PT963333E

PT963333E - Roda dentada de transferencia para preformas ou recipientes

Info

Publication number: PT963333E
Application number: PT98959974T
Authority: PT
Inventors: Francois Cochin
Original assignee: Ads
Priority date: 1997-12-16
Filing date: 1998-12-14
Publication date: 2001-09-28
Also published as: US6276514B1; ATE199876T1; DE69800629D1; FR2772359A1; WO1999030994A1; EP0963333B1; AR023012A1; EP0963333A1; JP2001511759A; GR3036103T3; PE65599A1; ES2155721T3; CA2280936C; PL335026A1; CZ9902758A3; CN1248216A; PL193628B1; FR2772359B1; DK0963333T3; CZ296264B6

Description

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DESCRIÇÃO

"RODA DENTADA DE TRANSFERÊNCIA PARA PREFORMAS OU RECIPIENTES" O presente invento refere-se a uma roda dentada para a transferência, de acordo com o preâmbulo da reivindicação 1, para preformas ou recipientes que compreendem, cada um, uma argola ou gargalo dotado de uma arandela. Uma roda dentada deste tipo é descrita na patente US-A-5 501552.

Para fabricar garrafas ou frascos e, de uma forma mais geral, recipientes em material termoplástico, é conhecida a utilização de preformas obtidas, por exemplo, por injecção, que se apresentam sob a forma de um corpo tubular fechado numa extremidade enquanto que a sua outra extremidade aberta é dotada de uma argola ou gargalo geralmente dotado de uma arandela.

Os corpos de preformas devem sofrer um tratamento térmico antes de serem expandidos no decurso de uma operação de moldagem por insuflação ou estiramento-insuflação.

Numa cadeia de fabrico deste tipo, as preformas e/ou os recipientes obtidos por insuflação circulam de um posto de fabrico para outro e mesmo em alguns dos próprios postos, como por exemplo num forno térmico para preformas.

Para acompanhar as preformas e/ou os recipientes, é conhecida a técnica de as amparar e guiar em calhas nas quais se apoiam através da sua arandela.

Em certos casos é necessário efectuar um desvio de ângulo, por exemplo, para fazer passar as preformas, de um posto de alimentação dotado de uma calha inclinada, para o forno de tratamento térmico e é então conhecida a utilização de uma roda dentada de transferência, em que as referidas preformas são amparadas pela sua arandela,1 no decurso da rotação da roda, entre zonas ou postos, respectivamente de chegada e de saída previstos na proximidade da periferia da referida roda. A roda dentada é constituída de uma só peça e pode suceder que em certos casos uma preforma ou um recipiente se imobilizem entre a face de ataque de um dente e a calha de guiamento, provocando o bloqueio da roda e, por este motivo, o bloqueio dos outros meios movidos pelo mesmo motor (geralmente é utilizado um único motor para diversos meios em função dos problemas de sincronização), como por exemplo o sistema de avanço das preformas no fomo de tratamento térmico, o que provoca, evidentemente, neste caso, uma perda das preformas que permaneceram demasiado tempo no referido fomo e uma perda de tempo para a reinicio do funcionamento.

Mesmo se utilizassem vários motores independentes para evitar uma perda num posto disposto a jusante na cadeia de fabrico, além do problema de aumento de custo e de todas as dificuldades de sincronização e de reajustamento dos motores, o bloqueio da roda de transferência continuaria, ainda assim, a ser um grande inconveniente.

Foi por esse motivo que o inventor imaginou uma roda dentada de transferência de acordo com a reivindicação 1 que é notável, designadamente pelo facto de ser dotada de uma pluralidade de dentes periféricos independentes que são montados de forma giratória num eixo e que são previstos, cada um, para conduzir uma preforma ou um recipiente no decurso da rotação da roda ao mesmo tempo que cada dente pode girar no sentido inverso da rotação da roda e libertar a preforma ou o recipiente em caso de resistência à deslocação superior à força de um meio de chamada elástico previsto para chamar o referido dente para a sua posição normal de deslocação.

Por este motivo deixa de haver problema de bloqueio e, portanto, também de perda de um grande número de produtos num posto de fabrico, mesmo no caso de, para determinados postos (por exemplo para a moldagem), a detecção de uma preforma que falte na cadeia provocar a rejeição de um número relativamente reduzido das referidas preformas, por razões de manipulação das preformas por lote. 3 /

Vantajosamente os dentes são imbricados uns nos outros e apresentam superfícies de contacto entre si em forma de S, enquanto o seu eixo de rotação é deslocado para a frente em relação ao sentido de rotação da roda de tal modo que cada dente possa rodar por cooperação das suas formas, respectivamente côncava e convexa, com as formas, respectivamente convexa e côncava, dos dentes que as rodeiam e neste caso, cada dente pode apresentar, por exemplo, um talão na extremidade posterior da sua forma em S, que assegura a sua retenção e o seu escoramento na sua posição no dente seguinte em relação ao sentido de rotação da roda, e que o referido dente seguinte esteja imóvel em rotação ou no decurso da rotação.

De acordo com uma forma de realização, a roda compreende um prato que realiza um patamar de rotação para cada dente, no qual é montado livre o eixo de rotação do referido dente, sendo o referido eixo solidário em rotação com este último, enquanto o meio elástico de chamada para cada dente é, por exemplo, constituído por uma mola helicoidal de torção disposta em tomo do eixo de rotação do referido dente e uma das extremidades do qual é solidária com o prato e a outra é solidária em rotação com o referido eixo de rotação.

Neste caso, de acordo com uma forma de realização, a extremidade da mola de torção solidária em rotação com o eixo de rotação, é fixada entre uma parte deste último e uma parte de uma manga que envolve a referida mola e que é solidária em rotação com o referido eixo. O invento será melhor compreendido e outras particularidades tomar-se-ão evidentes através da leitura da descrição que se seguirá e que se refere aos desenhos anexos, nos quais: - a figura 1 é uma vista plana de topo de uma roda de acordo com o presente invento, disposta numa armação; - a figura 2 é uma vista em perspectiva do conjunto representado na figura 1 em que o dente rodou; 4 ι - a figura 3 é um corte diametral da roda das figuras 1 e 2; - a figura 4 é uma ampliação de uma parte da figura 2. A roda dentada 1 representada nos desenhos é montada de forma rotativa, aqui no sentido dos ponteiros do relógio, numa armação 2 que forma com a referida roda uma via de circulação circular 3 para as preformas 4, mas poderia tratar-se também de recipientes acabados ou semi-acabados.

Cada preforma, como se ilustra nos desenhos, compreende uma argola ou gargalo dotado de uma arandela, tal como a arandela 5 bem visível na figura 4, mas é claro que em vez das preformas poderia tratar-se de recipientes acabados. A roda representada é, por exemplo, prevista para servir de desvio de ângulo entre um posto de alimentação 6 das preformas que chegam, por exemplo, num carril inclinado, eventualmente dotado de uma guia 7 e de um posto de saída 8, dotado aqui de uma guia 9, de onde as preformas são em seguida conduzidas para um posto a jusante, tal como um forno de reaquecimento (figuras 1 e 2).

No exemplo representado, as preformas chegam e são feitas sair de forma sensivelmente tangencial à roda 1. É compreensível que as preformas 4 são guiadas e suportadas no decurso da sua deslocação pela sua arandela 5. A via de circulação 3 é constituída por uma parte circular da armação 12 e a periferia da roda 1 que compreende uma pluralidade de dentes 10 perfilados como se mostra nos desenhos, para deslocar cada preforma do posto 6 para o posto 8.

Cada dente é montado de forma giratória num patamar anular 11, montado de forma rotativa na armação 2.

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Para este efeito cada dente 10 é solidário em rotação com um eixo 12, visível ém particular na figura 3, eixo esse que é montado livre em rotação num patamar 13 do prato 11. O eixo de rotação 12 de cada dente é solidário em rotação com uma manga 14 enquanto que uma mola helicoidal de torção 15 está disposta na manga e em tomo do eixo 12, sendo as suas extremidades fixadas respectivamente ao prato 11 e ao eixo 12 e/ou à manga 14 (com efeito aqui a referida extremidade é fechada entre uma parte do eixo 12 e uma parte da referida manga 14). A mola 15 é de tal forma que chama o dente 10 para vir tomar a sua posição de trabalho, isto é, segundo os desenhos, exercendo uma força de chamada no mesmo sentido do dos ponteiros do relógio como a rotação da roda 1.

Como se ilustra nos desenhos, os dentes imbricam-se uns nos outros e apresenta, cada um, um perfil frontal e um perfil posterior que forma as superfícies de contacto em S enquanto que o eixo de rotação é afastado para a frente em relação ao sentido de rotação da roda 1.

Estas formas particularmente originais e estudadas permitem assim que cada dente gire para o interior no sentido contrário ao dos ponteiros do relógio ao encontro da chamada da mola 15, podendo as partes côncavas e convexas de um dente movimentar-se nas partes respectivamente convexas e côncavas dos dentes que a envolvem, como bem se ilustra nas figuras 2 e 4 que representam um dente 10’ que girou entre dois dentes 10.

Além disso, compreende-se que o talão posterior de um dente (posterior em relação ao sentido de rotação da roda), o qual é referenciado por 16 na figura 4 e que é constituído pela extremidade côncava da forma S, permite que cada dente se apoie e se escore em posição no dente seguinte (sempre em relação ao sentido da rotação), e que o dente seguinte fique imóvel em rotação ou no decurso da rotação. 6 6

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Se as figuras 2 e 4 mostram um dente 10’ que rodou, é devido a uma preforma 4’ que, por incidente, não foi correctamente apanhada pelo dente 10’.

Se o dente 10’ não foi montado de maneira giratória, compreende-se que a preforma 4’ teria ficado apertada entre o dente 10’ e o seu carril de guiamento, que provoca o bloqueio em rotação da roda 1 com todos os inconvenientes anteriormente mencionados.

Pelo contrário, aqui, após a rotação do dente 10’, a preforma 4’ será deslocada por um dos dentes seguintes após rotações eventuais de alguns deles, a menos que a referida preforma seja retirada pelo operador, entendendo-se que cada dente que tenha rodado retomará a sua posição de deslocação por efeito da mola de chamada 15 (figura 3).

Por fim, pode igualmente ver-se nos desenhos que o desvio de ângulo é aqui de cerca de 180°, mas poderia ser de 90° ou menos.

Lisboa, 2 0 jUN,

Dra. Maria Filvlra Ferrcira

Claims

REIVINDICAÇÕES 1) Roda dentada (1) de transferência para preformas (4,4’) ou recipientes que compreendem, cada um, uma argola ou gargalo dotado de uma arandela (5), sendo as referidas preformas ou recipientes suportadas pela sua arandela (5), no decurso da rotação da roda (1), respectivamente entre as zonas ou postos de chegada (6) e de saída (7) previstas na proximidade da periferia da referida roda, a qual é caracterizada pelo facto de ser dotada de uma pluralidade de dentes (10) periféricos independentes que são montados de forma giratória num eixo (12) e em que cada um é previsto para conduzir uma preforma ou recipiente (4,4’) no decurso da rotação da roda enquanto que cada dente (10) pode girar no sentido inverso ao da rotação da roda (1) e libertar a preforma ou recipiente (4’) em caso de resistência à deslocação, superior à força de um meio de chamada elástico previsto para solicitar o referido dente para a sua posição normal de deslocação.
2) Roda dentada de transferência (1) de acordo com a reivindicação 1, caracterizada pelo facto de os dentes estarem imbricados uns nos outros e apresentarem superfícies de contacto entre si em forma de S, enquanto que o seu eixo de rotação (12) é deslocado para a frente em relação ao sentido de rotação da roda de tal modo que cada dente possa girar por cooperação das suas formas, respectivamente côncava e convexa, com as formas, respectivamente convexa e côncava, dos dentes que a envolvem.
3) Roda dentada de transferência (1) de acordo com a reivindicação 2, caracterizada pelo facto de cada dente (10) apresentar um talão (16) na extremidade posterior da sua forma em S, que assegura a sua retenção e o seu escoramento em posição no dente seguinte em relação ao sentido de rotação da roda, e que cada dente seguinte seja imóvel em rotação ou no decurso da rotação.
4) Roda dentada de transferência (1) de acordo com as reivindicações 1 a 3, caracterizada pelo facto de a roda compreender um prato (11) que realiza um patamar (13) de rotação para cada dente (10), no qual é montado livre o eixo de 2 rotação (12) do referido dente, sendo o referido eixo solidário em rotação com este último.
5) Roda dentada de transferência (1) de acordo com a reivindicação 4, caracterizada pelo facto de o meio elástico de chamada para cada dente (10) ser uma mola helicoidal (15) de torção disposta em tomo do eixo de rotação (12) do referido dente e uma extremidade do qual é solidária com o prato (11) e a outra é solidária em rotação com o referido eixo de rotação (12).
6) Roda dentada de transferência (1) de acordo com a reivindicação 5, caracterizada pelo facto de a extremidade da mola de torção (15) solidária em rotação com o eixo de rotação (12) ser fixada entre uma parte deste último e uma parte de uma manga (14) que envolve a referida mola e que é solidária em rotação com o referido eixo (12). Lisboa, t 0 JUN. 2001

Dra. Maria Silvina Fcrreira Agente '