PT94174A

PT94174A - Processo e dispositivo para encher com explosivo um espaco numa unidade de municao

Info

Publication number: PT94174A
Application number: PT94174A
Authority: PT
Inventors: Per Sjoberg
Original assignee: Nobel Kemi Ab
Priority date: 1989-05-29
Filing date: 1990-05-28
Publication date: 1991-12-31
Also published as: SE463581B; NO902353D0; SE8901900D0; NO172954B; CA2017606A1; SE8901900L; EP0401184A1; US5062343A; NO902353L; NO172954C

Description

NOBEL KEMI AB "PROCESSO E DISPOSITIVO PARA ENCHER COM EXPLOSIVO UM ESPAÇO NUMA UNIDADE DE MUNIÇÃO"

CAMPO TêCNICO A presente invenção diz respeito a um processo para encher um espaço numa unidade de munição, por exemplo um invólucro, com explosivo misturado pronto contendo plâstico/pólímero que comunica uma elevada viscosidade à substância explosiva. A presente invenção também se refere a um dispositivo para a realização prática do processo. tBcnica bãsica

Na fabricação de explosivos e na sua aplicação nas uni-dades/invÓlucros de munição e conhecido na técnica anterior utilizar uma produção contínua na qual o explosivo é misturado no misturador e a substância misturada pronta ê introduzida/vazada nas unidades de munição em questão. A mistura de explosivo e então efectuada numa primeira instalação, enquanto o enchimento i efectuado numa segunda instalação.

APRESENTAÇÃO DA INVENÇÃO

PROBLEMA TÉCNICO

No manuseamento de explosivos contendo polímeros, isto ê monómeros mais endurecedor, encontram-se problemas na fabricação .-2- contínua. Este tipo de explosivo, o chamado explosivo PBX, tem uma viscosidade demasiado elevada para permitir o vazamento por gravidade» Tem portanto de tomar-se medidas especiais para forçar o explosivo para baixo, para o interior do espaço na unidade de munição através de uma qualquer operação de extrusão. Porém, o misturador hão fornece qualquer pressão de extrusão, tendo pelo contrario de se utilizar qualquer tipo de equipamento onde possa obter-se a pressão para a extrusão. Não ê aceitável uma extrusão por meio de parafusos, por razões de segurança. 0 problema ê agravado pelo facto de o vazamento e a mistura não serem usualmente feitos no mesmo equipamento, isto é, o composto misturado continuamente tem de poder ser transportado antes de ser vazado.

SOLUÇÃO 0 objecto da presente invenção consiste em proporcionar um processo e um dispositivo que resolva, entre outras coisas, os problemas atras referidos. 0 que então deve ser considerado como características do novo processo ê que o explosivo misturado pronto e aplicado numa bolsa em forma de saco que, quando do enchimento do espaço com o explosivo na unidade/invÕlucro da munição, fica exposto â pressão exterior que faz com que o explosivo seja empurrado para o interior do espaço através de uma a-bertura na bolsa e preencha completamente o espaço.

Na fôrma de realização preferida do processo propõe-se que a bolsa em forma de saco seja aplicada num recipiente robus- -3-

to, de aço, no qual a bolsa pode ser exposta â elevada pressão exterior. Antes da aplicação da pressão elevada pÕe-se o interior da bolsa sob um vácuo, para remoção do ar. Na forma de realização preferida, a unidade de munição, pelo menos o seu espaço que e preenchido com o explosivo, ê também posto sob um vácuo, o que garante um enchimento praticável do espaço. 0 recipiente e utilizado de preferência como dispositivo de transporte de uma instalação para a outra. A bolsa i fixada no recipiente numa sua superfície interior. 0 recipiente está assim provido de uma abertura, através da qual o explosivo comprimido na bolsa ê empurrado para fora. Depois de encher o número de unidades de munição correspondente ao conteúdo da bolsa em forma de saco, pode virar-se do avesso a bolsa e limpar--se para permitir a reutilização do equipamento.

Um dispositivo para a realização prática do novo processo pode considerar-se caracterizado principalmente por uma bolsa em forma de saco estar disposta para conter o explosivo e ser provida de uma abertura através da qual pode impelir-se o explosivo para o interior do espaço na unidade de munição quando a bolsa fica exposta a uma pressão exterior elevada. 0 invólucro é de preferência disposto numa recipiente robusto que resista a pressões internas elevadas e de modo que a pressão exterior aplicada â bolsa em forma de saco seja aplicada no interior do recipiente. A bolsa ê de preferência feita de plástico, de couro ou de.um material análogo que tenha um atrito reduzido contra o explosivo, quando este é expulso da bolsa.

VANTAGENS

Obtêm-se numerosas vantagens com o que atras se propôs. 0 atrito não existirá substancialmente apesar do composto/explo-sivo estar a ser extrudido. 0 processo de enchimento será muito simples a partir da mistura para o equipamento em questão. 0 novo processo e o npvo dispositivo implicam que o misturador pode funcionar continuamente. Neste caso, utiliza-se um certo numero de dispositivos segundo a presente invenção, que circulam durante a produção. Se o composto/explosivo for polimerizado prematuramente, tornando-se assim não susceptível de ser vazado, apenas se perde o explosivo na bolsa afectada e não se verifica qualquer outra interrupção na produção. Além disso, o processo e extremamente económico.

Uma forma de realização do novo processo e do novo dispositivo segundo a presente invenção actualmente proposta com-preende-se melhor na breve descrição dos desenhos anexos e na descrição feita com referência aos mesmos.

As fig. 1 a 5 dos desenhos ilustram estádios funcionais diferentes da transferencia do explosivo desde o laminador ate ao enchimento/vazamento da unidade de munição e ã limpeza do e-quipamento.

DESCRIÇÃO DA FORMA DE REALIZAÇÃO PREFERIDA

Representado na fig. 1 e designado pela referência (1) encontra-se uma bolsa em forma de saco, por exemplo de plástico ou de couro. 0 saco está provido com uma abertura (2). Além dis- so ê aplicado num cilindro de aço (3). Compostos constituídos por octogineos ou hexageneos com polímeros, isto ê monõmeros e endurecedores, são aplicados na bolsa (1) em forma de saco através da abertura (2) no sentido da seta (5). 0 explosivo PBX ê misturado pronto de uma maneira conhecida num misturador.

Depois de cheia a bolsa, o seu conteúdo, e sujeito a um vácuo, como se esquematiza na fig. 2, sendo então a pressão (P), no caso ideal, aproximadamente igual a 0. Esta evacuação pode fazer-se de uma maneira jã conhecida, A evacuação está simbolizada pela seta (6) è faz com que o ar sejà aspirado para fora do composto.

De acordo com a fig. 3, o recipiente de aço está provido de uma tampa (3a) que, depois de aspirado o ar do explosivo contido na bolsa, é fechada. 0 recipiente de aço e de preferência feito com rodas, de modo que possa ser utilizado como dispositivo de transporte da instalação de mistura para a instalação onde se faz o enchimento das unidades de munição em questão. As rodas do recipiente tem a referência (3b).

Na instalação de vazamento o espaço interior do recipiente ê ligado, como estã representado na fig. 4, a uma fonte de pressão (7), por exemplo uma fonte de ar comprimido. A ligação tem lugar através de uma ligação (8) e uma abertura (3c) no recipiente de aço (3). Um espaço na unidade de munição e na unida-de/invÕlucro de munição disposto num espaço (10) que ê posto sob um vãcuo. A ligação do vácuo estã designada por (11) e a fonte de vãcuo consiste numa fonte de tipo jã conhecido. A evacuação

está simbolizada pela seta (12), sendo a pressão (P1)/ no caso ideal, aproximadamente 0. A tampa (3a) do recipiente está aberta e o espaço interior da bolsa em forma de saco está ligada ao espaço na unidade de munição em questão, que se pretende encher com explosivo-, através de uma ligação (13) . O processo de enchimento ou extrusão actual faz-se de modo tal que a fonte de pressão (7) ê ligada ao espaço interno (3d) no recipiente. A fonte de pressão produz uma pressão (PM) que e muito maior do que 1. A bolsa em forma de saco e assim espremida e o seu conteúdo ê transferido para o espaço em questão na unidade/invõlucro de munição. A pressão elevada no espaço (3d) e a evacuação da unidade/invõlucro (9) da munição garante que o espaço em questão ficará completamente cheio. Na forma de realização ilustrada, o recipiente (3) foi virado sobre o seu lado durante o procedimento de enchimento descrito.

Quando o explosivo contido na bolsa tiver sido empurrado para fora da bolsa e para o interior de uma ou várias unidades de munição, o invólucro pode ser limpo, como se ilustra na fig. 5 para permitir a sua reutilização. A limpeza torna-se possível pelo facto de a bolsa ser virada do avesso, por exemplo por meio da referida pressão no espaço (3c) do recipiente, com o auxílio da fonte de pressão (7). A bolsa que foi virada do a-vesso ;é limpa com um solvente apropriado, por exemplo acetona, MEK. O processo para uma produção contínua de unidades de munição vazadas inclui a utilização de um certo numero de recipi- -7

entes (3) com as bolsas (1) associadas, que sao reciclados na produção. A presente invenção não deve ser considerada limitada ã forma de realização descrita atras, a título de exemplo, e representada nos desenhos, sendo possível introduzir-lhe modificações sem que haja um afastamento do espírito e do escopo das reivindicações anexas.

Claims

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R Ε I V I N D I CAÇÕES 1. - Processo para encher iam espaço numa unidade de munição (9), por exemplo um invólucro de cartucho, com uma mistura de explosivos (4) pronta contendo plãstico/polímero que comunica ao explosivo uma elevada viscosidade, caracterizado por se aplicar a mistura pronta de explosivos numa bolsa (1) em forma de saco que, ao introduzir o explosivo de enchimento, ê empurrada para o interior do espaço através de uma abertura (2) no saco e preenche completamente o espaço.
2. - Processo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por a bolsa em forma de saco ser aplicada ou ser jã aplicada no interior de um recipiente robusto (3) que resiste às elevadas pressões internas, por exemplo um recipiente de aço. 3.- -9-
3. - Processo de acordo com a reivindicação 2, caracterizado por a bolsa ficar exposta à pressão elevada no recipiente e por o espaço na unidade de munição que se pretende encher com explosivo ser colocado sob vácuo (P1).
4. - Processo de acordo com uma qualquer das reivindicações anteriores, caracterizado por o explosivo, depois de introduzido na bolsa em forma de saco ser posto sob vácuo (P).
5. - Processo de acordo com qualquer das reivindicações 2, 3 ou 4, caracterizado por a bolsa em forma de saco ser fixada numa superfície interior no recipiente através de uma secção que tem a abertura (2), estando o recipiente dotado no ponto de fixação com uma abertura correspondente através da qual se impele o explosivo pela pressão, e por, depois de efectuados um ou mais enchimentos , se virar do avesso a bolsa em forma de saco para limpeza para permitir a reutilização.
6. - Dispositivo para a realização prática do processo de acordo com a reivindicação 1 para encher um espaço numa unidade de munição (9), por exemplo um invólucro de cartucho, com uma mistura de explosivos pronta contendo plástico/polímero que comunica ao explosivo uma elevada viscosidade, caracterizado por se dispor uma bolsa em forma de saco para conter o explosivo e se proporcionar na mesma uma abertura (2), através da qual se impele -10-

por pressão o explosivo para o interior do espaço na unidade de munição quando se sujeita a bolsa a uma pressão exterior elevada (P") ·
7. - Dispositivo de acordo com a reivindicação 6, caracteri-zaco por a bolsa ser colocada num recipiente robusto (3) que resista ãs pressões internas elevadas e por a referida pressão exterior poder ser aplicada no interior do recipiente.
8. - Dispositivo de acordo com as reivindicações 6 ou 7, ca-racterizado por a bolsa ser feita de plástico, de couro ou de material análogo que proporcione um atrito reduzido contra o explosivo quando este é pressionado para fora.
9. - Dispositivo de acordo com as reivindicações 6, 7 ou 8, caracterizado por a bolsa, depois da aplicação do explosivo, estar disposta para ser posta sob vácuo (P) e/ou por a unidade de munição, ou pelo menos o espaço na mesma que deve ser preenchido com explosivo, estar disposta para ser colocada sob vácuo (P1). Lisboa, 28 de Maio de 1990