados de estreptolisina O e S reduzida são também apresentados no Quadro 7. Os resultados das experiências que exploram o efeito do mono-laureato de glicerilo na produção de toxinas pelos estreptococos dos Grupos B, F e G apresentam-se no Quadro 9, 10 e 11, respectivamente. Os dados
mostram uma redução nítida nas quantidades de toxina e/ou hemolisina produzida pelos estreptococos dos Grupos A, B, F e G na presença de mono-laureato de glicerilo.
QUADRO 7
EFEITO DE MONOLAUREATO DE GLICERILO NOS ESTREPTOCOCOS GRUPO A
Bactéria MLG (jjg/ml) Log UFC/ml SPE (pg/ml) Redução de HEMOLISE
594(SPEA) 0 8.6 3.2 7.0
2.5 8.5 0.3 4.0
10.0 8.3 0.3 0.0
20.0 6.0 0.0 0.0
86-858(SPEB) 0 8.0 0.8 4.0
2.5 7.7 0.0 2.0
10.0 7.7 0.0 0.0
20.0 5.8 0.0 0.0
T18P(SPEC) 0 7.9 0.4 8.0
2.5 7.9 0.0 8.0
10.0 6.1 0.0 0.0
a Tamanho do inoculuo entre 10^ e 10^ UFC/ml b Inclui estreptolisina O e S medida em mm de diâmetro de lise
QUADRO 8. Efeito de MLG em Staphylococcus aureus— MN8
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QUADRO 9 Efeito de MLG em estreptococos do Grupo B hr TemP° 24 hr
MLG _ (pg/ml) Log células/ml Hemolisina Log células/ml Hemolisina
8.7 2
2.5 8.1 0
10.0 4.0 0
Tamanho de inoculo
2,0 x 105/ml
8.5
8.4
3.0
QUADRO 10 Efeito de MLG em Estreptococos do Grupo F
Tempo
MLG _8 hr_24 hr_ (pg/ml) Log células/ml Hemolisina Log células/ml Hemolisina
0 8.3 7 8.3 7
2.5 8.5 0 8.3 0
10.0 io4 0 103 0
Tamanho de inoculo 2,0 x 10^/ml
QUADRO 11 Efeito de MLG em Estreptococos do Grupo G
MLG 8 Tempo hr 24 hr
(pg/ml) Log células/ml Hemolisina Log cêlulas/ml Hemolisina
0 8.9 8 10.0 8
2.5 8.1 5 10.0 6
10.0 104 0 103 0
Tamanho de inoculo 2,0 x 10 /ml
Com esta experiência, efectuada por Dr. Patrick Schlievert foram feitas tentativas para induzir a estir pe de estreptococos C203 e estreptocos estirpe Mn8 que cresceram em placas contendo mono-laureato de glicerilo. A concentração inibidora mínima de mono-laureato de glicerilo para a estir pe C203 era de 1 mg/100 ml em placas de agar quando se colocaram 5 x 10^ CFU. As placas com 2 mg por 100 ml não apresentaram crescimento. A concentração inibidora mínima de mono-laureato de glicerilo para a estirpe Mn8 era de 5 mg/100 ml quando se f_i zeram 7 x 10 CFU. As placas com 7,5 mg por 100 ml não apresentavam crescimento. Esta experiência foi tentada numa média de 2 vezes por semana durante um período de 6 meses. Os dados indicam que nenhum mutante foi susceptível de crescer na presença de níveis previamente inibidores de mono-laureato de glicerilo.
Exemplo 9 (Exemplo de previsão)
Nesta experiência, utilizaram-se os métodos dos Exemplos 5 a 7 para ensaiar a eficácia de mono-laurea to de glicerilo e compostos análogos relacionados. Contudo, os tampões foram submetidos a uma câmara anaeróbica para retirar todo o oxigénio absorvido pelas fibras. Os tampões com e sem mo no-laureato de glicerilo assim como as amostras de controlo foram inseridos em sacos de diálise sob condições anearóbicas e incubaram-se numa câmara anearõbica e/ou câmara de oxigénio reduzido de forma a minimizar a exposição dos organismos estrepto cocos ao oxigénio atmosférico e/ou absorvido. Avaliaram-se em vários intervalos os níveis de toxina produzidos pelos microrga nismos. É de esperar, com base nos outros exemplos que o mono-laureato de glicerilo e outros compostos análogos sejam eficazes na inibição da produção dee exotoxinas pirogénicas de estreptococos e hemolisinas ou estreptococos dos Grupos A, B, Fe G sem inibição essencial do crescimento das células.

Claims (1)

  1. REIVINDICAÇÕES . - lâ Processo para a produção de um produto absorvente caracterizado por compreender incorporar-se um composto seleccionado do grupo constituído por:
    a) monoésteres de um álcool alifático poli-hídrico e um ácáÍ do gordo contendo entre 8 e 18 ãtomos de carbono e em que o referido mono-éster possui pelo menos um grupo hidroxilo associado com o seu radical álcool alifático;
    b) diésteres de um álcool alifático poli-hídrico e um ácido gordo contendo entre 8 e 18 ãtomos de carbono e em que o referido diéster possui pelo menos um grupo hidroxilo associado com o seu radical álcool alifático; e
    c) misturas dos referidos monoésteres e diésteres, estando o referido composto presente numa quantidade que ê eficaz para inibir a produção de Enterotoxina A, Enterotoxi^ na B ou Enterotoxina C pela bactéria Staphylococcus aureus quando o produto ê exposto ã referida bactéria.
    - 2â Processo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por o composto estar presente numa quan tidade de pelo menos 0,01% com base no peso do referido mate rial absorvente.
    Processo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por o referido composto estar presente numa quantidade de pelo menos 0,5% com base no peso do ref£ rido material absorvente.
    - 48 Processo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por o referido composto estar presente numa quantidade de pelo menos 1,0% com base no peso do refe rido material absorvente.
    Processo de acordo com a ção 1, caracterizado por o referido ãcido gordo láurico.
    reivindicaser ácido
    - 68 Processo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por o álcool poli-hídrico ser glicerol.
    Processo de acordo com a reivindica- 78 ção 1, caracterizado por o referido composto ser mono-laura to de glicerilo.
    - 8? Processo de acordo com a reivindicação 7, caracterizado por o mono-laurato de glicerilo estar presente numa quantidade de pelo menos 0,1% em peso com base no peso do material absorvente.
    - ga Processo de acordo com a reivindicação 7, caracterizado por o referido mono-laurato de gliceri^ lo estar presente numa quantidade de.pelo menos 0,5% em peso com base no peso do material absorvente.
    - 10? Processo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por o referido composto incorporar uma mistura de mono-laurato de glicerilo e di-laurato de glicerilo.
    - 11? Processo de acordo com a reivindicação 10, caracterizado por a referida mistura estar presente
    CTC- numa quantidade de pelo menos 0,1% com base no peso do mate rial absorvente.
    - 129 -
    Processo de acordo com a reivindicação 11, caracterizado por a mistura incorporar pelo menos 90% em peso de mono-laurato de glicerilo.
    - 13§ Processo de acordo com a reivindicação 11, caracterizado por a mistura incorporar pelo menos 95% em peso de mono-laurato de glicerilo.
    - 149 -
    Processo de acordo com a reivindicação 10, caracterizado por a mistura estar presente numa quantidade de pelo menos 0,5% com base no peso do material absorvente.
    Processo de acordo com a reivindicação 14, caracterizado por a mistura incorporar pelo menos 90% em peso de mono-laurato de glicerilo.
    - 159 <?3£2;
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    16ã
    Processo de acordo com a reivindicação 14, caracterizado por a mistura incorporar pelo menos 95% em peso de mono-laurato de glicerilo.
    - 175 Processo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por o composto incorporar mono-caprila to de glicerilo.
    - 18a Processo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por o referido composto incluir caprato dê glicerilo.
    - 19ã Processo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por o referido composto incorporar uma mistura de mono-caprllato de glicerilo e caprato de gliceri lo.
    - 20â Processo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por o referido composto incorporar mono
    -miristato de glicerilo.
    - 21ê Processo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por o referido composto incluir mono-palmitato de glicerilo.
    - 223 Processo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por o referido composto incorporar mono-estearato de glicerilo.
    - 23â Processo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por o composto incorporar mono-oleato de glicerilo.
    - 24ã Processo para a preparação de um tam pão catamenial caracterizado por se incorporar um material absorvente e um composto seleccionado do grupo constituído por:
    a) monoésteres de um álcool alifático poli-hídrico e um ácido gordo contendo entre 8 e 18 átomos de carbono em que o referido monoéster possui pelo menos um grupo hidroxilo associado com o seu radical álcool alifático;
    b) diésteres de um álcool alifático poli-hídrico e um ácido gordo contendo entre 8 e 18 átomos de carbono e em gue o referido diêster possui pelo menos um grupo hidro xilo associado com o seu radical álcool alifático; e
    c) mistura dos referidos monoésteres e diésteres, estando o composto presente numa quantidade que é eficaz para inibir a produção de Enterotoxina A, Enterotoxina B ou Enterotoxina C pela bactéria Staphylococcus aureus quan do o referido produto é exposto ã bactéria.
    - 253 Processo de acordo com a reivindicação 24, caracterizado por o composto estar presente numa quantidade de pelo menos 0,1% com base no peso do referido material absorvente.
    - 263 Processo de acordo com a reivindicação 24, caracterizado por o composto estar presente numa quantidade de pelo menos 0,5% com base no peso do referido material absorvente.
    - 273 -
    273
    Processo de acordo com a reivindicação 24, caracterizado por o composto estar presente numa quantidade de pelo menos de 1,0% com base no peso do referi do material absorvente.
    - 28§ Processo de acordo com a reivindicação 24, caracterizado por o ãcido gordo ser ácido láurico.
    - 293 Processo de acordo com a reivindicação 24, caracterizado por o álcool poli-hídrico ser glicerol.
    - 303 Processo de acordo com a reivindicação 24, caracterizado por o composto ser mono-laurato de glicerilo.
    Processo de acordo com a reivindicação 30, caracterizado por o mono-laurato de glicerilo estar
    - 313 presente numa quantidade pelo menos de 0,1% em peso com base no peso do referido material absorvente.
    - 329 Processo de acordo com a reivindicação 30, caracterizado por o mono-laurato de glicerilo estar presente numa quantidade de pelo menos 0,5% em peso com base no peso do referido material absorvente.
    - 339 Processo de acordo com a reivindicação 24, caracterizado por o composto incorporar uma mistura de mono-laurato de glicerilo e di-laurato de glicerilo.
    - 349 Processo de acordo com a reivindicação 33, caracterizado por a mistura estar presente numa quantidade pelo menos de 0,1% com base no peso do referido material absorvente.
    - 359 Processo de acordo com a reivindicação 34, caracterizado por a mistura incorporar pelo menos 90% em peso do mono-laurato de glicerilo.
    36§ ff
    Processo de acordo com a reivindicação 33, caracterizado por a mistura incorporar pelo menos 95% em peso de mono-laurato de glicerilo.
    - 37ã Processo de acordo com a reivindicação 33, caracterizado por a mistura estar presente numa quantidade pelo menos de 0,5% com base no peso referido material absorvente.
    - 38& Processo de acordo com a reivindicação 37, caracterizado por a mistura incorporar pelo menos 90% em peso de mono-laurato de glicerilo.
    - 39ã Processo de acordo com a reivindicação 37, caracterizado por a mistura incorporar pelo menos 95% em peso de mono-laurato de glicerilo.
    - 40â Processo de acordo com a reivindicação 24, caracterizado por o composto incluir mono-caprilato de glicerilo.
    - 41? Processo de acordo com a reivindicação 24, caracterizado por o composto incorporar caprato de glicerilo.
    - 42? Processo de acordo com a reivindicação 24, caracterizado por o composto incorporar uma mistura de mono-caprilato de glicerilo e caprato de glicerilo.
    - 43? -
    Processo de acordo com a reivindicação 24, caracterizado por o composto incorporar monomirista to de glicerilo.
    - 44? Processo de acordo com a reivindicação 24, caracterizado poro composto incorporar monopalmita to de glicerilo.
    - 45?
    45â
    Processo de acordo com a reivindicação 24, caracterizado por o composto incorporar mono-estearato de glicerilo.
    - 46â Processo de acordo com a reivindicação 24, caracterizado por o composto incorporar mono-oleato de glicerilo.
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