PT98713A - Processo e instalacao de regulacao do debito de ar numa rede de condutas - Google Patents

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Description

COMPAGNIE GENERALE DES MATIERES NUCLEAIRES société anonyme "PROCESSO E INSTALAÇÃO DE REGULAÇÃO DO DEBITO DE AR NUMA REDE DE CONDUTAS" A presente invenção refere-se â regulação do caudal de ar numa rede de condutas e é aplicável em particular para a re gulação do caudal de ar de ventilação em minas ou em obras subter râneas ou industriais. 0 caudal de ar que percorre a rede é mantido, em geral, por um ou vários ventiladores. 0 caudal de ar deve ser suficieji te para garantir o conforto e a segurança dos trabalhadores : em particlar, deve ser suficiente para manter as qualidades fí sicas e químicas aceitáveis do ar na rede, em especial diluindo os gases nocivos, evacuando a poeira e limitando a elevação da temperatura. Na prática, o caudal de ar pretendido a manter varia muito com a actividade da obra e, portanto, deve ser regulável por comando dos ventiladores.
Pode regular-se o caudal de ar mantido por um ventilador de várias maneiras. Podem prever-se ventiladores de pás de passo variável mas esta solução exige um sistema mecânico dispendioso e provoca paragens de cada vez que se pretende a
alteração de caudal. Não é conveniente quando o débito pretendido deve ser modificado de maneira contínua ou frequentemente. A presente invenção utiliza a regulação por comando da velocidade de rotação do ventilador que é mais flexível e pode ser facilmente conseguida utilizando um ventilador com motor assíncrono, alimentado por um conversor de frequência variável que permita uma gama de variação bastante larga. A invenção visa em particular proporcionar um proces^ so e um dispositivo de regulação do caudal de ar por comando da frequência da alimentação do motor de um ventilador ou de cada ventilador de arejamento de uma rede de canalizações de maneira pelo menos semi-automática e optimizando as condições de funcionamento, no caso de se empregarem vários ventiladores.
Com esta finalidade, a invenção propõe em particular um processo de regulação do caudal de ar numa rede de canalizações (como, por exemplo, em minas, em obras subterrâneas ou industriais) por comando da velocidade de pelo menos um ventilador rotativo de circulação de ar dotado de um motor eléctrico, cuja velocidade é função da frequência fornecida por um conversor de frequência regulável, controlável por uma unidade central de cálculo, caracterizado pelo facto de: a) se memorizar, na unidade central de cálculo, pelo menos uma curva característica de pressão total-caudal para pelo menos uma velocidade pré-determinada; se medir pelo menos a pressão total fornecida pelo ventilador e a velocidade de circulação no caso de um regime de funcionamento estabelecido e se deduzir a partir desses valores, por cálculo realizado pela un£ dade central, a resistência da galeria e o débito num momento corrente; se introduzir na unidade central de cálculo o caudal nominal a fornecer pelo ventilador e se deduzir, por cálculo realizado pela unidade central, a pressão total teórica a fornecer pelo ventilador; se determinar, por interpolação entre as curvas cara£ terísticas memorizadas e deduzidas por cálculo, a velocidade a imprimir ao ventilador e se regular o con-verosor para a frequência correspondente com o auxílio da unidade central de cálculo; se repetirem as medições da pressão total e da veloci_ dade para determinar o caudal real obtido e se corrigir eventualmente a frequência do conversor para se obter o caudal nominal pretendido. A sequência acima definida efectua-se sob o comando da unidade central de cálculo que, em particular, recolhe as infor mações necessárias (pressão total e velocidade) sob a forma mj mérica e comanda o conversor. A unidade central de cálculo pode ser constituída por um computador pessoal e pode ser completada por um micro-autómato de comando local de cada ventilador. 0 caudal nominal necessário pode ser introduzido manualmente ou ser comandado por outros parâmetros, por exemplo pelo teor de poluentes ou pela temperatura existente na rede de canalizações ou em certos poni tos dessa rede. A invenção propõe igualmente uma instalação de regulação do caudal de ar numa rede de condutas que compreende pelo menos um ventilador de circulação de ar dotado de um motor eléctrico, cuja velocidade é função da fre quência da corrente eléctrica que lhe é fornecida; um conversor que fornece a corrente eléctrica com frequência de saída regulável por um sinal de comando aplicado ao conversor; meios de medição da pressão total fornecida pelo venU lador e do caudal e, eventualmente, da potência eléctri
a absorvida pelo motor do ventilador; caracterizado pelo facto de compreender igualmente uma unidade central de cálculo que tem : um processador; uma memória prevista para memorizar sob a forma numérica pelo menos uma curva característica de pressão total-caudal e, eventualmente, uma curva característica de potência-caudal do ventilador a pelo menos uma velocidade pré-determinada; meios de visualização das referidas curvas; meios de recolha de dados que permitam afectar um valor pretendido ao caudal a fazer passar na rede; sendo a unidade central de cálculo prevista para calcular a resistência da galeria e o caudalque a percorre num instante determinado, a partir dos sinais fornecidos pe los meios de medição, e sendo prevista para calcular, a partir dos resultados do cálculo anterior e do valor de caudal pretendido, por interpolação, a velocidade a pro porcionar ao ventilador e para comandar a frequência de saída do conversor de modo a atingir a mencionada velo- -6- f cidade.
Meios de visualização, tais como, por exemplo, um monitor, podem ser utilizados para fazer aparecer igualmante a potência consumida em função do caudal e permitir verificar se o ventilador funciona numa zona de rendimento aceitável. A invenção será melhor compreendida mediante a leitura da descrição que se segue de uma forma particular de realização, apresentada a título de exemplo não limitativo. A descrição refere-se aos desenhos anexos, nos quais : - a Figura 1 é um desenho sinóptico geral muito simplj^ ficado de uma instalação com um único ventilador; - a Figura 2 é um diagrama que mostra uma família de curvas características de pressão total H^-caudal Q de um ventilador, que pode considerar-se como representativo, para diversas velocidades nQ, n.|, n2 (representando nQ a velocidade nomj_ nal); - a Figura 3, semelhante à Figura 2, representa o aume£ to de caudal obtido por ligação em paralelo de dois ventiladores que têm as mesmas características;
- a Figura 4 representa um esquema destinado a fazer aparecer um risco de desequilíbrio nos caudais, na proximidade da zona de bombagem, quando tfõis ventiladores estão colocados em paralelo; - a Figura 5, semelhante às Figuras 2 e 3, mostra a cur va característica que resulta do acoplamento em paralelo de dois ventiladores tendo características diferentes; - a Figura 6 representa um esquema do princípio de fuji cionameno de uma instalação com vários ventiladores; e - as Figuras 7A e 7B são sinópticos de funcionamento.
Considerar-se-á em primeiro lugar o caso do arejamento de uma rede de condutas, da qual só está representado o escape para o ar livre 8, por meio de um único ventilador 10, colocado na extremidade de um poço de extracção e descarregando o ar para a atmosfera. Para um tal ventilador aspirante 10, a carga estática H medida a montante do ventilador é igual à pressão total fornecida pelo ventilador, se a secção de entrada for igual à secção de saída.
Se o ventilador estiver montado como acelerador, num ponto intermédio da conduta, aquele valor seria a diferença das cargas estáticas ou total entre um ponto a montante e um ponto
a jusante do ventilador, que representaria a pressão total H t* A carga estática H pode medir-se por meios tais como um captador 12, que tem uma tomada de ar orientada ortogonalmente ao sentido da circulação do ar e provida de um transdutor. No caso de se prever a regulação do ar com o auxílio de uma unida_ de central de cálculo numérico 14, a única que será agora considerada, o captador 12 deve ser dotado de um conversor analógico-digital de saída ou o órgão de cálculo deve ser provido de um conversor analógico-digital de entrada que transforma os d£ dos fornecidos pelo captador 12 em sinais sob a forma numérica. 0 ventilador 10 é accionado por um motor assíncrono 16, alimentado por um conversor de frequência 18, cuja frequência de saída é comandada pela unidade central de cálculo 14 que, no caso representado, compreende um calculador 20 e um micro-autómato 21. No caso de uma instalação com vários ventiladores, ca^ da um deles pode ser dotado de um comando automático 21, que garante a regulação separada, a partir dos dados fornecidos por um único calculador central 20. 0 motor 16 encontra-se dotado de captadores 22, que for necem a velocidade n e a potência eléctrica absorvida Pe ao caj_ culador 20, quer sob a forma numérica quer sob a forma de sinais que podem ser transformados em forma numérica. r
Prevêem-se igualmente meios para fornecer uma informação representativa do caudal de ar Q no poço de extracção 8.
Com efeito, não se pode medir directamente esse caudal. A infor mação representativa pode ser a velocidade média V, medida com o auxílio de um anemómetro num local em que a secção de passagem é conhecida e em que as velocidades têm uma distribuição homogénea ou bem determinada. Esta solução é pouco satisfatória, no entanto, visto que os anemómetros exigem uma manutenção dispendiosa. Em geral, a velocidade V e, por consequência, o caudal são calculados a partir da carga dinâmica Hd, medida com o auxílio de um captador de sonda 24. A relação entre a veloc_i_ dade V e a carga dinâmica Hd é a seguinte: V = (2 Hd/w)1/2 na qual o símbolo w representa o peso específico do ar. A carga dinâmica deve ser medida num local em que a distribuição das velocidades é conhecida e reprodutível, a fim de que a medição do caudal seja fiável. Se for necessário, podem colocar-se várias sondas em uma mesma secção. A sonda de medição da carga pode ser um tubo de Pitot duplo clássico, que fornece a carga dinâmica por diferença entre a carga total e a carga estática. -10- s η» A rede de canalizações e os componentes da instalação, em particular o ventilador 10 e o seu motor de accionamento 16, possuem uma constante de tempos de reacção que deve ser tomada em conta. Além disso, as flutuações são inevitáveis. A unidade central de cálculo 14, por consequência, é programada tomando em linha de conta as constantes de tempo e eventualmente efec-tuar as médias em relação aos valores sucessivos dos parâmetros de entrada, obtidos por amostragem ao longo do tempo.
Antes de definir o processo de acordo com a presente invenção, é preciso lembrar alguns dados relativos aos ventila dores rotativos e ao escoamento nas condutas e definir a term_i_ nologia utilizada. A potência aeráulica Pa necessária para estabelecer um caudal de ar Q num circuito pode ser calculada por meio da expressão :
Pa = H* Q2 na qual o símbolo Δη representa a perda de carga do circuito (igual à diferença das cargas estáticas entre a entrada e a saída quajn do estas têm secções rectas iguais e correspondem, portanto, à mesma velocidade de circulação do ar), e
o símbolo Q representa o caudal. A resistência R do circuito está relacionada com a perda de carga Δ.Η e com o caudal pela relação expressa pela igualdade : R = H/Q2
As propriedades de um ventilador podem ser definidas por uma família de curvas características. 0 construtor fornece estas curvas para condições de calibração a uma velocidade pré-determinada, geralmente a velocidade nominal ng, nas condições normais de temperatura e de pressão. Ej; tas curvas exprimem a relação entre a carga total H^., o caudal Q, a potência Pa e o rendimento do ventilador; na maior parte dos casos, fornecem também um outro parâmetro de funcionamento em função do caudal Q.
Para a realização prática da presente invenção, as cur^ vas mais importantes são as que exprimem a carga total em função do caudal Q. A Figura 2 representa, a traços contínuos espessos, a curva fornecida pelo construtor e que estabelece a relação entre a carga em função do caudal Q para a velocidade nominal nQ. Ela pode ser memorizada numa memória 26 sob a forma calibrada . -12-
Num intervalo de velocidades limitado, para o qual o rendimeno do ventilador permanece satisfatório, a pressão total varia proporcionalmente com a quadrado da velocidade _n, de acordo com a seguinte relação expressa pela equação: "t ΚΓ"2 na qual o símbolo representa uma constante. 0 caudal Q e a potência aeráulica Pa variam por sua vez de acordo com as fórmulas: Q = K2*n Pa = K3*n3 nas quais os símbolos K2 e Kg representam constantes. Vê-se que é possível deduzir, a partir de uma caract£ rística nominal (Q) à velocidade ng, a característica para a velocidade n^. A Figura 2 representa, por exemplo, a traços finos contínuos, (Q) para a velocidade n^, inferior a nQ, obtida por simples homotecia: H1 = (W2 H0 para um caudal Q igual. r -13- 0 processo de acordo com a presente invenção é realizado automaticamente pela unidade central de cálculo 14 quando esta funciona em regime de comando. 0 caudal Qc de fornecimeji to a proporcionar é introduzido no calculador 20, por exemplo com o auxílio de um teclado 28. A parir disso, o calculador determina a velocidade de fornecimento apropriada ης e comanda o conversor 18 em consequência.
Numa forma particular de realização prática, o calculador determina e memoriza previamente uma rede de curvas H^. (Q) a partir de dados fornecidos pelo construtor e, nomeadameni te, a partir de Ht a um valor de nQ dado. Depois, quando se trata do comando propriamente dito : a) a partir da medição da velocidade V, calcula o caudal Q no instante corrente da medição; depois, a partir da pressão total H^, fornecida pelo ventilador, representativa da perda de carga e do débito Q, calcula a resistência Rc da rede; b) calcula o valor da pressão total teórica a fornecer pelo ventilador 10 para obter o caudal Q escolhido; e
V c) deduz a partir de Ht, por interpolação entre as curvas características memorizadas (às velocidades n^ e n^ na Figura 2), a velocidade nominal n a fornecer ao venti
Iador e regula o conversor 18 para a frequência corresponder^ te.
Mais precisamente, a resistência R é calculada £ ope-
V ração (a) 2 pela fórmula (2) mencionada antes para o ponto de funcionamento corrente : a resistência Rc permite, por seu lado, calcular a característica pressão H^-caudal Q da rede de canalizações para um determinado estado da rede £ operação (b) 2 : esta característica está representada na Figura 2, a linha tracejada, para um caso particular . 0 caudal pretendido Q corresponde então ao ponto C no diagrama da Figura 2. A velocidade n à qual a curva característica de pres são total-caudal do ventilador passa por C é determinada Q ope ração (c) J e o calculador comanda a frequência do conversor em consequência, entrando em linha de conta com o deslizameji to do motor. 0 primeiro cálculo é uma simples interpolação entre os pontos CO e C1 da Figura 2. Estes pontos CO e C1 podem, por sua vez, ser determinados por interpolação polinominal entre as amostras memorizadas que definem a característica de pressão H^--caudal Q às velocidades ng e n^. A frequência f que corresponde à velocidade n é regu 1 1 lada pelo calculador 20 por intermédio do micro-autómato 21. 15-
* .·» é muitas vezes exactamente o 0 calculador 20 determina eii dos pelos captadores 12 e 24, real. A partir destes valores, ustar a frequência até se obter, o caudal pretendido com a pre
Na prática, o caudal obtido não caudal pretendido Qc procurado, tão, a partir dos dados forneci o caudal real e a pressão total por interpolação, ele pode reaj por aproximixações sucessivas, cisão necessária para o avanço. A característica da rede de canalizações pode variarem função do tempo, por exemplo, em consequência do fecho de certas ga^ lerias. A unidade central de cálculo 14 pode ser programada para re-efectuar o cálculo completo em intervalos regulares de tempo ou para seguir a evolução da característica da rede por ajustamentos sucessivos; pode igualmente ser prevista p_a ra intervir quando o afastamento entre o caudal real e o cajj dal pretendido ultrapassa um valor previamente determinado. E preferível utilizar, como grandezas de entrada do cálculo, valores médios obtidos a partir de várias amostras sucessivas, devido ao facto de existirem as variações de velocidade do ventilador e as flutuações inevitáveis do caudal de ar. prevista tendo em que está de lj. li- A unidade central de cálculo 14 pode ser maneira a comandar a frequência do conversor 18, nha de conta a potência eléctrica consumida Pe, 16- gada com o deslizamento do motor 22. A unidade central de cálculo é vantajosamente comple tada por um órgão de visualização, tal como um monitor de te levisão 30, que permite visualizar os parâmetros principais do funcionamento e as características efectivas do sistema (representada na Figura 2), verificar, portanto, por um lado que as condições sejam bem satisfeitas e, por outro lado, que o ventilador funcione nas zonas de características em que o rendimento é aceitável, A invenção é igualmente utilizável para comandar vários ventiladores que estão instalados na mesma rede de can£ lizações, por exemplo um mesmo sector da mina. Estes ventilji dores são geralmente colocados em série ou em paralelo e o modo de condução altera-se conforme for o caso.
Quando dois ventiladores estão montados em série, s£ mam-se as pressões totais que eles fornecem mas o caudal fica limitado pelo valor mais baixo de entre aqueles que os dois ventiladores possam fornecer. Uma tal associação em série só tem interesse no caso de redes que possuem uma resistência elevada.
Quando dois ventiladores são montados em paralelo, somam-se os caudais fornecidos pelos dois ventiladores mas 17-
a pressão total fica inalterada.
Esta associação em paralelo interessa apanes no caso de redes que exigem um caudal elevado ou muito variável (podendo os caudais pequenos ser obtidos parando um ventilador) mas cuja resistência é relativamente pequena. A Fifura 3 representa, a título de exemplo, o aumento &Q de caudal que se pode obter montando em paralelo dois ventiladores com a mesma caracterís_ tica de pressão-caudal 32. A curva 34 representa a caracterí_s tica equivalente ao conjunto dos dois ventiladores.
Quando vários ventiladores são montados em paralelo e têm características idênticas, o comando não se diferencia fundamentalmente do já descrito, bastando apenas verificar se o ponto de funcionamento de cada um deles ê tal que, para a pressão de funcionamento pretendida, existe apenas um único caudal possível. Numa gama de caudais compreendida entre os dois pontos com a tangente horizontal que delimita a zona de bombagem, existem três possibilidades de obtenção de um caudal determinado. No caso de dois ventiladores em paralelo, a Figura 4 mostra que o primeiro ventilador pode ser colocado no ponto correspondente ao caudal Q3, enquanto o outro ventj[ lador, que descreve a sua curva característica a partir de um caudal nulo, trabalha no primeiro ponto que corresponde à pressão fornecida pelo outro ventilador, isto é Q1.
Um modo de comando simples consiste então em proporcionar a mesma velocidade aos dois ventiladores. Uma solução mais complexa e mais vantajosa consiste em fazer aparecer, nos meio de visualização 30, o estado actual de funcionamento do sistema, sob a forma das curvas características correji tes de todos os ventiladores idênticos montados em paralelo, susceptíveis de funcionar a velocidades diferentes, para deduzir uma curva característica média. Sendo então conhecidos o caudal total e a resistência equivalente do sistema, pode determinar-se se é necessário fazer a alteração do caudal.
Se o caudal corrente for diferente do caudal pretendido, um método simples consiste em repartir as variações de caudal de maneira uniforme entre todos os ventiladores : esta distr_i_ buição pode ser efectuada pela unidade central de cálculo. A situação é um pouco mais complexa no caso de ventjL. ladores que têm curvas características diferentes, tais como as representadas em 3215 e em 322 na Figura 5. Não obstante, podem determinar-se as diferentes velocidades a imprimir-se--lhes traçando as características que passam todas pelo ponto de funcionamento escolhido. Os dois ventiladores funcionam então de maneira a fornecer a mesma pressão total Ht, mas for necem caudais diferentes. Pode então ser útil memorizar, na unidade central de cálculo 14, zonas de risco de bombagem sob a forma de áreas de funcionamento excluídas. -19- 1
V
No caso de uma rede de condutas com vários ventiladores 10^ colocados em condutas diferentes, pode ser vantajoso fraccionar as funções de medição, de comando e de cálculo e£ tre em calculador único 20 e calculadores automáticos progrji máveis 21 afectos, cada um, a um ventilador, como se mostra α na Figura 6. 0 calculador pode ser, nomeadamente, um calculador pessoal dotado de um cartão de comunicação com os dispositivos automáticos programáveis 21 por intermédio de um bus. α
Os autómatos 21a podem ser do tipo Siemens 100 U que têm uma unidade central CPU 103, uma memória morta programável de 2 quilooctetos, uma carta de comunicação série RS 485, uma carta de saída analógica que permite comandar o conversor de frequência associado sob uma tensão de + 10 vóltios a - 10 vóltiose cartões de entrada analógicos. 0 autómato compreende conversores analógico-digitais necessários para efectuar as conversões dos dados numéricos tratados pelo calculador e os dados físicos. 0 calculador assegura então as funções de comando e de controlo de funcionamento dos ventiladores. Cada um dos autómatos 21 tem diversas funções: 20- jr determina as prioridades entre parâmetros de comando; por exemplo, pode estar dotado, além dos captadores 22a de velocidade e de potência eléctrica, de entradas para receber sinais de captadores suplementares, que, por exemplo, fornecem o teor de C02 existente na conduta, a temperatura existente na conduta, a tem peratura do motor 16., etc. e determinar, por compa- d ração com os valores memorizados, qual o parâmetro que deve ser preponderante no comando.
Por exemplo, imediatamente a seguir à detonação de um tiro numa galeria, o teor em C02 pode aumentar de maneira tal que a prioridade consista em fazê-lo diminuir, mesmo que tem porariamente a potência P0 tenha de ultrapassar a potência tolerável em regime permanente para o motor 16.. α
Por outras palavras, o autómato pode enviar ao calcjj lador 20 o parâmetro mais significativo de comando e, a pedido do calculador, os dados que representam o estado comple to da instalação na zona a que se refere o ventilador particular. 0 controlador automático pode igualmente ser previsto para verificar, antes de comandar o conversor 18, para levar α o ventilador para a velocidade pretendida fornecida pelo caj^ culador, se o respeito deste valor pretendido não origina a
ultrapassagem das condições de segurança. A instalação representada na Figura 6 permite igualmente fazer funcionar cada ventilador de maneira "local", re gistando os valores pretendidos que podem variar no decurso do tempo quer por um comando do utilizador quer no caso de defeito de transmissão entre o calculador 20 e o dispositivo automático.E mesmo possível comandar manualmente a velocid£ de do ventilador, não tendo então o comando automático 21 de d transmitir ao calculador as informações relativas ao funcionji mento para controlo pelo calculador.
Uma tal disposição permite ao calculador, numa primej_ ra fase, memorizar as características de cada ventilador no seu ambiente, com actualizações periódicas; o calculador pode igualmente mostrar, num monitor de televisão associado, as características de funcionamento de cada um dos ventiladores e a sua evolução no tempo.

Claims (8)

  1. Jli - í
    REIVINDICAÇÕES 1.- Processo de regulação do débito de ar numa rede de condutas, tal como uma mina, uma obra subterrânea ou instala ção industrial, por comando da velocidade de pelo menos um ventilador rotativo (10) de circulação de ar accionado por um motor eléctrico (16) cuja velocidade ê função da frequência forne cida por um conversor de frequência regulável comandável por uma unidade central de cálculo, caracterizado pelo facto: a) de se memorizar, na unidade central de cálculo (14), pelo menos uma curva característica pressão total-débito para pelo menos uma velocidade pré-determinada; b) de se medir pelo menos a pressão total (Ht) for-
    necida pelo ventilador e a velocidade de circulação para um regi me de funcionamento estabelecido e se deduzir a partir desses va lores, por cálculo realizado com o auxílio da unidade central, o débito num instante corrente e a resistência da rede; c) de se introduzir no órgão de cálculo o débito pre tendido a fornecer pelo ventilador (10) e se deduzir desse valor, por cálculo com o áuxílio da unidade central (14), a pressão to tal teórica a fornecer pelo ventilador (10); d) de se determinar, por interpolação entre as curvas características memorizadas e deduzidas por cálculo, a velocidade a fornecer ao ventilador e se regular o conversor (18) pa ra a frequência correspondente com o auxílio da unidade central de cálculo;. e) de se repetir as medições da pressão total e da velocidade para determinar o débito real obtido e, eventualmente, de se corrigir a frequência de regulação do conversor para se ob ter o débito pretendido requerido.
  2. 2.- Instalação de regulação do débito de ar numa re de de canalizações, compreendendo: - pelo menos um ventilador (10) de circulação de ar accionado por um motor eléctrico (16) cuja velocidade é função da frequência da corrente eléctrica que lhe é fornecida; - um conversor (18) que fornece a corrente com a frequência de saída regulável por um sinal de comando aplicado -24-
    ao conversor; e - meios (12/ 22) de medida da pressão total fornecida pe lo ventilador, do débito na rede e eventualmente da potência eléc-trica (Pe) absorvida pelo motor do ventilador, caracterizada pelo facto de compreender igualmente uma unidade central de cálculo (14) que tem: - um processador ou calculador (20); - uma meméria. (26) prevista para memorizar sob a forma numérica pelo menos uma curva característica pressão total-débito e, eventualmente, uma curva ca racterística potência-débito do ventilador, a pelo menos uma velocidade pré-determinada? - meios de visualização (30) das referidas curvas; e - meios de recolha de dados que permitem afectar um valor pretendido (Q ) ao débito a fazer passar na C rede, sendo a unidade central de cálculo (14) prevista para calcular a resistência (R) da rede e o débito (Q) que a percorre num instante determinado, a partir dos sinais fornecidos pelos meios de medição, e sendo prevista para calcular, a partir dos resultados do cálculo anterior e do valor do débito pretendido, mediante interpolação, a veloci dade a proporcionar ao ventilador e para comandar o conversor de maneira a atingir esta velocidade, -} 5- η eventualmente em diversos ajustamentos sucessivos.
  3. 3. - Instalação de acordo com a reivindicação 2, ca racterizada pelo facto de os mencionados meios de medida compreenderem conversores analõgico/numêrico que fornecem amostras digitalizadas â unidade central.
  4. 4. - Instalação de acordo com a reivindicação 3, ca-racterizada pelo facto de a unidade central (14) ser prevista para tomar em consideração os valores médios da pressão total e do débito.
  5. 5.- Instalação de acordo com uma qualquer das reivindicações 2, 3 ou 4, caracterizada pelo facto de os meios de medição do débito compreenderem meios de medição da carga dinâ· mica na conduta, a partir da qual a unidade central determina o débito.
  6. 6. - Instalação de acordo com uma qualquer das reivindicações 2 a 5, caracterizada pelo facto de compreender meios de visualização que permitem observar as curvas características correntes em função do débito.
  7. 7. - Instalação de cordo com uma qualquer das reivin dicações 2 a 6, caracterizada pelo facto de a unidade central -26-
    ser prevista para efectuar uma comparação entre o débito preten dido e o débito corrente e reajustar a velocidade do ventilador era intervalos regulares ou quando a diferença de débitos ultrapassa um valor limiar pré-determinado.
  8. 8.- Instalação de acordo com uma qualquer das reivindicações 2 a 7/ com vários ventiladores montandos em paralelo, caracterizada pelo facto de a unidade central ser prevista para repartir igualmente o débito pretendido e as variações des te débito entre os ventiladores. Lisboa, 10 de Agosto de 1991 O Agente Oficial da Propriedade Industrial
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