PT955069E - Processo para conferir propriedades biocidas e/ou biostáticas a um material - Google Patents
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Description
ΕΡ Ο 955 069 /ΡΤ DESCRIÇÃO "Processo para conferir propriedades biocidas e/ou bioestáticas estáveis a um material" O presente invento refere-se a um material, em particular um material de grande superfície específica, especialmente fibroso, de tipo têxtil, poroso ou alveolar flexível ou rígido, apresentando propriedades biocidas e/ou biostáticas estáveis na manutenção doméstica. Diz respeito, mais precisamente, a um processo de tratamento de um material que permite conferir a este as citadas propriedades. É já bem conhecido o emprego de agentes antissépticos, para tratar materiais têxteis e conferir a estes propriedades antissépticas ou biocidas. Entre os agentes antissépticos e desinfectantes potencialmente letais, distinguem-se os compostos quimicamente muito activos caracterizados por uma acção brutal, rápida, temporária e muitas vezes não específica e os compostos quimicamente estáveis com acção mais específica. Entre os primeiros compostos encontram-se os oxidantes, o óxido de etileno, os ácidos fortes e as bases fortes, os aldeídos e o fenol. Entre os segundos compostos, encontram-se particularmente os de amónio quaternário, os derivados fenólicos, a clorexidina e as poli-hexametileno-biguanidas (PHMB). Já foi proposto no documento EP 0136900 tratar os materiais têxteis com PHMB para lhes conferir propriedades anti-microbianas ou antissépticas. As biguanidas apresentam uma boa consubstancialidade para os materiais celulósicos puros ou em mistura. No entanto, muitos detergentes disponíveis no mercado contêm agentes de branqueamento clorados que reagem com os grupos biguanidas, o que tem o efeito de provocar um amarelecimento do material têxtil e reduzir a protecção anti-microbiana. Além disso, muitos detergentes do mercado contêm agentes tensioactivos aniónicos que formam complexos com os grupos biguanidas, dando ao material um toque pegajoso e alterando as propriedades de manutenção do material. 2 ΕΡ Ο 955 069 /ΡΤ Já foi proposto no documento WO 95/12021 remediar estes inconvenientes. Segundo este documento, o processo de tratamento do material têxtil consiste em aplicar sobre este por um lado um oligómero ou polímero de biguanida ou um seu sal com um ácido inorgânico ou um ácido orgânico que tenha um valor de pK superior a 4,5 e, por outro lado, um ácido orgânico forte que tenha um valor de pK inferior a 4,5 e seja isento de qualquer cadeia alifática ou oxialquileno contendo doze átomos de carbono ou mais.
Segundo este documento é a presença do ácido orgânico forte que impede os efeitos negativos devidos à presença de certos detergentes quando da manutenção do têxtil.
No entanto, mesmo se o tratamento preconizado para o documento WO 95/12021 for susceptível de trazer uma solução para os têxteis celulósicos a respeito dos quais as biguanidas têm uma boa consubstancialidade, esta solução não é totalmente satisfatória uma vez que, sendo assim, não é transponível para outros materiais têxteis. Além disso, mesmo tratando-se de têxteis celulósicos, segundo o requerente, as propriedades antissépticas não duram o suficiente nem têm uma resistência suficiente nas condições de utilização e de manutenção domésticas, incluindo a limpeza a seco. O objectivo que o requerente impôs a si próprio é propor um processo de tratamento mais especialmente adaptado aos materiais com grande superfície específica, particularmente fibrosos ou porosos, tendo em vista conferir-lhes propriedades biocidas e/ou biostáticas estáveis na manutenção doméstica.
Este objectivo é perfeitamente conseguido através de um processo de tratamento de um material que, de forma característica, emprega uma solução de tratamento onde se dissolveu uma molécula iónica e/ou um polímero iónico e que compreende uma ou várias fases no decurso das quais, por um lado se aplica sobre o material a citada solução de tratamento e, por outro lado, a molécula iónica e/ou o polímero iónico reage com um agente de precipitação para formar in situ, sobre o material um precipitado insolúvel que apresenta propriedades biocidas e/ou biostáticas; sendo 3 ΕΡ Ο 955 069 /ΡΤ biocida(s) e/ou biostática(s) a citada molécula iónica e/ou o citado polímero iónico e/ou o agente de precipitação.
Define-se o carácter biocida como uma propriedade de destruir microrganismos, definindo-se o carácter biostático como a limitação da proliferação dos microrganismos.
Define-se, no guadro do presente invento, um polímero como sendo uma molécula iónica obtida por polimerização e tendo, por exemplo uma massa molecular superior a 2000. Define-se, pelo contrário, uma molécula iónica como sendo uma molécula de tamanho mais reduzido, por exemplo, tendo uma massa inferior a 2000 e que é, portanto, susceptível de melhor difusão, em particular num material fibroso, poroso ou que apresente uma superfície complexa. O agente de precipitação pode ser, no quadro do presente invento, quer uma molécula iónica, quer um polímero iónico, quer o próprio material a tratar, quando for possível uma reacção entre a superfície do material e a molécula ou o polímero iónico contido na solução de tratamento. A aplicação da solução de tratamento pode ser realizada por impregnação, pulverização ou qualquer outro método conhecido de dispersão de um líquido.
Define-se por estável um material que apresente propriedades biocidas e/ou biostáticas que persistem após pelo menos cinco lavagens, nas condições de manutenção normalizadas. A formação de um precipitado para conferir propriedades biocidas a um material já foi utilizada no documento U.S. 3898336. Contudo, o processo descrito neste documento não diz respeito, por um lado, senão ao tratamento de materiais que não são susceptíveis ou destinados a serem lavados (fio de sutura ou ligaduras) e, por outro lado, não permite obter propriedades biocidas estáveis no tempo e sobretudo resistentes à lavagem.
Com efeito, segundo este documento, dissolve-se, num solvente apropriado, um polímero linear de amónio quaternário 4 ΕΡ Ο 955 069 /ΡΤ que não apresente, ele próprio, propriedades biocidas e/ou biostáticas, devido à presença de um só átomo de halogéneo próximo do catião N+; impregna-se em seguida o material a tratar com o polímero dissolvido e junta-se um gerador de iões halogénicos, como bromo ou iodo, para precipitar sobre o material um sal insolúvel tri-halogenado do polímero que, devido à presença de três átomos de halogéneo próximo do catião N+, apresenta propriedades biocidas por separação dos halogénicos. Portanto, os polímeros tri-halogenados obtidos têm, de um lado, um carácter instável que limita no tempo a eficácia biocida do material sobre o qual eles são depositados, mesmo sem lavagem deste. Por outro lado, os iões halogénicos que conferem as propriedades biocidas, sendo de pequeno tamanho, são rapidamente eliminados quando da lavagem do material que perde portanto rapidamente as suas propriedades. Além disso, o carácter tóxico destes polímeros tri-halogenados torna o material impróprio, em particular, para uso doméstico, por causa do perigo que pode representar para o utilizador e tudo o que o cerca. Era, portanto, "a priori" impossível obter por precipitação um material que apresentasse propriedades biocidas e/ou biostáticas susceptíveis de serem estáveis à lavagem.
Segundo uma primeira forma de realização do invento, após aplicação da solução de tratamento sobre o material e sua eventual secagem, utiliza-se como agente de precipitação uma solução ou uma emulsão que contenha pelo menos uma molécula iónica e/ou pelo menos um polímero iónico de forma a obter um precipitado insolúvel. A secagem apresenta a vantagem de melhor confinar o produto a precipitar sobre ou dentro de uma estrutura fibrosa ou porosa. No entanto pode ser conduzido sem secagem, por impregnação-expressão ou ainda com o auxílio de um banho curto do tipo pulverização ou demão leve.
Assim, neste modo de realização, aproveita-se o que no documento anterior WO 95/12021 era considerado como um inconveniente maior, isto é, a precipitação do polímero. No caso presente, esta precipitação intervém de forma a imobilizar in situ, em particular num material com grande superfície específica, especialmente fibroso ou poroso, de 5 ΕΡ Ο 955 069 /ΡΤ forma a impedir ou a limitar consideravelmente a sua extracção no decurso dos ciclos de manutenção. A escolha da utilização de um polímero ou de uma molécula biocida e/ou biostática para a solução de tratamento permite obter materiais que apresentem propriedades durante um tempo relativamente longo; com efeito, estando a molécula ou o polímero bioactivo (biocida e/ou biostático) em contacto com o material, o precipitado formado mais à superfície do material protege de algum modo a molécula ou o polímero bioactivo prevenindo especialmente a sua lixiviação.
Igualmente, a utilização de um agente de precipitação bioactivo permite obter materiais com uma forte actividade biocida e/ou biostática, visto que a molécula ou o polímero bioactivo está, neste caso, disposto mais à superfície do material. A presença de moléculas iónicas na solução de tratamento permite, devido ao pequeno tamanho destas moléculas, dispersá-las por difusão uniformemente sobre ou dentro do material, o que se verifica particularmente interessante quando o material é fibroso ou poroso. A dispersão uniforme por difusão destas moléculas iónicas permite uma repartição e uma fixação uniforme do precipitado formado sobre o material.
Igualmente, a presença de polímeros na solução de tratamento pode apresentar-se interessante porque sendo as moléculas de polímero relativamente longas, podem fixar-se à superfície do material em particular quando este apresenta uma superfície irregular como uma alcatifa, por exemplo, e garantir assim a fixação mecânica do precipitado formado. A solução de tratamento pode ser aplicada sobre o material por imersão ou impregnação do material, pulverização ou qualquer outro método conhecido que permita dispersar uma fase líquida. A utilização de uma mistura de polímeros e/ou de moléculas iónicas para a solução de tratamento e/ou para o agente de precipitação permite alargar o espectro de acção do material tratado. Por exemplo, no caso dos polímeros, estes 6 ΕΡ Ο 955 069 /ΡΤ apresentam vários sítios susceptíveis de reagir, cada um, com uma espécie de polímero ou uma espécie de molécula iónica, sendo assim possível fazer reagir um polímero com vários tipos de moléculas ou de polímeros biocidas e/ou biostáticos tendo espectros de acção diferentes e mesmo complementares.
Segundo uma primeira variante, a solução de tratamento ou o agente de precipitação contêm uma solução aguosa com 5% de cloreto de benzalcónio e 5% de dodecilsulfato de sódio.
Segundo uma segunda variante, a solução de tratamento ou o agente de precipitação contêm um polímero catiónico-biocida escolhido entre o grupo formado pelos polímeros poli-hexametilenobiguanidas bactericidas (PHMB) e pelos polímeros de amónio quaternário bactericidas. A utilização de um polímero biocida e/ou biostático que devido ao tamanho das suas moléculas não é lixiviável devido à sua fixação à superfície do material, permite garantir, ao material tratado pelo processo do presente invento, propriedades biocidas e/ou biostáticas resistentes à lavagem.
Sabe-se que para serem solúveis na água, as poli-hexametilenobiguanidas estão geralmente presentes sob a forma de cloridratos ou sob a forma de sais de ácido mineral forte tais como sulfatos ou nitratos ou ainda sob a forma de sais de ácidos fracos tais como acetatos, propionatos ou gluconatos.
Segundo uma terceira variante, a solução de tratamento ou o agente de precipitação contêm um anião silicato.
Segundo uma quarta variante, a solução de tratamento ou o agente de precipitação contêm um polímero aniónico alquilado tendo pelo menos dez átomos de carbono, por exemplo, um sabão de sódio de C12 a C22, particularmente oleato de sódio, alquilbenzeno-sulfonato de sódio ou tripolifosfato de sódio, utilizado como agente de precipitação.
Estes polímeros aniónicos alquilados são agentes tensio-activos aniónicos pesados que são encontrados na composição 7 ΕΡ Ο 955 069 /ΡΤ de certas lixívias e que dão precipitados em particular com os polímeros de amónio quaternário. É de acentuar que estes produtos aniónicos têm uma aptidão para reagir com os polímeros catiónicos, particularmente de amónio quaternário, sendo a citada aptidão superior à dos outros constituintes das lixívias e à dos aniões com pequena massa molecular geralmente utilizados. A afinidade para a permuta de ião aumenta com a massa molar e a valência dos iões postos em jogo. Além disso, a insolubilidade e a hidrofobia do sal resultante da reacção "anião+catião" serão tanto mais fortes quanto o carácter iónico residual seja fraco e quanto a massa molar do par anião-catião obtido seja elevada.
Assim, de forma remarcável segundo o processo do invento, a imobilização do polímero in situ no material não pode senão ser acentuada por ciclos de manutenção empregando lixívias deste tipo.
Segundo uma quinta variante, a solução de tratamento ou o agente de precipitação contêm uma solução de dodecilsulfato de sódio que é, ele próprio, um agente tensioactivo biocida e que permite, portanto, em associação com uma molécula iónica ou com um polímero iónico biocida, alargar o espectro de acção do material tratado pelo processo do invento.
Num segundo modo de realização, o processo do invento comporta uma fase que consiste em enxertar sobre o material enxertos portadores de funções aniónicas ou catiónicas que têm a função de agente de precipitação e estão portanto aptos para precipitar a molécula e/ou o polímero iónico dissolvidos na solução de tratamento.
Durante a fase de aplicação da solução de tratamento, o contra-ião do polímero iónico solúvel ou da molécula iónica da solução de tratamento é deslocado pela função aniónica ou catiónica conduzida pelos enxertos e assim há a formação de um precipitado ligado aos enxertos do material, conservando as características de acessibilidade e de mobilidade conhecidas e aproveitadas no caso de um enxerto. A imobilização, neste segundo modo de realização, intervém graças às forças de ligação entre a parte catiónica 8 ΕΡ Ο 955 069 /ΡΤ ou aniónica do polímero e a função aniónica ou catiónica transportada pelos enxertos, eles próprios fixados por ligação covalente ao material.
De preferência, empregam-se acrilatos ou metacrilatos, portadores de funções aniónicas.
De preferência, tratando-se de uma função carboxílica ou carboxilato, utiliza-se como monómero o ácido acrílico ou o ácido meta-acrílico.
De preferência, tratando-se de uma função sulfónica ou sulfonato, utiliza-se como monómero o ácido 2-acrilamido-2-metilpropano-sulfónico (AMPS).
De preferência, tratando-se de uma função fosfórica ou fosfato, utiliza-se como monómero o fosfato de metilacrilato etilenoglicol (PMEG). O processo do presente invento aplica-se mais particularmente a um material poroso ou fibroso que apresenta portanto uma grande superfície específica. O presente invento será bem compreendido quando for lida a descrição que vai ser feita de vários exemplos de realização de um material fibroso ou poroso, tratado para lhe conferir propriedades antissépticas duradoiras e estáveis durante a manutenção, quer esta manutenção seja feita por ciclos de lavagem com lixívia ou por manutenção a seco.
Em conformidade com o invento, o processo utilizado emprega um polímero catiónico antisséptico, escolhido entre o grupo formado pelos polímeros poli-hexametilenobiguanidas (PHMB) e os polímeros de amónio quaternário. O material com grande superfície específica pode apresentar-se sob a forma de um tecido, de uma malha tubular, de uma malha plana, de um não-tecido, de uma corda ou de uma fibra de filamentos contínuos, de um fio de fibras eventualmente ocas ou microporosas, de uma espuma, de uma esponja, de um papel, de um cartão, de madeira, de cerâmica ou de qualquer outro material aparentado. 9 ΕΡ Ο 955 069 /ΡΤ
Os ΡΗΜΒ são polímeros catiónicos antissépticos cuja estrutura geral é a seguinte: 9 ΕΡ Ο 955 069 /ΡΤ
onde: n >4 X é um anião monovalente inorgânico de fraca massa molar (halogeneto, sulfato,...)· A e B são grupos de átomos que podem ser idênticos ou diferentes. O composto PHMB preferido é conhecido sob a designação VANTOCIL IB® da firma ZENECA, que tem a fórmula seguinte:
Os polímeros catiónicos de amónio quaternário antissépticos comportam os seguintes agrupamentos: ch3
X* nos quais x e x' ^1, X é um anião monovalente inorgânico de fraca massa molar (halogeneto, sulfato,...), ou
(CH,)x-N%CH2X· X’ CH;
10 ΕΡ Ο 955 069 /ΡΤ onde χ e χ' ^1, χ' ' Ξ>0, η >4, R, R' são grupos de átomos idênticos ou diferentes, podendo comportar hétero-átomos, X é de preferência Cl ou um anião monovalente inorgânico de fraca massa molar (halogeneto, sulfato, carbonato,...)·
Um polímero de amónio quaternário e catiónico com propriedades antissépticas preferidas é conhecido sob a designação MIRAPOL® A 15 de RHONE POULENC com a fórmula seguinte:
com n=2 0.
Um outro polímero catiónico preferido é conhecido sob a designação RHOQUAT® JL da firma RONDOT com a fórmula seguinte:
n (cerca de 100) É também possível empregar polímeros de amónio quaternário oriundos da polimerização de monómeros do tipo acrilato ou metacrilato de amónio quaternário, por exemplo, com a fórmula geral seguinte: CHj
CH,=C(R,)-CO-0-(CH,).-tr-R,X CHj onde: n: superior ou igual a 1 Ri: H ou CH3 R2: cadeia carbonada com mais de 6 carbonos 11 ΕΡ Ο 955 069 /ΡΤ X: anião monovalente inorgânico de fraca massa molar (halogeneto, sulfato, etc.)·
Os PHMB, como os polímeros de amónio quaternário, são muito solúveis em água e em álcool. O mecanismo biocida dos PHMB, que lhes confere as propriedades antissépticas, é uma acção sobre as membranas externas das células seguintes. Têm um largo espectro de actividade sobre o conjunto das bactérias sendo a sua actividade mais fraca em comparação com os cogumelos e leveduras. São conhecidos como conservantes nos colírios e nos cosméticos e como desinfectantes e são portanto, totalmente inofensivos, o que permite o uso doméstico do material tratado pelo processo do invento. O modo de acção dos polímeros de amónio quaternário é o abaixamento da tensão superficial nas interfaces das células de bactérias, de leveduras e de bolores. As células carregadas negativamente são neutralizadas, o que acarreta modificações de permeabilidade e lesões da membrana citoplásmica e da parede. O conteúdo celular é libertado para o meio circundante. Há uma inactivação dos enzimas respiratórios, desnaturação e precipitação das proteínas e dos ácidos nucleicos. Os polímeros de amónio quaternário possuem uma certa actividade sobre os parasitas como as amibas e os tripanosomas. Alguns têm actividade anti-alga.
As suas famílias de produtos que são os PHMB e os polímeros de amónio quaternário catiónicos possuem espectros complementares para a maior parte de gérmens usuais. Vantajosamente emprega-se uma mistura destes dois produtos.
De uma maneira característica, segundo o invento, faz-se a insolubilização in situ no material do PHMB ou do polímero de amónio quaternário, sendo esta insolubilização realizada pelo deslocamento do anião de fraca massa molar.
Numa primeira variante de realização, esta insolubilização obtém-se deslocando o anião do polímero antisséptico catiónico por um anião de alto peso molecular de forma que o sal obtido seja insolúvel ou pouco solúvel. Se um 12 ΕΡ Ο 955 069 /ΡΤ dos dois reagentes, polímero catiónico antisséptico ou anião pesado, for colocado previamente sobre o material fibroso ou poroso e se lhe juntar o segundo reagente, o sal obtido é imobilizado sobre o suporte. A colocação prévia sobre o material fibroso ou poroso pode ser obtida por impregnação eventualmente seguida de uma secagem. A secagem apresenta a vantagem de confirmar melhor o produto a precipitar sobre ou dentro da estrutura fibrosa ou porosa. A operação pode todavia ser realizada sem secagem com o auxílio de um banho curto do tipo pulverização ou demão leve o que elimina uma operação. A adição de um segundo reagente pode ser obtida por pulverização ou impregnação. 0 anião pesado em questão pode ser um mono-anião, um poli-anião ou um anião complexo, por exemplo, um mono-anião de fórmula CnH2n+i— A~ (n superior ou igual a 12), por exemplo um poli-anião de fórmula -(CHrCR)x- R* \ lllillll onde: x é superior a 10 R é H ou CH3 R' é um grupo de átomos, por exemplo um anião complexo mineral, do tipo silicato, polifosfato.... A requerente, antes de tudo, verificou o carácter insolúvel do precipitado formado juntando a uma solução aquosa a 10% de PHMB, sob a forma de cloridrato e sob agitação, diferentes soluções, a saber, uma solução de oleato de sódio a 10%, uma solução de dodecilsulfato de sódio a 10% e uma solução de lixívia ECE a 10 g/1. Nos três casos formou-se um precipitado branco que foi deixado em repouso várias horas. Este precipitado foi filtrado, lavado com água e seco; verificou-se que era insolúvel na água, no álcool e na soda. A solução de lixívia ECE a 10 g/1 é uma lixívia normalizada, utilizada na norma de tratamento pela lixívia 13 ΕΡ Ο 955 069 /ΡΤ com a referência NF ΕΝ 26330. Esta lixívia contém, especialmente, à razão de 8% em matéria seca, alquilbenzeno-sulfonato de sódio onde a cadeia alquilo comporta em média 11,5 átomos de carbono, e à razão de 3,5% em matéria seca, sabão de sódio cuja cadeia alquilo comporta de 12 a 22 átomos de carbono. A requerente, verificou, em segundo lugar, que o precipitado insolúvel obtido a partir da solução de PHMB estava bem imobilizado in situ num material fibroso ou poroso com uma fase de impregnação e uma fase de insolubilização.
Para isto, preparou uma solução de PHMB a 10%, sob a forma de cloridrato, em água, depois impregnou por impressão-expressão um tecido de tela de algodão, tecido com fios de Nm 50, de gramagem 160 g/m2 e previamente lavado. Em seguida, pulverizou sobre amostras destes tecidos as soluções respectivamente de oleato de sódio, de dodecilsulfato de sódio e de lixívia ECE pré-citados. As amostras foram secas e pesadas de maneira a medir o ganho de peso obtido, da ordem de 9 ou 10%. As amostras foram lavadas na máquina de lavar, com água fria e de novo secas e pesadas. O ganho de peso final obtido é de 8-9%. O ganho de peso corresponde ao polímero antisséptico precipitado in situ no tecido. A requerente verificou, em terceiro lugar, a existência e a permanência de propriedades antissépticas do tecido assim tratado, após cinco lavagens na máquina de lavar a 40°C com uma solução de lixívia ECE a 3 g/1. Esta verificação foi realizada utilizando um ensaio microbiológico qualitativo segundo a norma suíça SNV 195920 para determinação do efeito antibacteriano, empregando como estirpe bacteriana o Staphylococcus aureus ATCC 9144. O resultado deste ensaio é uma cotação 0 com uma zona de inibição (ZI) de 0 a 1 mm. Assim, após cinco lavagens na máquina de lavar, o tecido tratado apresenta boas propriedades antissépticas contra a flora bacteriana com uma zona de inibição muito limitada ou mesmo nula. Por outras palavras, as propriedades biocidas estão limitadas ao tecido propriamente dito, sem difusão para o exterior. É este facto 14 ΕΡ Ο 955 069 /ΡΤ que é procurado na ocorrência. Os mesmos resultados foram obtidos para as três amostras de tecido tratado.
Assim, pôde ser verificado que o polímero antisséptico catiónico PHMB conservava as suas propriedades antissépticas apesar da presença do anião pesado e apesar da sua imobilização in situ nos materiais fibrosos.
Esta verificação foi igualmente feita utilizando como polímero antisséptico de amónio quaternário o MIRAPOL® A15 e igualmente o MIRAPOL® 550 cuja fórmula difere do MIRAPOL® A15 por se tratar de um copolímero onde a função amónio quaternário está integrada num ciclo piperidínio em copolimerização com a acrilamida. A partir de uma solução a 10% de MIRAPOL®, impregnou-se um tecido de algodão do tipo tela a 160 g/m2 por impressão-expressão. Depois da secagem, mediu-se o ganho de peso obtido que era de 7%. Após cinco lavagens na máquina de lavar a 40°C com uma solução de lixivia ECE a 3 g/1, o tecido foi testado segundo a norma SNV 195920 empregando como estirpes bacterianas o Staphylococcus aureus ATCC 9144 e igualmente o Pseudomonas aeruginosa CIP A 22. Para estas duas fontes, os tecidos tratados a partir de MIRAPOL® A15 e do MIRAPOL® 550 deram os mesmos resultados, a saber, uma cotação 0 e uma zona de inibição de 0 a 1 mm.
Verificou-se além disso a existência e a permanência de propriedades antissépticas utilizando um teste microbiológico qualitativo segundo a norma suiça SNV 195921 para a determinação do efeito antifúngico empregando como estirpes bacterianas Candida albicans ATCC 10259, Aspergillus niger e trichophyton interdigitale CBS 42863. Os resultados foram, para estas três últimas estirpes, uma cotação 0 e uma zona de inibição respectivamente de 1 e 2 mm, para a primeira e de 0 a 1 mm para a segunda e a terceira.
Estes testes microbiológicos consistem em depositar provetas de suporte tratadas e não tratadas (testemunhas) sobre uma gelose de uma caixa de Petri semeadas com uma suspensão de bactérias, de levedura ou de esporos de cogumelos, de concentração aproximada 105 UFC/ml (significa 15 ΕΡ Ο 955 069 /ΡΤ
Unidade Formadora de Colónias). Após 24 h, verifica-se se as provetas estão limpas ou contaminadas, com ou sem zonas de inibição. Chama-se zona de inibição (ZI) qualquer zona em volta da amostra de suporte isenta de colónias. A eficácia anti-microbiana da proveta é avaliada depois da observação das contaminações segundo o sistema de cotação seguinte: cotação 0: nenhuma contaminação com ou sem zona de inibição, cotação 1: contaminação fraca, nenhumas colónias, cotação 2: contaminação importante, presença de numerosas colónias.
Numa segunda variante de realização, a insolubilização in situ no material fibroso ou poroso do PHMB ou do polímero de amónio quaternário antisséptico é obtida deslocando o anião do polímero antisséptico catiónico por um anião que é, ele próprio, transportado por enxerto fixado sobre o material fibroso ou poroso. De acordo com o invento, realiza-se primeiro a enxertia do material fibroso ou poroso empregando pelo menos um monómero que comporta pelo menos uma função aniónica. Para realizar esta enxertia, é necessário introduzir sobre o material a tratar radicais capazes de reagir com o ou com os monómeros. A partir destes radicais desenvolvem-se cadeias poliméricas laterais, denominadas enxertos.
Nos exemplos de realização acima, a activação que gera os radicais capazes de reagir com o ou com os monómeros foi realizada por irradiação simultânea. O material fibroso ou poroso foi primeiro impregnado com a solução de monómero escolhida depois irradiada sob feixes de electrões, de preferência num ambiente inerte, sob atmosfera de azoto.
Devido à irradiação, os locais dos radicais são criados, ao mesmo tempo sobre o material e sobre o monómero. É igualmente possível fazer uma pré-irradiação do material e depois uma impregnação do material irradiado com a solução de enxertia.
Exemplo 1
Num primeiro exemplo de realização, preparou-se uma solução aquosa a 10% de ácido acrílico. Impregnou-se um tecido de algodão do tipo tela de 160 g/m2 por impressão- 16 ΕΡ Ο 955 069 /ΡΤ expressão com uma taxa de impregnação de 75%. Submeteu-se este tecido a uma irradiação por feixes de electrões a 10 kGy, sendo a energia dos electrões de 430 keV, o tecido foi lavado depois seco e pesado. Foi possível constatar uma taxa de enxertia da ordem dos 2 a 7%. Este tecido enxertado foi posto em contacto com uma solução de carbonato de sódio a 5%, depois lavado e seco. Foi em seguida posto em contacto com uma solução aquosa a 5% de PHMB sob a forma de cloridrato. Foi outra vez lavado e seco. Sobre este tecido, efectuou-se um ensaio microbiológico segundo a norma SNV 195920 com a estirpe Staphylococcus aureus. Obteve-se uma cotação 0 com uma zona de inibição de 7 a 8 mm. Procedeu-se em seguida a cinco lavagens na máquina de lavar a 40°C com uma solução de lixívia ECE a 3 g/1 e depois efectuou-se o mesmo teste segundo a norma SNV 195920. Com a estirpe Staphylococcus aureus, obteve-se uma cotação 0 e uma zona de inibição de 1 a 3 mm. Assim, as cinco lavagens não alteraram as propriedades antissépticas conferidas pelo tratamento do invento; estas diminuíram, simplesmente, a zona de inibição sobre gelose o que é favorável às aplicações pesquisadas.
Com a estirpe Pseudomonas aeruginosa, o mesmo tecido tratado como acima, após cinco lavagens, tinha uma cotação de 0 e uma zona de inibição de 1 a 2 mm. Procedeu-se a ensaios microbiológicos segundo a norma SNV 195921 com o mesmo tecido tratado e após cinco lavagens os resultados tiveram em todos os casos uma cotação 0 e uma zona de inibição respectivamente de 2 a 3 mm com a estirpe Candida albicans, 0 a 1 mm com as estirpes Aspergillus niger e Tricophyton interdigitale.
Exemplo 2 O mesmo ensaio foi realizado empregando não uma solução aquosa de ácido acrílico mas sim uma solução aquosa a 40% em AMPS (ácido-2-acrilamido-2-metilpropano-sulfónico). Os ensaios segundo a norma SNV 195920 deram, antes de cada ciclo de manutenção, com a estirpe Staphylococcus aureus uma cotação 0 e uma zona de inibição de 6 a 7 mm. Após cinco ciclos de limpeza a seco segundo a norma ISO 3175 Ciclo II "artigos sensíveis", o tecido foi de novo testado segundo a norma SNV 195920, o que deu como resultados uma cotação 0 e uma zona de inibição de 1 a 2 mm com a estirpe Staphylococcus aureus, 17 ΕΡ Ο 955 069 /ΡΤ assim como com a estirpe Pseudomonas aeruginosa. Foram obtidos os mesmos resultados que com o ácido acrílico para os ensaios segundo a norma SNV 195921.
Exemplo 3
Num outro modo de realização, preparou-se uma solução aquosa a 5% em PMEG (fosfato de metilacrilatoetilenoglicol). Impregnou-se por impressão-expressão fios de fibras de viscose de Nm 50 apresentados sob a forma de uma malha tubular de 140 g/m2, antecipadamente branqueado com uma taxa de impregnação de 75%. Esta malha foi irradiada a 10 kGy, lavada e seca. A taxa de enxertia obtida foi de 2 a 6%. A malha foi posta em contacto com uma solução de carbonato de sódio a 5%, depois lavada e seca. Em seguida, foi posta em contacto com uma solução aquosa de PHMB a 5% sob a forma de cloridrato. Foi por fim lavada eficazmente e seca. Um ensaio microbiológico segundo a norma SNV 195920 deu como resultados uma cotação de 0 e uma zona de inibição de 5 a 6 mm tendo como estirpe Staphylococcus aureus. Após cinco lavagens na máquina de lavar a 40°C com uma solução de lixívia ECE a 3 g/1, foram renovados os mesmos ensaios que deram como resultados uma cotação 0 e uma zona de inibição de 2 a 3 mm com a estirpe Staphylococcus aureus e de 0 a 1 mm com a estirpe Pseudomonas aeruginosa. Foram obtidos os mesmos resultados que acima com os ensaios segundo a norma SNV 195921.
Exemplo 4
Num outro exemplo de realização empregando igualmente uma solução aquosa a 5% de PMEG, impregnou-se um não-tecido composto de 80% de viscose e 20% de poliéster completando 200 g/m2 por impressão-expressão com uma taxa de impregnação de 75%. O não-tecido foi irradiado a 10 kGy, lavado e seco. A taxa de enxertia obtida foi de 2 a 6%. Após ter sido posto em contacto com uma solução de carbonato de sódio a 5%, o não-tecido foi lavado e seco, depois de novo posto em contacto com uma solução de MIRAPOL® 550 a 5%, lavado eficazmente e seco. Os ensaios microbiológicos segundo a norma SNV 195920 com a estirpe Staphylococcus aureus deram uma cotação 0 e uma zona de inibição de 2 a 4 mm. Após cinco lavagens na máquina 18 ΕΡ Ο 955 069 /ΡΤ de lavar a 40°C com uma solução de lixívia ECE a 3 g/1, a cotação é sempre 0 e a zona de inibição passou de 0 a 1 mm. Segundo a norma SNV 195921, os resultados foram estritamente os mesmos que anteriormente.
Exemplo 5
Num outro exemplo de realização, partiu-se de uma solução aquosa a 10% de ácido acrílico que foi impregnada de fibras de viscose apresentadas sob forma de uma malha tubular de 140 g/m2, por impressão-expressão com uma taxa de impregnação de 75%. As fibras foram irradiadas a 10 kGy, lavadas e secas. A taxa de enxertia obtida foi de 2 a 7%. A malha foi posta em contacto com uma solução de carbonato de sódio a 5%, lavada e seca. Uma parte desta malha foi posta em contacto com uma solução de RHOQUAT® JL a 5% em água, lavada eficazmente e seca antes de sofrer os ensaios microbiológicos segundo as normas SNV 195920 e SNV 195921. A outra parte da malha foi posta em contacto com uma solução de RHOQUAT® JL a 2% e de PHMB sob forma de cloridrato a 2% em água, lavada eficazmente e seca antes de sofrer os ensaios microbiológicos. Tratando-se de ensaios segundo a norma SNV 195920 com a estirpe Staphylococcus aureus, antes da manutenção com lixívia, nos dois casos, a cotação era 0 e a zona de inibição de 6 a 7 mm.
Em seguida, submeteu-se a primeira malha a cinco lavagens na máquina de lavar a 40 °C com uma solução de lixívia ECE a 3 g/1 depois submeteu-se ao ensaio de novo com a estirpe Staphylococcus aureus; a cotação foi de 0 e a zona de inibição de 1 a 2 mm enquanto que com a estirpe Pseudomonas aeruginosa a cotação foi 0 e a zona de inibição de 0 a 1 mm.
Quanto à segunda malha, sofreu cinco ciclos de limpeza a seco, conforme a norma ISO 3175 Ciclo II "artigos sensíveis"; antes de ser testada de novo segundo a norma SNV 195920, com a estirpe Staphylococcus aureus a cotação era 0 e a zona de inibição de 2 a 3 mm e com a estirpe Pseudomonas aeruginosa a cotação era 0 e a zona de inibição de 1 a 2 mm. 19 ΕΡ Ο 955 069 /ΡΤ
Quanto aos ensaios microbiológicos segundo a norma SNV 195921, a cotação foi sempre 0 e as zonas de inibição eram respectivamente, com a estirpe Candida albicans de 1 a 2 mm para a primeira malha e de 2 a 3 mm para a segunda e com as estirpes Aspergillus niger e Tricophyton interdigitale de 0 a 1 mm para as duas malhas.
Exemplo 6
Num último exemplo de realização, preparou-se uma solução aquosa a 10% em AMPS. Impregnou-se uma espuma de poros abertos com poliuretano de 50 g/m2, de dureza Shore 10, com uma taxa de impregnação, após expressão, de 75%. A espuma foi irradiada a 10 kGy depois lavada e seca. A taxa de enxertia obtida foi da ordem de 10%. A espuma foi posta em contacto com uma solução de carbonato de sódio a 5%, lavada e seca. Em seguida foi posta em contacto com uma solução aquosa de RHOQUAT® JL a 2% de PHMB sob a forma de cloridrato a 2% e de MIRAPOL®A 15 a 2%, lavada eficazmente e seca. O ensaio microbiológico segundo a norma SNV 195920 deu, com a estirpe Staphylococcus aureus, uma cotação 0 e uma zona de inibição de 6 a 7 mm. Após cinco lavagens na máquina de lavar a 40°C com uma solução de lixívia ECE a 3 g/1, a espuma foi de novo testada segundo esta mesma norma com a estirpe Staphylococus aureus; a cotação foi de 0 e a zona de inibição de 2 a 3 mm e com a estirpe Pseudomonas aeruginosa, a cotação era de 0 e a zona de inibição de 1 a 2 mm. Segundo a norma SNV 195921, com as estirpes Candida albicans, Aspergillus niger e Tricophyton interdigitale, a cotação foi de 0 e a zona de inibição respectivamente de 2 a 3 mm para a primeira estirpe e de 0 a 1 mm para as outras duas estirpes.
Exemplo 7
Preparou-se uma solução aquosa a 5% de dodecilsulfato de sódio (biocida) e uma solução aquosa a 5% de amónio quaternário BAC® 50% (biocida fabricado pela sociedade THOR). Impregnou-se por impressão um tecido tipo tela (140 g/m2) com o auxílio da solução de dodecilsulfato de sódio, com uma taxa de impregnação de 70%. Após secagem, o tecido foi em seguida 20 ΕΡ Ο 955 069 /ΡΤ impregnado por pulverização com o auxilio da solução de amónio quaternário. O tecido foi lavado com água e seco.
Um ensaio microbiológico segundo SNV 195920 com a estirpe Staphylococcus aureus deu uma cotação 0 e uma zona de inibição de 3 mm. Após cinco lavagens a 40°C, com uma solução de lixívia ECE a 3 g/1, a cotação foi 0 e uma zona de inibição de 0 a 1 mm.
Exemplo 8
Preparou-se uma solução aquosa a 5% de dodecilsulfato de sódio (biocida) e uma solução aquosa a 5% de brometo de trimetilfenilamónio (utilizado como antiestático ou tensio-activo). Impregnou-se por impressão um tecido tipo tela (140 g/m2) com o auxílio da solução de dodecilsulfato de sódio, com uma taxa de impregnação de 70%. Após secagem, o tecido é em seguida impregnado por pulverização com o auxílio da solução de amónio quaternário. O tecido é lavado com água e seco.
Um ensaio microbiológico segundo SNV 195920 com a estirpe Staphylococcus aureus deu uma cotação 0 e uma zona de inibição de 2 mm. Após cinco lavagens a 40°C, com uma solução de lixívia ECE a 3 g/1, a cotação foi de 0 sem zona de inibição.
Exemplo 9
Preparou-se uma solução aquosa a 5% de oleato de sódio (constituinte não-biocida de sabão e lixívia) e uma solução aquosa a 5% de amónio quaternário BAC® 50% (biocida fabricado pela sociedade THOR). Impregnou-se por impressão um tecido de tipo tela (150 g/m2) com o auxílio de uma solução de oleato de sódio, com uma taxa de impregnação de 70%. Após secagem, o tecido foi impregnado por pulverização com o auxílio da solução de amónio quaternário. O tecido foi lavado com água e seco.
Um ensaio microbiológico segundo SNV 195920 com a estirpe Staphilococcus aureus deu cotação 0 e uma zona de 21 ΕΡ Ο 955 069 /ΡΤ inibição de 2 mm. Após 5 lavagens a 40°C com uma solução de lixívia ECE a 3 g/1, a cotação foi 0 sem zona de inibição.
Exemplo 10
Preparou-se uma solução aquosa a 5% de poliacrilato de sódio (constituinte não-biocida de tensioactivos aniónicos) e uma solução aquosa a 5% de amónio quaternário BAC® 50% (biocida fabricado pela sociedade THOR). Impregnou-se por impressão um tecido tipo tela (140 g/m2) com o auxílio da solução de poliacrilato de sódio, com uma taxa de impregnação de 7 0%. Após secagem o tecido é em seguida impregnado por pulverização com o auxílio da solução de amónio quaternário. O tecido é lavado com água e seco.
Um ensaio microbiológico segundo SNV 195920 com a estirpe Staphylococcus aureus deu uma cotação 0 e uma zona de inibição de 2 mm. Após cinco lavagens a 40°C, com uma solução de lixívia ECE a 3 g/1, a cotação é 0 sem zona de inibição.
Exemplo 11
Preparou-se um tecido tipo tela (140 g/m2) enxertado com ácido acrílico a uma taxa de 5% (segundo o processo descrito no primeiro exemplo de realização). Preparou-se uma solução aquosa a 5% de amónio quaternário BAC® 50% (biocida fabricado pela sociedade THOR). Impregnou-se o tecido enxertado pelo ácido acrílico por impressão com o auxílio da solução de amónio quaternário, com uma taxa de impregnação de 75%. 0 tecido foi lavado com água e seco.
Um ensaio microbiológico segundo SNV 195920 com a estirpe Staphylococcus aureus deu uma cotação 0 e uma zona de inibição de 2 mm. Após cinco lavagens a 40°C, com uma solução de lixívia ECE a 3 g/1, a cotação é 0 sem zona de inibição.
Exemplo 12
Preparou-se um tecido tipo tela (140 g/m2) enxertado com um acrilato de amónio quaternário (um acrilato portador de uma cadeia em C18, com n = 2 e X = brometo) a uma taxa de 5% 22 ΕΡ Ο 955 069 /ΡΤ (segundo ο processo descrito na ρρ. 12) . Preparou-se uma solução aquosa a 5% de dodecilsulfato de sódio.
Impregnou-se o tecido enxertado de amónio quaternário por impressão com o auxilio da solução de oleato de sódio, com uma taxa de impregnação de 7 0%. 0 tecido foi lavado com água e seco.
Um ensaio microbiológico segundo SNV 195920 com a estirpe Staphylococcus aureus deu uma cotação 0 e uma zona de inibição de 6 mm. Após cinco lavagens a 40°C, com uma solução de lixívia ECE a 3 g/1, a cotação é 0 com uma zona de inibição de 3 mm.
Exemplo 13
Preparou-se uma malha tubular de algodão-poliéster 50%-50% (140 g/m2) enxertada com um acrilato de amónio quaternário não biocida (PLEXIMON® ou metacrilato de etilotrimetilamónio) a uma taxa de 5% (segundo o processo descrito no primeiro exemplo de realização). Preparou-se uma solução aquosa a 5% de dodecilsulfato de sódio. Impregnou-se a malha tubular enxertada com amónio quaternário por impressão com o auxílio da solução de dodecilsulfato de sódio, com uma taxa de impregnação de 75%. O tecido foi lavado com água e seco.
Um ensaio microbiológico segundo SNV 195920 com a estirpe Staphylococcus aureus deu uma cotação 0 e uma zona de inibição de 5 mm. Após cinco lavagens a 40°C, com uma solução de lixívia ECE a 3 g/1, a cotação 0 com uma zona de inibição de 1 mm.
Exemplo 14
Preparou-se um tecido tipo tela (100g/m2) enxertado com um acrilato de amónio quaternário (um acrilato portador de uma cadeia em C18, com n = 2 e X = brometo) com uma taxa de 5% (segundo o processo descrito na pp. 12). O contra-ião natural é portanto o ião brometo. O tecido é testado tal qual (após lavagem) segundo SNV 195920, com a estirpe 23 ΕΡ Ο 955 069 /ΡΤ
Staphylococcus aureus. Obtém-se uma cotação 0 e uma zona de inibição de 5 mm.
Preparou-se uma solução aquosa a 5% de oleato de sódio (constituinte não biocida de sabão e lixívia). Impregnou-se o tecido enxertado de amónio quaternário por impressão com o auxílio da solução de oleato de sódio, com uma taxa de impregnação de 70%. 0 tecido foi lavado com água e seco. O contra-ião brometo foi substituído pelo anião oleato. Este tipo de troca tem lugar naturalmente na altura de um ensaboamento ou de uma lixívia. 0 tecido é lavado com água e seco.
Um ensaio microbiológico segundo SNV 195920 com a estirpe Staphylococcus aureus deu uma cotação 0 e uma zona de inibição de 4 mm. Após cinco lavagens a 40°C, com uma solução de lixívia ECE a 3 g/1 a cotação foi 0 com uma zona de inibição de 1 mm.
Exemplo 15
Preparou-se uma malha tubular de algodão-poliamida 40%-60% (120 g/m2) enxertada com um acrilato de amónio quaternário (uma mistura equimolar de acrilatos C14, C16 e C18, com n = 2 e X = brometo) a uma taxa de 5% (segundo o processo descrito na pp. 12). 0 contra-ião natural é portanto o ião brometo. A malha é testada tal qual (após lavagem) segundo SNV 195920, com a estirpe Staphylococcus aureus. Obtém-se uma cotação 0 e uma zona de inibição de 5 mm.
Preparou-se uma solução aquosa a 5% de poliacrilato de sódio (constituintes não biocida de tensio-activos aniónicos). Impregnou-se a malha enxertada de amónio quaternário por impressão com o auxílio da solução de poliacrilato de sódio, com uma taxa de impregnação de 70%. A malha tubular foi lavada com água e seca. O contra-ião brometo foi substituído pelo polianião poliacrilato. Esta troca teve por fim proteger o enxerto de amónio quaternário para aplicações específicas. A malha tubular foi lavada com água e seca. 24 ΕΡ Ο 955 069 /ΡΤ
Um ensaio microbiológico segundo SNV 195920 com a estirpe Staphylococcus aureus deu uma cotação 0 e uma zona de inibição de 2 mm. Após cinco lavagens a 40°C, com uma solução de lixívia ECE a 3g/l, a cotação é 0 com uma zona de inibição de 1 mm. O processo do invento não está limitado aos exemplos de realização descritos atrás, apresentados a titulo não exaustivo. Em particular, tratando-se da imobilização in situ do polímero por insolubilização devido a um anião com alto peso molecular tornando-o insolúvel ou pouco solúvel, pode utilizar-se como anião de alto peso molecular um polímero aniónico, especialmente no caso de um polímero catiónico a insolubilizar, por exemplo do tipo poliacrilato ou polimetacrilato que pode ser obtido por polimerização de monómeros como o ácido acrílico, metacrílico, AMPS, PMEG.
No caso de se tratar da imobilização in situ de um polímero catiónico sobre um enxerto fixado sobre o material fibroso ou poroso, pode proceder-se em duas fases. Numa primeira fase, emprega-se uma solução onde se dissolve um anião de alto peso molecular em presença de um polímero catiónico antisséptico, mas estando o anião numa concentração, por defeito, tal que o sal obtido é solúvel.
Numa segunda fase, a solução contendo este sal impregna o material fibroso ou poroso enxertado cujos enxertos são portadores de funções aniónicas. Obtém-se neste caso uma imobilização in situ de uma maior quantidade de polímero catiónico antisséptico.
Além disso, podemos utilizar os polímeros de amónio quaternário oriundos da polimerização de monómeros do tipo acrilato ou metacrilato, portadores de função antibacteriana amónio quaternário, como indicados anteriormente. São múltiplos os domínios de aplicação do material fibroso ou poroso, que apresentam propriedades antissépticas, obtido mercê do procedimento do invento. Um domínio privilegiado é o das roupas interiores e dos artigos para calçado que, devido à sua utilização em contacto directo com a pele, estão num lugar privilegiado para fixação, aderência 25 ΕΡ Ο 955 069 /ΡΤ e desenvolvimento dos microrganismos. Certamente, a maior parte dos microrganismos presentes sobre a pele não são patogénicos e não devem ser combatidos. No entanto, certas estirpes podem ser responsáveis de micoses, por exemplo Tricophyton interdigitale responsável do fenómeno denominado "pé-de-atleta" e que provoca vermelhidão e fortes pruridos (comichão) entre os dedos dos pés.
Por causa da absorção do suor, o material têxtil é a sede do desenvolvimento de vários microrganismos que se demonstrou estarem em fase de crescimento exponencial após um uso de 4 h, podendo atingir uma concentração de 107 germes por cm2 de têxtil após 8 h. Esta concentração pode ter como consequência por um lado a degradação e a coloração das fibras naturais, possuindo certos microrganismos enzimas capazes de degradar as fibras como a celulose, a lã ou o linho e, por outro lado, os maus cheiros. O processo de tratamento do invento permite lutar eficazmente contra estes inconvenientes.
Um outro domínio de aplicação diz respeito às espumas e aos têxteis para uso hospitalar, especialmente no campo operatório, lençóis de cama e batas. Um outro domínio de aplicação é o de tapetes, alcatifas, revestimentos murais, filtros de ar ou de líquidos, dos sectores industriais, hospitalares ou do grande público.
Lisboa,
Claims (13)
- ΕΡ Ο 955 069 /ΡΤ 1/3 REIVINDICAÇÕES 1. Processo de tratamento de um material para lhe conferir propriedades biocidas e/ou biostáticas duma muito grande estabilidade na manutenção, processo segundo o qual se emprega uma solução de tratamento em que se dissolve pelo menos uma molécula iónica e/ou pelo menos um polímero iónico e que compreende uma ou mais etapas durante a qual ou as quais por um lado se aplica a citada solução de tratamento e por outro lado a molécula iónica e/ou o citado polímero iónico reage com um agente de precipitação para formar, in situ, sobre o citado material, um precipitado que apresenta propriedades biocidas e/ou biostáticas, caracterizado por a citada molécula e/ou o citado polímero e/ou o agente precipitado sendo biocida(s) e/ou biostático(s), o citado precipitado ser um sal que está imobilizado e portanto tornado insolúvel na água, no álcool, na soda e nos agentes de manutenção comportando especialmente agentes tensio-activos aniónicos alquilados, seja pelo facto da presença no citado sal de um anião de alto peso molecular seleccionado no grupo: - mono-anião de fórmula CnH2n+i_A, sendo n pelo menos 12, - poli-anião de fórmula -(CHrCR); n1 * A- onde x é superior a 10, R é H ou CH3, R' é um grupo de átomos, - anião complexo mineral, de tipo silicato ou polifosfato, seja pelo facto do citado sal pertencer a um enxerto fixado sobre o citado material.
- 2. Processo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por, após aplicação sobre o material da solução de tratamento e sua eventual secagem, se utilizar como agente de precipitação uma solução ou uma emulsão contendo pelo ΕΡ Ο 955 069 /ΡΤ 2/3 menos uma molécula iónica e/ou pelo menos um polímero iónico de forma a obter um precipitado insolúvel.
- 3. Processo de acordo com a reivindicação 2, caracterizado por a citada solução de tratamento ou o citado agente de precipitação conterem uma solução aquosa que contém 5% de cloreto de benzalcónio e 5% de dodecilsulfato de sódio.
- 4. Processo de acordo com a reivindicação 2 ou 3, caracterizada por a solução de tratamento ou o agente de precipitação conter um polímero catiónico antisséptico escolhido entre o grupo formado pelos polímeros poli-hexametilenobiguanidas bactericidas (PHMB) e pelos polímeros de amónio quaternário bactericidas.
- 5. Processo de acordo com qualquer das reivindicações 2 a 4, caracterizado por a solução de tratamento ou o agente de precipitação conterem um anião silicato.
- 6. Processo de acordo com qualquer das reivindicações 2 a 4, caracterizado por o agente de tratamento ou o agente de precipitação conterem um polímero aniónico alquilado tendo pelo menos dez átomos de carbono, por exemplo, um sabão de sódio de C12 a C22, especialmente oleato de sódio, alquilbenzeno-sulfonato de sódio ou tripolifosfato de sódio.
- 7. Processo de acordo com qualquer das reivindicações 2 a 4, caracterizado por a solução de tratamento ou o agente de precipitação conterem uma solução de dodecilsulfato de sódio.
- 8. Processo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por comportar uma etapa que consiste em enxertar sobre o material enxertos portadores de funções aniónicas ou catiónicas que tenham a função de agente de precipitação e que estejam portanto aptas a precipitar a molécula e/ou o polímero iónico dissolvido(a) na solução de tratamento.
- 9. Processo de acordo com a reivindicação 8, caracterizado por os enxertos serem acrilatos ou metacrilatos de alquilo, portadores de funções aniónicas. ΕΡ Ο 955 069 /ΡΤ 3/3
- 10. Processo de acordo com a reivindicação 8, caracterizado por, comportando o enxerto uma função carboxilica ou carboxilato, se utilizar como monómero de enxertia o ácido acrílico ou o ácido metacrílico.
- 11. Processo de acordo com a reivindicação 8, caracterizado por, comportando o enxerto uma função sulfónica ou sulfonato, se utilizar como monómero de enxertia o ácido 2-acrilamido-2-metilpropano-sulfónico (AMPS).
- 12. Processo de acordo com a reivindicação 8, caracterizado por comportando o enxerto uma função fosfórica ou fosfato, se utilizar como monómero de enxertia o fosfato de metilacrilatoetilenoglicol (PMEG).
- 13. Processo de acordo com qualquer das reivindicações 1 a 12, caracterizado por o citado material ser um material que apresenta uma grande superfície específica, por exemplo um material fibroso ou poroso. Lisboa,
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