PT98122A

PT98122A - Processo e dispositivo para o tratamento da epilepsia

Info

Publication number: PT98122A
Application number: PT98122A
Authority: PT
Original assignee: Verhoeven Jean Marie
Priority date: 1990-06-28
Filing date: 1991-06-27
Publication date: 1993-09-30
Also published as: AU8095491A; CA2065388A1; WO1992000119A1; IL98656A0; EP0489879A1; NO920780L; NO920780D0; JPH05502608A; MX9100005A; IE912227A1

Description

JEAN-MARIE VERHOEVEN "PROCESSO E DISPOSITIVO PARA O TRATAMENTO DA EPILEPSIA" A presente invenção diz respeito a um processo e a um dispositivo para o tratamento da epilepsia por utilização de eléctrodos que produzem impulsos eléctricos, aplicados na cabeça do paciente. E conhecido o facto de que impulsos eléctricos podem servir em certos casos para tratar doentes atacados de epilepsia, em especial com o auxílio de eléctrodos implantados. Por outro lado, utilizam-se para diversos fins terapêuticos frequências da ordem do megahertz.

Verificou-se agora que pode obter-se uma eficácia superior e inesperada utilizando um processo e um dispositivo caracterizado por se emitirem impulsos com frequências que variam entre 1,5 e 28 Hz por meio de eléctrodos aplicados simplesmente na cabeça do paciente. Os impulsos podem ser positivos ou negativos. De acordo com uma forma particular de realização da presente invenção, os impulsos serão de pre ferência positivos. -2-

Os impulsos podem também ser impulsos múltiplos con_s tituídos por frequências diferentes, utilizados sequencialmente, ôu em alternância, ou ainda utilizando uma frequência portador ou uma frequência modulada por outra frequência.

De acordo com uma forma de realização particular da presente invenção, sobrepõe-se uma onda substancialmente re£ tangular, negativa e sobreposta a um impulso genericamente positivo, de modo que a energia da parte negativa seja pra-ticamente equivalente à energia da parte positiva. Qualquer fenómeno de elctrólise pode ser controlado.

Segundo a presente invenção, aplicam-se eléctrodos que produzem impulsos eléctrodos de baixa frequência compreendidos entre os valores atrás mencionados e com uma teji são que pode variar de 1 a 170 V (tensão de pico). A duração de um impulso pode variar de 2,5 ms, a 0,025 ms, de preferência de 0,2 ms a 0,30 ms. Aplicou-se vantajosamente um valor de 0,25 ms - 0,1 ms.

Utilizar-se-ão de preferência três eléctrodos, por exemplo um eléctrodo positivo frontal e dois eléctrodos negativos na base da nuca. Podem igualmente utilizar-se mais de três eléctrodos. -3-

De uma maneira característica, os doentes são tratados em duas fases sucessivas de cerca de 10 minutos, seji do as frequências de 1,5 Hz ou de cerca de 1,5 Hz para a primeira fase, que pode durar 10 minutos e de 28 Hz ou cerca de 28Hz para a segunda fase, com a mesma duração. As teji sões podemser adaptadas a cada caso particular, podendo va^ riar de 1 a 170 V.

Nos doentes epilépticos tratados constatou-se uma d_i_ minuição do número de crises e na sua maior parte, em que foram executados controlos neoencefalográficosíelectroence-falografia por computador),notou-se uma melhoria da activi-dade eléctrica cerebral. Certos doentes responderam favora-velmentea este processo, enquanto noutros se revelou ineficaz. 0 gerador usado para a realização da presente inveji ção pode ser facilmente concebido por um especialista na rna téria. 0 aparelho para a realização da presente invenção pode funcionar com uma pilha única de 6 V, blindada. Esta pilha é recarregável ligando-a à rede eléctrica, com pro-tecção que impede qualquer utilização ligada ao sector. De acordo com uma forma de realização particular, o aparelho compreende duas entradas com um alvéolo, 2 potenciómetros, um dos quais está provido de um interruptor de ligação/des- ./

tr ligação e diversos mostradores digitais. Está assim dotado vantajosamente com um mostrador que indica a frequência, um mostrador que afixa a tensão, um mostrador que indica a resis^ tência e um mostrador que indica a potência. 0 aparelho pode estar provido de um indicador óptico de ca_r ga. E colocado fora de serviço quando a tensão da pilha de_s cer ao valor de 4,5 V, para evitar a deterioração prematura da pilha.

Um voltímetro e um amperímetro indicam os valores de pico. Um ohmímetro indica o resultado da divisão da tensão pela corrente (R =U/I). Esta última indicação é portanto significativa apenas para valores de U e de I suficientes. 0 aparelho é de preferência compacto e transportável. A fig. 1 ilustra a forma do impulso em vazio e em carga. 0 esquema de blocos da fig. 2 ilustra um exemplo de realização da presente invenção. As referências da figura referem-se aos elementos seguintes:

(1) rede de 220 V (2) carregador (3) controlo (4) acumulador (5) relê (6) alimentação (7) regulação de frequência (8) oscilador (9) frequencímetro (10) conformador de impulsos (11) regulação (12) amplificador separador (13) ligadores de saída para os eléctrodos

(14) amplificador separador U

(15) amplificador separador I

(16) memória U

(17) memória I (18) controlo

(19) divisor U/I (20) ohmímetro (21) voltímero (22) amperímetro

Poderiam adoptar-se numerosos outros esquemas equivalentes sem se sair do quadro da presente invenção.

Claims

REIVINDICAÇÕES 1. - Aparelho para fins terapêuticos, caracterizado por compreender um gerador de impulsos eléctricos e eléctrodos pa ra aplicar na cabeça de um paciente os referidos impulsos, tendo estes uma frequência de repetição compreendida entre 1,5 e 28 Hz, uma tensão de pico de 1 a 190 V e uma duração compreendida entre 0,025 e 2,5 ms.
2. - Aparelho de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por os impulsos serem positivos.
3. - Aparelho de acordo com as reivindicações 1 e 2, caracterizado por ser usado no tratamento da epilepsia ou de uma doença conexa.

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4. - Aparelho de acordo com as reivindicações 1 a 3, caracterizado por os impulsos serem impulsos múltiplos constituí dos por frequências diferentes, utilizadas quer sequencialmente, quer em alternância, ou ainda utilizando uma frequência portadora ou uma frequência modulada por uma outra frequência.
5. - Aparelho de acordo com as reivindicações 1 a 4, caracterizado por a duração dos impulsos estar compreendida entre 0,20 e 0,30 ms.
6. - Aparelho de acordo com a reivindicação 5, carac terizado por a duração dos impulsos ser de 0,5 ms.
7. - Aparelho de acordo com as reivindicações 1 a 6, caracterizado por compreender no mínimo três elêctrodos para apli car na cabeça do paciente.
8. - Aparelho de acordo com a reivindicação 7, carac terizado por dois elêctrodos serem negativos e um elictrodo ser positivo.
9.- Aparelho de acordo com uma qualquer das reivindicações 1 a 8, caracterizado por compreender os circuitos elec-trõnicos da fig. 1b ou circuitos equivalentes.
10. - Aparelho de acordo cora a reivindicação 1, carac terizada por se sobrepor aos impulsos elêctricos, geralmente posi_ tivos, uma onda negativa.
11. - Aparelho de acordo com a reivindicação 9, carac terizado por a onda ser uma onda negativa essencialmente rectangu lar.
12.- Aparelho de acordo com as reivindicações 9 ou 10, caracterizado por a onda corresponder a uma energia essencial mente equivalente ã energia da parte positiva.
13. - Processo de tratamento da epilepsia ou de doenças conexas, caracterizado por utilizar um aparelhp de acordo com as reivindicações 1 a 12.
14. - Processo de tratamento do corpo humano, caracte rizado por se aplicarem pelo menos dois e-léctrodos na cabeça de um paciente epiléptico e par os referidos e-léctrodos emitirem impulsas eléctricos de duração variável entre 0,025 e 25 ms, com uma tensão que varia entre 1 e 190 V e com a frequência que varia entre 1 e 100 Hz, de preferência entre 1,5 e 28 Hz. Lisboa, 27 C .-vjjfõ/iló 0»,'t de Junho de 1991 Jl Uv" riOc 'fíOvSí|-tQ(

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