PT99204B

PT99204B - Municao de pequeno calibre para armas de terino sem recuo

Info

Publication number: PT99204B
Application number: PT99204A
Authority: PT
Inventors: Willi Lubbers
Original assignee: Nico Pyrotechnik
Priority date: 1990-10-10
Filing date: 1991-10-10
Publication date: 1999-02-26
Also published as: JP2604343B2; ATE131595T1; DE4032177C2; KR0160942B1; WO1992007231A1; EP0504356A1; JPH05502505A; US5247889A; DE4032177A1; EP0504356B1; DE59107081D1; KR920704090A; PT99204A

Description

MEMÓRIA DESCRITIVA invento refere-se a uma munição para armas de treino sem recuo de acordo com o preâmbulo da reivindicação 1 da patente.

Este tipo de munição de treino é conhecido da DE-OS 34 21 841. A munição de treino é disparada por uma arma de treino modificada e utilizada para a defesa anti-tanque e é formada por um projéctil de treino de pequeno calibre, colocado num cartucho de projéctil e uma carga de munição com um diâmetro superior ligada ao cartucho do projéctil, na qual uma carga também chamada carga traçadora está acumulada para expulsão de uma massa oposta, sendo feita a ignição da carga traçadora durante o disparo do projéctil de treino. Como massa oposta, na prática, utiliza-se de preferência areia de quartzo, se necessário com uma reduzida percentagem de elemento lubrificante, por exemplo, estearato de zinco.

A carga de munição termina na extremidade de fundo numa tampa, também chamada base de fecho. Esta tem formato abaulado e é obtida por meio de uma chapa de alumínio fina e apresenta no bordo circundante gue, por meio uma ligação intermédia de, por exemplo verniz de betume, serve de vedante e está abocardada na extremidade de fundo da carga de munição.

No momento disparo deste tipo de projéctil de treino levanta-se um problema, que consiste na deformação da base de fecho pela onda de choque da carga traçadora, antes da tampa e a massa oposta serem empurradas para trás da carga da munição. Neste caso pode suceder que, pelo menos, uma parte da massa oposta se acumule na tampa deformada, quase com uma forma tipo êmbolo, e conjuntamente com ela seja projectada para trás, para fora da arma de treino, na prática como um segundo projéctil. Esta aglomeração da massa oposta tem lugar, por um lado, numa zona angular de dispersão relativamente vasta, até 120°, e com uma força, que consegue projectar ainda uma cartolina cinzenta com 1 mm de espessura a uma distância superior a 20 metros. Esta solução não pode ser aceite por razões de segurança e, devido ao

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-3elevado perigo de ferimentos em pessoas, parte traseira da arma de treino.

Para se remediar este problema foi proposto, como solução, equipar a base de fecho com pontos de ruptura teóricos, por exemplo, um enfraquecimento do material, a partir do centro, em forma de jacto ou de estrela. No entanto, e por razões técnicas de produção, para as espessuras finas do material da base de fecho não foi possível garantir o rebentamento dos pontos de ruptura teóricos com a força definida. Além disso, a força de rebentamento dos pontos de ruptura teóricos depende da temperatura, ou seja, é menor quanto mais elevada for a temperatura. Isto tem várias consequências.

Se o ponto de ruptura teórico não rebentar uniformemente durante o tiro, por exemplo, devido à existência de defeitos de fabrico, verificam-se reacções na onda de choque da carga traçadora dentro da carga de munição e uma determinada parte das forças de pressão é dirigida contra a parede da carga de munição, de forma que partes da massa oposta são comprimidas mais fortemente contra a parede. Devido ao maior atrito assim provocado entre a parede e a massa oposta, verifica-se um desgaste mais acentuado na parede e forças de recuo diferenciadas, mas indesej adas.

Se o ponto de ruptura teórico for definido, de forma que a munição de treino resista a um teste de queda, mesmo com temperaturas de +60°C, especialmente quando a munição de treino é deixada cair de uma altura de 2 metros num chão duro e não sofre danos, o ponto de ruptura teórico da base de fecho não pode rebentar, existindo assim o perigo do ponto de ruptura teórico não rebentar, ou não rebentar atempadamente durante um disparo com tempo frio, por exemplo, a -40“C, de forma que se verificam elevadas forças de recuo indesejáveis. Se, pelo contrário, o ponto de ruptura teórico for definido de forma que rebente com segurança num disparo com tempo frio, então corre-se o perigo do teste de queda não ser conseguido no tempo quente.

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-4Não contando com isto, também nesta formação da cho com pontos de ruptura teóricos pode não ser totalmente possível evitar uma certa deformação do tipo êmbolo da tampa abaulada ou de partes desta e assim uma aglomeração da massa oposta.

invento tem como objectivo modificar uma munição de treino deste tipo descrito, na zona da base de fecho, de modo que a base de fecho no momento do disparo rebente sempre, evite uma deformação tipo êmbolo e com ela uma aglomeração da massa oposta, uniformize o choque do recuo e reduza a zona de segurança por detrás da arma de treino e, por outro lado, o teste de queda exigido seja conseguido em todas as gamas de temperatura.

Esta tarefa é, de acordo com o invento, realizada pelas características indicadas na parte caracterizadora da reivindicação 1 da patente.

A ideia, surpreendentemente simples do invento, baseia-se no facto de se formar o fundo da base de fecho, respectivamente, uma parte saliente deste fundo, substancialmente, por meio de uma folha. Para este fim podem ser utilizadas folhas metálicas correntes no mercado, por exemplo folhas de alumínio com espessura de 50 μια, já preparadas com uma camada de cola. De preferência, são coladas duas destas folhas de alumínio em ambos os lados de uma construção de apoio na base de fecho, por exemplo, em ambas as faces de uma flange anelar com perfil em L, de modo que as folhas na zona das aberturas da construção de apoio, respectivamente, da abertura da flange anelar, se colem entre si.

A folha utilizada, para além de ter uma determinada resistência à ruptura, tem que apresentar também uma determinada elasticidade, de modo que, em todas as gamas de temperatura, seja conseguido com êxito o teste de queda acima referido, e estando a arma de treino a ser utilizada, no momento do disparo a folha seja rasgada com segurança.

Devido à utilização de uma folha, ou de uma folha dupla

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obtida pela colagem de duas folhas entre si, seguramente durante o disparo, a deformação tipo êmbolo da tampa de fecho e assim um aglomerado da massa oposta. Além disso e devido à rápida ruptura das folhas, quase não se verificam reacções, durante o disparo, com a forma de frente de choque na carga de munição. Nesta apenas surgem reduzidas forças dirigidas contra a parede da carga de munição, pelo que o atrito entre a carga de munição e a massa oposta é pequeno e a massa oposta é apenas expelida para trás, numa zona angular muito reduzida, de apenas 10 °.

Através das medidas de acordo com o invento, o recuo é praticamente igual em todos os disparos.

Além disso, a zona por detrás da arma de treino, onde pode haver o receio de danos no material ou ferimentos em pessoas, torna-se substancialmente menor. Nos disparos de teste não se detectaram quaisquer danos numa cartolina cinzenta de 1 mm de espessura, colocada cerca de 4 metros atrás da arma de treino e a uma distância de mais de 60 cm do eixo com alma da arma de treino.

Uma outra vantagem do invento é o facto da base de fecho ser ela própria tão leve que, mesmo que seja projectada para trás pela massa oposta, não tem o comportamento de projéctil”. Nos casos deste tipo, a base de fecho cai para o chão depois de alguns metros, devido a oposição do ar.

As reivindicações subordinadas do invento descrevem outros aperfeiçoamentos do mesmo.

O invento é explicado com mais pormenor por meio dos exemplos de realização dos desenhos, nos quais:

a Fig. 1 é uma vista parcialmente em corte longitudinal de uma munição de treino de acordo com o invento;

a Fig. 2 é um corte transversal, através de uma base de

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fecho da carga de

Fig. 3 é uma munição da munição de treino;

vista da base de fecho, de acordo com a figura

2;

Fig. de acordo é uma construção de reforço para uma base de com uma outra realização do invento.

fecho,

Na Figura 1 está apresentada uma munição de treino 1 com um cartucho de munição 2, um projéctil de treino 3 nela colocado, bem como uma carga de munição 4, enroscada na extremidade da munição de treino. Nesta carga de munição é proporcionada uma carga traçadora à frente e outra carga traçadora atrás, respectivamente, 5 e 6, estando a carga traçadora de trás 6 fechada por meio de uma tampa simples ou abaulada. Na zona da carga traçadora 5 da frente está previsto um entalhe de ignição 8, que no momento do disparo da munição de treino de uma arma de treino é atravessado por um corpo de impacto, por exemplo, um percutor, o que provoca a ignição da carga traçadora 5 da frente. Os gases quentes desta carga traçadora provocam por um lado, a ignição da carga motriz 9, o que contribui para a expulsão do projéctil de treino do cartucho de munição e por outro lado a carga traçadora traseira, que actua numa massa oposta 10 de areia de quartzo. A areia de quartzo 10 enche o resto da carga de munição 4 que, na extremidade de traseira é fechada por uma base de fecho 11. Esta base de fecho 11 apresenta um bordo lateral 12 envolvente, com uma saliência para trás e que é abocardado na extremidade traseira da carga de munição 4.

Como se salienta nas figuras 2 e 3 a base de fecho 11 apresenta uma flange anelar 13 com um perfil em L em corte transversal e uma abertura central 14. Os reforços do perfil da flange anelar 13 são, por um lado, o bordo 12 atrás referido e, por outro lado, uma aba de perfil 15 orientada para dentro, cujo bordo interior limita a abertura central 14. Nas partes superior e inferior desta aba 15 envolvente está colada uma folha de alumínio 16 respectivamente 17, cobrindo ambas a abertura central 14 e estando coladas entre si nesta zona.

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-7Depois da ignição da carga traçadora 6, as folhas 16 e 17 da base de fecho são rasgadas devido à onda de choque dentro da massa oposta 10, o que provoca que a massa oposta seja projectada para o exterior da carga de munição, através da deslocação para a frente da zona abaulada 7. Através da utilização da zona abaulada suplementar 7 é conseguida uma uniformização do impacto de recuo.

Na figura 4 está representada uma construção modificada de uma base de fecho 11. A base de fecho apresenta por sua vez uma flange anelar 13 com perfil em L, em corte transversal, estando previstos reforços transversais 18 na superfície da aba de perfil 15, dirigida para dentro, para que a abertura central 14 da flange anelar seja subdividida em quatro quadrante abertos. Nesta construção é colada, em ambos os lados da aba de perfil 15 uma folha de alumínio, de acordo com o descrito nas figuras 2 e 3.

Como folha de alumínio pode ser utilizada uma chamada folha autocolante, que está coberta com uma camada de cola e para protecção desta, é tapada com uma outra folha transparente a ser retirada antes da utilização. A espessura destas folhas situa-se entre 50 μπι e 150 μπι.

Claims

REIVINDICACÕES

1 - Munição de pequeno calibre para armas de treino sem recuo, consistindo num projéctil de treino, colocado num cartucho de munição, bem como num projéctil de treino ligado a um cartucho de munição para a admissão de uma carga traçadora e de uma massa oposta a esta, e fechado por uma base de fecho de retrocesso para a expulsão da carga de cartucho, caracterizada por o fundo da base de fecho (11) apresentar, pelo menos, uma abertura (14) coberta por uma folha (16, 17), que é rasgada durante a expulsão da massa oposta.
2 - Munição de acordo com a reivindicação 1, caracterizada por a base de fecho (ll) apresentar apenas uma abertura (14).
3 - Munição de acordo com a reivindicação 1, caracterizada por a base de fecho (11) apresentar várias aberturas.
4 - Munição de acordo com uma das reivindicações anteriores, caracterizada por a base de fecho (11) ser formada por uma flange anelar (13) ligada com a carga de munição (4) e uma folha (16, 17) assente na superfície de fundo da base de fecho (11) e ligada com um dos abas de flange (15).
5 - Munição de acordo com a reivindicação 4, caracterizada por a flange anular (13) apresentar um perfil em L em corte transversal.
6 - Munição de acordo com uma das reivindicações anteriores, caracterizada por a folha (16, 17) estar colada na base de fecho (11).
7 - Munição de acordo com uma das reivindicações anteriores, caracterizada por a folha ser uma folha dupla de duas folhas (16, 17) que estão unidas entre si na zona central de, pelo menos, uma abertura (14) da base de fecho (11).
8 - Munição de acordo com a reivindicação 1, caracterizada

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-9por a base de fecho (11) apresentar uma flange anelar (13) com um perfil em L, apoiando-se uma das abas do perfil (13) no bordo da base de fecho, na parede interior da carga de munição (4), e a segunda aba do perfil se apresentar na vertical em relação à parede exterior da carga de munição (4) e por em cada lado da segunda aba de perfil (15) estar colada uma folha (16, 17) a cobrir a abertura central (14) da flange (13), e por ambas as folhas estarem coladas uma à outra na zona central da abertura (14)·
9 - Munição de acordo com uma das reivindicações anteriores, caracterizada por a folha (16, 17) ser uma folha autocolante.
10 - Munição de acordo com a reivindicação 9 ou 10, caracterizada por a folha apresentar uma espessura de 150 /im.
12 - Munição de acordo com uma das reivindicações anteriores, caracterizada por a carga traçadora da carga de munição (4) estar separada por uma tampa de tipo êmbolo (7) da zona de amortecimento (10).